para pavimento aeroportuário

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MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA CURSO DE MESTRADO EM ENGENHARIA DE TRANSPORTES Cap KLEBERSON DE OLIVEIRA RAMOS ESTUDO SOBRE MISTURA ASFÁLTICA TIPO STONE MATRIX ASPHALT (SMA) PARA PAVIMENTO AEROPORTUÁRIO Rio de Janeiro 2012

Transcript of para pavimento aeroportuário

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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO

SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

CURSO DE MESTRADO EM ENGENHARIA DE TRANSPORTES

Cap KLEBERSON DE OLIVEIRA RAMOS

ESTUDO SOBRE MISTURA ASFÁLTICA TIPO STONE MATRIX ASPHALT (SMA)

PARA PAVIMENTO AEROPORTUÁRIO

Rio de Janeiro

2012

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INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

Cap KLEBERSON DE OLIVEIRA RAMOS

ESTUDO SOBRE MISTURA ASFÁLTICA TIPO STONE MATRIX

ASPHALT (SMA) PÁRA PAVIMENTO AEROPORTUÁRIO

Dissertação de Mestrado apresentada ao Curso de Mestrado em Engenharia de Transportes do Instituto Militar de Engenharia, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências em Engenharia de Transportes. Orientadores: Prof. Antônio Carlos Rodrigues Guimarães – D.Sc. Profª. Maria Esther Soares Marques – D.Sc.

Rio de Janeiro

2012

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c 2012

INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

Praça General Tibúrcio, 80 – Praia Vermelha

Rio de Janeiro – RJ CEP: 22.290-270

Este exemplar é de propriedade do Instituto Militar de Engenharia, que poderá incluí-lo

em base de dados, armazená-lo em computador, microfilmá-lo ou adotar qualquer outra forma

de arquivamento.

É permitida a menção, a reprodução parcial ou integral e a transmissão entre bibliotecas

deste trabalho, em qualquer meio que esteja ou venha a ser fixado, para pesquisa acadêmica,

comentários e citações, desde que não haja alteração de seu texto nem intuito comercial e que

seja feita a referência bibliográfica completa.

Os conceitos expressos neste trabalho são de responsabilidade do() autor (es) e do()

orientador (es).

625.85 Ramos, Kleberson de Oliveira R175 e Estudo sobre mistura asfáltica tipo Stone Matrix Asphalt (SMA)

para pavimento aeroportuário / Kleberson de Oliveira Ramos; orientado por Antônio Carlos Rodrigues Guimarães e Maria Esther Soares Marques – Rio de Janeiro: Instituto Militar de Engenharia, 2012.

198p.: il.

Dissertação (mestrado) – Instituto Militar de Engenharia – Rio de Janeiro, 2012.

1. Engenharia de Transportes, dissertações. 2. Pavimentação de

aeroportos. 3. Stone Matrix Asphalt. I. Guimarães, Antônio Carlos Rodrigues. Título. II. Marques, Maria Esther Soares Marques. III. Instituto Militar de Engenharia.

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INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

Cap KLEBERSON DE OLIVEIRA RAMOS

ESTUDO SOBRE MISTURA ASFÁLTICA TIPO STONE MATRIX

ASPHALT (SMA) PARA PAVIMENTO AEROPORTUÁRIO

Dissertação de Mestrado apresentada ao Curso de Mestrado em Engenharia de

Transportes do Instituto Militar de Engenharia, como requisito parcial para a obtenção do

título de Mestre em Ciências em Engenharia de Transportes.

Orientadores: Prof. Antônio Carlos Rodrigues Guimarães – D.Sc. Profª. Maria Esther Soares Marques – D.Sc.

