Patologias dermatologicas

57
PATOLOGIAS DERMATOLÓGICAS

Transcript of Patologias dermatologicas

Page 1: Patologias dermatologicas

PATOLOGIAS

DERMATOLÓGICAS

Page 2: Patologias dermatologicas

PSORÍASE

Page 3: Patologias dermatologicas

PSORÍASE

Doença inflamatória da pele,

Incurável,

Crônica,

Não contagiosa,

Caráter Genético (30% dos casos).

Lesões róseas ou avermelhadas, recobertas de

escamas secas, esbranquiçadas e descamativas,

Localização: couro cabeludo, cotovelos e joelhos.

Surge principalmente antes dos 30 e após os 50

anos, mas em 15% = infância.

Page 4: Patologias dermatologicas

PSORÍASE – Perfil da Doença

Preferências pelo couro cabeludo, unhas, região tibial, cotovelos, joelhos, região sacra;

Desenvolvimento lento ou súbito;

Prurido e queimação podem estar presentes.

Page 5: Patologias dermatologicas

CICLO DA PSORÍASE

Crescimento celular anômalo

Aumento da multiplicação celular normal

Células da pele são desnecessariamente criadas e empurradas para a superfície num prazo de 2-4 dias

Em excesso, as células se acumulam e começam a descamar

Page 6: Patologias dermatologicas

PSORÍASE – Características

TENDÊNCIA A RECORRÊNCIA

PERSISTÊNCIA

Page 7: Patologias dermatologicas

PSORÍASE – Manifestações Clínicas

COURO CABELUDO – placas

espessadas pruriginosas, descamação,

perda de cabelos, eritema profundo;

FACE – em geral poupada.

PALMAS E PLANTA – placas

eritematosas secas, descamativas;

espessamentos verrugosos

circunscritos ou lineares;

Page 8: Patologias dermatologicas

AXILAS, PREGAS SUBMAMÁRIAS,

PÚBIS, GENITÁLIA, REGIÃO

INGUINAL, PREGA GLÚTEA – placas

demarcadas vermelho-salmão, pouca

descamação, placas extensas

encharcadas que queimam e são

pruriginosas.

UNHAS – covas numerosas, manchas

ovais castanhas, onicólise, elevação

da porção distal do leito ungueal,

fissuramento das bordas livres,

crostas acumuladas sob as unhas.

PSORÍASE – Manifestações Clínicas

Page 9: Patologias dermatologicas

CAUSA DESCONHECIDA;

FATOR HEREDITÁRIO APARENTE;

S/ INFLUÊNCIA CONTAGIOSA.

PSORÍASE - Etiologia

Page 10: Patologias dermatologicas

Ambos os sexos;

27 – 70 anos;

Clima frio;

Estresse emocional;

Raça branca;

Gravidez = “melhora”

Após parto = “piora”

PSORÍASE - Incidência

Page 11: Patologias dermatologicas

PSORÍASE – Diagnóstico Diferencial

PATOLOGIAS

CARACTERÍSTICAS

PSORÍASE

DERMATITE

SEBORRÉICA

1. Distribuição Superfície extensora Sobrancelhas, ângulo

naso-labial, região

esternal e dobras.

2. Escamas Secas, brancas e

brilhantes

Graxosas e foscas

3. Remoção de

escamas

Sinal de Auspitz __

Page 12: Patologias dermatologicas

PSORÍASE – Diagnóstico Diferencial

PATOLOGIAS

CARACTERÍSTICAS

ARTRITE

PSORIÁTICA

GOTA

1. Distribuição Articulações Articulações

2. Sintomas Articulações

inflamadas e

doloridas

Articulações

inflamadas e

doloridas

Page 13: Patologias dermatologicas

PSORÍASE - Severidade

BRANDA (75 – 80%)

MODERADA (20 – 25%)

SEVERA (20 – 25%)

Page 14: Patologias dermatologicas

Tipo de psoríase

Alcance e a gravidade da psoríase

Idade e condição de vida do paciente

Reação do paciente aos tratamentos anteriores

PSORÍASE

ESCOLHA DO TTO

Page 15: Patologias dermatologicas

- Psoríase mais leve

- Corticóides, Alcatrões, Ácido Retinóico, Ácido Salicílico.

- Psoríase mais severa

- PUVAterapia, imunossupressores;

- Efeitos psicológicos não negligenciáveis.

