PDI IFMT
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO
MINISTRIO DA EDUCAO
SECRETARIA DE EDUCAO PROFISSIONAL E TECNOLGICA INSTITUTO FEDERAL DE MATO GROSSO
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL 2014 - 2018
MATO GROSSO Junho 2014
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO
PRESIDENTE DA REPBLICA
Dilma Rousseff
MINISTRO DA EDUCAO
Henrique Paim
SECRETRIO DE EDUCAO PROFISSIONAL E TECNOLGICA
Alssio Trindade de Barros
REITOR
Jos Bispo Barbosa
PR-REITOR DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL
Degmar Francisco dos Anjos
PR-REITORA DE ADMINISTRAO E PLANEJAMENTO
Glucia Mara de Barros
PR-REITOR DE ENSINO
Ghilson Ramalho Corra
PR-REITOR DE PESQUISA E INOVAO
Antnio Carlos Vilanova
PR-REITOR DE EXTENSO
Levi Pires de Andrade
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO 4
COMISSO CENTRAL DE ELABORAO DO PDI 2014 - 2018
Presidente: Degmar Francisco dos Anjos Membros:
Ademir Jos Conte Anderson Barbieri de Barros Claudia de Paula Norkaitis Cacilda Guarim Clio Marcos Pedraa Claudete Galvo de Alencar Pedroso Daniel Silva Dalberto Degmar dos Anjos Djalma de Castro Campos Elson Santana de Almeida ldio Schalm Ftima E. dos Reis Mathias Fabiano Pontes Pereira da Silva Fernanda Christina Garcia da Costa Gilclio Luiz Peres Gracielle Ferreira Valrio Glucia Mara de Barros Itamara dos Anjos Oliveira Ivo da Silva Jlio Cesar dos Santos Kleberson P.C de Jesus Luciana Gonalves de Lima Marilane Alves Costa Marcos Almeida de Faria Nair Mendes de Oliveira Reni Elisa da Silva Pontes Ricardo K. Filho Rosana Maria da Silva Santos Roni Rodrigues da Silva Silvana A.P.V Barbosa Snia Regina Guimares Fonseca Suammy Priscila Rodrigues Leite Cordeiro Thiago Costa Campos Tlio Maciel Rufino de Vasconcelos Figueiredo Vera Cristina de Quadros Willian Silva de Paula Xisto Rodrigues de Souza
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SUBCOMISSES DE ELABORAO DO PDI
Perfil Institucional
Jlio Cesar dos Santos
Ricardo K. Filho
Ivo da Silva
Kleberson P. C. De Jesus
Snia Regina Guimares Fonseca
Clio Marcos Pedraa
PPI
Marilane Alves Costa
Cacilda Guarim
Gracielle Ferreira Valrio
Nair Mendes de Oliveira
Marcos Almeida de Faria
Kleberson P. C. De Jesus
Ricardo K. Filho
Vera Cristina de Quadros
Ivo da Silva
Planejamento de Oferta de Cursos e Vagas
Cacilda Guarim
Gracielle Ferreira Valrio
Jlio Cesar dos Santos
Nair Mendes de Oliveira
Bruno Coutinho
Marcos Almeida de Faria
Planos Diretores (Ampliao das
Instalaes Fsicas e Infraestrutura)
Ftima Elizabete dos Reis Mathias
Thiago Costa Campos
Glucia Mara de Barros
Degmar Francisco dos Anjos
Jlio Cesar dos Santos
Clio Marcos Pedraa
Fernanda Christina Garcia da Costa
Fabiano Pontes Pereira da Silva
Roni Rodrigues da Silva
Organizao Didtico Pedaggica
Vera Cristina de Quadros
Nair Mendes de Oliveira
Marilane Alves Costa
Cacilda Guarim
Itamara dos Anjos de Oliveira
Anderson Barbieri de Barros
Gracielle Ferreira Valrio
Polticas de Gesto de Pessoas
Fernanda Christina Garcia da Costa
Snia Regina Guimares Fonseca
Silvana A.P. V. Barbosa
Itamara dos Anjos de Oliveira
Gracielle Ferreira Valrio
Claudia de Paula Norktais
Roni Rodrigues da Silva
Daniel Silva Dalberto
Organizao Administrativa e Capacidade
e Sustentabilidade Financeira
Glucia Mara de Barros
Thiago Costa Campos
Tlio Maciel Rufino de Vasconcelos Figueiredo
Autoavaliao Institucional
Marcelo Costa
Marcos Vilela
Marcos Almeida de Farias
Mers Landis Martins Barboza
Poltica de EaD
Claudete Galvo de Alencar Pedroso
Cacilda Guarim
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Marilane Alves Costa
Dalete Cristiane Silva Heitor de Albuquerque
Liana Deise da Silva
Poltica de Extenso
Elson Santana de Almeida
Anderson Barbieri de Barros
Ademir Jos Conte
Poltica de Pesquisa e Inovao
Tecnolgica
Ademir Jos Conte
Xisto Rodrigues de Souza
Ftima E. Dos Reis Mathias
Elson Santana de Almeida
Polticas de Acessibilidade, Diversidade e
Incluso Social
Suammy Priscila Rodrigues Leite Cordeira
Claudia de Paula Norktais
Luciana Gonalves de Lima
Willian Silva de Paula
Ftima E. dos Reis Mathias
Degmar Francisco dos Anjos
Tecnologia da Informao
Fabiano Pontes Pereira da Silva
ldio Schalm
Reni Elisa da Silva Pontes
Ps-Graduao
Xisto Rodrigues de Souza
Ndia Cuiabano Kunze
Ed Wilson Tavares Ferreira
Jos Masson
Willian Silva de Paula
Polticas de Assistncia Estudantil
Luciana Gonalves de Lima
Claudia de Paula Norktais
Nair Mendes de Oliveira
Willian Silva de Paula
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COMISSES LOCAIS DE ELABORAO DO PDI
Campus Barra do Garas
Leandro Miranda Presidente
Alexandre Rauh Oliveira Nascimento
Elizeu Demambro
Joo Luis Binde
Deise Palaver
Elder Cavalcante Fabian
Daisy Rickli Binde
Joo Melchior Jnior
Valesca Diniz Andrade
Campus Bela Vista
Carolina Balbino Garcia dos Santos
Eliane Dias de Almeida
Jandinei Martins dos Santos
Reinaldo de Souza Blio
Ronaldo Alves de Sousa
Dorival Pereira Borges da Costa
Douglian Neves da Silva
Luzo Vincius Pedroso Reis
Reinaldo Silva Barbosa
Veralcia Guimares de Souza
Verbena Florencia de Sousa
Campus Cceres
Luiz Souza Costa Filho
Luciano Recart Romano
Emersom de Oliveira Figueiredo
Mlson Evaldo Serafim
Carlos Rafael Dias
Liliana Karla Jorge de Moura
Campus Campo Novo do Parecis
Fabio Bezerra
Fuad Jos Rachid Jaudy
Lea Flores
Marcos Paulo Souza da Silva
Michele Rejane Coura da Silva
Alle Pires Atala
Jandilson Vitor da Silva
Lus Claudio Alves Viana
Marisol Martins Vincensi Massaroli
Rosani Nonenmacher
Alex Scapinei
Paulo Renato Godoi
Campus Confresa
Maria Auxiliadora de Almeida
Rafael de Arajo Lira
Alcio Vander dos Santos
Dhanny Fernanda Ferreira de Freitas
Telma Silva Aguiar
Sebastio Geraldo Lopes
Robiney Sousa dos Santos
Campus Cuiab Octayde Jorge da
Silva
Joaquim de Oliveira Barbosa Presidente
Danilo Hebert Queiroz Martins
ngela Santana de Oliveira
Beatriz Incio da Silva
Carlos Alberto Saldanha
Christiany Regina Fonseca
Clodoaldo Nunes
Daniel Fernando Queiroz Martins
Dejenana Keila de Oliveira Campos
Fabrcio Geraldo dos Santos Rodrigues
Joaquim de Oliveira Barbosa
Jos Vinicius da Costa Filho
Jos Marcelo Graciolle Vilas Boas
Luiz Carlos de Figueiredo
Ndia Cuiabano Kunze
Nelson Lopes Filho
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Ronan Marcelo Martins
Rosana Roriz Guimares
Tony Incio da Silva
Valtemir Emerencio do Nascimento
Vanderley Severino dos Santos
Vicente Pedroso da Silva Filho
Vitor Hugo Todisco Soares
Walterley Arajo Moura
Campus Juna
Noemi dos Reis Correa
Sandro Marcelo de Caires
Elaine Neris
Vandervnio Osni P. dos Santos
Geraldo Aparecido Polegatti
Eudelaine Zuche
Campus Pontes e Lacerda
Bernardo Janko Gonalves Biesseck
Miguel Eugenio Minuzzi Vilanova
Nilda dos Santos
Willians Ribeiro Mendes
Adnaldo Jnior Brilhante Lacerda
Campus Rondonpolis
Ademilso Lira de Matos
Snia Maria Moreira da Silva Souza
Bruno Miranda Moura
Izabel Kamilla Salles Pacheco
Mrcio do Nascimento Gomes
Campus So Vicente
Joir Benedito Proena de Amorim
Jos Luiz de Siqueira
Vilson Dantas dos Santos
Francielly Karoline Aires Carlini
Elton Feitoza Centurion
Saulo Diogo de Assis
Laura Vernica Lopes Amorim
Josilene Correa Rocha
Campus Sorriso
Claudir Von Dentz
Ana Paula Encide Olibone
lio Barbieri Junior
Joo Germano Rosinke
Juliana Almeida de Sousa Greve Lopes
Marcelo Luiz da Silva
Teviane Rizzi Kolzere
Campus Primavera do Leste Alcindo Jos Dal Piva
Dimorvan Alencar Brescancim
Eliane Aparecida da Silva
Antnio Weizenmann
Silvia Diamantino Ferreira de Lima
Suelyn de Paula Alves dos Santos
Valdivino Antnio da Costa Arajo
Vilson Bernardo Stollmeier
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APRESENTAO
A Comisso Central de Elaborao do Plano de Desenvolvimento Institucional PDI,
em acordo com as determinaes legais pertinentes, apresenta ao Conselho Superior do
Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Mato Grosso IFMT a minuta de texto
do PDI 2014 a 2018.
importante compreender, contudo, que a elaborao do PDI significa no apenas
uma obrigao do IFMT, mas tambm uma forma de estmulo aos membros das diversas
comunidades internas e externas, associadas ao Instituto, de efetivar suas expectativas, ideais
coletivos e sugestes formalizados em um documento que dever ser seguido pelos gestores
nos prximos anos.
