Ped... · 2018. 4. 23. · ASSOCIAÇÃO EDUCATIVA EVANGÉLICA Conselho de Administração Ernei de...

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PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO Engenharia Civil Anápolis Atualizado em 2017

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  • PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO

    Engenharia Civil

    Anápolis

    Atualizado em 2017

  • ASSOCIAÇÃO EDUCATIVA EVANGÉLICA

    Conselho de Administração

    Ernei de Oliveira Pina - Presidente

    Cicílio Alves de Moraes - 1º Vice-Presidente

    Ivan Gonçalves da Rocha - 2º Vice-Presidente

    Geraldo Henrique Ferreira Espíndola - 1º Secretário

    Francisco Barbosa de Alencar - 2º Secretário

    Augusto César Rocha Ventura - 1º Tesoureiro

    Djalma Maciel de Lima - 2º Tesoureiro

    Conselho Fiscal - Titulares

    Anderson Pinangé Silva

    Nilza Esteves de Azevedo Lima

    Marco Aurélio Soares Lôbo

    Conselho Fiscal - Suplentes

    Josué Moreira dos Santos

    Nelson Natal de Siqueira

    João Batista Machado

    Membros Beneméritos da Assembleia

    Mounir Naoum

    Sebastião Fiaia

  • CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS

    Ernei de Oliveira Pina - Chanceler

    Carlos Hassel Mendes da Silva - Reitor

    Marcelo Mello Barbosa - Pró-Reitor Acadêmico

    Sandro Dutra e Silva - Pró-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Ação

    Comunitária

    Kelly Sulâiny Alves Constante - Coordenadora de Pós-Graduação Lato Sensu

    Lúcia Coelho Garcia Pereira – Coordenadora de Pesquisa

    Fábio Fernandes Rodrigues – Coordenador de Extensão

    Greice Helen de Melo Silva - Coordenadora do Núcleo de Educação à Distância

    Libna Lemos Ignácio Pereira - Assessora de Gestão Pedagógica

    Odiones de Fátima Borba - Assessora de Gestão do Corpo Docente

    Kamila Santos de Paula Rabelo - Assessora de Avaliação de Aprendizagem e

    Avaliação Institucional

    Ariovaldo Lopes Pereira - Assessor de Planejamento Pedagógico

    Gilmar Luiz Provensi - Assessor de Infraestrutura Pedagógica e Meio Ambiente

    Hugo de Andrade Silvestre - Assessor de Nivelamento, Comunicação e

    Acompanhamento de Egresso

    Roberto Alves Pereira - Assessor de Atendimento ao Discente

    Diretores dos Cursos

    Bacharelado

    Ieso Costa Marques - Administração

    João Maurício Fernandes Souza - Agronomia

    Alexandre Ribeiro Gonçalves - Arquitetura e Urbanismo

    Josana de Castro Peixoto - Ciências Biológicas

    Edna Alves Barbosa - Ciências Contábeis

    Daniel Gonçalves Mendes da Costa - Direito (Anápolis)

    Guilherme Soares Vieira - Direito (Ceres)

    Iransé Oliveira Silva - Educação Física

  • Sandra Valéria Martins Pereira - Enfermagem

    Rogério Santos Cardoso - Engenharia Civil (Anápolis)

    Joaquim Orlando Parada - Engenharia Civil (Ceres)

    Viviane Carla Batista Pocivi - Engenharia de Computação e Engenharia de Software

    Márcio José Dias - Engenharia Elétrica

    Hélio de Souza Queiroz - Engenharia Mecânica

    Janaina Andrea Moscatto - Farmácia

    Viviane Lemos Silva Fernandes - Fisioterapia

    João Baptista Carrijo - Medicina

    Cristiane Martins Rodrigues Bernardes - Odontologia

    Lila Maria Spadoni Lemes - Psicologia

    Superiores de Tecnologia

    Viviane Antonio Abrahão – Design Gráfico; Design de Interiores; Estética e

    Cosmética; Gastronomia; Gestão Financeira; Gestão Pública; Gestão da Qualidade;

    Logística; Manutenção de Aeronaves; Radiologia

    Licenciatura

    Libna Lemos Ignácio Pereira - Pedagogia

    Colaboradores

    Aparecida Maria José Pereira – Diretora Financeira

    Lúcio Carlos de Carvalho Boggian – Diretor Administrativo

    Christina Borba Freua – Secretária da Presidência da AEE

    Andréa Moreira da Cunha – Secretária da Pró-Reitoria de Pós-Graduação

    Josely Lima de Santana Rodrigues – Secretária da Pró-Reitoria Acadêmica

    Kelly Souza Medeiros - Secretária do Pró-Reitoria Acadêmica

    Ana Cláudia Carneiro Melo – Secretária Geral dos Cursos

    Cleide Jardelino Maciel Tolentino – Secretária da Comissão Permanente de Seleção

    Diego C. Rezende – Analista de Sistemas

    Hellen Lisboa de Souza – Bibliotecária Geral

    José Carlos Perônico – Encarregado de Obras, Transporte e Manutenção

    Larissa Mello Cordeiro – Gerente do Departamento de Comunicação

  • Ricardo Alves de Jesus – Gerente do Departamento de Comunicação

    Ozéias Alves Lotti – Contador

    Virginia Claudia de Oliveira Passos – Encarregada do RH

    Jacqueline de Andrade Silva – Secretária da Pesquisa

    Adriana Joana da Silva – Secretária do Curso de Administração

    Edima C. Ribeiro de Oliveira – Secretária do Curso de Arquitetura e Urbanismo

    Edite Pereira de Matos – Secretária do Curso de Fisioterapia

    Edna Alves Perônica – Secretária do Curso de Direito

    Gleides Afonso Siqueira dos Santos – Secretária do Curso de Agronomia

    Jeisa Carla Rodrigues Silva – Secretária do Curso de Educação Física

    Jessica Santos Rodrigues – Secretária do Curso de Pedagogia

    Léia Vitoria dos Santos Silva – Secretária dos Cursos de Engenharia de

    Computação e Engenharia de Software

    Leda S. Monteiro – Secretária do Curso de Farmácia

    Lidiely Lopes Ferreira Silva – Secretária dos Cursos Superiores de Tecnologia

    Deborah Emanuelle Pereira Chaveiro – Secretária do Curso de Psicologia

    Laura Eleuza Mendes da Maia – Secretária do Curso de Odontologia

    Maria Vitória Ferraz de Moura – Secretária do Curso de Engenharia Mecânica

    Paula Mendes Pureza – Secretária do Curso de Ciências Biológicas

    Fabiana Ramos do Nascimento – Secretária do Curso de Enfermagem

    Iscarlat Clícia Ferreira dos Santos – Secretária do Curso de Ciências Contábeis

    Rozenilda Avelar Teixeira Pampalona – Secretária do Curso de Engenharia Civil

    Simone da Silva C. Alves – Secretária do Curso de Engenharia Elétrica

    Tatiane Candido da Costa – Secretária do Curso de Medicina

    Anápolis - GO

    2018

  • LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Matriz curricular ...................................................................................... 146

    Tabela 2 - Área das salas de aula (noturno) ........................................................... 206

    Tabela 3 - Área das salas de aula (matutino) .......................................................... 206

    Tabela 4 - Biblioteca Central ................................................................................... 207

    Tabela 5 - Móveis e Equipamentos de Apoio .......................................................... 208

    Tabela 6 - Espaço Físico (Campus Anápolis) ......................................................... 258

    Tabela 7 - Espaço Físico (Campus Anápolis) ......................................................... 259

    Tabela 8 - Espaço Físico e Capacidade dos Auditórios - Campus Anápolis ........... 259

    Tabela 9 - Espaço Físico e Capacidade das Salas de Aula - Campus Anápolis ..... 259

  • LISTA DE QUADROS

    Quadro 1 - Dados do Diretor do Curso de Engenharia Civil ...................................... 94

    Quadro 2 - Dados da Coordenadora Pedagógica do Curso de Engenharia Civil .... 101

    Quadro 3 - NDE do Curso de Engenharia Civil ....................................................... 103

    Quadro 4 - Docentes do período 1/10 ..................................................................... 105

    Quadro 5 - Docentes do período 2/10 ..................................................................... 106

    Quadro 6 - Docentes do período 3/10 ..................................................................... 106

    Quadro 7 - Docentes do período 4/10 ..................................................................... 107

    Quadro 8 - Docentes do período 5/10 ..................................................................... 107

    Quadro 9 - Docentes do período 6/10 ..................................................................... 108

    Quadro 10 - Docentes do período 7/10 ................................................................... 109

    Quadro 11 - Docentes do período 8/10 ................................................................... 109

    Quadro 12 - Docentes do período 9/10 ................................................................... 110

    Quadro 13 - Docentes do período 10/10 ................................................................. 110

    Quadro 14 - Estrutura Curricular e nível de disciplinas ........................................... 139

    Quadro 15 - Disciplinas e áreas de formação ......................................................... 141

    Quadro 16 – Disciplinas e Eixos Formadores ......................................................... 142

    Quadro 17 - Relação das disciplinas optativas........................................................ 148

    Quadro 18 – Cronograma de utilização dos laboratórios ........................................ 247

