PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO...

97
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO: ESTUDO DE BASE POPULACIONAL ISACamp 2014/15 CAMPINAS 2017

Transcript of PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO...

Page 1: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

1

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS

PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI

COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO: ESTUDO DE BASE POPULACIONAL ISACamp 2014/15

CAMPINAS

2017

Page 2: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

2

PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI

COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO: ESTUDO DE BASE POPULACIONAL ISACamp 2014/15

Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do título de mestra em Saúde Coletiva na área de concentração Epidemiologia.

ORIENTADORA: Profa. Dra. Margareth Guimarães Lima

ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VERSÃO FINAL DA DISSERTAÇÃO DEFENDIDA PELA ALUNA

PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI, E ORIENTADA PELA PROFA. DRA. MARGARETH GUIMARÃES

LIMA

CAMPINAS

2017

Page 3: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

3

Page 4: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

4

A ata de defesa com as respectivas assinaturas dos membros da banca

examinadora encontra-se no processo de vida acadêmica do aluno.

Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências

Médicas da Universidade Estadual de Campinas

Page 5: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

5

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à minha família, que sempre se

manteve presente e me apoiou em tudo que foi necessário

com todo amor, carinho e atenção. Sem eles eu não teria

conseguido. Dedico também aos meus amigos, por

compreenderem as minhas inúmeras ausências. Dedico à

Milena por ser minha base enquanto minha família não

podia estar de corpo presente para me apoiar nas

dificuldades que encontrei. E por fim, dedico a Deus por

iluminar o meu caminho.

Page 6: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

6

AGRADECIMENTOS

Agradeço todos os voluntários e entrevistadores que disponibilizaram o seu

tempo para tornar esta pesquisa possível.

Agradeço as amigas que ganhei nesta caminhada acadêmica. Foram muitos

momentos de luta, conquistas e troca de conhecimento. São pessoas que

tornaram esse momento mais agradável.

Devo agradecimentos especiais à minha orientadora Margareth Guimarães

Lima, por toda sua competência, seu ensinamentos, carinho e paciência. Hoje é

uma grande amiga. Agradeço também a dedicação da Professora Marilisa,

principalmente por tem me recebido de braços abertos em seu grupo. O amor

delas pela pesquisa nos encanta.

Agradeço meus amigos Elisângela Silva e Wagner Zeferino por serem o

diferencial na minha graduação, me impulsionando sempre com muito carinho e

atenção. Eles me mostraram os melhores caminhos a serem trilhados enquanto

profissional e também enquanto pessoa. Foram muito importantes no meu

crescimento.

Agradeço ao Guilherme (Gui), pela amizade e parceria. Ele foi um presente nesta

jornada!

Agradeço aos membros da banca de qualificação e defesa. A experiência de

cada uma de vocês fez deste trabalho ainda melhor.

Agradeço imensamente a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

juntamente com a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) por me abrir as portas

e ter participação direta no meu crescimento acadêmico.

Agradeço a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior –

CAPES pela concessão da bolsa de estudos possibilitando toda dedicação a

pesquisa.

E por fim, agradeço meus pais Laércio e Lúcia, que mesmo sem compreender

completamente o real significado de uma pós graduação, sempre acreditaram

em mim e na minha escolha, mesmo que acompanhada de muita saudade

reflexo da distância. Cada vez que pensei em desistir, me lembrava do quanto

lutaram para que meus sonhos se tornassem realidade. E esse é um deles.

Page 7: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

7

Epígrafe

“A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, mas pensar o que ninguém ainda pensou sobre aquilo que todo mundo vê.”

Arthur Schopenhauer

Page 8: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

8

RESUMO

INTRODUÇÃO: O sedentarismo tem sido definido como o acúmulo de

atividades equivalentes a um gasto energético inferior a 1,5 METs. O

comportamento sedentário tem forte associação com a mortalidade por todas as

causas e com a redução da esperança de vida. OBJETIVO: Esta pesquisa teve

como objetivo geral traçar o perfil de indivíduos sedentários por meio do tempo

assistindo TV, e do tempo sentado gasto em outras atividades, nos adultos

residentes na cidade de Campinas, SP. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de

um estudo transversal de base populacional que analisou dados do Inquérito

ISACamp 2014/15. As variáveis dependentes da pesquisa foram: tempo total

diário gasto sentado, excluindo o tempo assistindo TV; e, separadamente, o

tempo assistindo TV, categorizado em (1) 0 a 4 horas e (2) 5 horas ou mais

durante a semana, sendo mensurada por meio do IPAQ. As variáveis

independentes foram: Variáveis demográficas (sexo, faixa etária, cor da pele,

situação conjugal e religião; variáveis socioeconômicas (escolaridade, plano de

saúde, número de indivíduos no domicílio, renda per capta, ocupação e número

de filhos); comportamentos relacionados à saúde (atividade física de lazer,

transporte, doméstica e ocupacional; tabagismo; ingestão de bebida alcoólica e

consumo abusivo de bebida alcoólica [AUDIT]). Foram feitas estimativas de

prevalência e intervalos de confiança de 95% do maior tempo gasto sentado

(com uso dos dois indicadores) segundo variáveis independentes. As

associações entre variáveis categóricas foram analisadas pelo teste qui-

quadrado. Também foi utilizada a regressão de Poisson para estimar razões de

prevalência. Foi construído um modelo final por meio do método Stepwise.

RESULTADOS: A pesquisa avaliou 1.865 adultos, sendo 52,3% (n=1.065) do

sexo feminino e 48% (n=800) do sexo masculino, com média de idade de 43,7

anos. A média diária do tempo gasto assistindo TV foi de 2,9 horas e do tempo

gasto no total sem TV também foi de 2,9 horas. Na primeira etapa do modelo

final observa-se maior prevalência do domínio de tempo de TV > 5 horas nas

pessoas desquitadas, separadas, divorciadas e viúvas em relação aos casados;

e o maior comportamento sedentário neste domínio esteve presente nos

indivíduos com renda > 3 salários mínimos. Observou-se que ser solteiro, ser do

Page 9: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

9

sexo feminino e estar incluído no maior nível de escolaridade (RP=2,05) se

associou com o maior tempo sentado em outras atividades; e menor prevalência

neste domínio foi encontrada nos idosos. Na etapa 2, ser inativo no lazer

(RP=1,30) e apresentar consumo de risco para bebida alcoólica (AUDIT)

(RP=1,43) esteve associado com o maior tempo assistindo TV. E o tempo

sentado em outras atividades foi quase três vezes maior nos inativos no trabalho

(RP=2,79). CONCLUSÃO: Este estudo permitiu concluir que os indicadores de

comportamento sedentário, comumente usados por pesquisadores, de tempo

gasto assistindo TV e tempo sentado gasto em outras atividades revelaram

resultados distintos. Atenção especial deve ser direcionada para os subgrupos

populacionais que apresentam maior comportamento sedentário no domínio de

TV, considerando as associações com o menor estrato social e com outros

comportamentos não saudáveis.

Palavras chave: Estilo de vida sedentário; telespectadores; inquéritos demográficos.

Page 10: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

10

ABSTRACT

INTRODUCTION: Sedentary is commonly defined as amount of activities that

corresponds to an energy expenditure less than 1, 5 Metabolic Equivalent of Task

METs. Sedentary behavior has a strong association with all-cause mortality and

reduced life expectancy. OBJECTIVE: The aim of this research was to analyze

the sedentary behavior by evaluating the time spent watching TV and other sitting

activities (excluding TV) of adults living in the city of Campinas, SP. MATERIAL

AND METHODS: This was a cross-sectional population-based study that

analyzed data from the ISACamp 2014/15 Survey. The two dependent variables

of the research were: the total daily time spent sitting, without watching TV; and

TV watching time, categorized in (1) 0 to 4 hours and (2) over 5 hours during the

week, measured using IPAQ. The independent variables were: Demographic

variables (sex, age, skin color, marital status and religion), socioeconomic

variables (schooling, health plan, number of individuals at home, per capita

income, occupation and number of children), related behaviors (leisure , transport

and domestic physical activities, smoking, alcoholic and beverage consumptions

[AUDIT]). Prevalence estimates and confidence intervals of 95% of the most time

spent sitting were evaluated according to the independent variables. The

associations among categorical variables were analyzed by the chi-square test.

The Poisson regression was also used to estimate the prevalence ratios and a

Stepwise model were determined. RESULTS: The study evaluated 1,865 adults,

in which 52.3% (n = 1,065) were females and 48% (n = 800) males with mean

age of 43.7 years. The average daily time spent watching TV was detected as

2.9 hours; and the total sitting time spent without TV was 2.9 hours, resulting in

a total average sitting of 5.8 hours. In the first stage of the final model, a greater

prevalence of the TV time domain > 5 hours was observed for people who were

separated, divorced or widowed. The greater sedentary behavior in this domain

was among individuals with family per capita income > 3 minimum wages. It was

observed that being single, being female and included in the highest educational

level (PR = 2.05) has joined with the longest time sitting in other activities and the

lowest prevalence in this area was found for the elderly.

Page 11: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

11

In stage 2, to be idle at leisure (RP = 1.30) and presenting alcohol consumption

risk (AUDIT) (PR = 1.43) was associated with the longest time watching TV. The

time spent sitting in other activities was almost three times higher for people who

are inactive at work (PR = 2.79). COLCLUSION: This study allowed concluding

that the sedentary behavior indicators revealed different results. Special attention

should be directed to the population subgroups that present greater sedentary

behavior in the TV domain, considering the associations with the lowest social

stratum and with other unhealthy behaviors

Keywords: Sedentary lifestyle; Television viewers; Population surveys.

Page 12: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

12

LISTA DE TABELA E FIGURAS

Tabela 1 Prevalências e razões de prevalências brutas, do tempo assistindo TV e do tempo sentado em outras atividades (sem TV) segundo fatores demográficos e socioeconômicos da população com 20 anos e mais, residentes na cidade de Campinas, São Paulo. ISACamp 2014/2015.

Tabela 2 Prevalências e razões de prevalências brutas, do tempo assistindo

TV e do tempo sentado em outras atividades (sem TV), segundo

comportamentos de saúde, da população com 20 anos e mais,

residentes na cidade de Campinas, São Paulo. ISACamp

2014/2015

Tabela 3 Modelo final dos modelos de regressão contendo razões de prevalências e intervalos de confiança de 95% do maior tempo assistindo TV e do maior tempo sentado sem TV segundo características demográficas, socioeconômicas e de comportamentos de saúde.

54

55

56

Page 13: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

13

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

WHO Wolrd Health Organization

TV Televisão

MET Equivalente Metabólico da Tarefa

AFL Atividade Física de Lazer

IMC Índice de Massa Corporal

VIGITEL Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas

por inquérito telefônico

CCAS Centro Colaborador de Análise em Situação de Saúde

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

FAPESP Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo

ISACamp Inquérito de Saúde do Município de Campinas

UNICAMP Universidade Estadual de Campinas

IPAQ International Physical Activity Questionnaire

AUDIT Alcohol Use Disorder Identification Test

SM Salário mínimo

Page 14: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

14

LISTA DE QUADROS

Quadro 1- 1ª. Etapa de treinamento: conteúdo do questionário 31

Quadro 2 – 2ª. Etapa de treinamento com os Tablets 32

Page 15: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

15

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................16

1.1 Sedentarismo...................................................................................16

1.2 Prejuízos do sedentarismo.............................................................. 17

1.3 Sedentarismo no Brasil e no mundo................................................20

1.4 . Sedentarismo e fatores sociais......................................................22

1.5 Tempo sentado e comportamentos relacionados à saúde..............24

1.6 Atividade física................................................................................26

2. OBJETIVOS...........................................................................................29

2.1 Objetivo Geral...................................................................................29

2.2 Objetivo Específico...........................................................................29

3. MÉTODOS..............................................................................................29

3.1 Área de estudo..................................................................................29

3.2 Tipos de estudo.................................................................................30

3.3 Entrevistadores e processo de estudo..............................................31

3.4 População de estudo.........................................................................33

3.5 Processo amostral.............................................................................33

3.6 Variáveis da pesquisa.......................................................................34

3.6.1 Variável dependente..............................................................34

3.6.2 Variáveis independentes........................................................35

3.7 Análise de dados...............................................................................36

4.7 Aspectos éticos..................................................................................36

4. RESULTADOS.......................................................................................37

5.1 Artigo.................................................................................................37

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................57

1 REFERÊNCIAS.............................................................................................58

Page 16: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

16

1. INTRODUÇÃO

1.1Sedentarismo

O “sedentarismo” foi comumente definido como inatividade física no lazer,

entretanto, no entanto, nos últimos dez anos os autores vêm analisando o

sedentarismo por meio do tempo sentado durante um dia¹, que pode englobar o

transporte que se utiliza para ir ao trabalho, o tempo que se passa em frente à

televisão (TV), computadores, jogos eletrônicos, o tempo de tela e o tempo

sentado no trabalho2,3,4,5. Os indicadores de comportamento sedentário têm sido

desenvolvidos, então, para avaliar estas atividades.

Ao abordar a questão sugere-se cautela para não confundir com

inatividade física no lazer2,6. Ambos os conceitos têm suas particularidades.

Inativos são os indivíduos que não atingem o padrão de atividade física

moderada e vigorosa recomendada7,8. Atividades sedentárias são definidas

como a realização de qualquer atividade que tenha um gasto igual ou inferior a

1,5 MET’S (estimativa de equivalente metabólico), como por exemplo,

permanecer em posição sentada, parado ou deitado1,9. O acúmulo destas

atividades é definido como comportamento sedentário.

Não há um consenso, na literatura, em relação à definição de um ponto

de corte delimitando o tempo gasto em atividades sedentárias para que se

considere comportamento sedentário. Cita-se alguns exemplos de pontos de

corte utilizados pelos autores em suas pesquisas: Um trabalho realizado com

dados representativos da população adulta alemã, analisando tempo total

sentado, identificou como sedentário, individuos que passavam 6 horas ou mais

em posição sentada, uma semana típica10; com dados do WHITEHALL II Study,

os autores utilizaram um ponto de corte de 40 horas semanais de tempo gasto

sentado no total, na definição de comportamento sedentário em sua pesquisa11.

Utilizando dados do National Health and Nutrition Examination Survey

(NHANES) um estudo definiu como ponto de corte 8,6 horas ou mais

(equivalente a 100 contagens por minuto no acelerômetro) para o maior tempo

sentado no total12. A análise de mediana e quartis para definir este ponto de corte

também tem sido usada13. Em relação ao tempo gasto assistindo TV, os pontos

Page 17: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

17

de corte utilizados para definição do comportamento sedentário neste domínio

também variam: o inquérito Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para

Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico utiliza 3 horas ou mais em seus

relatórios14 e outros estudos têm utilizado 4 horas ou mais15,16,17

Desde os anos 50, estudos epidemiológicos têm alertado a respeito da

relação do comportamento sedentário com o impacto negativo à saúde. Já

existia uma preocupação com a saúde do trabalhador de acordo com o nível de

atividade física de cada ocupação e as relações com doenças

cardiovasculares18. Autores realizaram uma coorte com homens de meia idade

e concluíram quem aqueles que eram fisicamente ativos no trabalho tinham

menor risco de desenvolver doença cardíaca, e que quando desenvolviam era

de menor gravidade do que os homens inativos no trabalho18.

No entanto, foi na última década que os estudos avançaram no tema,

avaliando o possível impacto da permanência do tempo sentado na saúde.

Quanto maior o tempo de permanência sentado, mais vulnerável fica o

organismo frente aos fatores de risco para inúmeras doenças e agravos

relacionados à saúde19,20. O comportamento sedentário também contribui

diretamente para aumento da mortalidade21,22.

Em um estudo de revisão de literatura, foi destacado a preocupação

decorrente da mudança de comportamento da população nas últimas décadas.

Os adultos estão passando cerca de 70% ou mais do seu tempo sentado. A

preocupação com a redução do tempo sentado e tempo de tela e o cumprimento

da quantidade de atividade física recomendada se estende não somente a fase

adulta mas alerta os pais em relação ao tempo de tela dos seus filhos, tentando

diminuir esse comportamento1.

1.2 Prejuízos do sedentarismo

As pesquisas demonstram que o aumento do tempo sentado está

associado com doenças cardiovasculares, diabetes, alguns tipos de câncer,

obesidade, doenças cardiovasculares e síndrome metabólica23, mesmo na

presença da prática da atividade física de lazer5,24.

O sedentarismo está associado com a presença de diabetes do tipo 2,

doenças cardiovasculares, aumento do colesterol23,25, com o maior índice de

Page 18: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

18

massa corporal (IMC)3 e pressão arterial26. Além de influenciar os níveis de

triglicerídeos, diminui a sensibilidade à insulina e tem influência na densidade

mineral2.

Os prejuízos do sedentarismo vêm sendo muito abordados em estudos

científicos. E quando se trata de estratégias para minimizar esses impactos, as

campanhas de saúde pública focam bastante no aumento da atividade física,

mas pouco na redução do comportamento sedentário nos quatro domínios

(trabalho, doméstico, lazer e transporte)27. Em um estudo de revisão sistemática,

os resultados apontaram relações entre sedentarismo baseado em tempo gasto

em frente às telas de computador com ganho de peso, problemas de sono,

problemas músculo-esquelético, dor, com menor nível de atividade física, bem-

estar psicológico e apoio social28.

Quanto maior for o comportamento sedentário, mais vulnerável fica o

organismo frente aos fatores de risco para inúmeras doenças e agravos

relacionados ao sedentarismo19,27,29.

Em uma coorte prospectiva realizada com mulheres adultas norte-

americanas, foi possível identificar forte associação do comportamento

sedentário com risco de desenvolver diabetes do tipo 2 e obesidade. Essa

associação se demonstrou forte em relação ao tempo de TV, sendo que a cada

2 horas assistindo TV houve aumento da chance de 23% (IC95%:17-30) de

desenvolver as morbidades. Em relação ao trabalho não foi diferente: a cada 2

horas de tempo sentado no trabalho houve um aumento de 5% (IC95%:0 -10) no

risco de obesidade e um aumento de 7% (IC95%, 0% -16%) no risco de diabetes.

Em contrapartida ficar em pé ou caminhar 2 horas por dia foi positivamente

associado com uma queda de 9% (IC95%: 6-12) do risco de desenvolver

obesidade e de 12% (IC95%: 7-16) no risco de desenvolver o diabetes. Estima-

se, nesta coorte, que 30% (IC95%:24-36) de casos novos de obesidade e 43%

(IC95%:32-52) de casos novos de diabetes poderiam ser evitados com um estilo

de vida mais ativo27. O tempo de TV também foi associado com risco significativo

elevado para o desenvolvimento de diabetes do tipo 2 e obesidade29.

Em estudo que utilizou dados do National Health and Nutrition

Examination Survey (NHANES), foi examinado o comportamento sedentário nos

domínios de lazer, ocupacional e doméstico e os autores avaliaram a relação

com a síndrome metabólica em adultos americanos. Para avaliar o

Page 19: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

19

comportamento sedentário, eles usaram o tempo de tela no lazer e nas

atividades ocupacionais e domésticas o tempo sentado, de pé, andando,

carregando cargas. O resultado mostrou que ≥ 4 horas / dia de tempo de tela foi

associado com probabilidades de ter síndrome metabólica de 1,94 (IC=1,24-

3,03) em homens e 1,54 (IC=1,00-2,37) em mulheres. O comportamento

sedentário nos domínios doméstico e ocupacional não apresentaram associação

para a síndrome metabólica em ambos os sexos30.

O comportamento sedentário também tem forte associação com a

mortalidade por todas as causas e com a redução da esperança de vida. Em um

estudo de coorte, participantes de ambos os sexos foram acompanhados por

doze anos. O objetivo era estudar a relação entre o tempo que estas pessoas

passavam sentadas (quase nenhum tempo, um quarto do tempo, metade do

tempo, três quartos do tempo, quase todo o tempo) e o risco de mortalidade por

todas as causas, doenças cardiovasculares e câncer. Ao final do estudo

observou-se que as pessoas que passavam maior parte do tempo sentadas

apresentaram os maiores riscos quando comparado a aquelas que menor

tempo. Os riscos de mortalidade foram maiores nos que se sentaram três quartos

de tempo (RR: 1,36) e para aqueles que ficaram quase todo o tempo (RR:1,54).

