PDI IFMT

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Plano de Desenvolvimento Institucional IFMT

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  • INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO

  • INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO

    MINISTRIO DA EDUCAO

    SECRETARIA DE EDUCAO PROFISSIONAL E TECNOLGICA INSTITUTO FEDERAL DE MATO GROSSO

    PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL 2014 - 2018

    MATO GROSSO Junho 2014

  • INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO

    PRESIDENTE DA REPBLICA

    Dilma Rousseff

    MINISTRO DA EDUCAO

    Henrique Paim

    SECRETRIO DE EDUCAO PROFISSIONAL E TECNOLGICA

    Alssio Trindade de Barros

    REITOR

    Jos Bispo Barbosa

    PR-REITOR DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

    Degmar Francisco dos Anjos

    PR-REITORA DE ADMINISTRAO E PLANEJAMENTO

    Glucia Mara de Barros

    PR-REITOR DE ENSINO

    Ghilson Ramalho Corra

    PR-REITOR DE PESQUISA E INOVAO

    Antnio Carlos Vilanova

    PR-REITOR DE EXTENSO

    Levi Pires de Andrade

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    COMISSO CENTRAL DE ELABORAO DO PDI 2014 - 2018

    Presidente: Degmar Francisco dos Anjos Membros:

    Ademir Jos Conte Anderson Barbieri de Barros Claudia de Paula Norkaitis Cacilda Guarim Clio Marcos Pedraa Claudete Galvo de Alencar Pedroso Daniel Silva Dalberto Degmar dos Anjos Djalma de Castro Campos Elson Santana de Almeida ldio Schalm Ftima E. dos Reis Mathias Fabiano Pontes Pereira da Silva Fernanda Christina Garcia da Costa Gilclio Luiz Peres Gracielle Ferreira Valrio Glucia Mara de Barros Itamara dos Anjos Oliveira Ivo da Silva Jlio Cesar dos Santos Kleberson P.C de Jesus Luciana Gonalves de Lima Marilane Alves Costa Marcos Almeida de Faria Nair Mendes de Oliveira Reni Elisa da Silva Pontes Ricardo K. Filho Rosana Maria da Silva Santos Roni Rodrigues da Silva Silvana A.P.V Barbosa Snia Regina Guimares Fonseca Suammy Priscila Rodrigues Leite Cordeiro Thiago Costa Campos Tlio Maciel Rufino de Vasconcelos Figueiredo Vera Cristina de Quadros Willian Silva de Paula Xisto Rodrigues de Souza

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    SUBCOMISSES DE ELABORAO DO PDI

    Perfil Institucional

    Jlio Cesar dos Santos

    Ricardo K. Filho

    Ivo da Silva

    Kleberson P. C. De Jesus

    Snia Regina Guimares Fonseca

    Clio Marcos Pedraa

    PPI

    Marilane Alves Costa

    Cacilda Guarim

    Gracielle Ferreira Valrio

    Nair Mendes de Oliveira

    Marcos Almeida de Faria

    Kleberson P. C. De Jesus

    Ricardo K. Filho

    Vera Cristina de Quadros

    Ivo da Silva

    Planejamento de Oferta de Cursos e Vagas

    Cacilda Guarim

    Gracielle Ferreira Valrio

    Jlio Cesar dos Santos

    Nair Mendes de Oliveira

    Bruno Coutinho

    Marcos Almeida de Faria

    Planos Diretores (Ampliao das

    Instalaes Fsicas e Infraestrutura)

    Ftima Elizabete dos Reis Mathias

    Thiago Costa Campos

    Glucia Mara de Barros

    Degmar Francisco dos Anjos

    Jlio Cesar dos Santos

    Clio Marcos Pedraa

    Fernanda Christina Garcia da Costa

    Fabiano Pontes Pereira da Silva

    Roni Rodrigues da Silva

    Organizao Didtico Pedaggica

    Vera Cristina de Quadros

    Nair Mendes de Oliveira

    Marilane Alves Costa

    Cacilda Guarim

    Itamara dos Anjos de Oliveira

    Anderson Barbieri de Barros

    Gracielle Ferreira Valrio

    Polticas de Gesto de Pessoas

    Fernanda Christina Garcia da Costa

    Snia Regina Guimares Fonseca

    Silvana A.P. V. Barbosa

    Itamara dos Anjos de Oliveira

    Gracielle Ferreira Valrio

    Claudia de Paula Norktais

    Roni Rodrigues da Silva

    Daniel Silva Dalberto

    Organizao Administrativa e Capacidade

    e Sustentabilidade Financeira

    Glucia Mara de Barros

    Thiago Costa Campos

    Tlio Maciel Rufino de Vasconcelos Figueiredo

    Autoavaliao Institucional

    Marcelo Costa

    Marcos Vilela

    Marcos Almeida de Farias

    Mers Landis Martins Barboza

    Poltica de EaD

    Claudete Galvo de Alencar Pedroso

    Cacilda Guarim

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    Marilane Alves Costa

    Dalete Cristiane Silva Heitor de Albuquerque

    Liana Deise da Silva

    Poltica de Extenso

    Elson Santana de Almeida

    Anderson Barbieri de Barros

    Ademir Jos Conte

    Poltica de Pesquisa e Inovao

    Tecnolgica

    Ademir Jos Conte

    Xisto Rodrigues de Souza

    Ftima E. Dos Reis Mathias

    Elson Santana de Almeida

    Polticas de Acessibilidade, Diversidade e

    Incluso Social

    Suammy Priscila Rodrigues Leite Cordeira

    Claudia de Paula Norktais

    Luciana Gonalves de Lima

    Willian Silva de Paula

    Ftima E. dos Reis Mathias

    Degmar Francisco dos Anjos

    Tecnologia da Informao

    Fabiano Pontes Pereira da Silva

    ldio Schalm

    Reni Elisa da Silva Pontes

    Ps-Graduao

    Xisto Rodrigues de Souza

    Ndia Cuiabano Kunze

    Ed Wilson Tavares Ferreira

    Jos Masson

    Willian Silva de Paula

    Polticas de Assistncia Estudantil

    Luciana Gonalves de Lima

    Claudia de Paula Norktais

    Nair Mendes de Oliveira

    Willian Silva de Paula

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    COMISSES LOCAIS DE ELABORAO DO PDI

    Campus Barra do Garas

    Leandro Miranda Presidente

    Alexandre Rauh Oliveira Nascimento

    Elizeu Demambro

    Joo Luis Binde

    Deise Palaver

    Elder Cavalcante Fabian

    Daisy Rickli Binde

    Joo Melchior Jnior

    Valesca Diniz Andrade

    Campus Bela Vista

    Carolina Balbino Garcia dos Santos

    Eliane Dias de Almeida

    Jandinei Martins dos Santos

    Reinaldo de Souza Blio

    Ronaldo Alves de Sousa

    Dorival Pereira Borges da Costa

    Douglian Neves da Silva

    Luzo Vincius Pedroso Reis

    Reinaldo Silva Barbosa

    Veralcia Guimares de Souza

    Verbena Florencia de Sousa

    Campus Cceres

    Luiz Souza Costa Filho

    Luciano Recart Romano

    Emersom de Oliveira Figueiredo

    Mlson Evaldo Serafim

    Carlos Rafael Dias

    Liliana Karla Jorge de Moura

    Campus Campo Novo do Parecis

    Fabio Bezerra

    Fuad Jos Rachid Jaudy

    Lea Flores

    Marcos Paulo Souza da Silva

    Michele Rejane Coura da Silva

    Alle Pires Atala

    Jandilson Vitor da Silva

    Lus Claudio Alves Viana

    Marisol Martins Vincensi Massaroli

    Rosani Nonenmacher

    Alex Scapinei

    Paulo Renato Godoi

    Campus Confresa

    Maria Auxiliadora de Almeida

    Rafael de Arajo Lira

    Alcio Vander dos Santos

    Dhanny Fernanda Ferreira de Freitas

    Telma Silva Aguiar

    Sebastio Geraldo Lopes

    Robiney Sousa dos Santos

    Campus Cuiab Octayde Jorge da

    Silva

    Joaquim de Oliveira Barbosa Presidente

    Danilo Hebert Queiroz Martins

    ngela Santana de Oliveira

    Beatriz Incio da Silva

    Carlos Alberto Saldanha

    Christiany Regina Fonseca

    Clodoaldo Nunes

    Daniel Fernando Queiroz Martins

    Dejenana Keila de Oliveira Campos

    Fabrcio Geraldo dos Santos Rodrigues

    Joaquim de Oliveira Barbosa

    Jos Vinicius da Costa Filho

    Jos Marcelo Graciolle Vilas Boas

    Luiz Carlos de Figueiredo

    Ndia Cuiabano Kunze

    Nelson Lopes Filho

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    Ronan Marcelo Martins

    Rosana Roriz Guimares

    Tony Incio da Silva

    Valtemir Emerencio do Nascimento

    Vanderley Severino dos Santos

    Vicente Pedroso da Silva Filho

    Vitor Hugo Todisco Soares

    Walterley Arajo Moura

    Campus Juna

    Noemi dos Reis Correa

    Sandro Marcelo de Caires

    Elaine Neris

    Vandervnio Osni P. dos Santos

    Geraldo Aparecido Polegatti

    Eudelaine Zuche

    Campus Pontes e Lacerda

    Bernardo Janko Gonalves Biesseck

    Miguel Eugenio Minuzzi Vilanova

    Nilda dos Santos

    Willians Ribeiro Mendes

    Adnaldo Jnior Brilhante Lacerda

    Campus Rondonpolis

    Ademilso Lira de Matos

    Snia Maria Moreira da Silva Souza

    Bruno Miranda Moura

    Izabel Kamilla Salles Pacheco

    Mrcio do Nascimento Gomes

    Campus So Vicente

    Joir Benedito Proena de Amorim

    Jos Luiz de Siqueira

    Vilson Dantas dos Santos

    Francielly Karoline Aires Carlini

    Elton Feitoza Centurion

    Saulo Diogo de Assis

    Laura Vernica Lopes Amorim

    Josilene Correa Rocha

    Campus Sorriso

    Claudir Von Dentz

    Ana Paula Encide Olibone

    lio Barbieri Junior

    Joo Germano Rosinke

    Juliana Almeida de Sousa Greve Lopes

    Marcelo Luiz da Silva

    Teviane Rizzi Kolzere

    Campus Primavera do Leste Alcindo Jos Dal Piva

    Dimorvan Alencar Brescancim

    Eliane Aparecida da Silva

    Antnio Weizenmann

    Silvia Diamantino Ferreira de Lima

    Suelyn de Paula Alves dos Santos

    Valdivino Antnio da Costa Arajo

    Vilson Bernardo Stollmeier

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    APRESENTAO

    A Comisso Central de Elaborao do Plano de Desenvolvimento Institucional PDI,

    em acordo com as determinaes legais pertinentes, apresenta ao Conselho Superior do

    Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Mato Grosso IFMT a minuta de texto

    do PDI 2014 a 2018.

    importante compreender, contudo, que a elaborao do PDI significa no apenas

    uma obrigao do IFMT, mas tambm uma forma de estmulo aos membros das diversas

    comunidades internas e externas, associadas ao Instituto, de efetivar suas expectativas, ideais

    coletivos e sugestes formalizados em um documento que dever ser seguido pelos gestores

    nos prximos anos.