Aprovada em 6 de agosto de 2012 pela seguinte Banca Examinadora:

_______________________________________________________________ Maj Antônio Carlos Rodrigues Guimarães – D.Sc. do IME - Presidente

_______________________________________________________________ Profª. Maria Esther Soares Marques – D.Sc. do IME

_______________________________________________________________ Maj Ben-Hur de Albuquerque e Silva – D.Sc. do IME

_______________________________________________________________ Maj Filipe Augusto Cinque de Proença Franco – D.Sc. do Comando da Aeronáutica

_______________________________________________________________ Profª Michéle Dal Toé Casagrande – D.Sc. da PUC-RJ

Rio de Janeiro 2012

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A minha esposa Lilian, pela paciência, compreensão e

dedicação e apoio em todos os momentos.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus a oportunidade e a força de vontade para prosseguir e

concluir este trabalho, passo importante para o aperfeiçoamento profissional e cultural,

A minha esposa Lilian e filha Sofia que desde sempre me apoiaram durante os meses de

dificuldades enfrentados, trocando horas de entretenimento por diversas horas de estudo e

dedicação.

Aos companheiros de turma e laboratoristas que oportunamente sempre disponibilizaram

seus tempos para uma consulta, explicações e um bom papo descontraído.

Aos meus pais e familiares que sempre dispuseram palavras de conforto e ânimo,

elevando a moral e prestigiando o andamento do trabalho.

Em especial aos meus orientadores, Major Antônio Carlos Guimarães e Professora Maria

Esther Marques, ambos além de repassar seus conhecimentos da melhor e mais ampla

maneira possível, sempre estavam abertos ao diálogo e colaboração imediata seja o assunto

que fosse.

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6

RESUMO

Nesta pesquisa fez-se uma revisão bibliográfica sobre a análise funcional e estrutural dos

pavimentos aeroportuários, com foco no atrito entre pneus e pavimento. Fez-se um estudo do

pavimento da pista de pouso e decolagem do novo complexo Aeroportuário da Grande

Natal/RN, no que envolve dados funcionais e mecanísticos. Foram coletados agregados e

solos da região utilizados no pavimento daquele aeroporto, reproduzindo-se em laboratório as

camadas daquele pavimento, evidenciando-se a qualidade dos materiais e da obra.

Fez-se uma revisão da utilização do Stone Matrix Asphalt (SMA) em aeroportos no

mundo, com base na literatura disponível, verificando que há vários países no mundo que já

utilizam da mistura na capa de rolamento de alguns aeroportos, e que atualmente não há pistas

de pouso e decolagem em aeroportos no Brasil pavimentados com SMA.

Realizou-se a dosagem de duas misturas SMA com os agregados do Aeroporto da Grande

Natal/RN, e realizaram-se estudos convencionais e mecanísticos nos corpos de prova. Com a

finalidade de verificar o atrito gerado pela mistura SMA, utilizou-se o método IFI

(Internacional Friction Index) para verificar o atrito em laboratório do pavimento. Encontrou-

se na mistura qualidades satisfatórias de desempenho, teores de ligantes maiores que as

misturas convencionais densas e valor de atrito satisfatório com as necessidades de campo.

Desde estudo, verificou-se que a mistura SMA dosada experimentalmente com os

agregados regionais do Aeroporto da Grande Natal / RN, atendeu as recomendações

internacionais para SMA em aeroportos, possibilitando assim a execução de pista

experimental com a mistura. A mistura SMA possui características satisfatórias de atrito, bom

desempenho estrutural e vida de serviço elevada, devendo, entretanto ser realizados trechos

experimentais para promover seu teste em campo, qualificação de mão de obra, eficiência da

produção, e demais ensaios.

Page 8: para pavimento aeroportuário

7

ABSTRACT

A literature review on the functional and structural analysis of airport pavements,

focusing on friction between tires and pavement, was carried out. A study of the runway and

takeoff pavement of the new airport complex of Natal / RN was also carried out, involving

functional and mechanistic data. The soil and the aggregated used in the pavement of the

airport were collected in order to study in laboratory the pavement layers behavior. The

literature review on the use of Stone Matrix Asphalt (SMA) at airports worldwide showed that

there are many countries already using SMA on the takeoff and landing runways of airports,

although not in Brazilian airports.

Two specimens of SMA mixtures with aggregates from Natal airport were prepared and

conventional and mechanistic studies were conducted. In order to evaluate the friction of the

SMA solution, it was used the IFI (International Friction Index) method to verify the

pavement friction in laboratory. The performance of the mixture was satisfactory, in

accordance with field requirements for friction values, but the binder content was higher than

the high density conventional mix.