Para as doenças cardiovasculares o maior risco permaneceu nos que se

sentaram por mais tempo, sendo três quartos de tempo (RR: 1,47) e para

aqueles que ficaram quase todo o tempo (RR:1,54). O câncer não apresentou

associação31

Em estudo de abordagem metanalítica, o aumento do risco de mortalidade

foi de 58% nos que ficavam sentados por mais de 8 h/dia em relação aos que

permaneciam por tempo inferior22.

Autores também têm estudado e concluído que existe associação do

sedentarismo com a mortalidade mesmo em pessoas ativas. O estudo citado

teve como objetivo examinar a associação entre tempo sedentário, medido

objetivamente, e mortalidade por todas as causas em adultos mais velhos (50

anos e mais) mostrou em seus resultados que as pessoas que tinham maior

percentual de tempo sedentário tiveram um risco significativamente aumentado

de morte em comparação com aqueles no quartil mais baixo; o estudo também

sugere que o comportamento sedentário é um importante fator de risco para a

mortalidade, mesmo na presença de atividade física moderada e vigorosa24.

Page 20: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

20

Em uma pesquisa realizada com adultos americanos, ao analisar os

efeitos independentes de conjuntos do tempo sedentário e da aptidão

cardiorrespiratória sobre a mortalidade por todas as causas, os autores

identificaram que a população com maior percentual de tempo sedentário

tiveram um risco significativamente aumentado de morte, sugerindo também que

o risco permanece mesmo na presença da atividade física e que são necessários

mais estudos de coorte para elucidar as lacunas existentes na literatura5.

Em estudo realizado com mulheres, analisou-se a relação entre vários

comportamentos sedentários, especialmente alto tempo assistindo da televisão

(TV) com o risco de obesidade e diabetes tipo 2. Os pesquisadores perceberam

que, ainda que um indivíduo pratique atividade física de lazer, mas tem alto

comportamento sedentário, principalmente no domínio de assistir TV, o prejuízo

decorrente do sedentarismo parece não estar resolvido, pois pode existir uma

independência dos efeitos da atividade física de lazer e do comportamento

sedentário, onde a atividade física de lazer parece atenuar os problemas de

saúde, embora não os elimine completamente27.

Outro fator destacado pelos autores referente a este tema, é a existencia

de questões que ainda precisam ser esclarecidas na tentativa de auxiliar no

desenvolvimento de novos tipos de diretrizes clínicas e de saúde pública23,32. As

implicações atribuídas à saúde em relação ao comportamento sedentário

merecem atenção tanto para as crianças como para adultos e idosos33.

1.3 Sedentarismo no Brasil e no mundo

Na sociedade moderna as pessoas tendem a reduzir o volume de

atividade física, tornando-se altamente prevalentes os comportamentos

sedentários: o tempo que se passa sentado na escola ou no trabalho, no

transporte, em casa e no lazer. Essa mudança de comportamentos resulta em

implicações significativas para a saúde da população34.

Os resultados de um estudo realizado com adultos para comparar a

distribuição do comportamento sedentário através do alto tempo sentado entre

20 países, apresentaram médias mais altas (360 minutos/dia) em Hong Kong,

Lituânia, República Checa, Noruega, Taiwan, Arábia Saudita, e no Japão. Os

Page 21: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

21

menores valores foram verificados no Brasil, Portugal, Colômbia, Índia e China.

Pessoas com 40-65 anos foram significativamente menos propensas a estar no

quintil mais alto do tempo sentado que os adultos mais jovens (OR = 0,796), e

aqueles com graduação ou mais tempo de estudo, quando comparado com os

que estudaram até o ensino médio apresentaram maior prevalência do tempo

sentado (OR = 1,349)35.

Em estudo sobre o tempo sentado realizado em três países (Estados

Unidos, Bélgica e Austrália), os belgas apresentaram valores mais elevados que

os americanos e australianos. Já no transporte os valores da Bélgica e Austrália

foram inferiores aos americanos36.

No Canadá observou-se que em relação ao tempo sentado, 12,6% da

população relataram passar três quartos do tempo sentado e 4,8% relataram

ficar sentado quase todo o tempo durante os dias da semana35.

Foi realizado um estudo para determinar a prevalência de estilos de vida

sedentários nos 15 Estados que fazem parte da União Europeia (UE), onde a

amostra foi de pessoas com mais de 15 anos, e a coleta de dados foi por meio

de aplicação de questionário. Para avaliar o sedentarismo foi utilizado o tempo

sentado no lazer. Ao final da pesquisa, os autores identificaram as seguintes

prevalências: variação entre 43,3% (Suécia) e 87,8% (Portugal). As menores

prevalências foram encontradas nos países do Norte (especialmente nos países

escandinavos) quando comparado aos mediterrâneos. A pesquisa destaca

também as maiores prevalências em idosos, obesos, com menor escolaridade e

em viúvos/divorciados37.

Em estudo de base populacional realizado em adultos brasileiros com 20

anos ou mais, foi relatado uma média de 5,8 horas de tempo sentado por dia9.

Em relação ao tempo de TV no Brasil, a prevalência de adultos que assistiam

três horas ou mais de TV foi de 28,2% da população38. Com o passar do tempo

obtivemos os seguintes resultados: 27,1% em 201139, 26,4% em 201240, 28,6%

em 201341, 23,4% em 201414 e 22,5% em 201542.

Em um estudo transversal realizado com estudantes universitários

brasileiros, que teve como objetivo analisar a prevalência do sedentarismo, os

pesquisadores concluíram que 77,2% dos universitários, entre homens e

mulheres, eram sedentários43. Outro estudo brasileiro, desta vez com idosos,

Page 22: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

22

teve como objetivo analisar a prevalência de inatividade física, inatividade física

no lazer e os fatores associados entre idosos residentes na zona rural. A

prevalência do comportamento sedentário (lazer, trabalho, atividades

domésticas e meio de transporte) foi de (21,1%)44. Resultados de uma

abordagem sistemática revelaram prevalências do sedentarismo (elevado tempo

de tela ou usando TV) acima de 50% em adolescentes brasileiros45.

Pesquisas de diversos países que utilizaram dados de inquéritos

populacionais têm usado diferentes medidas e pontos de corte em relação ao

tempo sentado, tanto em relação ao domínio de sedentarismo estudado (tempo

total, TV, transporte), quanto em relação ao tipo de medida (autorreferidas,

objetiva)46. Isso implica em alguma dificuldade de estabelecer comparações

entre elas.

1.4 Sedentarismo e fatores sociais

O comportamento sedentário tende a ser mais prevalente nos níveis

socioeconômicos mais elevados35 e nos países de alta renda9,47, no entanto

pode depender do indicador utilizado, como será abordado a seguir.

Um estudo identificou que pessoas que estudaram mais de 13 anos

relataram maior prevalência do comportamento sedentário quando comparado

com as pessoas com 13 ou menos anos de escolaridade. Este resultado se

estende a 15 dos 19 países estudados35. O estudo que avaliou os adultos

Brasileiros, concluíram que maior escolaridade e maior nível socioeconômico

estiveram associados positivamente com o maior tempo sentado. E a maior

renda apresentou maior associação com o uso frequente de computadores9.

Em estudo transversal realizado com mulheres e homens idosos

Brasileiros, o objetivo foi identificar os comportamentos sociodemográficos,

clínicos e de saúde associados ao tempo total sentado. A amostra apresentou

uma mediana de 4 horas de tempo total sentado. Os pesquisadores identificaram

que o grupo que permaneceu maior tempo sentado foi o de pessoas sem

instrução (baixa escolaridade) contradizendo estes estudos. Os autores

concluíram também que os fatores sociodemográficos, clínicos e

Page 23: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

23

comportamentais de saúde estão associados ao alto tempo sentado em adultos

idosos Brasileiros13.

Outro estudo apresentou que trabalhadores brasileiros que completaram

pelo menos o Ensino Fundamental apresentaram 15% a mais de chance de

assistir televisão por pelo menos quatro horas por dia do que aqueles que não

finalizaram esse nível. Também, o uso de carro ou moto apresentou tendência

de crescimento com o aumento da idade, nível de escolarização e da renda fami-

liar mensal15.

Uma pesquisa realizada com trabalhadores holandeses do sexo

masculino apontou que os homens passam em média 7 horas por dia em

comportamentos sedentário, e um terço desse comportamento acontece no local

de trabalho. Esses resultados diferem em relação ao tipo de setor, onde

demanda atividades de diferentes características em relação à atividade física

ocupacional48.

Pesquisa realizada no Brasil apontou que mulheres trabalhadoras com

renda familiar mensal acima de R$ 1.500 apresentaram menores chances (10%

a 20%) de assistir à televisão por pelo menos quatro horas por dia em

comparação aos homens com renda inferior a R$ 60016. O tempo sentado

assistindo TV pode ter associação distinta do tempo total sentado. Segundo uma

pesquisa o percentual de indivíduos que assistiam TV por 3 horas ou mais foi

menor no grupo de maior escolaridade14. Em contrapartida, em se tratando do

tempo total sentado a maior prevalência foi identificada em pessoas que

estudaram mais (13 anos ou mais)35. Outro estudo também encontrou resultado

semelhante, onde a maior prevalência do tempo total sentado foi em pessoas de

maior escolaridade e também naquelas de maior nível socioeconômico9.

Em pesquisa feita com Mexicanos – Americanos os resultados apontaram

que os homens não-hispânicos brancos relataram maior tempo sentado do que

os negros do sexo masculino não-hispânicos, enquanto mulheres não-

hispânicas brancas relataram maior tempo sentado que outras mulheres

hispânicas. Não foram encontradas diferenças entre os sexos em qualquer faixa

etária. A tendência do maior tempo sentado foi de acordo com o aumento da

idade para o sexo feminino49.

No estudo feito com mulheres identificou que as mais velhas, que vivem

em áreas de renda mais alta e com um parceiro, ter uma carteira de motorista,

Page 24: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

24

menor Índice de Massa Corporal (IMC) e nenhum diploma universitário foram

preditivos de níveis mais baixos de tempo total gasto sentado36. Um estudo

longitudinal relatou que as mulheres australianas se distribuem da seguinte

maneira em relação ao comportamento sedentário: 17,3% da população

feminina apresentou nível muito baixo de sedentarismo (3 horas de tempo total

sentado); 19,9% baixo (3 a 4,5 horas); 23,1% moderado (4,5 a 6 horas); 16,7%

elevados (6 a 8 horas) e 14,4% muito alta (8 horas)50.

Ao analisar a população brasileira, um estudo concluiu que, em relação

às características demográficas o grupo que apresentou maior prevalência do

tempo sentado foram as mulheres acima de 70 anos de idade4. Na população

adulta a frequência do hábito de ver televisão por três ou mais horas diárias foi

de 23,4%, sendo semelhante entre homens (23,9%) e mulheres (22,9%). A

frequência foi maior na faixa etária de 65 anos e mais14.

Em inquérito de base populacional realizado em Pelotas, com brasileiros

adultos, os homens tiveram maior prevalência no tempo total sentado. Em

relação ao tempo de TV o resultado se apresenta de maneira diferente. Neste

caso as mulheres e pessoas mais velhas apresentaram maior prevalência do

tempo sentado9.

Em estudo analisando a associação da religiosidade com o nível de

comportamento sedentário verificou-se que os adolescentes evangélicos tiveram

menor prevalência tanto em dias de semana quanto nos dias de final de semana.

As prevalências ainda são mais elevadas em pessoas sem nenhuma religião.

Um achado específico do estudo citado alerta para o fato de que alguns

elementos de religiosidade, por exemplo, a afiliação podem ter influência e

facilitador da exposição a comportamento sedentário51.

De acordo com a revisão feita até o momento, o tempo total sentado é

maior em adultos mais velhos, e as diferenças entre sexo são inconsistentes,

quanto ao comportamento sedentário sob a perspectiva do tempo de TV os

resultados parecem ser diferentes quando comparado ao tempo total sentado

em relação ao sexo, sendo os homens os com a maior prevalência.

Page 25: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

25

1.5 Tempo sentado e comportamentos relacionados à saúde

A literatura é evidente quanto à associação dos comportamentos de

saúde com a prática de atividade física52,53,54, e com o comportamento

sedentário55, mas não na literatura nacional. Resultados de uma pesquisa de

metanálise apontou que, entre os estudos avaliados, nove encontraram

associação entre tabagismo e tempo de TV, e cinco mostraram associações

entre tempo de TV e maior probabilidade de ser um fumante. Outros cinco

estudos não encontraram associação entre tempo total sentado e tabagismo55.

A mesma abordagem metanalítica avaliou quinze estudos relacionados

ao consumo de alcool, incluindo diversos países, tais como Estados Unidos da

América, Reino Unido, Espanha, Austrália, Canadá, Taiwan e Índia. Desses, oito

avaliaram o comportamento sedentário sob a perspectiva do tempo assistindo

TV, no quais seis não houve relação nenhuma com o consumo de alcool. Nos

outros dois estudos a associação de menor consumo de álcool e maior

visualização de TV para as mulheres foi observada. Três estudos não

encontraram nenhum associação com tempo sentado55.

Para a atividade física no lazer, foram encontrados trinta e oito estudos.

Treze de vinte e cinco artigos foram sobre o tempo de TV, concluindo relação

negativa com a atividade física de lazer. Outros três estudos avaliaram a

atividade física de lazer com o uso do computador e também não apresentou

associação, ao passo que quatro artigos avaliaram o tempo de tela geral e

concluiram uma associação negativa de atividade física apenas nas mulheres.

Em relação ao tempo sentado apenas houve associação negativa quanto à

atividade física de lazer, enquanto seis não apresentaram associação,

independente da intensidade da atividade física de lazer praticada. Em resumo,

a associação parece ser observada apenas para o tempo de TV. Já no tempo de

computador e no comportamento sedentário geral (tempo total sentado),a

associação foi nula55.

A pesquisa feita no Brasil analisando adultos idosos, detectou que o maior

tempo sentado foi associado com pessoas que não praticam atividade física no

lazer de maneira regular13. Um estudo realizado com objetivo de analisar a

prevalência do sedentarismo em 15 países da União Europeia, encontrou

resultados que apontaram as maiores prevalências entre as pessoas fumantes37.

Page 26: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

26

No estudo transversal realizado com adultos, o subgrupo das pessoas

mais jovens, apresentaram menor tempo assistindo TV e também teve a maior

ingestão de legumes e frutas56.

Em um estudo sobre a associação da atividade física de lazer,

comportamento sedentário e consumo de álcool, tabaco e canabis entre

adolescentes da Eslovênia, foi identificado que os adolescentes que assistiram

TV por mais de 2 horas, tiveram maior frequência do consumo de bebida

alcóolica e o uso do computador acima de 2 horas foi positivamente associado

com o consumo do álcool, a fumar diariamente e a consumir canabis quando

comparado aos jovens que ficam menor tempo57.

Parece que os estudos que analisam o comportamento sedentário em

relação a outros fatores de estilo de vida são mais frequentes em crianças e

adolescentes57,58, e considerando o tempo gasto em tela37.

1.6 Atividade física

A Atividade Física é definida como qualquer atividade que demanda um

gasto energético acima dos níveis de repouso, podendo ser compreendida como

prática de atividade física de lazer (exercício físico), atividades de deslocamento;

atividades domésticas; e atividade no trabalho59,60,61,62.

Os individuos ativos são aqueles que cumprem as recomendações de

150 minutos por semana de atividade fisica de intensidade moderada ou 75

minutos de atividade física vigorosa. São considerados, então,

“insuficientemente ativos” aqueles que praticam atividade física, entretanto não

alcançam os níveis recomentados e por fim o “inativo” é aquele que pratica

menos de dez minutos contínuos de atividade física ou simplesmente não

praticam7.

Nos ultimos anos a atividade física esteve em maior evidencia na agenda

de saúde pública e no debate acadêmico da área da saúde. Além disso, os

autores apontam a dificuldade de comparação entre os estudos, resultante de

limitações metodológicas, dificultando assim o avanço científico da área63. Em

estudo mais recente, chama a atenção para o fato de que deve-se atentar para

Page 27: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

27

as diferenças entre os domínios da atividade física ao estudar e fazer

intervenções junto às políticas públicas de saúde64.

Existe um aumento da quantidade de países que despertaram interesse

em acompanhar os níveis de atividade física da população. Ainda que a pesquisa

seja feita por dados obtidos através do auto relato, pôde-se observar que um

quarto dos adultos e 80% dos adolescentes ainda não estavam cumprindo com

as recomendações de atividade física65.

Estudos têm revelado que dentre os benefícios da atividade física estão

redução da chance de desenvolver alguns tipos de câncer66, doenças

cardiovasculares e cardiorrespiratórias67, diabetes68 e melhora da qualidade de

vida69, principalmente a atividade física de lazer21,56,70, e ainda faz contribui para

o controle do peso corporal71. A atividade física também colabora para eliminar

o estresse resultante da jornada de trabalho e a diminuir a ansiedade72.

Com a prática de atividade física de lazer, o organismo libera a endorfina

e dopamina, responsáveis pelo relaxamento e bem-estar, além de proporcionar

e ampliar o convívio social, sendo fatores indispensáveis na melhora da

qualidade de vida61. Pode também melhorar a saúde óssea desde a

adolescência e se estendendo de acordo com o aumento da idade73, ter

benefícios cardiovasculares74, inclusive em pessoas que também tem diabetes

do tipo I75.

Um estudo encontrou relação entre os idosos que praticavam Atividade

Física total (no transporte/deslocamento, lazer, doméstico e trabalho) com menor

chance de desenvolver demência (apesar de não estabelecer relação causal) e

depressão, doença que atualmente acomete não somente os idosos mas

também os adolescentes e adultos76.

Em inquérito de base populacional realizado com idosos, os autores

destacaram a importância de manter um estilo de vida ativo, além de alcançar

benefícios fisiológicos é importante para manter e estimular o convívio social76.

A atividade física exerce um papel fundamental na vida de pessoas em

diversas idades, com grande importância quando se diz respeito às principais

estratégias de prevenção de doenças não transmissíveis, bem como no

tratamento destas doenças e melhora da qualidade de vida39,77.

A inatividade física é responsável por pelo menos 3,2 milhões de mortes

por todas as causas e 69,3 milhões de pessoas com incapacidade por ano.

Page 28: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

28

Atinge também adultos com consequências relevantes, aumentando os riscos

de mortalidade quando comparado à quantidade mínima recomendada pela

WHO (150 minutos semanais de atividade fisica moderada por semana ou

equivalente)70.

A atividade física pode ser um importante meio para elimiminar ou mesmo

minimizar os prejuízos decorrentes do sendentarismo. As estratégias para

diminuir o nível de sedentarismo, ou mesmo minimizar os efeitos são bem-

vindas5.

A ginástica laboral é composta basicamente por exercícios de

alongamento e aquecimento, que acontece no ambiente de trabalho, podendo

ser antes da jornada, durante ou depois. Ela ajuda a previnir doenças

ocupacionais e aumenta a qualidade de vida do trabalhador78.

Quando a rotina de trabalho exige considerável tempo sentado, a

Ginástica laboral pode ser uma ferramenta para minimizar os impactos nocivos

desse comportamento para a saúde do trabalhador, melhorando a qualidade de

vida, melhora os sintomas de hipertensão, previne doenças da coluna e auxilia

na manutenção da massa corporal79. Outros resultados de revisão de literatura

apontam que os programas de Ginástica laboral e ergonomia, são importantes

para o bem-estar dos trabalhadores, principalmente no que diz respeito a

diminuição dos níveis de estresse, patologias das doenças ocupacionais

podendo também melhorar aspectos sociais45.

A ginástica laboral busca influenciar na rotina da pessoa, de maneira que

ela mude o seu estilo de vida, envolvendo momentos que ultrapassam somente

prática da ginástica no ambiente de trabalho83.

Page 29: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

29

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Esta pesquisa teve como objetivo geral traçar o perfil de indivíduos

sedentários por meio do tempo assistindo TV, e do tempo sentado gasto em

outras atividades, nos adultos residentes na cidade de Campinas, SP.

2.2 Objetivos específicos

Estimar a prevalência do maior tempo gasto assistindo TV (>5

horas) nos adultos;

Estimar a prevalência do maior tempo gasto sentado no total sem

o tempo de TV (>5 horas) nos adultos;

Verificar a associação do maior tempo gasto assistindo TV com

variáveis demográficas, socioeconômicas, de comportamentos

relacionados à saúde e de estado de saúde;

Verificar a associação do maior tempo gasto sentado total sem TV

(em outras atividades) com variáveis demográficas,

socioeconômicas, de comportamentos relacionados à saúde e de

estado de saúde;

Verificar se as associações se diferem segundo os distintos

indicadores de comportamento sedentário.