    O Plano de Desenvolvimento Institucional PDI um documento em que se definem

    a misso, a viso e os valores da instituio, bem como as principais polticas, metas e aes do

    IFMT, devendo nortear a forma como as muitas reas de abrangncia do Instituto sero

    conduzidas pelos prximos cinco anos.

    Todas as aes realizadas no mbito do IFMT devem ser pautadas por um objetivo

    comum, a saber, a gerao de conhecimentos socialmente referenciados. Nesse contexto, a

    autonomia do IFMT pode ser compreendida em suas dimenses social e poltica, balizando a

    sua capacidade em aplicar tais conhecimentos no atendimento sociedade. As aes em prol

    do desenvolvimento local, regional e nacional , dessa forma, o que justifica a existncia do

    IFMT e anima as atividades de planejamento estratgico, consubstanciadas neste PDI.

    A Comisso de elaborao do PDI do IFMT buscou e organizou, por meio de uma

    estratgia amplamente participativa, ao longo de doze meses, discusses intensas sobre o

    saneamento de questes e metas a serem alcanadas institucionalmente. Para isso, fez-se um

    ciclo de planejamento e pesquisas em que gestores, docentes, tcnicos administrativos,

    estudantes e a comunidade externa foram convidados a fazer diagnstico de suas unidades,

    apresentando crticas sobre o planejamento institucional e sugerindo aperfeioamentos para o

    processo.

    Realizaram-se reunies em todos os Campi buscando esclarecer a relevncia do PDI

    para o IFMT e incentivando que todos participassem ao longo do processo de elaborao. Alm

    disso, na estruturao da Comisso Central, mesmo sendo composta por representaes de

    todos os campi e setores estratgicos do IFMT, houve a preocupao em solicitar

    representantes de todas as sees sindicais e associaes de servidores, objetivando dessa

    forma a maior representatividade possvel da comunidade do IFMT.

    Logo aps ser constituda, a Comisso Central de Elaborao do PDI estabeleceu a

    criao de uma subcomisso de PDI em cada um dos campi e quatorze subcomisses temticas

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    para dialogarem com os diversos setores do IFMT, a fim de que o texto do PDI representasse,

    efetivamente, os anseios da coletividade.

    De posse desses elementos, confeccionou-se este documento, dividido em cinco eixos:

    a misso e a viso institucional; as metas e aes propostas para desenvolver as polticas de

    ensino, pesquisa e extenso em suas diversas modalidades; as perspectivas de crescimento na

    oferta de vagas, nmero de matrculas, recursos humanos e dotao oramentria; e a

    concepo de avaliao do desenvolvimento institucional.

    Aps a elaborao desta Minuta de PDI, a mesma foi disponibilizada a toda a

    comunidade institucional para que realizasse as leituras, anlises, apontamentos e sugestes

    Comisso Central, possibilitando que o texto do PDI pudesse ser ainda melhor. Todos os

    apontamentos e sugestes passaram por anlises em uma reunio ampliada para discusso do

    PDI e aqueles julgados pertinentes foram devidamente acatados.

    Tal abertura ampla e democrtica na elaborao do PDI uma comprovao clara de

    que o IFMT objetiva como meta maior caminhar pelos prximos cinco anos pautado nos

    princpios da coletividade e participatividade.

    Jos Bispo Barbosa Reitor do Instituto Federal de Mato Grosso

    Degmar dos Anjos Presidente da Comisso Central de Elaborao do PDI

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    SUMRIO CAPTULO I PERFIL INSTITUCIONAL .................................................................................................... 17

    1.1 INTRODUO .................................................................................................... 17 1.2 INSERO REGIONAL DO IFMT ......................................................................... 19 1.3 DELIMITAO TERRITORIAL ............................................................................... 22 1.4 HISTRICO DOS CAMPI ....................................................................................... 24 1.4.1 CAMPUS ALTA FLORESTA ................................................................................ 24 1.4.2 CAMPUS BARRA DO GARAS ........................................................................... 24 1.4.3 CAMPUS BELA VISTA ....................................................................................... 26 1.4.4 CAMPUS CCERES .......................................................................................... 26 1.4.5 CAMPUS CAMPO NOVO DO PARECIS ................................................................ 27 1.4.6 CAMPUS CONFRESA ........................................................................................ 28 1.4.7 CAMPUS CUIAB OCTAYDE JORGE DA SILVA ................................................. 29 1.4.8 CAMPUS JUNA ............................................................................................... 32 1.4.9 CAMPUS PONTES E LACERDA........................................................................... 32 1.4.10 CAMPUS PRIMAVERA DO LESTE ..................................................................... 34 1.4.11 CAMPUS RONDONPOLIS .............................................................................. 34 1.4.12 CAMPUS SO VICENTE .................................................................................. 36 1.4.13 CAMPUS VRZEA GRANDE ............................................................................. 37 1.4.14 CAMPUS SORRISO......................................................................................... 38 1.5 OS CAMPI AVANADOS EM IMPLANTAO ............................................................ 39

    CAPTULO II PROJETO PEDAGGICO INSTITUCIONAL PPI/IFMT APRESENTAO ............................................................................................................... 41

    2.1.1 CONCEPO DE SER HUMANO, SOCIEDADE, CULTURA, CINCIA, TECNOLOGIA, TRABALHO E EDUCAO ........................................................................................... 43 2.1.2 CONCEPO DE CURRCULO ............................................................................ 46 2.1.3 FUNDAMENTOS DO CURRCULO INTEGRADO .................................................... 47 2.1.4 CONCEPO DE GESTO EDUCACIONAL ........................................................... 48 2.1.5 PRINCPIOS ORIENTADORES DA PRTICA PEDAGGICA .................................... 51 2.1.6 A PESQUISA COMO PRINCPIO EDUCATIVO ....................................................... 52 2.1.7 O TRABALHO COMO PRINCPIO EDUCATIVO ..................................................... 53 2.1.8 O RESPEITO DIVERSIDADE ........................................................................... 54 2.1.9 INTERDISCIPLINARIDADE ................................................................................ 56 2.2 DIRETRIZES PARA A PRTICA PEDAGGICA .......................................................... 57 2.2.1 O PLANEJAMENTO PEDAGGICO ...................................................................... 57 2.2.2 A AVALIAO DA APRENDIZAGEM E DO ENSINO ............................................... 59 2.3 CONCEPES DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSO ................................................ 61 2.3.1 ENSINO ........................................................................................................... 61 2.3.4 EDUCAO PROFISSIONAL TCNICA DE NVEL MDIO ....................................... 62 2.3.5 EDUCAO SUPERIOR DE GRADUAO ............................................................. 63 2.3.6 CERTIFICAO PROFISSIONAL ......................................................................... 63 2.3.7 EDUCAO A DISTNCIA ................................................................................. 64 2.3.8 DIREITOS HUMANOS ....................................................................................... 65 2.3.9 ASSISTNCIA ESTUDANTIL............................................................................... 66 2.4 PESQUISA E INOVAO ...................................................................................... 68 2.4.1 PS-GRADUAO ............................................................................................ 69 2.4.2 EXTENSO E INTERAO COM A SOCIEDADE .................................................... 70 2.4.3 ACOMPANHAMENTO E AVALIAO DO PPI ........................................................ 71

    CAPTULO III POLTICAS E METAS RELACIONADAS AO ENSINO ................................................................ 75

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    DIRETRIZES E METAS GERAIS............................................................................................ 75 POLTICAS E METAS EM DIREITOS HUMANOS ..................................................................... 78

    3.1 FUNDAMENTAO LEGAL .................................................................................... 78 3.2 INCLUSO SOCIAL E POLTICAS AFIRMATIVAS TNICO-RACIAIS ............................ 81 3.4 METAS ............................................................................................................... 84 3.5 POLTICAS E METAS DE ASSISTNCIA ESTUDANTIL .............................................. 86 3.5.1 POLTICA DE ASSISTNCIA ESTUDANTIL NO IFMT ............................................ 86 3.5.2 FUNDAMENTAO LEGAL ................................................................................. 87 3.5.3 OBJETIVOS DA POLTICA DE ASSISTNCIA ESTUDANTIL.................................... 87 3.5.4 METAS ............................................................................................................ 88 3.5.6 ACOMPANHAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAO ...................................... 90 3.6 POLTICAS DE EDUCAO A DISTNCIA ............................................................... 91 3.6.1 CARACTERSTICAS DA EDUCAO A DISTNCIA ............................................... 93 3.6.2 OBJETIVOS DA EAD ......................................................................................... 93 3.6.3 METAS DA EAD ................................................................................................ 94 3.7 SNTESE DA OFERTA DE MATRCULAS E VAGAS NO IFMT ..................................... 96 3.7.1 PREVISO DE MATRCULAS IFMT ................................................................... 96 3.7.2 PREVISO DE VAGAS IFMT ............................................................................ 97

    CAPTULO IV POLTICAS E METAS DE PESQUISA E PS-GRADUAO ..................................................... 984

    4.1 POLTICAS E METAS DE PESQUISA E INOVAO NO IFMT ...................................... 98 4.1.2 HISTRICO DA PESQUISA NO IFMT ................................................................... 98 4.1.3 REAS E DIRETRIZES DA PESQUISA................................................................ 100 4.1.4 OBJETIVOS E METAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA NO IFMT ........ 100 4.2 POLTICAS E METAS DE PS-GRADUAO .......................................................... 103 4.2.1 DIAGNSTICO DA PS-GRADUAO ............................................................... 104 4.2.2 OBJETIVOS DA PS-GRADUAO ................................................................... 106 4.2.3 PLANEJAMENTO ESTRATGICO DA PS-GRADUAO ...................................... 106

    CAPTULO V POLTICAS E METAS DE EXTENSO .................................................................................. 110

    5.1 CONCEPO DE EXTENSO NO IFMT .................................................................. 110 5.2 OBJETIVOS DA EXTENSO ................................................................................. 110 5.3 REAS DE ATUAO E DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS DE EXTENSO .......... 112

