PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS...

55
PARTICIPAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE “VELHOS” E HISTÓRICA DE “VELHOS” E “NOVOS” CONCEITOS “NOVOS” CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL EDU/CECA/UEL PDE - 2009 PDE - 2009

Transcript of PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS...

Page 1: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

PARTICIPAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: COMUNIDADE NA ESCOLA:

UMA PERSPECTIVA UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE “VELHOS” E HISTÓRICA DE “VELHOS” E

“NOVOS” CONCEITOS“NOVOS” CONCEITOS

MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE

EDU/CECA/UEL EDU/CECA/UEL PDE - 2009 PDE - 2009

Page 2: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

O que é O que é participaçãparticipação?o?

Page 3: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

Carole Paterman( 1992) “Vocabulário Político Popular”

“Designar uma variedade de situações”;===================================

======A popularidade do conceito é um bom motivo

para seu debate !

==================================================Bordenave destaca que participação :

Vem da palavra parte e destaca que participação é “[...] fazer parte, tomar

parte ou ter parte” ( p. 22) ===================================

======

Mas é tudo a mesma coisa ou há diferenças no significado destas

expressões?

Page 4: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

• Processos participatórios;• Atividades organizadas dos grupos

• Objetivo de expressar necessidades ou demandas;• Defender interesses comuns;

• Alcançar determinados objetivos econômicos, sociais ou políticos;

• interferir de maneira direta nos poderes públicos.• =========================================================

=

• Concebida a participação social como produção, gestão e usufruto com acesso universal

• ===================================• Falácia de se pretender uma participação política sem uma

correspondente participação social;

Page 5: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

• FOCO DA DISCUSSÃO ...

• “Novos” discursos, sugestões;• Reformas foco a Gestão Escolar. • Discursos que, defendem modelos modernos para aumentar a

eficiência e a eficácia do sistema de ensino;• Superar as “velhas” concepções ( teorias administrativas);__________________________________________________________

Flexíveis – Participativas – Descentralizadas - Administração -Recursos -

Responsabilidades._________________________________________________________________________________

Ênfase na participação da comunidade .Os discursos oficiais orientam as escolas à :

superar os problemas educacionais, administrativos e financeiros;

Encontrar novas fontes propulsoras de desenvolvimento na própria sociedade.

Page 6: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

APONTA-SE:• Modernas formas de gerenciamento da escola

pública;• Autonomia financeira, administrativa e pedagógica

• Foco nas parcerias, contratos• Participação ativa da comunidade.

Essa “nova” dimensão propõe: • Propostas para adaptar as escolas às proposições

das novas formas de gerenciamento;

• É necessário:

• Questionar os consensos que se estabelecem com facilidade com pouco espírito crítico.

Page 7: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

• A PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE É CONDIÇÃO :

Superar as dificuldades e/ou limites do Estado . Burocrático, centralizado e ineficiente;

A sociedade civil; Participar como parceiros;

Sustentada pela solidariedade coletiva e individual.

QUESTIONAMENTOS:

Que condições históricas e conjunturais determinaram ênfase tão grande e tão

sistemática a favor da participação da comunidade na escola?

Page 8: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

Objetivos:Objetivos: Apreender as justificativas, as razões, e os

motivos, da defesa da participação da comunidade na escola;

Identificar por que e para que se faziam e se fazem apelos para essa integração.

Expor as contradições que não são ressaltadas e/ou não são explicitadas nos discursos;.

Page 9: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

Procedimentos MetodológicosProcedimentos Metodológicos • Levantamento bibliográfico;• Buscando trazer os diferentes elementos históricos

que sustentaram a participação da comunidade na escola, demarcados em dois momentos distintos:

A escola do primeiro momento (1900 – 1970)• Nacionalismo e do desenvolvimentismo;• Objetivos educacionais e de participação;• Linha de continuidade no discurso governamental;• Proposições para o desenvolvimento econômico.

• A do segundo momento, (1970 até atualidade) • Quebra a continuidade• Levanta a bandeira em favor da internacionalização;• Tem como marco de mudanças a restruturação capitalista;• Sustentado pelo neoliberalismo e da globalização.

