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PATOLOGIAS EM EDIFICAÇÕES 1 - Introdução Os problemas patológicos que atingem as edificações podem ser de diversas naturezas e causados por fatores diferentes. A origem de um fenômeno patológico pode estar no próprio PROJETO da edificação, na EXECUÇÃO da obra, nos MATERIAIS aplicados ou mesmo no USO do edifício e na falta de MANUTENÇÃO. Patologias mais encontradas nos edifícios: Descascamento de pinturas; Mofo; Corrosão de armaduras de concreto armado; Descolamento de pisos cerâmicos e azulejos; Desgaste excessivo de pisos; Apodrecimento de estruturas de madeira; Trincas em paredes, pisos e fachadas (na alvenaria, argamassa ou concreto), cujas principais causas são: procedimento inadequado na aplicação de argamassa (composição imprópria, espessura exagerada, etc.), recalque de fundações, esmagamento dos materiais, movimentações térmicas, movimentações higroscópicas, atuação de sobrecargas, deformabilidade excessiva da estrutura de concreto armado, retração de produtos a base de cimento, alterações químicas dos materiais de construção. Vale lembrar que problemas dos tipos citados quase sempre significam transtornos e aborrecimento para o proprietário/usuário da edificação, custos elevados de reparo para o construtor, que volta a obra depois de pronta com uma equipe de operários deslocada de outros serviços. A ocorrência excessiva de defeitos na obra pronta pode gerar o desgaste da imagem da empresa no mercado consumidor e ate mesmo ações na justiça. 2 - Dados da cidade de Juiz de Fora Em pesquisa realizada pela Faculdade de Engenharia da UFJF (Programa de Bolsas de Iniciação Científica) foram escolhidos 15 edifícios localizados no centro urbano de Juiz de Fora, com as seguintes características: sistema construtivo tradicional, revestimento de fachada externa lateral em argamassa e pintura sobre reboco, padrão médio ou fino de acabamento interno, número de pavimentos entre oito e quinze. A Tabela abaixo mostra o resultado encontrado na pesquisa. Patologias Possíveis causas e origens -Umidade de infiltração (água de chuva penetra nos edifícios através dos elementos constituintes do seu revestimento externo). - falhas no rejuntamento do revestimento cerâmico externo. - trincas no revestimento externo de argamassa. - Mal funcionamento de esquadrias de alumínio. ( não vedam totalmente águas de chuva). - perfil da esquadria mal projetado. - falta de calafetação entre a esquadria e a parede. - falta de caimento para fora do peitoril da janela. - Empolamento e descascamento de pinturas. - presença de umidade de infiltração por trincas e falhas em rejuntamento de revestimento cerâmicos. -Umidade em paredes vizinhas a áreas molháveis (banheiro, cozinha, varanda, área de serviço). - falhas na execução do rejuntamento nas paredes revestidas com azulejos. - desgaste do rejuntamento. - Manchas de umidade no teto do banheiro. - defeitos nas instalações hidro-sanitárias do pavimento imediatamente acima. - umidade de vapor de água quente do chuveiro por uso do banheiro com janelas sempre fechadas. Trincas em paredes e azulejos. - passagem de eletrodutos. Umidade acidental. - defeito nas instalações hidro-sanitárias. - Falhas nas instalações hidro-sanitárias. tubos e conexões embutidos - falhas na execução (solda m naal pfaeirtead em). tubos e conexões embutidos na parede). - Trinca horizontal na parede. - defeito na junção alvenaria/viga de concreto armado, possivelmente por falta de aperto na alvenaria.

