Parábolas de Jesus - Lições Bíblicas 2t2005

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lições Bíblicas ALUNO www.cpad.com.br/escoladorninical CWD Jovens e Adultos trimestre de 2005 e Jesus ^ wdvertências para os dias de hoje

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Estaremos estudando, a partirdesta lição, as parábolas do SenhorJesus Cristo. Através delas, o DivinoMestre revelar-nos-á os grandes mistérios do Reino de Deus. Além de seu aspecto teológico, suas parábolas são amorosamente voltadas para a prática; levam-nos a exercitar o verdadeiro cristianismo cm nosso atribulado e estressante cotidiano.

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    ALUNOwww.cpad.com.br/escoladorninical

    CWD

    Jovens e Adultos2 trimestre de 2005

    e Jesus^wdvertncias para

    os dias de hoje

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  • lComentrio: ELIENAI CABRALConsultor Doutrinrio e Teolgico: ANTNIO GILBERTOLies do 2 Trimestre de 2005

    SUMARIOLio lAs Parbolas no Ensino de JesusLio 2Compreendendo a Mensagem do Reino de DeusLio 3 Diferena entre o Justo e o InjustoLio 4A Expanso do Reino dos CusLio 5Cristo, o Tesouro IncomparvelLio 6Lanai a RedeLio 7Fidelidade e Diligncia na Obra de DeusLio 8O Gracioso Perdo de DeusLio 9Cristo, a Rocha InabalvelLio IO Justia e a Graa de DeusLio 11Realizando a Vontade do PaiLio 12Vigiai, Pois No Sabeis Quando Vir o SenhorLio 13As Bodas do Filho de Deus

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  • Lio lAS PARBOLAS

    NO ENSINO DE IESUS3 de abril de 2OO5

    TEXTO UREO"Tudo isso disse Jesus por

    parbolas multido e nada lhesfalava sem parbolas, para que se

    cumprisse o que fora dito peloprofeta, que disse: Abrirei emparbolas a boca; publicarei

    coisas ocultas desde a criaodo mundo" (Mt 13.34,35).

    > j l 1Atravs de suas parbolas, o

    Senhor Jesus continua a revelar-nosos grandes mistrios do Reino deDeus.

    LEITURA BBLICA EM CLASSESALMOS 78.1-8l -Escutai a minha lei, povo meu;inclinai os ouvidos s palavras daminha boca.2-Abrirei a boca numa parbola;proporei enigmas da antiguidade,3 os quais temos ouvido e sabido, enossos pais no-los tm contado.4-No os encobriremos aos seusfilhos, mostrando gerao futuraos louvores do SENHOR, assim comoa sua fora e as maravilhas que fez.5 - Porque ele estabeleceu um teste-munho em Jac, e ps uma lei em

    Segunda - Ez 17.2A parbola uma comparao

    Tera - Mc 4.2A parbola um recursoeducacional

    Quarta - Mt 13.36,37A parbola pode serinterpretada

    Quinta - Mt 24.32A parbola pode ser aprendida

    Sexta - Mc 4.13 importante aprender todas asparbolas

    Sbado - Mc 4.30A parbola fonte deinesgotveis recursos

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  • Israel, e ordenou aos nossos paisque a fizessem conhecer a seus fi-lhos,6-para que a gerao vindoura asoubesse, e os filhos que nascessemse levantassem e a contassem a seusfilhos;7-para que pusessem em Deus asua esperana e se no esqueces-sem das obras de Deus, mas guar-dassem os seus mandamentos8-e no fossem como seus pas,gerao contumaz e rebelde, gera-o que no regeu o seu corao, ecujo esprito no foi fiel para comDeus.

    INTRODUOEstaremos estudando, a partir

    desta lio, as parbolas do SenhorJesus Cristo. Atravs delas, o DivinoMestre revelar-nos- os grandes mis-trios do Reino de Deus. Alm de seuaspecto teolgico, suas parbolas soamorosamente voltadas para a pr-tica; levam-nos a exercitar o verda-deiro cristianismo cm nosso atribu-lado e estressante cotidiano.

    Agora, pois, em esprito de pro-funda reverncia e humildade, pas-semos s parbolas que nos deixouo Filho do Homem. Se colocarmosem prtica os seus ensinos, vivere-mos no mbito do Reino de Deus apartir de agora; imediatamente. Ede vitria em vitria, haveremos dechegar s Bodas do Cordeiro.

    No ajamos, pois, como muitosdos ouvintes de Jesus. Apesar da

    clareza das parbolas que Ele pro-feriu, jamais conseguiram percebera chegada do Reino anunciado pe-los santos profetas.

    I. O QUE A PARBOLAA parbola, como a encontramos

    nos evangelhos um recurso didti-co, largamente utilizado por Jesus, afim de elucidar as grandes verdadese mistrios do Reino de Deus. Veja-mos, pois, como podemos defini-la.

    1. Definio etimolgica.Originria do vocbulo gregoparabol, a referida palavra signifi-ca, etimologicamente, colocar umacoisa ao lado de outra; comparao.No foi exatamente o que escreveuEzequiel ao povo de Israel ao pro-por-lhe uma parbola? (Ez 17.2).

    2. Definio hermenutica.Antes de avanarmos nesta defini-o, vejamos o que hermenutica: a cincia que tem por objetivointerpretar corretamente a Bblia.

    Segundo a hermenutica, par-bola uma narrativa alegrica cons-tituda de personagens, coisas, in-cidentes e atitudes que, atravs decomparaes, facilita a compreen-so de realidades que se achamalm do nosso entendimento.

    Exemplo: Objetivando mostraraos seus contemporneos o singu-lar e incomparvel amor de Deuspara com o pecador, o Senhor Je-sus narrou-lhes a Parbola do Fi-lho Prdigo. Doutra forma, comopoderiam eles ver a Deus como oAmoroso Pai sempre pronto a re-ceber o filho que, caindo em si, re-solve retornar casa paterna.

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  • 3. A Bblia um livro ricoem parbolas. Alm das parbo-las de Cristo, encontramos muitasoutras atravs das Sagradas Escri-turas. Isaas, Jeremias, Ezequiel eOsias usaram-nas com rara sabe-doria. Ao todo, so mais de 250 pa-rbolas na Bblia.

    Surpreendentemente, nenhumaparbola encontramos no Evange-lho de Joo. Por outro lado, nestedeparamo-nos com vrias figurasde linguagem usadas para ilustraro ministrio de Cristo: a serpentelevantada por Moiss no deserto (Jo3.14-17); a gua viva (Jo 4.14) etc.II. OS OBJETIVOS DAS

    PARBOLAS DE JESUSAo proferir as suas parbolas,

    tinha o Senhor Jesus, em mente,dois objetivos: um didtico e outroteolgico.

    1. Objetivo didtico. Comoo Mestre dos mestres, Jesus sabiaperfeitamente como haveria de al-canar as ovelhas perdidas da Casade Israel. Por isso, ps-se a ensinaros seus contemporneos atravs decomparaes. Ao falar-lhes das coi-sas terrenas, mostrava-lhes, comtoda a clareza, as celestiais. Ele sa-bia ensinar verdades profundas uti-lizando-se das coisas que eram co-muns no dia-a-dia de seus ouvintes.

    2. Objetivo teolgico. Almde ser o Mestre dos mestres, o Se-nhor Jesus era, de igual modo, a fon-te de onde manam todos os mist-rios do Reino de Deus. Como, po-rm, falar desses mistrios se a suaaudincia era de gente simples? Para

    alcanar os seus ouvintes, foi elecomparando as coisas celestes comas terrestres, a fim de que estas es-clarecessem aquelas. E, assim, atra-vs desse recurso educacional, Eleformou a primeira gerao de te-logos da Igreja Crist: os apstolos.III. POR QUE JESUS ENSINAVA

    POR PARBOLASAo ensinar atravs de parbolas,

    tinha o Senhor Jesus em mente, tam-bm, esclarecer os mistrios do Rei-no de Deus aos pequeninos, e ocul-tar estes mesmos mistrios daque-les que, julgando-se mestres, recu-savam-lhe a doutrina.

    1. Esclarecer os mistriosdo Reino de Deus aos peque-ninos. Como toda a Palavra deDeus, as parbolas do Senhor Jesuseram como uma espada de doisgumes. Se por um lado, explicavaos mistrios do Reino de Deus aospequeninos e humildes (Lc 10, 21);por outro, tinha como alvo...

    2. Ocultar estes mesmosmistrios dos sbios e inteli-gentes. Estes, ao contrrio daque-les mencionadas acima, no estavamdispostos a renunciar a tradio dosancios, para terem condies deentender os mistrios do Reino deDeus. Dessa gente presunosa e or-gulhosa, profetizou Isaas (Is 6.9,10).

    Por conseguinte, se quisermosaprender os mistrios do Reino deDeus, devemos nos postar aos psdo Divino Mestre e, assim, em pro-funda humildade, guardar seus en-sinamentos em nosso corao. Osque se acham sbios, nada apren-

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  • dero; os que anseiam pelo ensino,sero plenamente saciados.

    IV. COMO INTERPRETARPARBOLAS

    Como poder voc constatar,no difcil interpretar as parbo-las. Alis, o prprio Jesus encarre-gou-se de interpretar algumas aosseus discpulos (Mt 13.37,38). Bas-ta termos em mente os seguintespassos, a fim de que possamos al-canar o seu significado:

    1. Buscar a verdade (ouverdades) que a parbolailustra. A pergunta encontra-se,invariavelmente, no incio ou nofinal do texto. Como por exemplona Parbola da Ovelha e daDracma perdida (Lc 15.10).

    2. Ater-se essncia da pa-rbola. Ou seja: que levemos emconta os traos principais da parbolae no propriamente o seu cenrio.

    Na Parbola do Filho Prdigo,por exemplo, devemos considerai-os seguintes elementos: o pai, querepresenta o Amoroso Deus; o fi-lho mais novo, que ilustra o peca-dor espiritualmente perdido; e ofilho mais velho que lembra o cren-te inconformado com a misericr-

    dia divina em relao ao filho quevolta a usufruir dos favores imere-cidos do Pai Celeste.

    Por conseguinte, no devemosnos preocupar em achar significa-do para os porcos, para as alfarrobasque estes comiam etc.

    3. Jamais se esquecer deque as parbolas servem parailustrar doutrinas e no paraestabelec-las. Infelizmente, noso poucos os intrpretes que, es-quecendo-se disso, aparecem comensinamentos estranhos Palavrade Deus.

    CONCLUSOAs parbolas de Nosso Senhor

    Jesus Cristo continuam to atuaiscomo nos dias do Novo Testamen-to. Atentemos ao seu ensino comtodo cuidado e desvelo; pois conti-nuam a explicar-nos os mistrios doReino de Deus.

    Que o Senhor nos ajude aestud-las com um esprito humil-de e quebrantado. Tenho certeza deque, ao findar este trimestre, esta-remos mais ricos espiritualmente.Porque aprouve a Deus revelar-nos,atravs das Parbolas, os mistriosde seu Reino. Amm.

    QUESTIONRIO1. O que a parbola?2. Quais os objetivos das parbolas de Jesus?3. Por que Jesus ensinava por parbolas?4. Como interpretar as parbolas?5. Cite uma parbola que Jesus interpretou aos seus discpulos.

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  • :Lio 2COMPREENDENDO A MENSAGEM

    DO REINO DE DEUSIO de abril de 2OO5

    "Ele, respondendo, disse-lhes:Porque a vs dado conhecer os

    mistrios do Reino dos cus, mas aeles no lhes dado" (Mt 13.11).

    3? i'''1

    Na semeadura da Palavra deDeus, de muita importncia aqualidade da terra que recebe a di-vina semente.

    LEITURA BBLICA EM CLASSEMATEUS 13.1-9l-Tendo Jesus sado de casa na-quele dia, estava assentado juntoao mar.

    2-E ajuntou-se muita gente ao pdele, de sorte que, entrando numbarco, se assentou; e toda a multi-do estava em p na praia.3 - E falou-lhe de muitas coisas porparbolas, dizendo: Eis que o seme-ador saiu a semear.

