Parte 2 Fundamentos macroeconômicos Sessão 3 - ie.ufrj.br · 2 Sumário 1. Demanda efetiva 2....
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Transcript of Parte 2 Fundamentos macroeconômicos Sessão 3 - ie.ufrj.br · 2 Sumário 1. Demanda efetiva 2....
2
Sumário
1. Demanda efetiva
2. Pensamento Keynesiano
3. Pensamento Kaleckiano
4. Monetarismo
5. Economia Novo-clássica
6. Modelos de ciclos reais de negócios
7. Economia Novo-keynesiana
8. Economia Pós-keynesiana
9. Economia do Lado da Oferta
10. Equivalência Ricardiana
11. Síntese
Bibliografia
3
5. Corrente Novo-clássica (Lucas, 1972; Sargent, 1975)
� Abordagem do ciclo econômico que retorna à visão clássica de que, mesmo no curto prazo, deslocamentos na curva de demanda agregada afetam apenas o nível de preços agregado, e não o produto agregado
� Crítica à intervenção do Estado
4
Corrente Novo-clássica, cont...
� Seguem tradição monetarista� Papel-chave: taxa natural de desemprego
� Introduzem correção de erros sistemáticos de previsão da inflação pelos agentes econômicos
� Não há ilusão monetária � expectativas racionais
� Inflação: fenômeno essencialmente monetário
5
Teoria das Expectativas Racionais (TER)
� Teoria da formação de expectativas que diz que os indivíduos e as firmas tomam decisões ótimas (otimizam decisões) usando toda a informação disponível
6
Contraponto ao monetarismo
� Curto prazo: Negam efeito de aumento da oferta de moeda sobre aumento de renda real e emprego
� Ou seja, ∆M => ∆P (e só)� Substituem expectativas adaptativas por expectativas racionais (TER)
� TER: agentes econômicos não se iludem, não se deixam enganar� Não confundem mudanças do nível geral de preços com mudanças de preços relativos
� Somente políticas monetárias não esperadas podem ter feito sobre lado real
7
Formação de expectativas
� Não se guiam por informações do passado
� Informações somente do presente� Não repetem erros do passado� Erros: f (informações incompletas ou imperfeitas)
� Problema: choques não antecipados� Informações não divulgadas sobre políticas governamentais
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Corrente Novo-clássica: síntese
� Agentes corrigem expectativas� Atualização de informações
� Neutralizam ação do governo� Garantem convergência entre
� inflação esperada e efetiva� Desemprego efetivo e a taxa de equilíbrio
� Questão-central: condenam políticas intervencionistas� Neutralidade monetária� Não: política monetária e fiscal expansionista
� Inflação� instabilidade
9
6. Modelos de ciclos reais de negócios
(Barro, 1989)
� Agentes econômicos otimizam
� Mercados se equilibram
� Mercado de trabalho sempre em equilíbrio
� Não há desemprego involuntário (contraste com
teoria keynesiana)
� Todo desemprego é voluntário
� Flutuações CP: f (choques pelo lado da oferta, lado
real)
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Questões-chave
� Flutuações: f (choques reais - oferta agregada)� Choques reais:
� tecnologia� lei ambiental� variação preços das matérias-primas� variação de tributos� Substituição intertemporal (L e lazer)
� Demanda agregada: irrelevante� Flutuações econômicas: processo de ajuste frente a
choques de produtividade� Mudanças de preços relativos geram ajustes na
demanda
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Flutuação é processo de ajuste
� Flutuação: contínuo equilíbrio de pleno emprego que
responde a choques de oferta
� Livre funcionamento do mercado: fundamental para
o ajuste
� Intervenção governamental é contraproducente
� Política monetária é ineficiente: moeda é neutra
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Choques e expectativas racionais
� Expectativas racionais � Política monetária antecipada não tem efeitos reais
� Produto real: passeio aleatório� Flutuações em torno do produto potencial
� produto está sempre no nível de pleno emprego
� Choque de demanda: não é fonte importante de flutuação
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Choque de oferta e flutuação do produto (potencial)
� Choque tecnológico => aumento de produtividade => aumento Wreal => oferta de trabalho => produto potencial
� Substituição intertemporal: mais trabalho no presente, mais lazer no futuro
� Política tributária: aumento alíquota mgreduz oferta de trabalho => reduz produto potencial
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Foco da política macroeconômica
� Política monetária: focada no controle da inflação
� Política fiscal: tem efeito via lado da oferta� Tributo afeta comportamento otimizador de capitalistas e trabalhadores
� Minimizar distorções de políticas tributária e fiscal
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7. Economia Novo-keynesiana(Blanchard e Summers, 1986; Mankiw e Romer, 1991)
� Diversidade de modelos� Foco: aperfeiçoar bases microeconômicos do keynesianismo
� Modelo keynesiano� Explicar desemprego involuntário� Papel-chave: demanda agregada� Hipótese: rigidez do dalário nominal� Queda DA => queda demanda L => com Wnom fixo => queda Y => queda N
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Elementos em comum dos modelos novo-keynesianos
Keynesianatradicional
� Concorrência perfeita mercados de produtos
� Rigidez salário nominal
Novo-keynesiana
� Concorrência perfeita mercados de produtos
� Rigidez salário nominal e de preços dos produtos
� Rigidez real do salário real
� Rigidez preços relativos
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Tipos de modelos novo-keynesianos
A. Preços rígidos (custo do menu)
B. Salário-eficiência
C. Incluído-excluído e histerese
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A. Preços rígidos (custo do menu)
� Salário monetário rígido� Ajuste macro: produto e emprego� Concorrência imperfeita: com queda daDA - preços constantes dos bens
� Com queda de DA: custo da mudança de preços > benefícios� Novas tabelas� Perda de prestígio (somente com var. custos)� Evitar guerra de preços