Page 10: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

• Primeiros decênios do século XX ;• Ideologia do Nacionalismo;• Impulsionou as discussões de intelectuais, os planos

de governo e os manuais educativos;• Visava a construção de uma unidade do pensamento

no campo da economia, da cultura e da educação;• Objetivava a construção da Nação Brasileira;==================================================

Uma ideologia definida como “[...] unificadora, elaborada intencionalmente para garantir coesão do

povo no Estado. “[...] desenvolver o sentimento nacional, de cultivar a idéia segundo a qual todos os habitantes de um Estado pertencem à mesma nação

[...]’’(BOBBIO, 1986, p.800).

==================================================

Page 11: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

• Desde a Abolição da Escravatura, da Proclamação da República, da Ditadura Militar, até a Redemocratização do país, o desenvolvimento econômico foi meta principal na história econômica, como apontaram os estudos de Ianni (1996).

• Todos buscavam a construção do Brasil economicamente desenvolvido.

• Bases estavam na industrialização;

• A história do pensamento brasileiro estava atravessada pelo fascínio da questão nacional.

Page 12: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

Intelectuais, independentemente da origem, da classe ou da formação, continuaram preocupados em propor caminhos para a “Salvação Nacional”,

===========================================

Atividade intelectual do país deveria ser guiada por um projeto global.

============================================

• Diz Ianni (1996, p.29) “[...] O Brasil realizou uma tentativa fundamental no sentido de entrar no ritmo da história, tornar-se contemporâneo do seu tempo, organizar-se segundo os interesses dos seus setores sociais mais avançados”.

Page 13: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

• A literatura da época, os discursos do governo, e os manuais sobre educação expressaram a riqueza de:

• idéias, • conteúdos, • propostas,

• análises e inovações, • marcando o esforço coletivo para sua

concretização. ============================================

============================

• O Estado novo buscava aliar :Proposta de modernização

X projeto de restauração

• Objetivando a construção de uma identidade coletiva.

Page 14: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

No campo econômico, buscava-se:• Construir as bases para o desenvolvimento ;• Elevação do país para a prosperidade;• Rompimento das bases coloniais entendidas como de

dependência econômica e cultural;• As políticas governamentais visavam deixá-lo

grandioso, longe das influências externas.===========================================

ESTADO - PEÇA FUNDAMENTAL===========================================• Projetos - direção - construção da unidade nacional;

• Garantir o funcionamento das relações do mercado;

• Figura autoritária intervencionista.

O Estado era assim “mola propulsora” e a educação a “peça fundamental”.

Page 15: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

A EDUCAÇÃO ...• Propósitos inovadores;

• Condição para o desenvolvimento da pátria;

• Preparar o povo - cultural e politicamente:

• Valores, costumes e ciência, tudo era importante;

• Construção - consciência comum, unificada, coletiva.• Ênfase - aquisição de conteúdos “morais e cívicos”.

Todos os conhecimentos que elevam a cultura brasileira eram valorizados, destacando-se aqueles relacionados

à ordem e ao espírito coletivo.

Page 16: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

O objetivo era: A construção e o desenvolvimento de uma sociedade urbano-industrial independente.

• Debates políticos mantinham as crescentes fórmulas que almejavam a superioridade do país.

Nesse caminho:• Foi preciso buscar fundamentos teóricos;• Processo educativo escolar;• Estreita sintonia com o modelo nacionalista;.

• Carneiro Leão ( 1917, p. 21 – grifos nosso).destacava:“A educação é chave da nacionalidade”, sendo elemento de

defesa da pátria, onde o trabalho é a única via para uma nação ser respeitada e uma nacionalidade vitoriosa, ela vem

expressar o espírito da nacionalidade. “[...] não há grande povo sem um processo sério de educação”. [Os países]

Quanto mais crescem, mais desenvolvem e aperfeiçoam os seus systemas de educar’’

Page 17: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

Primeiros Intelectuais na Esfera Educacional ...Primeiros Intelectuais na Esfera Educacional ...