It was also found that the SMA mixture with the regional aggregate was in accordance

with the technical standards for SMA for airports, thus enabling the execution of an

experimental track with the mixture. The SMA presented good performance related to

friction, but also presented a good structural performance and high service life. However, it is

necessary to build an experimental track in order to verify the production efficiency, to train

of the workforce and to evaluate the equipment to be used. It will be also necessary to carry

field tests at the experimental site.

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LISTA

LISTA

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3.5.2.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIG. 2.1 Relacionamento da textura da superfície e outros fatores (PIARC, 2003 apud

HALL, 2008) ....................................................................................................... 33

FIG. 2.2 Micro e macrotextura na superfície de um revestimento asfáltico (BERNUCCI et

al., 2007) ............................................................................................................. 34

FIG. 2.3 Influência da textura sobre o atrito em pista seca e inundada ............................. 38

FIG. 2.4 Comportamento do atrito em função da textura para diversas velocidades ........ 40

FIG. 2.5 Levantamento do atrito com Pêndulo Britânico no Aeroporto da Grande

Natal/RN ............................................................................................................. 41

FIG. 2.6 Equipamentos de medição de atrito mais utilizados no Brasil (a) Mumeter

(LUGÃO, 2008) e (b) Skiddometer (GONZAGA, 2010). .................................. 45

FIG. 2.7 Detalhe do DF Tester (a) Vista Lateral; (b) Vista inferior ................................. 46

FIG. 2.8 Efeito típico de acúmulo de borracha OPUS, (2004 apud LUGÃO, 2008) ...... 54

FIG. 2.9 Detalhe das ranhuras (grooving) Fonte: Google Images .................................. 55

FIG. 2.10 Revestimento com grooving contaminado e detalhe do grooving após

desemborrachamento (RODRIGUES FILHO, 2006) ......................................... 56

FIG. 2.11 Desagregação em destaque no CA com grooving, (RODRIGUES FILHO,

2006) ................................................................................................................... 57

FIG. 2.12 Comparação de dois trechos : emborrachado e o outro com uso do shootblasting

............................................................................................................................. 60

FIG. 2.13 Significado das distintas zonas de diagrama de atrito x valor da textura (sem

escala).................................................................................................................. 64

FIG. 3.1 Granulometria das misturas MASTIMAC e MASTIPHALT (BLAZEJOWSKI,

2010) ................................................................................................................... 67

FIG. 3.2 Exemplo de graduações das misturas asfálticas (USACE, 2000). ..................... 75

FIG. 3.3 Granulometrias de CA DNIT e DIRENG .......................................................... 78

FIG. 3.4 Divisão de misturas minerais em dependência das interações entre areia e

agregado graúdo .................................................................................................. 80

FIG. 3.5 Transferência de carga pelas partículas do esqueleto pétreo .............................. 81

FIG. 3.6 Exemplos de curvas granulométricas para TMNA 12,5 (NAPA, AASHTO e

AAPTP) ............................................................................................................... 83

FIG. 3.7 Conceito de Ligante Livre e Fixo. Adaptado de BAHIA(2011) e

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12

BLAZEJOWSKI (2010) ..................................................................................... 89

FIG. 3.8 Interação do grão fíler com o Ligante Asfáltico (TUNNICLIFF, 1960 apud

BAHIA, 2011). .................................................................................................... 89

FIG. 3.9 Relação entre vazios de Rigden por relação F:B (BLAZEJOWSKI ,2010) ....... 92

FIG. 3.10 Aparato para ensaio de Rigden (BAHIA, 2010). ................................................ 94

FIG. 3.11 Correlação ente Vazios de Rigden e Valor Teste de Fíler Alemão (KANDHAL,

1999) ................................................................................................................... 96

FIG. 3.12 (a) Partículas de gritting sobre a camada de SMA e (b) Aplicação e

compactação da camada de gritting (BLAZEJOWSKI, 2010). ........................ 108

