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PARALELO 28° SUL, GEOTURISMO EM PROL DO
DESENVOLVIMENTO ENDÓGENO
João Henrique Quoos (a), Adriano Severo Figueiró (b)
(a) Câmpus Garopaba, Instituto Federal de Santa Catarina, [email protected]
(b) Departamento de Geociências, Universidade Federal de Santa Maria,
Eixo: Geoarqueologia, Geodiversidade e Patrimônio Natural
Resumo
O presente trabalho buscou destacar o potencial do Geoturismo para o desenvolvimento
endógeno em Garopaba, SC. Para isso foram relatadas algumas características interpretativas do
município no que tange a sua Geodiversidade e desenvolvido um aplicativo na plataforma Android
com o intuito de estimular a interpretação sobre um ponto de vista dos elementos da paisagem
natural, sendo o mesmo disponibilizado gratuitamente. Com quase um ano de uso do aplicativo
além de divulgar e auxiliar no Geoturismo foi possível reconhecer algumas ações da comunidade
que permeiam características do desenvolvimento endógeno. Com essas ações é possível destacar
como as instituições de ensino voltadas a formação regional colaboram com o acesso a informação
e na melhoria da interpretação e conservação do espaço natural, elementos importantes para o
desenvolvimento endógeno.
Palavras chave: garopaba, geoturismo, desenvolvimento endógeno, aplicativo móvel
1. Introdução
1.1. Paralelo 28º Sul
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As diversidades na paisagem estão ligadas a fatores humanos e geográficos como a
localização. Não é um determinante, mas dentro da Geografia faz muito sentido usar-se das
linhas imaginárias: paralelos e meridianos e/ou das coordenadas geográficas para buscar
compreender parte da gênese da paisagem. A localização geográfica, principalmente por causa
da latitude afeta o clima que por sua vez condiciona a paisagem natural e reflete na distribuição
das espécies de seres vivos. E isso vai além da Geografia como, por exemplo, quando um
enólogo consegue descrever um vinho baseado na indicação dos paralelos geográficos da área
de produção das uvas. Só o Paralelo não indica a localização geográfica exata de um lugar, mas
acaba por ilustrar a que porção da Terra, em relação ao norte ou ao sul localiza-se uma região,
pois faz referência a latitude que é o ângulo de 0° a 90° entre o equador e os pólos.
Por essa importância nos estudos das relações entre a distribuição das espécies de seres
vivos e as características climáticas aliadas a gênese da diversidade da paisagem é que podemos
trazer para o Turismo nomes utilizados na localização geográfica. Com isso o presente trabalho
faz uso do título “Paralelo 28º Sul” para referenciar o município de Garopaba em Santa Catarina
(Figura 1). Ao sul da capital Florianópolis o município de Garopaba está localizada sob a linha
imaginária de latitude 28° no Hemisfério Sul, possui uma grande geodiversidade que colabora
para destacar o patrimônio natural do município e potencializa o turismo.
Figura 1 – Localização de Garopaba, SC. Imagem de satélite: Sentinel 2 RGB 4-3-2, data: 7 set. 2018.
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O turismo devido ao patrimônio natural no município já acontece desde a década de
1970 quando a pequena comunidade pesqueira passou a receber atenção para o mesmo, mas
principalmente por causa da prática do surf onde a qualidade das ondas está aliada a beleza da
paisagem local. E desde então a economia do município busca se voltar ao turismo de sol e mar
(COSTA, 2016). Essa prática refletiu numa organização do espaço a favor de uma economia
exógena e urbanizadora em Garopaba que passa então a receber investimentos de outros
municípios, estados e países, principalmente para aplicações imobiliárias, criação de novos
loteamentos e condomínios que de forma indireta afetam a preservação do patrimônio cultural
e natural e ampliam a gentrificação.
No cotiano do município a subordinação de Garopaba a um modelo de desenvolvimento
capitalista e sua necessidade incessante de ampliação urbana implica em um processo de
constante crescimento baseado na destruição e reconstrução do lugar, com graves impactos
sociais, ambientais e efeitos políticos associados a essa dinâmica que não buscam preservar a
paisagem (JACOMEL, 2012).