Serva (1924, p.9) assim se expressa:

“O dever de todo homem seja ele operário, soldado, comerciante, industrial, marinheiro, lavrador,

servente, empregado, fazendeiro, é instruir-se, procurar compreender o mundo e a humanidade, para seu

próprio bem, para o bem dos seus e da pátria, para ser útil a si, à sua família

e à sua terra (grifos nosso).

Page 18: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

Os debates eram norteados pela adequação dos objetivos e da educação escolar à modernização do país.

Isso implicava :

EnsinarDivulgar conhecimentos;

Formar hábitos;Atitudes

Habilidades para o trabalho.______________________________

Educação condição de formação da consciência política

Page 19: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

O “educador moderno” seria o,

[...] elaborador de homens. E a elle caberá a melhor porção no progresso do nosso paiz, porque não é o Brazil já feito, mas a infancia, a massa plastica do Brazil novo, que elle vae trabalhar e fazer (LEÃO,1917, p. 52 – grifos nosso).

___________________________________

O papel da escola estava definido: era claramente subordinado ao projeto político econômico do país

Page 20: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

EXPRESSÃO DO BRASIL EXPRESSÃO DO BRASIL MODERNO MODERNO

Semana da Arte Moderna – Obra Operários de Tarcila do Amaral 1933

Page 21: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

Participação da comunidadeParticipação da comunidade • Base higienista;• Função era cuidar da limpeza e do asseio;• Da prevenção da doença no espaço escolar, dos alunos e de

suas famílias.

• Apoio de Lourenço Filho e Fernando Azevedo

• Construção de novos valores e comportamentos sadios para a nova sociedade . Educação moral, civismo e sanitarismo ( juntos);

================================================== DIMENSÕES DA PARTICIPAÇÃO.

• Proposta educacional para pais e filhos.• Integração sob o comando escolar ;• Limites para a participação da comunidade;• Assistência aos economicamente carentes e aos doentes era

ponto definido para a cooperação.

Page 22: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

Projetos de integração com o meio social;• “Associações de Pais e Mestres” - “Enfermeiras Escolares”;• Conselhos Escolares,• “[...] acompanhar, controlar e formular as atividades educativas

de modo que fiquem estreitamente vinculadas com as condições sociais do meio’’ (SPÓSITO, 1984, p. 173)

.• “Liga de Bondade para educação moral e assistência aos

necessitados”. Azevedo [19--, p86]

• “Cooperativas Escolares”, uma associação na qual todos os alunos podiam participar e que tinha como objetivo” [...] auxiliar a aquisição de material didático “.

• “Caixa Escolares” “Círculo de Pais e Professores - ================================================

A escola deveria instrumentalizar o indivíduo, inserindo-o no desenvolvimento social.

Page 23: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

• INDÍCÍOS DA MUDANÇA ...

• O período pós-guerra gerou um conjunto de conseqüências;

• Aumento da pobreza da população;• Altos índices de desemprego

=========================================

A pobreza da população passa a ser um terreno fértil de propagação de idéias socialistas, tornando-se, assim, foco de preocupações.

• Preocupação recai na interação e na melhoria de níveis de vida de pequenas comunidades.

Page 24: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

Novo enfoque quanto à participação da comunidade na escola.

============================================================

• A escola deixa de ser incentivada a fornecer conhecimentos ao povo;

• Convocada para educar para as necessidades particulares, locais e imediatas de sobrevivência.

• Encampa-se assim o chamado às ações comunitárias, posteriormente , atreladas ao voluntariado;

Page 25: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

• Quebra-se aos poucos a ideologia do nacionalismo, de comportamentos comuns

• Ações voltadas aos interesses particulares.• A educação passa a potencializar sua capacidade de

trabalho

===========================================

“INDIVÍDUO EDUCADO E PRODUTIVO”==========================

================• A ideologia da nação vai sendo substituída pela

ideologia das pequenas comunidades produtivas.

Page 26: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

A participação...• Idéia de autonomia para o povo;• Direcionamento independente, atender desejos da população;• Libertando-a do diretivismo escolar abstrato, da simples

educação para a moralidade e para o civismo brasileiro.

============================================================

• Agora, o discurso estimulador da participação era destinado para mudanças objetivas das condições concretas.

===================================================================

• O Estado, eximir-se de suas obrigações sociais.

