Parada Cardiorespiratria (Rcp) Ronaldo

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Primeiros socorros/Emergência médicas Definimos emergências médicas como aquelas emergências provocadas por uma ampla variedade de enfermidades cuja causa não inclui violência sobre a vítima. As emergências médicas mais comuns são: o infarto agudo do miocárdio, a angina de peito (angina pectoris), a insuficiência cardíaca congestiva, o acidente vascular cerebral e a hipertensão. Se a vítima está sentindo-se mal e apresenta sinais vitais atípicos, assuma que esta possui uma emergência médica. INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: Infarto agudo do miocárdio (IAM) pode ser definido como uma lesão ou a morte de uma parte do músculo cardíaco (miocárdio) resultante de uma redução no suprimento sangüíneo daquela área. Os sinais e sintomas indicativos de um IAM são geralmente dor ou sensação de opressão no peito (às vezes essa dor não é no peito e se transmite para os braços, para a mandíbula ou as costas), dores torácicas que vem e vão, por horas ou dias antes do IAM, náuseas, sudorese intensa, falta de ar, fraqueza, agitação/inquietude e, finalmente, a parada cardíaca. O tratamento pré-hospitalar consiste basicamente no acionamento do socorro especializado. No entanto o socorrista poderá ajudar a vítima, colocando-a numa posição de repouso (semi-sentado) para facilitar a respiração, ministrando oxigênio suplementar, afrouxando roupas apertadas e mantendo o calor corporal da vítima. Caso a vítima esteja em parada cardiorrespiratória, acione o Serviço Médico de Emergência e inicie imediatamente as manobras de RCP. ANGINA DE PEITO: A angina de peito pode ser entendida como uma dor caracterizada por uma sensação de intensa constricção no tórax. Geralmente está associada a um suprimento sanguíneo insuficiente para o coração. A angina se agrava ou se produz pelo exercício e alivia com repouso ou medicamentos. Seu principal sintoma é uma dor no peito ou sensação de opressão (que aparece e aumenta com o esforço físico). Essa dor poderá irradiar-se para a mandíbula e os braços. Na dúvida, considere toda dor no peito, sem explicação, como uma possível angina. As vítimas conscientes de sua condição, geralmente, tomam medicamentos (nitroglicerina) para aliviar essa dor. O socorrista deverá assistir a vítima para que tome a medicação conforme prescreve sua bula. O tratamento pré-hospitalar é idêntico ao IAM. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA: Definimos a insuficiência cardíaca congestiva como uma circulação insuficiente por falta de

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Primeiros socorros/Emergência médicas

Definimos emergências médicas como aquelas emergências provocadas por uma ampla variedade de enfermidades cuja causa não inclui violência sobre a vítima. As emergências médicas mais comuns são: o infarto agudo do miocárdio, a angina de peito (angina pectoris), a insuficiência cardíaca congestiva, o acidente vascular cerebral e a hipertensão.

Se a vítima está sentindo-se mal e apresenta sinais vitais atípicos, assuma que esta possui uma emergência médica.

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: Infarto agudo do miocárdio (IAM) pode ser definido como uma lesão ou a morte de uma parte do músculo cardíaco (miocárdio) resultante de uma redução no suprimento sangüíneo daquela área. Os sinais e sintomas indicativos de um IAM são geralmente dor ou sensação de opressão no peito (às vezes essa dor não é no peito e se transmite para os braços, para a mandíbula ou as costas), dores torácicas que vem e vão, por horas ou dias antes do IAM, náuseas, sudorese intensa, falta de ar, fraqueza, agitação/inquietude e, finalmente, a parada cardíaca.

O tratamento pré-hospitalar consiste basicamente no acionamento do socorro especializado. No entanto o socorrista poderá ajudar a vítima, colocando-a numa posição de repouso (semi-sentado) para facilitar a respiração, ministrando oxigênio suplementar, afrouxando roupas apertadas e mantendo o calor corporal da vítima. Caso a vítima esteja em parada cardiorrespiratória, acione o Serviço Médico de Emergência e inicie imediatamente as manobras de RCP.

ANGINA DE PEITO: A angina de peito pode ser entendida como uma dor caracterizada por uma sensação de intensa constricção no tórax. Geralmente está associada a um suprimento sanguíneo insuficiente para o coração. A angina se agrava ou se produz pelo exercício e alivia com repouso ou medicamentos. Seu principal sintoma é uma dor no peito ou sensação de opressão (que aparece e aumenta com o esforço físico). Essa dor poderá irradiar-se para a mandíbula e os braços. Na dúvida, considere toda dor no peito, sem explicação, como uma possível angina. As vítimas conscientes de sua condição, geralmente, tomam medicamentos (nitroglicerina) para aliviar essa dor. O socorrista deverá assistir a vítima para que tome a medicação conforme prescreve sua bula. O tratamento pré-hospitalar é idêntico ao IAM.