Uma alternativa a esses processos exógenos que realizam a perda do patrimônio
cultural e natural de Garopaba é o fortalecimento de um Geoturismo em prol do
desenvolvimento endógeno. Essa estratégia faz parte das ações que já são realizadas pelo grupo
de Pesquisa PANGEA (Patrimônio Natural, Geoconservação e Gestão da Água) do PPGGEO
(Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Santa Maria). O
Geoturismo é uma vertente do turismo e permite a compreensao da diversidade presente na
paisagem muito além da simples avaliação estética da presença da praia e do mar, além do quê,
ocorre aliado a educação ambiental promovendo a sua divulgacao e o desenvolvimento das
ciências da Terra (NASCIMENTO;RUCHKYS E MANTESSO-NETO, 2007)
O mesmo é a favor do desenvolvimento endógeno porque, em primeiro lugar, trata-se
de explorar o potencial de desenvolvimento do local e determinar os fatores potenciais, endo
esses fatores potenciais de natureza ecológica mas com foco econômico e sociocultural. Deve-
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se agir na matriz social, promover o desenvolvimento humano através da educação e formação
profissional e com isso obter a preservação do patrimônio cultural e natural. Com o intuito de
atender esses princípios o presente trabalho apresenta algumas metodologias adotadas em
Garopaba, SC que repertiram na melhoria da interpretação da paisagem, na valorização do
espaço natural por meio da comunidade e das pessoas envolvidas no turismo do município.
1.2. O reconhecimento da Paisagem
O que se compreende de paisagem não se refere apenas ao que é observável pois o
conhecimento dos fenômenos e processos menos visíveis são essenciais para uma cognição
mais ampla. Desta forma, conforme Ab’Saber (2003) podemos afirmar que “As paisagens têm
sempre o caráter de herança de processos (fisiográficos e biológicos), de atuação antiga,
remodelados e modificados por processos de atuação recente. Assim sendo, as paisagens são
uma herança, um patrimônio coletivo dos povos que, historicamente os modificaram ao longo
do tempo e do espaco” (AB’SÁBER, 2003, p.9).
1.3. A percepção da Paisagem em Garopaba
A percepção humana por imagens sobre a paisagem evoluiu com o advento do
Sensoriamento Remoto e recentemente com a presença de humanos em órbita na Terra. Tanto
que virou tema de série como o One Strange Rock (National Geographic, 2018). A série é um
documentário em 10 episódios, estadunidense, que narra a história do planeta Terra e conta com
um grupo de astronautas que viram a paisagem de uma forma mais ampla da Terra onde narram
as memórias pessoais de nosso planeta vistas do espaço.
Parte dessas imagens que temos da Terra não foram registradas só por satélites, mas
sim por fotografias realizadas em câmeras fotográficas, nas mãos dos astronautas em órbita no
planeta enquanto deslumbravam a paisagem da Terra. Hoje essas imagens são disponibilizadas
em um acervo online por meio do sítio eletrônico "The Gateway to Astronaut Photography of
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Earth" (http://eol.jsc.nasa.gov/). A figura 2 é uma dessas fotos, com Garopaba, SC ao centro e
municípios vizinhos.
Figura 2 – NASA Foto ID ISS020-E-20401, Distância focal 400mm, Data de captura 12 de julho de 2009.
Hora:14:58:31. Centro da foto 28.0° S, 48.6° W, Altitude da nave: 352km.
Fonte: (https://eol.jsc.nasa.gov/SearchPhotos/photo.pl?mission=ISS020&roll=E&frame=20401)
Se pensarmos, cada cena fotográfica obtida em órbita pode dar uma noção da
paisagem. A figura 2 exclusivamente mostra o quando é variado a paisagem de Garopaba, SC
a ponto de ser registrada por um astronauta em um momento de contemplação da superfície do
planeta. Outra grande contribuição para explicar melhor a paisagem local é de Ab’Saber (2006):
De Garopaba, Imbituba à borda sul da lagoa (Laguna).
Região de praias sincopadas, entre esporões de maciços costeiros que
foram paleoilhas. Pequenas lagoas no reverso dos maciços costeiros,
entre feixes de restingas de antigas enseadas marinhas. Grandes
possibilidades para um ecoturismo interno, se bem gerenciado e
conduzido. Presença de campos de dunas subatuais, fixadas por
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vegetação rupestre semiarbórea, de grande biodiversidade, a serem
melhor protegidas.
Tanto uma contribuição (imagem) como a outra (texto) não são de fácil acesso para
que a maioria das pessoas promovam a proteção do patrimônio natural. Reconhecer que existem
vários formas de apresentar a paisagem como um patrimônio e buscar difundi-la pode ser um
mecanismo ao desenvolvimento endógeno.
1.4. O desenvolvimento endógeno
O desenvolvimento endógeno é um modelo de desenvolvimento que busca melhorar
as capacidades internas de uma região ou comunidade local. Para que possam ser usados para
fortalecer a sociedade e sua economia de dentro para fora precisa ser independente, para que
seja sustentável ao longo do tempo (HERRERA, 2005). Para a autora é necessário ressaltar que,
no desenvolvimento endógeno, o aspecto econômico é importante, mas só é importante para o
desenvolvimento integral do coletivo e do indivíduo: nas esferas moral, cultural, social, política
e tecnológica.