• Os recursos financeiros iriam aos poucos deixando de fluir do próprio Estado.

• Encargos passaram a ser dos cidadãos na comunidade local,

Page 27: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

“NOVOS” PARADIGMAS PARA O SÉCULO XXI

•Neolioberalismo – um novo marco ideológico e cultural.

•Novo consenso de modernização;

•Dependência do Estado aos desígnios econômicos do capitalismo mundial.

•O planejamento racional do Estado;

•Educação - eixo da nova etapa de modernização e da inovação;

•Reforma Gerencial do Estado – “Estado Mínimo”;

Page 28: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

E O BRASIL TENTANDO INSERIR-SE NO MUNDO GLOBALIZADO

Imagens disponível no portaldoestudante.files.wordpress.com/2008/07..

Page 29: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

A EDUCAÇÃO...A EDUCAÇÃO... A educação, sob um “novo marco ideológico”;

Colocou-se sob a premissa da:

Qualidade total Autonomia, Eficiência

Democracia Participação

• Busca-se estratégias empreendedoras;• Objetiva encaminhar a educação para a modernização.

• O eixo deslocou-se para a área do planejamento, entendido como gerenciamento de dificuldades pontuais.

Page 30: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.
Page 31: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

A perda da referência da totalidade ;

Diminui a visão do coletivo;O indivíduo fica entregue a si mesmo;Satisfação de suas próprias necessidades.

A ideologia do neoliberalismo regula as novas relações, pautadas no mercado, no consumo e na satisfação das necessidades imediatas ;

Os velhos padrões de relacionamento humano que marcavam os interesses comuns o coletivo, se desintegram, na relação entre o passado e o presente.

O aqui, o agora, o imediato regulam as ações.

Page 32: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

O novo conhecimento para a nova sociedadeNão possibilita mais ao homem ser:

o cidadão coletivo conhecedor das ciências

fundamentadas teoricamente e metodologicamente para

atuar na sociedade de maneira a produzir para o bem comum.

Busca :Busca :Capacitar o indivíduo para sua capacidade pessoal;Capacitar o indivíduo para sua capacidade pessoal;

Possa sobreviver, por conta própria;Possa sobreviver, por conta própria;

Construir a si mesmo;Construir a si mesmo;Desvencilhado do coletivo, do social .Desvencilhado do coletivo, do social .

Page 33: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

“A velha luta para garantir Educação Para Todos, continua a motivar os discursos, os planos governamentais e as estratégias de desenvolvimento”.

Entretanto,

“os conteúdos que davam sustentação à defesa de construção da unidade nacional perderam-se

no tempo”. ( NAGEL, 2002, P. 10)

Assistimos...

Esvaziamento de forma e de conteúdo, que se justifica pelas “inovações educacionais”.

Page 34: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

O desafio é inserir-se e sobreviver na globalização do mundo, sem fronteiras e sem limites.

=========================================

Busca-se a formação de “capital humano” e a nova pedagogia reveste-se de subjetividade.

=========================================

Na “nova ordem’’ tudo segue a lógica e o interesse de quem dela participa, interesse não mais coletivo,

mas individual e privado.

=========================================

As análises do campo educacional são restritas ao interior da escola e solapadas de subjetividade”.

Page 35: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.
Page 36: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

• O pós-modernismo invade o campo educacional,

• “Novos paradigmas educacionais” • Romper com as “velhas práticas” e os

“velhos conhecimentos”. ===========================

==============• O homem é convocado a romper com o

velho, o arcaico, que impede o desenvolvimento e justifica as inovações, as novas técnicas de aprendizagem, os receituários, as novas competências e as novas habilidades como exigência de um novo contexto.

Page 37: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

O “modismo pedagógico”,O “modismo pedagógico”,• Os “modismos pedagógicos”, circundando o eixo

educacional;

• Trazem a liberdade, a autonomia, a livre expressão e os métodos subjetivos de aprendizagem.

• O professor não é mais dono de seu conhecimento. • O que ele precisa é ser competente e dominar as “10

competências” que Perrenoud apresenta.