    Segunda - Mt 7.24-27Dois tipos de ouvintes, sensatoe insensato

    Tera - Io 4.40-42Os samaritanos ouvem e cremna Palavra

    Quarta - Io 5.24A recompensa de quem ouve ecr na Palavra

    Quinta - Rm 10.17A f provm do ouvir a Palavra

    Sexta - 1 Ts 1.6Devemos receber a Palavra comalegria

    Sbado - Tg 1.19O crente deve sempre estarpronto para ouvir

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  • 4 - E, quando semeava, uma parte dasemente caiu ao p do caminho, evieram as aves e comeram-na;5 - e outra parte caiu em pedregais,onde no havia terra bastante, elogo nasceu, porque no tinha terrafunda.6 - Mas, vindo o sol, queimou-se esecou-se, porque no tinha raiz.7 - E outra caiu entre espinhos, e osespinhos cresceram e sufocaram-na.8 - E outra caiu em boa terra e deufruto: um, a cem, outro, a sessenta,e outro, a trinta.9 - Quem tem ouvidos para ouvir,que oua.

    INTRODUOA parbola do Semeador rela-

    ta com exatido a humanidadeatravs dos tempos. interessan-te mencionar que o prprio Jesus,aps narr-la, revelou o significa-do desta para seus discpulos. Nes-ta parbola, Ele se volta para avida agrcola de Israel com o ob-jetivo de ilustrar os tipos de cora-es que recebem a semente daPalavra de Deus, tornando-a umdos mais edificantes e esclarece-dores ensinos a respeito deste as-sunto.

    I. O SEMEADORNo contexto da parbola em

    estudo, o semeador o prprioCristo. O texto diz: "O semeador

    saiu a semear" (v.3). Ler Mt 4.23;9.35; Lc 8.1. Jesus foi, de modo in-cansvel e exemplar, o primeirosemeador das Boas Novas. Depoisde sua ascenso, o Esprito Santofoi enviado para lembrar aos dis-cpulos as verdades espirituaisensinadas pelo Senhor, capacit-los com poder do alto eimpusion-los a, sem cessar,dissemin-las por todo o mundo(Jo 14.26). A misso evangeli-zadora dos discpulos de Cristo evidenciada em dois textos dosEvangelhos (Mt 28.19,20 e Mc16.20). O Esprito Santo vital nasemeadura da Palavra de Deus. Ele quem inspira os semeadores asemear e a regar a semente depoisde lanada no solo. A expresso"o vento assopra onde quer" (Jo3.8) implica a ao do Esprito se-meando a Palavra de Deus.

    Todo crente em Cristo deveser um dedicado e fervoroso se-meador da sua Palavra. Fomossalvos para servir ao Senhor, eisso abrange com prioridade se-mear de todas as maneiras a boasemente, que a Palavra de Deus.Nisso, devemos servir ao Senhorcom amor, renncia e dedicao(SI 126.6).H. A SEMENTE

    A semente de que Jesus falou naparbola " a palavra de Deus" (Lc8.11). Em Mateus 13.19, chama-da "a palavra do Reino", isto , apalavra poderosa que rege o Reinode Deus. Em Marcos 4.14, deno-minada "a palavra", no sentido de

    Lies Bblicas

  • inspirada, autntica, inerrante, in-falvel, imutvel, indivisvel, nica,mpar, soberana, como somente aEscritura Sagrada o . Ela viva,eficaz e penetrante (Hb 4.12). " opoder de Deus para salvao detodo aquele que cr" (Rm 1.16).Uma vez em ns enxertada, elagera, como instrumento de Deus,nova vida e assim pode nos salvar(Tg 1.18,21). Ela identifica-se comDeus, assim como um homem debem identificado por sua palavrahonrada e confivel. O Senhor Je-sus chamado o Verbo; a Palavra(Jo 1.1,14; Ap 19.11-13; l Jo 1.1).

    Aqueles que aceitam "a semen-te" (a Palavra, Cristo) recebem a vidaeterna, porque Cristo a prpriavida (Jo 20.31; 11.25; l Jo 5.12).

    III. O TERRENO PARA OPLANTIO DA SEMENTE(MT 13.4-8)Jesus mencionou quatro tipos

    de terrenos nos quais a semente semeada. Isso representa o coraodas pessoas onde semeamos a Pa-lavra de Deus. Jesus ensina nestaparbola que nem todos so igual-mente receptivos "boa semente".Isso decorre da ao degenerante,deformadora e maligna do pecadono ser humano. Deus fez tudo bomno princpio (Gn 1.31; Ec 7.29).Hoje no h ningum bom; s Deus bom (Mt 19.17).

    1. O terreno "ao p do ca-minho" (w.4,19). Esse tipo deterreno comparado a que classede ouvintes? Segundo o prprioJesus, so aqueles que ouvem a Pa-

    lavra de Deus, e no a entendem,nem se esforam para compreend-la (v.19). Na realidade, so negli-gentes, no se preocupam com osassuntos espirituais, nem com o seudestino eterno. Recebem a mensa-gem da salvao pelos canais decomunicao do intelecto, todaviano permitem que esta desa aocorao; por isso, ela no germina.So muitas e malficas as influn-cias exteriores que se alojam nocorao humano e prevalecem navida das pessoas, deixando a se-mente exposta na superfcie da ter-ra. Isto permite que as nocivas"aves do cu" (Lc 8.5,12), venhame arrebatem a semente lanada nocorao endurecido, obstinado eresistente ao evangelho de nossoSenhor Jesus Cristo.

    2. O terreno com pedregais(vv.5,6). Esse tipo de solo repre-senta a pessoa que de incio recebebem a Palavra de Deus, porm nopersevera na f em Cristo. So chei-os de entusiasmo puramente emo-cional. Todavia, os obstculos eprovaes da vida os impedem decrescer e frutificar. Os tais at cho-ram quando ouvem a Palavra, re-conhecem suas necessidades, po-rm no conseguem desvencilhar-se das pedras de sua vida pessoal.A semente aceita, contudo nocria razes pelo fato de o crente noter firmeza, nem perseverana. Aspedras podem representar tropeosmorais, vcios, pecados sedutores emaus hbitos. Algo muito deplor-vel neste tipo de terreno que almdele ser raso, tem pedra por baixo.

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  • H crentes que na superfcie de-monstram ser uma coisa, no entan-to, interiormente so outra. "Abor-reo a duplicidade", diz a Escritu-ra (SI 119.113; Tg 1.8; 4.8).

    O crente "terreno raso" nos en-sina que muitos aceitam a verda-de, entretanto no permanecem fir-mes, nem se aprofundam na f, nacomunho com Deus. Notemos noversculo seis que a planta "quei-mou-se e secou-se" no somentedevido ao calor do sol, mas tam-bm "porque no tinha raiz".

    3. O terreno cheio de es-pinhos (v.7). Diz o texto: "e ou-tra caiu entre espinhos, e os espi-nhos cresceram e sufocaram-na". Asemente fora bem plantada, pormo terreno havia sido abandonadopor seu dono, tal qual o terreno dePv 24.30-32. As ervas daninhas eos espinhos multiplicaram-se e su-focaram a planta, tornando-a im-produtiva. Esses "espinhos" so aspreocupaes causadas pelo mun-do, as cobranas da sociedadempia, os prazeres ilusrios da vidae o engano do acmulo de rique-zas materiais (Mt 13.22; Mc 4.19;Lc 8.14).

    Nessas riquezas h espinhos quetraspassam seus donos "com mui-tas dores" (l Tm 6.10). A posses-so de riqueza sem temor de Deustem provocado sofrimento e sufo-cado a vida espiritual de muitoscrentes, os quais ficam sem tempopara a orao, o estudo da Bblia eo servio do Senhor em geral. As-sim, o terreno "cheio de espinhos"mostra-nos que muitos crentes per-

    manecem na f, contudo no soconsagrados ao Senhor.

    4. O terreno da boa terra(v.8). A "boa terra" acolhe bem asemente porque macia, funda, lim-pa, mida e apropriada. Nela, a se-mente, como diz o profeta, "torna-r a lanar razes para baixo e darfruto para cima" (Is 37.31). As pes-soas simbolizadas por este tipo deterreno ouvem e entendem a Pala-vra. Esta no volta vazia; sempreprospera (Is 55.11). Em 2 Tm 3.15-17 e no Salmo 119, encontramosinmeras bnos para aqueles quebuscam e amam a Palavra de Deus.Nesta mesma parbola em Lucas8.15, Jesus aludiu a este coraocomo "honesto e bom". Este ltimoterreno ainda nos mostra que mes-mo entre os crentes dedicados hdiferente frutificao espiritual (w.8,23). Um gro produziu cem, ou-tro, sessenta, e outro, trinta. Quepoder maravilhoso h na Palavra doDeus vivo, quando ela encontra umterreno propcio!

    CONCLUSO

    Na parbola do Semeador, o Se-nhor Jesus nos ensina uma gran-de e permanente lio: nossodever prioritrio, como seus ser-vos, semear a Palavra de Deus uti-lizando todos os meios, "a tempoe fora de tempo", como est ditoem 2 Tm 4.2. Somente assim tere-mos um ministrio abenoado,pois Deus d semente a quem se-meia {2 Co 9.10). Vemos ainda naparbola que apesar dos terrenos

    10 Lies Bblicas

  • serem variados, a semente umas, ou seja, eles que precisammudar em relao a esta, e no o

    contrrio. urgente a evangeliza-o mundial, por intermdio dapregao e do ensino da Palavra.

    Ascenso: Ato de ascender; subida; elevao.Desvencilhar: Soltar; desatar; desprender.Malfico: Que atrai ou pratica o mal; malvolo; mal.Nocivo: Que prejudica ou causa dano.Obstinado: Teimoso; persistente; firme.

    QUESTIONRIO1. Na parbola em estudo, quem o semeador?

    2. Que a semente representa?

    3. Quais so os quatro tipos de terrenos?

    4. Que representam os espinhos que sufocam a semente?

    5. Quais as caractersticas das pessoas representadas pela "boaterra "?

    Lies Bblicas 11

  • Lio 3A DIFERENA

    ENTRE OIDSTO E O INJUSTO17 de abril de 20O5

    TEXTO UREO"O campo o mundo, a boa

    semente so os filhos do Reino, eo joio so os filhos do Maligno"

    (Mt 13.38).

    O dia da separao est chegan-do, quando o trigo do Senhor serrecolhido e o joio do maligno, quecresceu entre o trigo, destrudo.

    n^

    MATEUS 13.24-3024- Props-lhes outra parbola, di-zendo: O Reino dos cus seme-lhante ao homem que semeia boasemente no seu campo.25- mas, dormindo os homens, veioo seu inimigo, e semeou o joio nomeio do trigo, e retirou-se.26- e, quando a erva cresceu e fru-tificou, apareceu tambm o joio.

    Segunda - Mt 13.36-43O significado do trigo e do joioTera - Is 5.11,12O trigo de Cana em lugar doman do deserto

    Quarta - Jz 6.11Trigo no lagar, portanto forado lugar

    Quinta - Pv 11.26Porque no devemos reter otrigo

    Sexta - At 27.18,38Porque lanaram trigo ao mar

    Sbado - Mt 13.30,40-42O joio ser atado e queimado

    12 Lies Bblicas

  • 27 E os servos do pai de famlia, indoter com ele, disseram-lhe: Senhor, nosemeaste tu no teu campo boa semen-te? Por que tem, ento, joio?28- E ele lhes disse: Uni inimigo quem fez isso. E os servos lhe disse-ram: Queres, pois, que vamosarranc-lo?29- Porm ele lhes disse: No; paraque, ao colher o joio, no arranqueistambm o trigo com ele.30- Deixai crescer ambos juntos ata ceifa; e, por ocasio da ceifa, direiaos ceifeiros: colhei primeiro o joio eatai-o em molhos para o queimar;mas o trigo, ajuntai-o no meu celeiro.

    INTRODUOMais uma parbola do divino

    Mestre em torno da vida agrcoladaqueles tempos. Nesta parbola,h fatos e situaes semelhantes aanterior, porm, com sentidos di-ferentes. A parbola do Trigo e doJoio ressalta o fato de que h napresente era uma semente de Sa-tans semeada aqui no mundo, pa-ralelamente da Palavra de Deus.A coexistncia do povo do Malig-no com o povo de Deus na dimen-so visvel e atual do reino dos cus(v.24) terminar somente com avinda do Senhor.