PSORÍASE – Tto. Clínico

TÓPICO

PSICOTERAPIA

ORAL

Page 16: Patologias dermatologicas

RELAXAMENTO: evita que o paciente fique coçando o local;

PSORÍASE – Tto. Fisioterapêutico

Page 17: Patologias dermatologicas

ULTRA-VIOLETA: espessamento da pele, aumento da descamação da pele, aumento do suprimento sanguíneo a pele, aumento da pigmentação da pele. Associar ao Alcatrão;

INFRA-VERMELHO: aumento do metabolismo e fluxo sanguíneo local;

PSORÍASE – Tto. Fisioterapêutico

Page 18: Patologias dermatologicas

CRIOTERAPIA: diminuir o eritema local;

MOBILIZAÇÃO DOS TECIDOS: diminuir fibrose e espessamento dos tecidos;

PSORÍASE – Tto. Fisioterapêutico

Page 19: Patologias dermatologicas

US CONTÍNUO: diminuir processo inflamatório;

LASER: Excimer Laser – Intensidade 3X superior a fototerapia. 1X por semana. 10 a 15 sessões.

PSORÍASE – Tto. Fisioterapêutico

Page 21: Patologias dermatologicas

HERPES SIMPLES

Vírus;

Erupção aguda e autolimitada de vesículas agrupadas sob a base eritematosa;

Ocorre uma ou + vezes;

Mais freqüente nas junções mucocutâneas;

Também chamado de: Herpes Labial, Febre Vesiculosa, Herpes Febril e Herpes Progenital.

Page 22: Patologias dermatologicas

HS - Patologia

Vesículas intra-epidérmicas

Epiderme e Derme c/ leucócitos

Exsudato + células disassociadas

Vesícula (abaixo do estrato córneo)

Page 23: Patologias dermatologicas

HS - Evolução

Agrupamento de Vesículas

Vesículas rompem

Crosta Flocosa

Epitelização

Page 25: Patologias dermatologicas

HERPES SIMPLES - TIPOS

VULVOVAGIITE HERPÉTICA

Lesão dos grandes e

pequenos lábios, área perianal

ou mucosa vaginal;

Aparecem de 3-7 dias após

contágio;

Febre, cefaléia e mal-estar

Dor e queimação;

Cura 2-6 semanas.

Page 26: Patologias dermatologicas

HERPES SIMPLES - TIPOS

HERPES SIMPLES NEONATAL

Contraído pelo útero;

Anomalias no recém-

nascido;

Lesões da pele presentes

ou não;

70% das mães

assintomáticas no parto;

30% são adquiridos no

canal de parto infectado.

Page 27: Patologias dermatologicas

HERPES SIMPLES - TIPOS

HERPES SIMPLES RECIDIVANTE

Ocorre durante algumas

doenças febris;

Ocorre no local da

infecção primária;

Possui nº < de lesões;

Poucos sintomas;

Cura espontânea.

Page 28: Patologias dermatologicas

HERPES SIMPLES - TIPOS

HERPES GENITAL

Distúrbio Psicossocial Difuso;

HOMENS – pênis ou uretra;

MULHER – lábios, vulva,

clitóris e colo do útero;

Cura s/ cicatriz;

Recidivas.

“Lafferty e cols em um estudo com 3 pacientes

descobriram um índice de recorrência de

infecções genitais 6x > q/ as orolabiais.”

Page 29: Patologias dermatologicas

HERPES SIMPLES - TIPOS

PARONÍQUIA HERPÉTICA

Infecção na polpa da

ponta do dedo;

CERATOCONJUNTIVITE HERPÉTICA

Infecção no olho;

Causa + comum de cegueira

nos EUA;

Page 30: Patologias dermatologicas

HS – Diagnóstico Diferencial

Herpes Genital

# Cancro sifilítico;

Herpes Labial #

Impetigo;

Herpes Simples

# Herpes Zoster;

Page 31: Patologias dermatologicas

HS - Tratamento

OBJETIVOS:

Encurtar o ataque corrente;

Prevenir recorrências.

MEDICAMENTOS

ACICLOVIR - Inibidor da

polimerase de DNA de

Herpes Vírus;

PREVENÇÃO

Preservativos + espermicida

FISIOTERAPIA

LASERTERAPIA

Page 32: Patologias dermatologicas

HS – Tto. Fisioterapêutico

LASER

Ação Analgésica e antiinflamatória;

Efeito Bioestimulante;

5 dias de tratamento Laserterapia Fase Inicial

UNESP, 2005

Page 33: Patologias dermatologicas

DISCROMIAS

Alterações da pigmentação em áreas da

pele, caracterizando-se por

Hiperpigmentação ou Hipopigmentação,

ou seja, Hipermelanose ou

Hipomelanose.

