Patologia

46

description

Laboratório Nacional de Investigação Veterinária - A Patologia

Transcript of Patologia

Após as primeiras publicações nos terem relatado a História desta Instituição Centenária e dos Laboratórios Regionais do Porto e de Évora, e procurado transmitir um pouco do ambiente que esta quinta, em Benfica, marcou todos os que aqui trabalharam e trabalham, cabe agora dar conhecimento da atividade desenvolvida, nas diversas ÁREAS CIENTÍFICAS, ao longo dos anos no Laboratório Central, em Lisboa.Com estas publicações que agora se iniciam, pretende-se também homenagear todos os aqui trabalham e os que nos precederam, descrevendo o seu contributo na evolução do conhecimento científico daquelas Áreas e para a História da Medicina Veterinária em Portugal.A tarefa não é fácil e muito ficará seguramente por dizer. Apesar de existirem muitos trabalhos documentados em revistas antigas, nomeadamente nos primeiros Repositórios de Trabalhos publicados pelo então Diretor Dr. Águeda Ferreira, com toda a certeza omitir-se-ão pessoas e factos, mas todos foram importantes.

04 Anatomo- histopatologia

26 Patologia Apícola

02 Ictiopatologia

34 Setor EET’s

Esta 4ª Edição intitula-se “A Transmissíveis desde 2004, dá-Patologia no Laboratório Nacional nos a conhecer o Grupo de de Investigação Veterinária”, a doenças que constituem as EEts área científica de ligação a todas e historia o seu diagnóstico as outras desenvolvidas, no LNIV desde a identificação do em Lisboa, no âmbito da Saúde primeiro caso de BSE em Animal. Portugal, em 1990.A publicação inclui os Sectores, do Maria José Valério, Médica Diagnóstico Anatomo- Veterinária e Responsável pelo histopatológico, das Sector de Patologia Apícola, Encefalopatias Espongiformes apresenta-nos no seu trabalho, Transmissíveis, da Patologia para além da história do Sector, Apícola e do Laboratório de as principais doenças que Patologia dos Peixes. afetam os apiários portugueses.Madalena Monteiro, Médica Paula Cruz e Silva, Médica Veterinária e Responsável pelo Veterinária, foi Responsável Diagnóstico pelo Sector de Ictiopatologia Anatomohistopatológico, desde a sua criação em 1980 até recorda-nos neste seu trabalho 2005 ano da sua saída para intitulado “A Anatomia exercer funções no Laboratório Patológica”, Colegas Patologistas Veterinário da Ilha da Madeira. que nos deixaram grandes O Sector foi desativado em saudades e momentos muito 2005.marcantes da história deste Laboratório.Leonor Orge, Médica Veterinária e Lisboa, 9 de abril de 2013Responsável pelo Sector das Encefalopatias Espongiformes A Comissão do Centenário 3

Após as primeiras publicações nos terem relatado a História desta Instituição Centenária e dos Laboratórios Regionais do Porto e de Évora, e procurado transmitir um pouco do ambiente que esta quinta, em Benfica, marcou todos os que aqui trabalharam e trabalham, cabe agora dar conhecimento da atividade desenvolvida, nas diversas ÁREAS CIENTÍFICAS, ao longo dos anos no Laboratório Central, em Lisboa.Com estas publicações que agora se iniciam, pretende-se também homenagear todos os aqui trabalham e os que nos precederam, descrevendo o seu contributo na evolução do conhecimento científico daquelas Áreas e para a História da Medicina Veterinária em Portugal.A tarefa não é fácil e muito ficará seguramente por dizer. Apesar de existirem muitos trabalhos documentados em revistas antigas, nomeadamente nos primeiros Repositórios de Trabalhos publicados pelo então Diretor Dr. Águeda Ferreira, com toda a certeza omitir-se-ão pessoas e factos, mas todos foram importantes.

04 Anatomo- histopatologia

26 Patologia Apícola

02 Ictiopatologia

34 Setor EET’s

Esta 4ª Edição intitula-se “A Transmissíveis desde 2004, dá-Patologia no Laboratório Nacional nos a conhecer o Grupo de de Investigação Veterinária”, a doenças que constituem as EEts área científica de ligação a todas e historia o seu diagnóstico as outras desenvolvidas, no LNIV desde a identificação do em Lisboa, no âmbito da Saúde primeiro caso de BSE em Animal. Portugal, em 1990.A publicação inclui os Sectores, do Maria José Valério, Médica Diagnóstico Anatomo- Veterinária e Responsável pelo histopatológico, das Sector de Patologia Apícola, Encefalopatias Espongiformes apresenta-nos no seu trabalho, Transmissíveis, da Patologia para além da história do Sector, Apícola e do Laboratório de as principais doenças que Patologia dos Peixes. afetam os apiários portugueses.Madalena Monteiro, Médica Paula Cruz e Silva, Médica Veterinária e Responsável pelo Veterinária, foi Responsável Diagnóstico pelo Sector de Ictiopatologia Anatomohistopatológico, desde a sua criação em 1980 até recorda-nos neste seu trabalho 2005 ano da sua saída para intitulado “A Anatomia exercer funções no Laboratório Patológica”, Colegas Patologistas Veterinário da Ilha da Madeira. que nos deixaram grandes O Sector foi desativado em saudades e momentos muito 2005.marcantes da história deste Laboratório.Leonor Orge, Médica Veterinária e Lisboa, 9 de abril de 2013Responsável pelo Sector das Encefalopatias Espongiformes A Comissão do Centenário 3

Dados atuais:

3 Veterinários2 Assistentes Técnicos1 Assistente Operacional

Quando foi criado, em 1913, o Laboratório de Patologia Veterinária e Bacteriologia tinha como missão, segundo o regulamento aprovado pelo Decreto nº 246 de 11 de Dezembro do mesmo ano, “o estudo e diagnose das doenças que enzoótica e epizooticamente grassam entre as diferentes espécies pecuárias”. O seu quadro de pessoal era constituído por 7 pessoas onde estavam incluídos 2 médicos veterinários, mas que não exerciam funções de patologista.Nesta primeira fase verifica-se, através das várias análises estatísticas feitas e publicadas por Águeda Ferreira, que a actividade principal do Laboratório de Patologia Veterinária e Bacteriologia se centrou na produção de soros e vacinas para combate das doenças mais importantes que grassavam na época, nomeadamente a peste suína, o mal rubro, a raiva e o carbúnculo hemático.A referência às primeiras análises anatomohistopatológicas só acontece no ano de 1916, num total de cinco e correspondentes apenas a casos de peste suína; este número contrasta com o elevado número de análises bacteriológicas e sobretudo

físico-químicas realizadas à época.Até finais de 1932 e, apesar da aquisição da nova sede, em 1918, em Benfica, do aumento do quadro de pessoal

poderão traduzir a criação do (passou a ter 4 médicos laboratório de histopatologia veterinários) e da criação duma que foi da responsabilidade de Secção de Bacteriologia, Francisco Mário da Rosa que Anatomia Patológica e ingressou no laboratório, em Parasitologia chefiada por Abril de 1929, após ter defendido António d´Avila Horta, a a sua tese, na E.S.M.V., sobre actividade da patologia “Cuti-imunização do cabúnculo manteve-se muito discreta; até bacteridico”.essa data tinham sido realizados A partir de 1933 há um ligeiro apenas 168 exames anátomo e aumento de análises; no ano de histopatológicos dos quais 119 1933 foram realizadas 42 correspondem a casos de peste histopatológicos, em 1934, 24 suína.necrópsias e 54 exames É a partir de 1930 que começam histopatológicos. Aparece, pela a ser mencionadas algumas primeira vez, a referência ao patologias mais específicas, tais diagnóstico de como uma glomerulonefrite, o degenerescências e de tumores, mormo, uma cirrose que

Dados atuais:

3 Veterinários2 Assistentes Técnicos1 Assistente Operacional

Quando foi criado, em 1913, o Laboratório de Patologia Veterinária e Bacteriologia tinha como missão, segundo o regulamento aprovado pelo Decreto nº 246 de 11 de Dezembro do mesmo ano, “o estudo e diagnose das doenças que enzoótica e epizooticamente grassam entre as diferentes espécies pecuárias”. O seu quadro de pessoal era constituído por 7 pessoas onde estavam incluídos 2 médicos veterinários, mas que não exerciam funções de patologista.Nesta primeira fase verifica-se, através das várias análises estatísticas feitas e publicadas por Águeda Ferreira, que a actividade principal do Laboratório de Patologia Veterinária e Bacteriologia se centrou na produção de soros e vacinas para combate das doenças mais importantes que grassavam na época, nomeadamente a peste suína, o mal rubro, a raiva e o carbúnculo hemático.A referência às primeiras análises anatomohistopatológicas só acontece no ano de 1916, num total de cinco e correspondentes apenas a casos de peste suína; este número contrasta com o elevado número de análises bacteriológicas e sobretudo

físico-químicas realizadas à época.Até finais de 1932 e, apesar da aquisição da nova sede, em 1918, em Benfica, do aumento do quadro de pessoal

poderão traduzir a criação do (passou a ter 4 médicos laboratório de histopatologia veterinários) e da criação duma que foi da responsabilidade de Secção de Bacteriologia, Francisco Mário da Rosa que Anatomia Patológica e ingressou no laboratório, em Parasitologia chefiada por Abril de 1929, após ter defendido António d´Avila Horta, a a sua tese, na E.S.M.V., sobre actividade da patologia “Cuti-imunização do cabúnculo manteve-se muito discreta; até bacteridico”.essa data tinham sido realizados A partir de 1933 há um ligeiro apenas 168 exames anátomo e aumento de análises; no ano de histopatológicos dos quais 119 1933 foram realizadas 42 correspondem a casos de peste histopatológicos, em 1934, 24 suína.necrópsias e 54 exames É a partir de 1930 que começam histopatológicos. Aparece, pela a ser mencionadas algumas primeira vez, a referência ao patologias mais específicas, tais diagnóstico de como uma glomerulonefrite, o degenerescências e de tumores, mormo, uma cirrose que

nomeadamente necrópsias e 4 exames sarcomas e adenocarcinomas com várias localizações.A peste suína continua a estar em destaque; o seu diagnóstico era feito através da observação de lesões de

já teria sido construído o edifício meningoencefalite de Waldmann destinado à sala de necrópsias, que Mário da Rosa descreve em equipada com forno crematório “Application de la méthode de conforme fotografia publicada no Benjamin-Terry à l´examen IV Repositório de Trabalhos de histologique des centres nerveux. 1938.Diagnostique rapide de la peste É de realçar, neste período, o porcine” publicado no III diagnóstico de 3 casos de Repositório de Trabalhos do peripneumonia contagiosa (1 em L.C.P.V. Mário Rosa, inclusivé 1934 e 2 em 1935) em bovinos agradece ao Prof. O. Waldmann, importados de Angola em que a em nota, no trabalho que descrição das lesões é feita na publicou acerca da “Technique revista “Medicina Veterinária” rapide d´inclusion pour le por Cruz Bonito, médico diagnostic neuro-pathologique veterinário, adjunto do de la peste porcine” o envio de Laboratório de Patologia algumas preparações histológicas Veterinária no qual prestou com as referidas lesões, prova de serviço entre Dezembro de 1933 e que havia a preocupação de Junho de 1936; embora se estabelecer contactos com desconheça o Serviço a que outros especialistas.pertencia aquele técnico, pela Em 1935 e 1936 o número de descrição das lesões, pensamos análises realizadas não sofre que tinha, seguramente, ligação à grandes alterações, continuando anatomia patológica.a peste suína a dar o maior Em 1939, apesar de apenas contributo com o maior número estarem referenciados 3 exames de casos (10 em 1935 e 23 em histopatológicos, salientamos o 1936). Seguramente nesta época

diagnóstico do 1º Sarcoma de Sticker em cão que viria a ser descrito por João Transmontano Pelouro no V Repositório de Trabalhos do então Laboratório Central de Patologia Veterinária; este diagnóstico permite-nos identificar o momento da sua entrada em funções no laboratório. João Transmontano Pelouro

solicitou assistência voluntária à nasceu em 1908, em Castelo de

Cadeira de Histologia Normal e Vide, matriculou-se na Escola

Anatomia Patológica e Curso de Superior de Medicina Veterinária

Física Biológica e Médica da em 1932 e formou-se em 1938

Escola Superior de Medicina depois dum curso brilhante em

Veterinária. Não é por isso para que figuraram altas classificações.

estranhar que, ambicionando Segundo as palavras de Águeda

material e condições para seus Ferreira “a histologia e a

estudos, ele procurasse ser histopatologia eram ciências que

admitido no Laboratório Central o apaixonavam e, para poder

de Patologia Veterinária”.saciar essa paixão do seu espírito

Efetivamente, Transmontano Pelouro entrou, em 1939, no L.C.P.V. como tirocinante de histopatologia e no ano seguinte, 1940, conquista a situação de estagiário após a realização de provas brilhantes; é assim integrado no quadro dos técnicos especializados do laboratório e é-lhe entregue o Serviço de Histopatologia. A partir daí há grande desenvolvimento da actividade do laboratório o que se traduziu num aumento

Sarcoma de sticker

J. Transmontano Pelouro

nomeadamente necrópsias e 4 exames sarcomas e adenocarcinomas com várias localizações.A peste suína continua a estar em destaque; o seu diagnóstico era feito através da observação de lesões de

já teria sido construído o edifício meningoencefalite de Waldmann destinado à sala de necrópsias, que Mário da Rosa descreve em equipada com forno crematório “Application de la méthode de conforme fotografia publicada no Benjamin-Terry à l´examen IV Repositório de Trabalhos de histologique des centres nerveux. 1938.Diagnostique rapide de la peste É de realçar, neste período, o porcine” publicado no III diagnóstico de 3 casos de Repositório de Trabalhos do peripneumonia contagiosa (1 em L.C.P.V. Mário Rosa, inclusivé 1934 e 2 em 1935) em bovinos agradece ao Prof. O. Waldmann, importados de Angola em que a em nota, no trabalho que descrição das lesões é feita na publicou acerca da “Technique revista “Medicina Veterinária” rapide d´inclusion pour le por Cruz Bonito, médico diagnostic neuro-pathologique veterinário, adjunto do de la peste porcine” o envio de Laboratório de Patologia algumas preparações histológicas Veterinária no qual prestou com as referidas lesões, prova de serviço entre Dezembro de 1933 e que havia a preocupação de Junho de 1936; embora se estabelecer contactos com desconheça o Serviço a que outros especialistas.pertencia aquele técnico, pela Em 1935 e 1936 o número de descrição das lesões, pensamos análises realizadas não sofre que tinha, seguramente, ligação à grandes alterações, continuando anatomia patológica.a peste suína a dar o maior Em 1939, apesar de apenas contributo com o maior número estarem referenciados 3 exames de casos (10 em 1935 e 23 em histopatológicos, salientamos o 1936). Seguramente nesta época

diagnóstico do 1º Sarcoma de Sticker em cão que viria a ser descrito por João Transmontano Pelouro no V Repositório de Trabalhos do então Laboratório Central de Patologia Veterinária; este diagnóstico permite-nos identificar o momento da sua entrada em funções no laboratório. João Transmontano Pelouro

solicitou assistência voluntária à nasceu em 1908, em Castelo de

Cadeira de Histologia Normal e Vide, matriculou-se na Escola

Anatomia Patológica e Curso de Superior de Medicina Veterinária

Física Biológica e Médica da em 1932 e formou-se em 1938

Escola Superior de Medicina depois dum curso brilhante em

Veterinária. Não é por isso para que figuraram altas classificações.