    I. O CAMPO DE PLANTIO (V.24)As parbolas do evangelho de-

    vem ser devidamente interpreta-das. Disso Jesus tambm deu exem-

    plo ao interpretar as duas primei-ras. Nisso, considere-se inicialmen-te que na Bblia no h contradi-o; a analogia geral na Bblia umfato inconteste.

    A igreja o conjunto de todosos "filhos do reino" (Mt 13.38), osquais so comparados s genunasplantas de trigo. O joio nada tem aver com o trigo, apesar de possuirsemelhanas. falsa a semente e aplanta do joio. Aprendemos nestaparbola que o campo da semeadu-ra pertence a Deus por direito decriao. A expresso "seu campo"(vv.24,27,38) indica que Ele oproprietrio, O Diabo que "ladroe salteador" procura se apropriardaquilo que pertence unicamentea Deus, o Senhor (SI 24.1). Estecampo a esfera atual da habita-o humana juntamente com seusmoradores, o mundo que Deusamou acima de tudo (Jo 3.16).

    II. OS DOIS SEMEADORES(MT 13.24,25)Jesus referiu-se aos dois seme-

    adores como "o homem e o seucampo" (v .24 ) , e "o in imigo"(v.25), que s escondidas entrouali e semeou o joio do mal. H tam-bm urna,distino entre os doissemeadores em termos de cartere propsito. O primeiro, o dono docampo (que o Senhor, visto an-teriormente), revelado corno "opai de famlia" (v.27) e "o Filho doHomem" {vv.37, 41). O segundo,como j vimos, o Diabo que semtrgua procura prejudicar a seme-adura do trigo. "o inimigo" do

    Lies Bblicas 13

  • Filho do Homem (w. 25,28,39) eo "maligno" (v.38).

    1. Jesus, o semeador deseu prprio campo. Jesus nosemeia em campo estranho, masno seu prprio campo (v.24). Seusservos esto conscientes disso(v.27 "teu campo"). O Diabo apos-sou-se do mundo por ter o homem,no princpio, se vendido ao peca-do e perdido o seu mandato ou-torgado pelo Criador (Gn 1.26; Rm7.14; Lc 4.5,6). O trigo smbolode alimento, nutrio, e energiapara as almas famintas espiritual-mente. O po proveniente do tri-go um alimento generalizado eutilizado por todos os povos, cul-turas e idades. Alm de nutritivo,o po tambm diettico. Ao en-trar o povo de Israel em Cana,Deus fez cessar de vez o man eimediatamente o povo comeu dotrigo de sua nova terra (Js 5.10-12). H nisso uma mensagem im-plcita destinada a igreja de hoje.Todo pecador transformado pelopoder de Cristo semente planta-da e desenvolvida nesta seara per-tencente ao Criador, Jesus.

    2. O Diabo, o inimigo, se-meia o joio no trigal de Cris-to. Na parbola, o semeador ma-ligno um elemento estranho aocampo de trigo. Ele "inimigo" dodono do campo (v.25, 28). Jesus odenomina como o "Diabo" (v.39).Ele adversrio de tudo que se re-fere a Deus, por isso, vive a tramarcontra as coisas de Deus e profa-nar, contaminar e arruinar tudoque santo. Ele chegou a tentar o

    prprio Jesus (Mt 4.1-11). Vemospelo ensino de Jesus na parbolaque o Diabo est sempre seinfiltrando no meio da lavoura e dacolheita do Senhor para prejudic-la (l Co 3.9). H neste mundo umatrindade maligna que batalha con-tra a Trindade Divina. O mundocomo instrumento do Diabo ope-se a Deus (l Jo 2.15; 5.19); a natu-reza carnal e propensa ao pecado,ao Esprito (Gl 5.17) e o Diabo, aCristo (Gn 3.15; Ap 12.4b).

    III. OS DOIS TIPOS DESEMENTES (MT 13.24,25)

    O maligno ao espalhar dolosae ocultamente a sua m sementeno campo do Senhor usou a ciladada semelhana, porquanto o joio muito parecido com o trigo. Hoje,o Diabo continua fazendo isso atra-vs de falsos crentes, falsas bblias,falsas igrejas, falsos milagres, fal-so batismo com o Esprito Santo,falsas lnguas estranhas, falso lou-vor etc. Muito cuidado, pois voc planta do Senhor!

    1. O joio (v.2 5). O que joio? uma planta herbcea parecidacom o trigo no perodo de folha-gem, no entanto, torna-se diferen-te ao florescer e frutificar. Na pa-rbola, enquanto os semeadores detrigo estavam "dormindo" (v. 25),o inimigo veio e semeou o nocivojoio, ou seja, os "filhos do Malig-no" (Mt 13.38). S possvel per-ceber a distino entre ambos nomomento em que surge a espiga dotrigo, pois "o joio" produz grospardos e embaados, ao passo que

    14 Lies Bblicas

  • o trigo produz gros alourados medida que estes amadurecem.

    2. O trigo (v.25). dignode nota que o prprio Senhor Je-sus comparou-se ao gro de trigo(Jo 12.24). Como j foi dito, naparbola anterior, "a boa semen-te" a Palavra de Deus. Nesta pa-rbola, "a boa semente", o resul-tado dessa preciosa palavra rece-bida, entendida e obedecida, isto, aqueles que por meio dela tor-naram-se "filhos do reino". Ler lP 1.23.

    IV. O TEMPO DA CEIFAA mensagem de Jesus clara e

    final concernente a futura e inevi-tvel separao entre o trigo e ojoio, ou seja, "os filhos do reino" e"os filhos do maligno" (v.38).Aprendemos esta verdade pormeio de duas respostas objetivasdo "Senhor do Campo" s duasperguntas dos "servos", a seguir.

    1. A primeira pergunta(v.27). "Senhor, no semeaste tuno teu campo boa semente? Porque tem, ento, joio?". O joio doMaligno est entre ns, disfara-do de crente. Na igreja do Senhor,o campo foi semeado com "boasemente", porm nos deparamosconstantemente com "sementesdaninhas" que aparecem a (im deenvenenar a vida dos verdadeirosservos de Deus. Muitos crentesimaturos e descuidados s vm aperceber a hostilidade de Satanscontra o povo do Senhor, quandoesta (a hostilidade) se torna bemmanifesta e visvel. Eles no se do

    conta de que a hostilidade espiri-tual c invisvel do inimigo aindapior, como vemos em lilesios 6. Porisso, o discernimento do Esprito imprescindvel aos santos.

    2. A segunda p e r g u n t a(v.28). "Queres, pois, que vamosarranc-lo?". Uma lio bem paten-te desta parbola que operandoo Senhor, Satans entra em aopara realixar sua obra maligna navida do povo. Outra lio evidente que ele age muito pelo processode imitao, isto , pelo engano. Naresposta do Senhor segunda per-gunta, aprendemos que no nos-sa misso eliminar o joio do malaqui. Os anjos faro isso no futuro(w. 29, 30, 40-42). Quanto igre-ja do Senhor como corpo, a disci-plina bblica deve ser mantida in-ternamente e com amor (lCo 5.11 -13; Mt 18.15-17; Hb 12.7-11; 2 Co6.15-17).

    3. O tempo da ceifa. Aco-lheita, como Jesus explicou, ojuzo inevitvel que se aproximapara os mpios (vv.30, 39-43). Aceifa s ocorrer no tempo prprio,quando ento os anjos faro a se-parao entre o trigo e o joio. Osenhor do campo ensinou aos seustrabalhadores que no missodeles eliminar precocemente o joio.A mensagem do dono do campo :"Deixai crescer ambos juncos at aceifa" (Mt 13.30). A igreja cons-tituda de pessoas e, inevitavelmen-te, teremos de conviver com as sin-ceras e falsas, justas e injustas ato tempo da ceifa. Temos que saberconviver aqui com a existncia do

    lies Bblicas 15

  • mal, sem acat-lo, sem admir-lo,sem aplaudi-lo c muito menospratic-lo. Assim, poderemos en-tender a orao sacerdotal de Cris-to pelos seus discpulos quandoorou ao Pai: "No peo que os tiresdo mundo, mas que os livres domal"(]o 17.15).

    A disciplina bblica c corretivana igreja necessria para a lim-peza do campo devido ao pecadoe seus males (v.41), todavia a dis-ciplina sem misericrdia acaba des-truindo tambm o trigo.

    4. A ceifa no Juzo Final.Di/ o texto: "Por ocasio da ceifa,direi aos ceifeiros: colhei primeiroo joio e atai-o em molhos para oqueimar; mas o trigo, ajuntai-o nomeu celeiro" (Mt 13.30). O tempoda colheita ser no "fim do mun-do", isto , no tempo do juzo finalde Deus {vv.39,40). Nesta refern-

    cia, no original, "mundo" no somente uma era ou poca dotempo, mas tambm o comporta-mento mpio do povo dessa mes-ma era. Nesse tempo do fim, o Se-nhor far a separao entre o tri-go e o joio. Na vinda do SenhorJesus, todo o trigo (os salvos)ser recolhido para o celeirocelestial (l Ts 4.15-17).CONCLUSO

    Aprendemos nesta parbola ofato da coexistncia da igreja como mal no tempo presente. Cum-pre-nos, pois, observar o que diza Palavra em Tt 2.12: "Vivamosneste presente sculo sbria, ejusta, e piamente". Devemos vivercom sabedoria, prudncia e firme-za na f, sem nos deixar envolvercom o mal, com o pecado e com ainjustia.

    QUESTIONRIO1. Na parbola do Trigo e do Joio, o que representa o "campo"?

    2. Quem so os dois semeadores?

    3. O que representam a boa semente e o joio?

    4. Com que tipo de pessoas a igreja tem de conviver?

    5. Quando ser o tempo da colheita?

    16 Lies Bblicas

  • Lio 4A EXPANSO

    DO REINO DOS CUS24 de abril de 2OO5

    TEXTO UREO"O Reino dos cus semelhante a

    um gro de mostarda que umhomem, pegando dele, semeou

    no seu campo" (Mt 13.31).

    VERDADE PRATICAA Igreja o Reino de Deus em

    franca expanso sobre a terra, con-forme o Senhor Jesus nos revela naparbola do gro de mostarda.

    LEITURA BBLICA EM CLASSEMATEUS 13.31,32;ATOS 2.44-47Mateus 1331- Outra parbola lhes props, di-zendo: O Reino dos cus seme-lhante a um gro de mostarda queum homem, pegando dele, semeouno seu campo;32- o qual realmente a menor detodas as sementes; mas, crescendo, a maior das plantas e faz-se uma

    LEITURA DIRIASegunda - Mt 28.19,20Crescimento da igreja segundo aGrande Comisso

    Tera - At 1.8,15O ponto de partida para ocrescimento

    Quarta - At 2.41-44O crescimento corporativo daigreja

    Quinta - At 2.41,47; 4.4; 5.14;9.31; 12.24O crescimento numrico da igrejaSexta - At 1.14; 2.1-4; 4.20, 24,31; 13.52; 16.5O crescimento qualitativo da igrejaSbado - Mc 16.15-20; Ef 4.13,14Evangelizao, nutrimento eservio fazem parte docrescimento da igreja

    Lies Bblicas 17

  • rvore, de sorte que vm as aves docu e se aninham nos seus ramos.Atos244- Todos os que criam estavamjuntos e tinham tudo em comum.45 - Vendiam suas propriedades efazendas e repartiam com todos, se-gundo cada um tinha necessidade.46- E, perseverando unnimes to-dos os dias no templo e partindo opo em casa, comiam juntos comalegria e singeleza de corao,47- louvando a Deus e caindo nagraa de todo o povo. E todos osdias acrescentava o Senhor igrejaaqueles que se haviam de salvar.

    INTRODUOTendo como base a Parbola do

    Gro de Mostarda, mostraremos nes-te domingo a franca expanso doReino de Deus sobre a terra atravsda Igreja. A fim de melhor compre-endermos as lies reveladas peloMestre, dividiremos o nosso estudoem trs pontos principais: a semen-te, a hortalia e as aves do cu.

    Roguemos ao Senhor, pois, quenos ajude a colocar em prtica cadauma das lies encontradas nessaparbola.