    CAPTULO VI POLTICAS E METAS DE GESTO INSTITUCIONAL ............................................................. 116

    6.1 GESTO INSTITUCIONAL E PLANEJAMENTO ESTRATGICO .................................. 116 6.2 GESTO ORAMENTRIA E FINANCEIRA ............................................................. 118 6.3 POLTICAS E METAS DA GESTO DE PESSOAS ..................................................... 121 6.3.1 BASES LEGAIS ............................................................................................... 123 6.3.2 DIRETRIZES DA GESTO DE PESSOAS: A CAPACITAO .................................. 123 6.3.3 DIRETRIZES DA GESTO DE PESSOAS: QUALIDADE DE VIDA ........................... 124 6.3.4 DIRETRIZES DA GESTO DE PESSOAS: ADMINISTRAO DE PESSOAL .............. 125 6.3.5 DIRETRIZES DA GESTO DE PESSOAS: AVALIAO DOS SERVIDORES .............. 125 6.3.6 OBJETIVOS DA GESTO DE PESSOAS .............................................................. 125 6.3.7 METAS E AES ............................................................................................ 126

    CAPTULO VII POLTICAS E METAS DE TECNOLOGIA DA INFORMAO E COMUNICAO .......................... 129

    7.1 CONCEPO DE TECNOLOGIA DA INFORMAO E COMUNICAO NO IFMT .......... 129 7.2 OBJETIVOS DE TIC ............................................................................................ 131 7.3 METAS, AES E INDICADORES DA TIC .............................................................. 132

    CAPTULO VIII POLTICAS E METAS DE AUTOAVALIAO INSTITUCIONAL ................................................ 138

    8.1 APRESENTAO................................................................................................ 138 8.2 PROPOSTA DE AUTOAVALIAO INSTITUCIONAL ................................................ 138

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    8.2.1 OBJETIVO ..................................................................................................... 138 8.2.3 CLIENTELA .................................................................................................... 139 8.3 CONCEPES DE AVALIAO INSTITUCIONAL .................................................... 139 8.4 AVALIAO DAS INSTITUIES DE EDUCAO SUPERIOR ................................... 140 8.5 SISTEMA NACIONAL DE AVALIAO DA EDUCAO SUPERIOR - SINAES ............... 140 8.6 AMPLIAO DA AVALIAO INSTITUCIONAL PARA ATENDIMENTO DA EDUCAO PROFISSIONAL TCNICA DE NVEL MDIO ............................................................... 142 8.7 PRINCPIOS E OBJETIVOS DA AVALIAO INSTITUCIONAL NO IFMT .................... 143 8.7.1 PRINCPIOS DA AVALIAO INSTITUCIONAL ................................................... 143 8.7.2 OBJETIVOS DA AVALIAO INSTITUCIONAL .................................................... 144 GERAL ................................................................................................................... 144 ESPECFICOS ......................................................................................................... 144 8.7.3 METODOLOGIA .............................................................................................. 145 8.7.4 DIMENSES E INDICADORES ......................................................................... 147 8.7.5 OS INSTRUMENTOS DE AUTOAVALIAO ........................................................ 149 8.7.6 ROTEIRO DE ATIVIDADES .............................................................................. 150 8.7.7 METAS .......................................................................................................... 152

    APNDICE 1 ................................................................................................................... 154 PREVISO DE AMPLIAO FSICA PARA O IFMT ................................................................ 154 PLANO DE ACESSIBILIDADE PARA TODOS OS CAMPI DO IFMT ........................................... 167 APNDICE 2 ................................................................................................................... 169 PROJEO DE OFERTA DE VAGAS E MATRCULAS .............................................................. 169 CAMPUS ALTA FLORESTA ............................................................................................... 169 CAMPUS BARRA DO GARAS .......................................................................................... 170 PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS BARRA DO GARAS .............................................. 170 PREVISO DE VAGAS CAMPUS BARRA DO GARAS ....................................................... 172 CAMPUS CCERES ......................................................................................................... 173 PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS CCERES ............................................................. 173 PREVISO DE VAGAS CAMPUS CCERES ...................................................................... 174 CAMPUS CAMPO NOVO DO PARECIS ............................................................................... 175 PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS CAMPO NOVO DO PARECIS ................................... 175 PREVISO DE VAGAS CAMPUS CAMPO NOVO DO PARECIS ............................................ 175 CAMPUS CONFRESA ....................................................................................................... 176 PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS CONFRESA ........................................................... 176 PREVISO DE VAGAS CAMPUS CONFRESA .................................................................... 177 CAMPUS CUIAB ........................................................................................................... 177 PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS CUIAB ............................................................... 177 PREVISO DE VAGAS CAMPUS CUIAB ......................................................................... 179 CAMPUS CUIAB-BELA VISTA ......................................................................................... 182 PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS CUIAB-BELA VISTA ............................................. 182 PREVISO DE VAGAS CAMPUS CUIAB-BELA VISTA ...................................................... 182 CAMPUS JUNA .............................................................................................................. 183 PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS JUNA .................................................................. 183 PREVISO DE VAGAS CAMPUS JUNA ........................................................................... 184 CAMPUS PONTES E LACERDA ......................................................................................... 185 PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS PONTES E LACERDA ............................................. 185 PREVISO DE VAGAS CAMPUS PONTES E LACERDA....................................................... 186 CAMPUS PRIMAVERA DO LESTE ...................................................................................... 187 PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS PRIMAVERA DO LESTE .......................................... 187 PREVISO DE VAGAS CAMPUS PRIMAVERA DO LESTE ................................................... 188 CAMPUS RONDONPOLIS .............................................................................................. 189 PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS RONDONPOLIS .................................................. 189 PREVISO DE VAGAS CAMPUS RONDONPOLIS............................................................ 190 CAMPUS SO VICENTE ................................................................................................... 190

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    PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS SO VICENTE ....................................................... 190 PREVISO DE VAGAS CAMPUS SO VICENTE ................................................................ 191 CAMPUS SORRISO ......................................................................................................... 192 PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS SORRISO ............................................................. 192 PREVISO DE VAGAS CAMPUS SORRISO ...................................................................... 192 CAMPUS VRZEA GRANDE .............................................................................................. 193 PREVISO DE MATRCULAS CAMPUS VRZEA GRANDE .................................................. 193 PREVISO DE VAGAS CAMPUS VRZEA GRANDE ........................................................... 193 PREVISO DE MATRCULAS IFMT ................................................................................. 194 POR MODALIDADE IFMT .............................................................................................. 194 PREVISO DE VAGAS IFMT ........................................................................................... 195 POR MODALIDADE IFMT .............................................................................................. 195 ANEXO 1 ........................................................................................................................ 198 ORGANIZAO DIDTICA ............................................................................................... 199

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    EDUCAR PARA A VIDA E PARA O TRABALHO IFMT

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    Misso do IFMT

    Educar para a vida e para o trabalho

    Viso do IFMT

    Ser reconhecida, at 2019, como uma instituio de excelncia na oferta de educao profissional e tecnolgica

    Valores do IFMT

    tica: (Fundamental para as relaes saudveis)

    Transparncia:

    (Um direito constitucional)

    Profissionalidade: (Na busca contnua pela qualidade)

    Inovao:

    (Utilizando das experincias para focar-se no futuro)

    Empreendedorismo: (Necessrio para manter o propsito)

    Sustentabilidade:

    (Respeitando a sociedade e o planeta)

    Humanidade: (A dignidade da pessoa humana acima de tudo)

    Respeito diversidade:

    (Reconhecemos as diferenas para alcanar a igualdade)

    Incluso: (Diversidade e diferenas tratadas com equidade)

    Democracia participativa: (Por um fazer coletivo)

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    CAPTULO I

    PERFIL INSTITUCIONAL

    1.1 Introduo

    O Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Mato Grosso constitui-se em

    uma autarquia instituda pelo Governo Federal atravs da Lei n 11.892/2008, oriunda dos

    antigos CEFET Cuiab, Mato Grosso e Escola Agrotcnica de Cceres, atualmente possui 14

    campi em funcionamento: Alta Floresta, Barra do Garas, Cceres, Campo Novo do Parecis,

    Confresa, Cuiab Octayde Jorge da Silva, Cuiab Bela Vista, Juna, Pontes e Lacerda,

    Primavera do Leste, So Vicente, Sorriso, Rondonpolis e Vrzea Grande.

    Existem ainda os ncleos avanados, localizados nos municpios de Jaciara, Campo

    Verde, Sapezal, Jauru, e os campi avanados em processo de implantao, sendo eles: Tangar

    da Serra, Diamantino, Lucas do Rio Verde e Sinop.

    Atendendo legislao e a uma demanda social e econmica, o IFMT tem focado sua

    atuao na promoo do desenvolvimento local, regional e nacional, conforme estabelecido no

    artigo 6 da Lei de criao dos IFs:

    [...]ofertar educao profissional e tecnolgica, em todos os seus nveis e modalidades, formando e qualificando cidados com vistas na atuao

    profissional nos diversos setores da economia, com nfase no desenvolvimento socioeconmico local, regional e nacional.

    Desde a sua criao, a Instituio iniciou um processo de expanso que atualmente

    oferta ensino, pesquisa e extenso a aproximadamente 17.800 alunos regulares presenciais em

    todas as regies do estado de Mato Grosso, com previso de que em 2018, chegue a 22 mil

    alunos, segundo o plano de oferta de cursos e vagas contido neste documento.

    Atravs da UAB (Universidade Aberta do Brasil), o IFMT est presente em 15 outros

    municpios do estado, ofertando ensino a distncia para cerca de 900 graduandos em cursos

    superiores e cerca de 6.694 alunos do programa Profuncionrio.

    O IFMT oferta tambm cursos de ps-graduao Lato Sensu e Stricto Sensu, alm de

    programas socais do Governo Federal voltados para a formao profissional e elevao da

    escolaridade de pessoas, inclusive em situao de vulnerabilidade social.

    Diante da estrutura multicampi do IFMT, alguns apresentam especificidades quanto

    sua estrutura e oferta de cursos, como por exemplo, os campi localizados em So Vicente,

    Confresa, Campo Novo do Parecis, Juna e Cceres, que possuem vocao agropecuria,

    possuindo estruturas de escolas-fazenda e, dentre outras caractersticas, mantm alojamento

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    (residenciais estudantis), restaurante e estrutura necessria para receber alunos internos em

    suas sedes. Os demais campi possuem estrutura voltada para a rea de prestao de servios,

    indstria e comrcio.

    O IFMT a principal instituio de educao profissional e tecnolgica do estado de

    Mato Grosso, ofertando ensino em todos os nveis de formao, alm de promover a pesquisa e

    a extenso, estimulando docentes e estudantes atravs de programas que ofertam bolsas para

    desenvolvimento dos projetos. Nos ltimos anos os investimentos cresceram exponencialmente

    nessas reas, sendo direcionados a bolsas-auxlio, a pesquisadores e extensionistas. Os

    programas financiam desenvolvimento das pesquisas e projetos de extenso, conforme

    estabelecido tambm na 11.892/2008:

    Art. 6o Os Institutos Federais tm por finalidades e caractersticas:(...)

