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PROF. MARCELO ROSENTHAL LÍNGUA PORTUGUESA – MATERIAL 07 www.concursovirtual.com.br 1) (TRF) – Considere os períodos I, II e III, pontuados de duas maneiras diferentes: I . Entregues os documentos pelo correio, seguirão outras informações relativas ao processo. Entregues os documentos, pelo correio seguirão outras informações, relativas ao processo. II . A audiência será marcada de imediato pelo advogado e o promotor conjuntamente. A audiência será marcada, de imediato, pelo advogado e o promotor conjuntamente. III . É bom que se arquivem os processos que estão com o prazo vencido. É bom que se arquivem os processos, que estão com o prazo vencido. Com a pontuação diferente, ocorreu alteração de significado em: a) I, somente. b) II, somente. c) I e II. d) I e III. e) II e III. 2) “O escândalo do Orçamento expôs definitivamente a indústria da miséria, seus exploradores – a classe política – e os vícios do modelo centralista da administração pública.” Assinale o comentário correto sobre o uso dos sinais de pontuação na frase acima. a) o emprego de travessões em lugar das vírgulas, para destacar o aposto, foi utilizado a fim de ser dada mais clareza à frase. b) o advérbio “definitivamente” deveria vir obrigatoriamente entre vírgulas já que se trata de um adjunto adverbial deslocado; c) o uso de vírgula após “miséria” se deve ao fato de esse termo ser seguido de um aposto explicativo; d) o uso da única vírgula presente no texto tem caráter optativo; e) não ocorre a vírgula após “expôs” porque jamais pode haver vírgula entre o verbo e seu complemento. 3) Em cada alternativa abaixo, transcreve-se um trecho do texto mediante introdução, em destaque, de sinais de pontuação que não constam na redação original. A alternativa em que o sinal de pontuação foi bem empregado é: a) Somente no Rio, serão acompanhados 500 indivíduos durante um ano. b) Todos os indivíduos do grupo estudado que fizeram testes de HIV nos CTAs, serão informados sobre o programa e como podem participar. c) Os voluntários terão dois médicos à disposição para o esclarecimento de dúvidas sobre AIDS e doenças, sexualmente transmissíveis. d) Com esse projeto, queremos: criar essa infra-estrutura no Brasil antes que se desenvolva um produto eficaz – explicou Mauro Schechter, chefe de laboratório. e) Comparando a quantidade de pessoas atendidas – nesses centros – com o número das quais se interessam em participar de um teste em larga escala, avaliaremos se a população a que se tem acesso é de tamanho suficiente para o teste – disse. 4) (CESPE-UnB) – “O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo.” Justifica-se o emprego da vírgula porque: a) as orações têm sujeito próprio. b) As orações são coordenadas assindéticas. c) A primeira oração é principal e a segunda, subordinada. d) As orações são subordinadas. e) A segunda oração é coordenada assindética. 1 www.concursovirtual.com.br

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1) (TRF) – Considere os períodos I, II e III, pontuados de duas maneiras diferentes: I . Entregues os documentos pelo correio, seguirão outras informações relativas ao processo. Entregues os documentos, pelo correio seguirão outras informações, relativas ao processo. II . A audiência será marcada de imediato pelo advogado e o promotor conjuntamente. A audiência será marcada, de imediato, pelo advogado e o promotor conjuntamente. III . É bom que se arquivem os processos que estão com o prazo vencido. É bom que se arquivem os processos, que estão com o prazo vencido. Com a pontuação diferente, ocorreu alteração de significado em:

a) I, somente. b) II, somente. c) I e II. d) I e III. e) II e III.