    I. A SEMENTE DE MOSTARDA(MT 13.31)

    1. O gro de mos ta rda(v.31). A palavra mostarda deorigem egpcia (sinapis) e aparece

    por cinco vezes nos trs primeirosEvangelhos (Mt 13.31; 17.20; Mc4.31; Lc 13.19; 17.6). Nos dias deJesus, a mostarda negra (sinapisnigr) era a mais conhecida. Suassementes, depois de trituradas, ser-viam de tempero para os alimentos.

    A mostarda era uma planta que,em terra frtil, crescia rapidamenteat trs ou quatro metros. Em seusramos, aninhavam-se as aves do cu.

    2. A lio dos contrastes.Ao propor esta parbola, Jesus usaum artifcio literrio a fim de res-saltar o contraste apresentado poresta hortalia. O gro de mostarda a menor das sementes; ao cres-cer, a maior das hortalias (v.32).Considerando tal fato, Jesus queriaque seus discpulos entendessemque mesmo uma semente to pe-quena capaz de produzir umgrande resultado. A operao divi-na o elemento que promove ocrescimento do Reino de Deus.

    semelhana do gro de mos-tarda, o Reino de Deus surge donada para demonstrar a plenitudedo poder divino. Isto equivale di-zer que a Igreja, como gro de mos-tarda, surpreendeu o mundo coma sua mensagem e com o seu po-der irresistvel no Esprito Santo.

    No comeo, seu desenvolvi-mento foi vagaroso por causa dasdificuldades a serem vencidas,tanto em relao aos inimigos doreino, quanto negligncia doslavradores. Mas, corno nos diz aPalavra, o gro de mostarda " re-almente a menor de todas as se-mentes; mas, crescendo, a mai-

    18 Lies Bblicas

  • or das plantas e faz-se uma r-vore" (Mt 13.32).

    3. O poder misterioso daf. Em outro evento, Jesus usou afigura do "gro de mostarda" parailustrar o poder misterioso e qua-litativo da f. Ler Mt 17.20.

    A dificuldade dos discpulos emcurar um menino (Mt 17.14-19)deu a Jesus a oportunidade no sde expulsar o demnio que oprimiaa criana, como tambm de mos-trar-lhes que a f produtiva quan-do procede de Cristo. Esta postaem ao, como confiana absolutaem Deus, segundo a sua Palavra.Voltando ao "gro de mostarda",vejamos as suas caractersticas.

    4. O campo de semeadura(v.31). O "campo" desta parbo-la pode ser interpretado como omundo, onde foi semeado o evan-gelho. No dia de Pentecostes, o gru-po de quase cento e vinte pessoas(At 1.15,16), mediante a ao doEsprito Santo, imediatamente cres-ceu e multiplicou-se para quasetrs mil almas (At 2.14,37-41).

    5. A lio do crescimento.Jesus no estava apenas empenha-do em crescimento numrico dediscpulos, mas tambm em mos-trar outro elemento fundamentalpara se avaliar o desenvolvimentodo Reino de Deus: o qualitativo.

    Em Mateus 28.19,20, h uma re-lao do discipulado com o cresci-mento da Igreja. No cumprimento daGrande Comisso, os discpulos, jrevestidos do poder do alto, mostra-ram haver aprendido as lies daparbola do gro de mostarda.

    II. A GRANDE ARVORE(MT 13.32)1. A forma de crescimen-

    to. O crescimento de uma rvo-re lento e progressivo; o deuma hortalia, como a mostarda, rpido e passageiro, porque estavive apenas o suficiente paraproduzir flores e sementes.

    Quando Jesus assemelhou o Rei-no de Deus a um gro de mostar-da, sugeriu que, assim como a se-mente desta hortalia desenvolve-se com muito vigor e misteriosa-mente, o Reino de Deus, atravs daIgreja, expandir-se-ia e surpreende-ria o mundo apesar de seu inciopequeno e humilde.

    Todavia, precisamos levar emconta um contraste sugerido pelacomparao: o crescimento dahortalia temporrio e limitado;o do Reino de Deus ilimitado.

    2. As ameaas ao crescimen-to. Nas parbolas anteriores, apare-ce o campo de plantio com os seusproblemas tpicos: recepo, absor-o e crescimento da sementelanada. Cada problema devia serencarado com diligncia pelo agricul-tor, pois, conforme diz a Bblia, "o queplanta e que rega so um; mas cadaum receber o seu galardo segundoo seu trabalho" (l Co 3.8). Ern senti-do geral, a Igreja o gro de mostar-da semeado que se desenvolveu etornou-se uma grande rvore.

    Nesta parbola, o campo umsistema de ao demonaca coman-dado pelo Diabo, pois "sabemos quesomos de Deus e que todo o mundoest no maligno"(l Jo 5.19).

    Lies Bblicas 19

  • Como Igreja, deparamo-noscom muitos oponentes neste mun-do, como a carne, o mundo, o Dia-bo e o pecado, os quais incumbem-se de criar todas as dificuldadespossveis ao desenvolvimento doReino de Deus. Ver l Jo 2.16,17.

    No podemos esquecer-nos deque, no campo de boas sementes,vem o inimigo e semeia o joio.

    3. O significado de "gran-de rvore"(v.32). Todos sabe-mos que a mostarda umahortalia que pode crescer at umaaltura de trs a quatro metros, de-pendendo de condies ideais domeio ambiente, como o caso dovale do Jordo. Em sntese, umarvore chama a ateno porque setorna visvel aos olhos humanos.Cada salvo, em Cristo, faz parte daigreja invisvel. Porm, a igrejavisvel que observada.

    III. AS AVES DO CU(MT 13.32)

    O texto sagrado diz: "Mas cres-cendo, a maior das plantas e faz-

    se uma rvore, de sorte que vmas aves do cu e se aninham nosseus ramos"(v.32). luz do contex-to das sete parbolas de Mateus 13sobre a esfera atual do Reino dosCus, bem como a analogia geraldas Escrituras, as "aves do cu"simbolizam Satans e seus dem-nios contra a Igreja. HerbertLockyer, respeitado erudito bbli-co, em seu livro sobre Parbolas,declarou: "as aves do cu no re-presentam homens e naes, e simo mal, isto , Satans, o prncipeda potestade do ar".

    A lio bsica que o Mestre de-sejava ensinar era sobre o "cresci-mento da igreja no mundo".

    CONCLUSOA Igreja, muito embora tenha

    tido um incio humilde e at mes-mo insignificante em relao asgrandes religies no-crists exis-tentes no mundo, cresceu e fru-tificou abrigando milhes de se-res humanos em sua sombra ecopa.

    1. ^mal a origem da palavra mostarda?2. O que os discpulos deveriam entender por meio do exemplo

    dessa hortalia?3. O que Jesus sugere ao assemelhar o Reino de Deus a um gro de

    mostarda?4. Quais os dois elementos fundamentais para se avaliar o desenvol-

    vimento do Reino de Deus?5. Quais so os oponentes que a Igreja enfrenta neste mundo?

    20 Lies Bblicas

  • Lio 5CRISTO, ,

    O TESOURO INCOMPARVEL1 de maio de 2OO5

    TEXTO UREO"Porque onde estiver o vosso

    tesouro, a estar tambm o vossocorao" (Mt 6.21).

    RDADE PRATICA

    Tendo a Cristo como o nossoinigualvel tesouro, tudo mais emnossa vida secundrio.

    LEITURA BBLICA EM CLASSEMATEUS 13.44; 6.19-21;FILIPENSES 3.7,8

    Mateus 1344 - Tambm o Reino dos cus seme-lhante a um tesouro escondido numcampo que umhomem achou e escon-deu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudoquanto tem e compra aquele campo.

    Segunda - Ef 1.18-23 Quinta - 2 Co 4.7Conhecendo as riquezas da glria Tesouro em vasos de barro

    Tera - Io 3.3O nico modo de conhecer oReino

    Quarta - Pv 2.4,5O conhecimento de Deus como o tesouro escondido

    Sexta - Fp 3.7,8Nosso tesouro supremo Cristo

    Sbado - 2 Co 8.9Cristo se fez pobre para nostornar ricos

    Lies Bblicas 21

  • Mateus 619- No ajunteis tesouros na terra,onde a traa e a ferrugem tudoconsomem, e onde os ladres mi-nam e roubam.20- Mas ajuntai tesouros no cu,onde nem a traa nem a ferrugemconsomem, e onde os ladres nominam, nem roubam.21 - Porque onde estiver o vossotesouro, a estar tambm o vossocorao.

    Filipenses 37 - Mas o que para mim era ganhoreputei-o perda por Cristo.8-E, na verdade, tenho tambmpor perda todas as coisas, pela ex-celncia do conhecimento de Cris-to Jesus, meu Senhor; pelo qualsofri a perda de todas estas coisas eas considero como esterco, paraque possa ganhar a Cristo.

    INTRODUOA parbola que vamos estudar

    hoje se encontra apenas no Evan-gelho de Mateus. Esta curta nar-rativa certamente prendeu a aten-o dos ouvintes, porquanto tra-tava de um assunto do interessede todos a descoberta de umtesouro. Trata-se de um homemque descobriu casualmente umtesouro escondido num campo e,com grande alegria, tomou todasas providncias a fim de adquiri-lo. Isto diz respeito ao zelo, inte-

    resse e empenho com que se devebuscar o Reino dos Cus.

    I. O TESOURO ESCONDIDO1. O sentido de "tesouro"

    na Bblia. Um tesouro consiste emvolumosa riqueza que pode ser emdinheiro, jia, ouro, prata, e in-meros outros bens que uma pessoapossua (Pv 15.16).

    2. O costume oriental deocultar tesouros. Era costume dospovos dos tempos bblicos escondertesouros em suas terras a fim deproteg-los de ladres e de vizinhosavarentos, ou pela simples falta demeios para preservao de suas ri-quezas. No havia bancos como emnossos dias (J 3.21; Pv 2.4). Jesususou esse fato para enfatizar o su-premo valor do Reino dos Cus.

    3. A possibilidade de ser odono do tesouro descoberto.Muitas vezes acontecia de um cam-pons achar um desses tesouros en-quanto cavava os campos. Entretan-to, o fato de algum encontrar umtesouro em terreno alheio, no lhedava o direito de possu-lo. Caso oafortunado estivesse realmente in-teressado naquela riqueza, teria deadquirir a propriedade na qual o te-souro fora encontrado (Mt 13.44).II. INTERPRETANDO OS

    ELEMENTOS DA PARBOLAEm linhas gerais, o Reino dos cus

    comparado a um tesouro inestim-vel, e o interesse de encontr-lo deveestar acima de qualquer outra coisa.Vejamos o que representa cada ele-mento desta parbola:

    22 Lies Bblicas

  • 1. O "campo" (v.44). "Orei-no aos cus semelhante a um te-souro escondido num campo". O"campo" certamente irata-se domundo habitado ao qual Jesus veio:"Porque Deus amou o mundo [gri-fo meu] de tal maneira que deu oseu Filho unignito, para que todoaquele que nele cr no perea, mastenha a vida eterna" (Jo 3.16). Lertambm Lucas 2.1 e Marcos 16.15.

    2. O "homem" (v.44). "Umtesouro escondido num campo queum homem achou e escondeu". Naparbola do semeador, Jesus o"homem" que "semeia a semente".Na do tesouro escondido, "o ho-mem" representa o pecador queencontra Cristo, o maior tesouroque algum pode descobrir. "Maso que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade,tenho tambm por perda todas ascoisas, pela excelncia do conheci-mento de Cristo Jesus, meu Senhor;pelo qual sofri a perda de todas es-tas coisas e as considero como es-terco, para que possa ganhar a Cris-to" (Fp 3.7,8; Mc 10.28-30).

    3. O "tesouro" (v.44).Comoj vimos anteriormente, o tesouro Cristo. No captulo 3 de Filipenses,verificamos que o apstolo Pauloreconhece que todos os valores ter-renos desaparecem diante da alegriade conhecer a Jesus. O profetaJeremias j nos alertava: "No se glo-rie o sbio na sua sabedoria, nemse glorie o forte na sua fora; no seglorie o rico nas suas riquezas. Maso que se gloriar glorie-se nisto: emme conhecer e saber que eu sou o

    Senhor, que fao beneficncia, juzoe justia na terra..." (Jr 9.23, 24). Ocrente no deve se gloriar cm seuconhecimento secular, talentos oubens, pelo contrrio, deve exultarpor haver conhecido o mais valiosode todos os tesouros Jesus.