  • SUMÁRIO

    1 CONTEXTUALIZAÇÃO SOCIAL ......................................................................... 20

    1.1 CONTEXTO SOCIOECONÔMICO E POLÍTICO DA SOCIEDADE

    CONTEMPORÂNEA ................................................................................................. 20

    1.2 CONTEXTO EDUCACIONAL LOCAL E REGIONAL ........................................ 25

    1.3 CONTEXTO E FUNÇÃO SOCIAL DA PROFISSÃO ......................................... 29

    2 CONTEXTUALIZAÇÃO INSTITUCIONAL ........................................................... 32

    2.1 CARACTERÍSTICAS DA INSTITUIÇÃO MANTENEDORA .............................. 32

    2.1.1 Missão ......................................................................................................... 33

    2.2 CARACTERÍSTICAS DA MANTIDA ................................................................. 34

    2.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL, INSTÂNCIAS DE DECISÃO E

    ORGANOGRAMA INSTITUCIONAL E ACADÊMICO ............................................... 35

    2.3.1 Chancelaria ................................................................................................. 36

    2.3.2 Conselho Acadêmico Superior.................................................................. 37

    2.3.3 Reitoria ........................................................................................................ 38

    2.3.4 Pró-Reitorias ............................................................................................... 40

    2.3.5 Institutos Superiores .................................................................................. 41

    2.3.6 Diretorias de Curso .................................................................................... 41

    2.3.7 Órgãos de Apoio ......................................................................................... 41

    2.4 POLÍTICA DE PESSOAL E PROGRAMAS DE INCENTIVOS E BENEFÍCIOS 43

    2.4.1 Política de Gestão ....................................................................................... 43

    2.4.2 Programas Institucionais de Financiamento de Estudos ....................... 44

    2.5 RELAÇÕES, PARCERIAS E COOPERAÇÕES ............................................... 45

    2.6 POLÍTICAS E AÇÕES INSTITUCIONAIS REFERENTES AO MEIO

    AMBIENTE, À MEMÓRIA CULTURAL, À PRODUÇÃO ARTÍSTICA E AO

    PATRIMÔNIO CULTURAL E À DIVERSIDADE ........................................................ 46

    2.6.1 Patrimônio Cultural .................................................................................... 47

    2.6.2 Meio Ambiente ............................................................................................ 47

  • 2.7 POLÍTICA DE ATENDIMENTO À PROTEÇÃO DOS DIREITOS DA PESSOA

    COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA ..................................................... 49

    2.8 POLÍTICA DAS CONDIÇÕES DE ACESSIBILIDADE DE PESSOAS COM

    DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA ........................................................... 52

    2.9 AÇÕES AFIRMATIVAS DE DEFESA E PROMOÇÃO DOS DIREITOS

    HUMANOS E IGUALDADE ETNICORRACIAL ......................................................... 52

    2.10 AÇÕES DE INTERCÂMBIO, COOPERAÇÃO E PROGRAMAS DE

    INTERNACIONALIZAÇÃO ........................................................................................ 54

    3 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA DO CURSO ................................... 56

    3.1 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO .......................................................................... 56

    3.2 FORMAS DE INGRESSO ................................................................................. 56

    3.3 JUSTIFICATIVA E BASE FILOSÓFICA DO CURSO ....................................... 57

    3.4 OBJETIVOS DO CURSO ................................................................................. 59

    3.5 PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO ......................................................... 61

    3.6 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES GERAIS ................................................... 62

    3.7 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES ESPECÍFICAS ......................................... 63

    3.8 POLÍTICAS INSTITUCIONAIS NO ÂMBITO DO CURSO ................................ 64

    3.8.1 Apoio ao Docente ....................................................................................... 64

    3.8.2 Apoio ao Discente ...................................................................................... 64

    3.8.3 Projetos e Eventos de Extensão ............................................................... 65

    3.8.4 Programa de Bolsas de Iniciação Científica (PBIC) ................................. 65

    3.8.5 Programa de Iniciação Científica Voluntária (PVIC) ................................ 66

    3.8.6 Programa de Auxílio à Pesquisa e Extensão (PAPE) .............................. 66

    3.8.7 Programa de Auxílio à Publicação (PAP) ................................................. 66

    3.8.8 Programa de Incentivo à Publicação (PIP) ............................................... 66

    3.8.9 Programa de Incentivo à Comunicação Científica (PICC) ....................... 66

    3.8.10 Núcleo de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnologica (NUPTEC) ....... 67

    3.8.11 Subcomissão Interna de Avaliação ........................................................... 67

  • 3.9 ATIVIDADES DE ENSINO E SUA ARTICULAÇÃO COM A PESQUISA E A

    EXTENSÃO ............................................................................................................... 67

    3.10 METODOLOGIA DE ENSINO........................................................................... 69

    3.11 TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) NO PROCESSO

    DE ENSINO E APRENDIZAGEM .............................................................................. 70

    3.12 MATERIAL DIDÁTICO INSTITUCIONAL .......................................................... 71

    3.13 AVALIAÇÃO DOS PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM ................... 73

    3.14 PROGRAMAS DE NIVELAMENTO .................................................................. 74

    3.15 ATIVIDADES PRÁTICAS DE ENSINO ............................................................. 75

    3.16 APOIO AO DISCENTE ..................................................................................... 76

    3.17 ATIVIDADES DE TUTORIA .............................................................................. 79

    3.17.1 Tutor Mediador............................................................................................ 79

    3.17.1.1 Funções do tutor mediador ....................................................................... 80

    3.17.1.1.1 Função administrativa e organizacional ............................................... 80

    3.17.1.1.2 Função social ....................................................................................... 80

    3.17.1.1.3 Função tecnológica .............................................................................. 80

    3.17.1.1.4 Função pedagógica .............................................................................. 81

    3.18 RESPONSABILIDADE SOCIAL........................................................................ 81

    3.19 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO DO CURSO .................................................... 90

    3.20 ARTICULAÇÃO ENTRE A GRADUAÇÃO E A PÓS-GRADUAÇÃO ................ 92

    4 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E ACADÊMICA DO CURSO ..................... 94

    4.1 DIREÇÃO DO CURSO ..................................................................................... 94

    4.1.1 Dados do diretor do curso ......................................................................... 94

    4.1.2 Funções do diretor do curso ..................................................................... 94

    4.1.2.1 Funções políticas ...................................................................................... 94

    4.1.2.2 Funções gerenciais .................................................................................. 95

    4.1.2.2.1 Recursos humanos .............................................................................. 95

    4.1.2.2.2 Infraestrutura física e tecnológica ........................................................ 96

  • 4.1.2.2.3 Sustentabilidade econômica do curso .................................................. 96

    4.1.2.3 Funções acadêmicas ................................................................................ 96

    4.1.2.3.1 Deliberativas ........................................................................................ 96

    4.1.2.3.2 De planejamento .................................................................................. 97

    4.1.2.3.3 De liderança, supervisão e controle ..................................................... 98

    4.1.2.3.4 Avaliação do curso ............................................................................... 99

    4.1.2.4 Funções institucionais .............................................................................. 99

    4.1.2.4.1 Em relação à missão, princípios e valores institucionais ...................... 99

    4.1.2.4.2 Em relação à regularidade de funcionamento do curso ..................... 100

    4.1.2.4.3 Em relação aos resultados do processo formativo ............................. 100

    4.1.2.4.4 Em relação à inserção local e regional do curso ................................ 100

    4.2 COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA .................................................................. 101

    4.2.1 Dados da coordenadora pedagógica ...................................................... 101

    4.2.2 Funções do coordenador pedagógico .................................................... 101

    4.3 NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE (NDE) .............................................. 102

    4.4 COLEGIADO DO CURSO .............................................................................. 104

    4.5 CORPO DOCENTE ........................................................................................ 105

    4.5.1 Docentes do período 1/10 ........................................................................ 105

    4.5.2 Docentes do período 2/10 ........................................................................ 106

    4.5.3 Docentes do período 3/10 ........................................................................ 106

    Docentes do período 4/10 ..................................................................................... 107