2) “O escândalo do Orçamento expôs definitivamente a indústria da miséria, seus exploradores – a classe política – e os vícios do modelo centralista da administração pública.” Assinale o comentário correto sobre o uso dos sinais de pontuação na frase acima. a) o emprego de travessões em lugar das vírgulas, para destacar o aposto, foi utilizado a fim de

ser dada mais clareza à frase. b) o advérbio “definitivamente” deveria vir obrigatoriamente entre vírgulas já que se trata de um

adjunto adverbial deslocado; c) o uso de vírgula após “miséria” se deve ao fato de esse termo ser seguido de um aposto

explicativo; d) o uso da única vírgula presente no texto tem caráter optativo; e) não ocorre a vírgula após “expôs” porque jamais pode haver vírgula entre o verbo e seu

complemento. 3) Em cada alternativa abaixo, transcreve-se um trecho do texto mediante introdução, em destaque, de sinais de pontuação que não constam na redação original. A alternativa em que o sinal de pontuação foi bem empregado é: a) Somente no Rio, serão acompanhados 500 indivíduos durante um ano. b) Todos os indivíduos do grupo estudado que fizeram testes de HIV nos CTAs, serão informados

sobre o programa e como podem participar. c) Os voluntários terão dois médicos à disposição para o esclarecimento de dúvidas sobre AIDS e

doenças, sexualmente transmissíveis. d) Com esse projeto, queremos: criar essa infra-estrutura no Brasil antes que se desenvolva um

produto eficaz – explicou Mauro Schechter, chefe de laboratório. e) Comparando a quantidade de pessoas atendidas – nesses centros – com o número das quais

se interessam em participar de um teste em larga escala, avaliaremos se a população a que se tem acesso é de tamanho suficiente para o teste – disse.

4) (CESPE-UnB) – “O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo.” Justifica-se o emprego da vírgula porque: a) as orações têm sujeito próprio. b) As orações são coordenadas assindéticas. c) A primeira oração é principal e a segunda, subordinada. d) As orações são subordinadas. e) A segunda oração é coordenada assindética.

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5) AFC - Assinale a opção em que o trecho foi transcrito com erro de pontuação. a) A Independência Brasileira não foi uma revolução: ressalvadas a mudança no relacionamento

externo e a reorganização administrativa no topo, a estrutura econômico-social criada pela exploração colonial continuava intacta, agora em benefício das classes dominantes locais.

b) Diante dessa persistência, era inevitável que as formas modernas de civilização, vindas na esteira da emancipação política e implicando liberdade e cidadania, parecessem estrangeiras – ou postiças, antinacionais, emprestadas, despropositadas etc., conforme as preferências dos diferentes críticos.

c) A violência da adjetivação indica as contorções do amor-próprio brasileiro (de elite), obrigado a desmerecer em nome do progresso, os fundamentos de sua preeminência social, ou vice-versa, opção deprimente nos dois casos.

d) De um lado, tráfico negreiro, latifúndio, escravidão e mandonismo, um complexo de relações com regra própria, firmado durante a Colônia e ao qual o universalismo da civilização burguesa não chegava.

e) De outro lado, sendo posto em xeque pelo primeiro, mas pondo-o em xeque também, a Lei (igual para todos), a separação entre o público e o privado, as liberdades civis, o parlamento, o patriotismo romântico etc.

(SCHWARZ, Roberto, Cultura e política, p. 127-128) MPOG – ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO 6) Marque a afirmação incorreta em relação ao texto seguinte.

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A ética quixotesca está toda resumida naquele trecho da obra em que Dom Quixote confessa a Sancho não saber o que realizava à custa de tantos trabalhos e de tantas penas. Não se tratava, contudo, de decepção do utopista, pois é essencial não confundir quixotismo com utopismo. Nosso herói não abandonou sua rotina acanhada de fidalgo manchego para fazer um mundo melhor; muito menos inspirava-o um projeto para o homem ou para a sociedade. Ele saiu em nome do ideal de emendar injustiças e punir delitos cometidos contra os mais fracos, como mandava a ética cavalheiresca, não para impedir que, no futuro, eles voltassem a ser praticados. O utopista, em comum com o racionalista, tem sempre um programa muito preciso, e Dom Quixote tem um ideal, mas não tem projeto algum, o que é algo eminentemente saudável numa época como a nossa, em que há demasiados projetos e poucos ideais.