estranhar que, ambicionando Segundo as palavras de Águeda

material e condições para seus Ferreira “a histologia e a

estudos, ele procurasse ser histopatologia eram ciências que

admitido no Laboratório Central o apaixonavam e, para poder

de Patologia Veterinária”.saciar essa paixão do seu espírito

Efetivamente, Transmontano Pelouro entrou, em 1939, no L.C.P.V. como tirocinante de histopatologia e no ano seguinte, 1940, conquista a situação de estagiário após a realização de provas brilhantes; é assim integrado no quadro dos técnicos especializados do laboratório e é-lhe entregue o Serviço de Histopatologia. A partir daí há grande desenvolvimento da actividade do laboratório o que se traduziu num aumento

Sarcoma de sticker

J. Transmontano Pelouro

progressivo do número de vez conhecimento da suspeita de análises realizadas: 164 em 1940, peripneumonia em gado vindo 180 em 1941 e 293 em 1942; dos Açores, suspeita levantada conseguiu montar um modesto pelo exame de peças anatómicas gabinete de macro e enviadas ao Laboratório Central microfotografia para de Patologia Veterinária pela documentação dos casos e inspecção sanitária do Matadouro enriqueceu, com centenas de de Lisboa; estabeleceram-se, no espécimes, a colecção de laboratório, duas correntes de preparações histopatológicas do opinião: segundo uma, haviam-se Serviço assim como o museu de encontrado elementos que anatomia patológica iniciado por confirmavam a existência da Ávila Horta. A par com toda esta doença; segundo outros não actividade vai fazendo a haveria lesões que o publicação de vários casos dos confirmassem.quais destacamos “Pseudo- Em Abril de 1943, Transmontano tuberculose dos roedores”, Pelouro ascende a estagiário de 1ª “Toxoplasmose espontânea em classe e parte depois para os coelhos”, “Anatomo e Açores, incorporado numa missão histopatologia da Actinomicose” veterinária para estudar o estado e “Encefalite enzoótica dos sanitário do gado dessas ilhas; no coelhos em Portugal”. relatório da referida missão diz: Em 1939, a Direção Geral dos “Nas centenas de animais que Serviços Pecuários teve pela 1ª observei em vida e nas 295 reses

abatidas para consumo público, provenientes de todas as ilhas do arquipélago, não me foi dado observar quaisquer sintomas ou lesões anatomo-patológicas do quadro da peripneumonia contagiosa dos bovinos”. Esta constatação teve, segundo alguns, implicações no suicídio de Transmontano Pelouro por não ter encontrado o mais leve

vestígio da doença para cujo Monteiro, consideram diagnóstico afirmativo ele havia Transmontano Pelouro o contribuido. primeiro Patologista Veterinário Resultaram desta missão os Português.trabalhos “Significado das A legislação de 1936 veio permitir alterações anátomo-patológicas aos diplomados em Medicina dos gânglios mesentéricos dos Veterinária, mediante concurso, a bovinos açorianos” e “Processos realização de tirocínos hepáticos em bovinos remunerados nos vários serviços açorianos”. do L.C.P.V., de forma a A sua morte trágica em Setembro complementar a habilitação de 1945 foi sentida por Águeda profissional dos técnicos. Até Ferreira como “golpe duro para a 1942 realizaram-se 6 na área da instituição” e também para os histopatologia.seus colegas de trabalho face à É assim que, em Julho de 1941, amizade e admiração que lhe Taborda Duarte faz um tirocínio consagravam. Apesar da sua no Serviço de Histopatologia. curta carreira como patologista Taborda Duarte entra como esta foi marcada pela médico veterinário em 1946 e preocupação de “servir bem”, passa a estagiário de 2ª classe pelo entusiasmo e perseverança especializado em histologia em na investigação, apesar de alguns 1947. Em Novembro do mesmo episódios que lhe acarretaram ano é transferido para o pesado sofrimento moral; Laboratório de Patologia publicou 14 trabalhos, tendo sido Veterinária do Porto sendo publicado, a título póstumo, o responsável do Serviço de artigo baseado num estudo Anatomia Patológica; em Agosto incompleto “Acerca da patologia, de 1951 regressa ao Laboratório patogenia e terapêutica da de Lisboa. A partir desta altura Esclerostomíase enzoótica do dedica-se predominantemente à cavalo”. patologia aviária da qual foi No recente trabalho “História da pioneiro no nosso país conforme anatomia patológica veterinária se pode deduzir da sua em Portugal” as autoras, participação na “Campanha de Conceição Peleteiro e Madalena saneamento de aviários”

Encefalite por Encephalitozoon cuniculi

progressivo do número de vez conhecimento da suspeita de análises realizadas: 164 em 1940, peripneumonia em gado vindo 180 em 1941 e 293 em 1942; dos Açores, suspeita levantada conseguiu montar um modesto pelo exame de peças anatómicas gabinete de macro e enviadas ao Laboratório Central microfotografia para de Patologia Veterinária pela documentação dos casos e inspecção sanitária do Matadouro enriqueceu, com centenas de de Lisboa; estabeleceram-se, no espécimes, a colecção de laboratório, duas correntes de preparações histopatológicas do opinião: segundo uma, haviam-se Serviço assim como o museu de encontrado elementos que anatomia patológica iniciado por confirmavam a existência da Ávila Horta. A par com toda esta doença; segundo outros não actividade vai fazendo a haveria lesões que o publicação de vários casos dos confirmassem.quais destacamos “Pseudo- Em Abril de 1943, Transmontano tuberculose dos roedores”, Pelouro ascende a estagiário de 1ª “Toxoplasmose espontânea em classe e parte depois para os coelhos”, “Anatomo e Açores, incorporado numa missão histopatologia da Actinomicose” veterinária para estudar o estado e “Encefalite enzoótica dos sanitário do gado dessas ilhas; no coelhos em Portugal”. relatório da referida missão diz: Em 1939, a Direção Geral dos “Nas centenas de animais que Serviços Pecuários teve pela 1ª observei em vida e nas 295 reses

abatidas para consumo público, provenientes de todas as ilhas do arquipélago, não me foi dado observar quaisquer sintomas ou lesões anatomo-patológicas do quadro da peripneumonia contagiosa dos bovinos”. Esta constatação teve, segundo alguns, implicações no suicídio de Transmontano Pelouro por não ter encontrado o mais leve

vestígio da doença para cujo Monteiro, consideram diagnóstico afirmativo ele havia Transmontano Pelouro o contribuido. primeiro Patologista Veterinário Resultaram desta missão os Português.trabalhos “Significado das A legislação de 1936 veio permitir alterações anátomo-patológicas aos diplomados em Medicina dos gânglios mesentéricos dos Veterinária, mediante concurso, a bovinos açorianos” e “Processos realização de tirocínos hepáticos em bovinos remunerados nos vários serviços açorianos”. do L.C.P.V., de forma a A sua morte trágica em Setembro complementar a habilitação de 1945 foi sentida por Águeda profissional dos técnicos. Até Ferreira como “golpe duro para a 1942 realizaram-se 6 na área da instituição” e também para os histopatologia.seus colegas de trabalho face à É assim que, em Julho de 1941, amizade e admiração que lhe Taborda Duarte faz um tirocínio consagravam. Apesar da sua no Serviço de Histopatologia. curta carreira como patologista Taborda Duarte entra como esta foi marcada pela médico veterinário em 1946 e preocupação de “servir bem”, passa a estagiário de 2ª classe pelo entusiasmo e perseverança especializado em histologia em na investigação, apesar de alguns 1947. Em Novembro do mesmo episódios que lhe acarretaram ano é transferido para o pesado sofrimento moral; Laboratório de Patologia publicou 14 trabalhos, tendo sido Veterinária do Porto sendo publicado, a título póstumo, o responsável do Serviço de artigo baseado num estudo Anatomia Patológica; em Agosto incompleto “Acerca da patologia, de 1951 regressa ao Laboratório patogenia e terapêutica da de Lisboa. A partir desta altura Esclerostomíase enzoótica do dedica-se predominantemente à cavalo”. patologia aviária da qual foi No recente trabalho “História da pioneiro no nosso país conforme anatomia patológica veterinária se pode deduzir da sua em Portugal” as autoras, participação na “Campanha de Conceição Peleteiro e Madalena saneamento de aviários”

Encefalite por Encephalitozoon cuniculi

Em 1945, Braço Forte participa no concurso para tirocinantes e fica colocado no serviço de Histopatologia; em Setembro de 1947 passa a estagiário de 2ª classe e a partir de Novembro desse mesmo ano é destacado para montar o Serviço de

e nos trabalhos “Desinfecção das incubadoras artificiais na profilaxia da pulorose” e “Aspectos histológicos da bolsa de Fabricio” assim como nos numerosos relatórios de deslocações a locais onde se detectavam Histopatologia do Laboratório focos de doenças em aves, as de Patologia Veterinária de quais, ainda não tinham sido Évora; aí continuou a exercer identificadas à época em funções de patologista até Julho Portugal. de 1952, ano em que regressou Taborda Duarte faz várias ao Laboratório de Lisboa; inicia formações/missões no simultaneamente funções de estrangeiro e em 1958 realiza um assistente de Histologia e estágio no Laboratório dos Anatomia Patológica na E.S.M.V. Serviços Veterinários de Em 1959-1960, Braço Forte faz Onderstepoot, justificado “pela formação no Instituto de necessidade de preparar Patologia Geral e Anatomia especialistas em Patologia Patológica da Faculdade de Veterinária para ocorrer ao Veterinária de Milão com o Prof. progressivo desenvolvimento Luigi Leinati; faz as provas para o que a indústria avícola vem doutoramento em 1962 e dedica-assumindo no nosso país”. se à docência na E.S.M.V.

Nunes Petisca candidatou-se (1956), varíola e ectima em ovinos também em 1945 e em Novembro (1956); é também neste ano que desse ano, inicia um tirocínio publicou um estudo sobre as remunerado no serviço de pleuropneumonias em bovinos Histopatologia, ano em que açorianos onde conclui que estão publica o seu primeiro artigo relacionadas com as condições de intitulado “Um caso de sarcoma embarque e a participação de primitivo no coração dum vários microrganismos, afastando canídeo”; em 1946 Nunes Petisca de vez a hipótese de se tratar de é admitido como assalariado e peripneumonia exsudativa que começa a exercer funções, nesse tantos problemas trouxeram a mesmo serviço, sob a orientação Transmontano Pelouro.do Prof. João Oliveira da E.S.M.V. Passou depois a estagiário de 2ª classe, especialidade de Histopatologia, em 1947 e foi-lhe entregue a chefia do Serviço de Anatomo e Histopatologia do L.C.P.V.; colaborava, simultaneamente, como assistente livre, no 2º grupo de cadeiras onde estavam incluídas a Histologia, a Anatomia Patológica e Autópsias; foi também assistente-voluntário do Serviço de Patologia Experimental do I.P.O.Nos primeiros anos de actividade Nunes Petisca assinalou ou descreveu várias doenças tais como a doença de Aujeszky Para aperfeiçoamento da sua (1954), Peripneumonia Contagiosa preparação em Anatomia dos Bovinos, em que considera Patológica, Nunes Petisca específicos da doença, os focos frequentou, como bolseiro do de organização perivascular Instituto de Alta Cultura, duas das (1954), doença de Newcastle melhores universidades europeias

Bolsa de fabricios

PPCB foco de organização perivascular

Em 1945, Braço Forte participa no concurso para tirocinantes e fica colocado no serviço de Histopatologia; em Setembro de 1947 passa a estagiário de 2ª classe e a partir de Novembro desse mesmo ano é destacado para montar o Serviço de

e nos trabalhos “Desinfecção das incubadoras artificiais na profilaxia da pulorose” e “Aspectos histológicos da bolsa de Fabricio” assim como nos numerosos relatórios de deslocações a locais onde se detectavam Histopatologia do Laboratório focos de doenças em aves, as de Patologia Veterinária de quais, ainda não tinham sido Évora; aí continuou a exercer identificadas à época em funções de patologista até Julho Portugal. de 1952, ano em que regressou Taborda Duarte faz várias ao Laboratório de Lisboa; inicia formações/missões no simultaneamente funções de estrangeiro e em 1958 realiza um assistente de Histologia e estágio no Laboratório dos Anatomia Patológica na E.S.M.V. Serviços Veterinários de Em 1959-1960, Braço Forte faz Onderstepoot, justificado “pela formação no Instituto de necessidade de preparar Patologia Geral e Anatomia especialistas em Patologia Patológica da Faculdade de Veterinária para ocorrer ao Veterinária de Milão com o Prof. progressivo desenvolvimento Luigi Leinati; faz as provas para o que a indústria avícola vem doutoramento em 1962 e dedica-assumindo no nosso país”. se à docência na E.S.M.V.

