Passo Fundo e Mossoró

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Passo Fundo e Mossoró O autor fala da cidade de Mossoró no estado do Rio Grande do Norte e as transformações tecnológicas que vem se processando cada vez mais, sendo visível a substituição crescente do meio natural e do meio técnico pelo meio técnico-científico- informacional, resultando em uma reestruturação urbana. Segundo o autor Mossoró é a segunda cidade mais importante do estado, na região nordeste do Brasil, com cerca de 220 mil habitantes. O processo de estruturação do espaço urbano está diretamente interligadas com transformações na estrutura produtiva das principais atividades econômicas. No início Mossoró passou a se concentrar em algumas fazendas para o beneficiamento da carne e do couro, em que fatores ambientais favoreceram essa atividade. Mas por questões aduaneiras, em 1778 ocorreu o fechamento dessas atividades. No início do século XX ainda de acordo com o autor , Mossoró teve como principal atividade econômica a extração do sal, e logo depois com a exploração das oleaginosas, abundante na região próxima a cidade e o cultivo do algodão arbóreo atraíram indústrias que se instalaram para o beneficiamento dessas matéria primas. Depois da década de 1920, Mossoró consolida-se como centro regional apresentando rápido crescimento demográfico, associado à incipiente industrialização e à extração do sal. O surgimento de novas atividades produtivas com a descoberta das jazidas de petróleo continental e a difusão do agronegócio da fruticultura na área de influência direta da cidade trouxeram um novo alento para a economia mossoroense. Com o desenvolvimento econômico, teve o grande crescimento desordenado da população urbana, na ausência de um devido acompanhamento de uma política de desenvolvimento urbano, proliferando o processo de favelização, associado ao surgimento de várias áreas de pobreza dispensa na cidade. Dessa maneira, Mossoró foi forçada a intensificar os serviços oferecidos à população e, ainda, a multiplicar o montante de que até não dispunha, numa tentativa de atender à demanda provocada pelo significativo fluxo migratório que recebeu, decorrente da exploração petrolífera que a Petrobras desencadeou no município. A cidade teve que criar uma infra-estrutura a passos galopantes, atropelando o processo natural de desenvolvimento que, certamente, teria nos setores básicos de prestação de serviços à população. A posição geográfica, equidistante de Natal e de Fortaleza, assim como a história presença de importantes atividades econômicas na sua região de influência, contribuem para que Mossoró ganhe destaque na rede urbana nordestina. Mossoró está subdividido em cinco grandes zonas: Central, Norte, Leste, Sul e Oeste, compostas pelos diversos bairros que compõem o atual espaço intraurbano. Situada na área de contato entre o litoral salineiro e o sertão algodoeiro e pecuarista, Mossoró torna-se o centro de afluxo da produção agrícola da área sertaneja próxima, através de uma rede viária radial, congregando o comércio, bancos, pequenos estabelecimentos de beneficiamento de algodão, carnaúba e oiticica, fabricas de redes, cordoaria e sacaria para o mercado regional, produtos minerais (com destaque para o cimento), além de empresas exportadoras ligadas à tradicional atividade salineira do litoral. Comunicando-se por via rodoviária com Fortaleza, Natal e Campina Grande e, através de ferrovia, com Souza e Areia Branca, Mossoró adquiriu a importância de centro regional de primeira categoria. Observa-se que desde o início a economia vem passando por várias reestruturações produtivas, principalmente os processos produtivos relacionados aos agropecuária, associada na introdução da ciência, da tecnologia e da informação, resultando em um modelo técnico, econômico e social

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Passo Fundo e Mossoró

O autor fala da cidade de Mossoró no estado do Rio Grande do Norte e as transformações tecnológicas que vem se processando cada vez mais, sendo visível a substituição crescente do meio natural e do meio técnico pelo meio técnico-científico-informacional, resultando em uma reestruturação urbana. Segundo o autor Mossoró é a segunda cidade mais importante do estado, na região nordeste do Brasil, com cerca de 220 mil habitantes. O processo de estruturação do espaço urbano está diretamente interligadas com transformações na estrutura produtiva das principais atividades econômicas. No início Mossoró passou a se concentrar em algumas fazendas para o beneficiamento da carne e do couro, em que fatores ambientais favoreceram essa atividade. Mas por questões aduaneiras, em 1778 ocorreu o fechamento dessas atividades. No início do século XX ainda de acordo com o autor , Mossoró teve como principal atividade econômica a extração do sal, e logo depois com a exploração das oleaginosas, abundante na região próxima a cidade e o cultivo do algodão arbóreo atraíram indústrias que se instalaram para o beneficiamento dessas matéria primas. Depois da década de 1920, Mossoró consolida-se como centro regional apresentando rápido crescimento demográfico, associado à incipiente industrialização e à extração do sal. O surgimento de novas atividades produtivas com a descoberta das jazidas de petróleo continental e a difusão do agronegócio da fruticultura na área de influência direta da cidade trouxeram um novo alento para a economia mossoroense. Com o desenvolvimento econômico, teve o grande crescimento desordenado da população urbana, na ausência de um devido acompanhamento de uma política de desenvolvimento urbano, proliferando o processo de favelização, associado ao surgimento de várias áreas de pobreza dispensa na cidade. Dessa maneira, Mossoró foi forçada a intensificar os serviços oferecidos à população e, ainda, a multiplicar o montante de que até não dispunha, numa tentativa de atender à demanda provocada pelo significativo fluxo migratório que recebeu, decorrente da exploração petrolífera que a Petrobras desencadeou no município. A cidade teve que criar uma infra-estrutura a passos galopantes, atropelando o processo natural de desenvolvimento que, certamente, teria nos setores básicos de prestação de serviços à população. A posição geográfica, equidistante de Natal e de Fortaleza, assim como a história presença de importantes atividades econômicas na sua região de influência, contribuem para que Mossoró ganhe destaque na rede urbana nordestina. Mossoró está subdividido em cinco grandes zonas: Central, Norte, Leste, Sul e Oeste, compostas pelos diversos bairros que compõem o atual espaço intraurbano. Situada na área de contato entre o litoral salineiro e o sertão algodoeiro e pecuarista, Mossoró torna-se o centro de afluxo da produção agrícola da área sertaneja próxima, através de uma rede viária radial, congregando o comércio, bancos, pequenos estabelecimentos de beneficiamento de algodão, carnaúba e oiticica, fabricas de redes, cordoaria e sacaria para o mercado regional, produtos minerais (com destaque para o cimento), além de empresas exportadoras ligadas à tradicional atividade salineira do litoral. Comunicando-se por via rodoviária com Fortaleza, Natal e Campina Grande e, através de ferrovia, com Souza e Areia Branca, Mossoró adquiriu a importância de centro regional de primeira categoria. Observa-se que desde o início a economia vem passando por várias reestruturações produtivas, principalmente os processos produtivos relacionados aos agropecuária, associada na introdução da ciência, da tecnologia e da informação, resultando em um modelo técnico, econômico e social