(Evaldo Cabral de Mello) a) "está toda resumida"(l.1) pode ser substituída por resume-se toda. b) A oração reduzida "não saber o que realizava à custa de tantos trabalhos"(l.2) pode ser

substituída por oração desenvolvida iniciada pela conjunção integrante que, fazendo-se as adaptações necessárias.

c) Em "Não se tratava…"(l.2) o verbo é impessoal. d) Se suprimidas as vírgulas usadas no segundo período do texto prejudicam-se sua

clareza, correção e legibilidade. e) Em "inspirava-o"(l.7) o pronome refere-se ao sintagma "mundo melhor",(l.9) que o

precede no enunciado. 7) MPOG - Em relação ao emprego dos sinais de pontuação no texto, assinale a opção correta.

O modo solidário de produção e distribuição parece à primeira vista um híbrido entre o capitalismo e a pequena produção de mercadorias. Mas, na realidade, ele constitui uma síntese que supera ambos. A unidade típica da economia solidária é a cooperativa de produção, cujos princípios organizativos são: posse coletiva dos

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meios de produção pelas pessoas que as utilizam para produzir; gestão democrática da empresa ou por participação direta (quando o número de cooperadores não é demasiado) ou por representação; repartição da receita líquida entre os cooperadores por critérios aprovados após discussões e negociações entre todos; destinação do excedente anual (denominado sobras) também por critérios acertados entre todos os cooperadores. A cota básica do capital de cada cooperador não é remunerada, somas adicionais emprestadas à cooperativa proporcionam a menor taxa de juros do mercado.

(Paul Singer)

a) Se a expressão “à primeira vista”(l.1) estivesse entre vírgulas, o período ficaria gramaticalmente prejudicado. b) O sinal de dois-pontos(l.4) justifica-se por anteceder citação de depoimento alheio ao autor do texto. c) As três ocorrências de sinal de ponto-e-vírgula (l.5, 7 e 9) têm justificativas gramaticais diferentes. d) Se o emprego de parênteses(l. 6,7, e 9) for substituído por vírgulas, a coerência do texto fica prejudicada. e) Os parênteses que isolam a expressão “denominado sobras”(l.9) podem, sem prejuízo para o texto, ser substituídos por travessões ou por vírgulas. Questão 8 a 15 – AFRF- 8- Em relação ao texto, assinale a opção correta. IBGE e BNDES mostraram que a desesperança nas cidades pequenas empurra a força de trabalho para as médias, que detêm maior dinamismo econômico. A carga da pesada máquina administrativa das pequenas “cidades mortas” é paga pelas verbas federais do Fundo de Participação dos Municípios. A economia local nesses municípios, como o IBGE também já mostrou, é dependente da chegada do pagamento dos aposentados do Instituto Nacional de Seguridade Social. O seminário “Qualicidade”, por sua vez, confirmou que a favelização é produto de “duas ausências”, a do crescimento econômico e a de política urbana. (Gazeta Mercantil, 17/10/2005, Editorial) a) A forma verbal “detêm” (l.2) está no plural para concordar com “cidades pequenas” (l.2). b) A expressão “é paga” (l.3) concorda com “máquina administrativa” (l.4). c) As vírgulas após “municípios” (l.4) e após “mostrou” (l.5) justificam-se por isolar oração intercalada entre termos da oração principal. d) O emprego de dois-pontos após “duas ausências” (l.7), no lugar da vírgula, prejudica a correção do período. e) A presença de artigo definido feminino singular, em suas duas ocorrências (l.7 e 8), indica que se pode subentender após o artigo a repetição da palavra “favelização”(l.7). Leia o texto a seguir para responder às questões 9 e 10. Enquanto o patrimônio tradicional continua sendo responsabilidade dos Estados, a promoção da cultura moderna é cada vez mais tarefa de empresas e órgãos privados. Dessa diferença derivam dois estilos de ação cultural. Enquanto os governos pensam sua política em termos de proteção e preservação do patrimônio histórico, as iniciativas inovadoras ficam nas mãos da sociedade civil, especialmente daqueles que dispõem de poder econômico para financiar arriscando. Uns e outros buscam na arte dois tipos de ganho simbólico: os Estados, legitimidade e consenso ao aparecer como representantes da história nacional; as empresas, obter lucro e construir através da cultura de ponta, renovadora, uma imagem “não interessada” de sua expansão econômica. (Nestor Garcia Canclini, Culturas Híbridas, p. 33, com adaptações)

