Patologias Em Estruturas de Concreto

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Pontifícia Universidade Católica de Goiás Patologias em Estruturas de Concreto Armado Professora: Mayara Moraes

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Patologias; estrutura; concreto armado

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Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Patologias em Estruturas de

Concreto Armado

Professora: Mayara Moraes

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Um dos aspectos essenciais para a

recuperação de estruturas deterioradas é o

conhecimento dos fatores que estão levando

àquela condição, e que podem,

eventualmente, causar a degradação e à

ruína do edifício.

É importante o entendimento dos

mecanismos causadores do processo, bem

como dos danos já causados.

Com isso é possível planejar as ações a

serem desenvolvidas.

AS PATOLOGIAS E OS MECANISMOS DE DEGRADAÇÃO

A ação apenas sobre o

efeito de um mecanismo

de degradação e não

sobre sua causa, não

tem efeito duradouro, e

pode maximizar o

problema já existente.

Exemplos:

- Pintura em paredes

que apresentam

eflorescência, sem a

devida preparação do

substrato.

- Cobrimento de

fissuras com massa

plástica.

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Principais Patologias em Concreto

• Ninhos de concretagem

• Concreto segregado

• Corrosão de armaduras

• Abaulamentos

• Deformações estruturais

• Fissuras, trincas e rachaduras

• Etc.

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Ninhos de

concretagem

Causas:

Frestas nas fôrmas (escape

da nata de cimento),

Concreto com baixa

trabalhabilidade,

Armaduras pouco

espaçadas,

Vibração insuficiente.

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Segregação

• Causas:

– Lançamento do

concreto de grandes

alturas,

– Vibração excessiva,

– Falta de argamassa,

– Transporte longo com

mistura excessiva.

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Exposição de armaduras

• Causas:

– Segregação,

– Cobrimento insuficiente,

– Espaçamento insuficiente,

– Alta permeabilidade do

concreto (alta relação a/c),

– Argamassa insuficiente.

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Corrosão de armaduras por

ataque de cloretos

• Causas:

– Agentes agressivos no

concreto (águas salinas,

areias contaminadas...),

– Atmosfera imprópria

(salinas, industriais, etc.).

• OBS: Presença de “pites

de corroção”.

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Carbonatação por presença

de umidade

Causas:

Acúmulo de água e infiltrações;

Alta permeabilidade do concreto;

Fissuras na superfície do concreto favorecendo a entrada de água presente.

Juntas de concretagem mal executadas;

Presença de ninhos de concretagem.

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Embarrigamento da viga

Causas: Fôrmas ou escoras de má qualidade, Desfôrma precoce.

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Deformação

estrutural

• Causas:

– Cargas

subdimensionadas,

– Vãos muito grandes.

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Má preparação de formas

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Fuga de nata de

cimento provocada

pela má calafetação

das formas.

Destacamento parcial

da camada superficial

do concreto, provocado

pela aderência do

concreto à forma.

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Calafetação com papel

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Má preparação do escoramento

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Ausência de cobrimento da armadura

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Fissuras, Trincas e Rachaduras.

Descontinuidades que ocorrem em estruturas de

concreto em virtude da sua baixa resistência à tração.

• Ativas: Continuam a evoluir;

• Passivas / inativas: Apresentam-se estabilizadas.

Page 20: Patologias Em Estruturas de Concreto

Existem diferenças conceituais entre Fissura, Trinca e Rachadura.

Quais são elas?

FISSURA: Estado em que um determinado objeto ou parte dele apresenta aberturas finas e alongadas na sua superfície. São, geralmente, superficiais e não

implicam, necessariamente, em diminuição da segurança de componentes estruturais.

Exemplo: Argamassa rica em cimento, apresentando pequenas fissuras em direções aleatórias.

Page 21: Patologias Em Estruturas de Concreto

Existem diferenças conceituais entre Fissura, Trinca e Rachadura.

Quais são elas?

TRINCA: Estado em que um determinado objeto ou parte dele se apresenta partido, separado em partes.

Pode ter abertura grande ou ser tão fina que é necessário o emprego de instrumentos específicos para

visualizá-la.

Por representarem a ruptura dos elementos, podem diminuir a segurança estrutural de um edifício, de modo que mesmo que seja quase imperceptível, deve ter as

causas minuciosamente pesquisadas.

Page 22: Patologias Em Estruturas de Concreto

Existem diferenças conceituais entre Fissura, Trinca e Rachadura.

Quais são elas?

RACHADURA: Estado em que um determinado objeto ou parte dele apresenta uma abertura de tal tamanho

que ocasiona interferências indesejáveis.

Exemplo: Pela rachadura da parede, entra vento e água da chuva.

As rachaduras, por proporcionarem a manifestação de diversos tipos de interferências, devem ser analisadas

caso a caso e serem tratadas antes do seu fechamento.

