Parasitoses Intestinais. Parasitoses intestinais. Problema frequente de saúde pública. Baixa...
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Parasitoses intestinais.
Problema frequente de saúde pública.Baixa mortalidade.Alta morbidade.Ligado às condições de higiene / infraestrutura de moradia, esgotamento sanitário, fornecimento de água e alimentação.
Medidas preventivas.Tratamento profilático?
Helmintíases intestinais Nematóides
AncilostomíaseAscaridíaseEnterobíase/OxiuríaseEstrongiloidíaseTricuríase
Cestóides: HimenolepíaseTeníase
Ancilostomíase
Necator americanus: cerca de 1cm, 9 mil ovos/dia, prefere regiões mais quentesAncylostoma duodenale: tamanho um pouco maior, elimina 20 a 30 mil ovos/dia, tolera temperaturas mais baixas. Manifestações clínicas: dependem etapa migração e do número de vermes presentes
Pele: eritema e prurido Árvore respiratória: bronquite e/ou pneumonia Ap. Digestivo (duodeno): lesões mecânicas e
expoliação sanguínea
AncilostomíaseDiagnóstico:
Hemograma: anemia e eosinofilia (tende a diminuir com o tempo de parasitismo)
Exame parasitológico de fezes:Faust (flutuação em sulfato de zinco)Willis (flutuação em cloreto de sódio)Stoll (quantificação)
Tratamento: Mebendazol - 100mg 12/12h por 3 diasAlbendazol - 400mg dose única p/
ancilostoma e por 2-3 dias p/ necator
Larva migrans cutânea
Ancilostoma brasiliense e Ancilostoma caninumTratamento:
Tópico: tiabendazol cremeCasos mais graves: Albendazol – 400mg
por 3 a 5 dias
Ascaridíase – Ascaris lumbricoides
Ovos no solo: 2-3 semanas para se tornarem infectantes
Produção ovos: 60-75 dias após ingestão.
Verme adulto vive > 1 ano
Ascaridíase10-40 cm (fêmea > macho)Quadro clínico:
No trajeto inicial (ingesta - mucosa delgado -veia porta - pulmão) é assintomática
No pulmão: S. Loeffler (dura +/- 1 semana). As larvas deglutidas transformam-se em vermes adultos no tubo digestivo (2-3meses)
Manifestações GI: dependem do número de vermes (desconforto/distensão abdominal, vômitos ocasionais)
Podem ocorrer complicações cirúrgicas como a oclusão intestinal (mais comum), obstrução de vias biliares e apendicite (mais raras).
AscaridíaseDiagnóstico:
Hemograma: eosinofilia (>na fase larvária) Na S. Loeffler a larva pode ser encontrada no
escarro ou no lavado gástrico EPF: Faust (ovos férteis - leves) ou sedimentação
espontânea (ovos inférteis) Não é rara a eliminação do verme adulto
Tratamento: Levamisol ou tetramisol (adultos: 150mg e crianças:
40mg(15 – 21Kg), 80mg(21-60kg), dose única) Mebendazol ou Albendazol
Enterobíase (E. vermicularis)
Fêmea: 8-12 cm Macho: 2-5 cm (X 0,5mm)É mais comum em regiões temperadas: > viabilidade dos ovos (6 sem), < freqüência banhos e troca de roupas.Alta freqüência de infecções inaparentes (5-65%). Prurido noturno perianal e vulvar.Diagnóstico: vermes visíveis na região perianal
Raramente cursa com eosinofilia (5-15%). Identificação através coleta com fita gomada –
positividade 55-88% casos.Tratamento:
Pamoato de pirvínio (10mg/kg em dose única) Mebendazol Albendazol (10mg/kg ou 400mg - dose única)
Tricuríase4 cm comprimento (fêmea pouco maior)Taxa média de prevalência no BR: 40%Infecção assintomática é a regraSintomatologia inespecífica, associada a grande parasitismo (>10000ovos/g fezes), crianças pequenas e desnutridas: insônia, irritabilidade, às vezes diarréia, disenteria.Diagnóstico:
Eosinofilia moderada (5-20%) é comumEPF: Hoffman (sedimentação espontânea) ou
FaustTratamento: Mebendazol, Albendazol (3d?)
EstrongiloidíaseFêmea: 1,5 mm Macho: 0,7 mm.As fêmeas partenogenéticas tem 2,5mm e são ovovivíparasSão freqüentes as infecções inaparentes. Sintomas: diarréia alternada ou não com obstipação intestinal, dor abdominal, cefaléia, irritabilidade, asteniaPode ocorrer disseminação das larvas nas hiper-infecções, que habitualmente ocorrem em imunocomprometidos. Excepcionalmente pode haver evolução das larvas para verme adulto ain-da nos pulmões – atelectasias e opacificações associadas à S. Loeffler.
EstrongiloidíaseDiagnóstico:
Eosinofilia variável: 8-40% EPF: métodos de Baermann e Rugai.