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PATOLOGIAS EM EDIFICAÇÕES 1 - Introdução Os problemas patológicos que atingem as edificações podem ser de diversas naturezas e causados por fatores diferentes. A origem de um fenômeno patológico pode estar no próprio PROJETO da edificação, na EXECUÇÃO da obra, nos MATERIAIS aplicados ou mesmo no USO do edifício e na falta de MANUTENÇÃO. Patologias mais encontradas nos edifícios:

Descascamento de pinturas;

Mofo;

Corrosão de armaduras de concreto armado;

Descolamento de pisos cerâmicos e azulejos;

Desgaste excessivo de pisos;

Apodrecimento de estruturas de madeira;

Trincas em paredes, pisos e fachadas (na alvenaria, argamassa ou concreto), cujas principais causas são: procedimento inadequado na aplicação de argamassa (composição imprópria, espessura exagerada, etc.), recalque de fundações, esmagamento dos materiais, movimentações térmicas, movimentações higroscópicas, atuação de sobrecargas, deformabilidade excessiva da estrutura de concreto armado, retração de produtos a base de cimento, alterações químicas dos materiais de construção. Vale lembrar que problemas dos tipos citados quase sempre significam transtornos e aborrecimento para o proprietário/usuário da edificação, custos elevados de reparo para o construtor, que volta a obra depois de pronta com uma equipe de operários deslocada de outros serviços. A ocorrência excessiva de defeitos na obra pronta pode gerar o desgaste da imagem da empresa no mercado consumidor e ate mesmo ações na justiça.

2 - Dados da cidade de Juiz de Fora Em pesquisa realizada pela Faculdade de Engenharia da UFJF (Programa de Bolsas de Iniciação Científica) foram escolhidos 15 edifícios localizados no centro urbano de Juiz de Fora, com as seguintes características: sistema construtivo tradicional, revestimento de fachada externa lateral em argamassa e pintura sobre reboco, padrão médio ou fino de acabamento interno, número de pavimentos entre oito e quinze. A Tabela abaixo mostra o resultado encontrado na pesquisa.

Patologias Possíveis causas e origens

-Umidade de infiltração (água de chuva penetra nos edifícios através dos elementos constituintes do seu revestimento externo).

- falhas no rejuntamento do revestimento cerâmico externo. - trincas no revestimento externo de argamassa.

- Mal funcionamento de esquadrias de alumínio. ( não vedam totalmente águas de chuva).

- perfil da esquadria mal projetado. - falta de calafetação entre a esquadria e a parede. - falta de caimento para fora do peitoril da janela.

- Empolamento e descascamento de pinturas.

- presença de umidade de infiltração por trincas e falhas em rejuntamento de revestimento cerâmicos.

-Umidade em paredes vizinhas a áreas molháveis (banheiro, cozinha, varanda, área de serviço).

- falhas na execução do rejuntamento nas paredes revestidas com azulejos. - desgaste do rejuntamento.

- Manchas de umidade no teto do banheiro. - defeitos nas instalações hidro-sanitárias do pavimento imediatamente acima. - umidade de vapor de água quente do chuveiro por uso do banheiro com janelas sempre fechadas.

Trincas em paredes e azulejos. - passagem de eletrodutos. Umidade acidental. - defeito nas instalações hidro-sanitárias. - Falhas nas instalações hidro-sanitárias. tubos e conexões embutidos - falhas na execução (solda m naal pfaeirtead em).

tubos e conexões embutidos na parede).

- Trinca horizontal na parede. - defeito na junção alvenaria/viga de concreto armado, possivelmente por falta de aperto na alvenaria.

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Empoçamento de água nos pisos das áreas molháveis.

- falta de caimento nos pisos em direção às caixas de captação de água.

- Fendas entre tábuas de revestimentos de pisos (tábuas corridas muito espaçadas entre si).

- retratilidade da madeira (perda de volume da madeira aplicada ainda com teor de umidade alto).

Descolamento de azulejos. - má dosagem da argamassa de assentamento dos azulejos. - má distribuição da argamassa de assentamento na parede ou nos próprios azulejos. - ressecamento prematuro da argamassa de assentamento em contato com o azulejo seco. - dilatação dos azulejos com o calor, combinada com a falta de junta entre os mesmos.