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA: Definimos a insuficiência cardíaca congestiva como uma circulação insuficiente por falta de bombeamento do coração. Quando o coração não bombeia efetivamente, o sangue procedente dos pulmões pode acumular-se na circulação pulmonar, isto poderá produzir o escape de líquidos para fora dos vasos sangüíneos. Este líquido acaba ocupando os alvéolos e dificultando a troca de ar. Seus sinais e sintomas são: a diminuição acentuada da respiração, ansiedade e agitação, pulso rápido, respiração superficial e rápida, edema no pulso e/ou tornozelo, inchaço no abdômen, aparecimento de veias do pescoço distendidas e cianose.

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Normalmente a vítima insiste em ficar sentada ou de pé e, não é freqüente que a apresentação de dor torácica.

O tratamento é semelhante ao das vítimas com insuficiência respiratória, ou seja, em primeiro lugar acione socorro especializado a fim de que a vítima seja transportada para um hospital. Em seguida, mantenha a vítima em repouso (posição semi-sentada) com as vias aéreas permeáveis, ministre oxigênio suplementar e promova suporte emocional.

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma condição caracterizada pela alteração do suprimento sangüíneo para certa parte do cérebro. Suas principais causas são:

Trombose Cerebral – causada quando um coágulo (trombo) obstrui uma artéria cerebral, impedindo que o sangue oxigenado nutra a porção correspondente do cérebro.

Hemorragia Cerebral – também chamado derrame cerebral, é quando uma artéria se rompe deixando uma área do cérebro sem nutrição. O sangue que sai do vaso aumenta a pressão intracraniana pressionando o cérebro e interferindo em suas funções. Os sinais e os sintomas do AVC variam muito dependendo da localização e extensão do dano. Geralmente incluem dor de cabeça, desmaio, formigamento ou paralisia da face, dificuldade para respirar e falar, dificuldade visual, convulsão e perda do controle urinário e intestinal. Lembrar que o risco de uma AVC aumenta com a idade. O tratamento inclui o acionamento do socorro especializado e transporte para um hospital. O socorrista deverá estar preparado para ventilar ou realizar manobras de RCP. Se possível, ministre oxigênio suplementar, mantenha a vítima em repouso e manipule-a com cuidado e lentamente, mantenha seu corpo aquecido, não dê nada para ela beber ou comer e mantenha-a em posição lateralizada se houver secreções na boca (para evitar aspirações).

HIPERTENSÃO: A hipertensão, também muito conhecida por pressão alta, é uma elevação instável ou persistente da pressão sangüínea acima de níveis normais. Os seus sinais e sintomas mais comuns são: dor de cabeça (cefaléia), enjôo, náuseas, ansiedade, zumbido nos ouvidos, hemorragia nasal, formigamento na face e extremidades e PA diastólica acima de 90mmHg. Ao realizar o tratamento pré-hospitalar da hipertensão, o socorrista deverá acionar o socorro especializado, posicionar a vítima sentada ou semi-sentada, manter as vias aéreas abertas e manter a vítima em repouso, acalmando-a até a chegada da equipe de socorro.

PRIMEIROS SOCORROS

PARADA CARDIORESPIRATÓRIA FISIOLOGIA CARDIORESPIRATÓRIA-(RCP).

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Nomes:

CÍCERO

CLEIANE

LUCIANO

SHEILA

TURMA: TST N15 PROF° RONALDO NOGUEIRA

Propósito (RCP)

Conseguir o restabelecimento das funções respiratórias e circulatórias do paciente.

O que é?

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É a aplicação de prescrições estandartizadas com desenvolvimento seqüencial,cujo objetivo é primeiro substituir e, posteriormente, restaurar as funções respiratória e circulatória espontâneas, deficiências que ocorrem na parada cardiorespiratória(PCR). A PCR defini-se como a interrupção brusca e potencialmente reversível da respiração e circulação espontâneas.

Para que Serve: O seu objetivo é a manutenção da vida por meios externos, procurando o correto aporte de Oxigênio aos tecidos, quando o individuo não pode realiza-lo pelo seus próprios meios, evitando desta forma a morte orgânica.

PARADAS CÁRDIO-RESPIRATÓRIA

Estas são as maiores emergências com as quais podemos nos deparar.Devemos verificar a parada cardíaca em conjunto com a parada respiratória, porque as mesmas causasque levam a uma delas, também levam à outra, e se a vítima apresenta apenas uma delas, se não for atendidarapidamente, passará a apresentar a segunda, exigindo procedimento conjunto para manter os dois principaissinais vitais: Respiração e Batimentos Cardíacos.

IDENTIFICAÇÃO DA PARADA RESPIRATÓRIA

Como já foi descrito na análise primária, o socorrista deve:_ Verificar se a vítima está inconsciente. Encontrando-se sozinho, deve solicitar ajuda aoconfirmar que a vítima está inconsciente;_ Posicionar-se de modo adequado e abrir as vias aéreas, optando por um dos métodos vistos,de acordo com a necessidade;_ Olhar os movimentos do tórax;_ Ouvir os sons da respiração;_ Sentir o ar exalado pela boca e pelo nariz;_ Observar se a pele do rosto está pálida ou azulada;_ Utilizar de três a cinco segundos para se certificar que respira.

