Parte Experimental Redox
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METODOLOGIA E RESULTADOS OBTIDOS
1. ESTUDO DAS REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO
Foram preparados 6 tubos de ensaio limpos e secos e todos numerados de 1
a 6. Em cada tubo de ensaio foram adicionados cerca de 2 mL de
determinada solução seguindo a orientação correta da apostila, além de um
pequeno pedaço metálico de modo que a organização foi semelhante a:
Tubo 1: solução de Zn(NO3)2 + Cu
Tubo 2: solução de Zn(NO3)2 + Pb
Tubo 3: solução de CuSO4 + Pb
Tubo 4: solução de CuSO4 + Zn
Tubo 5: solução de Pb(NO3)2 + Cu
Tubo 6: solução de Pb(NO3)2 + Zn
É possível determinar em quais tubo há ou não uma reação de oxirredução
levando em conta apenas aspectos observacionais, porem apenas isso não é capaz
de explicar o porquê da reação ocorrer ou não. Buscando justificar tal fato recorre-se
a tabela de potenciais-padrão de redução e obtém-se as seguintes informações:
Cu2+(aq) + 2e- Cu0
(s), onde E0= + 0,34 V
Pb2+(aq) + 2e- Pb0
(s), onde E0= - 0,13 V
Zn2+(aq) + 2e- Zn0
(s), onde E0= - 0,76 V
Reciprocamente:
Cu0(s) Cu2+
(aq) + 2e-, onde E0= - 0,34 V
Pb0(s) Pb2+
(aq) + 2e-, onde E0= + 0,13 V
Zn0(s) Zn2+
(aq) + 2e-, onde E0= + 0,76 V
O experimento consiste basicamente na combinação simples da semi-reação
de redução de um dos três metais em questão com a semi-reação de oxidação dos
outros dois metais. Assim apenas as reações globais eletroquimicamente favoráveis
ocorrerão. Veja:
No tubo 1: Zn2+(aq) + Cu0
(s) Não ocorre reação
No tubo 2: Zn2+(aq) + Cu0
(s) Não ocorre reação
No tubo 3: Cu2+(aq) + Pb0
(s) Cu0(s) + Pb2+
(aq)
Pois Cu2+(aq) + 2e- Cu0
(s), onde E0= + 0,34 V
Pb 0 (s) Pb 2+ (aq) + 2e - , onde E 0 = + 0,13 V
Cu2+(aq) + Pb0
(s) Cu0(s) + Pb2+
(aq), onde ΔE0= + 0,50 V
Em comparação aos outros tubos onde houve de fato um reação de
oxirredução, a observação de ocorrência de reação já que esta é a que,
experimentalmente, ocorre mais lentamente.
No tubo 4: Cu2+(aq) + Zn0
(s) Cu0(s) + Zn2+
(aq)
Pois Cu2+(aq) + 2e- Cu0
(s), onde E0= + 0,34 V
Zn 0 (s) Zn 2+ (aq) + 2e - , onde E 0 = + 0,76 V
Cu2+(aq) + Zn0
(s) Cu0(s) + Zn2+
(aq), onde ΔE0= + 1,10 V
Foi observada a formação de uma “película” metálica com a cor característica
do metal cobre (Cu0). Agitando o tubo é possível separar a película de cobre do
pedaço de zinco.
No tubo 5: Pb2+(aq) + Cu0
(s) Não ocorre reação
No tubo 6: Pb2+(aq) + Zn0
(s) Pb0(s) + Zn2+
(aq)
Pois Pb2+(aq) + 2e- Pb0
(s), onde E0= - 0,13 V
Zn 0 (s) Zn 2+ (aq) + 2e - , onde E 0 = + 0,76 V
Pb2+(aq) + Zn0
(s) Pb0(s) + Zn2+
(aq), onde ΔE0= + 0,63 V
Foi observada a formação de cristais de chumbo (Pb0) no entorno do pedaço
de zinco. Agitando o tubo de ensaio foi possível separar os cristais de chumbo do
pedaço de zinco, porém não de forma tão simples quanto com a película de cobre
do tubo 4.