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de produção que oferece novas possibilidades para a acumulação ampliada do capital. O autor ressalta que a localização privilegiada da cidade, pela proximidade com duas capitais Natal e Fortaleza contribui para a fixação de mão-de-obra migrante, emprestando altos índices ao crescimento populacional. Só com a junção dessas forças será possível projetar Mossoró, não só na esfera estadual e regional, como também em nível nacional, pela sua destacada participação na produção nacional de frutos tropicais e na extração de recursos minerais, como petróleo, calcário, sal, gesso e gás natural. A exploração desses recursos demonstra o potencial existente e justifica todo o esforço do seu caminhar para o desenvolvimento. A intensificação do capitalismo no campo com a difusão da agricultura científica e do agronegócio, processou-se um crescimento de áreas urbanizadas, observa-se então que a gestão da agropecuária moderna necessita da sociabilidade e dos espaços urbanos. Os serviços de ensino técnico e superior são de grande importância para o desenvolvimento econômico. A revolução industrial, o sistema torna-se um instrumento do crescimento econômico e da mudança social, pois a educação constitui um meio da sociedade apta a facilidade a descoberta, a invenção, a informação, a inovação e a difusão. Em Mossoró são cinco as instituições de ensino superior, sendo três universidades. Das quais duas são públicas, umas delas é a Universidade Federal Rural do semiárido (Ufersa). Em contraposição ao trabalho braçal, o trabalho intelectual ganha grande destaque na nova ordem econômica mundial, aprofundando a divisão social e territorial do trabalho, transformando a estrutura do emprego e das profissões e uma parte do crescimento de serviços à educação e ao ensino passa a interliga-se as necessidades apresentadas pela produção moderna. Como o agronegócio utiliza-se em um espaço de mão-de-obra especializada, foi possível observa o acirramento da divisão social do trabalho no setor, pois esse mercado de trabalho se mostra bem amplo em questão de conhecimento. O trabalhador agrícola já é um profissional especializado, que passou a ser assalariado permanente como engenheiro agrônomo, técnico e administrador agrícola etc. O mercado de trabalho agrícola processou-se uma alteração qualitativa e quantitativa de antigas funções, com importantes transformações no mercado de trabalho. Entre as consequências dessas mudanças, apresenta-se novas dinâmicas populacionais, como da migração descendente de profissionais especializados no agronegócio de origem e vivencias urbanas. No século XIX, Mossoró teve um marco importante na atividade industrial, como o incremento da produção de algodão e a instalação de plantas industriais visando à transformações desses produtos. Na mesma época surgiram outros ramos industriais, como óleo vegetais, obtidos do algodão e de outras espécies vegetais nativas, tais como a mamona, oiticica e a extração e transformação industrial da carnaúba, uma das mais exuberantes palmeiras da flora regional da qual se extrai a cera e a fibra. A extração, moagem e beneficiamento de sal marinho estão entre as atividades econômicas de total importância para Mossoró e área sob sua influência, que se destaca por ser a principal região extratora do pais. A reestruturação foi de grande importância para o desenvolvimento da economia, aumentando o lucro, substituindo o trabalho manual pela forca mecânica. Mas deixou milhares de homens desempregado, acarretando grandes mazelas social. A Petrobras, assim, injeta uma quantidade de dinheiro muito grande na cidade e, podemos mesmo falar que Mossoró é um exemplo do poder de transformação promovido pela exploração do petróleo. Por fim ,o governo do Rio Grande do Norte na tentativa de melhorar ainda mais a economia, vem realizando ações no sentido de atrair novas industrias, através de incentivos ficais, doação de terrenos, obras de infraestrutura

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etc. O dinamismo das três principais atividades econômicas da região polarizada por Mossoró (agronegócio de frutas, extração de sal e petróleo) contribui para a elevação da média salarial, principalmente dos trabalhadores especializados associados aos respectivos ramos, expandido a classe média.