    VI qualificar-se como centro de referncia no apoio oferta do ensino de cincias nas instituies pblicas de ensino, oferecendo capacitao tcnica e

    atualizao pedaggica aos docentes das redes pblicas de ensino; VII desenvolver programas de extenso e de divulgao cientfica e tecnolgica;

    VIII realizar e estimular a pesquisa aplicada, a produo cultural, o empreendedorismo, o cooperativismo e o desenvolvimento cientfico e

    tecnolgico; IX promover a produo, o desenvolvimento e a transferncia de tecnologias sociais, notadamente as voltadas preservao do meio ambiente.

    A promoo da incluso social e da acessibilidade tambm se apresenta como metas

    fundamentais do IFMT, estando inclusive definida como tal no estatuto da Instituio, publicado

    no Dirio Oficial da Unio de 04.09.2009:

    Art. 4 - O IFMT, em sua atuao, observa os seguintes princpios norteadores: I - compromisso com a justia social, equidade, cidadania, tica, preservao

    do meio ambiente, transparncia, publicidade e gesto democrtica; II - verticalizao do ensino e sua integrao com a pesquisa e a extenso;

    III - eficcia nas respostas de formao profissional, difuso do conhecimento

    cientfico e tecnolgico e suporte aos arranjos produtivos educacionais, locais, sociais e culturais;

    IV - incluso de pessoas com deficincias e com necessidades educacionais especiais; e

    V - natureza pblica e gratuita do ensino regular, sob a responsabilidade da Unio.

    O IFMT desenvolve funo estratgica no processo de desenvolvimento

    socioeconmico do Estado, na medida em que a qualificao profissional, o incentivo

    pesquisa, os projetos de extenso e as demais aes da Instituio esto diretamente

    relacionados ao aumento da produtividade, inovao nas formas de produo e gesto,

    melhoria da renda dos trabalhadores e na qualidade de vida da populao em geral. Nesse

    sentido, a misso da Instituio est voltada para Educar para a vida e para o trabalho,

    sempre focada no compromisso com a incluso social.

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    1.2 Insero Regional do IFMT

    O Estado de Mato Grosso est localizado na Regio Centro-Oeste do Brasil, ocupando

    uma extenso territorial de 903.357,91 km, tendo como limites: Amazonas, Par (N);

    Tocantins, Gois (L); Mato Grosso do Sul (S); Rondnia e Bolvia (O). Atualmente o Estado

    conta com 141 municpios, distribudos em cinco mesorregies e uma populao estimada pelo

    IBGE (2013) em 3.182.113 habitantes.

    A grande extenso territorial e a ocorrncia de peculiaridades em cada meso e

    microrregies, assim como entre municpios, tm feito com que ocorram ilhas de

    desenvolvimento, geralmente embasadas nas commodities do agronegcio, enquanto outras

    regies encontram-se sem perspectivas de desenvolvimento. Tais diferenas fazem com que o

    ndice de Desenvolvimento Humano IDH dos municpios seja muito discrepante. As diferenas

    podem ser atestadas inclusive atravs dos ndices de Desenvolvimento Humano do Municpio. O

    IDH de Cuiab, capital do estado, por exemplo, de 0,785, enquanto que o de Confresa, no

    nordeste do estado, de 0,668, e o de Campinpolis de apenas 0,538. Apesar dos avanos

    das ltimas dcadas, que elevaram o IDH do estado de 0,449, em 1991, para 0,725, em 20101,

    em termos numricos, 84% dos municpios (119 dos 141 municpios) apresentam IDH abaixo

    do ndice do estado.

    Em face desses fatos apontados, importante que os projetos atuais contemplem a

    multiplicao do acesso educao para, assim, fomentar o desenvolvimento tambm das

    regies menos desenvolvidas.

    Alm da diversidade cultural e socioeconmica, o estado possui tambm grande

    diversidade de ambientes naturais, possuindo trs biomas em sua extenso territorial:

    Amaznia, cerrado e pantanal, nas quais existem 23 unidades de conservao federais, 45

    estaduais, e 35 municipais, distribudas entre reservas, parques, bosques, estaes ecolgicas e

    RPPN (Reserva Particular do Patrimnio Nacional)2.

    A populao indgena totaliza 51.696 habitantes (IBGE, 2014). A maior parte das suas

    naes est concentrada nas mesorregies Norte e Nordeste mato-grossense, distribudas em

    60 reas legalmente protegidas. Nesse cenrio, destaca-se o municpio de Juna, contemplado

    com um Campus do IFMT numa regio que privilegiada com a presena de grande nmero de

    povos indgenas.

    Conforme dados estatsticos do Censo Educacional do ano de 2010, realizado pelo

    IBGE (2014), no Estado de Mato Grosso, h 977.102 alunos, sendo que apenas 115.541 esto

    1 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSITCA Atlas Brasil 2013, Programa das Naes Unidas;

    http://www.cidades.ibge.gov.br/. Acesso em 15/05/2014. 2 SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE MATO GROSSO; 2014. Em: http://www.sema.mt.gov.br/ ;

    acesso em 17/03/2014.

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    matriculados no ensino superior. A maior parte das matrculas ocorre na mesorregio Centro -

    Sul Mato-grossense.

    Em relao alfabetizao, 357.183 pessoas so analfabetas, sendo que grande parte

    encontra-se com mais de 30 anos, o que demonstra a necessidade de intensificar aes

    educacionais para essa populao.

    Mato Grosso destaque quando se trata de Produto Interno Bruto (PIB), apresentando

    um dos melhores desempenhos do Brasil, com um PIB aproximado de R$ 71 bilhes e uma

    renda per capita anual de R$ 23.218,243 (dados de 2011).

    O Agronegcio a grande mola propulsora e o principal responsvel pela elevao do

    PIB e da renda per capita do Estado. Em seguida, destacam-se o comrcio, os servios de

    sade, de educao, seguridade social e as atividades imobilirias.

    Os principais segmentos industriais do Estado so os relacionados a produtos

    alimentcios, fabricao de produtos de madeira, fabricao de combustveis, produo de

    lcool, fabricao de minerais no metlicos e outros4.

    A figura a seguir apresenta a participao das atividades econmicas no PIB de Mato

    Grosso:

    Figura 1: - Participao das atividades econmicas no PIB

    Fonte: IBGE, em parceria com os rgos Estaduais de Estatstica, Secretarias Estaduais do Governo e Superintendncia da Zona Franca de Manaus (2011)

    3 Contas regionais. http://www.ibge.gob.br/estadosat: acesso em 18/03/2014. 4 Portal Mato Grosso. www.mteeseusmunicipios.com.br/ng/. Acesso em 14/03/2014.

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    Pelas consideraes expostas, o territrio de Mato Grosso pode ser analisado como

    uma regio de grande importncia nacional e com potenciais cada vez mais crescentes nos

    campos econmicos, culturais e sociais, reunindo condies de ter um Instituto Federal de

    referncia no Brasil.

    O ideal do IFMT estabelece que a sua funo principal diz respeito produo e

    disseminao do conhecimento. Assim, inerente ao IFMT a difuso da cultura, a investigao

    cientfica, a educao holstica, o ensino das profisses e, finalmente, a prestao de servios

    sociedade mediante o desenvolvimento de atividades de extenso.

    Essa definio torna evidente que o papel do IFMT extrapola o mbito restrito do

    ensino das profisses promovidas em seus cursos. Embora a formao se constitua numa das

    suas funes, a sua misso fundamental refere-se produo do conhecimento, capacidade

    de fazer questionamentos e ao exerccio da criticidade, mediante os quais pode tornar possvel

    o desenvolvimento da capacidade de resposta aos problemas e desafios vivenciados pela

    sociedade em diferentes campos.

    Assim entendida, para que se compreenda a grande responsabilidade social e de

    incluso do IFMT, pela capacitao de trabalhadores e pela formao de profissionais

    qualificados para a atuao no mundo globalizado, oportuno apresentar, sinteticamente, uma

    caracterizao do Estado de Mato Grosso, que se apresenta dividido em microrregies bem

    definidas do ponto de vista socioeconmico.

    Nesse contexto, destaca-se o municpio de Cuiab, que ocupa uma posio geogrfica

    privilegiada, situado no centro geodsico da Amrica do Sul, faz limite com os municpios de

    Chapada dos Guimares, Campo Verde, Santo Antnio do Leverger, Vrzea Grande, Jangada,

    Acorizal e Rosrio Oeste.

    A economia de Cuiab est centralizada no comrcio e na indstria, possuindo o maior

    parque industrial do Estado. O Estado vivencia um crescimento significativo no nmero de

    postos de trabalho, com a abertura de mais de 100 mil novas empresas nos ltimos cinco anos,

    dessas, 84.387 foram no setor do comrcio, 15.670 no de indstria e 2.861 na rea rural.

    Nos ltimos 10 anos, foram geradas em Mato Grosso 304.691 novas vagas de

    empregos formais, um crescimento de 105%, sendo pela ordem de contribuio, 74.228 na

    administrao pblica, 69.679 no setor de servios, 58.697 na indstria, 57.837 no comrcio e

    44.255 no setor rural. No sul do estado predomina a agropecuria, no oeste, a agroindstria,

    com a produo de frutas e a pecuria, com a criao de aves, sunos e bovinos para

    exportao5.

    5 MATO GROSSO. Mato Grosso em Nmeros - 2013. Secretaria de Estado de Planejamento. Cuiab 2010.

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    Em 2008, a administrao pblica, com 143.870 empregados, era o maior setor

    empregador do Estado, correspondendo por 24% do total. O setor rural contribui com 12%. Os

    setores industrial, comercial e o de servios complementam o quadro estadual de empregos

    formais com 64% do total.

    Dado esse panorama, verifica-se a grande demanda educacional que se apresenta ao

    IFMT para o desenvolvimento do Estado, sobretudo em termos de educao tecnolgica e

    profissional.

    Contudo, tem-se discutido de forma bastante significativa a tematizao de aes que

    refletem a insero das Instituies de Ensino no contexto social da comunidade a que est

    inserida. Essa mxima se constitui legtima devido s polticas pblicas difundidas no Brasil nos

    ltimos 10 anos para este fim. O objetivo de se fazer esse chamamento s instituies de

    ensino fomentar o papel das mesmas dentro da perspectiva da responsabilidade social no

    campo da formao. Essa discusso se estende a todas as modalidades de ensino, o que

    acarreta uma anlise criteriosa por parte das Instituies no tocante eleio de polticas de

    Responsabilidade Social para que no se confunda com polticas de assistencialismo.

    Pode-se dizer ento que, dentro do contexto local, regional, nacional e mundial de

    grandes transformaes de paradigmas, o IFMT apresenta-se estratgico para o sistema

    educacional, comprometido com o equilbrio na utilizao dos recursos naturais, bem como

    agente da poltica do desenvolvimento regional do Estado de Mato Grosso.