Herrera diz que é preciso reconhecer o potencial endógeno (potencial de
desenvolvimento regional), assim como o fortalecimento do Geoturismo só vai acontecer com
reconhecimento das possibilidades em uma esfera espacialmente delimitada, mais articulada
com a comunidade. Aí entra a educação ambiental com o fortalecimento das habilidades e
talentos específicos do lugar ligados ao reconhecimento e valorização do patrimônio natural.
2. Materiais e Métodos
2.1 Desenvolvimento de aplicativo de interpretação para o Geoturismo.
A partir dos dados coletados por Quoos & Figueiró (2018) foi desenvolvido um
aplicativo de interpretação do patrimônio natural e cultural para colaborar com o Geoturismo e
contou com a colaboração do Laboratório MAGE (Meio Ambiente e Geomática) do IFSC
(Instituto Federal de Santa Catarina) câmpus Garopaba que forneceu por meio do projeto
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CNPq-SETEC/MEC Nº 17/2014 “Plataforma de tecnologia móvel para aplicacao na
inventariação da oferta turística do município de Garopaba, SC” apoio técnico para o
desenvolvimento e em parceria com o LAGED (Laboratório de Geoecologia e Educação
Ambiental) da Geografia UFSM.
Para o desenvolvimento do aplicativo foi utilizado uma plataforma híbrida,
desenvolvida com as linguagem HTML5, CSS e JavaScript. Pois são tecnologias mais
acessíveis, fáceis de produzir e envolve o mesmo desenvolvimento de páginas para Internet. O
HTML5 é a quinta versão da linguagem para estruturação e apresentação de conteúdo para a
World Wide Web, a sigla vem de HyperText Markup Language que significa Linguagem de
Marcação de Hipertexto já o CSS é Cascading Style Sheets um simples mecanismo para
adicionar estilo (cores, fontes, espaçamento, etc.) a um documento web produzido em HTML
e o JavaScript é uma linguagem de programação interpretada utilizada em conjunto com HTML
que permite a gestão das ações dentro do aplicativo.
Um aplicativo híbrido, tipicamente, envolve o conteúdo de HTML dentro de uma
espécie de navegador, funcionando em tela cheia, sem a barra de endereço visível ou outras
funcionalidades embutidas do navegador (MATOS & SILVA, 2016). A adaptabilidade da
aplicação para telas e aparelhos diversos como smartphone e tablet, envolve a diagrama do
layout HTML em formato responsivo, que consiste em redimensionar, ocultar, encolher,
ampliar ou mover o conteúdo para torná-lo mais atraente em qualquer tela. Por envolver acesso
a mapas e ilustrações em diversos formatos de escala a produção do aplicativo contou com o
uso de uma biblioteca JavaScript denominada de Leaflet de código livre e é uma das bibliotecas
mais utilizadas para criar aplicativos de mapeamento. A biblioteca JavaScript Leaflet permite
exibir em mosaico as camadas de imagens e assim tornar interativa a navegação inclusive com
marcadores.
Depois de desenvolvida toda a navegação em HTML com os mapas e ilustrações o
aplicativo híbrido é compilado no Sistema Phonegap Build da Adobe, plataforma online que
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oferece uma forma gratuita de compilar aplicativos de celular. Neste trabalho a aplicação foi
desenvolvida para funcionar em aparelhos com a plataforma Android. Assim, com o arquivo
APK (Android Package) que é um formato da versão de instalação destinado ao sistema
operacional Android desenvolvido na Sistema Phonegap é possível disponibiliza-lo nas lojas
de aplicativos da Google Play Store fonte oficial de aplicativos para Android em celulares,
tablets e Smart TV.
3. Resultados e Discussões
3.1 Fomento ao Geoturismo com base no aplicativo
Capra (2006, p. 23) fala que existem soluções para diversos problemas que
enfrentamos hoje, que podem ser resolvidas de forma simples e que podem causar mudanças
radicais em nossas percepções, pensamentos e valores. Neste sentido o desenvolvimento de
aplicativos para aparelhos móveis como celulares e tablets passa a ser visto também como uma
solução simples, pois atualmente envolve tecnologia de fácil acesso e rápida disponibilidade. É
possível afirmar também que o alto custo da impressão de mapas, ilustrações e a distribuição
dos mesmos para um grande grupo de usuários é superado com a distribuição gratuita em forma
de aplicativo. A versão final do aplicativo está disponível no Google Play Store com acesso
disponível no link:
https://play.google.com/store/apps/details?id=br.com.quoos, a figura 3 apresenta algumas telas
e suas funções, sendo que todas as informações disponíveis no aplicativo são acessadas sem a
necessidade de consulta a Internet, o que tornou a ferramenta offline muito útil para uso em
campo.
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Figura 3 – Telas do aplicativo na plataforma Android.