O Plano de Desenvolvimento Institucional PDI um documento em que se definem
a misso, a viso e os valores da instituio, bem como as principais polticas, metas e aes do
IFMT, devendo nortear a forma como as muitas reas de abrangncia do Instituto sero
conduzidas pelos prximos cinco anos.
Todas as aes realizadas no mbito do IFMT devem ser pautadas por um objetivo
comum, a saber, a gerao de conhecimentos socialmente referenciados. Nesse contexto, a
autonomia do IFMT pode ser compreendida em suas dimenses social e poltica, balizando a
sua capacidade em aplicar tais conhecimentos no atendimento sociedade. As aes em prol
do desenvolvimento local, regional e nacional , dessa forma, o que justifica a existncia do
IFMT e anima as atividades de planejamento estratgico, consubstanciadas neste PDI.
A Comisso de elaborao do PDI do IFMT buscou e organizou, por meio de uma
estratgia amplamente participativa, ao longo de doze meses, discusses intensas sobre o
saneamento de questes e metas a serem alcanadas institucionalmente. Para isso, fez-se um
ciclo de planejamento e pesquisas em que gestores, docentes, tcnicos administrativos,
estudantes e a comunidade externa foram convidados a fazer diagnstico de suas unidades,
apresentando crticas sobre o planejamento institucional e sugerindo aperfeioamentos para o
processo.
Realizaram-se reunies em todos os Campi buscando esclarecer a relevncia do PDI
para o IFMT e incentivando que todos participassem ao longo do processo de elaborao. Alm
disso, na estruturao da Comisso Central, mesmo sendo composta por representaes de
todos os campi e setores estratgicos do IFMT, houve a preocupao em solicitar
representantes de todas as sees sindicais e associaes de servidores, objetivando dessa
forma a maior representatividade possvel da comunidade do IFMT.
Logo aps ser constituda, a Comisso Central de Elaborao do PDI estabeleceu a
criao de uma subcomisso de PDI em cada um dos campi e quatorze subcomisses temticas
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para dialogarem com os diversos setores do IFMT, a fim de que o texto do PDI representasse,
efetivamente, os anseios da coletividade.
De posse desses elementos, confeccionou-se este documento, dividido em cinco eixos:
a misso e a viso institucional; as metas e aes propostas para desenvolver as polticas de
ensino, pesquisa e extenso em suas diversas modalidades; as perspectivas de crescimento na
oferta de vagas, nmero de matrculas, recursos humanos e dotao oramentria; e a
concepo de avaliao do desenvolvimento institucional.
Aps a elaborao desta Minuta de PDI, a mesma foi disponibilizada a toda a
comunidade institucional para que realizasse as leituras, anlises, apontamentos e sugestes
Comisso Central, possibilitando que o texto do PDI pudesse ser ainda melhor. Todos os
apontamentos e sugestes passaram por anlises em uma reunio ampliada para discusso do
PDI e aqueles julgados pertinentes foram devidamente acatados.
Tal abertura ampla e democrtica na elaborao do PDI uma comprovao clara de
que o IFMT objetiva como meta maior caminhar pelos prximos cinco anos pautado nos
princpios da coletividade e participatividade.
Jos Bispo Barbosa Reitor do Instituto Federal de Mato Grosso
Degmar dos Anjos Presidente da Comisso Central de Elaborao do PDI
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SUMRIO CAPTULO I PERFIL INSTITUCIONAL .................................................................................................... 17
1.1 INTRODUO .................................................................................................... 17 1.2 INSERO REGIONAL DO IFMT ......................................................................... 19 1.3 DELIMITAO TERRITORIAL ............................................................................... 22 1.4 HISTRICO DOS CAMPI ....................................................................................... 24 1.4.1 CAMPUS ALTA FLORESTA ................................................................................ 24 1.4.2 CAMPUS BARRA DO GARAS ........................................................................... 24 1.4.3 CAMPUS BELA VISTA ....................................................................................... 26 1.4.4 CAMPUS CCERES .......................................................................................... 26 1.4.5 CAMPUS CAMPO NOVO DO PARECIS ................................................................ 27 1.4.6 CAMPUS CONFRESA ........................................................................................ 28 1.4.7 CAMPUS CUIAB OCTAYDE JORGE DA SILVA ................................................. 29 1.4.8 CAMPUS JUNA ............................................................................................... 32 1.4.9 CAMPUS PONTES E LACERDA........................................................................... 32 1.4.10 CAMPUS PRIMAVERA DO LESTE ..................................................................... 34 1.4.11 CAMPUS RONDONPOLIS .............................................................................. 34 1.4.12 CAMPUS SO VICENTE .................................................................................. 36 1.4.13 CAMPUS VRZEA GRANDE ............................................................................. 37 1.4.14 CAMPUS SORRISO......................................................................................... 38 1.5 OS CAMPI AVANADOS EM IMPLANTAO ............................................................ 39
CAPTULO II PROJETO PEDAGGICO INSTITUCIONAL PPI/IFMT APRESENTAO ............................................................................................................... 41
2.1.1 CONCEPO DE SER HUMANO, SOCIEDADE, CULTURA, CINCIA, TECNOLOGIA, TRABALHO E EDUCAO ........................................................................................... 43 2.1.2 CONCEPO DE CURRCULO ............................................................................ 46 2.1.3 FUNDAMENTOS DO CURRCULO INTEGRADO .................................................... 47 2.1.4 CONCEPO DE GESTO EDUCACIONAL ........................................................... 48 2.1.5 PRINCPIOS ORIENTADORES DA PRTICA PEDAGGICA .................................... 51 2.1.6 A PESQUISA COMO PRINCPIO EDUCATIVO ....................................................... 52 2.1.7 O TRABALHO COMO PRINCPIO EDUCATIVO ..................................................... 53 2.1.8 O RESPEITO DIVERSIDADE ........................................................................... 54 2.1.9 INTERDISCIPLINARIDADE ................................................................................ 56 2.2 DIRETRIZES PARA A PRTICA PEDAGGICA .......................................................... 57 2.2.1 O PLANEJAMENTO PEDAGGICO ...................................................................... 57 2.2.2 A AVALIAO DA APRENDIZAGEM E DO ENSINO ............................................... 59 2.3 CONCEPES DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSO ................................................ 61 2.3.1 ENSINO ........................................................................................................... 61 2.3.4 EDUCAO PROFISSIONAL TCNICA DE NVEL MDIO ....................................... 62 2.3.5 EDUCAO SUPERIOR DE GRADUAO ............................................................. 63 2.3.6 CERTIFICAO PROFISSIONAL ......................................................................... 63 2.3.7 EDUCAO A DISTNCIA ................................................................................. 64 2.3.8 DIREITOS HUMANOS ....................................................................................... 65 2.3.9 ASSISTNCIA ESTUDANTIL............................................................................... 66 2.4 PESQUISA E INOVAO ...................................................................................... 68 2.4.1 PS-GRADUAO ............................................................................................ 69 2.4.2 EXTENSO E INTERAO COM A SOCIEDADE .................................................... 70 2.4.3 ACOMPANHAMENTO E AVALIAO DO PPI ........................................................ 71
CAPTULO III POLTICAS E METAS RELACIONADAS AO ENSINO ................................................................ 75
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DIRETRIZES E METAS GERAIS............................................................................................ 75 POLTICAS E METAS EM DIREITOS HUMANOS ..................................................................... 78
3.1 FUNDAMENTAO LEGAL .................................................................................... 78 3.2 INCLUSO SOCIAL E POLTICAS AFIRMATIVAS TNICO-RACIAIS ............................ 81 3.4 METAS ............................................................................................................... 84 3.5 POLTICAS E METAS DE ASSISTNCIA ESTUDANTIL .............................................. 86 3.5.1 POLTICA DE ASSISTNCIA ESTUDANTIL NO IFMT ............................................ 86 3.5.2 FUNDAMENTAO LEGAL ................................................................................. 87 3.5.3 OBJETIVOS DA POLTICA DE ASSISTNCIA ESTUDANTIL.................................... 87 3.5.4 METAS ............................................................................................................ 88 3.5.6 ACOMPANHAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAO ...................................... 90 3.6 POLTICAS DE EDUCAO A DISTNCIA ............................................................... 91 3.6.1 CARACTERSTICAS DA EDUCAO A DISTNCIA ............................................... 93 3.6.2 OBJETIVOS DA EAD ......................................................................................... 93 3.6.3 METAS DA EAD ................................................................................................ 94 3.7 SNTESE DA OFERTA DE MATRCULAS E VAGAS NO IFMT ..................................... 96 3.7.1 PREVISO DE MATRCULAS IFMT ................................................................... 96 3.7.2 PREVISO DE VAGAS IFMT ............................................................................ 97
CAPTULO IV POLTICAS E METAS DE PESQUISA E PS-GRADUAO ..................................................... 984
4.1 POLTICAS E METAS DE PESQUISA E INOVAO NO IFMT ...................................... 98 4.1.2 HISTRICO DA PESQUISA NO IFMT ................................................................... 98 4.1.3 REAS E DIRETRIZES DA PESQUISA................................................................ 100 4.1.4 OBJETIVOS E METAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA NO IFMT ........ 100 4.2 POLTICAS E METAS DE PS-GRADUAO .......................................................... 103 4.2.1 DIAGNSTICO DA PS-GRADUAO ............................................................... 104 4.2.2 OBJETIVOS DA PS-GRADUAO ................................................................... 106 4.2.3 PLANEJAMENTO ESTRATGICO DA PS-GRADUAO ...................................... 106
CAPTULO V POLTICAS E METAS DE EXTENSO .................................................................................. 110
5.1 CONCEPO DE EXTENSO NO IFMT .................................................................. 110 5.2 OBJETIVOS DA EXTENSO ................................................................................. 110 5.3 REAS DE ATUAO E DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS DE EXTENSO .......... 112
CAPTULO VI POLTICAS E METAS DE GESTO INSTITUCIONAL ............................................................. 116
6.1 GESTO INSTITUCIONAL E PLANEJAMENTO ESTRATGICO .................................. 116 6.2 GESTO ORAMENTRIA E FINANCEIRA ............................................................. 118 6.3 POLTICAS E METAS DA GESTO DE PESSOAS ..................................................... 121 6.3.1 BASES LEGAIS ............................................................................................... 123 6.3.2 DIRETRIZES DA GESTO DE PESSOAS: A CAPACITAO .................................. 123 6.3.3 DIRETRIZES DA GESTO DE PESSOAS: QUALIDADE DE VIDA ........................... 124 6.3.4 DIRETRIZES DA GESTO DE PESSOAS: ADMINISTRAO DE PESSOAL .............. 125 6.3.5 DIRETRIZES DA GESTO DE PESSOAS: AVALIAO DOS SERVIDORES .............. 125 6.3.6 OBJETIVOS DA GESTO DE PESSOAS .............................................................. 125 6.3.7 METAS E AES ............................................................................................ 126