    III. CRISTO, O TESOUROSUPREMOTodos os legtimos tesouros

    desta vida e deste mundo, sejamriquezas materiais, fama, prestgioou sabedoria humana, no podemser comparados magnificncia doreino e sua glria de que seremosparticipantes (Cl 2.2,3; Rm 8.18).

    1. Descobrindo as riquezasde Deus em Cristo Jesus. So-mente Cristo pode satisfazer osanseios da alma humana: "Como ocervo brama pelas correntes dasguas, assim suspira a minha almapor ti, Deus! A minha alma temsede de Deus, do Deus vivo..." (SI42.1,2). Quando o pecador vem aCristo, aceitando-o corno seu Salva-dor, recebe como herana toda a ri-queza do Re-4no de Deus (Ef1.3,17,18). Cristo , portanto, o te-souro de valor incalculvel que deveser sempre buscado acima de tudo.

    2. Cristo nosso tesouropermanente . As riquezas destemundo so transitrias e perecveise no nos acompanham por toda avida. A Bblia nos aconselha: "Noajunteis tesouros na terra, onde atraa e a ferrugem tudo consomem,e onde os ladres minam e roubam"(Mt 6.19). Jesus no semelhanteao ouro nem prata (At 17.29).

    Lies Bblicas 23

  • Nossa verdadeira e multiforme ri-queza permanecer conosco portoda a eternidade: Jesus Cristo, o Paida Eternidade (Is 9.6), "o Alfa e omega, o Princpio e o Fim, diz oSenhor, que , e que era, e que hde vir, o Todo-Poderoso" (Ap 1.8).IV. A ESCOLHA DO

    MAGNIFICO TESOUROA Bblia nos afirma que Jesus

    no precioso somente aos olhosde Deus, mas tambm aos olhosdaqueles que crem em seu nome:"Pelo que tambm na Escritura secontm: Eis que ponho em Sio apedra principal da esquina, eleitae preciosa; e quem nela crer noser confundido" (l P 2.6). Toda-via, esta "Pedra Preciosa" pode re-ceber distintas respostas humanas,como veremos a seguir.

    1. Pessoas que escolheramo magnfico tesouro de Deus.Pedro e Andr trabalhando no marda Galilia ouviram o convite deJesus para segui-lo. Imediatamen-te deixaram tudo e seguirarn-no(Mt 4.18-20). Tiago e Joo proce-deram da mesma maneira ao seremconvocados pelo Mestre: "Eles, dei-xando imediatamente o barco e seupai, seguiram-no" (Mt 4 .22) . Oapstolo Paulo tambm declarou asua escolha por Cristo: "Mas o quepara mim era ganho reputei-o per-da por Cristo" (Fp 3.7). O eunucoetope no conseguiu resistir ex-posio do plano de salvao exe-cutado por Jesus. Diante da per-gunta de Filipe, confirmou sua f,foi batizado e prosseguiu sua ca-

    minhada regozijando-se por ter en-contrado o Tesouro Incomparvel(At 8.35-39).

    2. A rejeio do Bom Te-souro (Lc 18.18-30). O jovemrico desta passagem bblica colo-cou suas riquezas acima do Mes-tre. Seu corao estava to apega-do aos bens materiais que, apesarda sua tristeza, rejeitou o convitede Jesus. tambm o caso dos ou-vintes mencionados em Jo 5.40.Por causa de suas prioridades, ojovem rico desafiado a vendersuas riquezas e do-las aos pobres.Contudo, seu apego s riquezas to grande que torna-se um obs-tculo intransponvel entre ele e oSalvador. Este homem preferiudesfrutar das riquezas desta terraa ter um tesouro no cu. Diantedesta escolha, Jesus conforta seusabnegados discpulos (que haviamdeixado tudo para segui-lo): "Naverdade vos digo que ningum h,que tenha deixado casa, ou pais,ou irmos, ou mulher, ou filhospelo Reino de Deus e no haja dereceber muito mais neste mundoe, na idade vindoura, a vida eter-na" (Lc 18.29,30).CONCLUSO

    A busca por tesouros sempreexerceu um fascnio sobre a huma-nidade. Ao narrar esta parbola, oMestre enfatiza a alegria daquelehomem ao descobrir um tesouro.O mesmo ocorre com o pecador quese encontra com Jesus, pois o Se-nhor to precioso que o pensa-mento e a linguagem humanos so

    24 Lies Bblicas

  • incapazes de expressar o seu valor.Quando temos Cristo, possumosabsolutamente tudo o que precisa-

    mos para viver realmente felizesaqui na terra, tendo dEle a certezada vida eterna.

    Intransponvel: Que no se pode ultrapassar.Magnificncia: Grandiosidade; esplendor; grandeza.Mult iforme: Que se apresenta de muitas maneiras.Perecvel: Que desaparece ou se extingue.Transitrio: De pouca durao; passageiro.

    QUESTIONRIOl. Por que havia o costume oriental de esconder tesouros em suas

    terras?

    2. Quem o Tesouro Supremo?

    3. O que o campo e o homem representam?

    4. Mencione exemplos de personagens bblicos que escolheram oBom Tesouro.

    5. Cite um personagem bblico que rejeitou o Bom Tesouro.

    Lies Bblicas 25

  • Lio 6LANAI A REDE

    8 de maio de 2OO5

    TEXTO UREO LEITURA BBLICA EM CLASSE"Igualmente, o Reino dos cus semelhante a uma rede lanada

    ao mar e que apanha todaqualidade de peixes" (Mt 13.47).

    VERDADE PRATICASomente no final dos tempos, no

    momento determinado por Deus,ocorrer a separao entre o bom eo mau, entre o justo e o injusto.

    MATEUS 13.47-51;ROMANOS 2.5-11Mateus 1347- Igualmente, o Reino dos cus semelhante a uma rede lanada aomar e que apanha toda qualidade depeixes.48- E, estando cheia, a puxam paraa praia e, assentando-se, apanhampara os cestos os bons; os ruins,porm, lanam fora.

    Segunda - Ml 3.17,18O que serve a Deus diferente noseu viver, daquele que no o serve

    Tera - Lc 17.34-37Os fiis sero separados dos infiis

    Quarta - Mt 24.31Os escolhidos sero reunidospelos anjos

    Quinta - Mt 25.34O final glorioso dos justosSexta - l Co 4.5As boas e as ms obras seromanifestas

    Sbado - Mc 16.15-18O evangelho no faz acepo depessoas

    Lies Bblicas

  • 49- Assim ser na consumao dossculos: viro os anjos e separaroos maus dentre os justos.50- E lan-los-o na fornalha defogo; ali, haver pranto e ranger dedentes.51- E disse-lhes Jesus: Entendestestodas estas coisas? Disseram-lheeles: Sim, Senhor.Romanos 25 Mas, segundo a tua dureza e teucorao impenitente, entesouras irapara ti no dia da ira e da manifesta-o do juzo de Deus,6-o qual recompensar cada umsegundo as suas obras,7 - a saber: vida eterna aos que, comperseverana em fazer bem, procu-ram glria, e honra, e incorrupo;8 - mas indignao e ira aos que socontenciosos e desobedientes ver-dade e obedientes iniquidade;9 - tribulao e angstia sobre todaalma do homem que faz o mal, pri-meiramente do judeu e tambm dogrego;10- glria, porm, e honra e paz aqualquer que faz o bem, primeira-mente ao judeu e tambm ao grego;11 - porque, para com Deus, no hacepo de pessoas.

    INTRODUOA Parbola da Rede semelhan-

    te a do Trigo e do Joio em algunsaspectos. Ambas mostram a convi-vncia temporria nesta vida entre

    os bons e os maus, e a separaofinal entre eles. o caso da luz en-tre as trevas (Ef 5.8; Mt 5.16). Istoest bem explorado em l Co 5.9-13. As duas parbolas concluemafirmando que a separao inevi-tvel e inadivel entre um e outroocorrer "na consumao dos scu-los" (Mt 13.40,49).

    Na Parbola da Rede, somos ad-vertidos pacincia, a evitarmos ojulgamento precipitado, e a convi-vermos com todas as pessoas, sejamboas ou ms. Esta, a ltima das seteparbolas registradas em Mateus 13,apresenta o fim da dispensao daGraa e o juzo final.

    Nesta parbola, cinco elementosse destacam: a rede, o mar, os pes-cadores, os peixes e os anjos.I. A REDE (MT 13.47)

    O Reino dos cus, diz o texto, semelhante a "uma rede lanada aomar". O tipo de rede mencionadaneste versculo a de arrasto, em-pregada na pescaria de varredura,que recolhe todos os tipos de peixes.

    1. A malha dessa rede. Amalha desse tipo de rede recolhetoda espcie de peixes: bons e ru-ins, teis e inteis. De modo seme-lhante, quando a igreja lana a redepor meio da pregao do Evange-lho, alcana e abrange todo tipo depessoa, sem qualquer discrimina-o. Entretanto, nem todas perma-necem em suas malhas, visto queentre o povo de Deus h muitos queno so verdadeiramente leais aCristo e sua Palavra. "Mas, agora,escrevi que no vos associeis com

    Lies Bblicas 27

  • aquele que, dizendo-se irmo, fordevasso, ou avarento, ou idlatra,ou maldizente, ou beberro, ouroubador; com o tal nem aindacomais" (ICo 5.11).

    2. A rede no discriminaos peixes. A rede mencionada naparbola manejada por vriospescadores. H tambm a rede in-dividual de pescar, como a popu-lar tarrafa e outras modalidades.Isso ilustra a pescaria espiritual (Mt4.19): a evangelizao de massa oucoletiva e a pessoal ou individual.A rede da pescaria espiritual parao reino de Deus, lanada no Dia dePentecostes, continuar a ser usa-da at ao final da dispensao dagraa.

    II. O MAR (MT 13.47)1. O mar representa a hu-

    manidade. O mar na linguagemfigurada da Bblia, que inclui asparbolas, representa a humanida-de em geral {Is 57.20; Dn 7.3; Ap17.15). O que a Bblia sugere acer-ca do mar no est limitado ape-nas sua superfcie; envolve tam-bm a sua profundidade e obscuri-dade por causa das trevas do peca-do. Todavia, o evangelho tem opoder de resgatar do fundo do maro mais vil pecador: "Porque no meenvergonho do evangelho de Cris-to, pois o poder de Deus para sal-vao de todo aquele que cr, pri-meiro do judeu e tambm do gre-go" (Rm 1.16).

    Quando a rede lanada ao mar,recolhe toda espcie de peixes. As-sim tambm o evangelho: a ningum

    discrimina, mas pregado a todacriatura (Mc 16.15). A seleo no feita pelos pescadores na malha darede, mas depois que a rede reco-lhida praia. A separao entre"bons e maus" ser executada naconsumao de todas as coisas.

    III. OS PESCADORES(MT 13.48)O texto no destaca os pescado-

    res como tais, mas o seu trabalho.Isso instrutivo. O trabalho cons-titui em lanar a rede e pux-lapara a praia, separando os peixesbons dos ruins. Naturalmente, esseponto representa a misso princi-pal da Igreja de Cristo na terra -evangelizao e discipulado.

    1. A convocao dos dozepescadores de homens. Comoalguns dos discpulos eram pesca-dores, Jesus sabiamente usou estaparbola em virtude da relaodesta com o trabalho deles. Foi poristo que, ao convoc-los, estimulou-os a serem pescadores de homens(Mc 1.16-18). Suas redes seriamoutras; receberiam pessoas de todaclasse, raa, cultura e nao.

    2. Incontveis pescadoresde homens. O nmero de pesca-dores comeou com 12 homens etem se multiplicado em milhesatravs dos sculos. Apesar de to-das as investidas do inimigo denossas almas para deter o avanoda Igreja, a rede continua firme;jamais se rompeu; jamais se desfez.

    3. Cada crente, um pesca-dor de homens. Todo ganhadorde almas um pescador neste gran-

    28 Lies Bblicas

  • de mar. Por conseguinte, missode cada crente ser um pescador dealmas para o Reino de Deus (Mc16.15; At 1.8). A ordem imperativade Marcos 16.15 no para um gru-po especfico, mas para todos aque-les que pertencem Igreja de Jesus.