- Trincas a 45 nos cantos inferiores dos vãos de alvenaria das janelas.

- falta de contra-verga de concreto sob os vãos (a origem do problema pode estar na movimentação da estrutura dos prédios).

Deslocamento do revestimento externo de argamassa.

má dosagem da argamassa. - falta ou aplicação insuficiente de chapisco na alvenaria sob o emboço.

- Fissuras próximas às portas. - fortes impactos ao abrir e fechar das portas.

- Aglomerado de madeira solto (espessura aprox. de 5 mm, com aspecto semelhante ao da tábua corrida).

- contra-piso (onde o revestimento foi aplicado) mal nivelado. - cola de aplicação do revestimento mal espalhada.

3 - Exame do fenômeno patológico A partir do exame do fenômeno patológico, em alguns casos o diagnóstico correto das causas e origens requer consultas a especialistas, ensaios de laboratório, revisão de projetos e outras providências. E pode haver casos em que a verdadeira causa nunca será determinada com certeza. A resolução de um problema patológico passa pelas seguintes etapas ("Trincas em Edifícios", Ed. Pini): a) Levantamento de subsídios: acumular e organizar as informações necessárias e suficientes para o entendimento dos fenômenos. Em edifícios:

Histórico: data de ocorrência dos fenômenos, condições de uso do prédio e dados sobre obras vizinhas;

Análise do sistema de fundações e sondagens;

Caracterização (tipo de estrutura, forma de execução) e analise do sistema estrutural;

Levantamento de características estáticas do prédio;

Levantamento de dados sobre a execução da obra (características construtivas);

Análise das especificações de materiais e serviços;

Análise do material empregado. b) Diagnóstico da situação: entender o fenômeno, identificando as múltiplas e possíveis relações de causa e efeito; c) Definição de conduta: prescrever a solução do problema, especificando e orçando todos os insumos necessários, prevendo a real eficiência da solução proposta.

5. PERÍCIAS JUDICIAIS Em todas as áreas técnico-científicas do saber humano sobre as quais o conhecimento jurídico do magistrado não e suficiente para emitir opinião, faz-se necessária uma pericia para apurar circunstâncias e/ou causas relativas a fatos físicos reais, com vistas ao esclarecimento da verdade ("Avaliação de Imóveis - Manual de Redação de Laudos" - Jose Fiker, Ed. Pini, S. Paulo, 1989). Para elaborar a pericia e nomeado um PERITO, que deve ser necessariamente um profissional legalmente habilitado - pelo CREA, em se tratando de perícia no ramo da engenharia. O perito não emite opinião sobre o direito ou a pretensão das partes envolvidas numa ação judicial, mas juízo técnico sobre o objeto da perícia, recorrendo a todos os meios de informação ao seu alcance e utilizando processos tecnico-cientificos adequados para a elucidação das questões. Procedimentos:

REQUERENTE (autor), por meio de seu advogado, ajuíza a ação na busca de um direito pleiteado, contra a parte REQUERIDA (réu), também assistida por advogado de defesa;

JUIZ nomeia um PERITO e cada uma das partes indica o seu ASSISTENTE TÉCNICO (também profissional habilitado pelo CREA) para orientá-las e acompanhar o perito em todas as etapas da pericia;

PERITO deve tomar conhecimento dos QUESITOS formulados pelas partes e pelo Juiz - perguntas sobre assuntos da especialidade dos profissionais nomeados e indicados.