CAPTULO VII POLTICAS E METAS DE TECNOLOGIA DA INFORMAO E COMUNICAO .......................... 129
7.1 CONCEPO DE TECNOLOGIA DA INFORMAO E COMUNICAO NO IFMT .......... 129 7.2 OBJETIVOS DE TIC ............................................................................................ 131 7.3 METAS, AES E INDICADORES DA TIC .............................................................. 132
CAPTULO VIII POLTICAS E METAS DE AUTOAVALIAO INSTITUCIONAL ................................................ 138
8.1 APRESENTAO................................................................................................ 138 8.2 PROPOSTA DE AUTOAVALIAO INSTITUCIONAL ................................................ 138
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8.2.1 OBJETIVO ..................................................................................................... 138 8.2.3 CLIENTELA .................................................................................................... 139 8.3 CONCEPES DE AVALIAO INSTITUCIONAL .................................................... 139 8.4 AVALIAO DAS INSTITUIES DE EDUCAO SUPERIOR ................................... 140 8.5 SISTEMA NACIONAL DE AVALIAO DA EDUCAO SUPERIOR - SINAES ............... 140 8.6 AMPLIAO DA AVALIAO INSTITUCIONAL PARA ATENDIMENTO DA EDUCAO PROFISSIONAL TCNICA DE NVEL MDIO ............................................................... 142 8.7 PRINCPIOS E OBJETIVOS DA AVALIAO INSTITUCIONAL NO IFMT .................... 143 8.7.1 PRINCPIOS DA AVALIAO INSTITUCIONAL ................................................... 143 8.7.2 OBJETIVOS DA AVALIAO INSTITUCIONAL .................................................... 144 GERAL ................................................................................................................... 144 ESPECFICOS ......................................................................................................... 144 8.7.3 METODOLOGIA .............................................................................................. 145 8.7.4 DIMENSES E INDICADORES ......................................................................... 147 8.7.5 OS INSTRUMENTOS DE AUTOAVALIAO ........................................................ 149 8.7.6 ROTEIRO DE ATIVIDADES .............................................................................. 150 8.7.7 METAS .......................................................................................................... 152
APNDICE 1 ................................................................................................................... 154 PREVISO DE AMPLIAO FSICA PARA O IFMT ................................................................ 154 PLANO DE ACESSIBILIDADE PARA TODOS OS CAMPI DO IFMT ........................................... 167 APNDICE 2 ................................................................................................................... 169 PROJEO DE OFERTA DE VAGAS E MATRCULAS .............................................................. 169 CAMPUS ALTA FLORESTA ............................................................................................... 169 CAMPUS BARRA DO GARAS .......................................................................................... 170 PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS BARRA DO GARAS .............................................. 170 PREVISO DE VAGAS CAMPUS BARRA DO GARAS ....................................................... 172 CAMPUS CCERES ......................................................................................................... 173 PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS CCERES ............................................................. 173 PREVISO DE VAGAS CAMPUS CCERES ...................................................................... 174 CAMPUS CAMPO NOVO DO PARECIS ............................................................................... 175 PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS CAMPO NOVO DO PARECIS ................................... 175 PREVISO DE VAGAS CAMPUS CAMPO NOVO DO PARECIS ............................................ 175 CAMPUS CONFRESA ....................................................................................................... 176 PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS CONFRESA ........................................................... 176 PREVISO DE VAGAS CAMPUS CONFRESA .................................................................... 177 CAMPUS CUIAB ........................................................................................................... 177 PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS CUIAB ............................................................... 177 PREVISO DE VAGAS CAMPUS CUIAB ......................................................................... 179 CAMPUS CUIAB-BELA VISTA ......................................................................................... 182 PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS CUIAB-BELA VISTA ............................................. 182 PREVISO DE VAGAS CAMPUS CUIAB-BELA VISTA ...................................................... 182 CAMPUS JUNA .............................................................................................................. 183 PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS JUNA .................................................................. 183 PREVISO DE VAGAS CAMPUS JUNA ........................................................................... 184 CAMPUS PONTES E LACERDA ......................................................................................... 185 PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS PONTES E LACERDA ............................................. 185 PREVISO DE VAGAS CAMPUS PONTES E LACERDA....................................................... 186 CAMPUS PRIMAVERA DO LESTE ...................................................................................... 187 PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS PRIMAVERA DO LESTE .......................................... 187 PREVISO DE VAGAS CAMPUS PRIMAVERA DO LESTE ................................................... 188 CAMPUS RONDONPOLIS .............................................................................................. 189 PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS RONDONPOLIS .................................................. 189 PREVISO DE VAGAS CAMPUS RONDONPOLIS............................................................ 190 CAMPUS SO VICENTE ................................................................................................... 190
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PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS SO VICENTE ....................................................... 190 PREVISO DE VAGAS CAMPUS SO VICENTE ................................................................ 191 CAMPUS SORRISO ......................................................................................................... 192 PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS SORRISO ............................................................. 192 PREVISO DE VAGAS CAMPUS SORRISO ...................................................................... 192 CAMPUS VRZEA GRANDE .............................................................................................. 193 PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS VRZEA GRANDE .................................................. 193 PREVISO DE VAGAS CAMPUS VRZEA GRANDE ........................................................... 193 PREVISO DE MATRCULAS IFMT ................................................................................. 194 POR MODALIDADE IFMT .............................................................................................. 194 PREVISO DE VAGAS IFMT ........................................................................................... 195 POR MODALIDADE IFMT .............................................................................................. 195 ANEXO 1 ........................................................................................................................ 198 ORGANIZAO DIDTICA ............................................................................................... 199
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EDUCAR PARA A VIDA E PARA O TRABALHO IFMT
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Misso do IFMT
Educar para a vida e para o trabalho
Viso do IFMT
Ser reconhecida, at 2019, como uma instituio de excelncia na oferta de educao profissional e tecnolgica
Valores do IFMT
tica: (Fundamental para as relaes saudveis)
Transparncia:
(Um direito constitucional)
Profissionalidade: (Na busca contnua pela qualidade)
Inovao:
(Utilizando das experincias para focar-se no futuro)
Empreendedorismo: (Necessrio para manter o propsito)
Sustentabilidade:
(Respeitando a sociedade e o planeta)
Humanidade: (A dignidade da pessoa humana acima de tudo)
Respeito diversidade:
(Reconhecemos as diferenas para alcanar a igualdade)
Incluso: (Diversidade e diferenas tratadas com equidade)
Democracia participativa: (Por um fazer coletivo)
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CAPTULO I
PERFIL INSTITUCIONAL
1.1 Introduo
O Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Mato Grosso constitui-se em
uma autarquia instituda pelo Governo Federal atravs da Lei n 11.892/2008, oriunda dos
antigos CEFET Cuiab, Mato Grosso e Escola Agrotcnica de Cceres, atualmente possui 14
campi em funcionamento: Alta Floresta, Barra do Garas, Cceres, Campo Novo do Parecis,
Confresa, Cuiab Octayde Jorge da Silva, Cuiab Bela Vista, Juna, Pontes e Lacerda,
Primavera do Leste, So Vicente, Sorriso, Rondonpolis e Vrzea Grande.
Existem ainda os ncleos avanados, localizados nos municpios de Jaciara, Campo
Verde, Sapezal, Jauru, e os campi avanados em processo de implantao, sendo eles: Tangar
da Serra, Diamantino, Lucas do Rio Verde e Sinop.
Atendendo legislao e a uma demanda social e econmica, o IFMT tem focado sua
atuao na promoo do desenvolvimento local, regional e nacional, conforme estabelecido no
artigo 6 da Lei de criao dos IFs:
[...]ofertar educao profissional e tecnolgica, em todos os seus nveis e modalidades, formando e qualificando cidados com vistas na atuao
profissional nos diversos setores da economia, com nfase no desenvolvimento socioeconmico local, regional e nacional.
Desde a sua criao, a Instituio iniciou um processo de expanso que atualmente
oferta ensino, pesquisa e extenso a aproximadamente 17.800 alunos regulares presenciais em
todas as regies do estado de Mato Grosso, com previso de que em 2018, chegue a 22 mil
alunos, segundo o plano de oferta de cursos e vagas contido neste documento.
Atravs da UAB (Universidade Aberta do Brasil), o IFMT est presente em 15 outros
municpios do estado, ofertando ensino a distncia para cerca de 900 graduandos em cursos
superiores e cerca de 6.694 alunos do programa Profuncionrio.
O IFMT oferta tambm cursos de ps-graduao Lato Sensu e Stricto Sensu, alm de
programas socais do Governo Federal voltados para a formao profissional e elevao da
escolaridade de pessoas, inclusive em situao de vulnerabilidade social.
Diante da estrutura multicampi do IFMT, alguns apresentam especificidades quanto
sua estrutura e oferta de cursos, como por exemplo, os campi localizados em So Vicente,
Confresa, Campo Novo do Parecis, Juna e Cceres, que possuem vocao agropecuria,
possuindo estruturas de escolas-fazenda e, dentre outras caractersticas, mantm alojamento
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(residenciais estudantis), restaurante e estrutura necessria para receber alunos internos em
suas sedes. Os demais campi possuem estrutura voltada para a rea de prestao de servios,
indstria e comrcio.
O IFMT a principal instituio de educao profissional e tecnolgica do estado de
Mato Grosso, ofertando ensino em todos os nveis de formao, alm de promover a pesquisa e
a extenso, estimulando docentes e estudantes atravs de programas que ofertam bolsas para
desenvolvimento dos projetos. Nos ltimos anos os investimentos cresceram exponencialmente
nessas reas, sendo direcionados a bolsas-auxlio, a pesquisadores e extensionistas. Os
programas financiam desenvolvimento das pesquisas e projetos de extenso, conforme
estabelecido tambm na 11.892/2008:
Art. 6o Os Institutos Federais tm por finalidades e caractersticas:(...)