    Sua funo social, como escola pblica, alarga-se na medida em que atualmente exige-

    se das pessoas a continuidade da formao ao longo da vida, o que implica no desenvolvimento

    de competncias geradoras da capacidade de percepo e expresso na qual o

    cidado/profissional precisa estar no s atualizado em sua rea especfica como tambm em

    relao ao que est acontecendo em seu entorno. Essa concepo de educao inclusiva

    pressupe o comportamento crtico e criativo, audacioso, desencadeador de aes voltadas

    soluo de impasses e problemas do cotidiano.

    1.3 Delimitao Territorial

    A delimitao territorial do IFMT o Estado de Mato Grosso, a partir das atuais

    estruturas dos Campi Alta Floresta, Barra do Garas, Bela Vista, Cuiab, Cceres, Campo Novo

    do Parecis, Confresa, Juna, Pontes e Lacerda, Primavera do Leste, Rondonpolis, Sorriso e So

    Vicente; os ncleos avanados Campo Verde, Pocon, Jaciara, Jauru, Sapezal e os campi

    avanados em funcionamento e em implantao de Tangar da Serra, Diamantino, Lucas do

    Rio Verde e Sinop.

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    Contando com as unidades j implantadas e as em implantao, possvel atender 15

    (quinze) microrregies, com uma populao de aproximadamente 2.706.921 habitantes,

    conforme demonstra o quadro a seguir:

    Tabela 01: Abrangncia Territorial do IFMT

    MUNICPIO

    UNIDADE DE ENSINO

    MICRORREGIO

    POPULAO ABRANGIDA

    Alta Floresta Campus Alta Floresta Alta Floresta (06 municpios)

    100.528

    Cuiab Campus Cuiab - Octayde Cuiab (05 municpios)

    881.902 Cuiab Campus Cuiab - Bela Vista

    Santo Ant. de Leverger Campus So Vicente

    Vrzea Grande Campus Vrzea Grande

    Campo Verde Campus So Vicente Ncleo Avanado de Campo Verde

    Primavera do Leste (02 municpios)

    87. 669

    Primavera do Leste Campus Primavera do Leste

    Cceres Campus Cceres Alto Pantanal (04 municpios)

    134.268

    Pocon Campus Cceres Ncleo Avanado de Pocon

    Barra do Garas Campus Barra do Garas Mdio Araguaia (03 municpios)

    86.222

    Campo Novo do Parecis Campus Campo Novo do Parecis

    Parecis

    (05 municpios)

    82.705 Sapezal Campus Campo Novo do

    Parecis Ncleo Avanado de Sapezal

    Diamantino

    Campus Avanado de Diamantino

    Confresa Campus Confresa Norte Araguaia (14 municpios)

    112.106

    Juna Campus Juna Aripuan (08 municpios)

    148.922

    Jauru Campus Pontes e Lacerda Ncleo Avanado de Jauru

    Jauru

    (12 cidades)

    107.665

    Lucas do Rio Verde Campus Avanado de Lucas do Rio Verde

    Alto do Teles Pires (09 municpios)

    216.084

    Sorriso Campus Sorriso

    Pontes e Lacerda Campus Pontes e Lacerda Alto Guapor (05 municpios)

    68.364

    Rondonpolis Campus Rondonpolis Rondonpolis (08 municpios)

    283.538 Jaciara Campus So Vicente Ncleo

    Avanado de Jaciara

    Sinop Campus Avanado de Sinop Sinop (09 municpios)

    176.041

    Tangar da Serra Campus Avanado de Tangar da Serra

    Tangar da Serra (05 municpios)

    138.202

    TOTAL 2. 624.216

    Fonte: Dados estimativos do IBGE para o ano de 2013.

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    1.4 Histrico dos Campi

    1.4.1 Campus Alta Floresta

    A implantao do campus de Alta Floresta resultante do Plano de Expanso - fase III

    da Rede Federal de Educao Tecnolgica, articulada pelo MEC e os Institutos Federais em

    2010. Em fevereiro de 2013, foi efetuada a doao de uma rea de 60.000 m2, situada

    Rodovia MT 208, lote 143 A, Gleba Alta Floresta, local onde a sede do campus est em

    construo.

    Uma parceria entre a Prefeitura municipal e o IFMT possibilitou a antecipao do

    funcionamento do campus. A partir de junho de 2014, o Campus passa a ofertar, atravs dos

    programas PRONATEC e Mulheres Mil, 240 vagas para matrcula de bolsa-formao. Atravs de

    um estudo, o campus definiu que atuar ofertando cursos dos eixos de Gesto e Negcios,

    Recursos da Natureza e Turismo, Hospitalidade de Lazer. Em maro de 2014, a prefeitura

    assinou um termo de compromisso cedendo um espao provisrio para incio das atividades de

    ensino do IFMT em Alta Floresta.

    O Campus est localizado no extremo Norte do Estado de Mato Grosso. A cidade de

    Alta Floresta possui uma populao aproximada de 49.761habitantes residentes (IBGE/2013), e

    o campus vai atender populao da microrregio de Alta Floresta, que possui populao

    superior a 100 mil habitantes. A sede do municpio est localizada a 835 KM da capital Cuiab.

    Atualmente o municpio est passando por um processo de transio em sua

    economia, existindo uma grande carncia de mo de obra qualificada na rea de agropecuria

    e prestao de servios. A implantao do Campus do IFMT na regio ser fundamental para

    ampliao das perspectivas de produo, qualificao da mo de obra, ampliao da renda e

    melhoria da qualidade de vida da populao em geral.

    1.4.2 Campus Barra do Garas

    O Campus Barra do Garas nasceu do Plano de Expanso da Rede Federal de

    Educao Tecnolgica Fase II do MEC/SETEC, em 2007. Em junho do mesmo ano foi firmado

    o termo de parceria entre as Prefeituras de Barra do Garas-MT, Aragaras- GO e Pontal do

    Araguaia-MT, implantando a unidade polo da Rede de Educao Federal, para atender s

    demandas regionais do Mdio Araguaia, sendo elas voltadas para o Agronegcio, Servios e

    Indstria.

  • INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO 25

    Em 2009, o Campus Barra do Garas recebeu como estrutura fsica uma Escola

    Agrcola doada pelo Municpio de Barra do Garas para o IFMT, com rea total de 365.000 m e

    rea construda de 3.053,54 m, cujas edificaes foram objeto de readequao para atender

    s necessidades do Campus. A essa rea construda somam-se 5.000,00 m do prdio novo,

    em fase de construo. Com a concluso dessa obra, a rea construda total atingir 8.053,54

    m.

    O Campus Barra do Garas foi criado atravs da Portaria n 115, de 29 de janeiro de

    2010, do Ministrio da Educao, publicada no DOU de 01/02/2010, Seo 1, pg. 15, tendo

    por objetivo atender demanda local de mo de obra especializada nos diversos setores da

    economia, compreendidos o comrcio, a indstria, o setor de prestao de servios e as

    instituies pblicas, ofertando cursos nas diversas modalidades previstas pelo Ministrio da

    Educao, de conformidade com as necessidades detectadas junto comunidade local e

    obedecendo ao Plano de desenvolvimento Institucional, na medida da evoluo de sua

    estrutura fsica e de recursos humanos.

    A regio atendida pelo Campus Barra do Garas apresenta, do ponto de vista dos

    agregados econmicos e sociais, bom desempenho. Segundo dados do IBGE, a populao do

    municpio foi estimada no ano de 2010 em 56.560 habitantes. Esse nmero torna-se mais

    expressivo quando consideradas as populaes das cidades vizinhas, as quais compem a

    microrregio atendida pelo Campus. Dentre elas destacam-se as cidades de Pontal do Araguaia

    (MT) com 5.395 habitantes, Aragaras (GO) com 18.305 habitantes, General Carneiro (MT) com

    5.027 habitantes, Torixoru (MT) com 4.071 habitantes, Araguaiana (MT) com 3.197 habitantes

    e Nova Xavantina (MT) com 19.643 habitantes.

    O incio das atividades didticas no Campus se deu em 04/04/2011, oferecendo

    inicialmente os cursos: Tcnico Integrado em Controle Ambiental, no perodo diurno, e Tcnico

    Subsequente em Manuteno e Suporte em Informtica, no perodo noturno.

    Em razo das obras de adequao dos prdios da antiga Escola Agrcola municipal, as

    atividades iniciaram-se em um espao cedido pela Universidade Federal de Mato Grosso

    Campus Araguaia, em Barra do Garas. Entretanto, em 14 de maro de 2012, deu-se a

    mudana para o espao fsico da antiga Escola Agrcola, j adaptado s necessidades do

    Campus Barra do Garas do IFMT.

    Em 2012, foram implantados novos cursos, na modalidade integrado Curso Tcnico

    Integrado de Informtica, Curso Tcnico Integrado de Alimentos, Curso Tcnico Integrado de

    Comrcio, e na modalidade subsequente Curso Tcnico Subsequente de Secretariado.

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    1.4.3 Campus Bela Vista

    O Campus Cuiab - Bela Vista foi inaugurado em 13 de setembro de 2006 e teve

    autorizado o funcionamento pela Portaria Ministerial n 1586, de 15 de setembro de 2006.

    Nesse perodo era denominado como Unidade Descentralizada Bela Vista, sendo uma extenso

    do Centro Federal de Educao Tecnolgica de Mato Grosso (CEFET-MT).

    O Campus possui uma rea total de 70.000 m2, sendo 6.900 m2, e est situado na

    capital do estado, no Bairro Bela Vista, na Avenida Juliano Costa Marques, com Otomo

    Canavarros, em uma regio que possui comunidades com baixo ndice de desenvolvimento,

    com dificuldade para acesso aos servios pblicos bsicos, e tambm bairros vizinhos de classe

    mdia alta, refletindo a realidade de contrastes sociais existentes em praticamente todo o pas.

    Outro aspecto relevante o fato de estar situado em rea de proteo ambiental,

    parque Massairo Okamura, o que permite ter uma vasta rea livre e arborizada. O IFMT

    Campus Cuiab - Bela Vista vem ao encontro do atendimento de uma demanda do pas, com

    intuito de expandir e fortalecer o vnculo do Instituto com a sociedade da qual faz parte.

    O Campus atua na oferta de cursos ligados aos eixos tecnolgicos de Ambiente, Sade

    e Segurana, Controle e Processos Industriais e Produo Alimentcia, atravs da EAD oferta a

    licenciatura em Qumica em 6 (seis) polos nas diversas regies do estado.

    Com o plano de expanso da Rede Federal e Tecnolgica e para atender misso do

    IFMT, o Campus hoje tem sua estrutura e corpo docente e tcnico-administrativo preparados

    para atender aos cursos da educao profissional e tecnolgica, no nvel mdio: Qumica, Meio

    Ambiente e Alimentos; superior: Tecnologia em Gesto Ambiental e Engenharia de Alimentos,

    Licenciatura em Qumica na Modalidade a Distncia e ps-graduao Mestrado em Cincia e

    Tecnologia de Alimentos.