Nunes Petisca candidatou-se (1956), varíola e ectima em ovinos também em 1945 e em Novembro (1956); é também neste ano que desse ano, inicia um tirocínio publicou um estudo sobre as remunerado no serviço de pleuropneumonias em bovinos Histopatologia, ano em que açorianos onde conclui que estão publica o seu primeiro artigo relacionadas com as condições de intitulado “Um caso de sarcoma embarque e a participação de primitivo no coração dum vários microrganismos, afastando canídeo”; em 1946 Nunes Petisca de vez a hipótese de se tratar de é admitido como assalariado e peripneumonia exsudativa que começa a exercer funções, nesse tantos problemas trouxeram a mesmo serviço, sob a orientação Transmontano Pelouro.do Prof. João Oliveira da E.S.M.V. Passou depois a estagiário de 2ª classe, especialidade de Histopatologia, em 1947 e foi-lhe entregue a chefia do Serviço de Anatomo e Histopatologia do L.C.P.V.; colaborava, simultaneamente, como assistente livre, no 2º grupo de cadeiras onde estavam incluídas a Histologia, a Anatomia Patológica e Autópsias; foi também assistente-voluntário do Serviço de Patologia Experimental do I.P.O.Nos primeiros anos de actividade Nunes Petisca assinalou ou descreveu várias doenças tais como a doença de Aujeszky Para aperfeiçoamento da sua (1954), Peripneumonia Contagiosa preparação em Anatomia dos Bovinos, em que considera Patológica, Nunes Petisca específicos da doença, os focos frequentou, como bolseiro do de organização perivascular Instituto de Alta Cultura, duas das (1954), doença de Newcastle melhores universidades europeias

Bolsa de fabricios

PPCB foco de organização perivascular

da época; em 1956-1957 faz um evidencia, desde cedo, uma forte estágio no Instituto de Patologia predilecção pelo estudo dos Geral e Anatomia Patológica tumores e da tuberculose e pela Veterinária da Universidade de inspecção sanitária conforme se Bolonha, sob orientação do Prof. pode constatar nos numerosos Luigi Montroni; depois trabalhos publicados sobre estas permanece um ano em França matérias.(1957-1958)no Laboratório de Por esta época o Serviço de Histologia, Anatomia Patológica e Histopatologia é reforçado com a Inspecção de Carnes da Escola entrada de Tavares Montano, em Veterinária de Alfort com o Prof. Outubro de 1956 após Henri Drieux. prolongada estadia nos Estados Nos certificados destes estágios Unidos (1954 a 1956) onde são realçadas a sua óptima frequentou, como bolseiro, preparação no campo da cursos de especialização sobre Anatomia Patológica, o interesse “Doenças de nutrição, e assiduidade exemplares, uma Neoplásicas e de Técnicas de rara aptidão para a Necrópsia” e “Curso de Patologia histopatologia a par com as suas Geral e Especial Veterinária” sob qualidades humanas. Teve a orientação do Prof. Hilton oportunidade de participar em Smith da Escola Americana A&M vários trabalhos e publicar vários College of Texas.artigos em revistas estrangeiras Entretanto em Portugal, em Maio nomeadamente sobre de 1957, foi assinalada uma glomerulonefrites em cão e um doença infectocontagiosa em amplo estudo sobre tumores suínos, com elevada morbilidade primitivos do fígado nos animais e mortalidade; as observações domésticos. Aliás Nunes Petisca anatomo e histopatológicas

levadas a efeito em largas dezenas de animais mortos revelaram um quadro duma diátese hemorrágica; em alguns casos foi feito o isolamento de Salmonella cholera suis, mas os resultados das inoculações experimentais permitiram

porco, contaminada, alastrou a numerosas explorações; as drásticas medidas decretadas pelos serviços oficiais revelaram-se eficazes e o último foco foi verificado em Junho de 1958.O aparecimento da P.S.A. obrigava a frequentes deslocações dos técnicos a vários pontos do país para detecção de novos focos da doença havendo, por isso,

concluir que o agente causal era necessidade de contratar mais um vírus filtrável e que se trataria médicos veterinários. É nesta fase duma peste suína de evolução que são admitidos, Tito Paz aguda e hiperaguda sendo Ferreira em Maio de 1957 e um designada como Peste suína pouco mais tarde, Zaida Santos atipica ou virose L; só mais tarde em Dezembro do mesmo ano, a se reconheceu como sendo Peste qual já tinha realizado um suína Africana. Segundo Braço tirocínio no ano anterior.Forte, o qual esteve directamente São numerosos os relatórios envolvido no diagnóstico da elaborados nesta fase o que doença, “não foi fácil aos traduz um período de grande técnicos, entretanto debruçados actividade para os patologistas. É sobre o estudo da zoonose, por isso que o Director de então, chegar rapidamente àquela Manso Ribeiro escreve “Os conclusão”, porque afirma “as técnicos de Anatomia Patológica suas características são obrigados a exercer as suas epizootológicas, sintomáticas e funções em horas e dias lesionais nos levou a pensar anormais. Pretende-se assim tratar-se de uma peste suína assegurar assistência permanente complicada de salmonelose”. A ao Laboratório e ao País, doença que teve início na podendo dizer-se que se encontra proximidade do aeroporto de de serviço permanente, pelo Lisboa e que foi explicada pela menos um patologista”.introdução de restos de carne de Em 1958, Nunes Petisca é

Tumor hepático

Peste suína africana

da época; em 1956-1957 faz um evidencia, desde cedo, uma forte estágio no Instituto de Patologia predilecção pelo estudo dos Geral e Anatomia Patológica tumores e da tuberculose e pela Veterinária da Universidade de inspecção sanitária conforme se Bolonha, sob orientação do Prof. pode constatar nos numerosos Luigi Montroni; depois trabalhos publicados sobre estas permanece um ano em França matérias.(1957-1958)no Laboratório de Por esta época o Serviço de Histologia, Anatomia Patológica e Histopatologia é reforçado com a Inspecção de Carnes da Escola entrada de Tavares Montano, em Veterinária de Alfort com o Prof. Outubro de 1956 após Henri Drieux. prolongada estadia nos Estados Nos certificados destes estágios Unidos (1954 a 1956) onde são realçadas a sua óptima frequentou, como bolseiro, preparação no campo da cursos de especialização sobre Anatomia Patológica, o interesse “Doenças de nutrição, e assiduidade exemplares, uma Neoplásicas e de Técnicas de rara aptidão para a Necrópsia” e “Curso de Patologia histopatologia a par com as suas Geral e Especial Veterinária” sob qualidades humanas. Teve a orientação do Prof. Hilton oportunidade de participar em Smith da Escola Americana A&M vários trabalhos e publicar vários College of Texas.artigos em revistas estrangeiras Entretanto em Portugal, em Maio nomeadamente sobre de 1957, foi assinalada uma glomerulonefrites em cão e um doença infectocontagiosa em amplo estudo sobre tumores suínos, com elevada morbilidade primitivos do fígado nos animais e mortalidade; as observações domésticos. Aliás Nunes Petisca anatomo e histopatológicas

levadas a efeito em largas dezenas de animais mortos revelaram um quadro duma diátese hemorrágica; em alguns casos foi feito o isolamento de Salmonella cholera suis, mas os resultados das inoculações experimentais permitiram

porco, contaminada, alastrou a numerosas explorações; as drásticas medidas decretadas pelos serviços oficiais revelaram-se eficazes e o último foco foi verificado em Junho de 1958.O aparecimento da P.S.A. obrigava a frequentes deslocações dos técnicos a vários pontos do país para detecção de novos focos da doença havendo, por isso,

concluir que o agente causal era necessidade de contratar mais um vírus filtrável e que se trataria médicos veterinários. É nesta fase duma peste suína de evolução que são admitidos, Tito Paz aguda e hiperaguda sendo Ferreira em Maio de 1957 e um designada como Peste suína pouco mais tarde, Zaida Santos atipica ou virose L; só mais tarde em Dezembro do mesmo ano, a se reconheceu como sendo Peste qual já tinha realizado um suína Africana. Segundo Braço tirocínio no ano anterior.Forte, o qual esteve directamente São numerosos os relatórios envolvido no diagnóstico da elaborados nesta fase o que doença, “não foi fácil aos traduz um período de grande técnicos, entretanto debruçados actividade para os patologistas. É sobre o estudo da zoonose, por isso que o Director de então, chegar rapidamente àquela Manso Ribeiro escreve “Os conclusão”, porque afirma “as técnicos de Anatomia Patológica suas características são obrigados a exercer as suas epizootológicas, sintomáticas e funções em horas e dias lesionais nos levou a pensar anormais. Pretende-se assim tratar-se de uma peste suína assegurar assistência permanente complicada de salmonelose”. A ao Laboratório e ao País, doença que teve início na podendo dizer-se que se encontra proximidade do aeroporto de de serviço permanente, pelo Lisboa e que foi explicada pela menos um patologista”.introdução de restos de carne de Em 1958, Nunes Petisca é

Tumor hepático

Peste suína africana

dedicada a este assunto, reconhecida que é a importância do exame post-mortem. Segundo o prefácio do Prof. Ivo Soares “O presente trabalho não traduz mera compilação. Enriquece-o a dilatada experiência pessoal dos Drs. Nunes Petisca e Tavares Montano, colhida quer no desempenho de funções oficiais nos Serviços de Patologia e

nomeado chefe do Serviço de Anatomia Patológica quer em Patologia do L.N.I.V. e no ano centros da especialidade de seguinte obtém o grau de Doutor França, Itália e Estados Unidos”.em Ciências Médico-Veterinárias Em 1962, o laboratório do Serviço pela Universidade Técnica de de Patologia muda as suas Lisboa; a sua tese de instalações para um pavilhão doutoramento intitula-se “O acabado de construir que disco intervertebral do cão compartilha com o Serviço de (histologia; histoquímica e Virologia.histopatologia da sua evolução) ” Com o reaparecimento da Peste cujo trabalho foi desenvolvido Suína Africana em 1960 e pelodurante a sua estadia em Alfort; de provas públicas para o lugar de investigador.Em 1962, Nunes Petisca em colaboração com Tavares Montano publica um manual designado “A técnica da necrópsia em Medicina Veterinária” ilustrado com 55 gravuras da autoria deste último; este livro vem preencher um vazio existente nesta matéria visto que não havia qualquer publicação em português,

facto de esta assumir grande expansão no território nacional mais uma vez se verifica necessidade de fazer ingressar novos patologistas; dá-se assim a entrada de Costa Durão e Manuel Lage.Costa Durão fez uma breve passagem pelo Serviço de

mandado prestar serviço no Anatomia Patológica e Laboratório dos Serviços Histopatologia do então L.C.P.V. Veterinários do Porto”, como tirocinante em 1957; após desempenhando funções de este estágio seguiu para Angola Chefe de Serviço da Anatomia onde exerceu a sua actividade na Patológica e Histopatologia. Companhia de Diamantes de Regressa ao Serviço de Patologia Angola até 1962. Regressou a e Anatomia Patológica do Portugal e foi colocado no Serviço laboratório de Lisboa, em Março de Anatomia Patológica e de 1969, já depois de ter feito Histopatologia do L.N.I.V. como concurso para o ingresso no médico veterinário de 3ª classe. quadro de investigação; inicia, Em 1965 ingressou no quadro de nesta fase, a sua actividade Investigação da Direcção Geral académica na E.S.M.V. na dos Serviços Pecuários como disciplina de Histologia e estagiário de 3ª classe. Dedicou Embriologia.especial interesse à patologia Estava constituída a equipa de aviária e patologia suína e em patologistas cujo lider era paralelo, a partir do ano lectivo de naturalmente Nunes Petisca. As 1967/1968, desempenhou funções décadas de 60 e 70 revelaram-se de assistente das disciplinas de duma particular riqueza para a Histologia e de Anatomia patologia, pois corresponderam a Patológica na E.S.M.V.uma época de expansão e Em 1963 Manuel Lage é transformação do sistema de contratado para o Serviço de criação de várias espécies animais Anatomia Patológica e que foi mais sentida inicialmente Histopatologia do L.N.I.V., mas na avicultura e suinicultura e mais em Fevereiro de 1964 “foi

Disco intervertebral

dedicada a este assunto, reconhecida que é a importância do exame post-mortem. Segundo o prefácio do Prof. Ivo Soares “O presente trabalho não traduz mera compilação. Enriquece-o a dilatada experiência pessoal dos Drs. Nunes Petisca e Tavares Montano, colhida quer no desempenho de funções oficiais nos Serviços de Patologia e

nomeado chefe do Serviço de Anatomia Patológica quer em Patologia do L.N.I.V. e no ano centros da especialidade de seguinte obtém o grau de Doutor França, Itália e Estados Unidos”.em Ciências Médico-Veterinárias Em 1962, o laboratório do Serviço pela Universidade Técnica de de Patologia muda as suas Lisboa; a sua tese de instalações para um pavilhão doutoramento intitula-se “O acabado de construir que disco intervertebral do cão compartilha com o Serviço de (histologia; histoquímica e Virologia.histopatologia da sua evolução) ” Com o reaparecimento da Peste cujo trabalho foi desenvolvido Suína Africana em 1960 e pelodurante a sua estadia em Alfort; de provas públicas para o lugar de investigador.Em 1962, Nunes Petisca em colaboração com Tavares Montano publica um manual designado “A técnica da necrópsia em Medicina Veterinária” ilustrado com 55 gravuras da autoria deste último; este livro vem preencher um vazio existente nesta matéria visto que não havia qualquer publicação em português,

facto de esta assumir grande expansão no território nacional mais uma vez se verifica necessidade de fazer ingressar novos patologistas; dá-se assim a entrada de Costa Durão e Manuel Lage.Costa Durão fez uma breve passagem pelo Serviço de

mandado prestar serviço no Anatomia Patológica e Laboratório dos Serviços Histopatologia do então L.C.P.V. Veterinários do Porto”, como tirocinante em 1957; após desempenhando funções de este estágio seguiu para Angola Chefe de Serviço da Anatomia onde exerceu a sua actividade na Patológica e Histopatologia. Companhia de Diamantes de Regressa ao Serviço de Patologia Angola até 1962. Regressou a e Anatomia Patológica do Portugal e foi colocado no Serviço laboratório de Lisboa, em Março de Anatomia Patológica e de 1969, já depois de ter feito Histopatologia do L.N.I.V. como concurso para o ingresso no médico veterinário de 3ª classe. quadro de investigação; inicia, Em 1965 ingressou no quadro de nesta fase, a sua actividade Investigação da Direcção Geral académica na E.S.M.V. na dos Serviços Pecuários como disciplina de Histologia e estagiário de 3ª classe. Dedicou Embriologia.especial interesse à patologia Estava constituída a equipa de aviária e patologia suína e em patologistas cujo lider era paralelo, a partir do ano lectivo de naturalmente Nunes Petisca. As 1967/1968, desempenhou funções décadas de 60 e 70 revelaram-se de assistente das disciplinas de duma particular riqueza para a Histologia e de Anatomia patologia, pois corresponderam a Patológica na E.S.M.V.uma época de expansão e Em 1963 Manuel Lage é transformação do sistema de contratado para o Serviço de criação de várias espécies animais Anatomia Patológica e que foi mais sentida inicialmente Histopatologia do L.N.I.V., mas na avicultura e suinicultura e mais em Fevereiro de 1964 “foi

Disco intervertebral

tarde na cunicultura. A passagem para um sistema de exploração intensiva resultou no aparecimento duma patologia ligada aos grandes grupos e às alterações de maneio dos animais.A PSA continuava a ser motivo de preocupação não só pela sua expansão, mas também pelo aparecimento das graves complicações surgidas após a vacinação; este facto motivou inclusivé a deslocação de Costa Durão e Manuel Lage para as áreas de algumas intendências de pecuária nomeadamente do Alentejo durante largos períodos elaboração de chaves de tempo (ver folha de necrópsias hematológicas para as diversas em anexo). raças de bovinos explorados no Simultaneamente verificava-se a nosso país na qual colaboraram dispersão da Leucose Bovina e o também estes patologistas; Costa aumento do número de casos, o Durão e Tavares Montano que levou a Direcção Geral dos chegaram mesmo a deslocar-se à Serviços Pecuários, em 1965/1967, Dinamarca para se inteirarem do a realizar uma Campanha de diagnóstico histopatológico desta Profilaxia da Leucose Bovina que doença.tinha como finalidade, a Em 1966 Nunes Petisca é

requisitado pelo Ministério do Ultramar para prestar serviço como Director do Instituto de Investigação Veterinária de Moçambique e Tavares Montano fica a substituí-lo na chefia do serviço. Nesta mesma altura Tito Paz Ferreira vai também para Moçambique onde viria a falecer

em 1971. Mandelli no Instituto de A formação e o contacto com Anatomia Patológica e Patologia outras universidades europeias Geral e no Instituto de Patologia foi uma constante e no Veterinária da Faculdade de seguimento do que já tinha Medicina Veterinária da acontecido com Nunes Petisca e Universidade de Milão na área de Braço Forte na década de 50 é patologia aviária o que lhe também chegada a oportunidade possibilitou a realização dum para os novos patologistas. Costa trabalho experimental com o Durão, como bolseiro do Instituto vírus da doença de Newcastle que de Alta Cultura, no ano lectivo de conduziu à sua tese de 1971-1972, faz um estágio no doutoramento cujo título era “ laboratório de Anatomia Aspectos evolutivos da Patológica da Escola Veterinária encefalomielite na Doença de de Alfort, onde volta em 1976- Newcastle”; as provas realizaram-1977, tendo desta vez dedicado se em Janeiro de 1980.especial atenção ao diagnóstico da Leucose Bovina que seria o tema para o seu doutoramento, em 1978, com a tese intitulada “Leucose Bovina em Portugal. Estudo epidemiológico e anatomo-histopatológico”. Em 1971, José Gonçalves foi contratado como médico veterinário de 3ª classe e colocado no Serviço de Patologia e Anatomia Patológica do L.N.I.V.