3. MÉTODOS

3.1 Área do estudo

A pesquisa foi desenvolvida na cidade de Campinas, São Paulo, Brasil. O

município de Campinas possui uma população de 1.173.370 habitantes

(estimada para 2014), Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM)

de 0,805 (valor obtido em 2010), área geográfica de 794,43 km2 e densidade

demográfica de 1.359,6 hab/km80.

Page 30: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

30

O município é gestor pleno do sistema, modalidade de gestão em que

todas as decisões quanto ao gerenciamento de recursos e serviços, próprios,

conveniados e contratados se dão em âmbito municipal. A complexidade do

sistema de saúde em Campinas levou à distritalização, com a descentralização

do planejamento e gestão da saúde para áreas com cerca de 200.000

habitantes. Neste contexto, existem cinco distritos de saúde em Campinas,

sendo: Distrito de Saúde Norte, Sul, Leste, Sudoeste e Noroeste81.

3.2 Tipo do estudo

A pesquisa analisou os dados do Inquérito de Saúde do Município de

Campinas (ISACamp) conduzido nos anos de 2014/2015 no Centro Colaborador

em Análise de Situação de Saúde (CCAS) do Departamento de Saúde Coletiva

da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP). É um estudo transversal de base populacional, com amostra

estratificada, em dois estágios, representativa da cidade de Campinas. O

inquérito foi realizado com um questionário pré-codificado, contendo questões

em blocos temáticos, sobre: Morbidades e deficiências, acidentes e violências,

saúde emocional, saúde e bem-estar, uso de serviços de saúde, práticas

preventivas, imunização, uso de medicamentos, comportamentos relacionados

à saúde, características socioeconômicas, características da família e do

domicílio.

As entrevistas foram realizadas por entrevistadores treinados através do

uso de tablet. O treinamento foi realizado considerando as questões do inquérito,

a forma de abordagem e chegada nos domicílios, agendamentos, e

considerando o uso dos tablets. Os participantes assinaram um termo de

consentimento livre e esclarecido. O inquérito recebeu apoio da FAPESP

(Processo FAPESP 2012/23324-3).

Page 31: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

31

3.3 Entrevistadores e processo de entrevista

As pessoas que apresentavam interesse em serem entrevistadores da

pesquisa preencheram um formulário com dados básicos e 28 delas

participaram do processo de treinamento. O treinamento foi feito em duas

etapas. Na primeira foram feitas 4 reuniões, trabalhando itens específicos do

questionário impresso em papel, juntamente com o manual do entrevistador. A

sequência de temas e datas constam na tabela abaixo. Após esse treinamento

os candidatos aplicaram 3 questionários, em familiares, amigos, conhecidos

para melhor apropriação e domínio sobre o conteúdo do questionário. Foram

feitas reuniões para discussão de dúvidas e ajustes no questionário. Para a

segunda etapa de treinamento foram selecionados 18 indivíduos que iniciaram

a fase de treinamento com o tablet. Novamente, cada entrevistador precisou

fazer como treinamento 3 entrevistas para se familiarizar com o aparelho e o

aplicativo.

Quadro 1- 1ª. Etapa de treinamento: conteúdo do questionário

Data de Treinamento Conteúdo

07/10 – período manhã

08/10- período da tarde

Treinamento Conteúdo do Questionário –

“Morbidade e Deficiências”; “Acidentes e

Violência”

10/10 – manhã

11/10 – tarde

Conteúdo do Questionário – “Saúde Emocional”;

“Saúde e Bem Estar”; “Uso de Serviços”.

23/10 – manhã

24/10 – tarde

Conteúdo do Questionário – “Práticas

Preventivas”; “Imunização”; “Medicamentos”

29/10 – manhã

30/10 – tarde

Conteúdo do Questionário – “Características

Socioeconômicas”: “Características da Família e

do Domicílio”

Page 32: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

32

Quadro 2 – 2ª. Etapa de treinamento com os Tablets

08/11/2013 Início do Treinamento com o Aplicativo

“ISACAMP” – Funcionalidades do Aparelho,

Iniciando a Pesquisa no Aplicativo -

11/11/2013 Início do Treinamento com o Aplicativo

“ISACAMP” – Iniciando a Pesquisa no Aplicativo,

Inicio do Questionário -

12/11/2013 Início do Treinamento com o Aplicativo

“ISACAMP” – Realizando a Pesquisa no Aplicativo

-

13, 14, 19 e 22/11 Treinamento com o Aplicativo “ISACAMP” –

Realizando a Pesquisa no Aplicativo -

25-29/11/2013 Aplicações em familiares Aplicativo “ISACAMP” –

Realizando a Pesquisa no Aplicativo e escolha

dos setores censitários

No total foram 28 entrevistadores que participaram da pesquisa,

considerando entradas e saídas. Simultaneamente, a coleta de dados contou

com uma média de 14 entrevistadores no campo, utilizando assim o número

máximo de tablets disponível.

O entrevistador poderia tentar até 5 vezes encontrar o entrevistado,

contudo, este era um limite estabelecido pelo aplicativo (tablet), orientando os

entrevistadores a registrarem no aplicativo a ausência ou insucesso da

entrevista, quando de fato tivessem certeza de que e o entrevistado não seria

encontrado. Em média, se fez 1,38 visitas para encontrar os moradores.

O controle de qualidade dos dados foi feito pelo supervisor de campo no

contato com os entrevistadores. O aplicativo também permitia, a qualquer

momento, que o entrevistador registrasse um incidente, ou uma observação que

surgisse durante a entrevista. A maior parte dos erros identificados já no

momento da entrevista, foram registrados desta forma e posteriormente

corrigidos.

Ao longo do processo de campo, foi feita uma planilha com o controle dos

erros somente ao final tudo foi corrigido no banco de dados. Para reforçar esse

processo e garantir a qualidade e validade dos dados, foram feitas análises de

consistência do banco de dados que considerou questões semelhantes que

poderiam confirmar a informação, refizemos perguntas aos entrevistados por

Page 33: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

33

telefone ou pessoalmente (voltando ao campo) para fazer com que os dados

fossem os mais confiáveis possíveis, minimizando quaisquer erros.

O Inquérito de nutrição (ISACamp-Nutri) foi conduzido com a mesma

amostra do ISACamp 2014/15, o que funcionou como um processo de

retestagem e validação das entrevistas.

3.4 População de estudo

A população do ISACamp se constitui de pessoas residentes na área

urbana da cidade de Campinas, SP com 10 anos ou mais.

Foram excluídas deste estudo: 1022 adolescentes (<19 anos), 23 cadeirantes e

111 pessoas acamadas. Para este estudo foram analisados apenas dados de

pessoas de 20 anos e mais, para ambos os sexos.

3.5 Processo amostral

A amostragem foi estratificada, realizada por conglomerados, sorteados em

dois estágios: setores censitários e domicílios. No primeiro estágio foram

sorteados 70 setores censitários (14 em cada um dos 5 distritos de saúde do

município).

O número de pessoas para compor a amostra foi obtido considerando-se a

situação correspondente à máxima variabilidade para a frequência dos eventos

estudados (P = 0,50), coeficiente de confiança de 95% na determinação dos

intervalos de confiança (z = 1,96), erro de amostragem entre 4 e 5 pontos

percentuais e efeito de delineamento igual a 2. Desta forma foi definido um total

de 1.000 indivíduos para compor a amostra em cada domínio de idade, a saber:

1000 adolescentes (10 a 19 anos), 1400 adultos (20 a 59) anos e 1000 idosos

(60 anos e mais). Para alcançar esse tamanho de amostra em cada domínio,

após atualização em campo da listagem de endereços dos setores sorteados,

os números de domicílios para cada domínio de idade que fossem suficientes

para obter o tamanho mínimo definido foram sorteados, de forma independente.

Page 34: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

34

O número de domicílios que deveriam ser visitados para a realização das

entrevistas foi obtido calculando-se primeiro a média esperada de pessoas por

domicílio, que é a razão pessoas/domicílio, em cada grupo de idade, de acordo

com o censo de 2010. Na sequência dividiu-se os tamanhos de amostra de cada

de grupo de idade, em cada distrito pelas respectivas razões pessoas/domicílios.

No entanto, para que esses tamanhos de amostra fossem alcançados na

presença da não resposta, foram sorteados números maiores de domicílios. As

taxas previstas de não resposta foram: 27% para adolescentes, 22% para

adultos e 20% para idosos, segundo resultados verificados em inquérito anterior

realizado em Campinas. Neste caso, o número de domicílios efetivamente

sorteados para as entrevistas foi de 2.898 para adolescentes, 950 para adultos

e 3.326 para idosos. Em cada domicílio, foram entrevistados todos os moradores

da faixa etária selecionada para aquele domicílio.

3.6 Variáveis da pesquisa

3.6.1 Variáveis dependentes

A primeira variável dependente da pesquisa foi o tempo total diário gasto

assistindo TV >5 horas, partindo da questão K106 do ISACamp 2014/15:

"Quanto tempo no total o SR. passa assistindo TV durante um dia de semana?"

(ANEXO I) As respostas, foram obtidas em horas e minutos, e os minutos foram

transformados em horas. A seguir, os valores foram categorizados em 0 a 4

horas (menor tempo sentado) e 5 horas ou mais (maior tempo sentado) durante

a semana. Este ponto de corte foi similar ao utilizado em estudos anteriores15,17.

A segunda variável dependente é o tempo total gasto sentado sem o

tempo de TV >5 horas. O tempo gasto sentado no total foi mensurado pela

questão K105A, do ISACamp 204/15, que faz parte da seção 5 do IPAQ: "Quanto

tempo no total o Sr. gasta sentado durante um dia de semana?" (ANEXO I). As

respostas também foram obtidas em horas e minutos e os minutos foram

transformados em horas. As horas gastas assistindo TV, obtidos nas respostas

da questão K106 foram subtraídas das horas gastas em posição sentada,

resultando no indicador de tempo sentado no total sem TV (Tempo sentado Total

Page 35: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

35

- Tempo TV). O ponto de corte adotado neste caso também foi de >5 horas como

maior tempo gasto sentado, considerando a mediana na amostra, que coincidiu

com o ponto de corte do tempo gasto assistindo TV. Esta categorização

apresentou-se sensível para detectar as associações nesta amostra.

3.6.2 Variáveis independentes

De acordo com o objetivo proposto, as variáveis independentes do

estudo foram:

Variáveis demográficas: sexo, faixa etária, raça/cor, situação conjugal

e religião (questões presentes no ANEXO II).

Variáveis socioeconômicas: escolaridade, número de filhos, plano de

saúde, número de indivíduos no domicílio, renda domiciliar per capta,

e ocupação (questões presentes no ANEXO II).

Variáveis de comportamento e estado de saúde:

- Atividade física de lazer, atividade física de trabalho, atividade

física de transporte, atividade física doméstica, mensuradas através

do IPAQ. Em cada domínio de atividade física as variáveis foram

categorizadas em: ativo (150 minutos de atividade física moderada ou

75minutos de atividade vigorosa por semana) e insuficientemente

ativos (aqueles que praticam alguma atividade física, mas não

atingem os 150 minutos recomendados pela WHO) ou inativo (que

praticam menos de 10 minutos de atividade física ou não praticam

nenhuma atividade física);

- Tabagismo (sendo categorizado em: nunca fumou, fumante e ex-

fumante);

- Ingestão de bebida alcoólica (categorias: - menos que uma vez

na semana e - 2 ou mais vezes na semana) e consumo de risco de

bebida alcoólica (categorizado em “não”: aqueles que obtiveram 1 ou

nenhuma resposta positiva e “sim”: aqueles que tiveram 2 ou mais

respostas positivas) (Audit) (ANEXO I).

Page 36: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

36

3.7 Análise dos dados

Foram feitas estimativas de prevalência e intervalos de confiança de

95% do tempo gasto assistindo TV e do tempo gasto sentado no total sem TV

(variáveis dependentes) segundo as variáveis independentes. As associações

entre variáveis categóricas, dependentes e independentes foram analisadas com

o teste qui-quadrado.

Foi utilizado a regressão de Poisson para estimar razões de

prevalências ajustadas. Foram construídos dois modelos de regressão. Na

primeira etapa (modelo 1) foram levadas para o modelo as variáveis

demográficas e socioeconômicas que apresentaram um p-valor < 0,20 no teste

de qui-quadrado e retiradas por stepwise82, as variáveis que não apresentavam

associações. Na segunda etapa foram acrescentadas as variáveis de

comportamentos de saúde às demográficas e socioeconômicas que

permaneceram na primeira etapa. Estas análises foram realizadas

separadamente para os indicadores de tempo gasto assistindo TV e tempo gasto

sentado sem TV. Todas as análises levaram em conta as ponderações e

características relativas ao desenho amostral e foi realizada com o uso do

software STATA versão 14.

4.7 Aspectos Éticos

O presente estudo utilizou dados do ISACamp, e também teve a

aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de

Campinas (Parecer no. 1.718149).

O projeto de pesquisa do ISACamp 2014 foi aprovado pela Comitê de

Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Parecer no. 409.714

de 30/09/2013).

Page 37: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

37

5. RESULTADOS

5.1 Artigo

Comportamento sedentário: as diferenças de perfis entre tempo sentado

assistindo TV e em outras atividades

Sedentary behavior: the differences of profiles between sitting time

watching TV and in other activities

Patrícia Alvarenga Santini,§1

Marilisa BA Barros 1

Margareth Guimarães Lima1

1Departamento de Saúde Coletiva. Faculdade de Ciências Médicas.

Universidade Estadual de Campinas. Rua Tessália Vieira de Camargo, 126.

Cidade Universitária Profº Zeferino Vaz. CEP: 13083-887. Campinas - SP

Page 38: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

38

RESUMO

O tempo gasto sentado vem sendo utilizado como indicador de comportamento

sedentário. OBJETIVO: Avaliar o tempo gasto assistindo TV e o tempo gasto

sentado em outras atividades (sem TV) segundo fatores demográficos,

socioeconômicos e de comportamentos relacionados à saúde; bem como

investigar o uso dos dois indicadores. MÉTODOS: O estudo é transversal, de

base populacional, conduzido com dados do Inquérito ISACamp 2014/15. Foram

analisados, neste estudo, os dados de pessoas com 20 anos ou mais. As

variáveis dependentes da pesquisa foram o tempo gasto assistindo TV >5 horas

e o tempo total em outras atividades (sem TV) >5 horas. As variáveis

independentes foram: demográficas, socioeconômicas e de comportamentos de

saúde. RESULTADOS: A maior prevalência do tempo gasto na TV >5 horas foi

observada nos desquitados, separados, divorciados e viúvos (RP=1,38) em

relação aos casados, e renda > 3 salários mínimos foi fator de proteção neste

domínio (RP=0,56). A maior prevalência do tempo sentado sem TV >5 horas

esteve presente nos indivíduos solteiros e naqueles com maior nível de

escolaridade (RP=2,05). Os idosos, em menor percentual, são sedentários neste

domínio. A maior prevalência de inatividade física no lazer e de consumo de risco

para bebida alcoólica foi observada no grupo que assiste TV > 5 horas. O tempo

sentado sem TV >5 horas foi maior nos inativos no trabalho (RP=2,79).

CONCLUSÃO: As associações foram diferentes conforme o indicador utilizado.

Atenção especial deve ser remetida aos subgrupos que passam maior tempo

sentado, principalmente gasto na TV, que se associou inversamente com

atividade física no lazer e com o consumo de risco de bebida alcoólica.

Pavavras-chave: Comportamento sedentário, Inquéritos de saúde, estilo de

vida, tempo gasto sentado.

Page 39: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

39

ABSTRACT

BACKGROUND: Sitting time has been used as an indicator of sedentary

behavior. OBJECTIVE: To evaluate the time spent watching TV and the sitting

time in other activities (without TV) according to demographic, socioeconomic

and health related behaviors; as well as to investigate the two indicators use.

METHODS: The cross-sectional, population-based study was conducted with

data from the ISACamp 2014/15 Health Survey. Data from people aged 20 years

and over were analyzed in this study. The dependent variables of the research

were the time spent watching TV> 5 hours and the total time spent in other

activities (without TV) > 5 hours. The independent variables were: demographic,

socioeconomic and health behaviors. RESULTS: We observed the highest

prevalence of time spent on TV> 5 hours in the separated, divorced and widowed

(PR=1.38) in relation to married. Income> 3 minimum wages was a protection

factor in this domain (PR=0.56). The highest prevalence of sitting time without

TV> 5 hours was in single individuals and in those with higher level of schooling

(OR = 2.05). Elderly had the lesser percent in this domain. The highest

prevalence of leisure time physical inactivity and binge drinkers was observed in

the group that watched TV> 5 hours. The sitting time without TV> 5 hours was

higher in the inactive at work domain (PR = 2.79). CONCLUSION: The

associations were different according to the indicator used. Special attention

should be paid to those subgroups that spend more time sitting, mainly spent on

TV, which was inversely associated with leisure time physical activity and alcohol

consumption.

Keywords: Sedentary behavior, health surveys, lifestyle, sitting time.

Page 40: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

40

INTRODUÇÃO

Atividades sedentárias são definidas como a realização de qualquer

atividade que tenha um gasto igual ou inferior a 1,5 MET’S (estimativa de

equivalente metabólico), como por exemplo, permanecer em posição sentada,

parado ou de pé1,2. O acúmulo destas atividades é definido como comportamento

sedentário, embora não haja um consenso, na literatura, em relação à definição

de um ponto de corte delimitando o tempo gasto em atividades sedentárias para

que se considere um comportamento sedentário.

Pesquisadores vêm utilizando o tempo gasto sentado diário no total como

indicador para análise do sedentarismo, que pode ser mensurado por meio de

questionários, ou por meio de medidas objetivas como o uso do acelerômetro3.

Outras pesquisas têm avaliado o sedentarismo em domínios específicos, como

o tempo gasto assistindo televisão (TV)4,5,6 e o tempo gasto no computador7,8.

que constituem tempo de tela. No Brasil o domínio mais estudado é o tempo

gasto assistindo TV, que faz parte das questões da importante pesquisa sobre

comportamentos de saúde realizada por entrevistas telefônicas, o inquérito

Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito

Telefônico9. No estudo realizado com uma amostra representativa da cidade de

Pelotas, RS, avaliou separadamente, 4 domínios do comportamento sedentário:

no transporte, em tela, no trabalho e na escola8.

A exposição ao tempo prolongado assistindo TV e no computador está

diretamente associada com aumento de algumas doenças como o diabetes e

síndrome metabólica, doenças cardíacas, doenças musculoesqueléticas e

problemas de saúde como aumento do peso corporal, problemas com o sono e

diminuição do bem-estar7,10,11. Em um estudo de metanálise, os resultados

apontam maior incidência de síndrome metabólica12 e maior risco de

desenvolver diabetes, doenças cardíacas e mortalidade precoce na população

que passa maior tempo assistindo TV11. Também têm sido observadas

associações do tempo sentado no total com as doenças crônicas12,13.

Bem como com as morbidades, a relação entre o comportamento

sedentário com a mortalidade por todas as causas vem sendo

observada11,14,15,16, porém existem informações que a atividade física pode

atenuar ou até mesmo eliminar os efeitos do sedentarismo16.

Page 41: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

41

O maior comportamento sedentário no domínio de tempo gasto na TV

cresce à medida que a idade aumenta9,17,18, mas não é consistente em relação

ao sexo8,9. Não houve diferenças entre os sexos, em contrapartida um estudo

identificou que as mulheres assistem mais TV do que os homens8. Segundo

indicadores socioeconômicos, o padrão de indivíduos que gasta maior tempo

sentado no total e assistindo TV parece ser oposto: o tempo gasto na TV é

inferior entre os indivíduos de maior escolaridade8,9 e, por outro lado o tempo

gasto sentado no total aumenta naqueles que estudaram mais8,19.

No Brasil, os comportamentos de saúde, como a atividade física, o

tabagismo, consumo abusivo do álcool e a alimentação saudável são alvo

estratégico para o enfrentamento das doenças crônicas não-transmissíveis20 e a

investigação sobre a congruência dos comportamentos de risco para doenças

crônicas é um aspecto importante a ser analisado21. No entanto os estudos que

avaliam a associação entre estes comportamentos de saúde com o

sedentarismo são escassos na literatura nacional15.