    4.5.4 Docentes do período 5/10 ........................................................................ 107

    4.5.5 Docentes do período 6/10 ........................................................................ 108

    4.5.6 Docentes do período 7/10 ........................................................................ 109

    4.5.7 Docentes do período 8/10 ........................................................................ 109

    4.5.8 Docentes do período 9/10 ........................................................................ 110

    4.5.9 Docentes do período 10/10 ...................................................................... 110

  • 4.6 DADOS BÁSICOS DE IDENTIFICAÇÃO DOS DOCENTES .......................... 111

    4.6.1 Agnaldo Antônio Moreira Teodoro da Silva ........................................... 111

    4.6.2 Ana Lúcia Carrijo Adorno ........................................................................ 111

    4.6.3 Anderson Dutra e Silva ............................................................................ 112

    4.6.4 Anna Paula Bechepeche .......................................................................... 112

    4.6.5 Aurelio Caetano Feliciano ........................................................................ 113

    4.6.6 Carlos Alberto de Jesus Barbosa ........................................................... 113

    4.6.7 Carlos Eduardo Fernandes ...................................................................... 114

    4.6.8 César Augusto Paiva Gonçalves ............................................................. 114

    4.6.9 Cláudia Gomes de Oliveira ...................................................................... 114

    4.6.10 Daniel Ferreira Hassel Mendes ................................................................ 115

    4.6.11 Eduardo Dourado Argolo ......................................................................... 115

    4.6.12 Eduardo Martins Toledo ........................................................................... 116

    4.6.13 Eduardo Vieira Machado .......................................................................... 116

    4.6.14 Elke Dias de Sousa ................................................................................... 117

    4.6.15 Fabricio Nascimento Silva ....................................................................... 117

    4.6.16 Filipe Fonseca Garcia ............................................................................... 117

    4.6.17 Glediston Nepomuceno Costa Júnior ..................................................... 118

    4.6.18 Haydée Lisboa Vieira Machado ............................................................... 118

    4.6.19 Hugo de Andrade Silvestre ...................................................................... 119

    4.6.20 Isa Lorena Silva Barbosa ......................................................................... 119

    4.6.21 Jeane Silveira De Oliveira ........................................................................ 120

    4.6.22 João Silveira Belém Júnior ...................................................................... 120

    4.6.23 Júlia Bueno De Morais Silva .................................................................... 120

    4.6.24 Kíria Nery Alves Do Espírito Santo Gomes ............................................ 121

    4.6.25 Leandro Daniel Porfiro ............................................................................. 121

    4.6.26 Leocimar Rodrigues Barbosa .................................................................. 122

  • 4.6.27 Lucas Gabriel Corrêa Vargas .................................................................. 122

    4.6.28 Marcos Francisco Novaes Valentino ...................................................... 123

    4.6.29 Mary Hellen da Costa Monteiro ............................................................... 123

    4.6.30 Meire Borges De Oliveira Silva ................................................................ 124

    4.6.31 Naiane Machado Fonseca Garcia ............................................................ 124

    4.6.32 Natasha Sophie Pereira ............................................................................ 125

    4.6.33 Paula Lopes Santos .................................................................................. 125

    4.6.34 Paulo Alexandre De Oliveira .................................................................... 125

    4.6.35 Pedro Manoel Ribeiro Rosa ..................................................................... 126

    4.6.36 Pollyana Martins Santana ........................................................................ 126

    4.6.37 Regiane Janaína Silva de Menezes ......................................................... 127

    4.6.38 Rhogério Correia de Souza Araújo ......................................................... 127

    4.6.39 Rodolfo Rodrigues de Sousa Borges ..................................................... 128

    4.6.40 Rogério Santos Cardoso .......................................................................... 128

    4.6.41 Rosana Machado de Souza ..................................................................... 129

    4.6.42 Sandra Elaine Aires de Abreu.................................................................. 129

    4.6.43 Simone Buiate Brandão ........................................................................... 130

    4.6.44 Simone Janaína Da Silva Morais ............................................................. 130

    4.6.45 Tiago De Lima Bento Pereira ................................................................... 130

    4.6.46 Vanessa Honorato Domingos .................................................................. 131

    4.6.47 Vera Mota da Silva Barbosa ..................................................................... 131

    4.6.48 Victor Edson Neto de Araújo Perícoli ..................................................... 132

    4.6.49 Wanessa Mesquita Godoi Quaresma ...................................................... 132

    4.6.50 William Pereira Dos Santos Júnior ......................................................... 132

    4.7 CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO .......................................................... 133

    4.7.1 Secretárias ................................................................................................ 133

    4.7.2 Auxiliares de Secretaria ........................................................................... 134

  • 4.7.3 Técnicos de Laboratório .......................................................................... 135

    5 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO .................................................... 137

    5.1 ESTRUTURA CURRICULAR.......................................................................... 139

    5.2 MATRIZ CURRICULAR .................................................................................. 145

    5.3 LIMITE DE CRÉDITOS PARA MATRÍCULA EM CADA SEMESTRE ............. 148

    5.4 NÚMERO DE CRÉDITOS DE CADA DISCIPLINA ......................................... 148

    5.5 DISCIPLINAS OPTATIVAS............................................................................. 148

    5.6 PRÉ-REQUISITOS ......................................................................................... 148

    5.7 EMENTAS E BIBLIOGRAFIAS ....................................................................... 149

    5.7.1 Disciplinas Do Semestre 01/10 ................................................................ 149

    5.7.1.1 Fundamentos de Cálculo ........................................................................ 149

    5.7.1.2 Cálculo I ................................................................................................. 150

    5.7.1.3 Física I .................................................................................................... 150

    5.7.1.4 Algoritmos e Programação I ................................................................... 151

    5.7.1.5 Língua Portuguesa ................................................................................. 152

    5.7.1.6 Introdução à Economia ........................................................................... 153

    5.7.1.7 Introdução à Engenharia Civil ................................................................ 153

    5.7.1.8 Cidadania, Ética e Espiritualidade .......................................................... 154

    5.7.2 Disciplinas do semestre 02/10 ................................................................. 155

    5.7.2.1 Cálculo II ................................................................................................ 155

    5.7.2.2 Física II ................................................................................................... 155

    5.7.2.3 Algoritmos e Programação II .................................................................. 156

    5.7.2.4 Probabilidade e Estatística ..................................................................... 157

    5.7.2.5 Metodologia do Trabalho Científico ........................................................ 158

    5.7.2.6 Introdução à Administração .................................................................... 159

    5.7.2.7 Geometria Analítica ................................................................................ 159

    5.7.3 Disciplinas do semestre 03/10 ................................................................. 160

  • 5.7.3.1 Cálculo III ............................................................................................... 160

    5.7.3.2 Física III .................................................................................................. 161

    5.7.3.3 Cálculo Numérico e Computacional ....................................................... 161

    5.7.3.4 Desenho Técnico I .................................................................................. 162

    5.7.3.5 Química .................................................................................................. 163

    5.7.4 Disciplinas do semestre 04/10 ................................................................. 164

    5.7.4.1 Mecânica Aplicada ................................................................................. 164

    5.7.4.2 Fenômenos de Transporte ..................................................................... 164

    5.7.4.3 Desenho Técnico II ................................................................................. 165

    5.7.4.4 Álgebra Linear ........................................................................................ 166

    5.7.4.5 Eletricidade Aplicada .............................................................................. 167

    5.7.4.6 Isostática ................................................................................................ 167

    5.7.4.7 Optativa – Libras .................................................................................... 168

    5.7.4.8 Optativa – Inglês Instrumental ................................................................ 169

    5.7.5 Disciplinas do semestre 05/10 ................................................................. 169

    5.7.5.1 Mecânica dos Sólidos I ........................................................................... 170

    5.7.5.2 Ciência dos Materiais e Materiais de Construção Civil I ......................... 170

    5.7.5.3 Hidráulica ............................................................................................... 171

    5.7.5.4 Ciências do Ambiente ............................................................................. 172

    5.7.5.5 Instalações Elétricas Prediais ................................................................. 173

    5.7.5.6 Sociologia e Ocupação Urbana .............................................................. 173

    5.7.6 Disciplinas do semestre 06/10 ................................................................. 174

    5.7.6.1 Mecânica dos Sólidos II .......................................................................... 174

    5.7.6.2 Ciência dos Materiais e Materiais de Construção Civil II ........................ 175

    5.7.6.3 Arquitetura e Urbanismo ......................................................................... 176

    5.7.6.4 Hidrologia e Drenagem Urbana .............................................................. 177

    5.7.6.5 Topografia e Geodésia I ......................................................................... 177

  • 5.7.6.6 Construção Civil I ................................................................................... 178

    5.7.6.7 Disciplinas do semestre 07/10 ................................................................ 179

    5.7.6.8 Teoria das Estruturas I ........................................................................... 179

    5.7.6.9 Geotecnia I ............................................................................................. 179

    5.7.6.10 Construção Civil II .................................................................................. 180

    5.7.6.11 Instalações Prediais Hidráulicas e Sanitárias ......................................... 181

    5.7.6.12 Topografia e Geodésia II ........................................................................ 182

    5.7.6.13 Estágio Supervisionado I ........................................................................ 182

    5.7.7 Disciplinas do semestre 08/10 ................................................................. 183

    5.7.7.1 Teoria das Estruturas II .......................................................................... 183

    5.7.7.2 Estruturas de Concreto I ......................................................................... 184

    5.7.7.3 Geotecnia II ............................................................................................ 184

    5.7.7.4 Transporte e Logística ............................................................................ 185

    5.7.7.5 Saneamento Básico e Tratamento de Resíduos .................................... 186

    5.7.7.6 Estruturas de Madeira ............................................................................ 187

    5.7.7.7 Estágio Supervisionado II ....................................................................... 188

    5.7.8 Disciplinas do semestre 09/10 ................................................................. 188

    5.7.8.1 Estruturas de Concreto II ........................................................................ 188

    5.7.8.2 Fundações .............................................................................................. 189

    5.7.8.3 Estruturas Metálicas ............................................................................... 190

    5.7.8.4 Projeto de Vias ....................................................................................... 191

    5.7.8.5 Trabalho de Conclusão De Curso I (TCC I) ............................................ 192

    5.7.8.6 Estágio Supervisionado III ...................................................................... 192

    5.7.9 Disciplinas do semestre 10/10 ................................................................. 193

    5.7.9.1 Projetos Estruturais ................................................................................ 193

    5.7.9.2 Ética Profissional e Segurança do Trabalho ........................................... 194