Em 1976 ingresso no Serviço de e passa a colaborar também no Patologia com Rui Baptista, meu diagnósico das doenças dos colega de curso. A partir daqui suínos e leucose; acumula com as passo a transmitir o que foi a funções de assistente da E.S.M.V. minha aprendizagem e na área da Clínica Médica junto do convivência com toda esta Prof. Braço Forte. equipa. Entrei como tirocinante Manuel Lage, em 1973-1974, no final de 1976 direcionada para estagiou com o Professor

Doença de Newcastle

Leucose bovina cutânea

tarde na cunicultura. A passagem para um sistema de exploração intensiva resultou no aparecimento duma patologia ligada aos grandes grupos e às alterações de maneio dos animais.A PSA continuava a ser motivo de preocupação não só pela sua expansão, mas também pelo aparecimento das graves complicações surgidas após a vacinação; este facto motivou inclusivé a deslocação de Costa Durão e Manuel Lage para as áreas de algumas intendências de pecuária nomeadamente do Alentejo durante largos períodos elaboração de chaves de tempo (ver folha de necrópsias hematológicas para as diversas em anexo). raças de bovinos explorados no Simultaneamente verificava-se a nosso país na qual colaboraram dispersão da Leucose Bovina e o também estes patologistas; Costa aumento do número de casos, o Durão e Tavares Montano que levou a Direcção Geral dos chegaram mesmo a deslocar-se à Serviços Pecuários, em 1965/1967, Dinamarca para se inteirarem do a realizar uma Campanha de diagnóstico histopatológico desta Profilaxia da Leucose Bovina que doença.tinha como finalidade, a Em 1966 Nunes Petisca é

requisitado pelo Ministério do Ultramar para prestar serviço como Director do Instituto de Investigação Veterinária de Moçambique e Tavares Montano fica a substituí-lo na chefia do serviço. Nesta mesma altura Tito Paz Ferreira vai também para Moçambique onde viria a falecer

em 1971. Mandelli no Instituto de A formação e o contacto com Anatomia Patológica e Patologia outras universidades europeias Geral e no Instituto de Patologia foi uma constante e no Veterinária da Faculdade de seguimento do que já tinha Medicina Veterinária da acontecido com Nunes Petisca e Universidade de Milão na área de Braço Forte na década de 50 é patologia aviária o que lhe também chegada a oportunidade possibilitou a realização dum para os novos patologistas. Costa trabalho experimental com o Durão, como bolseiro do Instituto vírus da doença de Newcastle que de Alta Cultura, no ano lectivo de conduziu à sua tese de 1971-1972, faz um estágio no doutoramento cujo título era “ laboratório de Anatomia Aspectos evolutivos da Patológica da Escola Veterinária encefalomielite na Doença de de Alfort, onde volta em 1976- Newcastle”; as provas realizaram-1977, tendo desta vez dedicado se em Janeiro de 1980.especial atenção ao diagnóstico da Leucose Bovina que seria o tema para o seu doutoramento, em 1978, com a tese intitulada “Leucose Bovina em Portugal. Estudo epidemiológico e anatomo-histopatológico”. Em 1971, José Gonçalves foi contratado como médico veterinário de 3ª classe e colocado no Serviço de Patologia e Anatomia Patológica do L.N.I.V.

Em 1976 ingresso no Serviço de e passa a colaborar também no Patologia com Rui Baptista, meu diagnósico das doenças dos colega de curso. A partir daqui suínos e leucose; acumula com as passo a transmitir o que foi a funções de assistente da E.S.M.V. minha aprendizagem e na área da Clínica Médica junto do convivência com toda esta Prof. Braço Forte. equipa. Entrei como tirocinante Manuel Lage, em 1973-1974, no final de 1976 direcionada para estagiou com o Professor

Doença de Newcastle

Leucose bovina cutânea

a patologia de coelhos; rapidamente fiquei deslumbrada com toda a diversidade de patologias ao mesmo tempo que tomava consciência da minha ignorância e pequenez.O Departamento de Patologia

até aí; entretanto surgiu a doença era, mercê da equipa que aí de Gumboro, em 1978 quase estava presente, centro de simultaneamente com a enterite referência e de diagnóstico para a hemorrágica dos perus por patologia aviária e suína; era aí adenovírus.qua acorriam os médicos Nunes Petisca era uma presença veterinários quando estavam assídua na sala de necrópsias, perante problemas complicados com a sua máquina fotográfica pois já sabiam que encontravam pronta a disparar sempre que as sempre ajuda para a sua patologias o justificavam; resolução; por isso o número de conseguiu-se assim ao longo dos cadáveres que aqui entravam anos realizar um arquivo notável eram numerosos o que fazia com de fotografias, em que algumas que passassemos horas a fazer delas deveriam ter honras de necrópsias de aves, suínos, museu; provavelmente algumas coelhos e muitas outras espécies das doenças nunca mais virão a animais.ser diagnosticadas.Estávamos ainda em pleno surto Utilizávamos ainda a pequena sala da Peste Suína Africana e a de necrópsias construída nos patologia aviária continuava a anos 30, a qual não tinha forno marcar presença com uma crematório; os cadáveres eram diversidade incrível. Os problemas lançados para um grande buraco provocados pela presença de que existia nas traseiras onde se micotoxinas nas rações, punham a arder troncos que sobretudo para frangos de carne, mantinham acesos dum dia para o avolumaram-se a partir de 1975 e outro; o funcionário que recebia os quadros lesionais eram as amostras estava instalado num diferentes dos quadros de pequeno cubículo que tinha uma aflatoxicose, os mais conhecidos

colaboração de Nunes Petisca dada a sua grande experiência nesta matéria; os animais infectados eram detectados pela prova de tuberculinização, mas na inspecção das respectivas carcaças, no matadouro, não se detectavam as lesões correspondentes. Eram por isso frequentes as deslocações aos matadouros, sobretudo aos de Évora e Beja; Nunes Petisca fazia-se acompanhar por um dos patogistas mais experientes e um dos aprendizes, eu ou o Rui;

janela para o exterior para partíamos sempre muito cedo atendimento dos clientes que para podermos iniciar o trabalho ficavam na rua. A mesa de por volta das 8h; a carrinha era fotografia era uma placa em cima geralmente conduzida pelo dum carro de mão!! Mas mesmo motorista João Piçarra que já assim fizeram-se excelentes conhecia de cor e salteado todos fotografias! os “pontos de paragem Para além do apoio dado no obrigatórios”. A inspecção dos laboratório é também de destacar gânglios linfáticos era feita com a disponibilidade e grande toda o pormenor, fatiando-os de colaboração que existia entre o LNIV e as Intendências de Pecuária, organismos da D.G.S.P., localizadas nos vários distritos do país que frequentemente solicitavam a deslocação de equipas do laboratório “ao campo”.É assim que na década de 70 ao surgirem alguns problemas com a tuberculose bovina foi pedida a

Doença de gumboro

Folículos turberculosos

a patologia de coelhos; rapidamente fiquei deslumbrada com toda a diversidade de patologias ao mesmo tempo que tomava consciência da minha ignorância e pequenez.O Departamento de Patologia

até aí; entretanto surgiu a doença era, mercê da equipa que aí de Gumboro, em 1978 quase estava presente, centro de simultaneamente com a enterite referência e de diagnóstico para a hemorrágica dos perus por patologia aviária e suína; era aí adenovírus.qua acorriam os médicos Nunes Petisca era uma presença veterinários quando estavam assídua na sala de necrópsias, perante problemas complicados com a sua máquina fotográfica pois já sabiam que encontravam pronta a disparar sempre que as sempre ajuda para a sua patologias o justificavam; resolução; por isso o número de conseguiu-se assim ao longo dos cadáveres que aqui entravam anos realizar um arquivo notável eram numerosos o que fazia com de fotografias, em que algumas que passassemos horas a fazer delas deveriam ter honras de necrópsias de aves, suínos, museu; provavelmente algumas coelhos e muitas outras espécies das doenças nunca mais virão a animais.ser diagnosticadas.Estávamos ainda em pleno surto Utilizávamos ainda a pequena sala da Peste Suína Africana e a de necrópsias construída nos patologia aviária continuava a anos 30, a qual não tinha forno marcar presença com uma crematório; os cadáveres eram diversidade incrível. Os problemas lançados para um grande buraco provocados pela presença de que existia nas traseiras onde se micotoxinas nas rações, punham a arder troncos que sobretudo para frangos de carne, mantinham acesos dum dia para o avolumaram-se a partir de 1975 e outro; o funcionário que recebia os quadros lesionais eram as amostras estava instalado num diferentes dos quadros de pequeno cubículo que tinha uma aflatoxicose, os mais conhecidos

colaboração de Nunes Petisca dada a sua grande experiência nesta matéria; os animais infectados eram detectados pela prova de tuberculinização, mas na inspecção das respectivas carcaças, no matadouro, não se detectavam as lesões correspondentes. Eram por isso frequentes as deslocações aos matadouros, sobretudo aos de Évora e Beja; Nunes Petisca fazia-se acompanhar por um dos patogistas mais experientes e um dos aprendizes, eu ou o Rui;

janela para o exterior para partíamos sempre muito cedo atendimento dos clientes que para podermos iniciar o trabalho ficavam na rua. A mesa de por volta das 8h; a carrinha era fotografia era uma placa em cima geralmente conduzida pelo dum carro de mão!! Mas mesmo motorista João Piçarra que já assim fizeram-se excelentes conhecia de cor e salteado todos fotografias! os “pontos de paragem Para além do apoio dado no obrigatórios”. A inspecção dos laboratório é também de destacar gânglios linfáticos era feita com a disponibilidade e grande toda o pormenor, fatiando-os de colaboração que existia entre o LNIV e as Intendências de Pecuária, organismos da D.G.S.P., localizadas nos vários distritos do país que frequentemente solicitavam a deslocação de equipas do laboratório “ao campo”.É assim que na década de 70 ao surgirem alguns problemas com a tuberculose bovina foi pedida a

Doença de gumboro

Folículos turberculosos

forma muito fina; sempre que histopatologia que comunicava surgia alguma lesão suspeita, por com a sala de necrópsias instalada vezes do tamanho da cabeça de na extremidade oposta; junto alfinete, era levada ao Dr. Petisca desta estava a recepção de para ele fazer a confirmação, com amostras dotada de melhores a sua lupa. Em regra após estes condições; tinha sido também serviços seguia-se um almoço instalado um forno crematório. onde se juntavam sempre alguns Frente ao edifício anterior, foi colegas que trabalhavam na zona construído um novo pavilhão para o que permitia bons momentos instalar os gabinetes dos técnicos de convívio muito do agrado do do serviço e também a Secretaria “chefe” Petisca. Técnica que era responsável pela Em Junho de 1978 chegou a tão emissão dos boletins de análise e ambicionada mudança de instalações; o pavilhão do carbúnculo foi adaptado para nele se instalar o laboratório de

que na altura era chefiada por Américo Estrelado; tinha também uma sala de reuniões e foi aqui que o Director de então, Prof. Braço Forte, me comunicou que seria contratada como tarefeira e ficaria a trabalhar no Serviço de Patologia a partir de Julho de 1978; estava assim atingido um dos sonhos da minha vida.

Entretanto, Alexandre Galo que febris que grunhiam de dor estivera a desempenhar funções quando se lhes tocava no focinho, na Madeira, para proceder à nas unhas ou melhor no sítio onde instalação e montagem do tinham estado as unhas.Laboratório Regional de Nos finais de 1982 é diagnosticada Veterinária onde exerceu também Peripneumonia Contagiosa dos funções de chefia, foi colocado no Bovinos em animais da região LNIV em Agosto de 1979, primeiro norte do país; foi determinado o no Serviço de Virologia e depois seu abate que aconteceu no no Serviço de Patologia; mas só matadouro de Monção em em 1981 passou a assistente de Janeiro de 1983; para lá investigação. convergiram grande número de No ano de 1980 declarou-se, em veterinários nomeadamente Portugal, mais um surto de febre patologistas, incluindo os do aftosa; uma das principais laboratório do Porto, Viseu e características da doença é a sua Mirandela, ansiosos de ver as grande capacidade de lesões duma doença que já não disseminação; bovinos, pequenos era noticiada há muitos anos.ruminantes e suínos foram Fomos cedo para o matadouro e atingidos em larga escala o que Nunes Petisca dirigia as levou à chegada de elevado operações; os dois primeiros número de amostras para exame animais mostraram-nos formas virológico; a par destas exuberantes da doença, com chegavam-nos também animais grandes derrames intratorácicos, de pouca idade, sobretudo suínos, o pulmão de aspecto vitimados pela forma mais grave marmoreado com edema dos da doença, o coração tigrado, septos onde eram visíveis os correspondente a uma miocardite focos de organização extensa. perivasculares, característicos Na altura tive oportunidade de me deslocar com o Rui Baptista a uma exploração de suínos atingidos pela doença e o espectáculo que presenciei jamais vou esquecer! Eram centenas de animais deitados,

Peripleumonia contagiosa dos bovinos

forma muito fina; sempre que histopatologia que comunicava surgia alguma lesão suspeita, por com a sala de necrópsias instalada vezes do tamanho da cabeça de na extremidade oposta; junto alfinete, era levada ao Dr. Petisca desta estava a recepção de para ele fazer a confirmação, com amostras dotada de melhores a sua lupa. Em regra após estes condições; tinha sido também serviços seguia-se um almoço instalado um forno crematório. onde se juntavam sempre alguns Frente ao edifício anterior, foi colegas que trabalhavam na zona construído um novo pavilhão para o que permitia bons momentos instalar os gabinetes dos técnicos de convívio muito do agrado do do serviço e também a Secretaria “chefe” Petisca. Técnica que era responsável pela Em Junho de 1978 chegou a tão emissão dos boletins de análise e ambicionada mudança de instalações; o pavilhão do carbúnculo foi adaptado para nele se instalar o laboratório de

que na altura era chefiada por Américo Estrelado; tinha também uma sala de reuniões e foi aqui que o Director de então, Prof. Braço Forte, me comunicou que seria contratada como tarefeira e ficaria a trabalhar no Serviço de Patologia a partir de Julho de 1978; estava assim atingido um dos sonhos da minha vida.