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5.1 - Tipos de perícia VISTORIA - inspeção técnica que permite a total identificação do objeto da pericia e a complementação de elementos informativos. Identificação "in loco" de todos os elementos físicos que ajudarão, por exemplo, na apuração do valor de um imóvel, na formação de idéia sobre o estado de conservação ou de solidez de um determinado bem. EXAME - "é a inspeção feita em pessoas, animais e coisas móveis em geral para verificação de fatos ou circunstâncias que interessam a solução da causa" (Hely Lopes Meireles). No campo da engenharia: analise dos elementos constitutivos de um imóvel ou a ele relacionados. Por exemplo: exame de elementos arquitetônicos de uma residência visando a determinação de sua idade. AVALIAÇÃO - determinação técnica do valor de um bem (normalmente o valor de mercado ou valor de venda). Destaca-se nas pericias judiciais, por sua importância e freqüência, a avaliação de imóveis, obrigatória nas desapropriações e usual nas ações reparatórias de danos e nas vendas de bens realizadas em juízo (NBR 5676/1980 - ABNT). ARBITRAMENTO - apuração técnica do valor pecuniário de bens imateriais (direitos e obrigações), assim como a remuneração de serviços e trabalhos. Ex.: perícia para apuração do valor pecuniário de um projeto arquitetônico. 2 - Laudo LAUDO e o resultado da pericia, expresso em conclusões escritas, fundamentadas e assinadas pelo perito. No laudo devem ser respondidos todos os quesitos formulados pelo Juiz, mencionando-se os fatos e circunstâncias em que se baseiam as conclusões do mesmo. Um laudo deve ser: CLARO na exposição dos fatos periciados, OBJETIVO na metodologia da pesquisa, FUNDAMENTADO para abonar as conclusões e respostas aos quesitos. O laudo é a peça fundamental para a decisão da causa, mas o Juiz pode ou não aceita-lo. Neste ultimo caso, nomeará outro perito para corrigir eventual omissão ou inexatidão do laudo anterior. Apresentação dos laudos: os laudos são diferentes em sua forma de apresentação, variando de acordo com o caso, o perito, os quesitos e conforme sejam laudos judiciais ou particulares. Podem ser apresentados sob forma sintética, ou seja, como formulários preparados para atender de forma expedita o trabalho de determinado órgão ou entidade constantemente envolvida com perícias semelhantes (avaliação de imóveis, por exemplo). A norma NBR 5676/80 da ABNT - Avaliação de Imóveis Urbanos - estabelece prescrições para a apresentação de laudos de avaliação com determinados tópicos obrigatórios.

Diagrama de Causa e Efeito - Ferramenta da Qualidade O Diagrama de Causa e Efeito é também conhecido como Diagrama de Ishikawa, ou Espinha de Peixe. O método do Diagrama de Causa e Efeito atua como um guia para a identificação da causa fundamental de um efeito que ocorre em um determinado processo.

A figura a seguir mostra uma aplicação do Diagrama de Ishikawa.

Dado um efeito no produto ou em um processo, devemos procurar dentro dos quadrados quais poderiam ser as causas relacionadas a este tema (os seis “Ms”) que poderiam ser responsáveis pelo problema ou efeito detectado. Em geral, este tipo de ferramenta é aplicado em grupos interdisciplinares de forma que o grupo tenha condições de detectar diversas possíveis causas para o efeito, sendo que cada participante contribui com seu conhecimento

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específico. É importante que se considere todas as causas possíveis, mesmo que o grupo ache que uma causa específica não seja a responsável. É muito comum a utilização de outras técnicas, tais como "brainstorming", na determinação das possíveis causas para que o grupo possa considerar todas as possibilidades

ALGUNS CASOS DE PATOLOGIA, DIAGNÓSTICOS E SOLUÇÕES: Uma enorme quantidade de edificações em todo mundo tem problemas de patologias, seja em termos globais, seja em termos parciais. O levantamento desses problemas sempre foi objeto de estudos pelos pesquisadores, conhecendo-os, é possível obter informações sobre suas causas, origens, medidas de recuperação e prevenção. As edificações podem apresentar doenças pré-concebidas, desde a fase inicial de planejamento e projetos, até a entrega da obra. Esse trabalho de identificar e diagnóstico só podem ser por especialistas em Patologias das Edificações. O objetivo da avaliação é verificar a edificação, submetido às condições de exposição ao uso, comporta-se em relação às necessidades de seus usuários Os momentos básicos em trabalhos relacionados a patologias em edificações são diagnóstico, o prognóstico e o tratamento. 1. O diagnóstico pode ser definido como a constatação da existência da patologia, identificação da espécie, causas e da origem dos problemas 2. O prognóstico é a previsão do que pode acontecer a edificação, ou à parte da mesma, em decorrência de um problema de natureza patológica 3. O prognóstico vem posteriormente ao diagnostico do estado patológico e decide-se o tratamento a seguir Os fatores predominantes:

Deficiência de projetos;

Mão de obra despreparada;

Material inadequado;

Falta de observação pelo construtor das boas técnicas e normas brasileiras de construção, elaboradas pela ABNT.

Sinais de Problema:

Fissuras em revestimentos

Trincas em alvenaria

Infiltrações e vazamentos em tubos hidráulico-sanitários, ou pluviais 1º CASO: Assentar placas cerâmicas exige cuidados, por se tratar de um revestimento onde nota-se facilmente os defeitos de colocação. Para um bom resultado é importante observar o preparo da cerâmica antes do seu assentamento, além do esquadro e o recorte das placas

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Patologia Em algumas literaturas, como o Manual Prático de Materiais de Construção, de Ernesto Ripper (1995), recomenda-se que o azulejo fique imerso em água limpa durante 24 horas antes da sua aplicação, quando utilizada argamassa convencional (misturado em obra). Nos casos em que a argamassa colante é empregada, este procedimento de saturação não é necessário. A explicação para estes dois procedimentos diferentes são bastante simples. A argamassa convencional geralmente é composta por cimento, cal hidratada, areia média e água. Quando a argamassa é aplicada na parede ou no piso, naturalmente ocorre uma pequena perda da água por meio de evaporação para a atmosfera. Além disso, a placa cerâmica chega a absorver líquidos de 3% a 20% do seu peso. Para evitar que o azulejo roube a água de amassamento através dos seus poros, recomenda-se a saturação da peça. Sendo o cimento um aglomerante hidráulico, a redução de água na argamassa, resultará na falha da hidratação dos seus grãos. A consequência será a diminuição da ancoragem mecânica entre a placa e o substrato, com a provável queda do revestimento.

Patologia A argamassa colante por sua vez, possui na sua composição cimento, agregados minerais e aditivos retentores de água. A finalidade do aditivo é impedir a evaporação rápida e a absorção da água de amassamento pela placa. Portanto, a adição deste produto químico, eliminou a necessidade de preparar o azulejo 24 horas antes do seu assentamento. Segundo fabricantes de cerâmica e argamassa industrializada, a utilização da placa cerâmica saturada, juntamente com a argamassa colante não é recomendada. O efeito será contrário, pois a água seguirá da placa cerâmica para a argamassa, aumentará a relação água/cimento e acarretará na redução da resistência de aderência, também com grande possibilidade de queda do revestimento. Caso o azulejo apresente o tardoz (verso das placas) recoberto por uma camada de pó, este deve ser removido com um pano seco. Se forem lavadas, as peças devem ser utilizadas somente após secagem completa. O porcelanato por sua vez, segundo fabricantes, deve ser aplicado somente com argamassa colante especial, também sem molhar, para garantir perfeito assentamento. A utilização da argamassa convencional acarretará, futuramente, no descolamento da placa. Jornalista responsável – Altair Santos MTB 2330 – Tempestade Comunicação 2º CASO - PATOLOGIA - CONCRETO SEGREGADO OU MAL VIBRADO Concreto segregado ou mal vibrado - o concreto é um elemento construtivo composto por areia, pedras (brita), água e cimento. O concreto, quando preparado e lançado corretamente, transforma-se em uma massa homogênea, onde todas as pedras estão completamente envoltas pela pasta de cimento, areia e