SINTOMAS DE PARADA CARDÍACA

_ Inconsciência;_ Palidez excessiva;_ Ausência de pulsação e batimentos cardíacos;_ Pupilas dilatadas;_ Pele e lábios roxos.

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A paralisação da respiração ou dos batimentos cardíacos, leva à morte em poucosminutos, ou a danos irreversíveis, por falta de oxigenação.A primeira precaução que devemos tomar, é verificar as possíveis causas da paradacárdio-respiratória, que podem ser:_ Choque elétrico;_ Gases venenosos;

ATENÇÃO

_ Afogamento, asfixia ou sufocamento;_ Traumatismos violentos;_ Reação a medicamentos;_ Intoxicação;_ Infartos.

Choque Elétrico: Nestes casos, devemos nos certificar que a fonte da corrente elétrica não está ativa. Se estiver, isso representa um grande perigo para a vítima e para quem estiver prestando o atendimento de emergência. A primeira providência é afastar ou desligar a fonte de corrente elétrica, mas tomando as precauções necessárias, como calçados de borracha, e materiais não condutores de eletricidade, como varas secas, cordas etc.. Alguns cabos, quando energizados,podem se movimentar.Nestes casos, preste socorro somente depois de afastado o perigo.Normalmente este tipo de atendimento é feito por pessoas especialmente treinadas.

Envenenamento por Gases: Somente preste socorro, se puder se aproximar e remover a vítima com segurança.A reanimação artificial da vítima de intoxicação por gases venenosos, deverá ser feita somente com auxílio de equipamentos especiais, pois a respiração boca-a-boca acabaria intoxicada quem estiver prestando o atendimento.

Frequência

RCP - UM ou DOIS SOCORRISTA

Quando o atendente estiver sozinho:

* Fazer 15 compreensões cardíacas;* Em seguida fazer 2 respirações boca a boca;

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* Repetir até que chegue auxilio ou a vitima reanime.Em algumas situações a pessoa que está prestandosocorro deverá repetir estes procedimentos por um tempobastante longo. Existem casos relatados de pessoas queinsistiram durante horas, chegando a bons resultados.Por ser uma tarefa cansativa, que requer muita energia eresistência, o atendente de emergência deverá estabelecerum ritmo que permita economizar suas próprias energiassem afobação, cuidando para manter sua própriarespiração num ritmo adequado.

Quando houver dois atendentes:

Um atendente faz 5 cinco compreensões cardíacas; Em seguida após, o outro atendente faz uma respiração boca-a-boca; Repete-se o ciclo, podendo os atendentes trocarem de posição em caso de cansaço.Estes procedimentos devem ser mantidos, até que a vítimareaja, mesmo enquanto está sendo transportada para umpronto- socorro ou hospital, não interrompendo durante otrajeto.

_ Adulto - 2 ventilações por 15 massagens de 80 a 100 vezes porminuto._ Criança - 1 ventilação por 5 massagens, 100 vezes por minuto._ Bebê - 1 ventilação por 5 massagens, 100 a 120 vezes por minuto

Trajeto Vascular:

Via venosa central.

Farmacos:

Em princípio, a administração de fármacos será da responsabilidade do enfermeiro. Por isso, é importante conhecer o modo de preparação e administração, assim como os fármacos utilizados.

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- Epinefrina,1mg( 1 ampola cada 5min, dois bolos ou mais, dependendo do reanimador).- Bicarbonato de Sódio a 1 molar( 1 mEq/kg/peso) aos 10min de parada ou sob controle gasimétrico.- Atropina, se não houver resposta, após 2 ou mais bolos de epinefrina 1 mg (1 ampola). - Lidocaína, em fibrilação ventricular ou depois de RCP satisfatória, 1mg por kg/peso.

Recomendações gerais:

O mais importante na RCP é a preparação dos profissionais que compões a equipe. Assim é necessário:

-O conhecimento do manuseio dos aparelhos que vão ser Utilizados e a revisão escrupulosa de cada máquina,para assegurar seu correto funcionamento. Uma boa integração na equipe, conhecendo as técnicas que cada um melhor domina e sabendo quem vai realizar cada atividade. Isto evita perdas de tempo durante a atuação. Uma atualização continua com uma formação exaustiva acerca dstas técnicas nos serviços de emergência, de todos os profissionais.

Conclusão:

A melhor avaliação que existe é o paciente com pulso e respiração próprios. No entanto, apesar de se atingir este objetivo, é sempre importante rever todos os passos realizados de forma a corrigir possíveis falhas, a fim de renovar a técnica, se tal for necessário, ou para afinar melhor a organização da equipe. Esta forma de agir irá ajudar-nos, no futuro, a evitar erros e a reconhecer os pontos fracos da nossa atuação.

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Fonte:

GUIA PRÁTICO DE ENFERMAGEM EMERGÊNCIA

MEDICOS E MESTRES:

CELINA CASTARGNARI MARRA.(Mestre da Escola de enfermagem da Usp)

MARINA ISABEL SAMPAIO CARMAGNANI.(Professora de enfermagem da UFSP)