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9- Assinale como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes inferências a respeito do texto. ( ) O Estado e a sociedade civil são co-responsáveis por ações culturais, cada um no seu âmbito. ( ) Não existe preservação do patrimônio histórico sem produção de cultura de ponta. ( ) Ambos os estilos de ação cultural identificados no texto produzem ganhos simbólicos. ( ) Financiar iniciativas culturais inovadoras implica incorrer em riscos econômico-financeiros. ( ) A arte pode servir para camuflar interesses econômicos expansionistas. ( ) Só pela atuação cultural, os Estados podem tornar-se representantes da história nacional. A seqüência de respostas corretas é a) V-V-F-F-V-F b) V-F-V-V-V-F c) V-F-F-V-V-V d) F-F-V-F-F-V e) F-V-V-F-V-F 10- Assinale a alteração na pontuação que provoca incoerência textual ou erro gramatical no texto. a) A substituição do ponto final depois de “cultural” (l.3) por dois-pontos. b) A substituição dos dois-pontos depois de “simbólico” (l.7) pelo sinal de ponto-e-vírgula. c) A substituição do sinal de ponto-e-vírgula depois de “nacional” (l.8) pela conjunção e. d) A inserção de uma vírgula depois de “construir” (l.8). e) A retirada da vírgula depois de “ponta” (l.8). 11- As opções trazem o diagnóstico e a indicação de correção do que estiver gramatical e lingüisticamente errado no trecho abaixo. Assinale a letra que for verdadeira tanto para o diagnóstico quanto para a indicação de correção. Podemos prever o traço fundamental do comércio colonial: ele deriva imediatamente do próprio caráter da colonização, organizada como ela está na base da produção de gêneros tropicais e metais preciosos para o fornecimento do mercado internacional. É a exportação desses gêneros, pois, que constituirá o elemento essencial das atividades comerciais da colônia. O comércio exterior brasileiro é todo ele, pode-se dizer, marítimo. Nossas fronteiras atravessavam áreas muito pouco povoadas, quando não inteiramente indevassadas. A colonização portuguesa vinda do Atlântico, e a espanhola, quase toda do Pacífico, mal tinham ainda engajado suas vanguardas, de sorte que entre ambas ainda sobravam vastos territórios ocupados. Circunstância essa ditada por contingências geográficas e econômicas, e que tem grande significação política e administrativa, pois facilitou, pode-se dizer mesmo que tornou possível, o monopólio do comércio da colônia que a metrópole pretendia para si. Foi bastante reservar-se a navegação, providência muito mais simples que uma fiscalização fronteiriça – difícil, se não impraticável, nos extensos limites do país. (Caio Prado Júnior, História econômica do Brasil, com adaptações) a) Diagnóstico do erro: vírgulas isolando a conjunção “pois”(l.4) Indicação de correção: suprimir a vírgula posterior à referida conjunção. b) Diagnóstico do erro: pontuação da expressão “vinda do Atlântico”(l.7). Indicação de correção: colocá-la entre parênteses, sem a vírgula após “Atlântico”. c) Diagnóstico do erro: falta de concordância verbal no verbo “tinham” (l.8). Indicação de correção: empregar o referido verbo no singular. d) Diagnóstico do erro: incoerência textual no emprego do adjetivo “ocupados” (l.9). Indicação de correção: substituí-lo por inocupados. e) Diagnóstico do erro: mau emprego do travessão, na linha 13. Indicação de correção: eliminá-lo.