Entretanto, Alexandre Galo que febris que grunhiam de dor estivera a desempenhar funções quando se lhes tocava no focinho, na Madeira, para proceder à nas unhas ou melhor no sítio onde instalação e montagem do tinham estado as unhas.Laboratório Regional de Nos finais de 1982 é diagnosticada Veterinária onde exerceu também Peripneumonia Contagiosa dos funções de chefia, foi colocado no Bovinos em animais da região LNIV em Agosto de 1979, primeiro norte do país; foi determinado o no Serviço de Virologia e depois seu abate que aconteceu no no Serviço de Patologia; mas só matadouro de Monção em em 1981 passou a assistente de Janeiro de 1983; para lá investigação. convergiram grande número de No ano de 1980 declarou-se, em veterinários nomeadamente Portugal, mais um surto de febre patologistas, incluindo os do aftosa; uma das principais laboratório do Porto, Viseu e características da doença é a sua Mirandela, ansiosos de ver as grande capacidade de lesões duma doença que já não disseminação; bovinos, pequenos era noticiada há muitos anos.ruminantes e suínos foram Fomos cedo para o matadouro e atingidos em larga escala o que Nunes Petisca dirigia as levou à chegada de elevado operações; os dois primeiros número de amostras para exame animais mostraram-nos formas virológico; a par destas exuberantes da doença, com chegavam-nos também animais grandes derrames intratorácicos, de pouca idade, sobretudo suínos, o pulmão de aspecto vitimados pela forma mais grave marmoreado com edema dos da doença, o coração tigrado, septos onde eram visíveis os correspondente a uma miocardite focos de organização extensa. perivasculares, característicos Na altura tive oportunidade de me deslocar com o Rui Baptista a uma exploração de suínos atingidos pela doença e o espectáculo que presenciei jamais vou esquecer! Eram centenas de animais deitados,

Peripleumonia contagiosa dos bovinos

da doença; quando passámos ao Alexandre Galo deixa o Serviço de terceiro animal que decepção! O Patologia em Junho de 1983 para pulmão estava rosadinho, sem assumir as funções de substituto alterações! Nunes Petisca não do director e em 1986 foi pareceu surpreendido e com toda autorizado a deslocar-se por um a calma começou a fazer a período de 2 anos para Plum palpação cuidadosa do pulmão, Island Animal Disease Center para fez uma incisão e para surpresa se integrar num projecto sobre geral mostra a todos um Peste Suína Africana; o trabalho aí sequestro peripneumónico!!!! Foi realizado permitiu-lhe prestar uma aula improvisada que mais provas para investigador auxiliar, uma vez não apanhou em 1987, com o tema “Peste desprevenido tão brilhante Suína Africana Crónica. professor… Contribuição para o diagnóstico Neste surto de P.P.C.B. que se por provas de afinidade, estendeu até 1999 foram citoquímica e imunocitoquímica estudados grande número de em cortes histológicos”.casos cujos resultados simultaneamente com os do surto de 1953-54, foram publicados no artigo “Patogenia e anatomia patológica da peripneumonia contagiosa dos bovinos (PPCB) em Portugal” publicado no Repositório de Trabalhos do LNIV, número especial dedicado ao 75º aniversário desta mesma

Costa Durão deixou o LNIV para instituição e que englobava os se dedicar exclusivamente à patologistas dos laboratórios de actividade docente na F.M.V. em Lisboa e do Porto. Este trabalho 1984; Zaida Santos e Tabordou foi distinguido com o Prémio Duarte aposentam-se, Pfizer/88 atribuído pela Sociedade respectivamente, em 1985 e em Portuguesa de Ciências 1986. Veterinárias.

Inicia-se assim o 1987, com o trabalho intitulado desmembramento da equipa de “Alguns aspectos da patologia da patologistas. pneumonia enzoótica dos suínos A grande proximidade que me em Portugal”. ligava ao Rui Baptista levou a que partilhássemos algumas experiências em comum nomeadamente a nossa primeira saída “ao campo”, sozinhos, que era na altura um verdadeiro desafio já que o fazíamos sempre em companhia dum patologista mais experiente. Descrevemos juntos “Alguns aspectos histopatológicos do sistema

Foi um dos fundadores da nervoso central em ovinos com Sociedade Científica de listeriose” e “Alguns aspectos Suinicultura tendo sido seu anatomo-histopatológicos da presidente durante vários anos.doença de Aujeszky em leitões”. Embora mais modesta a patologia Rui Baptista desde cedo se dos coelhos continuava a dedicou à suinicultura tendo entusiasmar-me; as alterações como mestre o Prof. Braço Forte; provocadas pela modernização a possibilidade de exercer a das explorações levaram ao atividade privada em várias aparecimento de patologias explorações de suínos associada respiratórias e digestivas muito ao seu trabalho como patologista diferentes das que eram habituais permitiu-lhe uma grande nas coelheiras tradicionais; foi o afinidade e sensibilidade para o contacto com tão elevado diagnóstico nesta área; é assim número de animais que tornou que identifica pela 1ª vez a possível o diagnóstico da doença enterite necrótica infecciosa dos de Tyzzer, feito no início da leitões e mais tarde a circovirose década de 80, a partir de coelhos suína; no seguimento desta jovens que evidenciavam especialização faz o concurso alterações digestivas.para investigador auxiliar, em

psa crónica

PSA crónica

Pneumonia enzoótica suina

da doença; quando passámos ao Alexandre Galo deixa o Serviço de terceiro animal que decepção! O Patologia em Junho de 1983 para pulmão estava rosadinho, sem assumir as funções de substituto alterações! Nunes Petisca não do director e em 1986 foi pareceu surpreendido e com toda autorizado a deslocar-se por um a calma começou a fazer a período de 2 anos para Plum palpação cuidadosa do pulmão, Island Animal Disease Center para fez uma incisão e para surpresa se integrar num projecto sobre geral mostra a todos um Peste Suína Africana; o trabalho aí sequestro peripneumónico!!!! Foi realizado permitiu-lhe prestar uma aula improvisada que mais provas para investigador auxiliar, uma vez não apanhou em 1987, com o tema “Peste desprevenido tão brilhante Suína Africana Crónica. professor… Contribuição para o diagnóstico Neste surto de P.P.C.B. que se por provas de afinidade, estendeu até 1999 foram citoquímica e imunocitoquímica estudados grande número de em cortes histológicos”.casos cujos resultados simultaneamente com os do surto de 1953-54, foram publicados no artigo “Patogenia e anatomia patológica da peripneumonia contagiosa dos bovinos (PPCB) em Portugal” publicado no Repositório de Trabalhos do LNIV, número especial dedicado ao 75º aniversário desta mesma

Costa Durão deixou o LNIV para instituição e que englobava os se dedicar exclusivamente à patologistas dos laboratórios de actividade docente na F.M.V. em Lisboa e do Porto. Este trabalho 1984; Zaida Santos e Tabordou foi distinguido com o Prémio Duarte aposentam-se, Pfizer/88 atribuído pela Sociedade respectivamente, em 1985 e em Portuguesa de Ciências 1986. Veterinárias.

Inicia-se assim o 1987, com o trabalho intitulado desmembramento da equipa de “Alguns aspectos da patologia da patologistas. pneumonia enzoótica dos suínos A grande proximidade que me em Portugal”. ligava ao Rui Baptista levou a que partilhássemos algumas experiências em comum nomeadamente a nossa primeira saída “ao campo”, sozinhos, que era na altura um verdadeiro desafio já que o fazíamos sempre em companhia dum patologista mais experiente. Descrevemos juntos “Alguns aspectos histopatológicos do sistema

Foi um dos fundadores da nervoso central em ovinos com Sociedade Científica de listeriose” e “Alguns aspectos Suinicultura tendo sido seu anatomo-histopatológicos da presidente durante vários anos.doença de Aujeszky em leitões”. Embora mais modesta a patologia Rui Baptista desde cedo se dos coelhos continuava a dedicou à suinicultura tendo entusiasmar-me; as alterações como mestre o Prof. Braço Forte; provocadas pela modernização a possibilidade de exercer a das explorações levaram ao atividade privada em várias aparecimento de patologias explorações de suínos associada respiratórias e digestivas muito ao seu trabalho como patologista diferentes das que eram habituais permitiu-lhe uma grande nas coelheiras tradicionais; foi o afinidade e sensibilidade para o contacto com tão elevado diagnóstico nesta área; é assim número de animais que tornou que identifica pela 1ª vez a possível o diagnóstico da doença enterite necrótica infecciosa dos de Tyzzer, feito no início da leitões e mais tarde a circovirose década de 80, a partir de coelhos suína; no seguimento desta jovens que evidenciavam especialização faz o concurso alterações digestivas.para investigador auxiliar, em

psa crónica

PSA crónica

Pneumonia enzoótica suina

Em 1986 e como consequência da terminaria a sua actividade em passagem do Laboratório de 1997 e as médicas veterinárias que Mirandela para a Direcção aí exerciam funções foram Regional de Agricultura de Trás- integradas em vários serviços do os-Montes e Alto Douro, Augusto L.N.I.V.Afonso é transferido para o Em Setembro de 1989 surgiram no Serviço de Histopatologia; em sul do país alguns cavalos 1992 realiza as provas para suspeitos de estarem infectados investigador auxiliar com o com o vírus da Peste Equina trabalho “Alguns aspetos da Africana; os técnicos do L.N.I.V., patologia das broncopneumonias Rui Baptista e Manuel Lage, parasitárias dos ovinos em deslocaram-se a Castro Marim e Portugal”. em colaboração com os colegas

da D.R.A. do Algarve procederam à colheita de amostras para diagnóstico; na fotografia podemos ver Rui Baptista e a colega Maria José do laboratório de Faro a fazerem a necrópsia de um dos animais vitimados pela doença.

Em 1987, por decisão do então Director, Dr. Matos Águas, a patologia aviária foi retirada ao L.N.I.V. e transferida para um laboratório recém-criado na Estação de Avicultura da Venda Nova, decisão algo polémica, pois Em 1990 dá-se mais uma “baixa”: algumas pesquisas, é a saída de José Gonçalves para a nomeadamente na área da F.M.V. onde foi integrar o grupo virologia, continuaram a ser feitas de docentes da Clínica Médica.no L.N.I.V.; este laboratório

retirava capacidade de intervenção.A saída de Nunes Petisca, por motivos de saúde em 1991 foi um duro golpe para mim e para o Rui; apesar de Manuel Lage ainda estar presente, vimo-nos de repente a braços com um serviço cujas chefias repartíamos

O seu doutoramento, realizado entre nós. Faltava-nos aquele em 1986, com a tese sobre apoio para a certeza do “Nefropatias em Canis familiaris. diagnóstico, para a imagem que Estudo anátomo-clínico e não tínhamos, para a coloração a histopatológico (significado realizar...; mas foi também a altura patogénico e interesse em certa para um crescimento que patologia comparada) ” fazia precisavamos ter e que foi antever esta sua preferência. necessário para um novo Segue-se pouco depois a reforma problema que tivemos de de Tavares Montano em 1992. enfrentar, em 1990-1994 com o Apesar de terem passado, por diagnóstico da Encefalopatia este serviço, alguns jovens Espongiforme dos Bovinos em técnicos nenhum deles se fixou; Portugal; problema difícil, não só lembramos Isabel Mariano- 1990- porque se tratava duma patologia 1992, José Caiado- 1983-1985 e pouco frequente, mas também Jorge Pimenta em 1996-1997. pelo envolvimento político que Com o desagregar deste grupo de ocasionou; apesar de o trabalho que se tinha mantido laboratório do Porto ter um papel coeso durante tantos anos a preponderante neste diagnóstico, actividade do departamento o nosso departamento foi ressentiu-se; a agravar esta também chamado a dar a sua situação houve simultaneamente colaboração na colheita de um conjunto de alterações, amostras nos animais coabitantes nomeadamente a regionalização de animais positivos à doença e dos serviços veterinários do posterior exame histopatológico, Ministério da Agricultura que lhe

Pneumonia parasitária

Glomerulonefrite

Peste equina africana

Em 1986 e como consequência da terminaria a sua actividade em passagem do Laboratório de 1997 e as médicas veterinárias que Mirandela para a Direcção aí exerciam funções foram Regional de Agricultura de Trás- integradas em vários serviços do os-Montes e Alto Douro, Augusto L.N.I.V.Afonso é transferido para o Em Setembro de 1989 surgiram no Serviço de Histopatologia; em sul do país alguns cavalos 1992 realiza as provas para suspeitos de estarem infectados investigador auxiliar com o com o vírus da Peste Equina trabalho “Alguns aspetos da Africana; os técnicos do L.N.I.V., patologia das broncopneumonias Rui Baptista e Manuel Lage, parasitárias dos ovinos em deslocaram-se a Castro Marim e Portugal”. em colaboração com os colegas

da D.R.A. do Algarve procederam à colheita de amostras para diagnóstico; na fotografia podemos ver Rui Baptista e a colega Maria José do laboratório de Faro a fazerem a necrópsia de um dos animais vitimados pela doença.

Em 1987, por decisão do então Director, Dr. Matos Águas, a patologia aviária foi retirada ao L.N.I.V. e transferida para um laboratório recém-criado na Estação de Avicultura da Venda Nova, decisão algo polémica, pois Em 1990 dá-se mais uma “baixa”: algumas pesquisas, é a saída de José Gonçalves para a nomeadamente na área da F.M.V. onde foi integrar o grupo virologia, continuaram a ser feitas de docentes da Clínica Médica.no L.N.I.V.; este laboratório

retirava capacidade de intervenção.A saída de Nunes Petisca, por motivos de saúde em 1991 foi um duro golpe para mim e para o Rui; apesar de Manuel Lage ainda estar presente, vimo-nos de repente a braços com um serviço cujas chefias repartíamos

O seu doutoramento, realizado entre nós. Faltava-nos aquele em 1986, com a tese sobre apoio para a certeza do “Nefropatias em Canis familiaris. diagnóstico, para a imagem que Estudo anátomo-clínico e não tínhamos, para a coloração a histopatológico (significado realizar...; mas foi também a altura patogénico e interesse em certa para um crescimento que patologia comparada) ” fazia precisavamos ter e que foi antever esta sua preferência. necessário para um novo Segue-se pouco depois a reforma problema que tivemos de de Tavares Montano em 1992. enfrentar, em 1990-1994 com o Apesar de terem passado, por diagnóstico da Encefalopatia este serviço, alguns jovens Espongiforme dos Bovinos em técnicos nenhum deles se fixou; Portugal; problema difícil, não só lembramos Isabel Mariano- 1990- porque se tratava duma patologia 1992, José Caiado- 1983-1985 e pouco frequente, mas também Jorge Pimenta em 1996-1997. pelo envolvimento político que Com o desagregar deste grupo de ocasionou; apesar de o trabalho que se tinha mantido laboratório do Porto ter um papel coeso durante tantos anos a preponderante neste diagnóstico, actividade do departamento o nosso departamento foi ressentiu-se; a agravar esta também chamado a dar a sua situação houve simultaneamente colaboração na colheita de um conjunto de alterações, amostras nos animais coabitantes nomeadamente a regionalização de animais positivos à doença e dos serviços veterinários do posterior exame histopatológico, Ministério da Agricultura que lhe

Pneumonia parasitária

Glomerulonefrite

Peste equina africana

A morte de Nunes Petisca ocorreu formação de numerosos em Dezembro de 1996 e no VII patologistas portugueses, alguns Encontro da Sociedade dos quais ainda em actividade; Portuguesa de Patologia Animal, não foram também esquecidas as em Maio do ano seguinte, foi suas qualidades humanas das realizada uma pequena quais destacamos a simplicidade e homenagem no Departamento de a generosidade, por vezes até Patologia em que estiveram exagerada. presentes os seus familiares mais Considero-me uma afortunada próximos e alguns amigos; foi um por ter tido a possibilidade de

estar alguns anos junto do Dr. Petisca; foi com ele que me iniciei na Anatomia Patológica e com ele aprendi outras lições de vida. Recordo com muita saudade as longas tardes de discussão de lâminas, os livros que desencantava nos armários do seu gabinete para nos mostrar lesões idênticas e os casos que nos relatava resultantes da sua

momento em que se recordou o longa experiência; o gosto e a

PATOLOGISTA reconhecido não disponibilidade com que nos

só a nível nacional como ensinava eram fabulosos. Parecia

internacional, nomeadamente no tudo tão fácil.....

campo das pestes suínas, mas A criação, pela Sociedade

também se falou do seu gosto em Portuguesa de Ciências

ensinar, da facilidade com que Veterinárias, do Prémio Nunes

transmitia os seus conhecimentos Petisca que é atribuído ao melhor

e que fizeram dele um MESTRE aluno de Anatomia Patológica dos

por excelência, fundamental na cursos de Medicina Veterinária em Portugal é certamente uma forma justa de lembrar o Patologista que foi, para que o seu nome fique na memória das gerações vindouras.