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água. Se ocorre um erro de lançamento ou de vibração, as pedras se separam do resto da pasta, formando um concreto cheio de vazios, permeável, que permite a passagem de água para o piso inferior. SOLUÇÃO: • Aplicação de sistemas cristalizantes de concreto; • Injeção de resinas de poliuretano; • Recuperação estrutural. 3º CASO - PATOLOGIA - COLARINHOS DE TUBULAÇÃO Colarinhos de tubulação - são as áreas ao redor das tubulações que atravessam as lajes. Normalmente, para a instalação das tubulações, a construtora demole parte da seção da laje, de maneira irregular, através do uso de ponteiros e talhadeiras manuais ou mecanizados (marteletes). Então fixam os tubos com pedaços de madeira, tijolos, e até mesmo restos de sacos de cimento, fechando o restante com argamassas de cimento e areia preparadas sem muito controle. Esta área ao redor das tubulações fica frágil e porosa, facilitando a passagem da água. Solução: • Aplicação de sistemas cristalizantes de concreto; • Injeção de resinas de poliuretano; • Recuperação estrutural. 4º CASO - PATOLOGIA - TRINCAS E FISSURAS Trincas e fissuras - trincas e fissuras aparecem em estruturas de concreto por inúmeras razões. A mais comum, no entanto, é a retração do concreto, fenômeno que ocorre após o lançamento do mesmo. A evaporação da água excedente do concreto causa uma diminuição do volume total da peça. Como o mesmo ainda não tem a resistência necessária, nos primeiros dias, para combater estas tensões, acaba por trincar ou fissurar. Normalmente, estas trincas e fissuras não causam preocupação maior aos projetistas, do ponto de vista da capacidade portante da estrutura, porém criam uma passagem para água e agentes agressivos, que além de incomodar por causa das infiltrações, podem causar deterioração da estrutura e diminuir sua vida útil. 5º CASO - PATOLOGIA - JUNTAS DE CONCRETAGEM Juntas de concretagem - o efeito das juntas de concretagem é o mesmo das trincas e fissuras. Somente sua causa é diferente e está relacionada com os métodos construtivos. Muitas vezes, a concretagem tem que parar de um dia para o outro e o trecho seguinte só é concretado depois. Quando isso acontece, a emenda entre estas duas peças cria uma junta de concretagem que, mesmo quando tratada com todo cuidado pode apresentar falhas, deixando uma passagem para a água. 6º CASO - PATOLOGIA - CORPOS ESTRANHOS Corpos estranhos - Durante a construção, peças são esquecidas dentro das estruturas de concreto. Na maioria das vezes trata-se de pedaços de madeira que foram usados na construção da forma, mas já encontramos outros objetos mais estranhos como baldes e marretas. Estes corpos estranhos causam pontos frágeis nas lajes, que permitem a passagem da água para o piso inferior. INFILTRAÇÕES:

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QUESTIONAMENTO DE UM PROPRIETÁRIO DE IMÓVEL: “Comprei um apt que tem 26 anos de construção.moro a 7 meses,mas agora tenho visto que os blocos visinhos estão com rachaduras e esse prédio foi feito em cima de pedras ,levantaram uma base e é exatamente nelas que esta rachadura angular mais ou menos tem quase 1 metro de rachadura e largura e já tem um dedo de distancia e o outro bloco mais adiante a calçada se soltou da parede do apt estou muito preocupada ,pois não entendo sobre essas coisas mas se eles caírem vão derrubar o meu também.observei a um mês e já vejo q cedeu mais,o q faço?qual a providencia devo tomar ? Tentei explicar mais é muito complicado .ME AJUDE POR FAVOR”. INFILTRAÇÕES: As infiltrações podem causar diversos danos nas edificações como: choque elétrico, deterioração da estrutura com riscos futuros de instabilidade, problemas estéticos e a depreciação do imóvel, além de poder causar prejuízos aos vizinhos. • Oito entre cada dez prédios apresentam, ou já apresentaram problemas de infiltração. • A maior ocorrência de infiltração se dá nas áreas molhadas, na ordem decrescente: sanitário, cozinha, área de serviço, varanda, jardineiras. • As infiltrações nas fachadas aparecem em segundo lugar, na ordem decrescente: paredes e esquadrias. Nas paredes, a maior incidência se dá naquelas revestidas com massa única e pintadas, seguidas daquelas com pastilhas, cerâmica, mármore/granito e vidro. • Em terceiro lugar aparecem as coberturas, na ordem decrescente: telhas, lajes expostas e calhas. • Dos prédios que têm fissuras, 98% apresentaram problemas de infiltração. • Por último, e em pequenas proporções, aparecem infiltrações nos subsolos, pavimentos vazados, casas de máquinas, poço de elevadores, etc. - RACHADURAS: - As rachaduras mais preocupantes são as que aparecem em algum elemento da estrutura do prédio - pilares, vigas ou lajes. - As rachaduras nas paredes de alvenaria (que apenas separam ambientes) também podem representar um problema na estrutura ou apenas um problema de acabamento (sem gravidade). PRINCIPAIS CAUSAS DE RACHADURA EM EDIFÍCIO DE CONCRETO ARMADO: • Variações de temperatura; • Variações de umidade; • Atuação de sobrecargas na estrutura; • Recalques de fundação (deformação da fundação causada por afundamento do solo) • Alteração química dos materiais. - RACHADURA NAS PAREDES DE ALVENARIA: - Ao aparecer uma rachadura em alguma parede, piso ou teto, o importante é verificar se ela aumenta no comprimento e, principalmente, na largura. - Meça a rachadura com uma régua e acompanhe a evolução com o passar de alguns dias. - Se ela aumentar, é provável que exista algum problema na estrutura - as lajes, vigas e pilares não estão suportando a carga do prédio e a transmite para as paredes. - Se ela não evolui, é provável que seja algum problema relativo ao acabamento. - RACHADURAS NAS PEÇAS ESTRUTURAIS:

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- Ao aparecer uma rachadura em algum elementos de estrutura - pilares, vigas ou lajes, o importante é chamar o mais rápido possível um profissional qualificado para que ele avalie o problema e a eventual necessidade de se adotar métodos corretivos. - Entre outros problemas, as rachaduras na estrutura podem causar corrosão da armadura (barras de aço que ficam dentro do concreto), causando sérios danos à resistência do edifício. - RACHADURAS NOS PILARES: - As rachaduras nos pilares são as mais graves, pois são eles que transmitem a carga do prédio para a fundação. - RACHADURAS EM ÂNGULO: - São as mais preocupantes. Em geral, são causadas por um recalque (afundamento do solo e consequente comprometimento da fundação do prédio). - RACHADURAS VERTICAIS: - Em geral são causadas quando o pilar está com sobrecarga (está recebendo mais peso do que sua capacidade). - RACHADURAS HORIZONTAIS - Podem surgir por problema de recalque ou quando a carga é excêntrica (atua fora do centro do pilar). - RACHADRAS NAS VIGAS: - Em geral, acabam formando as flexões, nem toda flexão representa risco. - RACHADURAS INCLINADAS: - Aparecem próximo da junção da viga com o pilar, causadas por sobrecargas. Indicam que a viga está querendo se separar do pilar. - RACHADURAS VERTICAIS: - Aparecem no meio da viga, no vão formado pela distância entre um pilar e outro, também por sobrecarga. São chamadas de fissuras de flexão. - RACHADURAS HORIZONTAIS: - São decorrentes de fissuras provenientes do gradiente de temperatura. - RACHADURAS NAS LAJES: - Normalmente, as fissuras saem dos cantos e vão para o meio da laje. É comum os apartamentos de último andar apresentarem rachaduras nas paredes devido a variação de temperatura, o que causa a dilatação da laje.