VI qualificar-se como centro de referncia no apoio oferta do ensino de cincias nas instituies pblicas de ensino, oferecendo capacitao tcnica e
atualizao pedaggica aos docentes das redes pblicas de ensino; VII desenvolver programas de extenso e de divulgao cientfica e tecnolgica;
VIII realizar e estimular a pesquisa aplicada, a produo cultural, o empreendedorismo, o cooperativismo e o desenvolvimento cientfico e
tecnolgico; IX promover a produo, o desenvolvimento e a transferncia de tecnologias sociais, notadamente as voltadas preservao do meio ambiente.
A promoo da incluso social e da acessibilidade tambm se apresenta como metas
fundamentais do IFMT, estando inclusive definida como tal no estatuto da Instituio, publicado
no Dirio Oficial da Unio de 04.09.2009:
Art. 4 - O IFMT, em sua atuao, observa os seguintes princpios norteadores: I - compromisso com a justia social, equidade, cidadania, tica, preservao
do meio ambiente, transparncia, publicidade e gesto democrtica; II - verticalizao do ensino e sua integrao com a pesquisa e a extenso;
III - eficcia nas respostas de formao profissional, difuso do conhecimento
cientfico e tecnolgico e suporte aos arranjos produtivos educacionais, locais, sociais e culturais;
IV - incluso de pessoas com deficincias e com necessidades educacionais especiais; e
V - natureza pblica e gratuita do ensino regular, sob a responsabilidade da Unio.
O IFMT desenvolve funo estratgica no processo de desenvolvimento
socioeconmico do Estado, na medida em que a qualificao profissional, o incentivo
pesquisa, os projetos de extenso e as demais aes da Instituio esto diretamente
relacionados ao aumento da produtividade, inovao nas formas de produo e gesto,
melhoria da renda dos trabalhadores e na qualidade de vida da populao em geral. Nesse
sentido, a misso da Instituio est voltada para Educar para a vida e para o trabalho,
sempre focada no compromisso com a incluso social.
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1.2 Insero Regional do IFMT
O Estado de Mato Grosso est localizado na Regio Centro-Oeste do Brasil, ocupando
uma extenso territorial de 903.357,91 km, tendo como limites: Amazonas, Par (N);
Tocantins, Gois (L); Mato Grosso do Sul (S); Rondnia e Bolvia (O). Atualmente o Estado
conta com 141 municpios, distribudos em cinco mesorregies e uma populao estimada pelo
IBGE (2013) em 3.182.113 habitantes.
A grande extenso territorial e a ocorrncia de peculiaridades em cada meso e
microrregies, assim como entre municpios, tm feito com que ocorram ilhas de
desenvolvimento, geralmente embasadas nas commodities do agronegcio, enquanto outras
regies encontram-se sem perspectivas de desenvolvimento. Tais diferenas fazem com que o
ndice de Desenvolvimento Humano IDH dos municpios seja muito discrepante. As diferenas
podem ser atestadas inclusive atravs dos ndices de Desenvolvimento Humano do Municpio. O
IDH de Cuiab, capital do estado, por exemplo, de 0,785, enquanto que o de Confresa, no
nordeste do estado, de 0,668, e o de Campinpolis de apenas 0,538. Apesar dos avanos
das ltimas dcadas, que elevaram o IDH do estado de 0,449, em 1991, para 0,725, em 20101,
em termos numricos, 84% dos municpios (119 dos 141 municpios) apresentam IDH abaixo
do ndice do estado.
Em face desses fatos apontados, importante que os projetos atuais contemplem a
multiplicao do acesso educao para, assim, fomentar o desenvolvimento tambm das
regies menos desenvolvidas.
Alm da diversidade cultural e socioeconmica, o estado possui tambm grande
diversidade de ambientes naturais, possuindo trs biomas em sua extenso territorial:
Amaznia, cerrado e pantanal, nas quais existem 23 unidades de conservao federais, 45
estaduais, e 35 municipais, distribudas entre reservas, parques, bosques, estaes ecolgicas e
RPPN (Reserva Particular do Patrimnio Nacional)2.
A populao indgena totaliza 51.696 habitantes (IBGE, 2014). A maior parte das suas
naes est concentrada nas mesorregies Norte e Nordeste mato-grossense, distribudas em
60 reas legalmente protegidas. Nesse cenrio, destaca-se o municpio de Juna, contemplado
com um Campus do IFMT numa regio que privilegiada com a presena de grande nmero de
povos indgenas.
Conforme dados estatsticos do Censo Educacional do ano de 2010, realizado pelo
IBGE (2014), no Estado de Mato Grosso, h 977.102 alunos, sendo que apenas 115.541 esto
1 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSITCA Atlas Brasil 2013, Programa das Naes Unidas;
http://www.cidades.ibge.gov.br/. Acesso em 15/05/2014. 2 SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE MATO GROSSO; 2014. Em: http://www.sema.mt.gov.br/ ;
acesso em 17/03/2014.
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matriculados no ensino superior. A maior parte das matrculas ocorre na mesorregio Centro -
Sul Mato-grossense.
Em relao alfabetizao, 357.183 pessoas so analfabetas, sendo que grande parte
encontra-se com mais de 30 anos, o que demonstra a necessidade de intensificar aes
educacionais para essa populao.
Mato Grosso destaque quando se trata de Produto Interno Bruto (PIB), apresentando
um dos melhores desempenhos do Brasil, com um PIB aproximado de R$ 71 bilhes e uma
renda per capita anual de R$ 23.218,243 (dados de 2011).
O Agronegcio a grande mola propulsora e o principal responsvel pela elevao do
PIB e da renda per capita do Estado. Em seguida, destacam-se o comrcio, os servios de
sade, de educao, seguridade social e as atividades imobilirias.
Os principais segmentos industriais do Estado so os relacionados a produtos
alimentcios, fabricao de produtos de madeira, fabricao de combustveis, produo de
lcool, fabricao de minerais no metlicos e outros4.
A figura a seguir apresenta a participao das atividades econmicas no PIB de Mato
Grosso:
Figura 1: - Participao das atividades econmicas no PIB
Fonte: IBGE, em parceria com os rgos Estaduais de Estatstica, Secretarias Estaduais do Governo e Superintendncia da Zona Franca de Manaus (2011)
3 Contas regionais. http://www.ibge.gob.br/estadosat: acesso em 18/03/2014. 4 Portal Mato Grosso. www.mteeseusmunicipios.com.br/ng/. Acesso em 14/03/2014.
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Pelas consideraes expostas, o territrio de Mato Grosso pode ser analisado como
uma regio de grande importncia nacional e com potenciais cada vez mais crescentes nos
campos econmicos, culturais e sociais, reunindo condies de ter um Instituto Federal de
referncia no Brasil.
O ideal do IFMT estabelece que a sua funo principal diz respeito produo e
disseminao do conhecimento. Assim, inerente ao IFMT a difuso da cultura, a investigao
cientfica, a educao holstica, o ensino das profisses e, finalmente, a prestao de servios
sociedade mediante o desenvolvimento de atividades de extenso.
Essa definio torna evidente que o papel do IFMT extrapola o mbito restrito do
ensino das profisses promovidas em seus cursos. Embora a formao se constitua numa das
suas funes, a sua misso fundamental refere-se produo do conhecimento, capacidade
de fazer questionamentos e ao exerccio da criticidade, mediante os quais pode tornar possvel
o desenvolvimento da capacidade de resposta aos problemas e desafios vivenciados pela
sociedade em diferentes campos.
Assim entendida, para que se compreenda a grande responsabilidade social e de
incluso do IFMT, pela capacitao de trabalhadores e pela formao de profissionais
qualificados para a atuao no mundo globalizado, oportuno apresentar, sinteticamente, uma
caracterizao do Estado de Mato Grosso, que se apresenta dividido em microrregies bem
definidas do ponto de vista socioeconmico.
Nesse contexto, destaca-se o municpio de Cuiab, que ocupa uma posio geogrfica
privilegiada, situado no centro geodsico da Amrica do Sul, faz limite com os municpios de
Chapada dos Guimares, Campo Verde, Santo Antnio do Leverger, Vrzea Grande, Jangada,
Acorizal e Rosrio Oeste.
A economia de Cuiab est centralizada no comrcio e na indstria, possuindo o maior
parque industrial do Estado. O Estado vivencia um crescimento significativo no nmero de
postos de trabalho, com a abertura de mais de 100 mil novas empresas nos ltimos cinco anos,
dessas, 84.387 foram no setor do comrcio, 15.670 no de indstria e 2.861 na rea rural.
Nos ltimos 10 anos, foram geradas em Mato Grosso 304.691 novas vagas de
empregos formais, um crescimento de 105%, sendo pela ordem de contribuio, 74.228 na
administrao pblica, 69.679 no setor de servios, 58.697 na indstria, 57.837 no comrcio e
44.255 no setor rural. No sul do estado predomina a agropecuria, no oeste, a agroindstria,
com a produo de frutas e a pecuria, com a criao de aves, sunos e bovinos para
exportao5.
5 MATO GROSSO. Mato Grosso em Nmeros - 2013. Secretaria de Estado de Planejamento. Cuiab 2010.
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Em 2008, a administrao pblica, com 143.870 empregados, era o maior setor
empregador do Estado, correspondendo por 24% do total. O setor rural contribui com 12%. Os
setores industrial, comercial e o de servios complementam o quadro estadual de empregos
formais com 64% do total.
Dado esse panorama, verifica-se a grande demanda educacional que se apresenta ao
IFMT para o desenvolvimento do Estado, sobretudo em termos de educao tecnolgica e
profissional.
Contudo, tem-se discutido de forma bastante significativa a tematizao de aes que
refletem a insero das Instituies de Ensino no contexto social da comunidade a que est
inserida. Essa mxima se constitui legtima devido s polticas pblicas difundidas no Brasil nos
ltimos 10 anos para este fim. O objetivo de se fazer esse chamamento s instituies de
ensino fomentar o papel das mesmas dentro da perspectiva da responsabilidade social no
campo da formao. Essa discusso se estende a todas as modalidades de ensino, o que
acarreta uma anlise criteriosa por parte das Instituies no tocante eleio de polticas de
Responsabilidade Social para que no se confunda com polticas de assistencialismo.
Pode-se dizer ento que, dentro do contexto local, regional, nacional e mundial de
grandes transformaes de paradigmas, o IFMT apresenta-se estratgico para o sistema
educacional, comprometido com o equilbrio na utilizao dos recursos naturais, bem como
agente da poltica do desenvolvimento regional do Estado de Mato Grosso.
