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LevosimendanUtilização em cirurgia cardíaca
Paulo Neves
26/02/2013
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Introdução
• Fármaco utilizado na prática clínica desde 2000
• É um dos agentes inotrópicos mais bem estudados de
sempre
• 83 RCT’s publicados
• Mais de 150 referências em artigos/ano
• ¼ em contexto perioperatório
• Utilização limitada devido ao elevado custo
• Necessidade de definir end-points adequados na
metodologia dos RCT’s
• No tratamento da ICC aguda, parece ser cost-effective*
*Lucioni C, D'Ambrosi A, Mazzi S, Pollesello P, Apajasalo M, Fedele F. Economic evaluation of levosimendan versus dobutamine for the treatment of acute heart failure in Italy. Adv Ther. 2012 Dec;29(12):1037-50.
Introdução
Mecanismo de acção
Efeitos documentados
Posologia
Indicações
Timing de administração
Associações
Notas finais
Limitações
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Mecanismo de acção
• Efeito sensibilizador do cálcio no miofilamento
cardíaco
• Efeito pleiotrópico:• Activação de canais de K+ de células de músculo liso (efeito
vasodilatador)
• Activação de canais de cálcio na mitocôndria do miócito cardíaco
• O seu metabolito (OR-1896) permite que a acção
cardioprotectora se mantenha por 7-9 dias após a
perfusão de 24h
Introdução
Mecanismo de acção
Efeitos documentados
Posologia
Indicações
Timing de administração
Associações
Notas finais
Limitações
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Efeitos documentados
Único agente inotrópico que reduz a mortalidade
no doente crítico:
Aumento do débito cardíaco
Melhoria da disfunção diastólica
Evita a apoptose
Efeito anti-inflamatório
Acção mais evidente em contexto perioperatório de
cirurgia cardíaca
Não existe ICC terminal, mas antes um estado
temporário de stunning miocárdico
Introdução
Mecanismo de acção
Efeitos documentados
Posologia
Indicações
Timing de administração
Associações
Notas finais
Limitações
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Posologia
Esquema posológico habitual:Bólus + perfusão 24h
Toller W, Algotsson L, Guarracino F, Hörmann C, Knotzer J, Lehmann A, Rajek A, Salmenperä M, Schirmer U, Tritapepe L, Weis F, Landoni G. Perioperative Use of Levosimendan: Best Practice in Operative Settings. J Cardiothorac Vasc Anesth. 2012 May 30.
Introdução
Mecanismo de acção
Efeitos documentados
Posologia
Indicações
Timing de administração
Associações
Notas finais
Limitações
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Posologia
• O bólus deve ser evitado quando a TAS < 100 mmHg
com noradrenalina em perfusão e fluidoterapia
optimizada
• O NNT aumenta quando é feito o bólus – hipotensão?
• A perfusão não deve ultrapassar as 24h
• Os 1os efeitos são observados após 2h; 4h após o início
o ritmo da perfusão pode ser ajustado
• O fármaco pode ser utilizado repetidamente, mas não
antes de 3 dias
Introdução
Mecanismo de acção
Efeitos documentados
Indicações
Timing de administração
Associações
Notas finais
Limitações
Posologia
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Indicações
Indicações
Má função do VE pré-op (<35%)
Doentes de risco elevado (op emergente; ICC descompensada)
Dificuldade em sair de CEC
Doentes programados para suporte mecânico (BIA, LVAD)
Síndrome de baixo débito cardíaco pós-op
Introdução
Mecanismo de acção
Efeitos documentados
Posologia
Indicações
Timing de administração
Associações
Notas finais
Limitações
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Indicações
Pré-requisitos para eficácia e segurança máximas
Optimização do equilíbrio hidroelectrolítico
Cristalóides/ colóides para atingir a euvolémia
K+ > 4 mEq/L
Monitorização invasiva
Essencialmente nas 1as horas
Iniciar NORA se TAS <90 mmHg e euvolémia
Optimização terapêutica
Reduzir diuréticos
Manter β-bloqueadores sempre que possível
Utilizar o bólus se:
Necessidade de efeito imediato (intra-op)
Estado de hipervolémia
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Efeitos documentados
Posologia
Timing de administração
Associações
Notas finais
Limitações
Indicações
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Administração pré-operatória
Utilizar em casos selecionados:
Doentes com BIA pré-op
Falência orgânica
FEVE < 25%
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Efeitos documentados
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Indicações
Associações
Notas finais
Limitações
Timing de administração
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Administração pré-operatória
• A perfusão pode ser iniciada 6 a 48 horas antes da
cirurgia
• Monitorização invasiva:
• Suspender se hipotensão e ausência de resposta a NORA
+ fluidoterapia
• Objectivos:
• Optimização do débito cardíaco pré-op
• Estabilização do doente
• Efeito cardioprotector
• Custos elevados…
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Notas finais
Limitações
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Administração intra-operatória
Pré-CECDurante a
CECApós saída
de CEC
Evitar o bólus
(hipotensão)
Após indução
anestésica
Utilizar o bólus antes de sair de
CEC, para optimizar o efeito
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Administração pós-operatória
• Em situações de síndrome de baixo débito cardíaco
• Utilizar, sempre que possível, o bólus
• Evitar:
• Utilização como último recurso
• Utilização quando falência multi-orgânica
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Posologia
Indicações
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Notas finais
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Associações
• Associação benéfica com esmolol e carvedilol,
potenciando aumento do débito cardíaco*1
• A utilização em associação com dobutamina é possível
e segura*2
• Não associar com IECA’s e nitratos – agravamento da
hipotensão*3
*1Alhashemi JA: Treatment of cardiogenic shock with levosimendan in combination with beta-adrenergic antagonists. Br J Anaesth 2005
95:648-650
*2Nanas JN, Papazoglou PP, Terrovitis JV, Kanakakis J, Dalianis A, Tsolakis E, Tsagalou EP, Agrios N, Christodoulou K, Anastasiou-Nana MI. Hemodynamic effects of levosimendan added to dobutamine in patients with decompensated advanced heart failure refractory to
dobutamine alone. Am J Cardiol. 2004 Nov 15; 94(10):1329-32
*3Sundberg S, Lehtonen LHaemodynamic interactions between the novel calcium sensitiser levosimendan and isosorbide-5-mononitrate in healthy subjects.
Eur J Clin Pharmacol. 2000 Feb-Mar; 55(11-12):793-9
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Notas finais
• Está documentado o aumento de débito cardíaco
associado ao levosimendan
• O levosimendan não aumenta o consumo de O2, não
aumenta a apoptose, não potencia o aumento do EAM
e não causa arritmias ventriculares, como os outros
inotrópicos
*Alhashemi JA: Treatment of cardiogenic shock with levosimendan in combination with beta-adrenergic antagonists. Br J Anaesth 95:648-650, 2005
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Limitações
• Faltam estudos de custo-efectividade no âmbito da
sua utilização em cirurgia cardíaca, com end-points
adequados, que documentem:
• Diminuição dos gastos totais em internamento
• Diminuição da mortalidade, quando comparado
com outros fármacos, tal como a dobutamina
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LevosimendanUtilização em cirurgia cardíaca
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