    5.7.9.3 Planejamento e Orçamento de Obras .................................................... 195

  • 5.7.9.4 Trabalho de Conclusão De Curso II (TCC II) .......................................... 195

    5.7.9.5 Pontes .................................................................................................... 196

    5.7.9.6 Estágio Supervisionado IV ..................................................................... 197

    5.8 ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO .............................................. 197

    5.9 ATIVIDADES COMPLEMENTARES ............................................................... 198

    5.10 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) ........................................ 199

    5.11 FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR ................................................................... 201

    5.12 INTERDISCIPLINARIDADE ............................................................................ 202

    6 INFRAESTRUTURA FÍSICA E TECNOLÓGICA ................................................ 204

    6.1 SETOR ADMINISTRATIVO ............................................................................ 204

    6.2 ESPAÇO DE TRABALHO PARA A DIREÇÃO DO CURSO ........................... 204

    6.3 ESPAÇO DE TRABALHO PARA A COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA DO

    CURSO ................................................................................................................... 204

    6.4 GABINETES DE TRABALHO PARA PROFESSORES DE TEMPO INTEGRAL

    – TI 205

    6.5 SALA DE PROFESSORES ............................................................................ 205

    6.6 SISTEMA ACADÊMICO ................................................................................. 205

    6.7 SALAS DE AULA ............................................................................................ 205

    6.8 BIBLIOTECA ................................................................................................... 207

    6.8.1 Horário de funcionamento ....................................................................... 207

    6.8.2 Espaço físico ............................................................................................ 207

    6.8.3 Acervo Geral ............................................................................................. 209

    6.8.4 Bases de dados Portal de Periódicos Capes (Total 127) ...................... 209

    6.8.5 Biblioteca Virtual ...................................................................................... 213

    6.8.6 Política para atualização e expansão do acervo .................................... 213

    6.8.7 Serviços ao Usuário ................................................................................. 214

    6.8.8 Funcionários ............................................................................................. 215

    6.8.9 Acervo da bibliografia básica e complementar ..................................... 215

  • 6.8.9.1 Bibliografia básica .................................................................................. 215

    6.8.9.2 Bibliografia complementar ...................................................................... 226

    6.9 LABORATÓRIOS ............................................................................................ 246

    6.9.1 Laboratórios de informática .................................................................... 246

    6.9.2 Laboratórios didáticos especializados ................................................... 247

    6.9.2.1 Cronograma de utilização dos laboratórios ............................................ 247

    6.9.2.2 Laboratório de Física/Eletricidade .......................................................... 249

    6.9.2.2.1 Laboratório de Física .......................................................................... 249

    6.9.2.2.2 Laboratório de Eletricidade ................................................................ 249

    6.9.2.3 Laboratório de Materiais de Construção, Estruturas e Solos ................. 250

    6.9.2.3.1 Laboratório de Materiais de Construção ............................................ 250

    6.9.2.3.2 Laboratório de Estruturas ................................................................... 251

    6.9.2.3.3 Laboratório de Solos .......................................................................... 251

    6.9.2.4 Laboratório de Mecânica dos Fluidos e Hidráulica ................................. 251

    6.9.2.4.1 Laboratório de Mecânica dos Fluidos................................................. 252

    6.9.2.4.2 Laboratório de Hidráulica ................................................................... 252

    6.9.2.5 Laboratório de Química/Saneamento ..................................................... 253

    6.9.2.6 Laboratório de Química .......................................................................... 253

    6.9.2.7 Laboratório de Saneamento ................................................................... 253

    6.9.2.8 Laboratório de Topografia ...................................................................... 254

    6.9.2.9 Ateliê ...................................................................................................... 254

    6.10 ÁREAS DE CONVIVÊNCIA E LAZER ............................................................ 254

    6.11 COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA (CEP) .................................................... 255

    6.12 CONDIÇÕES DE ACESSIBILIDADE PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU

    MOBILIDADE REDUZIDA ....................................................................................... 255

    6.13 SETORES DE SERVIÇOS E APOIO .............................................................. 256

    6.13.1 UniATENDER: Núcleo de Apoio ao Discente ......................................... 256

  • 6.13.2 UniSOCIAL: Departamento de Filantropia e Assistência Social .......... 257

    6.13.3 Ouvidoria Geral ......................................................................................... 257

    6.13.4 Academia ................................................................................................... 257

    6.14 OUTROS ESPAÇOS FÍSICOS DA INSTITUIÇÃO ......................................... 258

    6.15 COMPUTADORES ......................................................................................... 260

    6.16 SERVIÇOS ..................................................................................................... 260

    6.16.1 Agência Bancária ...................................................................................... 260

    6.16.2 Serviços de Reprografia .......................................................................... 260

    6.16.3 Estacionamento ........................................................................................ 261

    6.16.4 Lanchonetes e Restaurantes ................................................................... 261

    7 AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO ................................ 262

    7.1 ATRIBUIÇÕES DA CPA ................................................................................. 263

    7.2 SUBCOMISSÃO ESPECIALISTA EM AVALIAÇÃO – SEA ............................ 264

    7.3 SUBCOMISSÃO INTERNA DE AVALIAÇÃO – SIA ........................................ 265

    ANEXOS ................................................................................................................. 267

  • 20

    1 CONTEXTUALIZAÇÃO SOCIAL

    1.1 CONTEXTO SOCIOECONÔMICO E POLÍTICO DA SOCIEDADE

    CONTEMPORÂNEA

    As mudanças provocadas pelo avanço do conhecimento, da tecnologia e da

    comunicação apresentam novos rumos e desafios, não somente em setores

    produtivos, mas nas mais diversas áreas de relacionamento do homem.

    Os reflexos dessa revolução sobre a cultura e sobre a educação são

    imensos. De um lado, tem-se a universalização da informação, libertando os

    indivíduos das limitações das culturas nacionais e abrindo possibilidades para a

    internacionalização da cidadania. Por outro lado, passa a exigir que esse cidadão

    seja instruído, receba adequada preparação para que possa participar e usufruir dos

    avanços que a nova ordem oferece. A educação, assim, coloca-se como ponto

    central dessa mudança que se opera em todo o mundo. Ela se torna o passaporte

    para a entrada no mundo da tecnologia e para quebrar as limitações que as

    distâncias científicas e tecnológicas têm imposto aos cidadãos que residem fora do

    eixo econômico das principais economias globais.

    Os novos desafios educacionais, produtivos e sociais e as novas estruturas

    de tomadas de decisões pedagógicas, políticas e técnicas da atualidade exigem

    novas dinâmicas, atribuições e expectativas de funcionamento das instituições

    universitárias.

    Estudos recentes ressaltam aspectos importantes que precisam ser

    considerados nas políticas e práticas de Ensino Superior, dentre eles:

    a) Consideração das mudanças que estão ocorrendo na produção e na

    transmissão do conhecimento;

    b) O aprendiz precisa ser considerado em sua individualidade biológica,

    com diferentes estilos de aprendizagem, cuja ênfase deverá estar na

    construção do conhecimento, e não na instrução;

    c) O currículo deve ser algo construído com critérios que considerem uma

    nova cosmovisão e promoção de diálogo permanente entre o indivíduo e

    o seu meio ambiente, entre o professor e aluno, e que seja flexível e

    baseado nas peculiaridades do contexto local;

  • 21

    d) Adoção de estratégias metodológicas e processo de avaliação que

    assegurem que os alunos ajam com responsabilidade, capacidade

    crítica e com autonomia e que sejam apropriadas às particularidades da

    competência a ser desenvolvida e às características dos alunos;

    e) Necessidade de maior estreitamento do vínculo entre pesquisa-ensino-

    extensão.

    Esta Instituição colabora com a universalização do acesso ao conhecimento

    científico, técnico, ético e cultural. A formação proposta nos documentos

    institucionais visa ao desenvolvimento de competências e habilidades que permitam

    ao acadêmico atuar em campos profissionais específicos, contribuindo para a

    melhoria das condições de vida e o desenvolvimento cultural e socioeconômico da

    região.

    O Centro Universitário de Anápolis objetiva ampliar sua prestação de

    serviços por meio de modalidades de ensino diversificadas, em nível presencial e a

    distância, articuladas à pesquisa e à extensão, com base na qualidade social e na

    excelência acadêmica e pedagógica. Essa visão apoia-se nas demandas por ensino

    superior, necessário à formação do cidadão, como resposta à premência do

    desenvolvimento regional, buscando a inserção sociocultural e produtiva, de modo a

    contribuir para a elevação dos níveis de qualidade de vida e dignidade da

    coletividade.

    É neste cenário que se situa o Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia

    Civil, o qual se propõe a oferecer uma formação humana, técnico-científica, ética e

    profissional, que atenda às demandas sociais, econômicas e políticas da sociedade

    contemporânea, com especial atenção para as especificidades das realidades

    regional e local.

    A história humana pode ser contada a partir de vários prismas, sendo que

    um deles merece uma atenção especial: o da ocupação do espaço. A busca da

    sobrevivência, sucedida pela busca de conforto, levaram o homem a se fixar e

    agrupar, o que foi o ponto de partida das interações comunitárias. Essas relações,

    ao mesmo tempo em que foram indispensáveis para os avanços da humanidade,

    desencadearam vários problemas e resultaram em várias demandas coletivas.

