Parceria de cuidados em pediatria: fragilidades no...

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Parceria de cuidados em pediatria: fragilidades no processo negocial 8 a 10 de maio, 2014 8.º Seminário Internacional de Investigação em Enfermagem, Universidade Católica Portuguesa Centro Regional do Porto Goreti Mendes 1 Beatriz Araújo 2 Manuela Martins 3 1 Universidade do Minho, Escola Superior de Enfermagem 3 Universidade Católica Portuguesa, Porto 3 Escola Superior de Enfermagem do Porto

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Parceria de cuidados em pediatria: fragilidades no

processo negocial

8 a 10 de maio, 2014

8.º Seminário Internacional de Investigação em Enfermagem, Universidade Católica Portuguesa

Centro Regional do Porto

Goreti Mendes1 Beatriz Araújo2 Manuela Martins3

1Universidade do Minho, Escola Superior de Enfermagem

3Universidade Católica Portuguesa, Porto

3Escola Superior de Enfermagem do Porto

INTRODUÇÃO

8 a 10 de maio, 2014

8.º Seminário Internacional de Investigação em Enfermagem, Universidade Católica Portuguesa

Centro Regional do Porto

Apesar de ser hoje aceite e amplamente reconhecida, a importância do envolvimento da

família como parceira no processo de cuidados, na realidade, subsiste uma variabilidade na

forma como a parceria de cuidados é (in) configurada na prática. Os enfermeiros têm

dificuldade em negociar o envolvimento dos pais no processo de cuidados e a ausência desta

negociação pode obstaculizar a parceria de cuidados.

OBJETIVO

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Centro Regional do Porto

Analisar constrangimentos ao desenvolvimento da parceria de cuidados, mediante uma

abordagem centralizada na opinião dos participantes e na observação participante.

MATERIAIS E MÉTODOS

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Estudo de natureza qualitativa, fundamentado teoricamente no interacionismo simbólico.

Foi usada como metodologia de referência a Grounded Theory.

Elegemos a entrevista semiestruturada e a observação participante como técnicas de

colheita de dados.

Participaram no estudo 12 enfermeiros da unidade de pediatria de um hospital do norte do

país e 18 mães/pais presentes no internamento.

A amostra foi definida tendo em conta o critério da saturação dos dados.

O corpus de dados foi submetido a análise de conteúdo através do recurso ao software

NVivo8.

PERFIL DOS PARTICIPANTES

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Perfil dos Enfermeiros

Exercício profissional

[2-30 anos]

Média: 12,5 anos

Género (91,8% sexo feminino)

Idade [24-51 anos]

Média: 34,7 anos

Experiência em pediatria [2-24 anos]

Média: 9,3 anos

Perfil dos Pais

N.º de filhos (50% com 2 filhos)

Género (91,8% sexo feminino)

Idade [27-42 anos]

Média: 35,4 anos

Experiencia prévia de internamento (77,8%)

Perfil das crianças alvo dos cuidados

Diagnóstico (22,2% infeção respiratória

Idade [3 meses-10 anos]

Tempo de internamento

[5-23 dias]

Média: 8,2 dias

RESULTADOS/DISCUSSÃO

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Do confronto com o domínio da concetualização da parceria pelos participantes, os achados

da observação revelaram fragilidades no processo negocial.

DISCURSOS

OBSERVAÇÃO

RESULTADOS/DISCUSSÃO

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A negociação é uma dimensão fundamental na determinação em conjunto, dos objetivos e da

clara definição de papéis1.

Os enfermeiros devem ser pró-ativos no estabelecimento de uma comunicação eficaz com os

pais, tornando-se mais hábeis em negociação2.

Muitas negociações não podem chegar a acordos de integração de qualidade por causa de

desequilíbrios de poder3.

_______________________ 1 (Neves & Ferreira, 2011)

2 (Corlett & Twycross, 2006)

3 (Wei & Luo, 2012)

CONCLUSÃO

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A parceria de cuidados poderá ser um desafio a conseguir se sustentada numa boa prática

de cuidado sensível ao processo de negociação, onde as habilidades de comunicação e de

relação interpessoal, a simetria de poder na relação e uma clara definição de papéis

assumam a centralidade do processo.

ORIENTAÇÕES PARA A PRÁTICA

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- Estimular os enfermeiros a aplicar o conhecimento adquirido

- Refletir sobre as práticas do quotidiano, sobre a forma de expressar no agir o que são cuidados de enfermagem em parceria.

Enfermeiros

- Passagens de turno

- Manter vivo o

movimento,

conhecimento-ação-

reflexão-avaliação-ação.

Organização dos cuidados

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CORLETT, Jo and TWYCROSS, Alison. Negotiation of Care by children´s nurses: lessons from research.

Pediatric Nursing, 2006, vol. 18, n.º 8, p.34-37.

NEVES, José, and FERREIRA, José. Poder, conflito e negociação. In FERREIRA, José; NEVES, José and

CAETANO, António. Manual de psicossociologia das organizações. Lisboa: Escolar Editora, 2011,

p.571-602.

WEI, Qingwang and LUO Xiaolu. The Impact of Power Differential and Social Motivation on Negotiation

Behavior and Outcome. Public Personnel Management, 2012, vol. 4, n.º 5, p. 47-58.

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OBRIGADA PELA ATENÇÃO DISPENSADA

Para mais informação:

Goreti Mendes

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