• Dominar a forma é o bastante para o professor ser profissional, cedendo, assim, ao imediato.

• O professor desqualifica-se, perde sua referência diante do conjunto de conhecimentos historicamente construídos.

Page 38: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

PERDE-SE O CONHECIMENTOPERDE-SE O CONHECIMENTO ... ...Científico ( domínio do professor) que antes era valorizado e destacado como necessário para a

formação do homem .O novo conhecimento está pautado na relatividade

( inovar sempre) e no pragmatismo.( fazer)

O rigor, a investigação, a disciplina e o conhecimento são subordinados

ao prazer de “aprender”

Necessidades motivacionais do ensino e da aprendizagem

Impregnam o saber pedagógico.

Page 39: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

O conhecimento...

Sustentando pela prática do “aqui agora”.

Utilitarismo

Destruindo o corpo do conhecimento histórico, sistematizado que era baseado na

teoria e validado cientificamente

Page 40: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.
Page 41: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

Na sociedade do (neo) conhecimento...Na sociedade do (neo) conhecimento...

• Desvaloriza-se o que é científico e teórico;• Reduz-se gradativamente a capacidade cognitiva do professor

e do aluno;• A sociedade sustentando pela cultura do privado ;

==================================== O discurso da universalização da educação

Apontava para a aquisição de conhecimento; Hoje se desqualifica, se esvai com as políticas governamentais

Correção defluxo, das bolsas escolas e outras de caráter assistências e compensatórias.

============================================================

Políticas educacionais, do Ministério da Educação com seus programas, projetos, e literaturas que colocam-se como inovadores, empreendedores

e “redentores da atual mazela educacional que se arrasta há décadas.

Page 42: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

As lutas para a construção de diretrizes educacionais, contínuas e consistentes são substituídas pelo conjunto de programas e planos educacionais que privilegiam e destacam a escola enquanto unidade

------------------------------------------------------------------------

A escola não é pensada no seu conjunto e nem na essência de sua problemática.

A educação “reformada” neste cenário globalizado é pensada de maneira fragmentada.

As diretrizes são sustentadas por programas descontínuos, esporádicos, paliativos, não atingindo as raízes dos problemas. ---------------------------------------------------

Page 43: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

O homem, é negado como ser histórico;Como produto das relações sociais; Sua histórica é assim destituída de análises. _______________________________________

O desejo do homem agora é soberano “[...] a psique é tratada como se tivesse uma vida interior própria’’ (SENNET, 1988, p.16)._______________________________________ O homem perdeu o senso de suas limitações, ele se pensa soberano, sem vínculos, independente não se vê como produto das relações. Imagem disponívle em: static.blogstorage.hi-pi.com/photos/rasgandov _

Page 44: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

Destacou-se a gestão da ordem natural das coisas;

Um indivíduo, mergulhado no imediato, no instantâneo, sem memória e sem história, age sem proibições;

Desobrigado de tudo e de todosPensa independente do real

Construindo o conhecimento por si mesmo, Pautado apenas nas suas experiências

empíricas, sensíveis, imediatas e pragmáticas.

Page 45: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADEPARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE • A descentralização e a autonomia, passam a ser as

principais estratégias de gerenciamento dos sistemas educacionais ;

• Pais e alunos são vistos na perspectiva de clientes que compram a educação, vista, por sua vez, como produto da vontade individual de agentes criativos e “empreendedores” ;

• As políticas públicas sob o efeito do espírito neoliberal, contemplam a descentralização e a gestão escolar participativa.

• Participação da sociedade - responsabilidade de financiar o sistema escolar;

Page 46: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

• Participação da comunidade, sustentada pela ‘‘solidariedade’’ ou pela “responsabilidade social”, ;

• Estabelecendo-se parceiras com a sociedade.• Coexistência formas de gerenciamento escolar.

• “Pseudoparticipação”; Hidalgo (1998)

===========================================Na verdade...

A adoção dos princípios e técnicas da administração de empresas na gestão da

escola, transformaram em clientes alunos e suas família

==========================================

Page 47: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

A Emergência do Terceiro Setor e a Participação da A Emergência do Terceiro Setor e a Participação da Iniciativa Privada e do Voluntariado na EscolaIniciativa Privada e do Voluntariado na Escola

Estado tornou-se o defensor e conciliador das funções do terceiro setor ;

Estimulando laços de solidariedade local e voluntário na sua relação com a escola.