Em 1998 é a vez de Manuel Lage carcaças que evidenciavam lesões aceder à reforma. idênticas, receou-se um grave Face ao reduzido número de problema de saúde pública, mas o técnicos que prestavam serviço isolamento de Mycobacterium no Departamento de Patologia avium var. hominissuis e o facto nesta fase, Paulo Carvalho, de as lesões se encontrarem médico veterinário da DRABL apenas nos gânglios linfáticos do onde exercia funções de inspetor sistema digestivo afastou essa sanitário, foi transferido para este hipótese; chegou-se à conclusão laboratório, em Novembro de que as lesões eram consequência 2004. da ingestão de matérias-primas A entrada deste técnico coincidiu infectadas.com o aparecimento dos Paula Mendonça que viera do primeiros casos de linfadenite laboratório da Estação de tuberculose em suínos; o Avicultura e que foi colocada na diagnóstico foi realiazado em Unidade de Crição, Selecção e algumas amostras de gânglios Bem-estar dos animais de linfáticos submandibulares e/ou experiência foi transferida para o mesentéricos que apresentavam Departamento de Patologia em focos de necrose, em número 2001, mas só em 2005 começou a variável, no seio dos quais, com a realizar necrópsias e exames coloração de Ziehl-Neelsen, se histopatológicos. visualizaram bacilos ácido-álcool- Entretanto Rui Baptista pede a resistentes. reforma por doença grave, em Face ao elevado número de 2005 e vem a falecer em Outubro

de 2007. Por esta altura, mais concretamente nos anos de 2005 e sobretudo 2006 foi a Gripe Aviária que tanta perturbação provocou na sociedade portuguesa por se recear a passagem do vírus das aves para as pessoas e o que poderia levar ao aparecimento duma pandemia.

Linfadenite tuberculosa

A morte de Nunes Petisca ocorreu formação de numerosos em Dezembro de 1996 e no VII patologistas portugueses, alguns Encontro da Sociedade dos quais ainda em actividade; Portuguesa de Patologia Animal, não foram também esquecidas as em Maio do ano seguinte, foi suas qualidades humanas das realizada uma pequena quais destacamos a simplicidade e homenagem no Departamento de a generosidade, por vezes até Patologia em que estiveram exagerada. presentes os seus familiares mais Considero-me uma afortunada próximos e alguns amigos; foi um por ter tido a possibilidade de

estar alguns anos junto do Dr. Petisca; foi com ele que me iniciei na Anatomia Patológica e com ele aprendi outras lições de vida. Recordo com muita saudade as longas tardes de discussão de lâminas, os livros que desencantava nos armários do seu gabinete para nos mostrar lesões idênticas e os casos que nos relatava resultantes da sua

momento em que se recordou o longa experiência; o gosto e a

PATOLOGISTA reconhecido não disponibilidade com que nos

só a nível nacional como ensinava eram fabulosos. Parecia

internacional, nomeadamente no tudo tão fácil.....

campo das pestes suínas, mas A criação, pela Sociedade

também se falou do seu gosto em Portuguesa de Ciências

ensinar, da facilidade com que Veterinárias, do Prémio Nunes

transmitia os seus conhecimentos Petisca que é atribuído ao melhor

e que fizeram dele um MESTRE aluno de Anatomia Patológica dos

por excelência, fundamental na cursos de Medicina Veterinária em Portugal é certamente uma forma justa de lembrar o Patologista que foi, para que o seu nome fique na memória das gerações vindouras.

Em 1998 é a vez de Manuel Lage carcaças que evidenciavam lesões aceder à reforma. idênticas, receou-se um grave Face ao reduzido número de problema de saúde pública, mas o técnicos que prestavam serviço isolamento de Mycobacterium no Departamento de Patologia avium var. hominissuis e o facto nesta fase, Paulo Carvalho, de as lesões se encontrarem médico veterinário da DRABL apenas nos gânglios linfáticos do onde exercia funções de inspetor sistema digestivo afastou essa sanitário, foi transferido para este hipótese; chegou-se à conclusão laboratório, em Novembro de que as lesões eram consequência 2004. da ingestão de matérias-primas A entrada deste técnico coincidiu infectadas.com o aparecimento dos Paula Mendonça que viera do primeiros casos de linfadenite laboratório da Estação de tuberculose em suínos; o Avicultura e que foi colocada na diagnóstico foi realiazado em Unidade de Crição, Selecção e algumas amostras de gânglios Bem-estar dos animais de linfáticos submandibulares e/ou experiência foi transferida para o mesentéricos que apresentavam Departamento de Patologia em focos de necrose, em número 2001, mas só em 2005 começou a variável, no seio dos quais, com a realizar necrópsias e exames coloração de Ziehl-Neelsen, se histopatológicos. visualizaram bacilos ácido-álcool- Entretanto Rui Baptista pede a resistentes. reforma por doença grave, em Face ao elevado número de 2005 e vem a falecer em Outubro

de 2007. Por esta altura, mais concretamente nos anos de 2005 e sobretudo 2006 foi a Gripe Aviária que tanta perturbação provocou na sociedade portuguesa por se recear a passagem do vírus das aves para as pessoas e o que poderia levar ao aparecimento duma pandemia.

Linfadenite tuberculosa

Pobres aves! Tudo o que tinha muitos anos com predominância penas era suspeito e posto à das parasitoses. No ano de 2006 distância!! Segundo o edital as realizámos necrópsias de 4756 aves encontradas teriam de ser aves, das quais 1100 eram aves enviadas para o laboratório para domésticas e 3656 aves silváticas. pesquisa do vírus da gripe. Passado o episódio da Gripe Embora as aves se destinassem aviária o trabalho realizado no apenas a essa pesquisa, os Sector de Diagnóstico patologistas não podiam perder a Anatomohistopatológico retomou oportunidade de fazer a necrópsia uma certa rotina com as e o contacto com espécies pouco necrópsias de todas as espécies habituais. animais, os exames Chegaram às centenas! Gaivotas, histopatológicos e o apoio aos melros, cegonhas, patos de todas planos de erradicação do qual se as espécies, pombos, gansos destaca o da tuberculose bovina e patolas, corvos marinhos, aves de o da tuberculose em caça maior; a rapina,… patologia das espécies exóticas é

também uma das nossas preferidas.Com a passagem à reforma de Augusto Afonso, em 2010, a equipa torna-se ainda mais pequena, mas disposta a continuar a servir a pecuária nacional e a saúde animal.

Não podemos esquecer e queremos deixar aqui um agradecimento aos cinco técnicos de laboratório que

Para além desta diversidade de sempre trabalharam connosco. O aves silvestres, as de capoeira trabalho de rotina era feito por também não faltaram e Ludgero Oliveira (entrou como permitiram-nos observar servente em 1948) e Glória patologias que não eram vistas há Saramago.

Santos que entrou em Abril de 1937 como servente, era o preparador que fazia os métodos de coloração mais elaborados; a elevada qualidade

Ainda me lembro dos velhos micrótomos onde se cortavam os blocos de parafina e onde eu também aprendi a fazer cortes; o processamento das amostras era feita já num processador automático de tecidos e os blocos eram feitos nos quadros de Leuckart; na sua do seu trabalho resultou da

grande dedicação e persistência embora auxiliado, nos primeiros anos, por Nunes Petisca que lhe transmitia os métodos utilizados nos laboratórios por onde tinha passado; os seus serviços eram, inclusive, requisitados por médicos da área da anatomia patológica; o PAS e os tricrómicos faziam sensação!! Nesta altura entraram para exercer funções no laboratório de Histopatologia Helena

simplicidade, era por vezes difícil Carvalho e Leonor Leitão que se

entenderem o porquê de algumas mantêm ainda hoje ao serviço;

análises terem um número tão usufruíram duma grande melhoria

elevado de blocos que lhes davam nas condições de trabalho e

tanto trabalho a cortar e então aprenderam a realizar numerosas

diziam que “só faltava vir o rabo técnicas.

do cão!!!”. António Bernardino

Pobres aves! Tudo o que tinha muitos anos com predominância penas era suspeito e posto à das parasitoses. No ano de 2006 distância!! Segundo o edital as realizámos necrópsias de 4756 aves encontradas teriam de ser aves, das quais 1100 eram aves enviadas para o laboratório para domésticas e 3656 aves silváticas. pesquisa do vírus da gripe. Passado o episódio da Gripe Embora as aves se destinassem aviária o trabalho realizado no apenas a essa pesquisa, os Sector de Diagnóstico patologistas não podiam perder a Anatomohistopatológico retomou oportunidade de fazer a necrópsia uma certa rotina com as e o contacto com espécies pouco necrópsias de todas as espécies habituais. animais, os exames Chegaram às centenas! Gaivotas, histopatológicos e o apoio aos melros, cegonhas, patos de todas planos de erradicação do qual se as espécies, pombos, gansos destaca o da tuberculose bovina e patolas, corvos marinhos, aves de o da tuberculose em caça maior; a rapina,… patologia das espécies exóticas é

também uma das nossas preferidas.Com a passagem à reforma de Augusto Afonso, em 2010, a equipa torna-se ainda mais pequena, mas disposta a continuar a servir a pecuária nacional e a saúde animal.

Não podemos esquecer e queremos deixar aqui um agradecimento aos cinco técnicos de laboratório que

Para além desta diversidade de sempre trabalharam connosco. O aves silvestres, as de capoeira trabalho de rotina era feito por também não faltaram e Ludgero Oliveira (entrou como permitiram-nos observar servente em 1948) e Glória patologias que não eram vistas há Saramago.

Santos que entrou em Abril de 1937 como servente, era o preparador que fazia os métodos de coloração mais elaborados; a elevada qualidade

Ainda me lembro dos velhos micrótomos onde se cortavam os blocos de parafina e onde eu também aprendi a fazer cortes; o processamento das amostras era feita já num processador automático de tecidos e os blocos eram feitos nos quadros de Leuckart; na sua do seu trabalho resultou da

grande dedicação e persistência embora auxiliado, nos primeiros anos, por Nunes Petisca que lhe transmitia os métodos utilizados nos laboratórios por onde tinha passado; os seus serviços eram, inclusive, requisitados por médicos da área da anatomia patológica; o PAS e os tricrómicos faziam sensação!! Nesta altura entraram para exercer funções no laboratório de Histopatologia Helena

simplicidade, era por vezes difícil Carvalho e Leonor Leitão que se

entenderem o porquê de algumas mantêm ainda hoje ao serviço;

análises terem um número tão usufruíram duma grande melhoria

elevado de blocos que lhes davam nas condições de trabalho e

tanto trabalho a cortar e então aprenderam a realizar numerosas

diziam que “só faltava vir o rabo técnicas.

do cão!!!”. António Bernardino

Bibliografia“Recurso do Director-Geral dos Serviços Pecuários Dr. Fontes Pereira de Melo para o Supremo Tribunal Administrativo. Alegações e documentos” Lisboa 1950

Bonito, Cruz- Acerca da Perineumonia Contagiosa- Medicina Veterinária, Abril-Maio, 1935 págs. 45-48

Braço Forte Junior, Manuel da Cruz- Peste Suína em Portugal- extracto da lição produzida no Curso de Patologia Porcina realizado ao abrigo do III Plano de Fomento, 1970

Braço Forte Júnior, Manuel da Cruz – Pestes suínas em Portugal- Repositório de Trabalhos do I.N.V., Vol. XII, 1980, pág. 7-22

Peleteiro, M. Conceição e Monteiro, Madalena- A Anatomia Patológica Veterinária em Portugal- Revista da Ordem dos Médicos Veterinários, 1º semestre 2011, 68-84.

I, II, III, IV, V e VI Repositórios do Laboratório Central de Patologia Veterinária

Com a descrição cronológica da Ficam aqui por enumerar a longa actividade da PATOLOGIA ao lista de trabalhos científicos que longo destes anos poderei não ter foram realizados, a participação conseguido transmitir, sobretudo em numerosos cursos de a quem está afastado desta área, formação para médicos o papel importante veterinários, as participações em desempenhado por todos estes reuniões científicas e congressos e técnicos e investigadores, ao também todo o apoio que não é longo destes 100 anos, sempre em possível quantificar...colaboração com outras áreas científicas no diagnóstico e controlo de numerosas doenças animais, algumas das quais foram levadas à extinção. Madalena Monteiro

Bibliografia“Recurso do Director-Geral dos Serviços Pecuários Dr. Fontes Pereira de Melo para o Supremo Tribunal Administrativo. Alegações e documentos” Lisboa 1950

Bonito, Cruz- Acerca da Perineumonia Contagiosa- Medicina Veterinária, Abril-Maio, 1935 págs. 45-48

Braço Forte Junior, Manuel da Cruz- Peste Suína em Portugal- extracto da lição produzida no Curso de Patologia Porcina realizado ao abrigo do III Plano de Fomento, 1970

Braço Forte Júnior, Manuel da Cruz – Pestes suínas em Portugal- Repositório de Trabalhos do I.N.V., Vol. XII, 1980, pág. 7-22

Peleteiro, M. Conceição e Monteiro, Madalena- A Anatomia Patológica Veterinária em Portugal- Revista da Ordem dos Médicos Veterinários, 1º semestre 2011, 68-84.