Considerando a escassez de estudos sobre o tema no Brasil e na América

Latina, principalmente estudando domínios distintos de sedentarismo na

população adulta e em base populacional, este estudo tem como objetivos

avaliar o comportamento sedentário em indivíduos adultos, utilizando

indicadores de tempo gasto assistindo TV e de tempo gasto sentado em outras

atividades (sem TV) segundo os fatores demográficos, socioeconômicos e

comportamentos relacionados à saúde, bem como verificar a importância de se

estudar o comportamento sedentário separadamente, segundo estes diferentes

domínios.

MÉTODOS

Foram utilizados dados do Inquérito de Saúde do Município de Campinas

(ISACamp-2014/15) conduzido nos anos de 2014/2015. É um estudo transversal

de base populacional, realizado com um questionário pré-codificado, aplicado

por entrevistadores treinados através do uso de tablet.

A população do ISACamp é constituída por pessoas residentes na área

urbana da cidade de Campinas, SP com 10 anos ou mais. Para este estudo

Page 42: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

42

foram analisados apenas dados de pessoas de 20 anos e mais, para ambos os

sexos.

A amostragem foi estratificada, realizada por conglomerados, sorteados

em dois estágios: setores censitários e domicílios. No primeiro estágio foram

sorteados 70 setores censitários (14 em cada um dos 5 distritos de saúde do

município), depois foram sorteados os domicílios, proporcionalmente ao

tamanho do setor (número de domicílios). O número de pessoas para compor a

amostra foi obtido considerando-se a situação correspondente à máxima

variabilidade para a frequência dos eventos estudados (P = 0,50), coeficiente de

confiança de 95% na determinação dos intervalos de confiança (z = 1,96), erro

de amostragem entre 4 e 5 pontos percentuais e efeito de delineamento igual a

2. Desta forma foi definido um total de aproximadamente 1.000 indivíduos para

compor a amostra em cada domínio de idade, a saber: 1000 adolescentes (10 a

19 anos), 1400 adultos (20 a 59) anos e 1000 idosos (60 anos e mais).

Para alcançar esse tamanho de amostra em cada domínio, após

atualização em campo da listagem de endereços dos setores sorteados, foram

sorteados, de forma independente, números de domicílios para cada domínio de

idade que fossem suficientes para obter o tamanho mínimo definido. O número

de domicílios que deveriam ser visitados para a realização das entrevistas foi

obtido calculando-se a média esperada de pessoas por domicílio, que é a razão

pessoas/domicílio, em cada grupo de idade, de acordo com o censo de 2010. Na

sequência dividiu-se os tamanhos de amostra de cada de grupo de idade/sexo

em cada distrito pelas respectivas razões pessoas/domicílios. No entanto, para

que esses tamanhos de amostra fossem alcançados na presença da não

resposta, foram sorteados números maiores de domicílios. As taxas previstas de

não resposta foram: 27% para adolescentes, 22% para adultos e 20% para

idosos, segundo resultados verificados em inquérito anterior realizado em

Campinas. Neste caso, o número de domicílios efetivamente sorteados para as

entrevistas foi de 2.898 para adolescentes, 950 para adultos e 3.326 para idosos.

Em cada domicílio, foram entrevistados todos os moradores da faixa etária

selecionada para aquele domicílio.

A variável dependente da pesquisa foi o tempo total diário gasto assistindo

TV e o tempo total sentado em outras atividades (sem o tempo de TV). O tempo

gasto assistindo TV foi construído a partir da questão "Quanto tempo no total

Page 43: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

43

o(a) Sr.(a) gasta assistindo TV durante um dia de semana?". O tempo gasto

sentado sem o tempo de TV foi construído a partir da questão do IPAQ: "Quanto

tempo no total o(a) Sr.(a) gasta sentado durante um dia de semana?". Do total

do tempo gasto sentado foi retirado o tempo que a pessoa relatou gastar

assistindo TV. O IPAQ é utilizado em todo mundo e é considerada uma boa

ferramenta para medir níveis de atividade física22. O IPAQ também conta com a

questão sobre o tempo sentado no total, considerado uma boa medida referida

do tempo sentado, que teve correlação com a medida objetiva, mensurada por

acelerômetro3.

Para ambos os domínios foi utilizado o critério de categorização de 0 a

5 horas (menor tempo sentado sem TV e menor tempo de TV) e 5 horas ou mais

(maior tempo sentado sem TV e maior tempo de TV) durante a semana. O ponto

de corte para avaliar o tempo gasto assistindo TV de 5 horas ou mais foi

semelhante ao usado em pesquisas anteriores23,24. Aqueles que passavam 5

horas ou mais (último quartil), foram considerados os que passam o maior tempo

sentado.

As variáveis independentes foram:

Variáveis demográficas: sexo, faixa etária, cor da pele, situação

conjugal, religião e número de filhos;

Variáveis socioeconômicas: escolaridade, posse de plano de saúde,

número de indivíduos no domicílio, renda domiciliar per capita e

ocupação;

Variáveis de comportamento e estado de saúde: Atividade física de

lazer, atividade física de transporte, atividade física doméstica e

atividade física no trabalho (em cada domínio de atividade física, as

variáveis foram categorizadas em: ativo e insuficientemente ativo ou

inativo, mensuradas através do IPAQ versão longa), tabagismo

(fumante, ex-fumante, nunca fumou), frequência de ingestão de

bebida alcoólica (categorias: - menos que uma vez na semana e - 2

ou mais vezes na semana) e consumo de risco de bebida alcoólica,

avaliado por meio do Alcohol Use Disorders Identification Test

(AUDIT)25.

Page 44: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

44

Foram feitas estimativas de prevalência e intervalos de confiança de

95% do tempo gasto assistindo TV e do tempo gasto sentado no total

sem TV (variáveis dependentes) e segundo as variáveis

independentes. As associações entre variáveis categóricas,

dependentes e independentes foram analisadas com o teste qui-

quadrado.

Foi utilizado modelo hierárquico para estimar razões de prevalências

ajustadas. Foram construídos dois modelos de regressão. Na primeira etapa

foram levadas para o modelo as variáveis demográficas e socioeconômicas que

apresentaram um p-valor <0,20 no teste de qui-quadrado, e retiradas por

stepwise, as variáveis que não apresentavam associações (p-valor <0,05). Na

segunda etapa foram acrescentadas as variáveis de comportamentos de saúde

às demográficas e socioeconômicas que permaneceram na primeira etapa e

retiradas por stepwise, as variáveis que não apresentavam associações (p-valor

<0,05). Estas análises foram realizadas separadamente para os indicadores de

tempo gasto assistindo TV e tempo gasto sentado sem TV. Todas as análises

levaram em conta as ponderações e características relativas ao desenho

amostral e foi realizada com o uso do software STATA versão 14.

O projeto de pesquisa do ISACamp 2014 foi aprovado pela Comitê de

Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Parecer no. 409.714

de 30/09/2013).

RESULTADOS

A pesquisa avaliou 1.865 adultos e idosos, sendo 52,3% (n=1.065) do

sexo feminino e 48,% (n=800) do sexo masculino, com média de idade de 43,7

anos (IC95%: 42,2–45,15). A média diária do tempo gasto assistindo TV foi de

2,9 horas (IC95%: 2,75-3,05) e do tempo gasto no total sem TV foi de 2,9 horas

(IC95%: 2,69-3,18). A média de tempo sentado no total foi de 5,8 horas (IC95%:

5,54-6,06). Foram excluídas da pesquisa pessoas acamadas (n=25) e

Page 45: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

45

cadeirantes (n=111). Levando em consideração as perdas (n=49) e recusas

(n=547), ao final foi obtido um total de n=1998 entrevistas.

Nas tabelas 1 e 2 foram apresentadas as análises brutas em relação à

prevalência do tempo de TV > 5 horas e do tempo sentado sem TV > 5 horas.

Observa-se na Tabela 1 que as pessoas desquitadas, separadas ou viúvas

apresentaram maior prevalência de tempo de TV (5 horas ou mais), em relação

às pessoas casadas e solteiras. Maior nível de escolaridade (12 anos e mais),

ter plano de saúde, renda familiar maior que 3 salários mínimos (RP=0,56) e

pessoas que trabalham apresentaram menores prevalências do tempo de TV >

5 horas. No tempo sentado sem TV > 5 horas as mulheres, pessoas sem religião,

pessoas com maior nível de escolaridade (RP=2,63), que tinham plano de saúde

(RP=1,60), renda per capita maior ou igual a três salários mínimos e que

trabalham em relação aos que não trabalham apresentaram maior prevalência

de comportamento sedentário. Em contrapartida, pessoas acima de 40 anos e

também aqueles com mais de um filho apresentaram menor prevalência de

comportamento sedentário.

De acordo com os dados apresentados na Tabela 2, em relação ao tempo

gasto vendo TV > 5 horas, verificou-se maior prevalência nos indivíduos que

ingerem bebida alcoólica duas vezes ou mais na semana (RP=1,77) e que

apresentaram respostas positivas para consumo de risco de bebida alcoólica

(AUDIT) (RP=1,41); também é 34% maior nos inativos no lazer, enquanto que

no tempo sentado em outras atividades > 5 horas o resulto inverte, sendo a

menor prevalência nos inativos (RP=0,82). Por outro lado as pessoas com maior

comportamento sedentário neste domínio são quase três vezes mais inativas no

trabalho (RP=2,73) e também são mais inativas em atividades domésticas

(RP=1,66).

Na tabela 3 encontram-se os resultados do modelo final onde são

apresentadas as razões de prevalências do tempo assistindo TV > 5 horas e do

tempo sentado sem TV > 5 horas. Na primeira etapa do modelo final observa-se

maior prevalência do domínio de tempo de TV > 5 horas nas pessoas

desquitadas, separadas, divorciadas e viúvas em relação aos casados, e a renda

per capita familiar > 3 salários mínimos (SM) foi fator de proteção neste domínio

de comportamento sedentário. Observou-se que ser solteiro, ser do sexo

feminino e estar incluído no maior nível de escolaridade (RP=2,05) foi fator de

Page 46: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

46

risco para o tempo sentado em outras atividades > 5 horas, e a menor

prevalência neste domínio foi encontrada nos idosos (60 anos e mais). Na etapa

2, ser inativo no lazer (RP=1,30) e apresentar consumo de risco para bebida

alcoólica (AUDIT) (RP=1,43) foi fator de risco para o tempo assistindo TV > 5

horas. E o tempo sentado em outras atividades foi quase três vezes maior nos

inativos no trabalho (RP=2,79).

DISCUSSÃO

O estudo analisou a associação de fatores demográficos,

socioeconômicos e de estilo de vida com o comportamento sedentário de

indivíduos adultos residentes em Campinas, SP, utilizando indicadores do tempo

gasto assistindo TV > 5 horas e do tempo gasto em outras atividades (total sem

o tempo de TV) > 5 horas. Seguiu-se a hipótese de que as associações se

difeririam segundo os diferentes indicadores utilizados para cada um destes

domínios de comportamento sedentário.

Observando os resultados segundo faixa etária, não foram observadas

associações em relação ao tempo gasto na TV, no entanto a prevalência do

tempo gasto sentado no total sem TV foi menor conforme o aumento da faixa

etária (RP=0,63), o que pode ser devido ao fato do maior tempo gasto em

trabalho sedentário e nos estudos, nos indivíduos mais jovens. Esses resultados

corroboram com o estudo realizado com adultos jovens (18-39 anos) que

apresentaram maior prevalência do tempo total sentado em relação à população

dos adultos mais velhos (acima de 40 anos), em 10 de 18 países estudados14.

Segundo estudo brasileiro realizado com a população de Pelotas, RS, o maior

tempo sentado no trabalho foi observado na faixa etária de 20 a 59 anos8.

O tempo gasto na TV > 5 horas foi encontrado entre os indivíduos que são

separados, desquitados ou viúvos (RP=1,38) e o tempo total sem TV> 5 horas

foi observado nos indivíduos que nunca se casaram (RP=1,49), mesmo

ajustando por faixa etária. É possível que os indivíduos solteiros estejam mais

engajados em trabalhos que exijam a posição sentada, considerando o tipo de

trabalho, possivelmente mais tecnológico, das gerações mais novas26. Dados do

Australian Diabetes, Obesity and Lifestyle (AusDiab) mostraram que as mulheres

Page 47: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

47

solteiras, em relação às casadas, têm maior chance do maior tempo sentado no

trabalho e na TV27.

O nível socioeconômico parece ser marcador importante no

comportamento sedentário, e se diferencia conforme o domínio estudado. Este

estudo detectou menor prevalência do tempo de TV > 5 horas nos indivíduos

com renda mensal per capita acima de 3 SM. Em uma pesquisa realizada com

mulheres brasileiras, os resultados mostraram que aquelas com renda mensal

acima de R$1.500,00 tinham chances de 10% a 20% menores de assistir TV por

pelo menos quatro horas por dia, em relação às de menor renda28. Em outro

estudo os autores identificaram que as pessoas com menor escolaridade tiveram

maior prevalência de assistir TV por 3 horas ou mais.

Por outro lado, a maior prevalência do tempo gasto sentado no total sem

TV > 5 horas foi identificada em pessoas com 12 anos ou mais de escolaridade

(RP=2,05). Pesquisas concluíram que pessoas que estudaram mais de 13 anos

tiveram maior prevalência do tempo sentado no total em relação aos que

estudaram menos19. Outro estudo identificou em adultos brasileiros, que a maior

escolaridade e a maior posição socioeconômica estiveram associadas com o

maior tempo sentado no trabalho e na escola8.

Em relação aos comportamentos de saúde, são mais frequentes os

estudos que avaliaram estas associações com a inatividade física29, e menos

com o tempo gasto em comportamentos sedentários. A necessidade de estudar

os comportamentos de saúde vem do fato de serem fatores de risco para as

doenças crônicas6 e serem passíveis de mudança; e o monitoramento e

estratégias políticas para diminuição dos comportamentos não saudáveis devem

ser insistentes.

A maior prevalência do tempo assistindo TV > 5 horas foi observada em

pessoas que obtiveram resposta positiva para o consumo de risco do álcool

(RP=1,43) avaliado através do AUDIT. A associação do consumo do álcool e o

tempo que a pessoa assiste TV ainda não tem uma consistência na literatura

segundo metanálise, abordando estudos de diversos países. Dos oito estudos

que fizeram parte da pesquisa avaliando a associação do tempo de TV e

consumo de bebida alcoólica, seis não encontraram nenhuma associação. O

mesmo resultado foi encontrado em uma pesquisa, onde os autores não

Page 48: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

48

identificaram nenhuma associação, em revisão sistemática30. São necessários

mais estudos nesta perspectiva, para auxiliar na compreensão deste

comportamento em relação ao sedentarismo.

É importante salientar que, neste estudo, a população que gasta maior

tempo na TV também é a mais inativa no domínio de lazer (RP=1,30). No outro

caminho, segundo tempo gasto sentado no total sem TV > 5 horas, a associação

foi observada com atividade física no domínio de trabalho. Considerando a

possibilidade da medida deste domínio de sedentarismo agregar grande parte

do tempo sentado no trabalho, estes resultados estão coerentes. A associação

do maior tempo gasto sentado no total sem TV com atividade física no lazer não

foi observada no modelo final. Neste sentido não podemos afirmar que os

indivíduos que passam maior tempo sentado também são os indivíduos ativos

ou inativos em atividade física no lazer.

Atenção especial para aumentar o nível de atividade física no lazer dos

indivíduos que gastam mais tempo na TV e que, segundo este estudo são

também maiores consumidores de risco de bebida alcoólica, e dos indivíduos

que também passam grande tempo sentado em outras atividades, pode ser

importante para compensar o tempo sedentário e possivelmente alterar o padrão

de estilo de vida. Uma pesquisa que utilizou os indicadores de tempo sentado no

total, tempo de TV e atividade física diária, revelaram que a prática de relevantes

níveis de atividade física, representados pela média de 60 a 75 minutos por dia,

pode eliminar o risco de morte associado com o comportamento sedentário; e

em relação ao tempo assistindo TV 3 horas ou mais, a prática dos altos níveis

de atividade física parece atenuar o risco aumentado de mortalidade16.

O estudo tem limitações. Primeiro foram utilizadas medidas autorreferidas

do tempo gasto sentado, no entanto foi feito um estudo mostrando que a

mensuração do tempo sentado por meio da questão do IPAQ está

correlacionada com medidas objetivas e é boa para utilização com fins de

monitoramento e para uso em pesquisas3. Segundo, é que o estudo é do tipo

transversal e neste caso não permite inferência causal. A associação do tempo

sentado assistindo TV com o consumo de risco de bebida alcoólica pode ser

entendida por dois caminhos: por um, em que portar um estilo de vida sedentário

pode levar ao maior consumo de bebida alcoólica; por outro, o consumo de

bebida alcoólica poderia levar ao maior comportamento sedentário.

Page 49: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

49

O estudo, no entanto, tem algumas forças: é uma pesquisa realizada com

amostra representativa da população; também traz informações sobre a

associação do comportamento sedentário com outros fatores de risco para

doenças crônicas e estas informações são escassas na literatura nacional. Os

estudos que analisam o comportamento sedentário em relação a outros fatores

de estilo de vida, parecem ser mais frequentes em crianças e adolescentes e

considerando o tempo gasto em tela. Por fim, a pesquisa informa sobre o

comportamento sedentário analisando-o separadamente em dois domínios e,

pelo nosso conhecimento, esta análise separada, em estudo de base

populacional, foi realizada em apenas outra pesquisa no Brasil8.

Conclui-se, com esta pesquisa, que é importante estudar os domínios do

sedentarismo separadamente, visto que as associações são distintas para cada

um deles. É possível que, estudando o tempo gasto total, haja confundimento

nos resultados.

O estudo do comportamento sedentário vem se consolidando na literatura

como uma nova perspectiva para as investigações na saúde coletiva,

principalmente considerando que o sedentarismo é fator de risco para a pior

saúde e para a mortalidade. Considerando que o tempo assistindo TV por mais

tempo é mais presente nos indivíduos situados nos estratos socioeconômicos

inferiores, e que se associa a outros comportamentos não saudáveis, a

diminuição do sedentarismo no domínio de TV poderia ser um gancho para

atenuar as desigualdades sociais na saúde.

Page 50: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

50

Referências bibliográficas

1. Ferreiraa WR, Rombaldi AJ, Ricardo LIC, Pedro Curi Hallal a,b e Mario

Renato Azevedoa., Prevalência do comportamento sedentário de

escolares e fatores associados. Rev. Paulista de pediatria. 2016; 34(1):56-

63.

2. Hagger-Johnson G, Gow AJ, Burley V, Greenwood D, Cade JE. Sitting

Time, Fidgeting, and All-Cause Mortality in the UK Womens’s Cohrt Study.

American Journal of Preventive Medicine. Vol. 50, February 2016, 154-

160.

3. Rosenberg DE, Bull FC, Marshall AL, Sallis JF, Bauman AE, Assessment

of Sedentary Behavior With the International Physical Activity

Questionnaire. Journal of Physical Activity & Health, 2008. 5(Supp. 1), S30-

S44

4. Hu FB, Li TY, Colditz GA, Willett WC, Manson JE. Television watching and

other sedentary behaviors in relation to risk of obesity and type 2 diabetes

mellitus in women. JAMA. 2003; 9;289(14):1785-91.

5. Warren TY, Barry V, Hooker SP, Sui X, Church TS, Blair SN. Sedentary

Behaviors Increase Risk of Cardiovascular Disease Mortality in Men. Med.

Sci. Sports Exerc. 2010, 42(5): 879–885.

6. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.

Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações

estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não

transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022 / Ministério da Saúde.

Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação

de saúde.

7. Costigan SA, Barnett L, Plotnikoff RC, Lubans DR. The health indicators

associated with screen-based sedentary behaviour among adolescent

girls: a systematic review. J Adolesc Health 2013; 52(4):382-92.

8. Mielke GI, Silva ICM, Owen N, Hallal PC. Brazilian adults' sedentary

behaviours by life domain: Population-based study. Plos one 2014; 9(3):1-

7

9. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por

inquérito telefônico – VIGITEL. Estimativas sobre frequência e distribuição

Page 51: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

51

sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas

nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2013.

Brasília DF, 2014.

10. Edwardson CL, Gorely T, Davies MJ, Gray LJ, Khunti K, Wilmot EG et al.

Association of sedentary behavior with metabolic syndrome: a meta-

analysis. 2012; 7(4): e34916.

11. Rosiek A, Maciejewska NF, Leksowski K, Rosiek-Kryszewska

A, Leksowski Ł. Effect of Television on Obesity and Excess of Weight and

Consequences of Health. Int J Environ Res Public Health. 2015; 12(8):

9408–9426.