Page 34: Patologias dermatologicas

MELASMA

“Hipermelanose

adquirida, que envolve

principalmente a face,

variando do castanho

claro ao escuro”.

(KEDE, M. P., 2004)

Page 36: Patologias dermatologicas

MELASMA - Etiologia

Predisposição Genética*;

Exposição a radiação UV*;

Contraceptivos Orais;

Gravidez;

Cosméticos;

Drogas;

Disfunções hepáticas e endócrinas;

Fatores raciais (orientais e latinos);

Page 37: Patologias dermatologicas

MELASMA – Clínica e Diagnose

Máculas simétricas;

Desenvolvimento lento e acentuam-se c/ exposição solar;

Sem sintomas prévios;

Lesão:

- borda geográfica pouco definida;

- sem descamação, atrofia, ceratose folicular ou telangectasia.

Page 39: Patologias dermatologicas

MELASMA – Classif. Histopatológica

Epidérmico – ocorre nas camadas basais e

suprabasais da epiderme; ocasionalmente

entre as células da camada córnea;

Dérmico – observa-se em macrófagos da

derme superficial e profunda;

Misto – os dois juntos.

Page 40: Patologias dermatologicas

MELASMA – Classif. Fluorescência

(Lâmpada de Wood – lâmpada de mercúrio equipada

com filtro contendo óxido de níquel) – Prognóstico.

Qto mais superficial mais a luz será absorvida

Qto mais profundo mais difícil o tratamento

Epidérmico

Dérmico

Misto

Indefinido

Page 41: Patologias dermatologicas

MELASMA

MELANOBLASTOS

epiderme

Melanócitos

Queratinócitos

UNIDADE

EPIDÉRMICO

MELÂNICA

Masson, 1948 → ATIVIDADE CITOCRÍNICA

Melanócitos Secretores – os que produzem e transferem melanina;

Melanócitos Continentes –os demais.

Page 42: Patologias dermatologicas

MELASMA - Características

Os melanócitos são secretores;

A atividade citocrínica é mais intensa.

BASE PARA A TERAPÊUTICA

Page 43: Patologias dermatologicas

MELASMA – Objetivos do

Tratamento

Retardo da proliferação de melanócitos;

Inibição da formação do melanossoma (um

corpúsculo intra-celular que contém o pigmento);

Degradação dos melanócitos.

Page 44: Patologias dermatologicas

MELASMA - Tratamento

PROTETOR SOLAR DE AMPLO ESPECTRO

SUSPENSÃO DE DROGAS E COSMÉTICOS DESENCADEANTES – excitam melanócitos que entram em hiperprodução;

REMOÇÃO DE MELANINA PRÉ-FORMADA – Trissilato de Alumínio, Pentoxifilina, Asatiacoside e Vasodilatadores Periféricos;

PEELINGS QUIMÍCOS – ácidos kójico, láctico, hidroquinona, ácido retinóico e formulações combinadas.

Page 45: Patologias dermatologicas

MELASMA - Tratamento

FOTOPROTEÇÃO

Uso imprescindível;

Amplo espectro;

FILTRO SOLAR – todo produto capaz de reduzir (filtrar) as radiações solares incidentes, diminuindo sua penetração na pele;

FOTOPROTETOR – todo produto capaz de proteger a pele contra essas radiações, seja refletindo-as, filtrando-as ou minimizando os efeitos biológicos por elas induzidos.

Page 46: Patologias dermatologicas

LEUCODERMIAS ACTÍNICAS

Caracteriza-se por manchas hipopigmentadas ou

acrômicas, cujo espectro varia de puntiforme a

pequena e de poucas a numerosas;

(KEDE, M. P., 2004)

Page 47: Patologias dermatologicas

LEUCODERMIAS ACTÍNICAS

Chamada também de Hipomelanose

Guttata Idiopática (HGI), Sarda Branca;

Dermatose Comum;

Predomínio em indivíduos adultos;

Localização – superfície extensora de

antebraço e pernas;

Page 48: Patologias dermatologicas

LEUCODERMIAS ACTÍNICAS

1923 - 1º relato de HGI no Japão = Leukopatia

Punctada et Reticularis Symmetrica;

1951 - 2 casos de Leucopathie Symetrique Progressive

des Extremités;

1965 - McDaniel e Richfield estudaram a ocorrência de

máculas hipopigmentadas nas pernas de 18

mulheres;

1966 - Cummings e Cottel denominaram esta lesão

Idiopathic Guttate Hypomelanosis;

- Whitehead e col. Investigaram os possíveis

fatores etiológicos e histopatológicos.