I, II, III, IV, V e VI Repositórios do Laboratório Central de Patologia Veterinária

Com a descrição cronológica da Ficam aqui por enumerar a longa actividade da PATOLOGIA ao lista de trabalhos científicos que longo destes anos poderei não ter foram realizados, a participação conseguido transmitir, sobretudo em numerosos cursos de a quem está afastado desta área, formação para médicos o papel importante veterinários, as participações em desempenhado por todos estes reuniões científicas e congressos e técnicos e investigadores, ao também todo o apoio que não é longo destes 100 anos, sempre em possível quantificar...colaboração com outras áreas científicas no diagnóstico e controlo de numerosas doenças animais, algumas das quais foram levadas à extinção. Madalena Monteiro

químicos e/ou naturais, bem como meios biotécnicos no controlo de determinadas doenças e no comportamento das colónias perante os mesmos.À época, foram plantados no terreno circundante ao apiário, 500 pés de alecrim, planta altamente nectífera, que muito

Continental a Varroose, sendo contribuiu para a coleta de cerca posteriormente identificada, em de 250 kg de mel ao ano. Este 2000, na ilha do Pico, Açores e em era vendido aos funcionários do 2001 na Madeira. LNIV, mas em 2003 foi Entre 1988 e 1994 colaborou no desativado, tendo a Quinta de Serviço a Técnica Auxiliar Maria Almoster sido entregue à José Chasqueira e em 1990 a Engª. Estação Zootécnica Nacional, Técnica Iracema Marques que já Fonte Boa, à qual pertencia.nos “deixou” por doença grave Em 1994 Mira Delgado deixa o em Janeiro de 2003. Serviço de Patologia Apícola.Em 1991, o sector deixa o espaço que ocupava no Serviço de Bacteriologia e é transferido para novas instalações laboratoriais adaptadas na antiga cavalariça, com maior espaço e melhores condições de trabalho. Nesse mesmo ano, foi criado em Almoster um apiário experimental com 10 colmeias tipo Langstroth, que tinha como objetivo estudar a eficácia de alguns produtos

Dados atuais:

1 Veterinário1 Eng. Zootécnico1 Assistente Técnico

O crescente número de Apicultores e o consequente aumento da atividade apícola em Portugal fez surgir, em 1979, o Serviço de Patologia Apícola inserido na Divisão de Biologia e Patologia dos Animais Aquáticos e Silvestres, no então, Instituto Nacional de Veterinária, em Lisboa.No início, a equipa de trabalho era constituída por um Assistente de Investigação, Mira Delgado, e duas Assistentes Técnicas: Armanda Dias e Ana Almada e funcionava numa sala do Serviço de Bacteriologia. Nesse mesmo ano, foram diagnosticadas, pela primeira vez em Portugal Continental, a Acarapisose, a Nosemose, a Amebíase, a Senotainiose e a Loque Americana. Em 1982 diagnosticou-se a Ascosferiose.Em 1987, devido ao aumento crescente de amostras de material apícola que entrava no LNIV e à necessidade de respostas rápidas e atempadas, entrou para o Serviço a Médica Veterinária, Maria José Valério, atualmente a Responsável. Nesse mesmo ano, é diagnosticada pela primeira vez em Portugal

Varroa

químicos e/ou naturais, bem como meios biotécnicos no controlo de determinadas doenças e no comportamento das colónias perante os mesmos.À época, foram plantados no terreno circundante ao apiário, 500 pés de alecrim, planta altamente nectífera, que muito

Continental a Varroose, sendo contribuiu para a coleta de cerca posteriormente identificada, em de 250 kg de mel ao ano. Este 2000, na ilha do Pico, Açores e em era vendido aos funcionários do 2001 na Madeira. LNIV, mas em 2003 foi Entre 1988 e 1994 colaborou no desativado, tendo a Quinta de Serviço a Técnica Auxiliar Maria Almoster sido entregue à José Chasqueira e em 1990 a Engª. Estação Zootécnica Nacional, Técnica Iracema Marques que já Fonte Boa, à qual pertencia.nos “deixou” por doença grave Em 1994 Mira Delgado deixa o em Janeiro de 2003. Serviço de Patologia Apícola.Em 1991, o sector deixa o espaço que ocupava no Serviço de Bacteriologia e é transferido para novas instalações laboratoriais adaptadas na antiga cavalariça, com maior espaço e melhores condições de trabalho. Nesse mesmo ano, foi criado em Almoster um apiário experimental com 10 colmeias tipo Langstroth, que tinha como objetivo estudar a eficácia de alguns produtos

Dados atuais:

1 Veterinário1 Eng. Zootécnico1 Assistente Técnico

O crescente número de Apicultores e o consequente aumento da atividade apícola em Portugal fez surgir, em 1979, o Serviço de Patologia Apícola inserido na Divisão de Biologia e Patologia dos Animais Aquáticos e Silvestres, no então, Instituto Nacional de Veterinária, em Lisboa.No início, a equipa de trabalho era constituída por um Assistente de Investigação, Mira Delgado, e duas Assistentes Técnicas: Armanda Dias e Ana Almada e funcionava numa sala do Serviço de Bacteriologia. Nesse mesmo ano, foram diagnosticadas, pela primeira vez em Portugal Continental, a Acarapisose, a Nosemose, a Amebíase, a Senotainiose e a Loque Americana. Em 1982 diagnosticou-se a Ascosferiose.Em 1987, devido ao aumento crescente de amostras de material apícola que entrava no LNIV e à necessidade de respostas rápidas e atempadas, entrou para o Serviço a Médica Veterinária, Maria José Valério, atualmente a Responsável. Nesse mesmo ano, é diagnosticada pela primeira vez em Portugal

Varroa

Em 2008, devido a fortes cheias, o Serviço é encerrado e a parte laboratorial foi transferida para o Serviço de Ictiopatologia onde ainda hoje permanece.Em 2009 foram reconduzidas para o sector de Patologia Apícola a Assistente Técnica Gabriela Correia e a Eng.ª

Em 2004 é diagnosticada pela Zootécnica Maria Telma Félix, primeira vez em Portugal e no que saiu do LNIV em Abril de 2011, espaço comunitário a Aethinose, entrando para o seu lugar, a que altera a diretiva comunitária também Eng.ª Zootécnica, Gisela 2003/881/CE e, por se tratar de Alvim.uma doença exótica na Europa, Nestes últimos anos o número de leva à destruição completa do análises de identificação das apiário onde a mesma tinha sido doenças que afetam o efetivo diagnosticada, na região de apícola têm vindo a aumentar, Borba.

tendo-se realizado, no ano nos Estados Membros, baseados transato, cerca de 3.612 análises. na realização de análises do Este aumento deve-se a dois material apícola.grandes fatores:

Atualmente, o LNIV é o (i) ao aparecimento das zonas laboratório de referência a nível controladas em Portugal nacional para as doenças das Continental no ano de 2008, o que abelhas e esperamos que num obrigou a que os apicultores futuro bem próximo este setor existentes nessas zonas, enviem seja enriquecido, não só em meios material apícola ao Laboratório, técnicos como também em meios pelo menos uma vez por ano; humanos.

(ii) na sequência do aparecimento do chamado Síndrome do Desaparecimento das Abelhas em 2008, a EU tem vindo a implementar estudos e projetos, Maria José Valério

Aethina tumina

Acarapis woodi Senotainia tricuspis

Em 2008, devido a fortes cheias, o Serviço é encerrado e a parte laboratorial foi transferida para o Serviço de Ictiopatologia onde ainda hoje permanece.Em 2009 foram reconduzidas para o sector de Patologia Apícola a Assistente Técnica Gabriela Correia e a Eng.ª

Em 2004 é diagnosticada pela Zootécnica Maria Telma Félix, primeira vez em Portugal e no que saiu do LNIV em Abril de 2011, espaço comunitário a Aethinose, entrando para o seu lugar, a que altera a diretiva comunitária também Eng.ª Zootécnica, Gisela 2003/881/CE e, por se tratar de Alvim.uma doença exótica na Europa, Nestes últimos anos o número de leva à destruição completa do análises de identificação das apiário onde a mesma tinha sido doenças que afetam o efetivo diagnosticada, na região de apícola têm vindo a aumentar, Borba.

tendo-se realizado, no ano nos Estados Membros, baseados transato, cerca de 3.612 análises. na realização de análises do Este aumento deve-se a dois material apícola.grandes fatores:

Atualmente, o LNIV é o (i) ao aparecimento das zonas laboratório de referência a nível controladas em Portugal nacional para as doenças das Continental no ano de 2008, o que abelhas e esperamos que num obrigou a que os apicultores futuro bem próximo este setor existentes nessas zonas, enviem seja enriquecido, não só em meios material apícola ao Laboratório, técnicos como também em meios pelo menos uma vez por ano; humanos.

(ii) na sequência do aparecimento do chamado Síndrome do Desaparecimento das Abelhas em 2008, a EU tem vindo a implementar estudos e projetos, Maria José Valério

Aethina tumina

Acarapis woodi Senotainia tricuspis

coexistiam com microscópios. Após o estabelecimento do quadro nosológico nacional em 1985-86, o Serviço muda de instalações, sendo para tal adaptada a antiga garagem do Laboratório. O desenho do pavilhão, as bancadas e as enfermarias foram idealizadas pelos elementos do Serviço, e o seu equipamento financiado, na sua quase totalidade, por Projetos de Investigação.Até 2005 esta unidade orgânica foi Laboratório de Referência para as doenças dos peixes de água doce.Em 2005 o Serviço é desativado, mantendo-se, no entanto, o diagnóstico virológico integrado nas atividades do laboratório de Virologia.

Maria Paula Cruz e Silva

Dados atuais:

1 Veterinário1 Assistente Técnico

O Serviço de Patologia dos Peixes surgiu em Dezembro de 1980 também inserido na Divisão de Biologia e Patologia dos Animais Aquáticos e Silvestres, no então, Instituto Nacional de Veterinária, em Lisboa, devido á necessidade de existir nos serviços oficiais uma estrutura que apoiasse o desenvolvimento da aquacultura nas diversas vertentes da patologia.O Serviço tinha como missão o diagnóstico de todas as doenças dos peixes no apoio, a Aquicultores, aos Serviços de Inspeção dos Portos e ao então denominado Serviço de Bromatologia do LNIV.Fizeram parte do grupo inicial, chamado carinhosamente “as peixeiras”, as colegas: Marina Martins (Micologia), Paula Cruz e Silva (Parasitologia), Susana Freitas (Histologia) e Teresa Albuquerque (Bacteriologia). Mais tarde, juntou-se a este grupo a colega Teresa Duarte (Virologia).Quando da sua criação, foi provisoriamente instalado numa das salas do Departamento de Patologia, em condições precárias, onde os reservatórios dos peixes

Truticultura

Dicentrarchus labrax

Brânquias com Neodiplectanum sp.

Trichodina sp.

coexistiam com microscópios. Após o estabelecimento do quadro nosológico nacional em 1985-86, o Serviço muda de instalações, sendo para tal adaptada a antiga garagem do Laboratório. O desenho do pavilhão, as bancadas e as enfermarias foram idealizadas pelos elementos do Serviço, e o seu equipamento financiado, na sua quase totalidade, por Projetos de Investigação.Até 2005 esta unidade orgânica foi Laboratório de Referência para as doenças dos peixes de água doce.Em 2005 o Serviço é desativado, mantendo-se, no entanto, o diagnóstico virológico integrado nas atividades do laboratório de Virologia.

Maria Paula Cruz e Silva

Dados atuais:

1 Veterinário1 Assistente Técnico

O Serviço de Patologia dos Peixes surgiu em Dezembro de 1980 também inserido na Divisão de Biologia e Patologia dos Animais Aquáticos e Silvestres, no então, Instituto Nacional de Veterinária, em Lisboa, devido á necessidade de existir nos serviços oficiais uma estrutura que apoiasse o desenvolvimento da aquacultura nas diversas vertentes da patologia.O Serviço tinha como missão o diagnóstico de todas as doenças dos peixes no apoio, a Aquicultores, aos Serviços de Inspeção dos Portos e ao então denominado Serviço de Bromatologia do LNIV.Fizeram parte do grupo inicial, chamado carinhosamente “as peixeiras”, as colegas: Marina Martins (Micologia), Paula Cruz e Silva (Parasitologia), Susana Freitas (Histologia) e Teresa Albuquerque (Bacteriologia). Mais tarde, juntou-se a este grupo a colega Teresa Duarte (Virologia).Quando da sua criação, foi provisoriamente instalado numa das salas do Departamento de Patologia, em condições precárias, onde os reservatórios dos peixes

Truticultura

Dicentrarchus labrax

Brânquias com Neodiplectanum sp.

Trichodina sp.

do Sistema Nervoso Central designou por prião (prion- (SNC) que incluem, entre outras, proteinaceous infectious o Scrapie nos pequenos particle) ou proteína priónica ruminantes, a Doença Emaciante resistente (PrPres) como o único Crónica nos cervídeos e a Doença agente infeccioso envolvido de Creutzfeldt-Jakob (CJD) no homem. Este grupo de doenças apresenta características únicas, entre as quais se destacam a presença de um agente causal não convencional e altamente resistente, que quando tratado com detergentes induz a formação de fibrilhas (Scrapie Associated Fibrils - SAF) visíveis em microscopia eletrónica e um período de incubação longo, bem como um quadro histopatológico típico caracterizado por vacuolização neuronal e no neurópilo. Muitas teorias foram formuladas sobre o agente infeccioso, sendo a da proteína única apresentada por Prusiner a que é atualmente aceite na comunidade científica (Prusiner, 1982). Esta considera uma isoforma anormal de uma proteína celular (Proteína priónica celular- PrPc), a qual

A identificação de uma nova doença neurodegenerativa fatal em bovinos adultos, de declaração obrigatória, em 1986, no Reino Unido - a Encefalopatia Espongiforme Bovina (na terminologia anglo-saxónica, Bovine Spongiform Encephalopathy-BSE), enquadrada no grupo das Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (TSE's - abreviatura da designação Transmissible Spongiform Encephalopathies), preocupou de sobremaneira as autoridades de saúde devido ao seu potencial zoonótico, relacionado com a variante da doença de Creutzfeldt- Jakob (vCJD), bem como ao grande impacto económico

das medidas implementadas no seu controlo.As TSEs constituem um grupo de doenças raras, progressivas e fatais

Dados atuais:

2 Veterinários2 Biotecnólogos1 Assistente Técnico

BSE - Histopatologia

BSE - Imunohistoquimica

BSE - Western blot

do Sistema Nervoso Central designou por prião (prion- (SNC) que incluem, entre outras, proteinaceous infectious o Scrapie nos pequenos particle) ou proteína priónica ruminantes, a Doença Emaciante resistente (PrPres) como o único Crónica nos cervídeos e a Doença agente infeccioso envolvido de Creutzfeldt-Jakob (CJD) no homem. Este grupo de doenças apresenta características únicas, entre as quais se destacam a presença de um agente causal não convencional e altamente resistente, que quando tratado com detergentes induz a formação de fibrilhas (Scrapie Associated Fibrils - SAF) visíveis em microscopia eletrónica e um período de incubação longo, bem como um quadro histopatológico típico caracterizado por vacuolização neuronal e no neurópilo. Muitas teorias foram formuladas sobre o agente infeccioso, sendo a da proteína única apresentada por Prusiner a que é atualmente aceite na comunidade científica (Prusiner, 1982). Esta considera uma isoforma anormal de uma proteína celular (Proteína priónica celular- PrPc), a qual