Sua funo social, como escola pblica, alarga-se na medida em que atualmente exige-
se das pessoas a continuidade da formao ao longo da vida, o que implica no desenvolvimento
de competncias geradoras da capacidade de percepo e expresso na qual o
cidado/profissional precisa estar no s atualizado em sua rea especfica como tambm em
relao ao que est acontecendo em seu entorno. Essa concepo de educao inclusiva
pressupe o comportamento crtico e criativo, audacioso, desencadeador de aes voltadas
soluo de impasses e problemas do cotidiano.
1.3 Delimitao Territorial
A delimitao territorial do IFMT o Estado de Mato Grosso, a partir das atuais
estruturas dos Campi Alta Floresta, Barra do Garas, Bela Vista, Cuiab, Cceres, Campo Novo
do Parecis, Confresa, Juna, Pontes e Lacerda, Primavera do Leste, Rondonpolis, Sorriso e So
Vicente; os ncleos avanados Campo Verde, Pocon, Jaciara, Jauru, Sapezal e os campi
avanados em funcionamento e em implantao de Tangar da Serra, Diamantino, Lucas do
Rio Verde e Sinop.
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Contando com as unidades j implantadas e as em implantao, possvel atender 15
(quinze) microrregies, com uma populao de aproximadamente 2.706.921 habitantes,
conforme demonstra o quadro a seguir:
Tabela 01: Abrangncia Territorial do IFMT
MUNICPIO
UNIDADE DE ENSINO
MICRORREGIO
POPULAO ABRANGIDA
Alta Floresta Campus Alta Floresta Alta Floresta (06 municpios)
100.528
Cuiab Campus Cuiab - Octayde Cuiab (05 municpios)
881.902 Cuiab Campus Cuiab - Bela Vista
Santo Ant. de Leverger Campus So Vicente
Vrzea Grande Campus Vrzea Grande
Campo Verde Campus So Vicente Ncleo Avanado de Campo Verde
Primavera do Leste (02 municpios)
87. 669
Primavera do Leste Campus Primavera do Leste
Cceres Campus Cceres Alto Pantanal (04 municpios)
134.268
Pocon Campus Cceres Ncleo Avanado de Pocon
Barra do Garas Campus Barra do Garas Mdio Araguaia (03 municpios)
86.222
Campo Novo do Parecis Campus Campo Novo do Parecis
Parecis
(05 municpios)
82.705 Sapezal Campus Campo Novo do
Parecis Ncleo Avanado de Sapezal
Diamantino
Campus Avanado de Diamantino
Confresa Campus Confresa Norte Araguaia (14 municpios)
112.106
Juna Campus Juna Aripuan (08 municpios)
148.922
Jauru Campus Pontes e Lacerda Ncleo Avanado de Jauru
Jauru
(12 cidades)
107.665
Lucas do Rio Verde Campus Avanado de Lucas do Rio Verde
Alto do Teles Pires (09 municpios)
216.084
Sorriso Campus Sorriso
Pontes e Lacerda Campus Pontes e Lacerda Alto Guapor (05 municpios)
68.364
Rondonpolis Campus Rondonpolis Rondonpolis (08 municpios)
283.538 Jaciara Campus So Vicente Ncleo
Avanado de Jaciara
Sinop Campus Avanado de Sinop Sinop (09 municpios)
176.041
Tangar da Serra Campus Avanado de Tangar da Serra
Tangar da Serra (05 municpios)
138.202
TOTAL 2. 624.216
Fonte: Dados estimativos do IBGE para o ano de 2013.
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1.4 Histrico dos Campi
1.4.1 Campus Alta Floresta
A implantao do campus de Alta Floresta resultante do Plano de Expanso - fase III
da Rede Federal de Educao Tecnolgica, articulada pelo MEC e os Institutos Federais em
2010. Em fevereiro de 2013, foi efetuada a doao de uma rea de 60.000 m2, situada
Rodovia MT 208, lote 143 A, Gleba Alta Floresta, local onde a sede do campus est em
construo.
Uma parceria entre a Prefeitura municipal e o IFMT possibilitou a antecipao do
funcionamento do campus. A partir de junho de 2014, o Campus passa a ofertar, atravs dos
programas PRONATEC e Mulheres Mil, 240 vagas para matrcula de bolsa-formao. Atravs de
um estudo, o campus definiu que atuar ofertando cursos dos eixos de Gesto e Negcios,
Recursos da Natureza e Turismo, Hospitalidade de Lazer. Em maro de 2014, a prefeitura
assinou um termo de compromisso cedendo um espao provisrio para incio das atividades de
ensino do IFMT em Alta Floresta.
O Campus est localizado no extremo Norte do Estado de Mato Grosso. A cidade de
Alta Floresta possui uma populao aproximada de 49.761habitantes residentes (IBGE/2013), e
o campus vai atender populao da microrregio de Alta Floresta, que possui populao
superior a 100 mil habitantes. A sede do municpio est localizada a 835 KM da capital Cuiab.
Atualmente o municpio est passando por um processo de transio em sua
economia, existindo uma grande carncia de mo de obra qualificada na rea de agropecuria
e prestao de servios. A implantao do Campus do IFMT na regio ser fundamental para
ampliao das perspectivas de produo, qualificao da mo de obra, ampliao da renda e
melhoria da qualidade de vida da populao em geral.
1.4.2 Campus Barra do Garas
O Campus Barra do Garas nasceu do Plano de Expanso da Rede Federal de
Educao Tecnolgica Fase II do MEC/SETEC, em 2007. Em junho do mesmo ano foi firmado
o termo de parceria entre as Prefeituras de Barra do Garas-MT, Aragaras- GO e Pontal do
Araguaia-MT, implantando a unidade polo da Rede de Educao Federal, para atender s
demandas regionais do Mdio Araguaia, sendo elas voltadas para o Agronegcio, Servios e
Indstria.
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Em 2009, o Campus Barra do Garas recebeu como estrutura fsica uma Escola
Agrcola doada pelo Municpio de Barra do Garas para o IFMT, com rea total de 365.000 m e
rea construda de 3.053,54 m, cujas edificaes foram objeto de readequao para atender
s necessidades do Campus. A essa rea construda somam-se 5.000,00 m do prdio novo,
em fase de construo. Com a concluso dessa obra, a rea construda total atingir 8.053,54
m.
O Campus Barra do Garas foi criado atravs da Portaria n 115, de 29 de janeiro de
2010, do Ministrio da Educao, publicada no DOU de 01/02/2010, Seo 1, pg. 15, tendo
por objetivo atender demanda local de mo de obra especializada nos diversos setores da
economia, compreendidos o comrcio, a indstria, o setor de prestao de servios e as
instituies pblicas, ofertando cursos nas diversas modalidades previstas pelo Ministrio da
Educao, de conformidade com as necessidades detectadas junto comunidade local e
obedecendo ao Plano de desenvolvimento Institucional, na medida da evoluo de sua
estrutura fsica e de recursos humanos.
A regio atendida pelo Campus Barra do Garas apresenta, do ponto de vista dos
agregados econmicos e sociais, bom desempenho. Segundo dados do IBGE, a populao do
municpio foi estimada no ano de 2010 em 56.560 habitantes. Esse nmero torna-se mais
expressivo quando consideradas as populaes das cidades vizinhas, as quais compem a
microrregio atendida pelo Campus. Dentre elas destacam-se as cidades de Pontal do Araguaia
(MT) com 5.395 habitantes, Aragaras (GO) com 18.305 habitantes, General Carneiro (MT) com
5.027 habitantes, Torixoru (MT) com 4.071 habitantes, Araguaiana (MT) com 3.197 habitantes
e Nova Xavantina (MT) com 19.643 habitantes.
O incio das atividades didticas no Campus se deu em 04/04/2011, oferecendo
inicialmente os cursos: Tcnico Integrado em Controle Ambiental, no perodo diurno, e Tcnico
Subsequente em Manuteno e Suporte em Informtica, no perodo noturno.
Em razo das obras de adequao dos prdios da antiga Escola Agrcola municipal, as
atividades iniciaram-se em um espao cedido pela Universidade Federal de Mato Grosso
Campus Araguaia, em Barra do Garas. Entretanto, em 14 de maro de 2012, deu-se a
mudana para o espao fsico da antiga Escola Agrcola, j adaptado s necessidades do
Campus Barra do Garas do IFMT.
Em 2012, foram implantados novos cursos, na modalidade integrado Curso Tcnico
Integrado de Informtica, Curso Tcnico Integrado de Alimentos, Curso Tcnico Integrado de
Comrcio, e na modalidade subsequente Curso Tcnico Subsequente de Secretariado.
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1.4.3 Campus Bela Vista
O Campus Cuiab - Bela Vista foi inaugurado em 13 de setembro de 2006 e teve
autorizado o funcionamento pela Portaria Ministerial n 1586, de 15 de setembro de 2006.
Nesse perodo era denominado como Unidade Descentralizada Bela Vista, sendo uma extenso
do Centro Federal de Educao Tecnolgica de Mato Grosso (CEFET-MT).
O Campus possui uma rea total de 70.000 m2, sendo 6.900 m2, e est situado na
capital do estado, no Bairro Bela Vista, na Avenida Juliano Costa Marques, com Otomo
Canavarros, em uma regio que possui comunidades com baixo ndice de desenvolvimento,
com dificuldade para acesso aos servios pblicos bsicos, e tambm bairros vizinhos de classe
mdia alta, refletindo a realidade de contrastes sociais existentes em praticamente todo o pas.
Outro aspecto relevante o fato de estar situado em rea de proteo ambiental,
parque Massairo Okamura, o que permite ter uma vasta rea livre e arborizada. O IFMT
Campus Cuiab - Bela Vista vem ao encontro do atendimento de uma demanda do pas, com
intuito de expandir e fortalecer o vnculo do Instituto com a sociedade da qual faz parte.
O Campus atua na oferta de cursos ligados aos eixos tecnolgicos de Ambiente, Sade
e Segurana, Controle e Processos Industriais e Produo Alimentcia, atravs da EAD oferta a
licenciatura em Qumica em 6 (seis) polos nas diversas regies do estado.
Com o plano de expanso da Rede Federal e Tecnolgica e para atender misso do
IFMT, o Campus hoje tem sua estrutura e corpo docente e tcnico-administrativo preparados
para atender aos cursos da educao profissional e tecnolgica, no nvel mdio: Qumica, Meio
Ambiente e Alimentos; superior: Tecnologia em Gesto Ambiental e Engenharia de Alimentos,
Licenciatura em Qumica na Modalidade a Distncia e ps-graduao Mestrado em Cincia e
Tecnologia de Alimentos.