12. Bernaards CM, Hildebrandt VH, Hendriksen IJ. Correlates of sedentary

time in different age groups: results from a large cross sectional Dutch

survey. BMC Public Health. 2016. 26;16(1):1121.

13. Jin Young Nam, Juyoung Kim, Kyung Hee Cho, Young Choi, Jaewoo

Choi, Jaeyong Shin et al. Associations of sitting time and occupation with

metabolic syndrome in South Korean adults: a cross-sectional study. BMC

Public Health. 2016 7;16:943.

14. Owen N, Sparling PB, Healy GN, Dunstan DW, Matthews CE. Sedentary

Behavior: Emerging Evidence for a New Helth Risk. Mayo Clin Proc. Dec.

2010; 85(12):1138-1141

15. Meneguci J, Sasaki JE, da Silva Santos Á, Scatena LM, Damião R. Socio-

demographic, clinical and health behavior correlates of sitting time in older

adults. BMC Public Health, 2015; 15:65.

16. Ekelund, U. Steene-Johannessen J, Brown WJ, Fagerland MW, Owen

N, Powell KE et al. Does physical activity attenuate, or even eliminate, the

detrimental association of sitting time with mortality? A harmonized meta-

analysis of data from more than 1 million men and women for the Lancet.

V.38, n.10051, p.1302-1310. 2016.

17. Harvey JA; Chastin SF; Skelton DA. How Sedentary are Older People? A

Systematic Review of the Amount of SedentaryBehavior. J Aging Phys

Act. 2015 23(3):471-87. Epub 2014.

Page 52: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

52

18. Matthews CE, Chen KY, Freedson PS, Buchowski MS, Beech BM, Pate

RR, Troiano RP. Amount OF TIME SPENT IN Sedentary Behaviors in the

United States, 2003-2004. Am. Journal epidemiol. 2008; 167:875-881

19. Bauman A, Ainsworth BE, Sallis JF, Hagströmer M, Craig CL, Bull

FC, Pratt M, Venugopal K, Chau J, Sjöström M; IPS Group. The

Descriptive Epidemiology of Sitting. A 20-Country Comparison Using

the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Am J Prev Med

2011;41(2):228–235.

20. VIGITEL Brasil 2011. Saúde Suplementar. Vigilância de fatores de risco e

proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília, DF 2012.

21. Rego RA, Berardo FAN, Rodrigues SRS, Oliveira ZMA, Oliveira MBO,

Vasconcellos C, Aventurato LVO, Moncau JVC. Ramos LR. Fatores de

risco para doenças crônicas não-transmissiveis: inquérito domiciliar no

município de São Paulo, SP Brasil. Metodologia e resultados

preliminares. V.24, n.4 2009.

22. Holle V, De Bourdeaudhuij I, Deforche B, Cauwenberg VJ, Dyck DV.

Assessment of physical activity in older Belgian adults: validity and

reliability of an adapted interview version of the long International Physical

Activity Questionnaire (IPAQ-L). Published online 2015.

23. Santini PA, Lima MG, Barros MB. Factors associated with sedentary

behavior among adults (time spent watching TV). A population-based study

- ISACAMP 2008 In: 20º IEA WORLD CONGRESS OF EPIDEMIOLOGY,

2014, ANCHORAGE

24. Barros, M. B; Lima, M. G; Medina, L. P. B; Celia, L. S; Deborah, C. M.

Social inequalities in health behaviors among Brazilian adults: National

Health Survey, 2013. International Journal for Equity in Health The official

journal of the International Society for Equity in Health201615:148.

25. Saunders JB, Aasland OG, Babor TF, de la Fuente JR, Grant M.,

Development of the Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT):

WHO Collaborative Project on Early Detection of Persons with

Harmful Alcohol Consumption--II. Addiction. 1993 88(6):791-804.

26. Uffelen VJG, Wong J, Chau JY, Ploeg VHP, Riphagen I, Gilson

ND, Burton NW et. al., Ocupattional Sitting and Health Risks: A Systematic

Review. American Journal of Preventive Medicine. Vol 39, 2010. 379-388.

Page 53: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

53

27. Hadgraft NT, Lynch BM, Clark BK, Healy GN, Owen N, Dunstan DW.

Excessive sitting at work and at home: Correlates of occupational sitting

and TV viewing time in working adults. BMC Public Health, 2015; 15:899.

28. Garcia, LMT. Barros MVG, Silva KV, Duca GFD, Costa FF, Oliveir ESA,

et al. Aspectos sociodemográficos associados a três

comportamentos sedentários em trabalhadores brasileiros. Cad.

Saúde Pública, Rio de Janeiro, 31(5):1015-1024, mai, 2015.

29. Matthews CE, Keadle SK, Troiano RP, Kahle L, Koster A, Brychta R et.

al., Accelerometer-measured dose-response for physical

activity, sedentary time, and mortality in US adults. Am J Clin Nutr. 2016

104 (5):1424-1432. Epub 2016.

30. Rhodes RE, Mark RS, Temmel CP. Adult Sedentary Behavior. A

Systematic Review/ Am J Prev Med 2012; 42(3):e3– e28.

Page 54: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

54

TABELAS

Tabela 1. Prevalências e razões de prevalências brutas, do tempo assistindo TV e do tempo sentado em outras atividades (sem TV) segundo fatores demográficos e socioeconômicos da população com 20 anos e mais, residentes na cidade de Campinas, São Paulo. ISACamp 2014/2015.

*IC = Intervalo de confiança.

Tempo gasto assistindo TV >5 horas

Tempo sentado em outras atividades (sem TV) >5 horas

Variáveis n % RP Bruta Valor de p*

% Valor de p*

RP Bruta

Sexo 0.9608 0.0428 Masculino 1,065 20,1 1

22,4 1

Feminino 800 20,2 1,00 (0,80-1,25) 28,2 1,25 (1,00-1,56) F. Etária 0.1076 0.0000 20-39 518 19,7 1 32,6 1 40-59 439 18,3 0,92 (0,71-1,20) 20,9 0,63 (0,48-0,83) 60 e + 908 24,6 1,24 (0,98-1,57) 14,0 0,43 (0,34-0,53) Raça/Cor 0.3313 0.8355 Brancos 1,277 19,2 1

25,3 1

Não Brancos 588 22,1 1,15 (0,86-1,53) 24,8 0,98 (0,82-1,16) Situação Conjugal

0.0094 0.0000

Casado 1063 18,8 1

20,3 1 Desquitado/ separado/ divorciado/viúvo

479 27,3 1,44 (1,14-1,83) 18,8 0,92 (0,68-1,26)

Solteiro 322 18,9 1,00 (0,78-1,27) 40,4 1,99 (0,68-1,26) Religião

0.2206 0.0086

Católico 1010 21,4 1 21,7 1 Evangélica 561 16,2 0,78 (0,58-1,05) 24,4 1,12 (0,84-1,50) Outra/sem 68 22,0 1,02 (0,74-1,41) 34,8 1,60 (1,20-2,14) Escolaridade em anos

0.0164 0.0000

0-8 1040 23,7 1

15,3 1 9-11 392 19,7 0,83 (0,65-1,05) 20,1 1,31 (0,93-1,85) 12 e + 432 16,3 0,68 (0,52-0,90) 40,3 2,63 (2,05- 3,39) Nº de filhos 0.0000 0 398 31,1 1

38,4 1

1 a 2 799 45,4 0,96 (0,73-1,26) 21,2 0,55 (0,43-0,69) 3 ou + 653 23,5 1,00 (0,77-1,30) 15,1 0,39 (0,29-0,52) Plano de saúde 0.0207 0.0001 Não 1027 22,5 1

19,5 1

Sim 837 17,5 0,77 (0,63-0,96) 31,3 1,60 (1,26-2,02) Nº pessoas no Domicílio

0.9600 0.5305

1-2 pessoas 632 20,7 1

22,5 1 3-4 pessoas 830 19,9 0,96 (0,74-1,24) 26,5 1,18 (0,92-1,51) 5 pessoas e mais

403 20,0 0,96 (0,70-1,32) 25,0 1,11 (0,75-1,63)

Renda per capta em SM

0.0199 0.0257

<1 SM 625 21,8 1

22,4 1 >1 <3 SM 973 21,2 0,96 (0,78-1,20) 24,5 1,09 (0,83-1,43) >3 SM 258 12,2 0,56 (0,36-0,87) 34,5 1,53 (1,14-2,06) Ocupação 0.0226 0.0008 Não trabalha 969 24,1 1

19,2 1

Trabalha 895 18,0 0,74 (0,58-0,95) 28,3 1,47 (1,17-1,85)

Page 55: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

55

Tabela 2. Prevalências e razões de prevalências brutas, do tempo assistindo TV e do tempo sentado em outras atividades (sem TV), segundo comportamentos de saúde, da população com 20 anos e mais, residentes na cidade de Campinas, São Paulo. ISACamp 2014/2015.

Tempo gasto assistindo TV >5

horas Tempo sentado em outras

atividades (sem TV) >5 horas

Variáveis n % Valor de

p* RP Bruta %

Valor de p*

RP Bruta

AF lazer

0.0065

0.0418 Ativo/ insuficientemente

ativo 722 16,7

1 28,0 1

Inativo 1143 22,5 1,34 (1,08-1,66) 23,1 0,82 (0,68-0,98) AF de trabalho 0.2853 0.0001

Ativo/ insuficientemente ativo

199 23,1

1 10,1 1

Inativo 1666 19,7 0,85 (0,63-1,14) 27,5 2,73 (1,60-4,66) AF no transporte 0.0994 0.6320

Ativo/ insuficientemente ativo

943 18,3

1 24,4 1

Inativo 922 22,1 1,20 (0,96-1,50) 26,0 1,06 (0,81-1,38) AF doméstica 0.5669 0.0000

Ativo/ insuficientemente ativo

849 20,9

1 18,3 1

Inativo 1016 19,5 0,93 (0,73-1,18) 30,5 1,66 (1,35-2,04) Tabagismo 0.0938 0.1334

Nunca fumou 1291 18,5

1 26,1 1 Fumante 245 24,5 1,32 (0,96-1,81) 18,6 0,71 (0,47-1,07) Ex-fumante 329 23,8 1,28 (0,95-1,73) 27,2 1,04 (0,81-1,33)

Ing. de bebida alcoólica 0.0015 0.3759 Menos que 1x na sem. 1308 19,9

1 25,6 1

2x na sem. ou mais 101 35,4 1,77 (1,29-2,43) 20,4 0,79 (0,46-1,35) Audit 0.0510 0.3146

Não 1718 19,3

1 24,6 1 Sim 147 27,3 1,41 (1,01-1,97) 29,3 1,19 (0,85-1,66)

Page 56: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

56

Tabela 3. Modelo final dos modelos de regressão contendo razões de prevalências e intervalos de confiança de 95% do maior tempo assistindo TV e do maior tempo sentado sem TV segundo características demográficas, socioeconômicas e de comportamentos de saúde.

Tempo gasto assistindo TV >5 horas

Tempo sentado em outras atividades (sem TV) >5 horas

Variáveis RP (IC95%) etapa 1

RP (IC95%) etapa 2

RP (IC95%) etapa 1

RP (IC95%) etapa 2

Sexo Masculino 1 1 Feminino 1,23 (1,01-1,48) 1,28 (1,06-1,54) F. Etária 20-39 1 1 1 1 40-59 0,89 (066-1,19) 0,89 (0,67-1,19) 0,85 (0,63-1,13) 0,84 (0,62-1,12) 60 e + 1,12 (0,84-1,49) 1,16 (0,88-1,54) 0,63 (0,48-0,83) 0,57 (0,43-0,74) Raça/Cor Brancos Não Brancos Situação conjugal Casado 1 1 1 1

Desquitado/ separado/ divorciado/ Viúvo

1,38 (1,07-1,78) 1,38 (1,08-1,77) 1,11 (0,80-1,55) 1,06 (0,76-1,49)

Solteiro 0,99 (0,74-1,33) 1,02 (0,76-1,37) 1,49 (1,17-1,88) 1,38 (1,08-1,76) Escolaridade em anos 0-8 1 1 9-11 1,08 (0,75-1,56) 0,99 (0,70-1,41) 12 e + 2,05 (1,54 -2,74) 1,81 (1,36-2,39) Renda per capta em SM <1 SM 1 1 >1 <3 SM 0,97 (0,77-1,21) 1,00 (0,81-1,23) >3 SM 0,56 (0,36-0,86) 0,59 (0,39-0,91) AF Lazer Ativo+ins. ativo 1 Inativo 1,30 (1,05-1,61) Audit Não 1 Sim 1,43 (1,01-2,04) AF trabalho Ativo+insuficientemente ativo

1

Inativo 2,79 (1,74-4,49)

Page 57: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

57

Considerações finais

Este estudo permitiu concluir que os indicadores de comportamento

sedentário, comumente usados por pesquisadores, de tempo gasto assistindo

TV e tempo sentado gasto em outras atividades revelaram resultados distintos.

Os resultados também permitiram traçar um perfil de indivíduos que passam

maior tempo sentado assistindo TV: pessoas desquitadas, separadas ou viúvas,

que tiveram respostas positivas para o consumo de risco do álcool e que são

inativas no lazer; e no tempo sentado sem TV (em outras atividades), as maiores

prevalências do comportamento sedentário podem ser identificadas entre as

pessoas do sexo feminino, as pessoas solteiras, com maior escolaridade,

inativas no trabalho; pessoas acima de 60 anos e com mais de um filho. A

realização do presente estudo alerta para a importância de um olhar mais

cauteloso quando se pretende estudar o sedentarismo.

A literatura mostrou que o tema ainda carrega lacunas que devem ser

cuidadosamente preenchidas. Um exemplo é a falta de padronização dos

métodos para mensurar o sedentarismo na população. É importante estar atento

na escolha dos domínios para que os resultados não se apresentem enviesados

e equivocados. Sendo assim os resultados deste estudo sugerem que as

pesquisas que avaliam o comportamento sedentário estudem os domínios

separadamente.

Outra questão é a falta de estratégias que abordam a importância da

redução do comportamento sedentário. As políticas de saúde se empenham

mais em relação à ampliação dos níveis de atividade física de lazer, entretanto

pouco se fala da redução do tempo sentado, seja ele no trabalho, em casa, no

transporte ou no tempo de lazer.

O estudo do sedentarismo é um tema em crescimento nas pesquisas e

ainda com muitas perguntas a serem respondidas. Sendo assim, recomenda-se

novas pesquisas mais detalhadas a fim de esclarecer estas questões. E como

consequência, fornecer informações para que sejam elaboradas estratégias por

parte das políticas públicas de saúde, na tentativa de reduzir a prevalência do

comportamento sedentário nos seus diferentes domínios.

Page 58: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

58

Referências bibliográficas

1. Owen N, Healy GN, Matthews CE, Dunstan DW. Too much sitting: the

population health science of sedentary behavior. Exerc Sport Sci Rev 2010;

vol. (38):105-13.

2. Tremblay MS, Colley RC, Saunders TJ, Healy GN, Owen N. Physiological

and health implications of a sedentary life style. Appl. Physiol. Nutri. Metab.

2010. Vol (6) 725-740.

3. Santos R, Soares-Miranda L, Vale S, Moreira C, Marques AI, Mota j. Sitting

Time and Body Mass Index, in a Portuguese Sample of Men: Results from

the Azorean Physical Activity and Health Study (APAHS). 2010 vol (4): 1500–

1507

4. Meneguci J. Santos DAT, Silva RB, Santos RG, Sasak JEi, Tribess S, et al.

Comportamento sedentário: conceito, implicações fisiológicas e os

procedimentos de avaliação. Motricidade, 2015. vol (11): 160-174.

5. Shuval K, Finley CE, Barlow CE, Nguyen BT, Njike VY, Gabriel KP.

Independent and joint effects of sedentary time and cardiorespiratory fitness

on all-cause mortality: the Cooper Center Longitudinal Study. BMJ

Open 2015; vol (5).

6. Rosenberg DE, Bull FC, Marshall AL, Sallis JF, Bauman AE. Assesment of

Sedentary Behavior with the International Physical activity Questionnaire.

Journal of Physical Activity e Health, 2008. Vol (5):30-S44.

7. World Health Organization. (2010). Global recommendations on physical

activity for health. Genebra: World Health Organization, 2010.

8. Tremblay, M. Letter to the Editor: Standardized use of the terms “sedentary”

and “sedentary behaviours”. Appl Physiol Nutr Metab. 2012 vol (3): 540-2.

9. Mielke GI, da Silva IC, Owen N, Hallal PC. Brazilian Adults’ Sedentary

Behaviors by Life Domain: Population-Based Study. PLOS ONE. 2014. Vol

(9) e91614.

10. Wallmann-Sperlich B, Bucksch J,Hansen S, Schantz P,Froboese I. Sitting

time in Germany: an analysis of sociodemographic and environmental

correlates. BMC Public Health 2013, vol (13):196.

Page 59: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

59

11. Pulsford RM, Stamatakis E, Britton AR, Brunner EJ, Hillsdon M. Associations

of sitting behaviours with all-cause mortality over a 16-year follow-up: the

Whitehall II study. International Journal of Epidemiology, 2015. Vol (6):1909–

1916.

12. Schmid D, Ricci C, Leitzmann, MF. Associations of Objectively Assessed

Physical Activity and Sedentary Time with All-Cause Mortality in US Adults:

The NHANES Study. PLOS ONE; 2015. Vol (13).

13. Meneguci J, Sasaki JE, da Silva Santos Á, Scatena LM, Damião R. Socio-

demographic, clinical and health behavior correlates of sitting time in older

adults. BMC Public Health (2015) 15:65.

14. VIGITEL BRASIL 2014 SAÚDE SUPLEMENTAR. VIGILÂNCIA DE

FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO PARA DOENÇAS CRÔNICAS POR

INQUÉRITO TELEFÔNICO. Brasília, DF 2015.

15. Santini PA, Lima MG, Barros MB, et. al., Factors associated with sedentary

behavior among adults (time spent watching TV). A population-based study

- ISACAMP 2008 In: 20º IEA WORLD CONGRESS OF EPIDEMIOLOGY,

2014, ANCHORAGE.

16. Garcia LMT, Barros MVG, Silva KS, Duca GFD, Costa FF, Oliveira ESA et

al. Aspectos sociodemográficos associados a três comportamentos

sedentários em trabalhadores brasileiros. Cad. Saúde Pública, Rio de

Janeiro, 31(5):1015-1024, 2015.

17. Barros, M. B; Lima, M. G; Medina, L. P. B; Celia, L. S; Deborah, C. M.

Social inequalities in health behaviors among Brazilian adults: National

Health Survey, 2013. International Journal for Equity in HealthThe official

journal of the International Society for Equity in Health201615:148.

18. Morris JN, Crawford MD. Coronary heart disease and physical activity. British

Medical Journal 1958; 1485-96.

19. Oehlschlaeger MHK, Pinheiro RT, Horta B, Gelatti C, Sant’ Ana P.

Prevalência e fatores associados ao Sedentarismo em adolescentes de área

urbana. Rev. Saúde pública, 2004. 35;(2): 157 – 63. www.fsp.usp.br/rsp.

20. JOHNSON, J; IGNASZEWSKI, A. Exercise and heart: A review of the early

studies, in memory of Dr. RS. Paffenbarger. BC Medical Journal 2007;

49(10):540-46.

Page 60: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

60

21. Hagger-Johnson G, Gow AJ, Burley V, Greenwood D, Cade JE. Sitting Time,

Fidgeting, and All-Cause Mortality in the UK Women’s Cohort Study. Am J

Prev Med, 2015.

22. Ekelund U, Steene-Johannessen J, Brown WJ, Fagerland MW, Owen N,

Powell K et al.Does physical activity attenuate, or even eliminate, the

detrimental association of sitting time with mortality? A harmonised meta-

analysis of data from more than 1 million men and women. 2016; 140-

6736(16)30370-1.

23. Hamilton MT, Hamilton DG, Zderic TW. Role of Low Energy Expenditure and

Sitting in Obesity, Metabolic Syndrome, Type 2 Diabetes, and Cardiovascular

Disease.Diabetes. 2007; 56(11): 2655-2667.

24. KOSTER A, Caserotti P, Patel KV, Matthews CE, Berrigan D, Domelen DRV

et al. Association of Sedentary Time with Mortality Independent of Moderate

to Vigorous Physical Activity. Plos one.June 13, 2012.