Proliferaram - Associações Voluntárias das diferentes espécies.

“Solidariedade” - novo conceito que rege e mobiliza as relações voluntárias na sociedade.

Page 48: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

Prevalece um forte apelo à ação individual, amor fraterno, boa vontade

e a sensibilidade.-----------------------------------“As pessoas são chamadas a se responsabilizarem pelos mais necessitado. Ações são assumidas sob a tônica das forças particulares e voluntárias de solidariedade”. (MONTANÕ, 2002).

Responsabilidade individual.

Desta maneira esvaziam-se direitos;

Minimizam-se relações

Subsistiu-se pela solidariedade.

Page 49: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

Experiências e perspectivas de Experiências e perspectivas de Participação da Comunidade na EscolaParticipação da Comunidade na Escola

================================================================APMs e os Conselhos Escolares.• São marcadas atualmente pelas mais diversas

formas de angariar recursos financeiros para a escola.

• Assumem o papel de mobilizadoras da própria escola e da comunidade externa na resolução das questões que envolvem captação e aplicação de recursos financeiros.

“Amigos da Escola”, Comunicado explorado pela TV Globo, através do

Projeto Brasil 500 anos, em conjunto com a Comunidade Solidária.

Page 50: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

• É o voluntariado que agora detém a chave do conhecimento, da criatividade, da motivação e da iniciativa para fazer renascer a escola.

• O público cede espaço para as ações privadas, com fins econômicos as empresas participam e/ou patrocinam campanhas pensando apenas no retorno que podem obter.

• “Toda Família na Escola”, • Campanha que determinou o dia, hora, local e

assuntos a serem discutidos.

Page 51: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

Algumas notas conclusivasAlgumas notas conclusivas • As categorias gestão e participação não são

autônomas e independentes dos processos econômicos e políticos mais amplos;

• São “velhos conceitos” ressignificados nos contextos atuais do capitalismo;

• Ideologicamente apresentados como “novos” e/ou “modernos” ; A participação da comunidade na escola é mascarada e revestida de solidariedade,

==========================================

Page 52: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

• Desresponsabiliza e desqualifica o papel das escolas e professores.

• Substituído pela caridade, pelas doações e pela solidariedade;

• A educação fica à mercê da assistência e da sobra das políticas governamentais.

• É esvaziada de recursos, de conteúdos, de sentido e de significação.

Page 53: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

rogerioliveira.files.wordpress.com/2009/08/ed...

Page 54: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

É preciso...• Questionar os conhecimentos que são impostos para

a escola, a partir dos documentos oficiais, disfarçados de inovações que na realidade trazem a velha defesa da lógica capitalista que se faz e se refaz ao longo do tempo;

==================================================

• Reler discursos;• Explicitar intencionalidades;• Estudar planos e programas governamentais. ===========================================• Questionar a mais aparente forma de participação da

comunidade na escola, para que a escola não se torne “terreno de poucos e/ou terreiro de todos’’.

• Questionar a relação público e o privada.

Page 55: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DE VELHOS E NOVOS CONCEITOS MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE EDU/CECA/UEL PDE - 2009.

Será possivel...Será possivel... 1.1. Garantir a participação da comunidade na escola, Garantir a participação da comunidade na escola,

para além das ações voluntárias/solidárias ou para para além das ações voluntárias/solidárias ou para angariar fundos para escola?angariar fundos para escola?

2.2. E possível uma participação que busque a defesa E possível uma participação que busque a defesa da escola pública de qualidade e para uma da escola pública de qualidade e para uma coletividade?coletividade?

3.3. É possível superar a pseudo-participação que visa É possível superar a pseudo-participação que visa apenas consensuar as decisões já tomadas no apenas consensuar as decisões já tomadas no interior da escola ?interior da escola ?

4.4. É possível “ É possível “ fazer parte, tomar parte ou ter fazer parte, tomar parte ou ter parteparte” na educação? ” na educação?