    1.4.4 Campus Cceres

    Fundado em 17 de agosto de 1980, o Campus tem sua origem no programa de

    expanso e melhoria do ensino Tcnico Profissionalizante, com a participao do MEC

    PREMEM, do Governo de Mato Grosso e Prefeitura Municipal de Cceres-MT. Atualmente o

    Campus Cceres uma unidade do IFMT - autarquia do Ministrio da Educao, vinculada

    Secretaria de Educao Profissional e Tecnolgica SETEC/MEC.

    Para o fortalecimento e expanso da rede federal de educao profissional e

    tecnolgica, o governo federal investiu na nova institucionalizao das escolas tcnicas federais,

    criando em 2008 os Institutos Federais de Educao, Cincia e Tecnologia. Em Mato Grosso, a

  • INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO 27

    Escola Agrotcnica Federal de Cceres, conhecida popularmente como escola agrcola, torna-se

    o IFMT- Campus Cceres.

    Localizado no extremo norte do pantanal, margem esquerda do Rio Paraguai, com

    sede no municpio de Cceres, na regio sudoeste do estado de Mato Grosso, o IFMT Campus

    Cceres possui uma rea de 320 ha, onde se encontra a edificao central, composta pela parte

    administrativa e pedaggica da escola.

    Desde sua fundao, o Campus esteve voltado para a rea da agropecuria, tanto que

    no seu espao fsico so realizadas diversas atividades de experimentao nessa rea e suas

    tecnologias, como a produo nos setores de Avicultura, Suinocultura, Piscicultura, Animais

    Silvestres, Apicultura, Bovinocultura de Leite e de Corte, Forragicultura, Equinocultura,

    Olericultura, Culturas Anuais e Fruticultura. Alm dessas reas de produo, a escola oferece

    formao tecnolgica em Agroindstria, Florestas e Informtica e cursos superiores em

    Tecnologia em Biocombustveis e Engenharia Florestal.

    Hoje o IFMT Campus Cceres desenvolve educao tecnolgica e profissionalizante em

    todos os nveis de formao, desde a educao bsica fundamental, com os cursos de

    Formao Inicial e Continuada - FIC - voltados para a formao de jovens e adultos das sries

    iniciais, a cursos tcnicos com formao integrada ao ensino mdio, ps-mdio, graduao e

    ps-graduao.

    Na interface entre ensino, pesquisa e extenso, a instituio desenvolve programas

    voltados para incluso social, educao emancipatria e cidadania, como as aes da Rede

    Nacional de Certificao Profissional - Rede CERTIFIC, Programa Nacional de Acesso ao Ensino

    Tcnico e Emprego - PRONATEC e Programa Mulheres Mil.

    1.4.5 Campus Campo Novo do Parecis

    Criado em 2007 no espao onde funcionava a antiga Escola Agrotcnica Municipal

    Dorvalino Minozzo, o Campus Campo Novo do Parecis funcionou inicialmente como Ncleo

    Avanado ligado ao Campus So Vicente, ambos com vocao de ensino, pesquisa e extenso

    voltados para o setor agropecurio.

    O campus est em uma rea de 73 hectares, localizada na Rodovia MT 235, km 12, na

    Zona Rural do municpio de Campo Novo do Parecis, doada pela Prefeitura. Naquele momento,

    portanto, o CEFET Cuiab instalou uma Unidade de Ensino Descentralizada (UNED) no

    municpio. Com a criao dos Institutos, com o programa de expanso criado pelo governo

    federal a partir da Criao dos IFES, atravs da Lei n 11.892/2011 e do programa de expanso

  • INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO 28

    da rede em 2008, o Ncleo Avanado de Campo Novo do Parecis passou a ter o status de

    Campus do IFMT, ganhando autonomia administrativa.

    Com o funcionamento ligado ao campus So Vicente, a exemplo de Juna e o Campus

    Confresa, Campo Novo do Parecis passou a atuar nos eixos ligados ao setor agropecurio, para

    atender s demandas da regio voltadas para a agricultura empresarial.

    No ano de 2008, a antiga estrutura passou por obras de construo e reformas nas 20

    salas de aula, blocos administrativos, biblioteca, refeitrio, dormitrio, viveiro, unidades de

    produo e outros. Os primeiros servidores da unidade, entre professores e tcnicos

    administrativos, foram selecionados atravs de concurso pblico, no ms de julho de 2008.

    Durante os anos de 2009 e 2010 o campus ampliou consideravelmente sua oferta de

    cursos e vagas, passando a ofertar cursos ligados aos eixos de Recursos Naturais, Gesto e

    Negcios, alm de licenciatura em Matemtica e Ps-Graduao Lato Sensu.

    Na perspectiva da ampliao da oferta e acesso ao ensino pblico profissionalizante, o

    campus expandiu em 2011, criando o Ncleo Avanado de Sapezal. L, passou a oferecer 40

    vagas no curso Tcnico em Comrcio, na modalidade subsequente. Passando a partir de 2012,

    a ofertar tambm de 40 vagas anuais do curso de tcnico em Agropecuria, na modalidade

    subsequente.

    Em 2014, o Campus possui 9 turmas do curso Tcnico Integrado em Agropecuria, 10

    turmas do curso de Agronomia, 4 turmas de Matemtica, 4 turmas de Agroindstria, 1 turma de

    Tcnico em Comrcio PROEJA, 1 turma de Tcnico em Agropecuria Subsequente e 1 turma

    de Tcnico em Comrcio - Subsequente, totalizando uma mdia de 700 alunos matriculados.

    1.4.6 Campus Confresa

    O Campus Confresa foi institudo atravs da portaria n 04, de 06 de janeiro de 2009,

    pelo Ministro do Estado da Educao, tendo por consequncia a portaria 123, de 29 de janeiro

    de 2010, do Ministro do Estado da Educao, publicada no Dirio Oficial da Unio (D.O.U) em

    1 de fevereiro de 2010, seo I p. 15. A construo do prdio ocorreu em terreno doado

    pela Prefeitura e localizado na Avenida Vilmar Fernandes, 300 MT-CEP:78652-000.

    O Campus Confresa insere-se na fase II do plano de expanso da Rede Federal de

    Educao Profissional e Tecnolgica, articulada pelo Governo Federal no ano de 2007.

    Com o funcionamento ligado ao campus So Vicente, a exemplo de Juna e Campo

    Novo dos Parecis, o Campus Confresa passou a atuar nos eixos ligados ao setor agropecurio,

    para atender s demandas da regio voltadas para a agricultura familiar.

  • INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO 29

    Autorizado o funcionamento deste Campus, suas atividades acadmicas tiveram incio

    em abril do mesmo ano, ofertando os cursos da rea de Recursos da Natureza, em especial os

    cursos de Tcnico em Agropecuria, Tcnico em Alimentos integrado ao ensino mdio, e cursos

    superiores em Agronomia, alm das Licenciaturas em Cincias Agrcolas e Cincias da Natureza

    habilitao em Qumica.

    Mesmo sendo projetado para atender demanda produtiva da regio do Araguaia

    Xingu, formando profissionais que atuaro nas reas de produo agroindustrial, o campus

    oferece, tambm, cursos de formao de professores - Licenciatura e Ps-Graduao Lato

    Sensu.

    Pensando em proporcionar formao e qualificao profissional para a regio Araguaia

    Xingu, o Campus Confresa pretende, at o ano de 2015, expandir suas reas de conhecimento

    ofertando, alm dos atuais, os cursos de Tcnico em Controle Ambiental Subsequente,

    Tcnico em Comrcio na modalidade PROEJA, Tcnico em Agroindstria integrado, Cincias

    da Natureza habilitao em Qumica, Fsica e Biologia, bem como os cursos de Especializao

    em Educao do Campo e Ensino de Cincias e incentivo pesquisa e extenso.

    1.4.7 Campus Cuiab Octayde Jorge da Silva

    O hoje Campus Cuiab Octayde Jorge da Silva do Instituto Federal de Educao,

    Cincia e Tecnologia de Mato Grosso IFMT foi criado inicialmente pelo Decreto n 7.566, em

    23/09/1909, com o nome de Escola de Aprendizes Artfices de Mato Grosso (EAAMT) pelo ento

    Presidente da Repblica, Nilo Procpio Peanha, e inaugurado no dia 1 de janeiro de 1910,

    oferecendo o ensino profissional de nvel primrio com os cursos de primeiras letras, de

    desenho e de ofcios de alfaiataria, carpintaria, ferraria, sapataria, selaria e, posteriormente, o

    curso de tipografia.

    Em 1930, a EAAMT passou a vincular-se ao Ministrio da Educao e Sade Pblica e,

    com a instaurao do Estado Novo, o Presidente da Repblica, Getlio Vargas, pela Lei n 378,

    de 13 de janeiro de 1937, transformou as Escolas de Aprendizes Artfices em Liceus Industriais.

    Em 05/09/1941, por determinao do Ministro da Educao e Sade, Gustavo

    Capanema, via Circular n 1.971, assumiu oficialmente a denominao de Liceu Industrial de

    Mato Grosso e, a partir de 1942, passou a oferecer o ensino industrial com os cursos industriais

    bsicos e de mestria de alfaiataria, artes do couro, marcenaria, serralheria, tipografia e

    encadernao.

  • INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO 30

    Ainda na dcada de 1940, o ensino nacional passou por uma reforma, denominada

    Reforma Capanema, em cujo bojo o Liceu Industrial de Mato Grosso transformou-se em Escola

    Industrial de Cuiab (EIC) pelo Decreto-Lei n 4.127, de 25 de fevereiro de 1942.

    Com a expedio da Lei n 3.552, de 16 de fevereiro de 1959, a Escola Industrial de

    Cuiab (EIC) passou a ter personalidade jurdica e autonomia didtica, administrativa, tcnica e

    financeira e o ensino profissional passou a ser oferecido como curso ginasial industrial, que

    passou a ser equiparado a curso de 1 grau do Ensino Mdio pela Lei de Diretrizes e Bases da

    Educao Nacional (LDB) n 4.024, de 20 de dezembro de 1961.

    Em 1965, passou a denominar-se Escola Industrial Federal de Mato Grosso em virtude

    da Lei n 4.759, de 20 de agosto, que qualificava as Universidades e Escolas Tcnicas da Unio

    sediadas nas capitais dos estados como instituies federais e que deveriam ter a denominao

    do respectivo estado.

    Em adequao lei anterior, o Ministro da Educao e Cultura, Tarso Dutra, expediu a

    Portaria n 331, de 17 de junho de 1968, alterando novamente a denominao para Escola

    Tcnica Federal de Mato Grosso (ETFMT), nomenclatura instaurada na memria coletiva do

    povo cuiabano.