FIG. 3.13 (a) Placa de SMA com grooving radial, após o polimento (b) tipo de polimento

utilizado. (PROWELL et al., 2009) .................................................................. 109

FIG. 3.14 Granulometria SMA utilizada no Aeroporto de Hamburgo (traço contínuo), .. 112

FIG. 4.1 Seção típica básica para Pavimentos Flexíveis ................................................. 128

FIG. 5.1 Depósito de Agregados, separados por paredes de concreto no canteiro de obras

do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante/RN .............................................. 130

FIG. 5.2 Jazida do material da subbase do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante/RN

........................................................................................................................... 131

FIG. 5.3 Granulometria dos insumos pétreos coletados ................................................ 134

FIG. 5.4 Material Britado e Britador de Mandíbulas do DNIT/IPR ............................... 136

FIG. 5.5 Aspecto geral dos pellets de fibras VIATOP 66. .............................................. 139

FIG. 5.6 Fibras VIATOP 66 maceradas com aquecimento a 170°C ............................... 139

FIG. 6.1 Agregados separados por peneiras retidas utilizadas na misturas SMA ........... 151

FIG. 6.2 Gráfico Viscosidade (cP) x Temperatura (°C) dos CAP utilizados nas misturas

SMA. ................................................................................................................. 152

FIG. 6.3 Equipamento previsto para método Rice (ASTM D 2041/00), Laboratório do

IME. .................................................................................................................. 156

FIG. 6.4 Mistura manual dos corpos de prova ................................................................ 157

FIG. 6.5 (a) Material aderido as paredes do recipiente de alumínio e (b) Material aderido

ao recipiente de porcelana ................................................................................. 158

FIG. 6.6 Gráfico do volume de vazios das misturas SMA 1F e 2F. ................................ 159

FIG. 6.7 Ensaios para verificar o numero de golpes para obter um teor de vazios entre

57% ................................................................................................................... 161

FIG. 6.8 Corpo de prova que desagregou após compactação com 16 golpes durante

Page 14: para pavimento aeroportuário

13

resfriamento, om o CAP Stylink ....................................................................... 161

FIG. 6.9 Tela para ensaio de escorrimento AASHTO T 305. ......................................... 163

FIG. 6.10 Papel filtro mostrando o escorrimento do mástique para o CAP Stylink (a) 0,1%

de fibras e (b) com fibras 0,3%. ........................................................................ 163

FIG. 6.11 (a) Molde metálico para confecção das placas (50x50x4cm) e (b) Misturador da

COPPE/UFRJ com mistura SMA ..................................................................... 164

FIG.6.12 Aparência da placa após a compactação ........................................................... 165

FIG.6.13 Execução do ensaio de mancha de areia (a) e execução de ensaio de Pendulo

Britânico (b) ...................................................................................................... 165

FIG. 7.1 Vista superior do CP de BGS (15x 30cm) ........................................................ 167

FIG. 7.2 Curva de compactação do solo do subleito. ...................................................... 169

FIG. 7.3 Curva de compactação da Subbase ................................................................... 169

FIG. 7.4 Curva de compactação da camada de Base ....................................................... 169

FIG. 7.5 MR do Subleito. Energia Proctor Modificado, Modelo Combinado. ............... 171

FIG. 7.6 MR da Subbase. Energia Proctor Modificado. Modelo Combinado. ............... 172

FIG. 7.7 MR da Base. Energia Proctor Modificado. Modelo Combinado. .................... 173

FIG. 7.8 Análise comparativa do MR variando em função da tensão desvio (σd) para os

três tipos de camadas. Energia Proctor Modificado. ......................................... 173

FIG. 7.9 Análise comparativa do Módulo Resiliente variado em função da tensão

confinante (σ3) para os três tipos de camadas. Energia Proctor Modificado. .. 174

FIG. 7.10. Resultado do ensaio de Deformação Permanente ............................................. 174

FIG. 7.11 Aspecto geral dos Corpos de Prova retirados na pista (acima) e (abaixo) CPs

moldados durante execução da Capa Asfáltica com uso de Soquete Marshall 176

FIG. 7.12 Vida de fadiga x diferença de tensões para as misturas asfálticas estudadas. .. 179

