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Alunos: Dhyego Thomazoni GRR20096851 Guilherme Pancera Adams GRR20092686 Disciplina: Patologia Geral e Técnicas de Necrópsia ESTUDO DIRIGIDO SOBRE INFLAMAÇÃO: O PAPEL DOS MEDIADORES QUÍMICOS NO PROCESSO INFLAMATÓRIO 1) Mediadores Químicos Solúveis originam-se do plasma ou de células, ligam-se a receptores celulares específicos, tem atividade enzimática direta. Um mediador pode estimular a liberação de mediadores (amplificação ou regulação). Pode ter feitos sobre múltiplos tipos de células e tem vida curta. 2) Após a liberação de mediadores químicos, inicia-se a fase vascular, caracterizada por vasodilatação (que confere o aspecto avermelhado ao tecido inflamado e promove calor na região) e aumento da permeabilidade vascular; estes eventos facilitam a passagem de proteínas plasmáticas para o tecido, carreando, conseqüentemente, uma grande quantidade de água, o que por sua vez origina o edema .A fase celular ocorre concomitante à fase vascular devido às alterações do fluxo sanguíneo. A princípio, verifica-se a marginação leucocitária no leito vascular e a passagem destes para o tecido através da diapedese. 3) As cininas são implicadas como mediadores químicos da inflamação devido à sua presença nos locais de injúria tecidual e à sua capacidade de reproduzir experimentalmente as lesões inflamatórias. A lise das células, particularmente dos leucócitos, liberam enzimas que produzem cininas, as quais sustentam e aumentam as alterações transitórias iniciais dos capilares iniciados pela histamina. 4) A relação existente entre inflamação e coagulação é notável. A reação inflamatória ativa a coagulação sangüínea por promover a expressão de fator tissular no espaço intravascular, provocando a expressão de moléculas de adesão de leucócitos na parede vascular, diminuir a atividade fibrinolítica e a função da via anticoagulante. 5) O ácido araquidônico (AA) é um ácido graxo presente de forma esterificada nas membranas das células. Os eicosanóides são produzidos pelas vias da ciclooxigenase e lipoxigenase que, são sistema enzimáticos. Estas vias são capazes de degradar o ácido

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Alunos: Dhyego Thomazoni GRR20096851 Guilherme Pancera Adams GRR20092686

Disciplina: Patologia Geral e Técnicas de Necrópsia

ESTUDO DIRIGIDO SOBRE INFLAMAÇÃO: O PAPEL DOS MEDIADORES QUÍMICOS NO PROCESSO INFLAMATÓRIO

1) Mediadores Químicos Solúveis originam-se do plasma ou de células, ligam-se a receptores celulares específicos, tem atividade enzimática direta. Um mediador pode estimular a liberação de mediadores (amplificação ou regulação). Pode ter feitos sobre múltiplos tipos de células e tem vida curta.

2) Após a liberação de mediadores químicos, inicia-se a fase vascular, caracterizada por vasodilatação (que confere o aspecto avermelhado ao tecido inflamado e promove calor na região) e aumento da permeabilidade vascular; estes eventos facilitam a passagem de proteínas plasmáticas para o tecido, carreando, conseqüentemente, uma grande quantidade de água, o que por sua vez origina o edema .A fase celular ocorre concomitante à fase vascular devido às alterações do fluxo sanguíneo. A princípio, verifica-se a marginação leucocitária no leito vascular e a passagem destes para o tecido através da diapedese.

3) As cininas são implicadas como mediadores químicos da inflamação devido à sua presença nos locais de injúria tecidual e à sua capacidade de reproduzir experimentalmente as lesões inflamatórias. A lise das células, particularmente dos leucócitos, liberam enzimas que produzem cininas, as quais sustentam e aumentam as alterações transitórias iniciais dos capilares iniciados pela histamina.

4) A relação existente entre inflamação e coagulação é notável. A reação inflamatória ativa a coagulação sangüínea por promover a expressão de fator tissular no espaço intravascular, provocando a expressão de moléculas de adesão de leucócitos na parede vascular, diminuir a atividade fibrinolítica e a função da via anticoagulante.

5) O ácido araquidônico (AA) é um ácido graxo presente de forma esterificada nas membranas das células. Os eicosanóides são produzidos pelas vias da ciclooxigenase e lipoxigenase que, são sistema enzimáticos. Estas vias são capazes de degradar o ácido araquidônico formando diferentes agentes que são importantes mediadores químicos. Os produtos da via lipoxigenase são os leucotrienos enquanto que os da via ciclooxigenase são prostaglandinas e tromboxano A2. As prostaglandinas provocam vasodilatação, inibição de agregação plaquetária e dor. O tromboxano A2 tem como funções vasoconstricção e promoção da agragação plaquetária.  