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12- Assinale o segmento inteiramente correto quanto ao emprego dos sinais de pontuação. (Tome os segmentos como partes consecutivas de um texto) a) Vários autores acreditam que o romance, Frankenstein, de Mary Shelley foi decisivo para o estabelecimento de uma visão negativa da ciência; mostrou pela primeira vez, a imagem do cientista tomado pela paixão e pela loucura, “criando” um monstro que foge ao seu controle e ameaça a sociedade. Surgia o “cientista louco” e a ciência como um instrumento perigoso e incontrolável. b) Segundo Wolpert, “foi Mary Shelley quem criou o monstro de Frankenstein não foi a ciência; mas sua imagem é tão poderosa, que alimentou medos sobre a engenharia genética que difi cilmente serão removidos”. Não se poderia imaginar que aquela alegoria seria tão nefasta para os cientistas. c) O livro de Mary Shelley é considerado o primeiro livro de fi cção científi ca, mas o tratamento dado à figura dos cientistas, nas obras de ficção científica que o sucederam, não melhora a imagem do cientista. Num estudo em que se pediu que crianças, adolescentes e adultos definissem um cientista, por meio de desenho, a imagem que apareceu não foi positiva. d) A visão estereotipada do cientista – cara de louco, olhos esbugalhados, cabelos desgrenhados é difundida em diversos meios de comunicação muito poderosos (cinema, quadrinhos, desenhos animados, televisão); isso, em nada contribui para facilitar o entendimento do que seja ciência. e) Daí tive a idéia de montar um projeto de pesquisa! Se artistas convivessem com o cientista no laboratório, se vissem os experimentos e a carga emocional que despertam no pesquisador, se conversassem diariamente sobre seus trabalhos... Será que a ciência seria interpretada e mostrada de outra forma? (Diucênio Rangel, “O diálogo entre ciência e arte”, com adaptações) 13- No texto abaixo foram substituídos sinais de pontuação por números. Assinale a seqüência de sinais de pontuação que devem ser inseridos nos espaços indicados para que o texto se torne coerente e gramaticalmente correto. Desconsidere a necessidade de transformar letras minúsculas em maiúsculas. Os seres humanos sofrem sempre conflitos de interesse com os ressentimentos, facções, coalizões e instáveis alianças que os acompanham(1) no entanto, o que mais interessa nesses fenômenos conflituosos não é o quanto eles nos separam, mas quão freqüentemente eles são neutralizados, perdoados e desculpados. Nos seres humanos(2) com seu extraordinário dom narrativo, uma das principais formas de manutenção da paz é o dom humano de apresentar(3) dramatizar e explicar as circunstâncias atenuantes em torno de violações que ameaçam introduzir conflito na habitualidade da vida(4) o objetivo de tal narrativa não é reconciliar, não é legitimar, nem mesmo desculpar, mas antes(5) explicar.(Jerome Bruner. Atos de signifi cação, com adaptações) a) ; , . : , b) ; - ; . ; c) , ; - ; : d) . , ; ; : e) . , , . , 14- Todo homem, como membro da sociedade, tem o direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento de sua personalidade. (Artigo XXII da Declaração Universal dos Direitos Humanos) O artigo acima está organizado em apenas um período sintático. Assinale a opção que o reescreve em dois períodos sintáticos, preservando as relações semânticas entre as idéias originais. a) Como membro da sociedade, todo homem tem direito à realização de sua dignidade e ao desenvolvimento de sua personalidade. Tudo isso de acordo com o esforço nacional, a cooperação internacional e a organização de recursos de cada estado.