Em outro tubo de ensaio foram adicionados 2 mL de solução 0,5 M de sulfato
de cobre (CuSO4) e, em seguida, um prego de ferro novo (Fe) foi imerso na
solução. Após pequeno espaço de tempo foi observado que o prego, antes
brilhoso pela ausência de óxido em sua superfície, mostrava-se agora
avermelhado, uma característica marcante da aparição de cobre metálico (Cu)
na superfície do prego. Deduz-se que houve reação entre o ferro metálico
com o cobre iônico, gerando ferro iônico e cobre metálico, processo o qual
descrito pela seguinte equação de oxirredução:
Fe(s) + Cu2+(aq) Fe2+
(aq) + Cu(s)
2. Agentes oxidantes e agentes redutores
2.1. Iodeto e agente oxidantes
Foram separados ter tubos de ensaio, numerados de 1 a 3. No tubo 1 foram
adicionadas 5 gotas de solução de KMnO4 0,001 M + 5 gotas de H2SO4 0,5M (o tubo
apresentou a coloração roxa, típica de uma solução de permanganato de potássio).
No tubo 2 foram adicionadas 5 gotas de solução de K2Cr2O7 0,5 M + 5 gotas de
H2SO4 0,5M (a solução apresentou coloração laranja por ser uma solução de
dicromato) e no tubo 3 foram adicionadas 5 gotas de solução de Fe(NO3)3 0,5 M + 5
gotas de H2SO4 0,5M.
Preparados os três tubos, todos receberam 1 mL de solução de iodeto de
potássio (KI) 0,5 M. Houve reação química nos três tubos.
No tubo 1:
MnO4–(aq) + 4 H+
(aq) + 3 e– MnO2(aq) + 2 H2O(l) Eº = +1,69V
I 2(s) + 2 e – 2 I – (aq) Eº = +0,535V
2 MnO4–(aq) + 8 H+
(aq) + 6 I–(aq) 2 MnO2(aq) + 3 I2(s) + 4 H2O(l)
Para fazer o balanço de carga para o somatório das equações deve-se
multiplicar a primeira por 2 e a segunda por 3.
A princípio a solução apresenta uma cor roxa devido à presença do
permanganato de potássio, mas após adicionar o iodeto de potássio e agitar o tubo
de ensaio a solução mudou para um tom de marrom formando dióxido de
manganês. A mudança de cor evidencia que houve reação química.
2 KMnO4 + 8 H2SO4 + 10 KI → 2 Mn2+ + 12 K+ +8 SO42- + 5I2 + 8 H2O
Solução inicial - violeta solução final- amarela
No tubo 2:
5 gotas de K2Cr2O7 0,5 mol/L + 1 gota de H2SO4 0,5mol/L + 2 ml de KI 0,5 mol/l.
Cr2O72-
(aq) + 14 H+(aq) + 6 e– 2 Cr3+
(aq) + 7 H2O(l) Eº = +1,33V
I 2(s) + 2 e – 2 I – (aq) Eº = +0,535V
Cr2O72-
(aq) + 14 H+(aq) +6 I–
(aq) 2 Cr3+(aq) + 3 I2(s) +7 H2O(l)
Neste caso deve-se multiplicar apenas a segunda equação por 2 para fazer o
balanço de carga.
Após a adição dos reagentes o líquido apresentou-se laranja passando a
laranja escuro depois de agitar o tubo de ensaio, provando que a reação é produto-
favorecida.
K2Cr2O7(aq) + 6 KI(aq) + 7 H2SO4 (aq) → 2Cr3+ + 8 K+ + 7 SO4-2 + 3I2 + 7 H2O
Solução inicial: laranja Solução final: laranja escuro
No tubo 3:
5 gotas de Fe(NO3)3 0,5 mol/L + 1 gota de H2SO4 0,5mol/L + 2 ml de KI 0,5 mol/l
Fe3+(aq) + e– Fe2+
(aq) Eº = 0,771V
I2(s) + 2 e – 2 I – (aq) Eº = +0,535V
2 Fe3+(aq) +2 I–
(aq) 2 Fe2+(aq) + I2(s)
Nesta situação há que se efetuar a multiplicação a fim de balancear as
cargas.
De uma cor amarelo bem claro a solução passou para um laranja escuro
fomando o iodo depois de ser agitada.
2 Fe(NO3)3(aq) + 2 KI(aq) + H2SO4(aq) → 2 Fe2- + 2 K+ + 2 I- + 6 NO-3 + SO4
-2 + H2O
Solução inicial: amarelo claro Solução final: laranja escuro