    Os problemas decorrentes dos aglomerados humanos impeliram as buscas

    por suprimentos, bem como propiciaram o desenvolvimento de metodologias de

  • 22

    processamentos para os mesmos. A fixação do homem, assim, num primeiro

    momento, foi motivada pela subsistência e, num momento posterior, buscou a

    perenidade dos mesmos como uma forma de minimização dos trabalhos

    extrativistas.

    Como os suprimentos sempre foram obtidos com algum nível de dificuldade,

    as fontes de recursos logo originaram vários conflitos entre as comunidades. Tal

    cenário impeliu o desenvolvimento humano, uma vez que o homem se defrontou

    com o fato das necessidades serem infinitas e ilimitadas, ao passo que os recursos

    disponíveis são sempre finitos, caros e escassos, precisando conciliar estes dois

    fatores. Além disso, o homem percebeu que a compatibilização entre necessidades

    e recursos estava sujeita a vários condicionamentos, além das evidentes limitações

    de espaço e tempo.

    As imensas facilidades decorrentes da vida em comunidade sempre

    desencadearam o surgimento e crescimento dos núcleos urbanos, que se expandem

    à medida que se tornam atrativos para as pessoas. Essa dinâmica, por outro lado,

    exige ações capazes de garantir a vida e a saúde, o que desencadeia diversas

    demandas, tais como: abastecimento de água, suprimento de energia, implantação

    de redes de esgoto, limpeza urbana, pavimentações viárias, serviços de transporte,

    medidas de segurança, construção de edifícios públicos e obras de infraestrutura,

    planejamento urbano, construção de unidades habitacionais etc. Esse contexto

    progressista depende de interferências no meio ambiente, quase sempre

    ocasionando impactos ambientais negativos, o que pode resultar na eliminação ou

    deterioração dos recursos naturais de subsistência. Tal análise crítica sobre como e

    quando interferir na natureza vem se tornando numa das maiores polêmicas da

    atualidade, sendo potencializada com a percepção humana de que qualquer nível de

    progresso dever ocorrer associado a algum grau de sustentabilidade. O objetivo

    maior desta visão é o de perenizar a disponibilidade de provimentos, quer através do

    uso racional dos recursos, bem como da compensação de danos ambientais

    detectáveis, mitigando-se impactos e interferências negativas.

    A sociedade moderna, se por um lado é a sociedade das exigências, da

    ocupação de espaço, do aperfeiçoamento e da busca de progresso, por outro é a

    sociedade que se depara com a escassez e com o comprometimento crescente dos

    recursos naturais. Assim, a tecnologia não mais pode ser direcionada

    exclusivamente à produção de itens de qualidade, mas também rumo à obtenção

  • 23

    otimizada e manuseio responsável destes recursos, o que só pode ocorrer a partir

    de um nível de conscientização sobre as questões fundamentais da existência. Em

    suma, as motivações envolvidas nestes dois direcionamentos são as de pura

    sobrevivência, e que devem ser traduzidas em ações concretas. Considerando que

    tais ingerências provêm de ideias e conceitos, as concepções humanas passam a

    ter fundamental importância na abrangência e comprometimento das estratégias de

    atuação. Desta forma, como os valores sociais são consequência da conjugação de

    aspectos culturais, valores individuais, nível de conscientização, inclinações

    religiosas, filosofias, questões culturais e princípios morais, a mente humana passa

    a ser o principal objeto que deve ser trabalhado antes de se aspirar por perspectivas

    preservacionistas.

    Considerando a dinâmica entre necessidades e recursos, o homem é

    requerido a adotar posturas e ações, para as quais ele sempre se depara com a

    necessidade de ampliar e dinamizar sua percepção, extrapolando os limites da

    individualidade, resistindo a tendências que resultem em algum tipo de ação capaz

    de desencadear cenários negativos ou crônicos. Daí a preocupação em que os

    valores pessoais apresentem algum nível de blindagem frente aos agentes nocivos,

    que hoje em dia estão bem representados pela: sedução da mídia, estímulo ao

    consumismo desenfreado, atitudes inconsequentes, filosofias hedonistas,

    comportamentos irresponsáveis, ausência de limites etc. Desta forma, o pré-requisito

    para que o homem consiga viver com alguma qualidade e estabilidade, ao mesmo

    tempo em que passa pela análise crítica e construtiva de valores pessoais, passa

    pelo empenho sistemático na capacitação, na busca da inovação e pela aquisição

    de habilidades lhe permitam construir tal cenário de desenvolvimento, segurança e

    estabilidade.

    Frente ao dilema de compatibilizar exigências, recursos (naturais e

    tecnológicos) e limites (tempo e espaço), o homem, enquanto ser finito e unidade

    atômica da sociedade, cada vez mais é exigido em sua totalidade. Ao tempo em que

    se empenha por obter melhores condições de vida, precisa desenvolver habilidades

    e aplicar conhecimentos para que este processo de desenvolvimento seja

    prolongado. O comprometimento sistemático com essas buscas acaba

    desencadeando um resultado positivo de crescimento, que deve ser dosado de

    forma a não destruir o homem pela sobrecarga de exigências e por requerimentos

    sobre-humanos. Uma vez estabelecendo um programa para agregar valor aos

  • 24

    esforços despendidos, para orientar as ações rumo a um objetivo nobre, para

    manter a qualidade dos produtos e processos, para buscar tecnologias modernas e

    emprega-las devidamente e, finalmente, para desencadear processos de inovação,

    o homem estabelecerá os mecanismos básicos para sempre caminhar rumo a

    perspectivas favoráveis, o que é indispensável para a sobrevivência no mundo

    moderno.

    O cenário internacional tem reforçado a necessidade de utilização dos

    recursos naturais comedidamente, de ações comunitárias sistemáticas, de

    organização, de planejamento e do desenvolvimento e aplicação de tecnologias para

    o desenvolvimento sustentável e o trabalho eficiente. O fenômeno da globalização

    tem ampliado a concorrência e aumentado o nível de exigência requerido para

    produtos e serviços. Além disso, o mercado vem estabelecendo patamares

    dinâmicos para a sobrevivência de pessoas e corporações, uma vez que exige

    resultados cada vez mais diferenciados e inovadores. Desta forma, qualquer

    organização que aspire alguma posição de destaque ou que vislumbre a perspectiva

    de sobrevivência, deverá possuir uma elevada capacidade de adequação e

    assimilação de cenários e situações, o que só é possível através do investimento em

    duas frentes indissociáveis: no trabalho de qualidade, que garante a vida presente, e

    na pesquisa, área que envolve vários riscos, mas que continua sendo a mais segura

    para que se vislumbre perspectivas de vida no futuro. Os perfis das corporações,

    então, devem estar comprometidos com essas duas vertentes, pois se o homem

    individualmente se defronta com a necessidade de desenvolvimento de forma

    estratégica e sustentável, as corporações, que também estão inseridas num

    mercado instável, globalizado, competitivo e dinâmico, serão exigidas numa escala

    muito maior, mais rigorosa e abrangente.

    Todos os países se deparam com essa realidade conflitante e nenhum deles

    consegue se esquivar destas problemáticas. O Brasil está neste contexto e é visto

    de forma proeminente entre os países considerados “emergentes”, tendo tal posição

    de destaque por deter um enorme e diverso potencial de recursos naturais

    estratégicos.

    A economia brasileira demonstra que tem uma baixa blindagem às crises

    internacionais, o que pode ser atribuído à sobrecarga de impostos que incide nos

    setores produtivos, e no desestímulo ao empreendedorismo legal, o qual fica

    esmagado por uma burocracia sufocante. Isso tudo ainda considerando a lentidão

  • 25

    da justiça, a ineficiência do estado, a ausência de reformas substanciais e ao

    descompromisso político, grande responsável pela existência de um emaranhado de

    leis e regras que deixam o estado como sendo o maior descumpridor de leis do país.

    Mesmo assim, a despeito de todas as dificuldades internas e externas, o

    Brasil precisa capacitar pessoas para um melhor enfrentamento do dilema histórico

    das comunidades organizadas, o qual é o de conciliar desenvolvimento com

    sustentabilidade ambiental. Isso será conseguido se o governo atuar de forma

    eficiente, organizada, planejada e devidamente fundamentada, criando programas

    de assistência realmente comprometidos com a formação e inserção do indivíduo no

    mercado, a partir da capacitação e da valorização do mérito e, principalmente,

    mostrando à sociedade um nível de comprometimento com valores nobres, justos e

    verdadeiramente progressistas. Formando um indivíduo moralmente íntegro,

    socialmente responsável e comprometido com a excelência, as relações

    mercadológicas poderão ser redirecionadas, desencadeando transformações

    socioeconômicas que realmente conduzam a um futuro de estabilidade.