25. Katzmarzyk PT, Lee IM. Sedentary behaviour and life expectancy in the USA:

a cause-deleted life table analysis. BMJ Open 2012; 2: e000828.

26. Leach HJ, Mama SK, Soltero EG, Lee RE. The influence of Sitting Time and

Physycal Activity on Health Outcomes in Public Housing Residents. Ethn dis

2014; 24 (3): 370-75

27. HU FB. Li TY, Colditz GA, Willett WC, Manson JE. Television watching and

other sedentary behaviors in relation to risk of obesity and type 2 diabetes

mellitus in women. JAMA. 2003; 9;289(14):1785-91.

28. Costigan SA, Barnett L, Plotnikoff RC, Lubans DR. The health indicators

associated with screen-based sedentary behaviour among adolescent girls:

a systematic review. J Adolesc Health 2013;52(4):382-92.

29. Hsueh MC; Liao Y; Chang SH. Associations of Total and Domain-Specific

Sedentary Time With Type 2 Diabetes in Taiwanese Older Adults. J

Epidemiol. 2016; 26(7):348-54. Epub 2016.

30. Sisson SB, Camhi SM, Church TS, Martin CK, Tudor-Locke C, Bouchard C.

et al. Leisure Time Sedentary Behavior, Occupational/Domestic Physical

Activity, and Metabolic Syndrome in U.S. Men and Women. Metab Syndr

Relat Disord. 2009; 7(6): 529–536.

Page 61: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

61

31. Katzmarzyk PT, Church TS, Craig CL, Bouchard C.. Sitting Time and

Mortality from All Causes, Cardiovascular Disease, and Cancer. Medicine

and Science in Sports and Exercise. (2009). 41(5), 998–1005.

32. Thompson WG, Foster RC, Eide DS, Levine JA. Feasibility of a walking

workstation to increase daily walking. Br J Sports Med. 2008 Mar;42 (3):225-

8.

33. Chastin SFM, De Craemer M, Lien N, Bernaards C, Buck C, Oppert JM et al.

The SOS-framework (Systems of Sedentary behaviours): an international

transdisciplinary consensus framework for the study of determinants,

research priorities and policy on sedentary behaviour across the life course:

a DEDIPAC-study.Int J BehavNutrPhysAct. 2016; 13: 83.

34. Ng SW, Popkin BM.. Time use and physical activity: a shift away from

movement across the globe. Obes. Rev. 2012;13:659–80.

35. Bauman, A; Ainsworth B. E, Sallis J. F, Hagströmer M, Craig C. L, Bull F.

C, Pratt M, Venugopal K, Chau J, Sjöström M; IPS Group. The Descriptive

Epidemiology of Sitting. A 20-Country Comparison Using the International

Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Am J Prev Med 2011;41(2):228–235.

36. Van Dyck D, Cerin E, Conway TL, De Bourdeaudhuij I, Owen N, Kerr J et al.

Associations between perceived neighborhood environmental attributes and

adults' sedentary behavior: findings from the U.S.A., Australia and Belgium.

Soc Sci Med. 2012; 74(9):1375-84.

37. roda JJ, Martínez-González MA, De Irala-Estévez J, Kearney J, Gibney

M, Martínez JA. Distribution and determinants of sedentary lifestyles in the

European Union. Int. J. Epidemiol. (2003) 32 (1):138-146.

38. VIGITEL BRASIL 2010 SAÚDE SUPLEMENTAR. VIGILÂNCIA DE

FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO PARA DOENÇAS CRÔNICAS POR

INQUÉRITO TELEFÔNICO. Brasília, DF 2011.

39. VIGITEL BRASIL 2011 SAÚDE SUPLEMENTAR. VIGILÂNCIA DE

FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO PARA DOENÇAS CRÔNICAS POR

INQUÉRITO TELEFÔNICO. Brasília, DF 2012.

40. VIGITEL BRASIL 2012 SAÚDE SUPLEMENTAR. VIGILÂNCIA DE

FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO PARA DOENÇAS CRÔNICAS POR

INQUÉRITO TELEFÔNICO. Brasília, DF 2013.

Page 62: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

62

41. VIGITEL BRASIL 2013 SAÚDE SUPLEMENTAR. VIGILÂNCIA DE

FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO PARA DOENÇAS CRÔNICAS POR

INQUÉRITO TELEFÔNICO. Brasília, DF 2014.

42. VIGITEL BRASIL 2015 SAÚDE SUPLEMENTAR. VIGILÂNCIA DE

FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO PARA DOENÇAS CRÔNICAS POR

INQUÉRITO TELEFÔNICO. Brasília, DF 2016.

43. Santos R, Mota J, Okely AD, Pratt M, Moreira C, Coelho-e-Silva MJ, et al.

The independent associations of sedentary behavior and physical activity on

cardiorespiratory fitness. Br J Sports Med 2014; 48:1508-1512.

44. Souza, M. M. Rocha SV, Santos CA, Carneiro LRV, Pinto LL, Santos CES.

Prevalência e fatores associados à inatividade física geral e no lazer em

idosos residentes em áreas rurais. Arquivos de Ciências do Esporte.

Universidade Federal do triângulo Mineiro. Capa> v. 1, n. 2 (2013).

45. Barbosa Filho, V. C; Campos, W; Lopes, A. S. Epidemiology of physical

inactivity, sedentary behaviors, and unhealthy eating habits among brazilian

adolescents. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2014, vol.19, n.1, pp.173-194.

46. Harvey JA, Chastin SFM, Skelton DA. Prevalence of Sedentary Behavior in

Older Adults: A Systematic Review. Int. J. Environ. Res. Public

Health 2013, 10(12), 6645-6661.

47. Matthews CE, George SM, Moore SC, Bowles HR, Blair A, Park Y et al.

Amount of time spent in sedentary behaviors in the United States, 2003-

2004.Am. J. Epidemiol. 2008. 1; 167 (7):875-81.

48. Jans MP, Proper KI, Hildebrandt VH. Sedentary behavior in Dutch workers:

differences between occupations and business sectors. Am J Prev Med

2007;33(6):450–4.

49. Harrington DM, Barreira TV, Staiano AE, Katzmarzyk PT. The descriptive

epidemiology of sitting among US adults, NHANES 2009/2010. Journal of

Science and Medicine in Sport 17 (2014) 371–375.

50. Brown, W.J Williams L, Ford JH, Ball K, Dobson AJ. Identifying the energy

gap: magnitude and determinants of 5-year weight gain in midage women.

Obes Res 2005;13(8):1431– 41.

51. MELO, E. N. Associação entre religiosidade, atividade física e

comportamento sedentário em adolescentes. Rev Bras Ativ Fis Saúde p.

359-369 DOI: http://dx.doi.org/10.12820/2317- 1634. 2012; v17, n5. p359.

Page 63: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

63

52. Blair SN, Kohl HW , Barlow CE, Paffenbarger RS Jr, Gibbons LW, Macera

CA., Changes in physical fitness and all-cause mortality: a prospective study

of healthy and unhealthy men. JAMA 1995;273:1093-8.

53. AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE (ACSM). American College

of Sports Medicine position stand: the recommended quantity and quality of

exercise for developing and maintaining cardiorespiratory and muscular

fitness, and flexibility in healthy adults. Medicine & Science in Sports &

Exercise, Madison, v.30, n.6, p.975-91, 1998.

54. Warburton DER, Nicol CW, Bredin SD. Health benefits of physical activity:

the evidence. CMAJ • March 14, 2006 • 174(6).

55. Rhodes RE, Mark RS, Temmel CP. Adult Sedentary Behavior. A Systematic

Review/ Am J Prev Med 2012; 42(3):e3– e28.

56. Roda C, Charreire H, Feuillet T, Mackenbach JD, Compernolle S, Glonti K,

et al., Lifestyle correlates of overweight in adults: a hierarchical approach (the

SPOTLIGHT project). Int J Behav Nutr Phys Act. 2016; 13: 114.

57. Lesjak V, Stanojecik-Jercovik O. PHYSICAL ACTIVITY, SEDENTARY

BEHAVIOR AND SUBSTANCE USE AMONG ADOLESCENTS IN

SLOVENIAN URBAN AREA. Zdrav Var 2015; 54(3): 168-174.

58. Pearson N, Biddle JHS. Sedentary Behavior and Dietary Intake in Children,

Adolescents, and Adults A Systematic Review. Am J Prev Med

2011;41(2):178 –188.

59. Matsudo SM, Matsudo VKR, Barros Neto TL. Atividade física e

envelhecimento: aspectos epidemiológicos. Ver. Bras. Med.

Esporte vol.7 no.1 Niterói, 2001.

60. Pitanga, FJ. G. Epidemiologia, atividade física e saúde. Rev. Bras. Ciên. e

Mov. Brasília v.10 n. 3 p. julho, 2002.

61. Cheik NC, Reis TI, Heredia RAG, Ventura ML, Tufik F, Antunes, HKM et al.

Efeitos do exercício físico e da atividade física na depressão e ansiedade em

indivíduos idosos. R. bras. Ci. e Mov. Brasília v. 11 n. 3, 2003; 45-52.

62. Souza Junior M, Barboza RG, Lorenzini AR, Guimarães G, Sayone H,

Ferreira RC, et al. coletivo de autores: a cultura corporal em questão. Rev.

Bras. Ciênc. Esporte, Florianópolis, v. 33, n. 2, p. 391-411, 2011.

Page 64: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

64

63. Hallal PC, Dumith SC; Bastos JP; Reichert FF; Siqueira FV; Azevedo MR.

Evolução da pesquisa epidemiológica em atividade física no Brasil: revisão

sistemática. Rev. Saúde Pública 2007;41 (3):453-60.

64. Del Duca GF, Nahas MV, Garcia LM, Silva SG, Hallal PC, Peres MA, Active

commuting reduces sociodemographic differences in adherence to

recommendations derived from leisure-time physical activity among Brazilian

adults. Public Health. 2016 May; 134: 12-7.

65. Sallis JF, Bull F, Guthold R, Heath GW, Inoue S, Kelly P, et. al., Progress in

physical activity over the Olympic quadrennium. The Lancet, Volume 3 Nº.

10051, p 1325-1336. 2016.

66. Inumaru LE; Silveira EA; Naves MMV. Fatores de risco e de proteção para

câncer de mama: uma revisão sistemática. Cad. Saúde Pública, Rio de

Janeiro, 27(7):1259-1270, 2011.

67. Casado L; Vianna LM; Thuler, LCS. Fatores de risco para doenças Crônicas

do Brasil: uma Revisão Sistemática. Revista Brasileira de Cancerologia.

2009; 55 (4): 379-388.

68. Knuth AG, Bielemann RM, Silva GS, Borges TT, Del Duca GF, Kremer MM,

Hallal PC et al. Conhecimento de adultos sobre o papel da atividade física

na prevenção e tratamento de diabetes e hipertensão: estudo de base

populacional no Sul do Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro,

25(3):513-520, 2009.

69. Silvestre TG, Landa U. Women, Physical Activity, and Quality of Life: Self-

concept as a Mediator. The Spanish Journal of Psychology (2016), 19, e6,

1–9.

70. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Global Status Reporton

noncommunicable diseases, 2014. “Attaining the nine global

noncommunicable diseases targets; a shared responsibility”.

71. Moraes ACF, Fernandes CAM, Elias RGM, Nakashima ATA, Reichert FF,

Falcão MC. Prevalência de inatividade física e fatores associados em

adolescentes. Rev Assoc. Med. Bras. 2009; 55(5): 523-8

72. Silva RS, Silva I, Silva RA; Souza L, Tomasi E. Atividade física e qualidade

de vida. Ciência & Saúde Coletiva, 15(1):115-120, 2010.

Page 65: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

65

73. Kato T. Effect of exercise and sports activity on bone health during the period

of adolescence to young adulthood. Clin Calcium. 2017; 27(1):101-106.

74. Wallis JA, Webster KE, Levinger P, Singh PJ, Fong C, Taylor NF. A walking

program for people with severe knee osteoarthritis did not reduce pain but

may have benefits for cardiovascular health: a phase II randomised

controlled trial. Osteoarthritis Cartilage. S1063-4584(16)30486-1, 2016.

75. Dolenc- Tikkanen, H. Wadén J, Forsblom C, Harjutsalo V, Thorn

LM, Saraheimo M et al., Frequent and intensive physical activity reduces

risk of cardiovascular events in type 1 diabetes. Diabetologia (2016).

76. Benedetti, T. R. B. Borges, L. J; Petroski, E. L; Gonçalves, L. H. T., Physical

activity and mental health status among elderly people. Rev Saúde Pública,

42(2):302-7, 2008.

77. Walther D, Curjuric I, Dratva J, Schaffner E, Quinto C, Schmidt-Trucksäss

A. Hypertension, diabetes and lifestyle in the long-term - Results from a Swiss

population-based cohort. Prev. Med. 21;97:56-61 2016.

78. Sampaio AA, Oliveira JRG. A GINÁSTICA LABORAL NA PROMOÇÃO DA

SAÚDE E MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO. Caderno

de Educação Física, v.7, n.13, p. 2. 2008.

79. Serra MVG, Pimenta LC, Quemelo PRV. Efeitos da ginástica laboral na

saúde do trabalhador. Uma revisão da literatura. Revista pesquisa em

fisioterapia, v.4, n. 3. 2014.

80. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de

Orçamentos Familiares 2008-2009: Análise do consumo alimentar pessoal

no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2014.

81. SMS/Campinas, Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, Estrutura do

SUS Campinas. Acessado em 12-06-16. Disponível em <

http://2009.campinas.sp. gov.br/saúde.

82. Kelsey JL. Whittemore SA, Evans AS ,Thompson WD. Methods in

observational epidemiology. 2ed. Monographs in epidemiology and

bioestatistics. V.26. New York, 1996.

83. Sampaio AA; Oliveira JRG. A ginástica laboral na promoção da saúde e

melhoria da qualidade de vida no trabalho. Caderno de Educação Física

2008; V. (7):71-79.

Page 66: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

66

ANEXO 1 - BLOCO K (IPAQ)

COMPORTAMENTOS RELACIONADOS A SAÚDE BLOCO K ATIVIDADE FÍSICA BLOCO K1 As questões que se seguem estão relacionadas ao tempo que o(a) Sr.(a) utiliza fazendo atividade física em uma semana NORMAL, USUAL ou HABITUAL. As perguntas incluem as atividades que o(a) Sr.(a) faz no trabalho, para ir de um lugar a outro, por lazer, por esporte, por exercício ou como parte das suas atividades em casa ou no jardim. Para responder as questões, lembre-se que:

Atividades físicas VIGOROSAS são aquelas que precisam de um grande esforço físico e que fazem respirar

MUITO mais forte que o normal, u Atividades físicas MODERADAS são aquelas que precisam de algum

esforço físico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal SEÇÃO 1 - ATIVIDADE FÍSICA NO TRABALHO Esta seção inclui AS ATIVIDADES QUE O(A) SR.(A) FAZ NO SEU SERVIÇO, que incluem trabalho remunerado ou voluntário, as atividades na escola ou faculdade e outro tipo de trabalho não remunerado fora da sua casa. NÃO incluir trabalho não remunerado que o(a) Sr.(a) faz na sua casa como tarefas domésticas, cuidar do jardim e da casa ou tomar conta da sua família. Estas serão incluídas na seção 3. K1 01 a. Atualmente o(a) Sr.(a) trabalha ou faz trabalho voluntário fora de sua casa? 1. não _pular para seção 2 2. sim 9. NS/NRpular para seção 2 As próximas questões são em relação a toda a atividade física que o(a) Sr.(a) faz em uma semana USUAL ou NORMAL como parte do seu trabalho remunerado ou não remunerado. NÃO inclua o transporte para o trabalho. Pense unicamente nas atividades que o(a) Sr.(a) faz por pelo menos 10 minutos contínuos: K1 01 b. Em quantos dias de uma semana normal o(a) Sr.(a) gasta fazendo atividades VIGOROSAS, por pelo menos 10 minutos contínuos, como trabalho de construção pesada, carregar grandes pesos, trabalhar com enxada, escavar ou subir escadas como parte do seu trabalho: |__| dias por SEMANA se colocar o número zero (0), pular para K1 01 d K1 01 c. Quanto tempo no total o(a) Sr.(a) usualmente gasta POR DIA fazendo atividades físicas vigorosas como parte do seu trabalho?

Page 67: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

67

|__|__| horas |__|__| minutos K1 01 d. Em quantos dias de uma semana normal o(a) Sr.(a) faz atividades MODERADAS, por pelo menos 10 minutos contínuos, como carregar pesos leves como parte do seu trabalho? |__| dias por SEMANA se colocar o número zero (0), pular para K1 01 f K1 01 e. Quanto tempo no total o(a) Sr.(a) usualmente gasta POR DIA fazendo atividades moderadas como parte do seu trabalho? |__|__| horas |__|__| minutos K1 01 f. Em quantos dias de uma semana normal o(a) Sr.(a) anda, durante pelo menos 10 minutos contínuos, como parte do seu trabalho? Por favor, NÃO inclua o andar como forma de transporte para ir ou voltar do trabalho. |__| dias por SEMANA se colocar o número zero (0), pular para seção 2 K1 01 g. Quanto tempo no total o(a) Sr.(a) usualmente gasta POR DIA caminhando como parte do seu trabalho? |__|__| horas |__|__| minutos SEÇÃO 2 - ATIVIDADE FÍSICA COMO MEIO DE TRANSPORTE Estas questões se referem à forma típica como o(a) Sr.(a) se desloca de um lugar para outro, incluindo seu trabalho, escola, cinema, lojas e outros. K1 02 a. Em quantos dias de uma semana normal o(a) Sr.(a) anda de carro, ônibus, metrô ou trem? |__| dias por SEMANA se colocar o número zero (0), pular para K1 02 c K1 02 b. Quanto tempo no total o(a) Sr.(a) usualmente gasta POR DIA andando de carro, ônibus, metrô ou trem? |__|__| horas |__|__| minutos Agora pense somente em relação a caminhar ou pedalar para ir de um lugar a outro em uma semana normal. K1 02 c. Em quantos dias de uma semana normal o(a) Sr.(a) anda de bicicleta por pelo menos 10 minutos contínuos para ir de um lugar para outro? NÃO inclua o pedalar por lazer ou exercício.

Page 68: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

68

|__| dias por SEMANA se colocar o número zero (0), pular para K1 02 e K1 02 d. Nos dias que o(a) Sr.(a) pedala, quanto tempo no total o(a) Sr.(a) pedala POR DIA para ir de um lugar para outro? |__|__| horas |__|__| minutos K1 02 e. Em quantos dias de uma semana normal o(a) Sr.(a) caminha por pelo menos 10 minutos contínuos para ir de um lugar para outro? NÃO inclua as caminhadas por lazer ou exercício. |__| dias por SEMANA se colocar o número zero (0), pular para seção 3 K1 02 f. Quando o(a) Sr.(a) caminha para ir de um lugar para outro quanto tempo POR DIA o(a) Sr.(a) gasta? NÃO inclua as caminhadas por lazer ou exercício. |__|__| horas |__|__| minutos SEÇÃO 3 – ATIVIDADE FÍSICA EM CASA: TRABALHO, TAREFAS DOMÉSTICAS E CUIDAR DA FAMÍLIA Esta parte inclui as atividades físicas que o(a) Sr.(a) faz em uma semana NORMAL na sua casa e ao redor da sua casa, por exemplo, trabalho em casa, cuidar do jardim, cuidar do quintal, trabalho de manutenção da casa ou para cuidar da sua família. Novamente, pense somente naquelas atividades físicas que o(a) Sr.(a) faz por pelo menos 10 minutos contínuos. K1 03 a. Em quantos dias de uma semana normal o(a) Sr.(a) faz atividades físicas VIGOROSAS NO JARDIM OU QUINTAL por pelo menos 10 minutos como carpir, lavar o quintal, esfregar o chão? |__| dias por SEMANA se colocar o número zero (0), pular para K1 03 c K1 03 b. Nos dias que o(a) Sr.(a) faz este tipo de atividades vigorosas no quintal ou jardim quanto tempo no total o(a) Sr.(a) gasta POR DIA? |__|__| horas |__|__| minutos K1 03 c. Em quantos dias de uma semana normal o(a) Sr.(a) faz atividades MODERADAS por pelo menos 10 minutos como carregar pesos leves, limpar vidros, varrer, rastelar O JARDIM OU QUINTAL? |__| dias por SEMANA se colocar o número zero (0), pular para K1 03 e K1 03 d. Nos dias que o(a) Sr.(a) faz este tipo de atividades quanto tempo no total o(a) Sr.(a) gasta POR DIA fazendo essas atividades moderadas no jardim ou no quintal?