    IV. OS PEIXES (MT 13.47)1. Os peixes que caem na

    rede. Sabemos que a rede no dis-crimina, nem seleciona os peixes.A parbola diz que a rede apanhapeixes de toda espcie, bons emaus. A igreja, num certo sentido, a continuao da rede, pois elaachega-se todo tipo de pessoas.

    2. Os peixes bons e ruins.Os crentes verdadeiros so os bons;os ruins so aqueles que tm nomede crente e no o so. Era esse o casodos fariseus - crentes de aparncia.O Senhor Jesus deixou isso muitoclaro em Mateus 23. O ensino deJesus nesta parbola no diferen-te do de outras, como o da distin-o entre o trigo e o joio. A separa-o s feita no momento apropri-ado. A igreja visvel e local, em seurol de membros, tem uma mescla decrentes espirituais e carnais. Uns soparte integral da igreja como ser-vos fieis do Senhor; outros so ape-nas acompanhantes, ningum sabeat quando. E com toda essa gentemisturada, s vezes torna-se difcildistinguir quem quem na vida co-mum de uma igreja local (visvel).

    O apstolo Paulo declarou que"nem todos os que so de Israel soisraelitas" (Rm 9.6-8). Muitos sedizem cristos, mas no o so. Per-

    tencer igreja visvel no implicaser membro da igreja verdadeira.H pessoas religiosas, porm noregeneradas; que se batizaram emguas, todavia nunca foram lava-das pelo sangue de Cristo. Pessoasque se professam crists, entretan-to, interiormente no possuemqualquer sinal do cristianismo b-blico (Mt 7.21-23).

    Grande e terrvel ser a surpre-sa dos que aqui na terra permane-cerem na incredulidade at mor-te, e tambm para aqueles que con-fiam em sua religio, em suas boasobras, em seus sacrifcios, nos ho-mens ou nos anjos.

    V. O PAPEL DOS ANJOS NOFINAL DOS TEMPOS(MT 13.49,50)Lamentavelmente, tem havido

    distores e falsas doutrinas quan-to ao papel dos anjos em relao Igreja e ao mundo presente. Na atu-al dispensao, o Esprito Santoque est formando ativamente aigreja, e no os anjos.

    Segundo a Bblia, no final destadispensao, na volta de Cristo sua igreja amada, os seres celestiaisentraro em ao no arrebatamen-to dos vivos e na ressurreio dosmortos em Cristo.

    CONCLUSOO reino de Deus anunciado a

    todos, porm a maioria dos homens indiferente e permanece na mi-sria do pecado, ou ento, conten-ta-se em ser um cristo meramen-te nominal.

    Lies Bblicas 29

  • Esta parbola ensina-nos a de-finir nosso papel como obreirosque, semelhante aos pescadores,lanam a rede do evangelho paraapanhar o maior nmero possvel

    de almas para Cristo. Que o Senhornos permita estender a rede da sal-vao e convidar a todos os homenspara que se arrependam de seuspecados e creiam no evangelho.

    Discriminao: Ato ou efeito de diferenar ou distinguir.Imperativo: Que ordena ou exprime uma ordem.Inadivel: Que no se pode adiar; improrrogvel.Investidas: Tentativas; ato de atacar ou arremeter.Precipitado: Que no reflete; apressado; imprudente.

    QUESTIONRIO7. Que tipo de rede mencionado na parbola?

    2. O que acontece quando a igreja lana a rede do Evangelho?

    3. Qual o sentido da palavra "mar" na parbola?

    4, Quando se far a separao entre os peixes bons e ruins?

    5. De quem composta a igreja visvel?

    30 Lies Bblicas

  • Lio?FIDELIDADE E DILIGNCIA

    NA OBRA DE DEDS15 de maio de 2OO5

    TEXTO UREO

    "Alem disso, requer-se nosdespenseiros que cada um

    se ache fiel" (l Co 4.2).

    VERDADE PRATICA

    A fidelidade em tudo, no poucoe no muito, imprescindvel ao ser-vo de Deus.

    LEITURA BBLICA EM CLASSEMATEUS 25.14-30

    14- Porque isto tambm como umhomem que, partindo para fora daterra, chamou os seus servos, e en-tregou-lhes os seus bens,15- e a um deu cinco talentos, e aoutro, dois, e a outro, um, a cada umsegundo a sua capacidade, e ausen-tou-se logo para longe.

    Segunda - I Co 4.2; 2 Tm 2.2A fidelidade no uso dostalentos indispensvel

    Tera - Io 20.21Pomos comissionados peloSenhor Jesus

    Quarta - Fp 2.12A obra do Senhor deve ser feitacom temor c tremor

    Quinta - Tg 2.17,18A verdadeira f expressa-se pelasboas obras

    Sexta - Ez 28.11-19Talentos usados contra Deus

    Sbado - SI 58.11; Lm 3.64;Os 4.9A recompensa do Senhor

    Lies Bblicas 31

  • 16- E, tendo ele partido, o que rece-bera cinco talentos negociou com elese granjeou outros cinco talentos.17- Da mesma sorte, o que receberadois granjeou tambm outros dois.18- Mas o que recebera um foi, ecavou na terra, e escondeu o dinhei-ro do seu senhor.19- E, muito tempo depois, veio osenhor daqueles servos e ajustoucontas com eles.20- Ento, aproximou-se o que re-cebera cinco talentos e trouxe-lheoutros cinco talentos, dizendo: Se-nhor, entregaste-me cinco talentos;eis aqui outros cinco talentos queganhei com eles.21- E o seu senhor lhe disse: Bemest, servo bom e fiel. Sobre o poucofoste fiel, sobre muito te colocarei;entra no gozo do teu senhor.22- E, chegando tambm o que ti-nha recebido dois talentos, disse:Senhor, entregaste-me dois talen-tos; eis que com eles ganhei outrosdois talentos.23-Disse-lhe o seu senhor: Bemest, bom e fiel servo. Sobre o poucofoste fiel, sobre muito te colocarei;entra no gozo do teu senhor.24- Mas, chegando tambm o querecebera um talento disse: Senhor,eu conhecia-te, que s um homemduro, que ceifas onde no semeastee ajuntas onde no espalhaste;25- e, atemorizado, escondi naterra o teu talento; aqui tens oque teu.26- Respondendo, porm, o seusenhor, disse-lhe: Mau e negligen-

    te servo; sabes que ceifo onde nosemeei e ajunto onde no espa-lhei;27- devias, ento, ter dado o meudinheiro aos banqueiros, e, quandoeu viesse, receberia o que meucom os juros.28- Tirai-lhe, pois, o talento e dai-oao que tem os dez talentos.29- Porque a qualquer que tiver serdado, e ter em abundncia; mas aoque no tiver, at o que tem ser-lhe- tirado.30- Lanai, pois, o servo intil nastrevas exteriores; ali, haver prantoe ranger de dentes.

    INTRODUOExiste um paralelo entre as Pa-

    rbolas dos Talentos e das Minasem Lucas 19.11-27.

    Na parbola das minas, a cadaservo foi entregue o mesmo valor;a mesma responsabilidade: "umamina" (v.13), mas a recompensavariou conforme o trabalho efetu-ado pelos servos (w.16-26).

    Na dos talentos, variou a quan-tidade de talentos para cada servo(Mt 25.15), mas a recompensa foia mesma para todos (w. 23,24). Aprimeira parbola destaca a fideli-dade do crente nas mnimas coisas,e a segunda, a fidelidade nas gran-des coisas, no servio do Senhor.Ambas as parbolas tratam a fun-do do valor da diligncia na casade Deus.

    32 Lies Bblicas

  • l. A DISTRIBUIO DOSTALENTOS (MT 25.14,15)1. O que era talento? A ideia

    principal desta parbola a de umhomem rico que, ao retirar-se deseu pas, distribuiu talentos aosseus servos conforme a capacida-de de administrar de cada um. Nosdias de Jesus, o talento era umamoeda de muito valor. Um talentoequivalia a alguns milhares dedenrios, e um denrio era a remu-nerao diria de um trabalhador(Mt 20.2).

    2. O significado dos talen-tos na parbola. Esses talentosrepresentam habilidades naturaisou espirituais, tempo, recursos eoportunidades que cada pessoarecebe de Deus para utiliz-los emseu servio. Isto , recebemos doSenhor para administr-los em fa-vor do seu reino. Tudo o que te-mos e somos advm de nosso Se-nhor Jesus Cristo, pois todas ascoisas foram criadas nele, por Elee para Ele (Cl 1.16), e, sem Ele,nada somos e nada podemos fa-zer (Jo 15.5). Cada pessoa, emparticular, dotada de algum ta-lento com o qual poder trabalharpara o Senhor e receber a devidarecompensa.

    3. Talentos repartidos en-tre os servos (Mt 25.15). OSenhor repartiu os talentos de for-ma proporcional capacidade decada um para negociar, a fim deque cada servo pudesse ser bem-sucedido em suas alividades. Nose trata de algum tipo de discri-minao, mas da potencialidade

    individual, espiritual e comum decada crente para servir. O impor-tante que todos desempenhemsatisfatoriamente os seus trabalhose desenvolvam suas aptides naobra de Deus. Segundo a parbo-la, aquele senhor entregou a umservo cinco talentos; a outro, doise ao terceiro, um. Cada servo de-veria empreg-los da melhor for-ma possvel.

    H. O TRABALHO DOS SERVOS(MT 25.15-18)1. O que recebeu cinco ta-

    lentos (w.16,19-21). Era, in-discutivelmente, talentoso! Tantoque, imediatamente aps a sadade seu senhor, no perdeu tempo,ps-se a trabalhar com diligncia.Diz o texto que esse servo "nego-ciou com eles e granjeou outroscinco talentos" (Mt 25.16,20). Overdadeiro cristo esmera-se emnegociar seus talentos, fazendo-osmultiplicar. No indolente, antes, diligente em tudo que faz. Con-fia no seu senhor e o tem por jus-to, porquanto sabe que na voltajdEle receber seu galardo (ICo15.10; Fp4.13).

    2. O que recebeu dois ta-lentos (vv. 1 7 , 2 2 , 2 3 ) . Mesmohavendo recebido apenas dois ta-lentos, no teve inveja ou cimesdo que recebera cinco, pois reco-nhecia seus limites. Isto nos ensinaque o Senhor sabe exatamentequantos talentos podemos adminis-trar. Devemos empregar diligente-mente o que de Deus temos recebi-do. Esse servo no questionou a

    Lies Bblicas 33

  • quantidade de talentos ganhos,pelo contrrio, trabalhou com per-sistncia e granjeou outros dois ta-lentos.

    3. O que recebeu apenasum talento (w. l 8,24,25).Pelo fato de ter outorgado apenasum talento a este servo, Deus noo estava menosprezando; ao con-trrio, isso era tudo o que aqueleservo poderia granjear naquelemomento. Caso negociasse aqueletalento, pela sua fidelidade, ser-lhe-ia acrescentado outro. Contu-do, este servo criticou o seu Se-nhor, acusou-o de injustia, de-monstrando falta de autocrtica eingratido (Mt 25.24,25).

    H na igreja pessoas que se de-claram servos de Deus (cf. w. 14,26),todavia no querem trabalhar parao seu Senhor (v. 18); c ainda apre-sentam justificativas contra Deus.

    Devemos nos contentar comaquilo que recebemos do Senhor cfazer o melhor para agrad-lo.

    III. O XITO E O INSUCESSODOS SERVOS

    1. O xito dos primeirosservos (vv. 16,17,19-23). Anarrativa declara que tanto quemrecebeu cinco quanto dois talentosdo senhor negociaram bem e du-plicaram-nos. Estes foram fiis ediligentes. Na vida cotidiana daigreja, todo crente recebe ddivasnaturais e espirituais do Senhor, afim de fazer a igreja progredir so-cial, material e espiritualmente.Deus est atento fidelidade comque as empregamos em seu Reino.

    Os dois primeiros servos dedica-ram-se em negociar seus talentos,por isso obtiveram xito.