    1.2 CONTEXTO EDUCACIONAL LOCAL E REGIONAL

    Na região Centro-Oeste, na área que abrange todo o Estado de Goiás e o

    Distrito Federal, há uma concentração urbana mais densa, onde se localizam duas

    regiões metropolitanas: Goiânia/GO e Brasília/DF; a microrregião do Entorno de

    Brasília/GO e a cidade de Anápolis/GO. A cidade de Goiânia, capital do Estado de

    Goiás, conta atualmente com 1.333.767 habitantes, segundo dados da Secretaria de

    Planejamento do Estado de Goiás (GOIÁS, SEPLAN, 2012). Considerando-se a

    região metropolitana, essa população atinge cerca de 2 milhões de habitantes. Já a

    cidade de Brasília tem uma população de 2.570.160 habitantes (IBGE, 2010),

    porém, na região metropolitana, ultrapassa três milhões.

    No caminho da BR 060, entre Brasília/DF e Goiânia/GO, está a cidade de

    Anápolis/GO, com um quantitativo populacional de 342.347 habitantes, segundo o

    Censo do IBGE/2012. Essa cidade de porte médio é considerada um ponto

    estratégico de contato entre a microrregião Centro-Sul e o Norte do Estado, sendo

    também um importante entreposto, ligando as regiões Sudeste e Norte do país. Para

    além da posição geográfica, a cidade tem sido alvo de políticas federais que

    desencadearam e vêm consolidando o processo de expansão econômica.

  • 26

    Numa análise histórica, é possível observar que, ao longo dos 107 anos da

    emancipação de Anápolis, a posição geográfica estratégica e a dinâmica urbana

    local a credenciam como um centro regional. Não por acaso, entre os anos 1930 e

    1950, Anápolis foi o maior centro comercial da região Centro-Oeste. Um fator

    fundamental nesse processo foi a chegada da ferrovia, em 1935. Alguns fatos

    evidenciam essa tese: em 1942, foi instalado o primeiro banco goiano, cujo nome

    era Banco Comercial do Estado de Goiás, tendo este 14 filiais no Estado, inclusive

    em Goiânia; o segundo banco goiano, o Banco Imobiliário do Oeste Brasileiro S/A,

    inaugurado em 1945, também era anapolino.

    Em 1932, foi inaugurado o Colégio Couto Magalhães, embrião da

    Associação Educativa Evangélica, fundada em 1947, que, posteriormente, seria a

    mantenedora das Faculdades Integradas da AEE, transformadas, em 2004, no

    Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA.

    Em alguma medida, Anápolis se beneficiou da política de interiorização do

    Brasil, desenvolvida por Getúlio Vargas, com o nome de Marcha para o Oeste. Foi

    assim que, em 1941, foi fundada a Colônia Agrícola Nacional de Goiás, no Vale do

    São Patrício, hoje cidade de Ceres. Nessa cidade, a Associação Educativa

    Evangélica criou novas Unidades: o Colégio Álvaro de Melo e a Faculdade de

    Filosofia do Vale do São Patrício.

    A construção de Goiânia, nas décadas de 1930 e 1940, bem como a

    edificação da nova capital federal – Brasília, inaugurada em 1961 – e a rede de

    rodovias que lhe dariam suporte, impactaram Anápolis, pois o município passou à

    condição de entroncamento de importantes estradas de rodagem federais e

    estaduais. Tudo isso fez aumentar a população do Estado e a demanda pelo ensino

    em Goiás. Mais uma vez, Anápolis dava resposta a esse desenvolvimento, com a

    criação dos primeiros cursos de ensino superior fora da capital, por meio da

    Associação Educativa Evangélica, em 1960, com a oferta das licenciaturas em

    História, Letras, Geografia e Pedagogia.

    Nos anos 1970, Anápolis passou a ser uma referência no projeto de

    desenvolvimento industrial, com a criação do DAIA (Distrito Agroindustrial de

    Anápolis), inaugurado em 1976. Este Distrito serviria de modelo para que outros do

    gênero fossem instalados no interior do Estado. O DAIA abriga, atualmente, o maior

    número de empresas do Estado. Enquanto tal, promove a interligação da cidade a

    grandes metrópoles e outros países, dinamizando a economia local.

  • 27

    Outra ação que influenciou diretamente a dinâmica urbana local foi a

    efetivação da Estação Aduaneira do Interior, conhecida como Porto Seco. O Porto

    Seco propicia a distribuição de mercadorias e facilita as exportações.

    A construção do Aeroporto de Cargas de Anápolis, considerada obra

    estratégica para a consolidação da plataforma multimodal no município, irá fazer de

    Anápolis um centro de logística, garantindo atração de mais investimentos e o

    escoamento de produtos, podendo ser em breve um dos principais centros de

    distribuição da produção no Brasil.

    Na década de 1990, a abertura e/ou ampliação de Instituições de Ensino

    Superior têm orientado discursos locais que asseguram ser a cidade de Anápolis um

    verdadeiro “polo de educação”. As Instituições de Ensino Superior são também

    representativas da dinâmica urbana desse município. A oferta de educação superior

    promove a circulação de pessoas, dinamizada pela instalação de muitos jovens que

    se mudam ou vêm diariamente de cidades circunvizinhas para Anápolis.

    Em face do quadro sociopolítico, econômico e cultural de Anápolis e região,

    a UniEVANGÉLICA contribui positivamente com a comunidade, tanto no

    atendimento às demandas de ensino de graduação e pós-graduação, como na

    pesquisa científica e em atividades de extensão

    A história desta Instituição de Ensino Superior revela que sua inserção

    regional, iniciada há mais de 60 anos, vem acompanhando o desenvolvimento do

    país. A ampliação das instalações físicas e de laboratórios, o aumento da oferta de

    cursos e vagas e as ações de pesquisa e extensão têm sido realizadas de acordo

    com o cenário socioeconômico e as demandas regionais.

    Nesse sentido, o credenciamento institucional para a modalidade a distância

    amplia as possibilidades para o cumprimento de sua missão institucional. A

    perspectiva regional ganha novo escopo, agora em nível nacional, por meio de uma

    educação à distância mediada via novas tecnologias de informação e comunicação.

    Assim como as demais ações institucionais, em seu projeto educacional, as ações

    de planejamento da estrutura inicial para a modalidade a distância também foram

    desenhadas utilizando conceitos inovadores de gestão e adotando políticas

    institucionais modernas e eficazes. Dessa forma, a EAD nasce com as mesmas

    características institucionais de busca pela qualidade que permeiam seu trabalho

    desde o ano de 1961, quando da criação de seu primeiro curso superior. Para tanto,

    investimentos específicos inerentes a um projeto de EAD - em recursos

  • 28

    educacionais, humanos, tecnológicos e financeiros já se fazem presentes, criando

    as possibilidades e os caminhos para que a missão institucional seja cumprida,

    agora, no cenário educacional brasileiro. Os valores, os objetivos e as metas

    institucionais são trabalhados no sentido de atender às necessidades dos alunos em

    cada um dos Polos de Apoio Presencial, propondo atuações pedagógicas que

    possam responder de maneira adequada a essas necessidades.

    A cidade de Anápolis é uma região em pleno crescimento na área de

    construção civil, geradora de empregos e oportunidades industriais, comerciais e de

    prestação de serviços. O curso de Engenharia Civil está envolvido neste processo

    de desenvolvimento que envolve não só o município, mas toda a região do entorno

    da cidade. Para formar o Engenheiro Civil da UniEVANGÉLICA, o curso trabalha os

    conteúdos, as competências, habilidades e atitudes fundamentais para agregar valor

    ao desenvolvimento humano (ético e cristão) e consequentemente, ao

    desenvolvimento socioeconômico e cultural, do Estado de Goiás e do país.

    Há uma demanda de alunos, visto que o município possui uma rede de

    escolas do Ensino Fundamental e Médio, bem estruturada.

    O Curso de Engenharia Civil posiciona-se no contexto educacional de

    Anápolis com o objetivo de formar bacharéis com perfil de liderança, visão

    generalista das organizações e senso prático, para solucionar problemas nas suas

    diferentes áreas de atuação. Pauta-se, também, nos valores éticos, cristãos e de

    cidadania como princípios norteadores da atividade profissional dos egressos do

    curso. O curso orienta para a busca do equilíbrio permanente entre o

    desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida, tanto nas organizações como na

    sociedade como um todo, traçando concernência com os princípios da Mantenedora.

    O atendimento às demandas local e regional também faz parte do objetivo do curso,

    e, nesta direção, estão incluídos conteúdos, competências e habilidades na

    operacionalização da sua matriz curricular.

    A Engenharia Civil, como ciência, visa primeiramente a utilização racional

    dos recursos naturais de forma a suprirem a sociedade com obras e serviços

    qualificados e específicos, abrangendo todas as áreas da Engenharia Civil.

    Ultimamente, tem crescido a preocupação com a busca de soluções para situações

    de degradação existentes, geradas no passado, a partir de atuações irresponsáveis

    ou por aplicações de tecnologias obsoletas. A partir dos acordos internacionais no

  • 29

    tocante à sustentabilidade, várias propostas orientam para a diversificação da matriz

    energética básica, principalmente utilizando-se as chamadas “energias limpas”.

    Dada a necessidade da região e também a tradição e respeito que a

    sociedade tem em relação à Instituição, o Curso de Engenharia Civil da

    UniEVANGÉLICA realiza dois vestibulares por ano, para cada turno (matutino e

    noturno), num total de 240 (duzentos e quarenta) vagas anuais, de turmas de 60

    (sessenta) alunos. Atualmente estão matriculados, no curso de Engenharia Civil,

    1.130 alunos, sendo 497, no turno matutino e 633, no noturno.