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TRINCA

RACHADURA

FISSURA

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TRINCAS, FISSURAS E RACHADURAS

Trinca horizontal próxima do teto

Fissuras em direções aleatórias

Trincas do piso

Trincas do teto

Trincas inclinadas na parede

Abaulamento do piso

Trincas horizontais próximas do piso

Trincas verticais na parede

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O QUE PODE ESTAR ACONTECENDO NA CASA DA PÁGINA ANTERIOR?

1 - Trinca horizontal próxima ao teto: pode ocorrer devido ao adensamento da argamassa de assentamento dos tijolos ou falta de encunhamento de qualidade da parede com a viga superior.

2 - Fissuras nas paredes em direções aleatórias: podem ser devidas à falta de aderência da pintura, retração da argamassa de revestimento, retração da alvenaria ou falta de aderência da argamassa ao substrato da parede.

3 - Trincas no piso: podem ser produzidas por vibrações de motores, excesso de peso sobre a laje ou fraqueza da laje. Se as trincas atravessarem a laje até a parte inferior, a gravidade é maior.

4 - Trincas no teto podem ser causadas pelo recalque da laje, falta de resistência da laje ou excesso de peso sobre a laje.

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O QUE PODE ESTAR ACONTECENDO NA CASA DA PÁGINA ANTERIOR?

5 - Trincas inclinadas nas paredes: este é um sintoma de recalques. Um dos lados da fundação cedeu mais que o outro.

6 - Abaulamento do piso: pode ser causado por recalque das estruturas, por expansão do sub-solo (solos muito compressíveis, com a presença da água, se expandem e empurram o piso para cima) ou colapso do revestimento.

7 - Trincas horizontais próximas do piso: podem ser causadas pelo recalque da baldrame ou mesmo pela subida da umidade pelas paredes.

8 - Trinca vertical na parede: é causada, geralmente pela falta de amarração da parede com algum elemento estrutural como pilar.

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PRINCIPAIS CAUSAS DE TRINCAS E FISSURAS

Trincas causadas por

retração hidráulica

• Variação da umidade do ar durante o dia. - Paredes com propriedades

higroscópicas; - Absorção e perda de

umidade; - Expansão e retração.

• Se o revestimento das paredes

não tiver condições de acompanhar o movimento de expansão/retração, trincam e destacam.

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Trincas causadas pela retração térmica

A argamassa de revestimento, a tinta e outros materiais que são aplicados úmidos, retraem ao secar.

- Quanto mais água contém o material, maior a retração.

- Quanto maior o calor produzido nas reações de hidratação

do cimento, maior a retração.

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Trincas causadas pela retração térmica

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Trincas causadas por dilatação

Os materiais aumentam e diminuem de tamanho em função da variação da temperatura do meio ambiente.

• Os raios solares incidindo diretamente sobre a laje de cobertura, produzem muito calor, fazendo com que a laje de cobertura atinja temperaturas altas.

• O concreto não é um bom condutor de calor, de modo que a parte de baixo da laje não esquenta tanto.

• Essa diferença de temperatura flete a laje, fazendo com que ela fique ligeiramente abaulada para cima.

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Como a laje está solidamente engastada nas paredes, ao dilatar, ela

leva junto parte da parede. Então surgem trincas inclinadas nos

cantos das paredes.

Trincas causadas por dilatação

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Page 33: Patologias Em Estruturas de Concreto

TRINCAS CAUSADAS POR ENCUNHAMENTO MAL FEITO

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TRINCAS POR ERRO DE CÁLCULO

O colocador das guias não

levou em consideração que no

local havia uma junta de

dilatação térmica.

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TRINCAS POR MAL USO DA ESTRUTURA

Haste fixada com parafusos

chumbados diretamente na laje de

cobertura. O parafuso, muito

comprido, furou a manta de

impermeabilização!

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Trincas por colapso do emboço

Infiltração de água ataca o revestimento, lava a cal e faz com

que o revestimento perca aderência e solte a pintura.

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Fissuras por ações Químicas

Reação Álcali-agregado Corrosão de Armaduras

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Fissuras Estruturais

• Por recalque de fundação

• Por tração

• Por compressão

• Por flexão

• Por força cortante

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• Abertura variável nas vigas ligadas aos pilares que

recalcaram.

• Aberturas maiores das fissuras na parte superior das vigas.

• O tamanho das fissuras depende do tamanho do recalque.

TRINCAS POR RECALQUE DE FUNDAÇÃO

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TRINCAS POR RECALQUE DE FUNDAÇÃO

O excesso de peso, a acomodação do prédio, a fraqueza do material ou do terreno fazem com

que a peça se deforme ou afunde.

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Fissuras por tração

Geralmente, ortogonais à direção da força,

Atravessam toda a seção.

OBS: a resistência à tração do concreto é muito pequena!!

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Fissuras por compressão

• Geralmente, paralelas à força.

• Podem cruzar-se entre si.

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Fissuras por flexão

• Começam no lado tracionado das peças e avançam até

a linha neutra.

• São mais abertas no lado tracionado da seção e vão

diminuindo de abertura à medida que chegam perto da

linha neutra.