    Com a reforma do ensino de 1 e 2 graus (antigo ginasial e colegial), introduzida pela

    Lei n 5.692, de 11 de agosto de 1971, a ETFMT deixou de oferecer os antigos cursos ginasiais

    industriais e passou a oferecer o ensino tcnico de 2 grau, integrado ao propedutico com os

    cursos de Secretariado, Estradas, Edificaes, Eletrnica, Eletrotcnica e Telecomunicaes.

    No ano de 1994, o Presidente da Repblica, Itamar Franco, instituiu o Sistema

    Nacional de Educao Tecnolgica via Lei n 8.948, de 08 de dezembro, que, entre outras

    medidas, transformou as Escolas Tcnicas Federais em Centros Federais de Educao

    Tecnolgica. Porm, a sua implantao ficava submetida expedio de um decreto especfico

    pelo Ministro da Educao, aps aprovao do projeto institucional de cefetizao apresentado

    pela interessada.

    Com a Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996 e Decreto 2.208/97, o ensino

    profissional deixa de ser integrado ao propedutico, a ETFMT implanta a reforma de adequao

    lei e inicia a elaborao do projeto de cefetizao passando a oferecer, separadamente, o

    Ensino Mdio (antigo propedutico) e o ensino profissional de nvel tcnico, ento chamado de

    ps-mdio.

    Aps o projeto de cefetizao da ETFMT ter sido aprovado pelo Ministro da Educao,

    Paulo Renato Souza, finalmente foi expedido o Decreto de 16 de agosto de 2002 e

    publicado no Dirio Oficial da Unio (DOU) em 19 de agosto de 2002, a ETFMT transformou-se

    em Centro Federal de Educao Tecnolgica de Mato Grosso - CEFETMT.

  • INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO 31

    A partir de ento, alm do Ensino Mdio e dos cursos profissionais de nvel bsico e

    tcnico, a instituio passou a oferecer os cursos profissionais de nvel tecnolgico e a ps-

    graduao em nvel Lato Sensu.

    Em 2008, a Lei n 11.892, de 29 de dezembro, institui a Rede Federal de Educao

    Profissional, Cientfica e Tecnolgica e cria os Institutos Federais de Educao, Cincia e

    Tecnologia, transformando em Centro Federal de Educao Tecnolgica de Mato Grosso

    CEFETMT em Campus Cuiab Octayde Jorge da Silva do IFMT.

    O IFMT - Campus Cuiab Cel. Octayde Jorge da Silva tem por finalidade formar e

    qualificar profissionais no mbito da educao profissional tcnica e tecnolgica, nos diferentes

    nveis e modalidades de ensino, para os diversos setores da economia, como realizao de

    pesquisa aplicada e promoo do desenvolvimento tecnolgico de novos processos, produtos e

    servios, em estreita articulao com os setores produtivos e a sociedade, especialmente de

    abrangncia local e regional, oferecendo mecanismos para a formao continuada.

    Verificado o interesse social e as demandas de mbito local e regional, o Campus se

    prope a ofertar os cursos fora da rea tecnolgica e ministrar cursos de Educao a Distncia,

    em todos os nveis de ensino.

    Atualmente, o Campus Cuiab Cel. Octayde Jorge da Silva oferece 29 (vinte e nove)

    cursos de Educao Profissional Tcnica e Tecnolgica, sendo 06 (seis) cursos de graduao

    (Tecnlogo), 01 (um) Bacharelado, 11 (onze) cursos tcnicos de Nvel Tcnico (modalidade

    subsequente), 07 (sete) cursos de Nvel Tcnico (modalidade integrado), 02 (dois) cursos de

    Nvel Tcnico (modalidade Proeja), 01 (um) curso Tecnolgico de Ps-Graduao Lato Sensu.

    Para os cursos superiores, o IFMT Campus Cuiab Cel. Octayde Jorge da Silva oferece

    ainda cursos atravs da Universidade Aberta do Brasil (UAB), o CST em Sistemas para Internet

    em 13 polos nos municpios de Mato Grosso.

    Alm dos cursos regulares, o Campus Cuiab proporciona cursos de extenso e

    desenvolve projetos de pesquisa em vrios segmentos tcnicos e tecnolgicos, envolvendo o

    corpo docente e discente.

    Hoje, o Campus Cuiab Cel. Octayde Jorge da Silva reconhecidamente um

    importante centro de produo e difuso de conhecimento e tecnologias, por meio de

    numerosas atividades de ensino, pesquisa, extenso e ps-graduao.

  • INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO 32

    1.4.8 Campus Juna

    Instalado nas dependncias da antiga Escola Agrcola Sarita Baracat, o Campus Juna

    do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) insere-se na

    Fase II do Plano de Expanso da Rede Federal de Educao Profissional e Tecnolgica, lanada

    em 2007. O Campus surgiu como uma Unidade Descentralizada (UNED) do Centro Federal de

    Educao Tecnolgica de Cuiab (CEFET Cuiab) ainda em 2007. A Lei n 11.892, de 29 de

    dezembro de 2008, instituiu a Rede Federal de Educao Profissional, Cientfica e Tecnolgica e

    criou os Institutos Federais de Educao, Cincia e Tecnologia (IF).

    A Unidade Descentralizada (UNED) de Juna transformou-se no Instituto Federal de

    Educao, Cincia e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) - Campus Juna a partir da Portaria n.

    4, de 06 de janeiro de 2009, e teve sua autorizao de funcionamento pela Portaria n. 119, de

    29 de Janeiro de 2010, publicada no D.O.U. no dia 01 de fevereiro de 2010, desvinculando -se

    do Campus So Vicente e ganhando autonomia administrativa.

    A cidade de Juna considerada polo regional de aproximadamente 15 municpios que

    compem a regio Noroeste do Estado de Mato Grosso, composta por uma populao superior.

    A economia baseia-se prioritariamente na prestao de servios, no comrcio local, no

    extrativismo florestal e beneficiamento de madeira, agricultura familiar, agroindstria e na

    pecuria de corte e leite, que tem grande destaque no desenvolvimento socioeconmico local e

    regional.

    Abrangendo um raio de ao dentro de um espao geogrfico considervel e com

    grande carncia de instituies de ensino tcnico e profissionalizante pblicas, com impacto

    direto sobre uma populao de quase 300 mil habitantes, o campus passou a atuar na oferta de

    cursos para o setor agropecurio, comrcio e servios.

    1.4.9 Campus Pontes e Lacerda

    O Campus Pontes e Lacerda do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de

    Mato Grosso surgiu em meados de 2008, como Unidade Descentralizada (UNED) do antigo

    Centro Federal de Educao Tecnolgica de Mato Grosso (CEFET-MT). Ao final do mesmo ano,

    atravs da Lei n 11.892, foi instituda a Rede Federal de Educao Profissional e Tecnolgica, e

    essa lei transformou a Unidade Descentralizada em Campus. As efetivas atividades no campus

    tiveram inicio no dia 13 de outubro de 2008, com dois cursos Tcnicos Subsequentes ao Ensino

    Mdio (Secretariado e Edificaes). J a inaugurao do Campus s foi oficializada no dia 24 de

    abril de 2009.

  • INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO 33

    O municpio de Pontes e Lacerda, que sedia o Campus, constitui-se em cidade polo de

    uma microrregio do Estado de Mato Grosso denominada Alto Guapor, que abrange, ao todo,

    5 municpios com populao estimada em 68.416 habitantes, segundo dados do Anurio

    Estatstico de Mato Grosso de 2011, divulgados pela Secretaria de Estado de Planejamento e

    Coordenao Geral. O Campus oferece cursos de formao tcnica profissional para atender s

    demandas de toda esta regio e por estar situado na rea de fronteira entre o Brasil e a Bolvia,

    tambm atende a uma crescente demanda de cidados com dupla nacionalidade brasileira e

    boliviana e cidados bolivianos com presena regulamentada no Brasil.

    A economia Pontes-lacerdense tem experimentado, sobretudo na ltima dcada,

    importantes transformaes. Antes voltada quase que exclusivamente para o setor agrcola, em

    especial o da pecuria, agora abrange tambm o setor extrativista, o setor de gerao e

    distribuio de energia eltrica e os setores de comrcio e servios, o que torna o municpio um

    importante polo regional de distribuio de mercadorias e ofertas de servios diversificados.

    Este reposicionamento do foco econmico foi decisivo para definir o Campus Pontes e Lacerda

    como uma Escola de formao profissional voltada para os setores de indstria, comrcio e

    servios.

    Caracterizado como Campus de porte mdio, a responsabilidade atribuda ao Campus

    Pontes e Lacerda, ocasio de sua criao, a de atender cerca de 1.200 alunos. Para tanto, o

    Campus oferta vagas em cursos de diversas modalidades de ensino, como Tcnico Integrado ao

    Ensino Mdio, Tcnico Integrado ao Ensino Mdio na modalidade PROEJA, Tcnico Subsequente

    ao Ensino Mdio, Superior de Tecnologia, Licenciatura e, mais recentemente, apresenta suas

    proposies para oferta de Curso Superior de Tecnologia na modalidade de Educao a

    Distncia.

    Perceber a regio da fronteira oeste do Estado de Mato Grosso, que abriga o Campus

    Pontes e Lacerda, no como uma rea de diviso e de imposio de limites, conceitos

    usualmente atribudos ao termo fronteira, mas sim como uma regio de transio, heterognea

    e acomodadora do diverso, buscando o desenvolvimento dessa regio, como um todo, o

    grande desafio que se coloca ao Campus. Para dar conta de sua misso, o Campus Pontes e

    Lacerda tem buscado manter suas razes firmemente fincadas no solo Pontes-lacerdense, ao

    mesmo tempo em que mantm seus olhos no horizonte.

  • INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO 34

    1.4.10 Campus Primavera do Leste

    No dia 16 agosto de 2011, em cerimnia promovida no Palcio do Planalto, a Presidenta

    da Repblica, Dilma Rousseff, anuncia o Plano de Expanso da Rede Federal de Educao

    Superior, Profissional e Tecnolgica, ocasio na qual a cidade de Primavera do Leste foi

    contemplada para receber um campus do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de

    Mato Grosso IFMT. Ainda em 2011, a Prefeitura Municipal e a Cmara de Vereadores, por

    intermdio da Lei Municipal n 1.261, de 07 de novembro de 2011, promoveram a doao de uma

    rea de 05 (cinco) hectares, para a construo das obras do IFMT em Primavera do Leste, cuja

    escritura de doao foi lavrada no dia 05 de dezembro de 2011.

    No dia 22 de fevereiro de 2013, com a finalidade de agilizar a implantao e o

    funcionamento do IFMT no municpio, foi realizada uma audincia na Secretaria de Educao

    Profissional e Tecnolgica - SETEC do Ministrio da Educao, em Braslia, com a participao do

    secretrio, do reitor do IFMT e do prefeito de Primavera do Leste. Nesta audincia, o prefeito

    props fazer a doao das instalaes onde funcionavam os cursos da Universidade Aberta do

    Brasil - UAB, correspondendo a uma rea de 2,978 hectares, com 9 salas de aula, laboratrio de

    informtica, biblioteca e rea administrativa.