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Questão-central
Com rigidez de preços no mercado de produtos
� Queda de DA implica reduções significativas do produto e do emprego e aumento da taxa de desemprego
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B. Modelos de Salário-eficiência
� Eficiência = f (salário real)� Índice de eficiência de L: e = e(W/P) � Função de produção: Y = f (K, e(W/P)N)
� W/P estimula produtividade� Desestimula faltas� Reduz rotatividade� Melhora estado de ânimo do trabalhador
� Salário-eficiência: nível ótimo de salário-real (W/P)
∆e (%) = ∆(W/P) (%)
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Salário-eficiência e desemprego involuntário
� W/P definidos acima dos níveis de equilíbrio em muitos setores
� Quando demanda de L cai, trabalhadores continuam procurando emprego no setor de altos salário (onde há e)
� Portanto: choque (monetário) => queda DA [com rigidez nominal de preços dos produtos e do salário real] => ausência de ajuste via preços de produtos e fator L => ∆desemprego involuntário
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C. Modelos Incluído-excluído e histerese
� Armadilhas de desemprego e histerese
� Histerese: choque => afastamento da variável do valor inicial; choque termina e variável não retorna ao valor inicial
� Persistência de altas taxas de desemprego mesmo na ausência da causa
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Mercados imperfeitos
� Mercados imperfeitos� produtos (oligopólios) e L (sindicatos)
� Distinção-chave� Incluídos (LI)= sindicalizados� Excluídos (LE)= não sindicalizados
� Custo de substituição de LI por LE� recrutamento e treinamento
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Incluídos, W/P alto e desemprego
� Incluídos negociam W/P alto => desemprego de excluídos (cai NE)
� Recessão => desemprego de incluídos -(cai de LI para L´I), que saem do sindicato e viram excluídos
� Recuperação econômica => sindicato negocia W/P mais alto para os incluídos (L`I) (agora em menor número) => emprego mais baixo do que antes da recessão (histerese)
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8. Economia Pós-Keynesiana(Arestis, 1992)
� Mercado livre: não é autorregulável� Leva em conta: história e instituições
� Aspectos-chave: � instituições dominantes� mercados imperfeitos� distribuição de renda
� Posição central: Demanda efetiva
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Fundamentos
� Estrutura de mercado: monopólios e oligopolólios
� Poder de mercado: gera excedente� Classes: L, K� Conflito de classes: fundamental� Renda = W + P� Excedente (lucro) � expectativas => investimento
� Expectativas � LP: produção-demanda� CP: preços dos ativos financeiros
27
Fundamentos, ...
� Incerteza: expectativas podem ser frustradas
� Informação incompleta� Análise do desequilíbrio� Mudanças ao longo do tempo� Instabilidade intrínseca
� variável-chave: investimento
28
Determinantes do investimento
� Grandes empresas� Preço = (1+p) Custo� p = mark-up� Lucro = f (luta de classes)� I = f (lucro esperado)� Financiamento: I => Lucro => recursos para financiamento
I = f (EMC, crescimento esperado das vendas)
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Cont...
� EMC: determina investimento focado na redução de custos
� crescimento esperado das vendas: determina investimento focado em ∆K
� Mais importante determinante de I: crescimento esperado das vendas
Entra em cena: “animal spirits” na formação de expectativas
30
Investimento e distribuição
� Distribuição salários/lucros depende� Taxa de investimento: I/Y� Propensão marginal a consumir (1-s)
� Distribuição afeta crescimento� Propensão a poupar média (s) depende das propensões de� Capitalistas� trabalhadores
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Curto prazo e longo prazo
� Longo prazo� Tendências seculares
� Curto prazo� Comportamento cíclico
� Comportamento cíclico: desvio da tendência
� Interdependência: tendência e ciclo
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Ciclo
� Ciclo inerente ao capitalismo� Fenômeno endógeno� Choques de oferta: secundários, reforçam instabilidade
� Determinantes principais: investimento e expectativas
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Moeda e crédito
� Crédito: papel central� Crédito mais importante que moeda � Moeda endógena� Autoridade monetária:
� Ajustar oferta moeda� Controlar taxa de juro� Criar estabilidade financeira� Desestimular especulação financeira
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Implicações de política econômica
� Mercado não reduz desigualdade� Capitalismo: intrinsecamente instável� Abaixo do pleno emprego� Variável-chave: investimento
� Expectativas voláteis
� Intervenção governamental: fundamental� Função primordial: estabilizadora (DA) � Função distributiva: W vs lucros� Função alocativa: lado da oferta (OA)
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Bibliografia
� Screpanti, E., Zamagni, S. An Outline of the History ofEconomic Thought. Oxford: OUP, 2005.
� Blaug, M. Economic Theory in Retrospect. Cambridge: Cambridge University Press, 4ª edição, 1985.
� Snowdon, B, Vane, H. R. Moderno Macroeconomics. ItsOrigins, Development and Current State. Chletenham, UK: Edward Elgar, 2005.
� Krugman, P., Wells, R. Introdução à Economia. Rio de Janeiro: 2007.
37
Bibliografia, cont...
� Froyen, Richard T. Macroeconomia. São Paulo: Editora Saraiva, 1999.
� McConnell, C. R., Brue, S. L. Macroeconomia. São Paulo: LTC, 2001.
� Stiglitz, J. E., Walsh, C. E. Economics. New York: W. W. Norton & Company, Inc., 2002.
� Mankiw, N. G. Macroeconomics. New York: WorthPublishers, 2009.
� Além, A. C. Macroeconomia. Teoria e Prática no Brasil. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 2010.