Durante o ano de 2018 a ferramenta alcançou mais de 100 usuários, recebendo uma
avaliação de nota 5 (nota máxima) na plataforma de distribuição e ficou conhecida por
profissionais do turismo na região de Garopaba e pessoas que buscam informações além do
Turismo de Sol e Mar.
Para Morin (2003), um mundo sustentável é viabilizado a partir da percepção
complexa: “há inadequacao cada vez mais ampla, profunda e grave entre os saberes separados,
fragmentados, compartimentados entre disciplinas, e, por outro lado, realidades ou problemas
cada vez mais polidisciplinares, transversais, multidimensionais, transnacionais, globais,
planetários” (MORIN, 2003, p. 13). Por isso no aplicativo, além de facilitar o acesso a uma
variedade de informações sobre a paisagem espacializada de forma transversal o mesmo tornou
possível a facilidade da interpretação e compreensão da complexidade da paisagem por meio
de recursos interpretativos que não são de fácil acesso a maioria das pessoas, ou que muitas
vezes estão disponíveis fragmentados a comunidade.
3.2 Ampliação da percepção com o envolvimento na interpretação da paisagem
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As dificuldades das pessoas em compreender a paisagem natural da sua própria cidade,
também pode ser vista como uma crise. Essa crise da não compreensão do lugar, da
complexidade de paisagens e da necessidade de preservação pode ser denominada pelo que
Capra (1996) chama de crise de percepção. O autor diz que de fato a maioria de nós, e
particularmente nossas instituições sociais, concordam com os conceitos de uma visão de
mundo obsoleta, uma percepção da realidade inadequada para lidarmos com nosso mundo
superpovoado e globalmente interligado. Também fala que algumas solucões “requerem uma
mudança radical em nossas percepções, no nosso pensamento e nos nossos valores”. Neste
trabalho foi possível perceber que parte dessas mudanças podem ocorrer auxiliando as pessoas
a terem uma melhor interpretação do entorno delas.
3.3 Resultados na comunidade
Em 2018 o aplicativo e a capacidade do mesmo para disponibilizar informações sobre
a geodiversidade e o patrimônio natural repercutiu de forma endógena, já em prol do
fortalecimento do Geoturismo em Garopaba, que foi o uso das informações disponibilizadas no
aplicativo pela comunidade local para reconhecer um caminho tradicional. A informação
disponibilizada no aplicativo gerou a mobilização da comunidade em uma ação junto ao
Ministério Público do Estado de Santa Catarina para defesa da existência de um caminho
tradicional denominado “Caminho do Sabino” em meio a área de relevante importância na
paisagem natural de Garopaba atendendo ao ofício 1233/2017/01PJ/GRB Autos
nº06.2017.00005277-6 (SIG/MP) da 1ª Promotoria de Justiça de Garopaba - Ministério Público
de Santa Catarina. Na ação atributos da paisagem e da geodiversidade local são considerados
para defesa da existência do caminho tradicional, desenvolvendo assim um trabalho para o bem-
estar e conforto em termos coletivos e preservação do patrimônio cultural e natural. Portanto
um caminho supõe, para além do substrato natural, os usos do território e a construção da
paisagem dentro de uma perspectiva dinâmica, histórica, no qual ocorre a apropriação de uma
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porção do território por parte de uma coletividade que se reconheceu e que hoje passou a
explorar também o caminho para a prática do Geoturismo.
Conforme Herrera (2005) nesta perspectiva do desenvolvimento endógeno todas
as estratégias teriam em comum o aspecto do crescimento qualitativo mais do que o
desenvolvimento econômico quantitativo. Esse crescimento qualitativo traz uma melhoria na
qualidade de vida e mostra uma outra forma de pensar o turismo na região por meio do
Geoturismo.
4. Considerações finais
A melhoria da qualidade de vida capitaliza a sua identidade adquirida com a
valorização do patrimônio natural para assim agir no futuro por sua própria iniciativa desde que
tenha acesso aos recursos necessários, como o saber adquirido pelos processos de educação
ambiental ofertados no local utilizando os meios mais práticos, como no caso um aplicativo
com material interpretativo. Como resultado espera-se para o futuro que um aumento da
qualidade de vida das pessoas possa garantir que o ambiente natural seja tratado pela população
de maneira gentil e sustentável. Percebe-se que isso só funcionará se todos conseguirem decidir
e colocar suas ideias sob o controle de ações e projeto conservacionistas do ponto de vista
ambiental em uma abordagem de baixo para cima, onde as instituições de ensino colaborem
com o acesso a informação e na melhoria da interpretação do espaço natural.
Agradecimentos
Este trabalho foi possível graças à participação de profissionais como os Condutores
Ambientais Locais, os Guias de Turismo Regional e o apoio do grupo de cavalheiros da
comunidade do Barro Vermelho em Garopaba, SC.
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ISBN: 978-85-7282-778-2 Página 12
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