A identificação de uma nova doença neurodegenerativa fatal em bovinos adultos, de declaração obrigatória, em 1986, no Reino Unido - a Encefalopatia Espongiforme Bovina (na terminologia anglo-saxónica, Bovine Spongiform Encephalopathy-BSE), enquadrada no grupo das Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (TSE's - abreviatura da designação Transmissible Spongiform Encephalopathies), preocupou de sobremaneira as autoridades de saúde devido ao seu potencial zoonótico, relacionado com a variante da doença de Creutzfeldt- Jakob (vCJD), bem como ao grande impacto económico

das medidas implementadas no seu controlo.As TSEs constituem um grupo de doenças raras, progressivas e fatais

Dados atuais:

2 Veterinários2 Biotecnólogos1 Assistente Técnico

BSE - Histopatologia

BSE - Imunohistoquimica

BSE - Western blot

Lisboa e Vairão, tem assegurado o diagnóstico laboratorial das TSEs, bem como a realização de exames relativos à pesquisa de farinhas de carne e osso em amostras de alimentos compostos para o cumprimento do Plano de Vigilância das TSEs animais em Portugal. Em 1999, o LNIV foi designado pela União Europeia como Laboratório Nacional de Referência para estas doenças animais, e como tal, parte da sua missão tem sido assegurar o apoio técnico e cientifico especializado à Autoridade Veterinária Nacional, caracterizar e monitorizar as estirpes de TSEs identificadas em Portugal bem como zelar pelo arquivo destas amostras.Em 2001, para além do plano vigilância passiva (que inclui animais com sinais clínicos), a União Europeia estabeleceu no Reg. CE nº 999/2001 um programa mais

neste tipo de afeções. sequestro de todos os efetivos Atualmente, a PrPres constitui o pertencentes a explorações com marcador específico destas casos de BSE e, em 1996, foi doenças e a sua deteção por então aprovado pela União ELISA (Teste rápido), Europeia o programa de Imunohistoquímica, por Western erradicação de BSE para Portugal Immunoblot representa a base que impôs grandes medidas de de diagnóstico. combate à doença e à proteção O primeiro caso de BSE em da saúde pública.Portugal foi diagnosticado em A magnitude da BSE em Portugal 1990 pelos Investigadores do constituiu um problema nacional LNIV Alexandre Galo e Manuel e comunitário, surgindo uma Azevedo Ramos, num animal necessidade absoluta de proveniente do Reino Unido. desenvolver no país a base de Durante os anos seguintes até conhecimento sobre as TSEs 1993, foram diagnosticados seis fundamental ao cumprimento novos casos clínicos em animais dos Planos de Vigilância destas com a mesma proveniência. doenças. A partir de 1994, a quase Assim, no âmbito do projeto totalidade dos casos positivos PAMAF–IED7046, coordenado confirmados foram de animais por Alexandre Galo, foi nascidos em Portugal, tendo-se inicialmente criada em 1998, nas atingido o pico epidémico da instalações do LNIV em Lisboa, doença em 1999. uma unidade dedicada ao estudo Em Julho de 1994, perante o e diagnóstico das TSEs animais, número crescente de casos de reunindo as condições de BSE foi emitida legislação biossegurança de nível 3 exigidas nacional para proibir a para os ensaios de diagnóstico incorporação de farinhas de das TSEs e para a implementação carne e osso em alimentos de novos métodos de compostos para ruminantes, pois diagnóstico de BSE até então a infeção era devida ao consumo inexistentes em Portugal. Esta de ração com incorporação de unidade, em colaboração com os farinha de carne e osso setores de diagnóstico contaminada com priões. Nessa anatomohistopatológico e o altura, foi também decidido o laboratório de Higiene Pública de

Lisboa e Vairão, tem assegurado o diagnóstico laboratorial das TSEs, bem como a realização de exames relativos à pesquisa de farinhas de carne e osso em amostras de alimentos compostos para o cumprimento do Plano de Vigilância das TSEs animais em Portugal. Em 1999, o LNIV foi designado pela União Europeia como Laboratório Nacional de Referência para estas doenças animais, e como tal, parte da sua missão tem sido assegurar o apoio técnico e cientifico especializado à Autoridade Veterinária Nacional, caracterizar e monitorizar as estirpes de TSEs identificadas em Portugal bem como zelar pelo arquivo destas amostras.Em 2001, para além do plano vigilância passiva (que inclui animais com sinais clínicos), a União Europeia estabeleceu no Reg. CE nº 999/2001 um programa mais

neste tipo de afeções. sequestro de todos os efetivos Atualmente, a PrPres constitui o pertencentes a explorações com marcador específico destas casos de BSE e, em 1996, foi doenças e a sua deteção por então aprovado pela União ELISA (Teste rápido), Europeia o programa de Imunohistoquímica, por Western erradicação de BSE para Portugal Immunoblot representa a base que impôs grandes medidas de de diagnóstico. combate à doença e à proteção O primeiro caso de BSE em da saúde pública.Portugal foi diagnosticado em A magnitude da BSE em Portugal 1990 pelos Investigadores do constituiu um problema nacional LNIV Alexandre Galo e Manuel e comunitário, surgindo uma Azevedo Ramos, num animal necessidade absoluta de proveniente do Reino Unido. desenvolver no país a base de Durante os anos seguintes até conhecimento sobre as TSEs 1993, foram diagnosticados seis fundamental ao cumprimento novos casos clínicos em animais dos Planos de Vigilância destas com a mesma proveniência. doenças. A partir de 1994, a quase Assim, no âmbito do projeto totalidade dos casos positivos PAMAF–IED7046, coordenado confirmados foram de animais por Alexandre Galo, foi nascidos em Portugal, tendo-se inicialmente criada em 1998, nas atingido o pico epidémico da instalações do LNIV em Lisboa, doença em 1999. uma unidade dedicada ao estudo Em Julho de 1994, perante o e diagnóstico das TSEs animais, número crescente de casos de reunindo as condições de BSE foi emitida legislação biossegurança de nível 3 exigidas nacional para proibir a para os ensaios de diagnóstico incorporação de farinhas de das TSEs e para a implementação carne e osso em alimentos de novos métodos de compostos para ruminantes, pois diagnóstico de BSE até então a infeção era devida ao consumo inexistentes em Portugal. Esta de ração com incorporação de unidade, em colaboração com os farinha de carne e osso setores de diagnóstico contaminada com priões. Nessa anatomohistopatológico e o altura, foi também decidido o laboratório de Higiene Pública de

nunca tinha sido identificado nenhum caso desta doença em pequenos ruminantes, apesar da existência de genótipos susceptíveis na população ovina portuguesa. Em 2003, no âmbitodo plano da vigilância ativa, identificou-se pela primeira vez em Portugal uma forma

estudo da susceptibilidade atípica de scrapie, semelhante à

genética desta espécie às TSEs descrita para a NOR98 (forma

(2000 e 2010, respetivamente), o atípica detetada em 1998 na

teste molecular discriminatório Noruega). Em 2004, foi

para distinção entre BSE e scrapie detectado o primeiro caso da

em pequenos ruminantes (2005) forma clássica de scrapie num

e o teste discriminatório entre a ovino importado e quatro anos

forma clássica e as formas mais tarde, foram confirmados os

atípicas de BSE (2012).primeiros casos desta afeção em

Uma das medidas mais eficazes ovinos portugueses.

na redução do risco de exposição Em resposta às exigências

humana à BSE foi a interdição na comunitárias e nacionais na

cadeia alimentar humana de defesa da saúde animal e pública,

materiais de risco específico têm sido implementados mais procedimentos analíticos:a determinação do genótipo do gene que codifica a PrPc em ovinos e caprinos para

magnitude de testagem exigida por esta vigilância, foi instalada em 2001 no LNIV, em Vairão, uma unidade de Testes Rápidos.Mais tarde, em 2002, após a constatação da transmissão experimental da BSE aos ovinos, a vigilância activa foi alargada aos pequenos ruminantes com o alargado de epidemiovigilância

objetivo de conhecer a verdadeira para os bovinos- a vigilância prevalência de scrapie nos vários ativa (que incluía animais países comunitários, uma vez que abatidos para consumo e esta foi considerada desde animais de risco). Para que nos

matadouros se pudesse tomar uma decisão sobre o destino das carcaças, surgiu a exigência de um diagnóstico rápido num elevado número de amostras, que só foi possível após a implementação da colheita de tronco cerebral pelo foramen magnum e pelo

sempre como subestimada. Nesta desenvolvimento de

extensa monitorização, verificou-metodologias analíticas mais

se não só uma incidência desta rápidas, os designados “Testes

doença superior ao esperado, rápidos” que permitiram um

bem como foram identificados tempo de resposta

casos atípicos de scrapie em significativamente inferior ao

vários países.dos exames histopatológico e

Em Portugal, pese embora a imunohistoquímico.

vigilância desenvolvida até 2002, Para dar resposta à elevada

Vairão (dados atuais):

2 Veterinários2 Microbiologistas7 Assistentes Técnicos

nunca tinha sido identificado nenhum caso desta doença em pequenos ruminantes, apesar da existência de genótipos susceptíveis na população ovina portuguesa. Em 2003, no âmbitodo plano da vigilância ativa, identificou-se pela primeira vez em Portugal uma forma

estudo da susceptibilidade atípica de scrapie, semelhante à

genética desta espécie às TSEs descrita para a NOR98 (forma

(2000 e 2010, respetivamente), o atípica detetada em 1998 na

teste molecular discriminatório Noruega). Em 2004, foi

para distinção entre BSE e scrapie detectado o primeiro caso da

em pequenos ruminantes (2005) forma clássica de scrapie num

e o teste discriminatório entre a ovino importado e quatro anos

forma clássica e as formas mais tarde, foram confirmados os

atípicas de BSE (2012).primeiros casos desta afeção em

Uma das medidas mais eficazes ovinos portugueses.

na redução do risco de exposição Em resposta às exigências

humana à BSE foi a interdição na comunitárias e nacionais na

cadeia alimentar humana de defesa da saúde animal e pública,

materiais de risco específico têm sido implementados mais procedimentos analíticos:a determinação do genótipo do gene que codifica a PrPc em ovinos e caprinos para

magnitude de testagem exigida por esta vigilância, foi instalada em 2001 no LNIV, em Vairão, uma unidade de Testes Rápidos.Mais tarde, em 2002, após a constatação da transmissão experimental da BSE aos ovinos, a vigilância activa foi alargada aos pequenos ruminantes com o alargado de epidemiovigilância

objetivo de conhecer a verdadeira para os bovinos- a vigilância prevalência de scrapie nos vários ativa (que incluía animais países comunitários, uma vez que abatidos para consumo e esta foi considerada desde animais de risco). Para que nos

matadouros se pudesse tomar uma decisão sobre o destino das carcaças, surgiu a exigência de um diagnóstico rápido num elevado número de amostras, que só foi possível após a implementação da colheita de tronco cerebral pelo foramen magnum e pelo

sempre como subestimada. Nesta desenvolvimento de

extensa monitorização, verificou-metodologias analíticas mais

se não só uma incidência desta rápidas, os designados “Testes

doença superior ao esperado, rápidos” que permitiram um

bem como foram identificados tempo de resposta

casos atípicos de scrapie em significativamente inferior ao

vários países.dos exames histopatológico e

Em Portugal, pese embora a imunohistoquímico.

vigilância desenvolvida até 2002, Para dar resposta à elevada

Vairão (dados atuais):

2 Veterinários2 Microbiologistas7 Assistentes Técnicos

(MREs) provenientes de bovinos setor se empenhou em reunir, e pequenos ruminantes No primeiramente, as condições entanto, esta remoção levou a necessárias à certificação do uma perda significativa do valor Sistema de Gestão da Qualidade comercial das carcaças. Assim, em conformidade com a norma em 2003, foi estabelecida uma NP EN ISO 9001 e, de seguida, derrogação (Regulamento aquelas requeridas para o nº1139/2003 que altera o processo de acreditação de Regulamento 999/2001), acordo com a NP EN ISO 17025, permitindo o aproveitamento da contribuindo assim, a par de carne da cabeça dos bovinos com outros setores, para que o LNIV mais de 12 meses de idade, desde fosse a primeira entidade do que fossem asseguradas medidas Ministério da Agricultura a obter destinadas a impedir a a certificação da qualidade ISO contaminação daquela carne com 9001 em abril de 2007, bem como tecido do sistema nervoso o Estatuto de Acreditação central. Neste âmbito, atribuído em janeiro de 2008.implementou-se, em 2006, um No que tange à realização de teste laboratorial para pesquisa ações de investigação, a equipa deste tecido, em produtos tem integrado e desenvolvido cárneos pela deteção da Proteína vários projetos nacionais e Glial Acídica Fibrilhar (GFAP). internacionais, no domínio da Desde o início da sua atividade, o patogenia, da caracterização de

estirpes e avaliação de risco e controlo destas doenças.

Maria Leonor Orge

Scrapie AtípicoScrapie Clássico

HISTOPATOLOGIA

IMUNOHISTOQUIMICA

WESTERN BLOT

(MREs) provenientes de bovinos setor se empenhou em reunir, e pequenos ruminantes No primeiramente, as condições entanto, esta remoção levou a necessárias à certificação do uma perda significativa do valor Sistema de Gestão da Qualidade comercial das carcaças. Assim, em conformidade com a norma em 2003, foi estabelecida uma NP EN ISO 9001 e, de seguida, derrogação (Regulamento aquelas requeridas para o nº1139/2003 que altera o processo de acreditação de Regulamento 999/2001), acordo com a NP EN ISO 17025, permitindo o aproveitamento da contribuindo assim, a par de carne da cabeça dos bovinos com outros setores, para que o LNIV mais de 12 meses de idade, desde fosse a primeira entidade do que fossem asseguradas medidas Ministério da Agricultura a obter destinadas a impedir a a certificação da qualidade ISO contaminação daquela carne com 9001 em abril de 2007, bem como tecido do sistema nervoso o Estatuto de Acreditação central. Neste âmbito, atribuído em janeiro de 2008.implementou-se, em 2006, um No que tange à realização de teste laboratorial para pesquisa ações de investigação, a equipa deste tecido, em produtos tem integrado e desenvolvido cárneos pela deteção da Proteína vários projetos nacionais e Glial Acídica Fibrilhar (GFAP). internacionais, no domínio da Desde o início da sua atividade, o patogenia, da caracterização de

estirpes e avaliação de risco e controlo destas doenças.

Maria Leonor Orge

Scrapie AtípicoScrapie Clássico

HISTOPATOLOGIA

IMUNOHISTOQUIMICA

WESTERN BLOT

Comissão do Centenário:Maria Inácia Corrêa de SáMadalena MonteiroClara Cruz Carla Neves MachadoAlice Santos

Design Gráfico:Alice Santos

Contactos:[email protected]