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PAULO MENDES DA ROCHA

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PAULO MENDES DA ROCHA

“Acho que a arquitetura brasileira tem o seu valor universal. Temos a obrigação de fazer um raciocínio peculiar, porque apesar de sermos

‘europeus’, somos nós que estamos aqui. O que está por trás disto, e é fundamental, é a questão de termos uma visão erótica sobre a vida, ou seja, uma visão de vida desejável, não de uma carga a ser vivida; uma

visão que por mais amarga que possa ser para um homem, consciente da pobreza de sua individualidade, do efêmero, consegue ainda ser erótica

com a questão da humanidade, da formação da linguagem e da monumentalidade de sermos o produto de nós mesmos. Acho que isto

transparece nos projetos, talvez muito mais na arquitetura de Oscar Niemeyer, que é simbolista por excelência, como se fosse um sublime

inventor!” [1]

[1] Paulo Mendes da Rocha, “Entrevista com o arquiteto Paulo Mendes da Rocha - Novembro/90”, in Caramelo, nº1, 1990, p.34.

BIOGRAFIA• Nasceu em Vitória, no Espírito Santo, em 1928;

• Filho do engenheiro de portos e vias navegáveis Paulo

Menezes Mendes da Rocha (1887 - 1967);

• Formou-se na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo na

Universidade de Mackenzie, SP, em 1954;

• Começou a lecionar na Faculdade de SP em 1959;

• Em 1955 abre seu escritório em São Paulo;

• Sua arquitetura foi influenciada por Vilanova Artigas desde

seu primeiro grande projeto aos 29 anos, Ginásio do Clube

Atlético Paulistano.

CONCURSOS• Finalista premiado para o anteprojeto do Central Cultural Georges Pompidou, em Paris;

• Indicado ao I Prêmio Mies van der Rohe de Arquitetura Latino-Americana;

• Vencedor do Pritzker, prêmio máximo da arquitetura mundial, em 2006.

• Prêmio “Trayectoria Profesional”, recebido na I Bienal Ibero americana de Arquitecturay Ingeniería Civil, Madrid em 1998;

• Prêmio “Ministério da Cultura”;

• Prêmio “Vitrúvio99” de Arquitetura Latino Americana;

• II Prêmio Mies van de Rohe de Arquitetura Latino Americana em Barcelona (2000);

OBRAS• 1957 - Ginásio do Clube Atlético Paulistano, São Paulo• 1965 - Edifício Guaimbê, Localizado na Rua Haddock Lobo no bairro dos Jardins em São Paulo.• 1969 - Pavilhão brasileiro da Feira Internacional de Osaka, Japão, juntamente com Flávio Motta, Júlio Katinsky e Ruy Ohtake, demolido.• 1973 - Estádio Serra Dourada em Goiânia• 1975 - Museu de Arte Contemporânea da USP (com Jorge Wilheim), São Paulo, não construído• 1986 - Museu Brasileiro da Escultura (MUBE), São Paulo• 1987 - Capela de São Pedro Apóstolo, construção anexa ao Palácio Boa Vista, Campos do Jordão• 1989 - Museu de Arte de Campinas• 1989/1990 - Casa Gerassi• 1988/1999 - Reforma da Pinacoteca do Estado de São Paulo• 1996/1998 - Reforma do Centro Cultural da FIESP, São Paulo, com a colaboração dos escritórios MMBB e SPBR [1]• 1998 - Edifício do serviço estadual Poupatempo no bairro de Itaquera, em São Paulo, juntamente com o escritório MMBB.• 2002 - Projeto para uma cobertura sobre a Galeria Prestes Maia, na Praça do Patriarca em São Paulo• 2006 - Intervenção e reforma da Estação da Luz, em São Paulo e projeto do Museu da Língua Portuguesa naquele local• 2008 - Novas instalações do Museu Nacional dos Coches nos terrenos das antigas Oficinas Gerais do Exército, na zona de Belém, em Lisboa.• 2010 - Início da construção do seu projeto "Cais das Artes", localizado em Vitória, sua cidade natal.

ARQUITETURASua obra é dita por alguns como caracterizada por um "raciocínio de pórticos e planos". Em vários de seus projetos, a plena configuração espacial se dá através de um rápido jogo estrutural, promovido pelo domínio compositivo de elementos construtivos tradicionais (pilares e vigas, assim como paredes simples e lajes).