    1.3 CONTEXTO E FUNÇÃO SOCIAL DA PROFISSÃO

    O progresso e desenvolvimento ocorrem a partir de planejamento e jamais

    estão dissociados de uma infraestrutura básica. A própria energia que impulsiona o

    desenvolvimento humano exige instalações próprias e emprego de tecnologias bem

    específicas. Assim, a enorme quantidade de energia da atmosfera, por exemplo, sob

    as formas de raios solares, ventos, precipitações etc., pode ser convertida numa

    forma de energia mais funcional no tocante ao aproveitamento humano, a energia

    elétrica, o que requer a construção de centrais de conversão com as devidas

    instalações e respectivas infraestruturas.

    O desenvolvimento socioeconômico, por sua vez, exige trabalho organizado,

    que ocorre a partir de conglomerados humanos, os quais estão concentrados em

    cidades e polos industriais. Para que esses arranjos sejam funcionais, eles

    demandam, principalmente, uma infraestrutura básica composta de: planos diretores

    regendo a organização das cidades, sistemas de distribuição de energia, sistemas

    de abastecimento de água e coleta de esgotos, vias públicas organizadas e

    convenientemente integradas, sistemas de drenagem urbana, construção e

    adequação de edificações públicas, construção de unidades habitacionais, linhas de

    transmissão, pontes, viadutos, túneis, metrôs, aeroportos, estaleiros, plataformas,

    hangares, creches, hospitais e demais instalações integradas sob algum nível de

    operacionalidade. Tudo isso implica na utilização de recursos naturais, obtidos por

    meio de ingerências ambientais, daí a necessidade de que estas obras ocorram

    conjugadas às mitigações de impacto e ao processamento racional de recursos.

    A engenharia civil, como ciência, visa primeiramente à utilização racional dos

    recursos naturais de forma a suprirem a sociedade com obras e serviços

  • 30

    qualificados e específicos, abrangendo as áreas de construção civil, estruturas,

    geotecnia, transportes, recursos hídricos, meio ambiente e saneamento. Cada

    atividade deve ser desenvolvida por meio de procedimentos seguros e eficientes,

    sempre mitigando interferências ambientais negativas. Mas ultimamente, tem

    crescido na engenharia civil a preocupação com a busca de soluções para situações

    de degradação existentes, geradas no passado, a partir de atuações irresponsáveis

    ou por aplicações de tecnologias obsoletas. Nesse sentido, os resultados eficazes

    requerem o emprego de tecnologias interdisciplinares e complexas, capacidades

    essas que são cada vez mais exigidas dos candidatos a atuarem nesta ciência.

    A partir da consciência globalizada no tocante à sustentabilidade, vários

    pactos internacionais impõem a que ocorra a diversificação da matriz energética

    básica, principalmente utilizando-se as chamadas “energias limpas”. Essas diretrizes

    certamente exigirão que a ciência da engenharia civil seja aplicada em sua

    totalidade e com o máximo de rigor e abrangência, o que indicará um mercado cada

    vez mais diversificado, pujante e dinâmico para os profissionais desta área.

    A função social da engenharia civil não é uma atividade secundária, mas

    uma decorrência intrínseca da própria profissão. Tudo o que o engenheiro civil faz,

    dentro da sua profissão, destina-se, em última análise, a satisfazer alguma

    necessidade humana, e, portanto, uma necessidade social: um prédio destina-se à

    moradia, ao trabalho ou ao lazer das pessoas; as estradas destinam-se ao

    transporte de pessoas ou de mercadorias, que, por sua vez, destinam-se a

    satisfazer necessidades das pessoas; as indústrias destinam-se a produzir bens que

    também vão atender às necessidades humanas, e, assim por diante, para quaisquer

    outros projetos ou obras de engenharia: portos, usinas e sistemas elétricos, obras

    públicas, sistemas de comunicações etc.

    Outro aspecto importante da função social do engenheiro é o fato de ser o

    agente de alargamento, expansão e diversificação do mercado de trabalho, dando

    assim ocupação, salário e um sentido de utilidade na vida a muitos milhares de

    pessoas. Por isso, a atuação do engenheiro deve ser, antes de tudo, produzir obras

    que concorram para o bem da sociedade, subordinando sempre as suas decisões às

    exigências dessa mesma sociedade.

    É importante assinalar que a responsabilidade do engenheiro civil tem

    aumentado consideravelmente com o passar do tempo, devido à globalização e ao

    progresso tecnológico proporcionado pela própria engenharia. As obras em geral,

  • 31

    prédios, pontes, estradas, usinas, barragens, sistemas elétricos etc., têm-se tornado

    maiores, mais valiosas e, também, em muitos casos, mais audaciosas e de maior

    risco.

    Além da função social da engenharia, entendida como uma entidade

    abstrata, tem que considerar também a função social do engenheiro civil como ser

    humano. Como indivíduo o engenheiro não pode perder de vista a função social de

    sua profissão e também a de atuar como um condutor de homens. Quase todos os

    engenheiros terão de comandar homens, mestres, contramestres, projetistas,

    desenhistas, operários e mesmo outros engenheiros. Comandar significa dar e

    transmitir ordens, bem como receber ordens de seus superiores, instruir e treinar,

    avaliar, premiar e eventualmente punir, além de organizar e dirigir o trabalho. Não

    são tarefas fáceis.

    Hoje em dia não há quem não considere como importante, ou melhor, como

    essencial à vida moderna, a atuação do engenheiro civil, sendo mesmo difícil

    imaginar como seria possível a vida da sociedade sem que existissem os

    inumeráveis bens, de todo tipo, resultantes da atividade do engenheiro civil.

  • 32

    2 CONTEXTUALIZAÇÃO INSTITUCIONAL

    2.1 CARACTERÍSTICAS DA INSTITUIÇÃO MANTENEDORA

    A Associação Educativa Evangélica – AEE, fundada em 31 de março de

    1947, pelo Reverendo Arthur Wesley Archibald, tem como tarefa fundamental

    contribuir para a educação e a formação de crianças, jovens e adultos da região

    Centro-Oeste.

    Criada como mantenedora de escolas, em diversos níveis, a AEE é uma

    instituição confessional, de caráter interdenominacional e marca presença com a

    fundação de escolas em diversas cidades do Estado de Goiás.

    No nível básico, fundou o Colégio Couto Magalhães, em Anápolis; o Colégio

    Álvaro de Melo, em Ceres; o Educandário Nilza Rizzo, a Escola Luiz Fernandes

    Braga Júnior, o Normal Regional e o Sítio de Orientação Agrícola, em Cristianópolis;

    tendo estes últimos sido desativados, ao longo do tempo.

    Durante a década de 1960, no contexto da interiorização do

    desenvolvimento provocado pela transferência da capital federal para a Região

    Centro-Oeste, e a partir da abertura propiciada pelo governo federal para o

    credenciamento de novas Instituições de Ensino Superior, a AEE criou sua primeira

    faculdade. Assim, em 27 de fevereiro de 1961, o Conselho Federal de Educação

    autorizou o funcionamento da Faculdade de Filosofia Bernardo Sayão – FFBS, com

    a oferta dos cursos de Letras, História, Geografia e Pedagogia. Em 18 de março de

    1969, a Faculdade de Direito de Anápolis – FADA – foi autorizada a funcionar e, em

    23 de novembro de 1971, foi igualmente autorizada a Faculdade de Odontologia. A

    Faculdade de Filosofia do Vale do São Patrício, situada em Ceres, no Estado de

    Goiás, foi autorizada a funcionar pelo Decreto nº. 76.994, de 7 de janeiro de 1976,

    tendo esta os cursos de Letras e Pedagogia. Em 1993, as faculdades criadas até

    então foram transformadas em Faculdades Integradas, por força de seu Regimento

    Unificado.

    Mais recentemente, ao final da década de 1990, as Faculdades Integradas

    da Associação Educativa Evangélica ampliaram suas instalações e a oferta de

    novos cursos, incluindo Ciências Contábeis, em Ceres, e Administração, Educação

    Física e Enfermagem, em Anápolis. Em 2002, deu-se a oferta do curso de

  • 33

    Fisioterapia, sendo também ampliado o número de vagas para Educação Física e

    Direito.

    Convicta da relevância de sua proposta educacional, fundamentada em

    valores cristãos, éticos e democráticos, as Faculdades Integradas da Associação

    Educativa Evangélica foram credenciadas como Centro Universitário de Anápolis –

    UniEVANGÉLICA, em março de 2004.

    2.1.1 Missão

    A Associação Educativa Evangélica, fundamentada em princípios cristãos,

    tem como missão: promover, com excelência, o conhecimento por meio do ensino

    nos diferentes níveis da pesquisa e da extensão, buscando a formação de cidadãos

    comprometidos com o desenvolvimento sustentável.

    Imbuída de sua missão, a Instituição tem, enquanto valores, a competência,

    o profissionalismo e o trabalho participativo, norteando suas ações por princípios

    éticos, morais e cristãos.