FIG. 7.13 Comportamento do atrito global das misturas .................................................. 183

Page 15: para pavimento aeroportuário

14

LISTA DE TABELAS

TAB. 2.1 Diferenças entre os pavimentos para rodovias e para aeródromos ..................... 27

TAB. 2.2 Tipo de superfície em função da classe de macrotextura e microtextura ........... 35

TAB. 2.3 Valores de atrito para pistas molhadas de acordo GUZMAN (1995 apud APS,

2006) ................................................................................................................... 39

TAB. 2.4 Correção do BPN devido a temperatura da água ................................................ 40

TAB 2.5 Classes de microtextura (ABPv, 1999 apud BERNUCCI et al., 2007) .............. 41

TAB. 2.6 Métodos de ensaios de textura da superfície de pavimentos Fonte : Modificado

de HALL (2008) ................................................................................................. 42

TAB. 2.7 Classes de macrotextura Fonte: (ABPv, 1999 apud BERNUCCI et al., 2007) 44

TAB. 2.8 Métodos de ensaio do atrito de pavimentos Fonte : Modificado de HALL, 2008.

............................................................................................................................. 47

TAB. 2.9 Equipamentos de medição de atrito CFME homologados pela FAA ................. 49

TAB. 2.10 Parâmetros mínimos referentes aos ensaios de medição de atrito ...................... 50

TAB. 2.11 Localização das medições de atrito e textura (ANAC, 2009) ............................. 51

TAB. 2.12 Frequência das medições de atrito (ANAC, 2009) ............................................. 52

TAB. 2.13 Programa de manutenção de atrito baseado no nível de operações de aeronaves a

reação para cada cabeceira (ICAO, 2004). ......................................................... 54

TAB. 2.14 Constantes para o cálculo de Sp (APS, 2006) ..................................................... 63

TAB. 2.15 Relação dos equipamentos calibrados para obtenção do F60 APS, 2006 .......... 63

TAB. 3.1 Componentes do tratamento SMA ...................................................................... 66

TAB. 3.2 Resumo de comparações entre SMA e CA Convl (P401) PROWELL et al.,

(2010). ................................................................................................................. 72

TAB. 3.3 Tipos de Graduação (Adaptado USACE, 2000) ................................................. 74

TAB. 3.4 Proporção de Pesos para as frações de Agregado Graúdo para Misturas ........... 82

TAB. 3.5 Vazios de Rigden e área superficial de materiais distintos ................................. 90

TAB. 3.6 Vazios de Rigden modificado por Anderson para alguns materiais ................... 90

TAB 3.7 Recomendações finlandesas para adição de fibras em misturas asfálticas ......... 98

TAB. 3.8 Diferentes tipos e taxas de gritting que podem ser utilizados (BLAZEJOWSKI,

2010). ................................................................................................................ 108

TAB. 3.9 Características do projeto de pavimentação do aeroporto de Frankfurt/Main .. 113

Page 16: para pavimento aeroportuário

15

TAB. 3.10 Granulometria do SMA utilizado no Aeroporto Internacional de Beijing........ 118

TAB. 3.11 Granulometria do SMA utilizada no pátio do Aeroporto de Cairns (CAMPELL,

1999) ................................................................................................................. 121

TAB. 4.1 Tráfego Anual Médio Previsto para o Horizonte de Vinte Anos (20052025) .. 124

TAB. 4.2 Cálculo do Número de Decolagens da Aeronave de Projeto (B747400) .......... 127

TAB. 5.1 Índices Físicos dos Materiais da Obra .............................................................. 131

TAB. 5.2 Composição Granulométrica dos Solos ............................................................ 132

TAB. 5.3. Classificação MCT, USCS e HRB .................................................................... 132

TAB. 5.4. Resumo dos Ensaios de Brita realizados pela Seção Técnica do 1° BECnst .... 133

TAB. 5.5 Granulometria dos Materiais utilizados nos ensaios de misturas asfálticas ..... 134