Os projetos nos quais mais se torna clara esta característica são os do Museu Brasileiro de Escultura, da loja Forma e de algumas residências.

Apesar da influência visível dos já citados Mies van der Rohe e Artigas, Paulo Mendes da Rocha é aclamado por alguns como um legítimo mestre quando lida com esta linguagem.

A preocupação primordial com o conteúdo orienta o modo de trabalho do arquiteto. Sua produção não começa pelos desenhos, ou pelas maquetes, constantes nos trabalho do arquiteto, tem início na reflexão.

“Ele é capaz de passar duas semanas analisando, debatendo... E só

depois partir para a prancheta”, revela Milton Braga.

NOVA GALERIA LEME

Logo ao entrar pela porta principal da nova Galeria Leme, depara-se com o teto inclinado, onde uma fenda permite a entrada da luz natural. Aí não restam mais dúvidas, reconhece-se a “velha” Galeria Leme.

Um verdadeiro tributo à arquitetura Brutalista.

CASA BUTANTÃ

A Casa Butantã, na verdade são duas casas gêmeas, com estrutura e planta praticamente iguais, projetadas pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha para si mesmo e para sua irmã, no bairro Butantã em São Paulo. A estrutura modulada com detalhamento mínimo: um só caixilho para todas as aberturas, o sistema estrutural simples com apenas quatro pilares, duas vigas mestras e lajes nervuradas são índices da racionalidade que o arquiteto imprimiu a este projeto.

CASA GERASSI

Esta casa foi projetada por Paulo Mendes da Rocha para a família do engenheiro Antônio Gerassi. Localizada em São Paulo, a residência destaca-se por sua estrutura formada por peças pré-fabricadas de concreto armado e protendido, formada por vigas, pilares e lajes.

PINACOTECA

O projeto de reforma do edifício do antigo Liceu de Artes de Ofícios, do século XIX (1887-1900 de autoria do escritório Ramos de Azevedo), envolveu os arquitetos Paulo Mendes da Rocha, Eduardo Colonelli e Wellington Torres e o artista plástico Emanoel Araújo que estava à frente da direção da Pinacoteca na ocasião. O objetivo era instalar naquele espaço as novas dependências do museu artístico mais antigo de São Paulo. A intervenção previu ainda a consolidação das estruturas em alvenaria que estavam desgastadas e a valorização dos elementos originais da arquitetura da construção.

MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA

Um museu de grande escala, à imagem da tipologia da estação, assim pode ser definido o Museu da Língua Portuguesa implantado na Estação da Luz, de autoria de Pedro e Paulo Mendes da Rocha. A intervenção dos arquitetos em um prédio histórico, tombado e que ainda mantinha seu uso como estação de trem, foi um desafio que resultou em um dos espaços mais interessantes para se visitar em São Paulo, tanto pela proposta do museu interativo, como pelas soluções arquitetônicas realizadas.

CAIS DAS ARTES

Como um navio de 150 metros de comprimento e 20 metros de altura, o Cais das Artes marca a Enseada do Suá, dialogando com a cidade e o mar. A paisagem exuberante da Baía e o Porto de Vitória, terra natal de Paulo Mendes da Rocha, serviram de inspiração para o projeto que é constituído por um museu e um teatro. A principal preocupação do arquiteto foi em preservar a vista para o mar e para tanto, suspendeu os edifícios do solo. O projeto foi um dos destaques da Bienal de Arquitetura de Londres.

LIVROS RECOMENDADOS

Paulo Mendes Da Rocha - Vol. 1 (Projetos De 1957 A 1999)

Paulo Mendes Da Rocha – Vol. 2 (Projetos De 1999 A 2006)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista. Acessado em: 10/11/12.

• Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Mendes_da_Rocha. Acessado em: 10/11/12.

• Disponível em: http://nuances-oslugaresdaarquitectura.blogspot.com.br/2003/11/o-universo-segundo-paulo-mendes-da.html. Acessado em: 11/11/12.

• Disponível em: http://www.wikiarq.com/profissionais/paulo-mendes-da-rocha/. Acessado em: 11/11/12.

• Vídeo disponível em: http://gnt.globo.com/nostrinques/noticias/Paulo-Mendes-da-Rocha-mostra-algumas-de-suas-obras-arquitetonicas.shtml. Acessado em: 11/11/12.