    A Instituição nutre, ainda, a expectativa de que, nos próximos cinco anos,

    será consolidada como instituição cristã de educação e centro de excelência em

    ensino, pesquisa e extensão, utilizando conceitos inovadores de gestão e adotando

    políticas institucionais modernas e eficazes na condução de seu projeto educacional,

    tais como:

    a) Exercício de sua função social, evidenciando as áreas de atuação

    educacional, assistencial, política, social e cultural;

    b) Desenvolvimento de um Projeto Institucional de qualidade, que valorize

    as potencialidades e individualidades do ser humano;

    c) Valorização profissional, investindo em projetos de capacitação que

    visem ao aprimoramento e ao crescimento intelectual;

    d) Desenvolvimento de programas institucionais que possibilitem a

    consolidação do Projeto Pedagógico do Centro Universitário, garantindo

    a articulação entre ensino, pesquisa e extensão universitária;

    e) Estímulo a projetos de pesquisa, iniciação científica e programas de

    prestação de serviços.

  • 34

    2.2 CARACTERÍSTICAS DA MANTIDA

    O Centro Universitário de Anápolis foi criado a partir das Faculdades

    Integradas da Associação Educativa Evangélica, tendo sido credenciado em 15 de

    março de 2004, por meio da Portaria Ministerial nº. 628, publicada no D.O.U. nº. 52,

    de 16 de março de 2004. Em decorrência de seu credenciamento, a Instituição criou,

    então, em 2004, o curso de Sistemas de Informação, no turno noturno, e em 2005, o

    curso de Ciência da Computação, no turno matutino, e os cursos de Farmácia e

    Biologia/Licenciatura, no período noturno. Em 2008, novos cursos foram criados –

    Medicina, no turno diurno e Engenharia Civil, no turno noturno, além dos seguintes

    cursos superiores de tecnologia: Gastronomia, Gestão Financeira, Produção

    Sucroalcooleira, Radiologia e Redes de Computadores, todos no turno noturno.

    No que se refere à educação a distância, em 2005, dando início a essa

    modalidade, o Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA, cria o Núcleo de

    Educação a Distância – NEAD com a oferta de curso de extensão e seminários. Em

    continuidade à oferta desta modalidade, em 2009, de acordo com a Portaria 4.059

    de 2004, que prevê que as instituições de ensino superior possam introduzir na

    organização pedagógica curricular de cursos superiores a oferta de disciplinas

    integrantes do currículo na modalidade semipresencial, inicia-se a oferta dos 20% da

    carga horária dos cursos reconhecidos, nessa modalidade. Cria-se, em junho de

    2012, a Coordenação de Educação a Distância.

    Atualmente, o Centro Universitário de Anápolis, com o olhar voltado para a

    realidade presente e visão de futuro, atua estrategicamente, por meio de uma gestão

    inovadora e compartilhada. Assim, redefine prioridades, a fim de viabilizar sua

    missão e, desse modo, participar efetivamente do processo de desenvolvimento

    socioeconômico e cultural da região.

    Considerando sua missão, a UniEVANGÉLICA concretiza sua proposta

    educativa por meio dos cursos de graduação – licenciatura e bacharelado, cursos

    superiores de tecnologia, cursos de pós-graduação lato e stricto sensu, dos

    programas e linhas de pesquisa e, ainda, dos cursos de extensão. Essa prerrogativa

    da Instituição em ofertar cursos nos diferentes níveis de ensino superior favorece a

    articulação entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão. A dinâmica da

    integração dessas atividades mobiliza o processo educativo. Nesse sentido, a

    UniEVANGÉLICA incorpora às suas atividades acadêmicas programas de iniciação

  • 35

    científica, além de projetos de extensão e ação comunitária, que proporcionam

    outros espaços de construção, contextualização e divulgação do conhecimento. Do

    mesmo modo, a utilização de novas tecnologias da informação, baseadas na

    comunicação e na interação, contribuem para o desenvolvimento das habilidades

    cognitivas do acadêmico, tais como busca, análise crítica, julgamento, síntese e

    produção do conhecimento, com maior autonomia.

    2.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL, INSTÂNCIAS DE DECISÃO E

    ORGANOGRAMA INSTITUCIONAL E ACADÊMICO

    A Associação Educativa Evangélica, como mantenedora do Centro

    Universitário, deve assegurar a liberdade acadêmica e a autonomia didática, político-

    administrativa, disciplinar e financeira dos órgãos deliberativos e executivos dentro

    dos limites da missão e visão institucional, dos projetos pedagógicos e das

    competências dos respectivos segmentos, docentes, discentes e administrativos. A

    sustentação financeira é garantida, mediante aprovação anual do orçamento. As

    relações do Centro Universitário com a Mantenedora são mediadas pela

    Chancelaria.

    O Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA tem sede e foro na

    Cidade de Anápolis. Sua administração central está localizada na Avenida

    Universitária, km 3,5; Cidade Universitária, Anápolis, Goiás. A Instituição desenvolve

    atividades acadêmicas voltadas para a concretização de seus fins: o ensino, a

    pesquisa e a extensão, consolidando sua missão em preparar profissionais para um

    mercado de trabalho inovador e competitivo, mediante a atualização permanente do

    Projeto Pedagógico Institucional (PPI).

    A UniEVANGÉLICA preconiza um modelo de gestão que assegura a

    participação ativa dos diferentes segmentos acadêmicos e administrativos nos

    processos de normatização e gestão acadêmica, em que são importantes o

    estabelecimento de consensos e o aproveitamento dos dissensos, como forma de

    firmar o compromisso de todos com os objetivos, metas e ações, visando o

    aprimoramento contínuo da atividade final da Instituição.

    A participação da comunidade acadêmica nos processos decisórios e a

    integração entre os diferentes setores são asseguradas por meio do acesso de

  • 36

    representantes do corpo docente, corpo discente e corpo técnico-administrativo nas

    reuniões colegiadas dos diferentes órgãos.

    Constituem órgãos deliberativos e normativos do Centro Universitário, além

    do Conselho Acadêmico Superior (CAS), os colegiados de Pró-Reitores, Colegiados

    de Diretores e Colegiados de Professores.

    Os principais órgãos da administração superior são a Chancelaria, o

    Conselho Acadêmico Superior e a Reitoria.

    2.3.1 Chancelaria

    A Chancelaria, órgão superior de ligação entre a Associação Educativa

    Evangélica e o Centro Universitário é constituída pelo Chanceler e Vice-Chanceler.

    Os cargos de Chanceler e de Vice-Chanceler são ocupados, respectivamente, pelo

    Presidente e pelo Vice-Presidente da Associação Educativa Evangélica, ou outras

    pessoas por ela indicadas. O mandato do Chanceler e do Vice-Chanceler coincidirá

    com o do Conselho de Administração da Mantenedora.

    São atribuições do Chanceler:

    a) Apreciar, previamente, para análise e aprovação da Entidade

    Mantenedora, o projeto de orçamento anual do Centro Universitário;

    b) Assinar, juntamente com o Reitor, os títulos honoríficos outorgados pelo

    Centro Universitário;

    c) Dar posse ao Reitor e aos Pró-Reitores;

    d) Manter relacionamento político-social com os órgãos e entidades

    públicas e privadas, buscando estreitar os seus laços e a divulgar o

    Centro Universitário;

    e) Delegar via resolução, atribuições ao Vice-Chanceler ou a outra

    autoridade do Centro Universitário;

    f) Supervisionar o cumprimento das finalidades institucionais do Centro

    Universitário, intervir em caso de descumprimento delas ou insuficiência

    de ação e promover os recursos legais necessários aos órgãos

    competentes para deliberação.

    A Chancelaria, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, contará

    com assessorias específicas criadas e aprovadas pela Entidade Mantenedora. O

  • 37

    Chanceler, no impedimento do exercício de suas funções e nas ausências, será

    substituído pelo Vice-Chanceler.

    2.3.2 Conselho Acadêmico Superior

    O Conselho Acadêmico Superior, órgão superior deliberativo em matéria

    acadêmico-administrativa, é constituído: pelo Reitor, seu presidente; pelos Pró-

    Reitores; pelos Superintendentes dos Institutos Superiores; por Diretores de curso;

    pelos Coordenadores; por representantes docentes, um de cada curso, com mais de

    três anos de contrato na Instituição, eleitos por seus pares; por um representante

    discente, designado pelos órgãos de representação estudantil; por um representante

    da comunidade, indicado pela entidade mantenedora; por dois representantes da

    entidade mantenedora; por um representante do corpo técnico-administrativo do

    Centro Universitário, eleito pelos seus pares.

    Os membros que representam os docentes, a entidade mantenedora e o

    corpo técnico-administrativo têm mandato de dois anos, podendo ser reconduzidos,

    por igual período. A representação discente será indicada para mandato de um ano,

    vedada à recondução. O representante da comunidade será indicado para mandato

    de dois anos, permitida uma recondução.

    No caso de novos cursos não se aplica a regra estabelecida no Estatuto do

    Centro Universitário, para os representantes docentes, no que tange ao tempo de

    contrato de trabalho.

    O Conselho Acadêmico Superior reúne-se, ordinariamente, três vezes por

    ano; e extraordinariamente, quando convocado pelo Reitor ou a requerimento de

    dois terços