1.4.4 Campus Cceres
Fundado em 17 de agosto de 1980, o Campus tem sua origem no programa de
expanso e melhoria do ensino Tcnico Profissionalizante, com a participao do MEC
PREMEM, do Governo de Mato Grosso e Prefeitura Municipal de Cceres-MT. Atualmente o
Campus Cceres uma unidade do IFMT - autarquia do Ministrio da Educao, vinculada
Secretaria de Educao Profissional e Tecnolgica SETEC/MEC.
Para o fortalecimento e expanso da rede federal de educao profissional e
tecnolgica, o governo federal investiu na nova institucionalizao das escolas tcnicas federais,
criando em 2008 os Institutos Federais de Educao, Cincia e Tecnologia. Em Mato Grosso, a
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Escola Agrotcnica Federal de Cceres, conhecida popularmente como escola agrcola, torna-se
o IFMT- Campus Cceres.
Localizado no extremo norte do pantanal, margem esquerda do Rio Paraguai, com
sede no municpio de Cceres, na regio sudoeste do estado de Mato Grosso, o IFMT Campus
Cceres possui uma rea de 320 ha, onde se encontra a edificao central, composta pela parte
administrativa e pedaggica da escola.
Desde sua fundao, o Campus esteve voltado para a rea da agropecuria, tanto que
no seu espao fsico so realizadas diversas atividades de experimentao nessa rea e suas
tecnologias, como a produo nos setores de Avicultura, Suinocultura, Piscicultura, Animais
Silvestres, Apicultura, Bovinocultura de Leite e de Corte, Forragicultura, Equinocultura,
Olericultura, Culturas Anuais e Fruticultura. Alm dessas reas de produo, a escola oferece
formao tecnolgica em Agroindstria, Florestas e Informtica e cursos superiores em
Tecnologia em Biocombustveis e Engenharia Florestal.
Hoje o IFMT Campus Cceres desenvolve educao tecnolgica e profissionalizante em
todos os nveis de formao, desde a educao bsica fundamental, com os cursos de
Formao Inicial e Continuada - FIC - voltados para a formao de jovens e adultos das sries
iniciais, a cursos tcnicos com formao integrada ao ensino mdio, ps-mdio, graduao e
ps-graduao.
Na interface entre ensino, pesquisa e extenso, a instituio desenvolve programas
voltados para incluso social, educao emancipatria e cidadania, como as aes da Rede
Nacional de Certificao Profissional - Rede CERTIFIC, Programa Nacional de Acesso ao Ensino
Tcnico e Emprego - PRONATEC e Programa Mulheres Mil.
1.4.5 Campus Campo Novo do Parecis
Criado em 2007 no espao onde funcionava a antiga Escola Agrotcnica Municipal
Dorvalino Minozzo, o Campus Campo Novo do Parecis funcionou inicialmente como Ncleo
Avanado ligado ao Campus So Vicente, ambos com vocao de ensino, pesquisa e extenso
voltados para o setor agropecurio.
O campus est em uma rea de 73 hectares, localizada na Rodovia MT 235, km 12, na
Zona Rural do municpio de Campo Novo do Parecis, doada pela Prefeitura. Naquele momento,
portanto, o CEFET Cuiab instalou uma Unidade de Ensino Descentralizada (UNED) no
municpio. Com a criao dos Institutos, com o programa de expanso criado pelo governo
federal a partir da Criao dos IFES, atravs da Lei n 11.892/2011 e do programa de expanso
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da rede em 2008, o Ncleo Avanado de Campo Novo do Parecis passou a ter o status de
Campus do IFMT, ganhando autonomia administrativa.
Com o funcionamento ligado ao campus So Vicente, a exemplo de Juna e o Campus
Confresa, Campo Novo do Parecis passou a atuar nos eixos ligados ao setor agropecurio, para
atender s demandas da regio voltadas para a agricultura empresarial.
No ano de 2008, a antiga estrutura passou por obras de construo e reformas nas 20
salas de aula, blocos administrativos, biblioteca, refeitrio, dormitrio, viveiro, unidades de
produo e outros. Os primeiros servidores da unidade, entre professores e tcnicos
administrativos, foram selecionados atravs de concurso pblico, no ms de julho de 2008.
Durante os anos de 2009 e 2010 o campus ampliou consideravelmente sua oferta de
cursos e vagas, passando a ofertar cursos ligados aos eixos de Recursos Naturais, Gesto e
Negcios, alm de licenciatura em Matemtica e Ps-Graduao Lato Sensu.
Na perspectiva da ampliao da oferta e acesso ao ensino pblico profissionalizante, o
campus expandiu em 2011, criando o Ncleo Avanado de Sapezal. L, passou a oferecer 40
vagas no curso Tcnico em Comrcio, na modalidade subsequente. Passando a partir de 2012,
a ofertar tambm de 40 vagas anuais do curso de tcnico em Agropecuria, na modalidade
subsequente.
Em 2014, o Campus possui 9 turmas do curso Tcnico Integrado em Agropecuria, 10
turmas do curso de Agronomia, 4 turmas de Matemtica, 4 turmas de Agroindstria, 1 turma de
Tcnico em Comrcio PROEJA, 1 turma de Tcnico em Agropecuria Subsequente e 1 turma
de Tcnico em Comrcio - Subsequente, totalizando uma mdia de 700 alunos matriculados.
1.4.6 Campus Confresa
O Campus Confresa foi institudo atravs da portaria n 04, de 06 de janeiro de 2009,
pelo Ministro do Estado da Educao, tendo por consequncia a portaria 123, de 29 de janeiro
de 2010, do Ministro do Estado da Educao, publicada no Dirio Oficial da Unio (D.O.U) em
1 de fevereiro de 2010, seo I p. 15. A construo do prdio ocorreu em terreno doado
pela Prefeitura e localizado na Avenida Vilmar Fernandes, 300 MT-CEP:78652-000.
O Campus Confresa insere-se na fase II do plano de expanso da Rede Federal de
Educao Profissional e Tecnolgica, articulada pelo Governo Federal no ano de 2007.
Com o funcionamento ligado ao campus So Vicente, a exemplo de Juna e Campo
Novo dos Parecis, o Campus Confresa passou a atuar nos eixos ligados ao setor agropecurio,
para atender s demandas da regio voltadas para a agricultura familiar.
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Autorizado o funcionamento deste Campus, suas atividades acadmicas tiveram incio
em abril do mesmo ano, ofertando os cursos da rea de Recursos da Natureza, em especial os
cursos de Tcnico em Agropecuria, Tcnico em Alimentos integrado ao ensino mdio, e cursos
superiores em Agronomia, alm das Licenciaturas em Cincias Agrcolas e Cincias da Natureza
habilitao em Qumica.
Mesmo sendo projetado para atender demanda produtiva da regio do Araguaia
Xingu, formando profissionais que atuaro nas reas de produo agroindustrial, o campus
oferece, tambm, cursos de formao de professores - Licenciatura e Ps-Graduao Lato
Sensu.
Pensando em proporcionar formao e qualificao profissional para a regio Araguaia
Xingu, o Campus Confresa pretende, at o ano de 2015, expandir suas reas de conhecimento
ofertando, alm dos atuais, os cursos de Tcnico em Controle Ambiental Subsequente,
Tcnico em Comrcio na modalidade PROEJA, Tcnico em Agroindstria integrado, Cincias
da Natureza habilitao em Qumica, Fsica e Biologia, bem como os cursos de Especializao
em Educao do Campo e Ensino de Cincias e incentivo pesquisa e extenso.
1.4.7 Campus Cuiab Octayde Jorge da Silva
O hoje Campus Cuiab Octayde Jorge da Silva do Instituto Federal de Educao,
Cincia e Tecnologia de Mato Grosso IFMT foi criado inicialmente pelo Decreto n 7.566, em
23/09/1909, com o nome de Escola de Aprendizes Artfices de Mato Grosso (EAAMT) pelo ento
Presidente da Repblica, Nilo Procpio Peanha, e inaugurado no dia 1 de janeiro de 1910,
oferecendo o ensino profissional de nvel primrio com os cursos de primeiras letras, de
desenho e de ofcios de alfaiataria, carpintaria, ferraria, sapataria, selaria e, posteriormente, o
curso de tipografia.
Em 1930, a EAAMT passou a vincular-se ao Ministrio da Educao e Sade Pblica e,
com a instaurao do Estado Novo, o Presidente da Repblica, Getlio Vargas, pela Lei n 378,
de 13 de janeiro de 1937, transformou as Escolas de Aprendizes Artfices em Liceus Industriais.
Em 05/09/1941, por determinao do Ministro da Educao e Sade, Gustavo
Capanema, via Circular n 1.971, assumiu oficialmente a denominao de Liceu Industrial de
Mato Grosso e, a partir de 1942, passou a oferecer o ensino industrial com os cursos industriais
bsicos e de mestria de alfaiataria, artes do couro, marcenaria, serralheria, tipografia e
encadernao.
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO 30
Ainda na dcada de 1940, o ensino nacional passou por uma reforma, denominada
Reforma Capanema, em cujo bojo o Liceu Industrial de Mato Grosso transformou-se em Escola
Industrial de Cuiab (EIC) pelo Decreto-Lei n 4.127, de 25 de fevereiro de 1942.
Com a expedio da Lei n 3.552, de 16 de fevereiro de 1959, a Escola Industrial de
Cuiab (EIC) passou a ter personalidade jurdica e autonomia didtica, administrativa, tcnica e
financeira e o ensino profissional passou a ser oferecido como curso ginasial industrial, que
passou a ser equiparado a curso de 1 grau do Ensino Mdio pela Lei de Diretrizes e Bases da
Educao Nacional (LDB) n 4.024, de 20 de dezembro de 1961.
Em 1965, passou a denominar-se Escola Industrial Federal de Mato Grosso em virtude
da Lei n 4.759, de 20 de agosto, que qualificava as Universidades e Escolas Tcnicas da Unio
sediadas nas capitais dos estados como instituies federais e que deveriam ter a denominao
do respectivo estado.
Em adequao lei anterior, o Ministro da Educao e Cultura, Tarso Dutra, expediu a
Portaria n 331, de 17 de junho de 1968, alterando novamente a denominao para Escola
Tcnica Federal de Mato Grosso (ETFMT), nomenclatura instaurada na memria coletiva do
povo cuiabano.