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b) Todo homem membro da sociedade tem o direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade. Tem também direito ao livre desenvolvimento de sua personalidade. c) Já que membro da sociedade, todo homem tem o direito à segurança social e à realização e ao livre desenvolvimento de sua personalidade; seja pelo esforço nacional, pela cooperação internacional ou de acordo com a organização e recursos de cada estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade. d) Todo homem, como membro da sociedade, tem o direito à segurança social e à realização dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento de sua personalidade. Isso se dá pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada estado. e) Ao ser considerado membro da sociedade, todo homem tem o direito à segurança social e à realização – pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade – e ao livre desenvolvimento de sua personalidade. 15) No entanto, acumulou-se certa experiência para sabermos quais caminhos não deveriam ser tomados. Qual dos itens a seguir apresenta, de forma correta e mais clara, a mesma significação do período destacado? a) Acumulou-se certa experiência porém para sabermos quais caminhos não deveriam ser tomados. b) Certa experiência foi acumulada, todavia, para sabermos quais caminhos não deveriam ser tomados. c) Para sabermos quais caminhos não deveriam ser tomados foi necessário, porém, que não acumulássemos certa experiência. d) Visto que certa experiência foi acumulada, porém os caminhos que não deveriam ser tomados foram sabidos. e) No entretanto, acumulou-se certa experiência que nos fez saber quais caminhos deveriam ser tomados. 16) Os trechos a seguir foram reescritos modificando-se as pontuações originais que podem provocar situações de inadequação gramatical. Julgue se as reescrituras estão corretas ou incorretas. 1 – No campo dos dissídios coletivos, o fracasso na negociação direta transfere para os juízes dos TRTs e ministros do TST uma responsabilidade gigantesca que muitas vezes, as próprias diretorias das empresas evitam enfrentar – especialmente as estatais. 2 – Não são raros os casos em que os dirigentes fazem o papel de bonzinhos, deixando o desempenho de algoz para o Poder Judiciário. Como reverter este quadro? Como forçar as partes a negociar com todo o empenho? Penso que o “método da oferta final” pode ajudar. 3 – Por esse método, o julgador só pode optar por uma das duas propostas finais das partes. Digamos que uma pede 100% de aumento, e a outra insiste em conceder apenas 10%. O juiz só poderá escolher 100% ou 10%, ficando impedido de escolher qualquer valor intermediário. 4 – Esse é um exemplo pouco realista, e aqui usado, simplesmente, para acentuar que a restrição aludida constitui uma poderosíssima pressão para as partes negociarem à exaustão. 5 – Ele eleva, extraordinariamente, o risco para as partes. Se o juiz decidir pelos 100%, arrasa a empresa; se decidir pelos 10%, arrasa os trabalhadores. 17) Os trechos a seguir foram reescritos modificando-se as pontuações originais que podem provocar situações de inadequação gramatical. Julgue se as reescrituras estão corretas ou incorretas.

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1 – O traço de toda a vida é para muitos um desenho de criança esquecido pelo homem, e ao qual este terá sempre de se cingir sem o saber. 2 – Os primeiros anos da vida foram portanto, os de minha formação instintiva ou moral, definitiva. 3 – Passei esse período inicial, tão remoto e tão presente em um engenho de Pernambuco, minha província natal. 4 – A população do pequeno domínio, inteiramente fechado a qualquer ingerência de fora, como todos os outros feudos da escravidão, compunha-se de escravos, distribuídos pelos compartimentos da senzala, o grande pombal negro ao lado da casa de morada, e de rendeiros, ligados ao proprietário pelo benefício da casa de barro que os agasalhava ou da pequena cultura que ele lhes consentia em suas terras. 5 – No centro do pequeno cantão de escravos, levantava-se a residência do senhor, olhando para os edifícios da moagem e tendo por trás da moagem, em uma ondulação do terreno a capela sob a invocação de São Mateus.

(Joaquim Nabuco – com adaptações) PAPILOSCOPISTA DA POLÍCIA FEDERAL

Estava no Brasil 1

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A cooperação foi similar à da OperaçãoCondor, só que estritamente dentro da lei e a favor da democracia. No último fim de semana, a Polícia Federal deteve em Foz do Iguaçu, no Paraná, o general paraguaio Lino Oviedo, havia meses foragido, e cuja prisão preventiva com fins de extradição tinha sido pedida pelo Paraguai. No apartamento no qual se escondia, foram encontrados um revólver calibre 38, dez telefones celulares e uma peruca. Oviedo, que já comandou uma tentativa de golpe em 1996, é acusado de tramar o assassinato do vice presidente de seu país, Luis María Argaña, no ano passado. Preso, ele poderá ser extraditado para o Paraguai, onde goza de grande simpatia popular e nenhuma do governo. Com sua fama de golpista, Oviedo é o principal suspeito de ter planejado a última quartelada para derrubar o governo do presidente Luis González Macchi, há um mês. É um abacaxi para os paraguaios. Se livre e clandestino, é um incômodo para o governo; dentro de uma prisão no Paraguai, Oviedo é um perigo ainda maior, pois estará mais próximo e à vista de seus seguidores. O governo brasileiro não podia deixar de prendero general paraguaio. Um dos compromissos dos países membros do MERCOSUL é a adesão ao regime democrático. Dar cobertura a golpistas, como Oviedo, não é um alento à democracia. O destino do general no Brasil está nas mãos do Supremo Tribunal Federal, responsável por julgar o pedido de extradição.