6) Eicosanóides são mediadores inflamatórios (que modulam a resposta inflamatória) de origem lipídica, sintetizados a partir dos ácidos graxos ômega-6, como o ácido araquidônico (AA), ou dos ácidos graxos ômega-3, como os ácidos eicosapentanóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA).

Frente a um estímulo antigênico, AA, EPA e DHA são mobilizados da membrana de células imunes pela enzima fosfolipase A2. Esses ácidos graxos competem entre si pelas mesmas vias enzimáticas (cicloxigenase e lipoxigenase) para a formação dos eicosanóides

7) Regular a duração e intensidade das respostas especificas;

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Recrutar células efetoras para as áreas onde se desenvolvem respostas e induzir a geração e maturação de novas células a partir de precursores.

As citocinas são produzidas durante a fase de ativação e fase efetora da imunidade para mediar e regular a resposta inflamatória e imunitária. Têm uma vida média curta. Estas só estimulam as células com receptores específicos na membrana da célula alvo, têm uma ação extremamente potente. São moléculas pleiotrópicas (podem atuar sobre muitos tipos celulares diferentes). São também redundantes ( várias citocinas podem efetuar as mesmas ações).

As citocinas podem induzir efeitos diferentes sobre as mesmas células alvo de forma separada no tempo ou simultaneamente. Podem também influir na ação de outras citocinas de forma antagônica ou sinérgica.

8) TNF-α: Vasculatura (inflamação); fígado (indução de proteínas de fase aguda); caquexia; morte celular; ativação de neutrófilos.

IL-1: Ativa células NK, promove a diferenciação de células Th1

IL-6: Fígado (induz proteínas de fase aguda), promove proliferação de células B e secreção de anticorpos, inibe diferenciação de células Treg

IFN-α: Induz resposta antiviral, aumenta a expressão de MHC classe I e ativacélulas NK

IL-12: Ativa células NK, promove a diferenciação de células Th1

9) A proteína-C reativa (PCR) tem funções pró e anti-inflamatórias, promovendo a interação entre imunidades humoral e celular. Sua função é ligar-se a patógenos e células lesadas e/ou apoptóticas e iniciar sua eliminação por meio da ativação do sistema complemento e de fagócitos (C1q e Fc). Essas ligações e atrações celulares permitem considerá-la como uma opsonina. Também atua regulando a extensão e a intensidade da reação inflamatória.

10) O sistema complemento (SC) é o principal mediador humoral do processo inflamatório junto aos anticorpos. É constituído por um conjunto de proteínas, tanto solúveis no plasma como expressas na membrana celular, e é ativado por diversos mecanismos por três vias, a clássica, a alternativa e a das lectinas. Cada uma delas é ativada por fatores diferentes. Nos mamíferos, o SC tem um papel importante nos mecanismos de defesa inatos e adquiridos. Trata-se de um sistema antigo de defesa. As proteínas do SC são sintetizadas principalmente nos hepatócitos e macrófagos/monócitos, além de outros tecidos.

O SC participa dos següintes processos biológicos:

Fagocitose Opsonização Quimiotaxia de leucócitos Liberação de histamina dos mastócitos e basófilos e de espécies ativas de oxigênio

pelos leucócitos Vasoconstrição Contração da musculatura lisa Aumento da permeabilidade dos vasos Agregação plaquetária Citólise

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11) Durante o período de inflamação, mediadores químicos são liberados e servem de quimioatratores para as células do sistema imunológico. As quimiocinas são pequenas citocinas que orientam, por quimiotaxia, a migração dos leucócitos, ativam as respostas inflamatórias participando inclusive de outras funções.

12) A histamina é sintetizada nos granulócitos basófilos, nas plaquetas e, principalmente, nos mastócitos, que a liberam quando agredidos. Provoca contração das células endoteliais venulares, com conseqüente aumento da permeabilidade vascular, e vasodilatação. Tem destacada participação no mecanismo de formação do edema inflamatório.

13) Vasodilataçao, a anafilaxia e a inflamação. Aumenta a permeabilidade vascular e faz agregação plaquetária.

14) Sistema complemento, Sistema Cinina e Sistema de Coagulação.