Tratamento: Cambendazol: 5mg/kg dose únicaTiabendazol: 50mg/kg/dia, dividida em duas
tomadas, por 2-3 dia Ivermectina: 200μg/kg/dia por 2 diasAlbendazol: 400mg 2x/dia por 3-7dias (taxas
de cura de 38-80%)
TeníaseTaenia solium2-3 cm, podendo chegar a 9 cm. São eliminados cerca de 800 proglotes em cadeias, menos comumente com as fezes. Ingestão de carne suína. A ingestão de ovos se associa à cisticercose.Taenia saginata4-12 cm, podendo chegar a 25 cm. Proglotes móveis e eliminados isoladamente. Ingestão de carne bovina.O único hospedeiro do verme adulto é o homem, portanto são as fezes humanas com proglotes grávidos cheios de ovos ou ovos livres os responsáveis pela contaminação de solo, água e vegetais.
TeníaseQuadro clínico: dor abdominal, cólicas, diarréia, cefaléia, inapetência, insônia, irritabilidade. Diagnóstico:
Eosinofilia: 6-13% Método da fita gomada e tamização são os
melhores. Não é incomum o paciente trazer os proglotes para o
médico.Tratamento:
Praziquantel – 10mg/kg em dose única Clorsalicilamida –dose única
< 2 anos: 500mg 2-6 anos: 1g >6 anos: 2g
HimenolepíaseHymenolepis nana (20-40 mm)Hymenolepis diminuta (30-60 mm) – parasita habitual do ratoComo a sobrevivência dos ovos no meio ambiente é curta (até 10dias), o mais importante na transmissão é o “fecalismo” ou autoinfecção externa (“doença das mãos sujas”).Quadro clínico: dor abdominal, diarréia, anorexia, perda de peso e cefaléiaDiagnóstico: métodos de Hoffman ou FaustTratamento: só do H. nana
Praziquantel – 25mg/kg dose única, repetir com 10 dias.
Clorsalicilamida – 1,0g pela manhã por 6 dias consecutivos (adultos).
Giardíase (Giardia lamblia)Apenas os cistos são infectantes por VO (trofozoítas são destruídos pH estômago)Raramente causam dano epitelial ou invadem a mucosa. Não há disseminação hematogênicaQ. Clínico:
Maioria - infecções assintomáticasDiarréia (intensidade variável) aguda ou crônica
-fezes líquidas, espumosas, mal cheirosas e gordurosas, sem sangue ou pús. Períodos de evacuações normais ou de obstipação.
Pode haver emagrecimento, náuseas, vômitos, desconforto (distensão) abdominal e cólicas, flatulência.
GiardíaseDiagnóstico: Em amostra de fezes:
Pesquisa de ovos/trofozoítas (+ 50-90%) Imunoensaios: ELISA (detecção de Ags) ou uso de Abs
monoclonais fluorescentes para detecção de cistos (+/- 100% sensib.especif.)Trofozoítas podem ser encontrados duodenoTratamento:
Tinidazol: 2g dose única Metronidazol:
20 mg/kg/d 3x/d x 7 dias. 250mg 8/8h por 5-7 dias
Albendazol 400mg/d x 5 dias.
Giardia lamblia (G. intestinalis)OVOS
a fresco
Hematoxilina férrica
TROFOZOÍTAS
tricromo
Hematoxilinaférrica
AmebíaseE. dispar: comensal /colon/portador assintomáticoE. histolytica: virulência variável (+/- 10% casos)Lesão intestinal: úlcera mucosa colônicaFormas extraintestinais:
Abscesso amebiano.
AmebíaseQuadro clínico: Formas intestinais:
Assintomática: mais comum, achado de cistos no EPF
Oligossintomática: discretas alterações do ritmo intestinal, cólicas, flatulência e náuseas
Disentérica: fezes líquidas com sangue,em 1/3 dos casos há prostração, toxemia e febre associada. Complicações: apendicite, colite fulminante, perfuração e hemorragia.
Crônica: quadro diarréico intermitente em geral após quadro disentérico inicial
Ameboma: reto, reto-sigmóide ou ceco
AmebíaseDiagnóstico:
Exame fezes – detecção Ag ou do protozoário Colonoscopia (imunofluorescência) Sorologia: Enzima-Imunoensaios (+ 70%)
Tratamento: O Metronidazol é eficaz para todas as formas de
amebíase, devendo ser usado: Adultos: por 10 dias em doses variáveis de 500-
750mg a cada 8 horas, conforme a forma clínica; Crianças: 35mg/kg/dia em 3 doses x 5 dias.
Nas formas intestinais pode ser usado o Tinidazol (2,0g/dia por 2 dias) ou o Secnidazol (2,0g em dose única)Aconselha-se o tratamento dos assintomáticos para redução da transmissão da protozoose.
Esquistossomose mansônica
No mundo 6 espécies.Schistosoma mansoni.Schistosoma japonicum.Schistosoma haematobium.Schistosoma mekongi.Schistosoma malayensis.Schistosoma intercalatum.
Grande endemia no Brasil.
Esquistossomose mansonica
Formas clínicas.Dermatite cercariana.Aguda.Crônica.
Intestinal.Hepática.Hepatoesplênica compensada.Hepatoesplênica desconpensada.