Com a reforma do ensino de 1 e 2 graus (antigo ginasial e colegial), introduzida pela
Lei n 5.692, de 11 de agosto de 1971, a ETFMT deixou de oferecer os antigos cursos ginasiais
industriais e passou a oferecer o ensino tcnico de 2 grau, integrado ao propedutico com os
cursos de Secretariado, Estradas, Edificaes, Eletrnica, Eletrotcnica e Telecomunicaes.
No ano de 1994, o Presidente da Repblica, Itamar Franco, instituiu o Sistema
Nacional de Educao Tecnolgica via Lei n 8.948, de 08 de dezembro, que, entre outras
medidas, transformou as Escolas Tcnicas Federais em Centros Federais de Educao
Tecnolgica. Porm, a sua implantao ficava submetida expedio de um decreto especfico
pelo Ministro da Educao, aps aprovao do projeto institucional de cefetizao apresentado
pela interessada.
Com a Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996 e Decreto 2.208/97, o ensino
profissional deixa de ser integrado ao propedutico, a ETFMT implanta a reforma de adequao
lei e inicia a elaborao do projeto de cefetizao passando a oferecer, separadamente, o
Ensino Mdio (antigo propedutico) e o ensino profissional de nvel tcnico, ento chamado de
ps-mdio.
Aps o projeto de cefetizao da ETFMT ter sido aprovado pelo Ministro da Educao,
Paulo Renato Souza, finalmente foi expedido o Decreto de 16 de agosto de 2002 e
publicado no Dirio Oficial da Unio (DOU) em 19 de agosto de 2002, a ETFMT transformou-se
em Centro Federal de Educao Tecnolgica de Mato Grosso - CEFETMT.
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO 31
A partir de ento, alm do Ensino Mdio e dos cursos profissionais de nvel bsico e
tcnico, a instituio passou a oferecer os cursos profissionais de nvel tecnolgico e a ps-
graduao em nvel Lato Sensu.
Em 2008, a Lei n 11.892, de 29 de dezembro, institui a Rede Federal de Educao
Profissional, Cientfica e Tecnolgica e cria os Institutos Federais de Educao, Cincia e
Tecnologia, transformando em Centro Federal de Educao Tecnolgica de Mato Grosso
CEFETMT em Campus Cuiab Octayde Jorge da Silva do IFMT.
O IFMT - Campus Cuiab Cel. Octayde Jorge da Silva tem por finalidade formar e
qualificar profissionais no mbito da educao profissional tcnica e tecnolgica, nos diferentes
nveis e modalidades de ensino, para os diversos setores da economia, como realizao de
pesquisa aplicada e promoo do desenvolvimento tecnolgico de novos processos, produtos e
servios, em estreita articulao com os setores produtivos e a sociedade, especialmente de
abrangncia local e regional, oferecendo mecanismos para a formao continuada.
Verificado o interesse social e as demandas de mbito local e regional, o Campus se
prope a ofertar os cursos fora da rea tecnolgica e ministrar cursos de Educao a Distncia,
em todos os nveis de ensino.
Atualmente, o Campus Cuiab Cel. Octayde Jorge da Silva oferece 29 (vinte e nove)
cursos de Educao Profissional Tcnica e Tecnolgica, sendo 06 (seis) cursos de graduao
(Tecnlogo), 01 (um) Bacharelado, 11 (onze) cursos tcnicos de Nvel Tcnico (modalidade
subsequente), 07 (sete) cursos de Nvel Tcnico (modalidade integrado), 02 (dois) cursos de
Nvel Tcnico (modalidade Proeja), 01 (um) curso Tecnolgico de Ps-Graduao Lato Sensu.
Para os cursos superiores, o IFMT Campus Cuiab Cel. Octayde Jorge da Silva oferece
ainda cursos atravs da Universidade Aberta do Brasil (UAB), o CST em Sistemas para Internet
em 13 polos nos municpios de Mato Grosso.
Alm dos cursos regulares, o Campus Cuiab proporciona cursos de extenso e
desenvolve projetos de pesquisa em vrios segmentos tcnicos e tecnolgicos, envolvendo o
corpo docente e discente.
Hoje, o Campus Cuiab Cel. Octayde Jorge da Silva reconhecidamente um
importante centro de produo e difuso de conhecimento e tecnologias, por meio de
numerosas atividades de ensino, pesquisa, extenso e ps-graduao.
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1.4.8 Campus Juna
Instalado nas dependncias da antiga Escola Agrcola Sarita Baracat, o Campus Juna
do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) insere-se na
Fase II do Plano de Expanso da Rede Federal de Educao Profissional e Tecnolgica, lanada
em 2007. O Campus surgiu como uma Unidade Descentralizada (UNED) do Centro Federal de
Educao Tecnolgica de Cuiab (CEFET Cuiab) ainda em 2007. A Lei n 11.892, de 29 de
dezembro de 2008, instituiu a Rede Federal de Educao Profissional, Cientfica e Tecnolgica e
criou os Institutos Federais de Educao, Cincia e Tecnologia (IF).
A Unidade Descentralizada (UNED) de Juna transformou-se no Instituto Federal de
Educao, Cincia e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) - Campus Juna a partir da Portaria n.
4, de 06 de janeiro de 2009, e teve sua autorizao de funcionamento pela Portaria n. 119, de
29 de Janeiro de 2010, publicada no D.O.U. no dia 01 de fevereiro de 2010, desvinculando -se
do Campus So Vicente e ganhando autonomia administrativa.
A cidade de Juna considerada polo regional de aproximadamente 15 municpios que
compem a regio Noroeste do Estado de Mato Grosso, composta por uma populao superior.
A economia baseia-se prioritariamente na prestao de servios, no comrcio local, no
extrativismo florestal e beneficiamento de madeira, agricultura familiar, agroindstria e na
pecuria de corte e leite, que tem grande destaque no desenvolvimento socioeconmico local e
regional.
Abrangendo um raio de ao dentro de um espao geogrfico considervel e com
grande carncia de instituies de ensino tcnico e profissionalizante pblicas, com impacto
direto sobre uma populao de quase 300 mil habitantes, o campus passou a atuar na oferta de
cursos para o setor agropecurio, comrcio e servios.
1.4.9 Campus Pontes e Lacerda
O Campus Pontes e Lacerda do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de
Mato Grosso surgiu em meados de 2008, como Unidade Descentralizada (UNED) do antigo
Centro Federal de Educao Tecnolgica de Mato Grosso (CEFET-MT). Ao final do mesmo ano,
atravs da Lei n 11.892, foi instituda a Rede Federal de Educao Profissional e Tecnolgica, e
essa lei transformou a Unidade Descentralizada em Campus. As efetivas atividades no campus
tiveram inicio no dia 13 de outubro de 2008, com dois cursos Tcnicos Subsequentes ao Ensino
Mdio (Secretariado e Edificaes). J a inaugurao do Campus s foi oficializada no dia 24 de
abril de 2009.
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO 33
O municpio de Pontes e Lacerda, que sedia o Campus, constitui-se em cidade polo de
uma microrregio do Estado de Mato Grosso denominada Alto Guapor, que abrange, ao todo,
5 municpios com populao estimada em 68.416 habitantes, segundo dados do Anurio
Estatstico de Mato Grosso de 2011, divulgados pela Secretaria de Estado de Planejamento e
Coordenao Geral. O Campus oferece cursos de formao tcnica profissional para atender s
demandas de toda esta regio e por estar situado na rea de fronteira entre o Brasil e a Bolvia,
tambm atende a uma crescente demanda de cidados com dupla nacionalidade brasileira e
boliviana e cidados bolivianos com presena regulamentada no Brasil.
A economia Pontes-lacerdense tem experimentado, sobretudo na ltima dcada,
importantes transformaes. Antes voltada quase que exclusivamente para o setor agrcola, em
especial o da pecuria, agora abrange tambm o setor extrativista, o setor de gerao e
distribuio de energia eltrica e os setores de comrcio e servios, o que torna o municpio um
importante polo regional de distribuio de mercadorias e ofertas de servios diversificados.
Este reposicionamento do foco econmico foi decisivo para definir o Campus Pontes e Lacerda
como uma Escola de formao profissional voltada para os setores de indstria, comrcio e
servios.
Caracterizado como Campus de porte mdio, a responsabilidade atribuda ao Campus
Pontes e Lacerda, ocasio de sua criao, a de atender cerca de 1.200 alunos. Para tanto, o
Campus oferta vagas em cursos de diversas modalidades de ensino, como Tcnico Integrado ao
Ensino Mdio, Tcnico Integrado ao Ensino Mdio na modalidade PROEJA, Tcnico Subsequente
ao Ensino Mdio, Superior de Tecnologia, Licenciatura e, mais recentemente, apresenta suas
proposies para oferta de Curso Superior de Tecnologia na modalidade de Educao a
Distncia.
Perceber a regio da fronteira oeste do Estado de Mato Grosso, que abriga o Campus
Pontes e Lacerda, no como uma rea de diviso e de imposio de limites, conceitos
usualmente atribudos ao termo fronteira, mas sim como uma regio de transio, heterognea
e acomodadora do diverso, buscando o desenvolvimento dessa regio, como um todo, o
grande desafio que se coloca ao Campus. Para dar conta de sua misso, o Campus Pontes e
Lacerda tem buscado manter suas razes firmemente fincadas no solo Pontes-lacerdense, ao
mesmo tempo em que mantm seus olhos no horizonte.
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO 34
1.4.10 Campus Primavera do Leste
No dia 16 agosto de 2011, em cerimnia promovida no Palcio do Planalto, a Presidenta
da Repblica, Dilma Rousseff, anuncia o Plano de Expanso da Rede Federal de Educao
Superior, Profissional e Tecnolgica, ocasio na qual a cidade de Primavera do Leste foi
contemplada para receber um campus do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de
Mato Grosso IFMT. Ainda em 2011, a Prefeitura Municipal e a Cmara de Vereadores, por
intermdio da Lei Municipal n 1.261, de 07 de novembro de 2011, promoveram a doao de uma
rea de 05 (cinco) hectares, para a construo das obras do IFMT em Primavera do Leste, cuja
escritura de doao foi lavrada no dia 05 de dezembro de 2011.
No dia 22 de fevereiro de 2013, com a finalidade de agilizar a implantao e o
funcionamento do IFMT no municpio, foi realizada uma audincia na Secretaria de Educao
Profissional e Tecnolgica - SETEC do Ministrio da Educao, em Braslia, com a participao do
secretrio, do reitor do IFMT e do prefeito de Primavera do Leste. Nesta audincia, o prefeito
props fazer a doao das instalaes onde funcionavam os cursos da Universidade Aberta do
Brasil - UAB, correspondendo a uma rea de 2,978 hectares, com 9 salas de aula, laboratrio de
informtica, biblioteca e rea administrativa.