    2. O insucesso do terceiroservo (vv.18,24,25). Podemoscomparar este servo ao crente quenunca est satisfeito. Esse servo ha-via recebido tanto quanto era ca-paz de negociar, entretanto, "foi, ecavou na terra, e escondeu o di-nheiro do seu senhor"(v.!8). Essetalento representa desperdcio eprejuzo para o senhor. Da mesmamaneira, ocorre no Reino de Deuscom os crentes que, ao invs de tra-balharem, desprezam suas habili-dades naturais e espirituais e tor-nam-se inteis na Casa de Deus. o tipo de pessoa que tenta salvarsua vida, no entanto, acaba perden-do-a (Mt 16.25).IV. A PRESTAO DE CONTAS

    (MT 25.19)1. Fidelidade antes da re-

    compensa. Antes de requerer qual-quer direito, o servo deve cumprir oseu trabalho para receber seu paga-mento. O prmio extra pelo trabalhoexecutado ser sempre fruto da bon-dade do Senhor. Os servos fiis em-pregaram sua capacidade mxima nolabor. Enquanto o infiel, alm de en-terrar seu talento, acusou injusta-mente seu senhor de vileza (v. 18,24).Ele foi improdutivo. Deixou de nego-ciar seu talento, e para confirmar suaindolncia, enterrou-o a fim de pa-recer honesto, devolvendo-o semqualquer valor acrescido. Por isso, foicondenado e chamado "mau e negli-gente servo" (v.26).

    34 Lies Bblicas

  • 2. Recompensa depois daf ide l idade . Todo servo deve fa-zer seu trabalho com alegria, dili-gncia e fidelidade. A recompen-sa daqueles fiis servos foi o con-vite para entrar "no gozo do Se-nhor" (vv.21,23). Nosso galardoest explcito na Bblia (Ap 2.10).Na realidade, nosso servio parao Senhor pouco em relao recompensa que ganharemos. Osrduos trabalhos de hoje so in-comparveis s bnos da eter-nidade {Ap 22.3).

    3. O ajuste de contas. OSenhor voltar para reaver seustalentos quando ningum o espe-rar (Mt 25.13,19). Devemos traba-lhar com diligncia e vigilncia atque Ele venha, porquanto cada umde ns dar conta de si mesmo aDeus (Rm 14.12). Os fiis seroabenoados e entraro no gozo do

    Senhor, todavia, os infiis ficarode fora e sero punidos sem mise-ricrdia. Receberemos pelo que fi-zermos ou deixarmos de fazer parao Senhor enquanto estivermos aquina terra (Ef 6.8; Cl 3.24,25).

    CONCLUSOAprendemos algumas lies

    preciosas nesta parbola: todos re-cebemos algum dom de Deus a fimde us-lo no progresso do Reino;existem servos infiis e injustos quenada fazem em prol do crescimen-to da obra de Deus; haver um diade prestao de contas para os jus-tos o Tribunal de Cristo (2 Co5.10) e injustos o Grande Tro-no Branco (Ap 20.11-15) ; e, ob-viamente, a retribuio ser distin-ta para fiis e infiis. Multiplique-mos, pois, os talentos que recebe-mos do Senhor Nosso Deus.

    QUESTIONRIO1. Qual o significado dos talentos nesta parbola?

    2. Como foi feita a distribuio dos talentos?

    3. Como foi o desempenho dos trs servos?

    4. O que o Senhor requer de cada um de seus servos?

    5. De que maneira os servos fiis sero recompensados?

    Lies Bblicas 35

  • Lio 8O GRACIOSO PERDO DE DEUS

    22 de maio de 2O05

    TEXTO UREO"senhor, at quantas vezes

    pecar meu irmo contra mm, eeu lhe perdoarei? At sete? Jesus

    lhe disse: No te digo que atsete, mas at setenta vezes sete"

    (Mt 18.21,22).

    ERDADE PRATICAAssim como somos perdoados

    por Deus, devemos perdoar os nos-sos ofensores.

    LEITURA BBLICA EM CLASSMATEUS 18.23-3523- Por isso, o Reino dos cus podecomparar-se a um certo rei que quisfazer contas com os seus servos;24- e, comeando a fazer contas,foi-lhe apresentado um que lhe de-via dez mil talentos.25- E, no tendo com que pagar, oseu senhor mandou que ele, e suamulher, e seus filhos fossem vendi-dos, com tudo quanto tinha, paraque a dvida se lhe pagasse.

    Segunda - Mt 5.23,24O perdo precede a adorao

    Tera - Is 55.7O perdo de Deus grandioso

    Quarta - Mt 6.14,15Somos perdoados conformeperdoamos

    Quinta - SI 86.5O Senhor quer perdoar

    Sexta - Lc 23.34O perdo de Jesus gracioso

    Sbado - l P 4.8Perdoar uma expresso doamor divino em ns

    36 Lies Bblicas

  • 26- Ento, aquele servo, prostran-do-se, o reverenciava, dizendo: Se-nhor, s generoso para comigo, etudo te pagarei.27- Ento, o senhor daquele servo,movido de ntima compaixo, sol-tou-o e perdoou-lhe a dvida.28- Saindo, porm, aquele servo,encontrou um dos seus conservesque lhe devia cem dinheiros e, lan-ando mo dele, sufocava-o, dizen-do: Paga-me o que me deves.29- Ento, o seu companheiro, pros-trando-se a seus ps, rogava-lhe,dizendo: S generoso para comigo,e tudo te pagarei.30- Ele, porm, no quis; antes, foiencerr-lo na priso, at que pagas-se a dvida.31- Vendo, pois, os seus conservoso que lhe acontecia, contristaram-se muito e foram declarar ao seusenhor tudo o que se passara.32- Ento, o seu senhor, chaman-do-o sua presena, disse-lhe: Ser-vo malvado, perdoei-te toda aqueladvida, porque me suplicaste.33- No devias tu, igualmente, tercompaixo do teu companheiro,como eu tambm tive misericrdiade ti?34- E, indignado, o seu senhor oentregou aos atormentadores, atque pagasse tudo o que devia.35 - Assim vos far tambm meu Paicelestial, se do corao no per-doardes, cada um a seu irmo, as suasofensas.

    INTRODUOA Parbola do Credor Incompas-

    sivo tem por tema principal o per-do divino, originando o esperadoe correto procedimento do cristoperdoado por Deus: perdoar tam-bm o seu prximo. Nesta lio,estudaremos a ofensa cometida, operdo e o relacionamento entreofensor e ofendido.

    No ensino de Jesus, temos al-guns princpios para perdoar decorao aos que nos ofendem,como Deus nos perdoou e continuaa nos perdoar. "Antes, sede unspara com os outros benignos, mi-sericordiosos, perdoando-vos unsaos outros, como tambm Deus vosperdoou em Cristo" (Ef 4.32). Adoutrina contida na parbola notrata apenas do perdo de Deuspara o homem, mas tambm destepara com o prximo.

    I. O PONTO DE PARTIDA PARAO PERDO (MT 18.1-20)1. O contexto da parbola

    (Mt 18.l-6). Esta parbola de-vidamente compreendida quandomeditamos nas palavras de Jesusconcernente criana e o Reino doscus (w.1-4). A nfase de Jesus humildade da criana mostra a im-portncia de ser dcil e a conde-nao do esprito inflexvel, irredu-tvel e vingativo. Tal humildadepropicia um esprito submisso eperdoador necessrio aos que de-sejam servir a Jesus. Quando nos

    Lies Bblicas 37

  • tornamos simples como uma crian-a, isto , sem malcia, preconcei-to, e preveno, recebemos a graade Deus para suportar e perdoar asofensas, pois pela graa de Deusque somos perdoados (Ef 1.7;2.8).

    2. A iniciativa para o per-do (Mt 18.15-17). Como Jesusj ensinava em Mt 5.23,24, a atitu-de inicial para o perdo e reconci-liao deve partir do ofendido(v.15).

    Quando algum ofende o seuprximo, peca contra ele. Se forpessoa sensvel, de boa f e temen-te a Deus, fica inquieta, receosa,temerosa e envergonhada. Esta uma das razes pelas quais o ofen-dido deve, confiando na Palavra deDeus, tomar a iniciativa de perdo-ar o ofensor. Caso o ofensor noreconhea o seu pecado, nem searrependa, Jesus aponta a discipli-na eclesistica.

    II. O PERDO PROCEDE DACOMPAIXO (MT 18.23-35)

    Jesus em seu ensino sobre o per-do entre os irmos ilustrou-o comuma parbola.

    1. Um ajuste de contas (Mt18.2 3). O versculo 2 3 declara queum certo rei resolveu acertar ascontas com os seus servos e umdeles, que devia "dez mil talentos",foi chamado para pagar a dvida.Dez mil talentos corresponde hoje,segundo alguns clculos, a quase30 milhes de reais. Urna dvida ex-tremamente alta, cuja quitao eraimpossvel para um sdito ou ser-vo do rei pagar. Certamente isto

    fala da nossa incalculvel dvidacom Deus (nossos pecados, Mt6.12), que homem nenhum podesaldar. Ver Rm 3.9-18; Ed 9.6; l Jo1.7,9; Tt 2.14.

    2. A imensa dvida contra-da (w.23,24). Embora a dvidadeste servo fosse muito maior doque ele poderia pagar, o generosorei, cancelou todo o dbito. issoque Deus faz com os pecados inu-merveis daquele que vem a Cristoe pela f o aceita como seu Salva-dor. Assim como Deus nos perdoou,tambm devemos perdoar aos nos-sos devedores {Mt 6.14,15).

    3. A dvida impagvel(Mt 18.25). Diz o texto que o ser-vo "no tendo com que pagar" ape-lou compaixo do seu senhor. Deacordo com a Bblia, somos peca-dores insolventes, incapazes de pa-gar nossas dvidas diante de Deus.A justia divina requer a repara-o do erro, por esta razo "o sa-lrio do pecado a morte" (Rm6.23), ou seja, a justa retribuiode quem vive a pecar a morte.Sem o perdo divino, a morte eter-na inevitvel, porm a justiadivina foi satisfeita quando Cristomorreu em nosso lugar: "levandoele mesmo em seu corpo os nossospecados sobre o madeiro, paraque, mortos para os pecados, pu-dssemos viver para a justia; epelas suas feridas fostes sarados"(l P 2.24).

    4. A compaixo graciosaperdoa toda a dvida (Mt18.26,27). Desesperado, o sdi-to apela ao rei para prolongar o

    38 Lies Bblicas

  • prazo do pagamento do dbito. Adespeito da vultosa quantia, o mo-narca, compadecido, perdoa-lhe advida. Isto ilustra o que Deus fezpor ns. No somos capazes de ex-piar nossa culpa por nossos mri-tos, entretanto pela compaixo deDeus, todos os nossos pecados soperdoados. C) pagamento exigidopela justia foi pago por Jesus. Eleassumiu a nossa dvida e nos per-doou! (l Jo 1.7-9).

    III. A INCLEMNCIA DOSERVO PERDOADO (MT18.28-35)1. A crueldade do servo do

    rei (vv.28-30). Logo que aqueleservo saiu da presena de seu se-nhor, j perdoado da sua apavoran-te e sinistra dvida, encontrou umseu conservo que lhe devia umaquantia incomparavelmente menor.Ele ali mesmo cobrou-lhe a dvida,agredindo-o violentamente semqualquer misericrdia. Sua cruelda-de para com o seu devedor contras-tava com a bondade e grandeza dealma do seu senhor. O servo perdo-ado queria misericrdia, mas noqueria proceder assim com o seu se-melhante. Enquanto o servo perdo-ado devia dez mil talentos, o seuconservo lhe devia "cem dinheiros",o que equivale, a grosso modo, me-nos de cem reais. Esqueceu-se dacompaixo de seu senhor e no me-diu as consequncias de seus atos.Foi cruel, desumano, iracundo e vi-olento. O monarca, ao saber da cru-eldade, indignou-se e o chamou afim de retribuir-lhe conforme a in-

    complacncia demonstrada (Mt18.32,33), condenando-o a pagartoda a dvida.

    2. O perdo revogado (Mt18.34). A atitude do rei desfaz aideia de "uma vez salvo, salvopara sempre", pois a salvao re-quer de todos ns que cuidemosbem daquilo que recebemos. VerHb 3.12; Fp 2.12; l Co 10.12. Oservo no soube conservar a bn-o do perdo quando o negou aoseu prximo. Quando um pecadorse converte ao Senhor, toda a d-vida de seus pecados perdoadagraciosamente por Deus em virtu-de do sacrifcio redentor que Cris-to ofereceu ao Pai no Calvrio (Hb10.12-14). A redeno do pecadors Deus pode efetuar, bem comoperdoar todos os seus pecados (SI49.7,8; Mc 2.10).