    Diante disso, o prefeito municipal, com o apoio da Cmara Municipal de Vereadores,

    props e aprovou a Lei Municipal n 1.338, de 03 de maro de 2013, doando a rea e as

    instalaes acordadas ao IFMT. No dia 26 de maro de 2013, oficializa-se este propsito com a

    assinatura da escritura pblica de doao dos 2,978 hectares que garantiria a antecipao em pelo

    menos dois anos do incio das atividades do campus do IFMT em Primavera do Leste.

    Em 5 de junho de 2013, o ministro da Educao, por intermdio da Portaria n 475, cria

    o cargo de Direo Geral para o campus Primavera do Leste, visando a constituio parcial da

    estrutura administrativa da nova unidade de ensino. Em 6 de junho de 2013, o reitor do IFMT,

    nomeia pela Portaria n 983, o Diretor Geral "Pr-Tempore" do IFMT campus Primavera do Leste,

    com a misso de proceder a implantao da instituio.

    No segundo semestre de 2013, o campus Primavera do Leste lanou seus primeiros

    editais para a contratao de professores e seleo de alunos para o ano letivo de 2014, com a

    oferta dos Cursos Tcnicos em Eletrotcnica e Eletromecnica, nas modalidades subsequente e

    integrado ao Ensino Mdio, e os Cursos Tcnicos Subsequentes em Eletrotcnica, Edificaes e

    Informtica pelo PRONATEC, totalizando 245 vagas disponibilizadas para a regio.

    O campus Primavera do Leste foi criado pela Portaria Ministerial n 993, de 7 de outubro

    de 2013, Unidade Gestora nmero 158970 e est situado na avenida Santo Antnio, n 1075, no

    bairro Parque Eldorado na cidade de Primavera do Leste MT.

  • INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO 35

    No dia 13 de dezembro de 2013, foi realizada uma solenidade de lanamento da pedra

    fundamental da obra, com capacidade de atendimento para 1.200 alunos, tendo 4.347,57 m de

    rea construda, com 20 salas de aula, biblioteca, auditrio, rea administrativa e estacionamento

    e com um valor estimado em 9,2 milhes de reais. A Aula Magna do campus foi realizada no dia

    10 de fevereiro de 2014.

    1.4.11 Campus Rondonpolis

    A cidade de Rondonpolis localiza-se, geograficamente, na regio sul do estado de

    Mato Grosso, a 210 km da capital, Cuiab, e representa cerca de 0,48% da rea total do

    Estado, com uma rea de 4165 km2, sendo 129,2 km2 de zona urbana e 4035,8 km2 de zona

    rural. Desponta-se como um importante municpio, devido sua privilegiada posio geogrfica,

    determinada pelo entroncamento das BR 364 e 163, e tem como destaques econmicos o

    agronegcio, o comrcio, os servios, a construo civil e um crescente parque industrial. Os

    municpios limtrofes de Rondonpolis so: Juscimeira e Poxoru (Norte), Itiquira e Pedra Preta

    (Sul), Poxoru e So Jos do Povo (Leste) e Santo Antnio do Leverger (Oeste). Tem como

    distrito: Anhumas, Nova Galilia, Boa Vista e Vila Operria.

    Com o objetivo de atender demanda econmica do municpio de Rondonpolis e da

    regio Sul do estado de Mato Grosso e considerando o cenrio estabelecido pela Chamada

    Pblica MEC/SETEC 002/2007, foram realizadas Audincias Pblicas no Municpio, em

    10/05/2007, com a comunidade residente na regio, empresariado e autoridades locais,

    iniciando a construo da identidade institucional do IFMT Campus Rondonpolis. Assim,

    para este incio de trabalho, seu perfil est fundamentado no PDI do IFMT, que dispe as

    razes que justificam a sua existncia.

    A partir das audincias pblicas realizadas, definiram-se 4 eixos temticos: Informao

    e Comunicao, Controle de Processos, Gesto e Negcios e Produo Alimentcia. Dentro

    desses eixos temticos o Campus Rondonpolis passou a ofertar 3 cursos tcnicos de nvel

    mdio integrado e 1 curso tcnico subsequente, sendo eles: Curso Tcnico de Nvel Mdio

    Integrado em Qumica, Curso Tcnico de Nvel Mdio Integrado em Secretariado, Curso Tcnico

    de Nvel Mdio Integrado em Alimentos Modalidade PROEJA e Curso Tcnico de Nvel Mdio

    Subsequente em Manuteno e Suporte em Informtica.

    O lanamento da pedra fundamental do Campus Rondonpolis foi realizado em

    29/12/2008. Nesse perodo iniciou-se o processo de incorporao da rea doada pelo municpio

    ao IFMT com rea total de 52.512,15 m2 e rea construda de 5.200 m2. Em 14/03/2011,

    ocorreram as aulas inaugurais dos cursos Tcnicos de Nvel Mdio Integrado em Qumica, Curso

    Tcnico de Nvel Mdio Integrado em Secretariado, Curso Tcnico de Nvel Mdio Integrado em

  • INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO 36

    Alimentos Modalidade PROEJA e Curso Tcnico de Nvel Mdio Subsequente em Manuteno e

    Suporte em Informtica.

    Em 2012, o quadro de servidores j apresentava 40 profissionais, sendo 24 docentes e

    16 tcnicos administrativos. Em 2013, foram concludas as obras da guarita, o fechamento da

    rea do Campus, construo da calada externa, poo artesiano e os laboratrios de qumica,

    fsica, biologia, alimentos e informtica. Em 2014, o Campus contava com 40 docentes e 37

    tcnicos administrativos e a biblioteca j dispunha de um acervo de aproximadamente 3150

    obras. Maio de 2014, foi inaugurada a quadra poliesportiva, dispondo de uma rea de 1644,19

    m2.

    1.4.12 Campus So Vicente

    O Campus localiza-se na Serra de So Vicente, no municpio de Santo Antnio do

    Leverger. Foi institudo oficialmente pelo Decreto n 5.409, do dia 14 de abril de 1943, o

    Aprendizado Agrcola Mato Grosso, com capacidade para 200 alunos de nvel primrio,

    passando a ser referncia de formao agrcola.

    Em 05 de novembro de 1956, passou Escola Agrcola Gustavo Dutra, e em 13 de

    fevereiro de 1964, a Ginsio Agrcola Gustavo Dutra, quando ento oferecia na sua matriz

    curricular o nvel mdio de ensino, e o curso ginasial, com destaque para o ingresso da primeira

    turma do gnero feminino.

    Em maro de 1978 passou a oferecer o curso Tcnico em Agropecuria integrado ao

    Ensino Mdio, transformando a realidade social da regio, atraindo ainda mais estudantes e

    famlias de todo o Estado de Mato Grosso e regies vizinhas, que somado aos j moradores,

    internos e funcionrios da escola, compuseram a comunidade e mesmo a Vila de So Vicente.

    Em 04 de setembro de 1979, a instituio passou a chamar-se Escola Agrotcnica

    Federal de Cuiab-MT, nome que divide mrito com Escola Agrcola de permanecer forte no

    imaginrio e memria coletiva da sociedade mato-grossense.

    Outra etapa que demarca grandes mudanas institucionais foi a criao, no ano de

    2000, do curso superior de Tecnologia em Alimentos. A partir de 2002, passou a ser uma

    autarquia institucional autnoma, sendo denominado Centro Federal de Educao Tecnolgica

    de Cuiab (CEFET CUIAB), passando a oferecer cursos nos nveis mdio e superior (graduao

    e ps-graduao), nas modalidades integrada, subsequente e PROEJA.

    A partir de 29/12/2008, passa a integrar o IFMT, tendo recebido em 07/01/2009 a

    denominao de Campus So Vicente, ampliando o ensino agropecurio oferecido at ento na

    Serra de So Vicente (Tcnico em Agropecuria e Curso Superior de Bacharel em Zootecnia) e

    abrindo dois ncleos avanados, um no Municpio de Campo Verde, onde mantm Cursos

  • INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO 37

    Tcnicos de Informtica e de Alimentos, e Superiores de Tecnologia em Alimentos, de Anlise e

    Desenvolvimento de Sistemas e de Bacharel em Agronomia. O outro ncleo avanado firma-se

    no municpio de Jaciara, onde est o polo de licenciaturas em convergncia com o centro

    vocacional tecnolgico, ambos em parcerias com as respectivas prefeituras, com o Ministrio da

    Educao e o Ministrio de Cincia e Tecnologia.

    1.4.13 Campus Vrzea Grande

    O Campus de Vrzea Grande do IFMT foi criado pela Portaria Federal de 07 de outubro

    de 2013 (D.O.U 08/10/2013), fazendo parte do Plano de Expanso da Rede Federal de

    Educao Tecnolgica, em sua fase III. A demanda originria partiu da Prefeitura Municipal de

    Vrzea Grande, em maro de 2011, tendo sido oficializada por meio de um documento datado

    de 07 de maro de 2011. Em 2012, o Governo Federal inseriu o Municpio de Vrzea Grande no

    programa de expanso da Rede Federal de Educao Profissional.

    A demandante doou uma rea, para a implantao do campus, de 100.000 m,

    localizada no bairro Chapu do Sol, tendo a escritura do terreno sido registrada oficialmente em

    nome do Instituto Federal de Mato Grosso em julho de 2013.

    As obras para implantao do campus foram licitadas em novembro de 2013 e a

    ordem de incio de servios foi emitida em janeiro de 2014, com prazo de execuo previsto em

    18 meses.

    A priori, tendo em vista a necessidade da implantao imediata de cursos, o IFMT

    Vrzea Grande ir estabelecer-se, at que as obras sejam finalizadas, em um prdio cedido pela

    Prefeitura Municipal de Vrzea Grande, composto por 11 salas de aula, das quais 5 sero

    utilizadas para este fim e as outras 6 salas comporo o setor administrativo e apoio pedaggico,

    laboratrio de informtica e biblioteca.

    O IFMT Vrzea Grande se insere na regio metropolitana de Cuiab, a qual abriga

    uma populao de 832.710 habitantes (IBGE, 2014), dos quais 32% residem em Vrzea

    Grande.

    Seguindo as tendncias demonstradas em relatrios e pesquisas econmicas, os eixos

    tecnolgicos a serem trabalhados pelo campus de Vrzea Grande sero os de Infraestrutura

    Aeroporturio e Construo Civil e o de Gesto de Negcios. O Campus inicia suas atividades

    em junho de 2014, atravs da oferta de 100 vagas para cursos do programa

    PRONATEC/Mulheres Mil.

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    1.4.14 Campus Sorriso

    O Campus Sorriso do IFMT teve su