Diante disso, o prefeito municipal, com o apoio da Cmara Municipal de Vereadores,
props e aprovou a Lei Municipal n 1.338, de 03 de maro de 2013, doando a rea e as
instalaes acordadas ao IFMT. No dia 26 de maro de 2013, oficializa-se este propsito com a
assinatura da escritura pblica de doao dos 2,978 hectares que garantiria a antecipao em pelo
menos dois anos do incio das atividades do campus do IFMT em Primavera do Leste.
Em 5 de junho de 2013, o ministro da Educao, por intermdio da Portaria n 475, cria
o cargo de Direo Geral para o campus Primavera do Leste, visando a constituio parcial da
estrutura administrativa da nova unidade de ensino. Em 6 de junho de 2013, o reitor do IFMT,
nomeia pela Portaria n 983, o Diretor Geral "Pr-Tempore" do IFMT campus Primavera do Leste,
com a misso de proceder a implantao da instituio.
No segundo semestre de 2013, o campus Primavera do Leste lanou seus primeiros
editais para a contratao de professores e seleo de alunos para o ano letivo de 2014, com a
oferta dos Cursos Tcnicos em Eletrotcnica e Eletromecnica, nas modalidades subsequente e
integrado ao Ensino Mdio, e os Cursos Tcnicos Subsequentes em Eletrotcnica, Edificaes e
Informtica pelo PRONATEC, totalizando 245 vagas disponibilizadas para a regio.
O campus Primavera do Leste foi criado pela Portaria Ministerial n 993, de 7 de outubro
de 2013, Unidade Gestora nmero 158970 e est situado na avenida Santo Antnio, n 1075, no
bairro Parque Eldorado na cidade de Primavera do Leste MT.
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO 35
No dia 13 de dezembro de 2013, foi realizada uma solenidade de lanamento da pedra
fundamental da obra, com capacidade de atendimento para 1.200 alunos, tendo 4.347,57 m de
rea construda, com 20 salas de aula, biblioteca, auditrio, rea administrativa e estacionamento
e com um valor estimado em 9,2 milhes de reais. A Aula Magna do campus foi realizada no dia
10 de fevereiro de 2014.
1.4.11 Campus Rondonpolis
A cidade de Rondonpolis localiza-se, geograficamente, na regio sul do estado de
Mato Grosso, a 210 km da capital, Cuiab, e representa cerca de 0,48% da rea total do
Estado, com uma rea de 4165 km2, sendo 129,2 km2 de zona urbana e 4035,8 km2 de zona
rural. Desponta-se como um importante municpio, devido sua privilegiada posio geogrfica,
determinada pelo entroncamento das BR 364 e 163, e tem como destaques econmicos o
agronegcio, o comrcio, os servios, a construo civil e um crescente parque industrial. Os
municpios limtrofes de Rondonpolis so: Juscimeira e Poxoru (Norte), Itiquira e Pedra Preta
(Sul), Poxoru e So Jos do Povo (Leste) e Santo Antnio do Leverger (Oeste). Tem como
distrito: Anhumas, Nova Galilia, Boa Vista e Vila Operria.
Com o objetivo de atender demanda econmica do municpio de Rondonpolis e da
regio Sul do estado de Mato Grosso e considerando o cenrio estabelecido pela Chamada
Pblica MEC/SETEC 002/2007, foram realizadas Audincias Pblicas no Municpio, em
10/05/2007, com a comunidade residente na regio, empresariado e autoridades locais,
iniciando a construo da identidade institucional do IFMT Campus Rondonpolis. Assim,
para este incio de trabalho, seu perfil est fundamentado no PDI do IFMT, que dispe as
razes que justificam a sua existncia.
A partir das audincias pblicas realizadas, definiram-se 4 eixos temticos: Informao
e Comunicao, Controle de Processos, Gesto e Negcios e Produo Alimentcia. Dentro
desses eixos temticos o Campus Rondonpolis passou a ofertar 3 cursos tcnicos de nvel
mdio integrado e 1 curso tcnico subsequente, sendo eles: Curso Tcnico de Nvel Mdio
Integrado em Qumica, Curso Tcnico de Nvel Mdio Integrado em Secretariado, Curso Tcnico
de Nvel Mdio Integrado em Alimentos Modalidade PROEJA e Curso Tcnico de Nvel Mdio
Subsequente em Manuteno e Suporte em Informtica.
O lanamento da pedra fundamental do Campus Rondonpolis foi realizado em
29/12/2008. Nesse perodo iniciou-se o processo de incorporao da rea doada pelo municpio
ao IFMT com rea total de 52.512,15 m2 e rea construda de 5.200 m2. Em 14/03/2011,
ocorreram as aulas inaugurais dos cursos Tcnicos de Nvel Mdio Integrado em Qumica, Curso
Tcnico de Nvel Mdio Integrado em Secretariado, Curso Tcnico de Nvel Mdio Integrado em
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Alimentos Modalidade PROEJA e Curso Tcnico de Nvel Mdio Subsequente em Manuteno e
Suporte em Informtica.
Em 2012, o quadro de servidores j apresentava 40 profissionais, sendo 24 docentes e
16 tcnicos administrativos. Em 2013, foram concludas as obras da guarita, o fechamento da
rea do Campus, construo da calada externa, poo artesiano e os laboratrios de qumica,
fsica, biologia, alimentos e informtica. Em 2014, o Campus contava com 40 docentes e 37
tcnicos administrativos e a biblioteca j dispunha de um acervo de aproximadamente 3150
obras. Maio de 2014, foi inaugurada a quadra poliesportiva, dispondo de uma rea de 1644,19
m2.
1.4.12 Campus So Vicente
O Campus localiza-se na Serra de So Vicente, no municpio de Santo Antnio do
Leverger. Foi institudo oficialmente pelo Decreto n 5.409, do dia 14 de abril de 1943, o
Aprendizado Agrcola Mato Grosso, com capacidade para 200 alunos de nvel primrio,
passando a ser referncia de formao agrcola.
Em 05 de novembro de 1956, passou Escola Agrcola Gustavo Dutra, e em 13 de
fevereiro de 1964, a Ginsio Agrcola Gustavo Dutra, quando ento oferecia na sua matriz
curricular o nvel mdio de ensino, e o curso ginasial, com destaque para o ingresso da primeira
turma do gnero feminino.
Em maro de 1978 passou a oferecer o curso Tcnico em Agropecuria integrado ao
Ensino Mdio, transformando a realidade social da regio, atraindo ainda mais estudantes e
famlias de todo o Estado de Mato Grosso e regies vizinhas, que somado aos j moradores,
internos e funcionrios da escola, compuseram a comunidade e mesmo a Vila de So Vicente.
Em 04 de setembro de 1979, a instituio passou a chamar-se Escola Agrotcnica
Federal de Cuiab-MT, nome que divide mrito com Escola Agrcola de permanecer forte no
imaginrio e memria coletiva da sociedade mato-grossense.
Outra etapa que demarca grandes mudanas institucionais foi a criao, no ano de
2000, do curso superior de Tecnologia em Alimentos. A partir de 2002, passou a ser uma
autarquia institucional autnoma, sendo denominado Centro Federal de Educao Tecnolgica
de Cuiab (CEFET CUIAB), passando a oferecer cursos nos nveis mdio e superior (graduao
e ps-graduao), nas modalidades integrada, subsequente e PROEJA.
A partir de 29/12/2008, passa a integrar o IFMT, tendo recebido em 07/01/2009 a
denominao de Campus So Vicente, ampliando o ensino agropecurio oferecido at ento na
Serra de So Vicente (Tcnico em Agropecuria e Curso Superior de Bacharel em Zootecnia) e
abrindo dois ncleos avanados, um no Municpio de Campo Verde, onde mantm Cursos
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Tcnicos de Informtica e de Alimentos, e Superiores de Tecnologia em Alimentos, de Anlise e
Desenvolvimento de Sistemas e de Bacharel em Agronomia. O outro ncleo avanado firma-se
no municpio de Jaciara, onde est o polo de licenciaturas em convergncia com o centro
vocacional tecnolgico, ambos em parcerias com as respectivas prefeituras, com o Ministrio da
Educao e o Ministrio de Cincia e Tecnologia.
1.4.13 Campus Vrzea Grande
O Campus de Vrzea Grande do IFMT foi criado pela Portaria Federal de 07 de outubro
de 2013 (D.O.U 08/10/2013), fazendo parte do Plano de Expanso da Rede Federal de
Educao Tecnolgica, em sua fase III. A demanda originria partiu da Prefeitura Municipal de
Vrzea Grande, em maro de 2011, tendo sido oficializada por meio de um documento datado
de 07 de maro de 2011. Em 2012, o Governo Federal inseriu o Municpio de Vrzea Grande no
programa de expanso da Rede Federal de Educao Profissional.
A demandante doou uma rea, para a implantao do campus, de 100.000 m,
localizada no bairro Chapu do Sol, tendo a escritura do terreno sido registrada oficialmente em
nome do Instituto Federal de Mato Grosso em julho de 2013.
As obras para implantao do campus foram licitadas em novembro de 2013 e a
ordem de incio de servios foi emitida em janeiro de 2014, com prazo de execuo previsto em
18 meses.
A priori, tendo em vista a necessidade da implantao imediata de cursos, o IFMT
Vrzea Grande ir estabelecer-se, at que as obras sejam finalizadas, em um prdio cedido pela
Prefeitura Municipal de Vrzea Grande, composto por 11 salas de aula, das quais 5 sero
utilizadas para este fim e as outras 6 salas comporo o setor administrativo e apoio pedaggico,
laboratrio de informtica e biblioteca.
O IFMT Vrzea Grande se insere na regio metropolitana de Cuiab, a qual abriga
uma populao de 832.710 habitantes (IBGE, 2014), dos quais 32% residem em Vrzea
Grande.
Seguindo as tendncias demonstradas em relatrios e pesquisas econmicas, os eixos
tecnolgicos a serem trabalhados pelo campus de Vrzea Grande sero os de Infraestrutura
Aeroporturio e Construo Civil e o de Gesto de Negcios. O Campus inicia suas atividades
em junho de 2014, atravs da oferta de 100 vagas para cursos do programa
PRONATEC/Mulheres Mil.
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1.4.14 Campus Sorriso
O Campus Sorriso do IFMT teve su