    3. Aplicao da parbola(Mt 18.35). O texto diz que: "As-sim vos far tambm meu Paicelestial, se do corao no perdoar-des, cada um a seu irmo, as suasofensas". Ao perdoar algum, deve-mos faz-lo com amor, de corao,pois o perdo nos assemelha ao ca-rterdc Deus (Ef 4.32). Aprendemosnesta parbola que "o juzo ser semmisericrdia sobre aquele que nofez misericrdia; e a misericrdia tri-unfa sobre o juzo" (Tg 2.13).

    Aprendemos tambm que umdia Deus acertar as contas com oser humano; no importa quemvoc . O leitor est preparado paraencontrar-se com Deus?

    Outra lio decorrente do infa-me comportamento do servo mau

    Lies Bblicas 39

  • que com facilidade o ser humano eu e voc fica contrariado,ofendido, rancoroso e vingativo emrelao ao prximo por suas ofen-sas contra ns. Entretanto, no nosafligimos angustiados, humilhadose arrependidos quando pecamoscontra Deus.

    CONCLUSOQue , pois, o perdo? O per-

    do no mbito humano o ato de

    anularmos a dvida de cometi-mento de faltas, ofensas, erros epecados que nosso irmo con-traiu de ns, sern jamais lanarisso em rosto, ou ficar lembran-do. Assim como Deus fez por ns,conforme est escrito em sua Pa-lavra: "Porque serei misericordi-oso para com as suas iniqidadese de seus pecados e de suas pre-varicaes no me l e m b r a r e imais" (Hb 8.12).

    Infame: Indigno; desonrado; vergonhoso.Incomplacncia: Falta de misericrdia; aspereza; severidade.Insolvente: Aquele que no pode pagar o que deve; falido.Preveno: Ato ou efeito de prevenir-se; precauo.Receoso: Preocupado; apreensivo; ansioso.

    QUESTIONRIO1. De que trata esta parbola?

    2. O que acontece quando nos tornamos simples como umacriana?

    3. De quem deve partir a iniciativa para o perdo?

    4. O que representa o perdo gracioso do rei?

    5. O que aprendemos com esta parbola?i

    40 Lies Bblicas

  • Lio 9x CRISTO,

    A ROCHA INABALVEL29 de maio de 2OO5

    TEXTO UREO"Se o Senhor no edificar a casa,

    cm vo trabalham os queedificam" (SI 127.1)

    mmmsmA obedincia Palavra de Deus

    um slido alicerce para o crenteconstruir sua casa espiritual.

    LEITURA BBLICA EM CLASSEMATEUS 7.21-2721 Nem todo o que me diz: Senhor,Senhor! entrar no Reino dos cus,mas aquele que faz a vontade demeu Pai, que est nos cus.22- Muitos me diro naquele Dia:Senhor, Senhor, no profetizamosns em teu nome? E, em teu nome,

    Segunda - 2 Tm 2.190 firme fundamento de Deus

    Tera - Ef 2.20; Dt 32.3,4;1 Co 3.11Jesus a nossa rocha

    Quinta - l P 2.5-9Os cremes so pedras vivas

    Sexta - l Sm 2.2O Senhor a nica e verdadeirarocha

    Quarta - Is 28.16; l P 2.4 Sbado - SI 27.5Jesus a pedra eleita e preciosa Encontramos proteo na Rocha

    Lies Bblicas 41

  • no expulsamos demnios? E, emteu nome, no fizemos muitas ma-ravilhas?23- E, ento, lhes direi abertamen-te: nunca vos conheci; apartai-vosde mim, vs que praticais a iniqui-dade.24- Todo aquele, pois, que escutaestas minhas palavras e as pratica,assemelh-lo-ei ao homem pruden-te, que edificou a sua casa sobre arocha.25- E desceu a chuva, e correramrios, e assopraram ventos, e comba-teram aquela casa, e no caiu, por-que estava edificada sobre a rocha.26- E aquele que ouve estas minhaspalavras e as no cumpre, compar-lo-ei ao homem insensato, queedificou a sua casa sobre a areia.27- E desceu a chuva, e correramrios, e assopraram ventos, e comba-teram aquela casa, e caiu, e foi gran-de a sua queda.

    INTRODUOEsta ltima parbola do Sermo

    do Monte foi precedida pelo ensi-no de um princpio vital: a obedi-ncia aos ensinos do Mestre. Jesusestava preocupado com aquelesque professam uma f apenas ver-bal; so apenas ouvintes da Pala-vra de Deus; no a praticam.

    Nesta lio, aprenderemos aimportncia do compromisso quedevemos ter com o cristianismoverdadeiro e autntico. Nesta pa-

    rbola, os alicerces sobre os quaisas casas so construdas (rocha eareia) representam o modo comoprocedemos diante da exposio daPalavra de Deus. A rocha simboli-za a obedincia e a areia, a desobe-dincia.

    I. AS ADVERTNCIAS DE IESUSO captulo sete de Mateus apre-

    senta a concluso do famoso ser-mo de Jesus - o Sermo do Monte.Naturalmente, para entendermos afinalidade da parbola dos dois ali-cerces, precisamos voltar ao con-texto deste ensino de Jesus.

    1. Jesus nos alerta (Mt7.15-27). Somos advertidos quan-to aos falsos profetas (w.15-20),aos falsos mestres (vv.21-23) e aosfalsos ouvintes (vv. 26,27).

    a) A primeira advertncia. Jesusadverte acerca dos falsos profetasque apareceriam na igreja. Cremosno ministrio proftico e na mani-festao do dom de profecia conce-dido para instruo, edificao eexortao da igreja de Cristo. Entre-tanto, a Bblia recomenda que asmensagens profticas sejam julga-das segundo a Palavra de Deus. Istoindica que a igreja precisa discernirtoda e qualquer manifestao espi-ritual, a fim de que se evite distor-es e heresias. Falsos profetas tmsurgido na igreja causando danos aoCorpo de Cristo.

    Jesus percebeu que os chefesreligiosos, conforme seus anteces-sores (Jr 28), conduziam o povo runa espiritual. O Mestre se preo-cupou em alertar seus seguidores

    42 Lies Bblicas

  • quanto a ameaas futuras, poismuitos entrariam no meio do povode Deus "vestidos de ovelhas", comaparncia de santidade e piedade.No entanto, seriam, na verdade,"lobos devoradores" que arrebata-riam as ovelhas do aprisco do Se-nhor.

    O fruto seria a principal evidn-cia do carter desses profetas (Mt7.16-20). Uma vez que no fcildistinguir o falso do verdadeiro,resta-nos to somente perceberessa diferena "por seus frutos".

    b) A segunda advertncia (w.21-23). Nos versculos 21 e 22, Je-sus adverte sobre os que procla-mam o seu nome com os lbios,porm, no cumprem a vontade doPai. O simples ato de professar onome do Senhor no demonstraqualquer compromisso com Ele.Quando algum apenas pronunciasua crena em Jesus e no lhe obe-dece, na realidade, est negandosua f. Muitos que profetizam, pre-gam ou realizam milagres em nomede Jesus, pensando serem seus ser-vos, tentaro justificar-se diantedEle. Eles ouviro do prprio Deus:"Nunca vos conheci". Na verdade,Jesus ensina que devemos, sim,confessar a nossa f de modo ver-bal, contudo, esse ato deve seracompanhado de obedincia a seusmandamentos. No basta dizer:"Senhor, Senhor". necessrio ser-mos autnticos e verdadeiros emnossa confisso, e esta deve estarseguida de profunda obedincia aoSenhor Jesus (Rm 10.9,10). A Bblianos adverte quanto a sermos

    cumpridores da palavra e no so-mente ouvintes (Tg 1.22).II. A TERCEIRA ADVERTNCIA

    (MT 7.24-27)Jesus continua seu sermo fo-

    calizando aspectos relacionados ao"ouvir e praticar". Jesus determi-nou que se aceitssemos suas dou-trinas e as praticssemos, certa-mente ganharamos o cu. Contu-do, se no obedecssemos a seusestatutos, teramos um destino tr-gico. Para tornar mais claro esteensino, o Mestre relatou a parbo-la dos dois alicerces: a rocha e aareia.

    1. O homem prudente queconstruiu sua casa sobre arocha (v.24). Como identificar "ohomem prudente?". No se tratasimplesmente de uma caractersti-ca pessoal, antes, de um compor-tamento equilibrado de algum quesabe exatamente o que est fazen-do, pois reflete antes de agir. Tra-ta-se de uma pessoa que vive comequilbrio racional. Seu procedi-mento no est baseado em merasemoes, mas nas coisas sensatas.Um homem prudente moderadoe cauteloso. Ele considerado s-bio porque constri sua vida sobrefundamentos firmes. O ato de"edificar sobre a rocha" significa"escutar as palavras de Jesus epratic-las" (v.24).

    A vida cotidiana um aprendi-zado constante, portanto, funda-mental no somente ouvir a pala-vra de Deus, mas tambm obede-c-la. Assim sendo, construiremos

    Lies Bblicas 43

  • uma vida estabilizada sobre a ro-cha que Jesus (Is 28.16; l Co 3.11;l Tm 1.1; At 4.11,12).

    2. A estabilidade da casaedificada sobre a rocha (v.25).A nossa casa espiritual precisa es-tar bem construda para no cairdiante das intempries da vida, taiscomo "chuvas torrenciais, ventosfortes e correntezas caudalosas". Apalavra "combater" (v.25) , lite-ralmente, "cair sobre" ou "cair con-tra", ou seja, essas variaes dotempo representam um tipo de for-a ou peso que repentinamente selanam sobre determinado lugar.Entretanto, Jesus afirmou que umacasa poder resistir ao mau tempose tiver sido edificada sobre umfundamento firme (Pv 12.7; Is28.16). Isso significa que emboraestejamos sujeitos a experimentaradversidades, seremos capazes desuper-las se estivermos alicer-ados na Rocha Eterna. Nossa fir-meza na f est diretamente rela-cionada ao tipo de alicerce sobre oqual estamos edificados.

    3. O homem imprudenteque construiu sua casa sobrea areia (v ,26) . Esse homem foichamado por Jesus de "insensato"que significa "falto de senso ou ra-zo", "demente", "que no tembom senso". No difcil perce-ber a insensatez de algum queconstri sua casa sobre a areia.Esta pessoa no tem juzo, nem de-monstra a menor perspiccia. Sehouvesse bom senso nesse cons-trutor, jamais construiria sua casasobre a areia. No momento em que

    as tempestades e ventos da vidavieram sobre esta casa, ela no re-sistiu devido fragilidade de seufundamento. O "homem insensa-to" representa os que desobede-cem aos ensinos de Jesus. A im-prudncia desse homem no con-siste em deixar de ouvir as pala-vras do Mestre, mas em ouvi-las eno se preocupar em pratic-las.Trata-se de algum que possuiuma vida vulnervel, sujeita a tro-peos fatais, porquanto no estalicerado na obedincia Pala-vra de Deus.

    III. AS LIES DA PARBOLAEm primeiro lugar, Jesus utili-

    zou a linguagem figurada do cons-trutor que edificou sua casa sobrea rocha com o objetivo de ensinara respeito "daquele que escutasuas palavras e as pratica". Estehomem sensato estar seguro; pro-tegido de toda e qualquer tempes-tade que acaso venha tentar des-tru-lo. Todos os ataques malignoscontra o crente sero frustrados seele estiver escondido na rocha,Cristo.

    Em segundo lugar, urge quecada um de ns pergunte a si mes-mo: Estou obedecendo aos manda-mentos ordenados pelo Senhor? Ousou um mero ouvinte da Palavra deDeus? Tenho prazer em no somen-te ouvir, mas tambm em praticaras Sagradas Escrituras? Estou firmeem Cristo o suficiente para resistirs adversidades? Faa uma intros-peco e avalie sua vida quanto aessas questes.

    44 Lies Bblicas

  • CONCLUSONo obstante ouvirmos a Pala-

    vra do Senhor, professarmos nossaf em Cristo e tornarmo-nos mem-bros de uma igreja, imprescind-

    vel demonstrarmos, atravs de nos-sas atitudes, evidncias de nossasincera devoo. Portanto, a obe-dincia um aspecto fun