Page 69: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

69

|__|__| horas |__|__| minutos K1 03 e. Em quantos dias de uma semana normal o(a) Sr.(a) faz atividades MODERADAS por pelo menos 10 minutos como carregar pesos leves, limpar vidros, varrer ou limpar o chão DENTRO DA SUA CASA? |__| dias por SEMANA se colocar o número zero (0), pular para seção 4 K1 03 f. Nos dias que o(a) Sr.(a) faz este tipo de atividades moderadas dentro da sua casa quanto tempo no total o(a) Sr.(a) gasta POR DIA? |__|__| horas |__|__| minutos SEÇÃO 4- ATIVIDADES FÍSICAS DE RECREAÇÃO, ESPORTE, EXERCÍCIO E DE LAZER Esta seção se refere às atividades físicas que o(a) Sr.(a) faz em uma semana NORMAL unicamente por recreação, esporte, exercício ou lazer. Novamente, pense somente nas atividades físicas que faz por pelo menos 10 minutos contínuos. Por favor, NÃO inclua atividades que o(a) Sr.(a) já tenha citado. K1 04 a. Sem contar qualquer caminhada que o(a) Sr.(a) tenha citado anteriormente, em quantos dias de uma semana normal, o(a) Sr.(a) caminha por pelo menos 10 minutos contínuos no seu tempo livre? |__| dias por SEMANA se colocar o número zero (0), pular para K1 04c K1 04 b. Nos dias em que o(a) Sr.(a) caminha no seu tempo livre, quanto tempo no total o(a) Sr.(a) gasta POR DIA? |__|__| horas |__|__| minutos K1 04 c. Em quantos dias de uma semana normal, o(a) Sr.(a) faz atividades VIGOROSAS no seu tempo livre por pelo menos 10 minutos, como correr, fazer exercícios aeróbicos, nadar rápido, pedalar rápido ou fazer jogging: |__| dias por SEMANA se colocar o número zero (0), pular para K1 04e K1 04 d. Nos dias em que o(a) Sr.(a) faz estas atividades vigorosas no seu tempo livre quanto tempo no total o(a) Sr.(a) gasta POR DIA? |__|__| horas |__|__|minutos K1 04 e. Em quantos dias de uma semana normal, o(a) Sr.(a) faz atividades MODERADAS no seu tempo livre por pelo menos 10 minutos, como pedalar ou nadar a velocidade regular, jogar bola, vôlei, basquete, tênis: |__| dias por SEMANA _se colocar o número zero (0), pular para seção 5

Page 70: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

70

K1 04 f. Nos dias em que o(a) Sr.(a) faz estas atividades moderadas no seu tempo livre, quanto tempo no total o(a) Sr.(a) gasta POR DIA? |__|__| horas |__|__| minutos SEÇÃO 5 –TEMPO GASTO SENTADO K1 05 a. Quanto tempo no total o(a) Sr.(a) gasta sentado durante um dia de semana? |__|__| horas |__|__| minutos K1 05 b. Quanto tempo no total o(a) Sr.(a) gasta sentado durante um dia de final de semana? |__|__| horas |__|__| minutos OUTRAS QUESTÕES RELATIVAS A ATIVIDADE FÍSICA K1 06. Quanto tempo no total o(a) Sr.(a) gasta assistindo TV durante um dia de semana? |__|__| horas |__|__| minutos K1 07. Quanto tempo no total o(a) Sr.(a) gasta assistindo TV durante um dia de final de semana? |__|__| horas |__|__| minutos K1 08. Quanto tempo no total o(a) Sr.(a) gasta no computador durante um dia de semana? |__|__| horas |__|__| minutos K1 09. Quanto tempo no total o(a) Sr.(a) gasta no computador durante um dia de final de semana? |__|__| horas |__|__| minutos K1 10. O(a) Sr.(a) pratica regularmente, pelo menos uma vez por semana, algum tipo de exercício físico ou esporte? 1. não pular para K1 13 2. sim 9. NS/NR pular para K1 13

ANEXO II

Page 71: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

71

No anexo II serão apresentadas as questões referentes às variáveis demográficas, socioeconômicas e comportamentos relacionados à saúde (além

das apresentadas no ANEXO I) K1 11. Qual(is)? 01 a. caminhada (não vale como deslocamento) 02 a. corrida/corrida em esteira 03 a. bicicleta (não vale como deslocamento) 04 a. academia / ginástica em geral (ex: aula de step, jump, glúteo, aula de spinning, bicicleta ergométrica) 05 a. musculação 06 a. hidroginástica 07 a. natação 08 a. yoga/ pilates 09 a. artes marciais e lutas 10 a. voleibol 11 a. basquetebol ou handebol 12 a. futebol 13 a. dança 14 a. educação física (escola) 15 a. outros 99 a. NS/NR (Para cada atividade referida, serão feitas as 2 perguntas a seguir): K1 11 01 b. Em quantos dias da semana o(a) Sr.(a) pratica _______________? 1. 1 2. 2 3. 3 4. 4 5. 5 6. 6 7. 7 9. NS/NR K1 11 01 c. Em que local o(a) Sr.(a) o pratica? 1. residência 2. clube/academia 3. local público/praça pública 4. escola 5. outro 9. NS/NR K1 12. Tem orientação de um profissional para desenvolver alguma das atividades físicas? 1. não 2. sim pular para K1 14

Page 72: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

72

9. NS/NR K1 13. Por que não pratica? 1. não tenho tempo 2. não gosto /desmotivado / preguiça 3. sinto-me muito cansado 4. não tenho condições financeiras para pagar 5. não tem espaço/ambiente adequado para praticar 6. doença / limitação física / deficiência / problema de saúde 7. outro 9. NS/NR K1 14. Próximo à sua residência existem locais públicos (praça, parque ou rua) adequados para a prática de atividade física? 1. não 2. sim 9. NS/NR K1 15. Durante o dia o (a) Sr.(a) acha que é seguro caminhar ou praticar esporte perto de sua casa? 1. não 2. sim 9. NS/NR K1 16. À noite o (a) Sr.(a) acha que é seguro caminhar ou praticar esporte perto de sua casa? 1. não 2. sim 9. NS/NR K1 17. Algum(a) amigo(a), parente ou vizinho(a) o(a) convida para caminhar ou praticar esporte no seu bairro? 1. não 2. sim 9. NS/NR K1 18. O(a) Sr.(a) costuma passear com seu cachorro nas ruas do seu bairro? 1. não 2. sim 3. não se aplica/ não tem cachorro 9. NS/NR CONSUMO DE BEBIDAS BLOCO K2 K2 01. Qual é a bebida de sua preferência? Bebidas não alcoólicas 01 - Água 02 - Leite ou achocolatado 03 - Café 04 - Café com leite ou capuccino 05 - Chá ou chimarrão

Page 73: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

73

06 - Refrigerante 07- Refrigerante diet, light ou zero 08 - Suco de fruta natural/ polpa congelada 09 - Suco industrializado (pronto, concentrado, em pó ou xarope) 10 - Iogurte 11 - Vitamina de frutas com ou sem leite 12 - Bebida energética (Red Bull, Flash Power) ou isotônica (Gatorade, SportDrink, Marathon, etc.) 13 - Cerveja sem álcool 14 - Outras bebidas não alcoólicas Bebidas alcoólicas FERMENTADAS 15 - Vinho 16 - Champagne ou Sidra 17 - Chopp ou cerveja 18 - Saquê 19 - Outros fermentados DESTILADAS 20 - Uísque 21 – Aguardente/ Pinga 22 - Vodca 23 - Conhaque 24 - Rum 25 - Gim 26 - Tequila 27 - Steinhaeger 28 - Destilado com refrigerante (Hi-Fi, Cuba Libre, gim tônica, uísque com guaraná, etc.) 29 - Outros destilados POR MISTURA OU COQUETÉIS 30 - Licor 31 - “Batida” com destilado (vodca, uísque, cachaça, etc. – inclui caipirinha!) 32 - “Batida” com fermentado (c/ vinho, champagne ou caracu) 33 - Ponche ou Sangria 34 - Cooler 35 - “Ices” 36 - Bitters ou amargos ou aperitivos (Campari, St. Remy, St. Raphael, Cynar, Jurubeba, Catuaba) 37 - Vermutes (Martini, Contini, Cinzano) 38 - outras bebidas por mistura ou coquetéis 50 – outras bebidas alcoólicas 55 – não tem bebida de preferência 99 – NS/NR

Page 74: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

74

Se referir bebida alcoólica (códigos 15 a 50) pular para K2 07 K2 02. O(a) Sr.(a) já experimentou algum tipo de bebida alcoólica? 1. não pular para K3 01 2. sim 9. NS/NR pular para K3 01 K2 03. O(a) Sr.(a) costuma ingerir bebida alcoólica com alguma frequência ou mesmo ocasionalmente? Se não costuma, nunca teve o hábito ou tinha e deixou de beber? 1. não, nunca teve o hábito de beber. pular para K3 01 2. não, não bebe mais pular para K2 05 3. sim 9. NS/NR K2 04. Qual é a bebida alcoólica de sua preferência? FERMENTADAS 15 - Vinho 16 - Champagne ou Sidra 17 - Chopp ou cerveja 18 - Saquê 19 - Outros fermentados DESTILADAS 20 - Uísque 21 – Aguardente/ Pinga 22 - Vodca 23 - Conhaque 24 - Rum 25 - Gim 26 - Tequila 27 - Steinhaeger 28 - Destilado com refrigerante (Hi-Fi, Cuba Libre, gim tônica, uísque com guaraná, etc.) 29 - Outros destilados POR MISTURA OU COQUETÉIS 30 - Licor 31 - “Batida” com destilado (vodca, uísque, cachaça, etc – inclui caipirinha!) 32 - “Batida” com fermentado (c/ vinho, champagne ou caracu) 33 - Ponche ou Sangria 34 - Cooler 35 - “Ices” 36 - Bitters ou amargos ou aperitivos (Campari, St. Remy, St. Raphael, Cynar, Jurubeba, Catuaba)

Page 75: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

75

37 - Vermutes (Martini, Contini, Cinzano) 38 - outras bebidas por mistura ou coquetéis 50 – outra bebida não determinada 55 – gosta de muitos tipos de bebidas alcoólicas. 56 – não tem bebida alcoólica de preferência 99. NS/NR pular para K2 07 K2 05. Há quanto tempo o(a) Sr.(a) não ingere bebida alcoólica? 1. não bebe há mais de um ano pular para K2 19 2. parou de beber há menos de um ano 9. NS/NR K2 06. Qual foi o motivo que o (a) levou a parar de beber? 1. surgimento de doença 2. abuso de bebida no passado 3. uso de medicamentos 4. medo de ter doenças 5. porque faz mal para a saúde 6. experiências negativas com bebida na família/ com conhecidos/ com amigos 7. religião 8. não gosta 9. NS/NR Pessoas com 10 e 11 anos de idade pular para Bloco K3

PARA PESSOAS COM 12 ANOS OU MAIS Agora, iremos perguntar sobre o consumo de bebidas alcoólicas nos últimos 12 meses. Entrevistador: lembre-se que 1 dose corresponde a 1 taça de vinho ou 1 dose de destilado (uísque, vodca, cachaça) ou 1 lata de cerveja. K2 07. Com que frequência o(a) Sr.(a) consome (consumia) bebidas alcoólicas? 0. nunca 1. uma vez por mês ou menos 2. 2 a 4 vezes por mês 3. 2 a 3 vezes por semana 4. 4 ou mais vezes por semana 9. NS/NR K2 08. Quantas doses de álcool o(a) Sr.(a) consome (consumia) num dia normal em que bebe? 0. 0 ou 1 1. 2 ou 3 2a. 4 2b. 5

Page 76: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

76

3. 6 ou 7 4. 8 ou mais 9. NS/NR Se a resposta for alternativa 0 ou 1 da K2 07 e alternativa 0 na K2 08 – encerar o Bloco. K2 09. Com que frequência o(a) Sr.(a) consome (consumia) cinco ou mais doses em uma única ocasião? 0. nunca 1. menos que uma vez por mês 2. uma vez por mês 3. uma vez por semana 4. quase todos os dias 9. NS/NR K2 10. Quantas vezes ao longo dos últimos doze meses o(a) Sr.(a) achou que não conseguiria parar de beber uma vez tendo começado? 0. nunca 1. menos que uma vez por mês 2. uma vez por mês 3. uma vez por semana 4. quase todos os dias 9. NS/NR K2 11. Quantas vezes ao longo dos últimos doze meses o(a) Sr.(a) não conseguiu fazer o que era esperado do(a) Sr.(a) por causa do álcool? 0. nunca 1. menos que uma vez por mês 2. uma vez por mês 3. uma vez por semana 4. quase todos os dias 9. NS/NR K2 12. Quantas vezes ao longo dos últimos doze meses o(a) Sr.(a) precisou beber pela manhã para poder se sentir bem ao longo do dia após ter bebido bastante no dia anterior? 0. nunca 1. menos que uma vez por mês 2. uma vez por mês 3. uma vez por semana 4. quase todos os dias 9. NS/NR K2 13. Quantas vezes ao longo dos últimos doze meses o(a) Sr.(a) se sentiu culpado ou com remorso após ter bebido?

Page 77: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

77

0. nunca 1. menos que uma vez por mês 2. uma vez por mês 3. uma vez por semana 4. quase todos os dias 9. NS/NR K2 14. Quantas vezes ao longo dos últimos doze meses o(a) Sr.(a) foi incapaz de lembrar o que aconteceu devido à bebida? 0. nunca 1. menos que uma vez por mês 2. uma vez por mês 3. uma vez por semana 4. quase todos os dias 9. NS/NR K2 15. O(a) Sr.(a) já causou ferimentos ou prejuízos ao(a) Sr.(a) mesmo ou a outra pessoa após ter bebido? 0. não 1. sim, mas não no último ano 2. sim, durante o último ano 9. NS/NR K2 16. Alguém ou algum parente, amigo ou médico, já se preocupou com o fato de o(a) Sr.(a) beber ou sugeriu que o(a) Sr.(a) parasse? 0. não 1. sim, mas não no último ano 2. sim, durante o último ano 9. NS/NR K2 17. Alguma vez o(a) Sr.(a) sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber? 1. não pular para K3 01 2. sim 9. NS/NR pular para K3 01 K2 18. O(a) Sr.(a) procurou o serviço de saúde ou alguma outra instituição de apoio para ajudá-lo a diminuir a quantidade de bebida ou a parar de beber? 1. não 2. sim, serviço de saúde 3. sim, outra instituição de apoio pular para K3 01 9. NS/NR K2 19. Qual foi o motivo que o (a) levou a parar de ingerir bebidas alcoólicas? 1. surgimento de doença

Page 78: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

78

2. abuso de bebida no passado 3. uso de medicamentos 4. medo de ter doenças 5. porque faz mal para a saúde 6. experiências negativas com bebida na família/ com conhecidos/ com amigos 7. religião 8. não gosta 9. NS/NR TABAGISMO BLOCO K3 Vou perguntar a seguir sobre o hábito de fumar cigarros de tabaco. K3 01. O(a) Sr.(a) fuma atualmente ou já fumou (pelo menos 100 cigarros ou 5 maços)? 1. não pular para K3 24 2. sim 9. NS/NR pular para K3 24 K3 02. Com que idade começou a fumar regularmente (pelo menos um cigarro/semana)? |__|__| anos K3 03. O(a) Sr.(a) fuma atualmente? Se sim, fuma todos os dias? 1. não 2. sim, diariamente pular para K3 11 3. sim, mas não diariamente pular para K3 12 9. NS/NR K3 04. Há quanto tempo o(a) Sr.(a) parou de fumar? |__|__| anos |__|__| meses K3 05. Por que o(a) Sr.(a) parou de fumar? 1. teve problema de saúde 2. orientação de médico/profissional de saúde 3. acha que faz mal para a saúde pular para K3 07 4. restrição no trabalho/locais públicos 5. restrição em casa 6. os preços estão altos 7. outro motivo (ir para K3 06) 9. NS/NR pular para K3 07 K3 06. Outro motivo. Qual? _______________________________________________ K3 07. O que o(a) Sr.(a) fez para conseguir parar de fumar?

Page 79: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

79

1. decidiu e parou 2. fez tratamento com adesivo ou chiclete 3. fez tratamento com medicamento pular para K3 09 4. tratamento psicológico/psicoterápico 5. participou de grupo de apoio 6. outro (ir para K3 08) 9. NS/NR pular para K3 09 K3 08. Outro procedimento. Qual? ________________________________________________ K3 09. O(a) Sr.(a) recebeu algum apoio para parar de fumar? Se sim, de quem? 1. não 2. sim, de familiares 3. sim, do serviço de saúde/ de profissionais da saúde 4. sim, de amigos 5. sim, de outros 9. NS/NR K3 10. Quantos cigarros o(a) Sr.(a) fumava por dia? |__|__| cigarros _ pular para K3 24 K3 11. Quantos cigarros o(a) Sr.(a) fuma por dia? |__|__| cigarros _pular para K3 13 K3 12. Quantos cigarros o(a) Sr.(a) fuma por semana? |__|__| cigarros K3 13. Quanto tempo depois de se levantar o(a) Sr.(a) fuma o 1º cigarro? 1. primeiros 5 minutos 2. 6 a 30 minutos 3. 31 a 60 minutos 4. mais de 60 minutos 9. NS/NR K3 14. Tem dificuldade em não fumar nos locais em que é proibido? 1. não 2. sim 9. NS/NR K3 15. Qual é o cigarro que mais o satisfaz? 1. o 1º da manhã 2. qualquer um 9. NS/NR K3 16. Fuma mais no começo do dia?

Page 80: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

80

1. não 2. sim 9. NS/NR K3 17. Fuma mesmo quando está muito doente? 1. não 2. sim 9. NS/NR K3 18. O(a) Sr.(a) já tentou parar de fumar? 1. não pular para K3 24 2. sim (ir para K3 19) 9. NS/NR pular para K3 24 K3 19. Quantas vezes? |__|__| K3 20. Pensando na(s) vez(es) que tentou parar, qual foi o máximo de tempo que permaneceu sem fumar? 1. menos de 7 dias 2. de 8 a 30 dias 3. entre 1 e 6 meses 4. de 6 meses a um ano 5. mais de um ano 9. NS/NR K3 21. Por que o(a) Sr.(a) tentou parar de fumar? 1. teve ou tem problema de saúde 2. acha que faz mal para a saúde 3. restrição no trabalho/locais públicos 4. restrição em casa 5. orientação de médico/profissional de saúde 6. outro 9. NS/NR K3 22. O(a) Sr.(a) recebeu apoio de parentes ou amigos na sua última tentativa de parar de fumar? 1. não 2. sim 9. NS/NR K3 23. O que o(a) Sr.(a) fez na sua última tentativa de parar de fumar? 1. decidiu e parou/ não utilizou nenhuma técnica 2. fez tratamento com medicamento 3. fez tratamento com adesivo ou chiclete 4. fez tratamento psicológico/psicoterápico

Page 81: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

81

5. diminuiu a quantidade de cigarros 6. participou de grupo de apoio 7. outro 9. NS/NR K3 24. Na sua casa: 1. é permitido fumar em qualquer lugar 2. é permitido fumar em alguns lugares 3. não é permitido fumar em nenhum lugar 9. NS/NR K3 25. Quantas horas por dia, em média,o(a) Sr.(a) fica exposto à fumaça do cigarro ou fica próximo de alguém fumando? |__|__| horas/ dia |__|__| minutos/ dia K3 26. O(a) Sr.(a) fuma atualmente algum outro produto do tabaco? 1. não pular para K4 01 2. sim 9. NS/NR pular para K4 01 K3 27. Qual produto? 1. charuto 2. cachimbo 3. cigarrilha 4. narguilé 5. outro 9. NS/NR SONO BLOCO K4 A seguir, vou perguntar algumas questões relacionadas a qualidade e duração do seu sono. K4 01. Como o(a) Sr.(a) avalia a qualidade do seu sono? O (a) Sr.(a) diria que é: 1. excelente/ muito bom 2. bom 3. regular 4. ruim 5. muito ruim 9. NS/NR K4 02. A que horas o(a) Sr.(a) costuma ir para a cama em dia de semana? (_ _) h (_ _) min.