Veja, 21/6/2000 (com adaptações)

18) Com relação à pontuação do texto LP-1, julgue os itens que se seguem. 1 A justificativa para a vírgula imediatamente posterior a “No último fim de semana” (L.2) é a mesma que corresponde àquela posterior a “Preso” (L.7). 2 Se uma vírgula fosse inserida imediatamente após “apartamento” (L.4), as relações semânticas e sintáticas do período do texto seriam mantidas inalteradas. 3 Na linha 3, a vírgula após “Oviedo” não tem justificativa gramatical, já que a oração posterior introduz uma informação explicativa. 4 Na linha 6, seria correto suprimir a vírgula. 5 O último período do texto poderia ser corretamente reescrito com a locução adverbial “no Brasil” entre vírgulas. 19) Em cada um dos itens seguintes, foi feita a reescritura de um período do texto LP-I. Julgue-os quanto à manutenção do sentido original e à correção gramatical.

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1 Segundo período: Foi detido, na semana passada, em Foz do Iguaçu, no Paraná, o general Lino Oviedo, que tinha sua prisão preventiva decretada pelo governo paraguaio. 2 Terceiro período: Encontraram-se, no apartamento em que se escondia, um revólver calibre 38, dez telefones celulares e uma peruca. 3 Quarto período: Acusa-se Oviedo, que, em 1996, já comandou uma tentativa de golpe, de tramar, no ano passado, o assassinato do vice-presidente de seu país, Luis María Argaña. 4 Quinto período: Ele poderá ser extraditado e, preso, levado para o Paraguai, lugar onde goza de grande simpatia popular e nenhuma do governo. 5 Último período: O destino do general no Brasil, que é responsável por julgar o pedido de extradição, está nas mãos do Supremo Tribunal Federal. 20-Instituto Rio Branco - Cada uma das opções subseqüentes reproduz períodos do texto, aos quais se acrescentaram uma ou mais vírgulas, que aparecem negritadas e sublinhadas, seguindo-se uma justificativa. Assinale a opção em que é improcedente a justificativa apresentada para o acréscimo da(s) vírgula(s). a) O soldado e o marinheiro permutaram bofetadas, mais ou menos teóricas, numa esquina de

minha rua, por causa da namorada comum, que devia chamar-se Marlene. Justificativa: a vírgula separa adjuntos adverbiais que expressam noções diferentes.

b) O duelo durou vinte minutos, e cinqüenta pessoas assistiram. Justificativa: a vírgula separa orações coordenadas que, unidas pela conjunção “e”, têm sujeitos diferentes.

c) A dificuldade total foi reconstituir o delito, porque, tanto no inquérito policial quanto na formação de culpa perante o juiz, as espontâneas e numerosas testemunhas prestaram depoimentos inteiramente contraditórios. Justificativa: as vírgulas isolam o adjunto adverbial antecipado.

d) Como começara e como findara a luta, foi impossível apurar. Justificativa: a vírgula isola oração subordinada adverbial antecipada.

e) Diante da premência da fome, frio e desabrigo, o primeiro material foi o mais próximo e a primeira técnica, improvisada pela urgência vital. Justificativa: a vírgula indica elipse do verbo.

21-Instituto Rio Branco - Entre as opções a seguir, que formam em seu conjunto um texto, assinale a que não apresenta erro de pontuação. a) Segundo Gramsci, as várias ciências “humanas” fundadas no século XIX, como a sociologia e

a psicologia seriam filosofia de não-filósofos, misturas de observação empírica e racionalizações burguesas; logo, ideologia fatalista com ares de neutralidade. O intelectual que as professa não teria via de regra, condições mentais para viver o nexo entre vontade e estrutura.

b) Ora, tanto os técnicos, quanto os humanistas postam-se aquém dessa relação, pois, é nos pólos isolados da estrutura ou do sujeito, que recai a ênfase da sua vida mental. Mas, como é possível propor a relação vontade-estrutura? Gramsci antecipa a tendência atual de acentuar o caráter, próprio da política em face da economia.