HISTÓRICO

Page 49: Patologias dermatologicas

HGI – Fatores Etiológicos

Microtraumas;

Influência Genética;

Influência Solar;

Envelhecimento.

Page 50: Patologias dermatologicas

HGI – Manifestações Clínicas

Diagnóstico clínico → máculas brancas, borda circunscrita e nítida, tamanho pequeno, em áreas expostas ao sol;

MMSS E MMII sedes preferenciais;

São + bem visualizadas no verão;

Envelhecimento → aumento no tamanho e nº das lesões;

Desconforto estético;

Comum a todas as raças;

Page 51: Patologias dermatologicas

HGI – Aspectos Histopatológicos

↓ grânulos de melanina;

Atrofia da base da epiderme e espessamento da camada córnea;

↑ das fibras colágenas e elásticas;

↓ no nº de melanócitos funcionais.

Page 52: Patologias dermatologicas

HGI - Tratamento

PUVA - Psoralenos + exposição a radiação UVA;

Estimula a proliferação dos melanócitos;

Resultado = 1 à 4 meses.

Crioterapia c/ Nitrogênio Líquido

Método + utilizado c/ resultados parciais;

Resultado = 6 à 8 semanas;

Restrição = melanócitos são sensíveis ao frio

resultando em cicatrizes acrômicas.

Page 53: Patologias dermatologicas

HGI - Tratamento

Após Crioterapia c/ Nitrogênio Líquido – 18 meses

Page 54: Patologias dermatologicas

HGI - Tratamento

Dermoabrasão localizada e superficial

- Restrita aos limites das lesões;

- Pomada de antibiótico até a cicatrização;

- Após cicatrização – exposição solar s/ filtro solar.

- Realizar no verão;

- S/ anestesia;

- Resultados favoráveis = técnico-dependentes;

- Método simples, efetivo, de baixo custo e risco.

Page 55: Patologias dermatologicas

CASOS CLÍNICOS

1. J.D.S., sexo masculino, 55 anos, cor branca, residente em São

Paulo desde a infância, trabalha em empresa de

telecomunicações, passando por situações de estresse a maior

parte dos dias. Vem apresentando episódios recorrentes que

iniciam com inflamação da pele, acompanhado por placas

avermelhadas em cotovelos. Posteriormente formam-se escamas

esbranquiçadas, secas e brilhantes. Responda:

a) Qual o provável diagnóstico clínico?

b) Pode-se considerar essa doença como transmissível? Por quê?

c) Como você classificaria o grau desta patologia quanto à extensão

atingida?

d) O que pode acontecer com a retirada das escamas? Como é

caracterizado este quadro?

Page 56: Patologias dermatologicas

CASOS CLÍNICOS

2. P.S.R., sexo feminino, 30 anos, habita em clima tropical

desde a infância, submentendo-se frequentemente a

radiações UV no seu percurso de ida ao trabalho. Apresenta

máculas de cor castanho claro, forma simétricas em áreas

da face (zigomática e nasal) com desenvolvimento lento.

Relata que faz uso de cosméticos e que sua mãe também

apresenta essas manchas à muito tempo.

a) Qual o provável diagnóstico clínico?

b) Pode-se considerar esta doença transmissível? Por quê?

c) Qual a base da nossa terapêutica?

d) Que medidas devem ser tomadas para a prevenção deste

agravo?

Page 57: Patologias dermatologicas

CASOS CLÍNICOS

3. C.S.L., sexo feminino, 27 anos, após curtir o carnaval de

Salvador em 2007, apresentou área eritematosa com

vesículas agrupadas em região médio-lateral de lábio

inferior. Verificou-se a presença de exsudato seroso, porém

após 9 dias já encontrava-se um processo de epitelização

presente. Com a chegada do verão de 2008 a paciente

voltou a apresentar a mesma sintomatologia. Pergunta-se:

a) Qual o provável diagnóstico clínico?

b) Pode-se considerar essa doença transmissível? Por quê?

c) Que medidas preventivas devem ser tomadas?

d) De que forma a fisioterapia pode contribuir neste caso?