Page 82: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

82

K4 03. E em final de semana (ou aos sábados e domingos)? (_ _) h (_ _) min. K4 04. A que horas o(a) Sr.(a) costuma acordar (ou levantar) pela manhã em dia de semana? (_ _) h (_ _) min. K4 05. E em dia de final de semana (ou aos sábados e domingos)? (_ _) h (_ _) min. K4 06. Quando vai dormir, o(a) Sr.(a) demora para pegar no sono? 1. não pular para K4 08 2. sim 9. NS/NR pular para K4 08 K4 07. Demora aproximadamente quanto tempo para pegar no sono? (_ _ _) min. K4 08. O(A) Sr.(a) costuma acordar no meio da noite e ter dificuldade de pegar no sono de novo? 1. não pular para K4 10 2. sim 9. NS/NR pular para K4 10 K4 09. Em quantas noites isso aconteceu na semana passada? ( _ ) noites K4 10. Acontece de o(a)Sr.(a) acordar muito cedo (antes do horário normal) e não conseguir mais pegar no sono? 1. não pular para K4 12 2. sim 9. NS/NR pular para K4 12 K4 11. Em quantas noites isso aconteceu na semana passada? ( _ ) noites K4 12. O(A) Sr.(a) ronca enquanto está dormindo? 1. não 2. sim 9. NS/NR K4 13. Alguma pessoa já notou que o(a) Sr.(a) parava de respirar durante o sono? 1. não 2. sim 9. NS/NR

Page 83: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

83

K4 14. O(a) Sr.(a) dorme ou cochila durante o dia? Se sim, é intencional? 1. não 2. sim, de maneira intencional (porque quer) 3. sim, mas sem querer K4 15. No último mês, com que frequência o(a) Sr.(a) teve dificuldade de ficar acordado durante o dia enquanto fazia suas atividades habituais (dirigir, trabalhar, estudar, participar de uma reunião, de uma festa...)? 1. nunca 2. menos de 1 vez/ semana 3. 1 ou 2 vezes/ semana 4. 3 vezes ou mais/ semana 9. NS/NR K4 16. O(a) Sr.(a) toma algum remédio para dormir? 1. não 2. sim 9. NS/NR K4 17. Em relação ao último mês, com que frequência o(a) Sr.(a) poderia dizer que se sentiu bem disposto ao acordar pela manhã depois da noite de sono? 1. sempre 2. quase sempre 3. quase nunca 4. nunca 9. NS/NR K4 18. Quantas horas de sono à noite o(a) Sr.(a) avalia que são necessárias para o(a) Sr.(a) se sentir bem disposto durante o dia? (_ _) h (_ _) min

Page 84: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

84

ANEXO 2 - BLOCO L CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS BLOCO L L 01. Qual é a sua cor ou raça? 1. branca 2. preta 3. amarela _pular para L03 4. parda 5. indígena 6. outra (ir para L 02) 9. NS/NRpular para L03 L 02. Outra. Qual? ____________________________________ L 03. Qual é a sua religião? 01. nenhuma pular para L 06 02. evangélica/protestante 03. católica 04. espírita 05. judaísmo 06. budismo 07. umbanda/ candomblé 08. islamismo 09. outras 99. NS/NR L 04. Com que frequência, normalmente, o(a) Sr.(a) vai à igreja (ou outro lugar de culto)? 1. não freqüenta 2. menos que 1 vez/ mês 3. pelo menos 1 vez/ mês, mas menos que 1 vez por semana 4. 1 vez/ semana 5. mais de 1 vez/ semana 9. NR L 05. Há quanto tempo o(a) Sr.(a) é desta religião? |__|__| anos L 06. Onde o(a) Sr.(a) nasceu? 1. em Campinas 2. em outro município do estado de São Paulo pular para L 08 3. em outro estado (ir para L07) 4. em outro país pular para L 08

Page 85: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

85

9. NS/NR L 07. Outro: Em qual estado? ____________________________________ L 08. Há quanto tempo o(a) Sr.(a) mora em Campinas? |__|__| anos L 09. Há quanto tempo o(a) Sr.(a) mora neste mesmo domicílio? |__|__| anos L 10. Qual é o seu estado conjugal? 1. casado no civil 2. vive junto/amasiado 3. desquitado/separado/divorciado 4. viúvo 5. solteiro 9. NS/NR L 11. O(a) Sr.(a) tem filhos? Quantos? |__|__| filhos L 12. O(a) Sr.(a) freqüenta atualmente algum curso regular em escola ou universidade/faculdade? 1. não pular para L 14 2. sim 9. NS/NR pular para L 14 L 13. Frequenta escola/ faculdade pública ou privada? 1. pública 2. particular/ privada 9. NS/NR L 14. Até que ano da escola o(a) Sr.(a) completou? 01. nunca frequentou, não sabe ler e escrever 02. nunca frequentou, sabe ler e escrever 11. 1ª série do Ensino Fundamental(1o grau ou Primário) 12. 2ª série do Ensino Fundamental (1o grau ou Primário) 13. 3ª série do Ensino Fundamental (1o grau ou Primário) 14. 4ª série do Ensino Fundamental (1o grau ou Primário) 15. 5ª série do Ensino Fundamental ou 1o grau (1ª série do Ginásio) 16. 6ª série do Ensino Fundamental ou 1o grau (2ª série do Ginásio) 17. 7ª série do Ensino Fundamental ou 1o grau (3ª série do Ginásio) 18. 8ª série do Ensino Fundamental ou 1o grau (4ª série do Ginásio) 21. 1ª série do Ensino Médio(2o grau ou Colegial) 22. 2ª série do Ensino Médio (2o grau ou Colegial) 23. 3ª série do Ensino Médio (2o grau ou Colegial)

Page 86: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

86

25. cursos técnicos de nível médio incompletos 26. cursos técnicos de nível médio completos 30. curso superior incompleto 31. curso superior completo 32. pós graduação senso lato/especializações 33. pós graduação senso estrito 99. NS/NR L 15. Atualmente, o(a) Sr.(a) freqüenta algum outro tipo de curso como informática, idiomas, dança, artes etc.? 1. não pular para L 17 2. sim 9. NS/NR pular para L 17 L 16. Que tipo de curso? 1. idiomas 2. informática 3. dança 4. música 5. profissionalizante 6. outro 9. NS/NR L 17. Atualmente, o(a) Sr.(a) exerce alguma atividade de trabalho remunerada ou ajuda algum familiar na atividade remunerada dele? 1. não 2. sim pular para L 19 9. NS/NR L 18. Qual a sua situação atual quanto a trabalho e atividades: está aposentado, é pensionista, está desempregado ou em outra situação (estudante, dona de casa)? 1. aposentado pular para L 20 2. pensionista 3. dona de casa pular para L 28 4. estudante 5. desempregado 9. NS/NR L 19. Qual a sua situação atual quanto à atividade ocupacional: na ativa, afastado por doença ou na ativa mesmo já sendo aposentado? 1. em atividade 2. afastado por doença pular para L 21 3. em atividade mas já é aposentado 9. NS/NR L 20. O senhor foi aposentado por: 1. doença/invalidez 2. tempo de trabalho/idade

Page 87: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

87

9. NS/NR L 21. Qual é (ou era) a sua ocupação em seu trabalho principal? _______________________________|___|___|___| L 22. No seu trabalho principal, o(a) Sr.(a) é (era) empregado, conta própria ou empregador? 01. empregado do setor privado (ir para L 23) 02. empregado do setor público (inclusive empresas de economia mista) (ir para L 23) 03. conta própria ou autônomo com estabelecimento 04. conta própria ou autônomo sem estabelecimento pular para L 24 05. empregador com até 4 empregados 06. empregador com 5 ou mais empregados 07. trabalhador doméstico (ir para L 23) 08. trabalhador não remunerado que ajuda morador do domicílio 09. outro pular para L 24 99. NS/NR L 23. Possui carteira de trabalho assinada? 1. não 2. sim 9. NS/NR L 24. Quantas horas o(a) Sr.(a) trabalha ou trabalhava em média, por semana, no trabalho principal? |__|__| horas Se respondeu 1 na L 18 pular para L 28 L 25. Qual foi o seu rendimento líquido no mês passado com o trabalho principal? R$ |__|__|__|__|__|, 00 L 26. O (a) Sr.(a) tem algum outro tipo de trabalho remunerado além do principal? 1. não pular para L 28 2. sim 9. NS/NR pular para L 28 L 27. Quantas horas o(a) Sr.(a) trabalha, por semana, nos demais trabalhos? |__|__| horas L 28. O (a) Sr.(a) recebeu algum tipo de rendimento como aposentadoria, pensão ou bolsa no mês passado? 1. não pular para L 30 2. sim 9. NS/NR pular para L 30

Page 88: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

88

L 29. Qual foi o seu rendimento líquido no mês passado com aposentadoria, pensão ou bolsa? R$ |__|__|__|__|__|, 00 L 30. Considerando todos os seus rendimentos, com as ocupações, com pensões, bolsas, alugueis e outros, qual foi o seu rendimento líquido global no mês passado? R$ |__|__|__|__|__|, 00 se responder o valor da renda, pular para Bloco M L 31. Mas, fazendo um cálculo aproximado o(a) Sr.(a) diria que a sua renda média líquida global no mês passado se situa: 1. inferior a 1 salário mínimo (SM) 2. entre 1 e 2 SM 3. entre 3 e 4 SM 4. entre 5 e 9 SM 5. entre 10 e 20 SM 6. acima de 20 SM 9. NS/NR

Page 89: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

89

ANEXO 3 - BLOCO M

Caso já tenha preenchido o Bloco M com outro membro da família, encerre o questionário! CARACTERÍSTICAS DA FAMÍLIA E DO DOMICÍLIO BLOCO M PREENCHER UM BLOCO PARA CADA FAMÍLIA As perguntas M 03 a M 11 devem ser respondidas pelo entrevistador. (Apenas em caso de dúvida, pergunte ao entrevistado). M 01. No. do domicílio |__|__|__|__|__| M 02. No. da família |__| M 03. Caracterização do domicílio: 1. casa de alvenaria, com revestimento, cobertura de telha ou laje, com piso, finalizada 2. apartamento 3. casa precária sem reboque, ainda sem finalizar, ou com piso de terra 4. barraco 5. casa de cômodos (cabeça de porco/cortiço) 6. outro 9. NS/NR M 04. A rua onde o domicílio se encontra é pavimentada? 1. não 2. sim 9. NS/NR M 05. A rua onde o domicílio se encontra tem calçadas e sarjetas? 1. não 2. sim 9. NS/NR M 06. A rua onde o domicílio se encontra tem iluminação pública? 1.não 2. sim 9. NS/NR M 07. No domicílio tem água da rede pública canalizada dentro da casa? 1. não 2. sim 9. NS/NR

Page 90: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

90

M 08. No domicílio tem iluminação elétrica? 1. não 2. sim 9. NS/NR M 09. É ligado à rede de esgoto? 1. não 2. sim 9. NS/NR M 10. Tem coleta pública do lixo? 1. não 2. sim 9. NS/NR M 11. Tem sanitário/ banheiro interno? 1. não 2. sim 9. NS/NR M 12. Este domicílio em que o(a) Sr.(a) mora é próprio ou alugado? 1. próprio, quitado 2. próprio, pagando 3. alugado 4. cedido 5. invadido 6. outra condição 9. NS/NR M 13. Quantos cômodos existem neste domicílio, incluindo cozinha e banheiro? |__|__| M 14. Quantos banheiros existem neste domicílio? |__| M 15. Quantas pessoas moram neste domicílio? |__|__| M 16. Algum morador deste domicílio necessita de cuidado especial? 1. não 2. sim 9. NS/NR Os moradores deste domicílio contam com os seguintes equipamentos/bens? M 17. Filtro de água 1. não 2. sim 9. NS/NR M 18. Televisão

Page 91: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

91

1. não pular para M 19 2. sim 9. NS/NR pular para M 19 M 18 a. Se sim, quantos? |__| M 19. Geladeira 1. não 2. sim 9. NS/NR M 20. Freezer 1. não 2. sim 9. NS/NR M 21. Máquina de lavar roupa ® não considerar tanquinho 1. não 2. sim 9. NS/NR M 22. Forno de micro-ondas 1. não 2. sim 9. NS/NR M 23. Videocassete/DVD 1. não 2. sim 9. NS/NR M 24. Máquina de lavar louça 1. não 2. sim 9. NS/NR M 25. Aparelho de ar condicionado 1. não pular para M26 2. sim 9. NS/NR pular para M26 M 25 a. Quantos? |__| M 26. Aspirador de pó 1. não 2. sim 9. NS/NR M 27. Telefone fixo (linha telefônica residencial) 1. não _pular para M28 2. sim 9. NS/NR _pular para M28 M27 a. Quantos? |__|

Page 92: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

92

M 28. Telefone celular 1. não _pular para M29 2. sim 9. NS/NRpular para M29 M 28 a. Quantos? |__| M 29. Máquina fotográfica/câmera digital 1. não 2. sim 9. NS/NR M 30. Computador 1. não pular para M31 2. sim 9. NS/NR pular para M31 M 30 a. Quantos? |__| M 31. Laptop/ tablet 1. não 2. sim 9. NS/NR M 32. Motocicleta 1. não pular para M33 2. sim 9. NS/NR pular para M33 M 32 a. Quantos? |__| M 33. Bicicleta 1. não pular para M34 2. sim 9. NS/NR pular para M34 M 33 a. Quantos? |__| M 34. Carro 1. não pular para M35 2. sim 9. NS/NR pular para M35 M 34 a. Quantos? |__|

Page 93: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

93

M 35. Os moradores do domicílio tem acesso à internet em casa? 1. não 2. sim 9. NS/NR M 36. Este domicílio conta com o serviço de empregada doméstica 3 ou mais vezes por semana? 1. não 2. sim 9. NS/NR M 37. Neste domicílio tem animais? 1. não pular para M 39 2. sim 9. NS/NR pular para M 39 M 38. Quais? Quantos? M 38 a. cachorros |__| M 38 b. gatos |__| M 38 c. aves |__| M 38 d. peixes |__| M 39. Na sua casa ao descartar o lixo, é feita uma separação entre o lixo reciclável e o orgânico? 1. não 2. sim 9. NS/NR M 40. Na sua casa, as pilhas e baterias são descartadas no lixo comum ou levadas a pontos de coleta? 1. lixo comum 2. pontos de coleta 9. NS/NR M 41. Na sua casa, as lâmpadas são descartadas no lixo comum ou levadas a pontos de coleta? 1. lixo comum 2. pontos de coleta 9. NS/NR M 42. Na sua casa,onde são descartados os medicamentos vencidos? 1. lixo comum 2. vaso sanitário/pia 3. pontos de coleta 9. NS/NR M 43. O(A) Sr.(a). acha que está exposto(a) ou tem contato com algum tipo de contaminação ou de poluição? 1. nã0 pule para 47 2. sim 9. NS/NR pule para 47 M 44. A que tipo de contaminação/ poluição o(a) Sr.(a). acha que está exposto ou tem contato?

Page 94: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

94

01. água contaminada/poluída 02. verduras e frutas com agrotóxicos 03. alimentos em geral com outro tipo de contaminação 04. leite adulterado ou de animais tratados com hormônios 05. carnes com hormônios 06. alimentos transgênicos 07. ruído 08. radiação (celular, antenas e torres) 09. fumaça de queimadas 10. poluição/emissões de veículos automotores 11. poluição/emissões de indústrias/fábricas 12. ar poluído (inespecífico) 13. painéis de propaganda/luminosos, etc. 14. outro 99. NS/NR M 45. Existe alguma fonte/ local de poluição ou contaminação próximo a sua moradia? 1. não pule para 47 2. sim 9. NS/NR pule para 47 M 46. De que tipo é a contaminação/poluição existente? 01. esgoto nas ruas 02. riacho/córrego/rio/lagoa, etc. contaminado 03. queimadas 04. ruas ou avenidas muito movimentadas produzindo poluição dos veículos automotores 05. ruas não pavimentadas produzindo poeira 06. fábricas/ indústria com emissões de fumaça, gases, poeira 07. fábricas/indústrias com emissão de odores/cheiros incômodos 08. fábrica/ indústria com emissão de ruído 09. ponto de coleta e classificação de recicláveis em geral 10. fábrica/local de reciclagem de baterias 11. indústria de galvanoplastia/ cromados 12. ferro velho 13. oficina mecânica/funilaria 14. posto de gasolina 15. lixão ou aterro sanitário em funcionamento 16. aterro de lixo ou de despejo de resíduos industrias 17. lixo em terreno baldio 18. antenas de rádio/ TV 19. antenas de celular 20. torres de alta tensão 21. outras 99. NS/NR

Page 95: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

95

Caso o entrevistado seja o responsável pela família, apenas confirme as respostas com o entrevistado M 47. Até que ano da escola o(a) responsável pela família completou? 01. nunca frequentou, não sabe ler e escrever 02. nunca frequentou, sabe ler e escrever 11. 1ª série do Ensino Fundamental (1o grau ou Primário) 12. 2ª série do Ensino Fundamental (1o grau ou Primário) 13. 3ª série do Ensino Fundamental (1o grau ou Primário) 14. 4ª série do Ensino Fundamental (1o grau ou Primário) 15. 5ª série do Ensino Fundamental ou 1o grau (1ª série do Ginásio) 16. 6ª série do Ensino Fundamental ou 1o grau (2ª série do Ginásio) 17. 7ª série do Ensino Fundamental ou 1o grau (3ª série do Ginásio) 18. 8ª série do Ensino Fundamental ou 1o grau (4ª série do Ginásio) 21. 1ª série do Ensino Médio(2o grau ou Colegial) 22. 2ª série do Ensino Médio (2o grau ou Colegial) 23. 3ª série do Ensino Médio (2o grau ou Colegial) 25. cursos técnicos de nível médio incompletos 26. cursos técnicos de nível médio completos 30. curso superior incompleto 31. curso superior completo 32. pós graduação senso lato/ especializações 33. pós graduação senso estrito 99. NS/NR M 48. Qual é(era) a ocupação do(a) responsável pela família no trabalho principal? (se aposentado, especificar qual era a sua ocupação anterior) __________________________________|___|___|___| M 49. No trabalho principal, o(a) responsável pela família é(era) empregado, conta própria ou empregador? 01. empregado do setor privado 02. empregado do setor público (inclusive empresas de economia mista) 03. conta própria ou autônomo com estabelecimento 04. conta própria ou autônomo sem estabelecimento 05. empregador com até 4 empregados 06. empregador com 5 ou mais empregados 07. trabalhador doméstico 08. trabalhador não remunerado que ajuda morador do domicilio 09. outro 99. NS/NR M 50. Quantas pessoas na família trabalharam e tiveram rendimentos no mês passado? |___|___|

Page 96: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

96

Quadro de rendimentos líquidos incluindo os membros da família com rendimento no mês anterior: a. Nome b. Relação com o responsável pela família c. Renda líquida M 51. R$ |__|__|__|__|__|,00 M 52. R$ |__|__|__|__|__|,00 M 53. R$ |__|__|__|__|__|,00 M 54. R$ |__|__|__|__|__|,00 M 55. R$ |__|__|__|__|__|,00 M 56. R$ |__|__|__|__|__|,00 M 57. R$ |__|__|__|__|__|,00 M 58. R$ |__|__|__|__|__|,00 M 59. R$ |__|__|__|__|__|,00 M 60. R$ |__|__|__|__|__|,00 M 51 a. Qual o nome da primeira pessoa que teve rendimento? ___________________________________________________ M 51 b. Qual a relação com o responsável pela família? 1. responsável pela família 2. cônjuge/companheiro(a) 3. filho(a)/ enteado(a) 4. outro parente 5. agregado 9. outro M 51 c. Qual foi a renda líquida no mês passado? R$ |__|__|__|__|__|,00 (Repetir para todas as pessoas que tiverem renda na família, no mês passado) M 61. Qual foi a renda média líquida global da família no mês passado? R$ |__|__|__|__|__|,00 encerra o bloco M 62. Mas, fazendo um cálculo aproximado o(a) Sr.(a) diria que a renda média líquida global da família no mês passado se situa:

Page 97: PATRÍCIA ALVARENGA SANTINI COMPORTAMENTO …repositorio.unicamp.br/.../325453/1/Santini_PatriciaAlvarenga_M.pdf · 1 universidade estadual de campinas faculdade de ciÊncias mÉdicas

97

1. inferior a 1 salário mínimo (SM) 2. entre 1 e 2 SM 3. entre 3 e 4 SM 4. entre 5 e 9 SM 5. entre 10 e 20 SM 6. acima de 20 SM 9. NS/NR

.