c) Paradoxalmente, esse modo de pensar Gramsci o recebeu do seu maior adversário, Benedetto Croce que sustentou a distinção da esfera ético-prática, dando-lhe, como princípio formal a vontade. Para Croce, a vontade seria um grau consciente do nível econômico.

d) Para Gramsci, a vontade é, não só a condição de existência da política mas, um movimento para edificar o homem livre, não se forma sem a consciência das necessidades materiais do homem oprimido. Essa consciência das necessidades é o aguilhão que faz o militante comunista, Antonio Gramsci, opor-se ao pensador liberal, Benedetto Croce.

e) O intelectual que ignora o tecido de vínculo e violência com que se amarram as classes sociais não poderá atingir o limiar da “consciência da necessidade”, que é, por sua vez, condição para que se produza uma vontade de agir sobre as estruturas. É preciso que ele se encaminhe para uma teoria rigorosa, sem a qual os seus ímpetos de demolir estruturas poderão ser truncados pela tecnologia míope ou diluídos pelo humanismo retórico.

Trechos adaptados de Alfredo Bosi. Op. cit., p. 243-4.

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PROF. MARCELO ROSENTHAL LÍNGUA PORTUGUESA – MATERIAL 07

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22) AUDITOR – TCU 1 O termo groupthinking foi cunhado, na década de cinquenta, pelo sociólogo William H. Whyte, para explicar como grupos se tornavam reféns de sua própria coesão, tomando decisões temerárias e causando grandes fracassos. Os manuais de gestão definem groupthinking como um processo mental coletivo que ocorre quando os grupos são uniformes, seus indivíduos pensam da mesma forma e o desejo de coesão supera a motivação para avaliar alternativas diferentes das usuais. Os sintomas são conhecidos: uma ilusão de invulnerabilidade, que gera otimismo e pode levar a riscos; um esforço coletivo para neutralizar visões contrárias às teses dominantes; uma crença absoluta na moralidade das ações dos membros do grupo; e uma visão distorcida dos inimigos, comumente vistos como iludidos, fracos ou simplesmente estúpidos. 12 Tão antigas como o conceito são as receitas para contrapor a patologia: primeiro, é preciso estimular o pensamento crítico e as visões alternativas à visão dominante; segundo, é necessário adotar sistemas transparentes de governança e procedimentos de auditoria; terceiro, é desejável renovar constantemente o grupo, de forma a oxigenar as discussões e o processo de tomada de decisão.

Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações). Julgue os seguintes itens com base na organização do texto acima. 1 - A sequência narrativa inicial, relatando a origem do termo “groupthinking” (l.1), não caracteriza o texto como narrativo, pois integra a organização do texto predominantemente argumentativo. 2 - Por estar empregada como uma forma de voz passiva, a locução verbal “foi cunhado” (l.1) corresponde a cunhou-se e por esta forma pode ser substituída, sem prejuízo para a coerência ou para a correção gramatical do texto. 3 - No desenvolvimento da argumentação, o valor semântico das orações iniciadas por “tomando” e “causando”, ambas na linha 3, permite interpretá-las como causa para a conceituação de Whyte; por isso correspondem a porque tomavam decisões temerárias e causavam grandes fracassos. 4 - Apesar de a definição de “groupthinking” (R.4-6) sugerir neutralidade do autor a respeito desse processo, o uso metafórico de palavras da área de saúde, como “sintomas” (l.7), “receitas” (l.12) e “patologia” (l.12), orienta a argumentação para o valor negativo e indesejável de groupthinking. 5 - Na linha 4, preservam-se a correção gramatical e a coerência textual ao se inserir uma vírgula imediatamente após o vocábulo “coletivo”, mesmo que, com isso, as informações possam ser tomadas como uma explicação — e não como uma caracterização — da expressão “processo mental coletivo”. 6 - Nas linhas 7, 8 e 9, o uso do sinal de ponto e vírgula, para separar termos de enumeração, preserva a hierarquia de informações, já que há necessidade de emprego de vírgula na estruturação sintática de alguns desses termos.

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