TAB. 5.6 Composição Granulométrica da Capa Asfáltica e do binder da PPD ............... 135

TAB. 5.7 Resultado dos Ensaios Tradicionais da Capa Asfáltica e binder da PPD ......... 135

TAB. 5.8 Resultado dos Ensaios Tradicionais da Capa Asfáltica da PPD ....................... 135

TAB. 5.9 Padrões de peneiras utilizadas na composição do SMA AAPTP 12,5mm. ...... 136

TAB. 5.10 Ensaios realizados nos materiais pétreos .......................................................... 136

TAB. 5.11 Ficha Técnica da Fibra VIATOP 66. Fonte: ServBrax ..................................... 138

TAB. 5.12 Granulometria dos fíleres e comparação com limites de norma ASTM D 24204.

........................................................................................................................... 140

TAB. 5.13 Ensaios específicos dos materiais de enchimento (fíleres) ............................... 141

TAB. 5.14 Ensaios realizados com a amostra CAP 5070 LUBNOR ................................. 141

TAB. 5.15 Ensaios realizados com a amostra CAP Stylink ............................................... 143

TAB. 6.1 Recomendações dos Agregados Graúdos (PROWELL et al., 2009). ............... 146

TAB. 6.2 Granulometrias das misturas SMA para aeroportos segundo (PROWELL et al.,

2009) ................................................................................................................. 146

TAB. 6.3 Recomendações de ligantes para o SMA (PROWELL et al., 2009) ................. 147

TAB. 6.4 Requisitos de uma mistura asfáltica SMA (PROWELL et al., 2009) ............... 148

TAB. 6.5 Requisitos dos Agregados (Graúdo, finos e fíleres) para SMA (NAPA, 2002) 150

TAB. 6.6 Faixas de SMA 12,5 mm de outras especificações PROWELL et al. (2009)... 153

TAB. 6.7 Definição da fração de agregado graúdo nas misturas SMA ............................ 154

TAB. 6.8 Porcentagem de cada tipo de agregado utilizados em cada uma das três misturas.

........................................................................................................................... 155

TAB. 6.9 Granulometria das misturas ensaiadas. ............................................................. 155

TAB. 6.10 Resumo dos ensaios de granulometria com teor de CAP 5070 LUBNOR de

Page 17: para pavimento aeroportuário

16

6,5% .................................................................................................................. 156

TAB. 6.11 Perda do mástique por aderência nas paredes do recipiente após o

condicionamento. .............................................................................................. 158

TAB. 6.12 Resumo dos ensaios SMA 1F e 2F ................................................................... 159

TAB. 6.13 Resultados do ensaio de dano e umidade induzida das misturas. ..................... 162

TAB. 7.1 Resultados dos ensaios de ISC executados pelo 1º BEC .................................. 168

TAB. 7.2 Parâmetros de regressão e coeficientes de determinação para equações

utilizadas. .......................................................................................................... 170

TAB. 7.3 Ensaios de MR e RT nos corpos de prova coletados no Aeroporto de Natal/RN

........................................................................................................................... 176

TAB. 7.4 Ensaios de resistência a tração de uma amostra de 3 CPs ................................ 178

TAB. 7.5 Ensaios de módulo resiliente de uma amostra de 3 CPs ................................... 178

TAB. 7.6 Ensaios de módulo resiliente de uma amostra de 3 CPs ................................... 179

TAB. 7.7 Resultado dos ensaios de Pêndulo Britânico e de Mancha de Areia realizados na

pista de Pouso do Aeroporto d a Grande Natal/RN (abril/2011) ...................... 180

TAB. 7.8 Resultado dos ensaios de Pendulo Britânico e de Mancha de Areia na Placa 1F

........................................................................................................................... 181

TAB. 7.9 Valores de Sp e de F60 para as misturas analisadas e comparação com 3 outras

misturas convencionais (AZR, DZR e BZR) (ARAÚJO, 2009)....................... 181

TAB. 7.10 Classificação dos pavimentos utilizandose o método IFI e coeficientes de atrito

mínimo convertidos para os equipamento Griptester e Skiddometer, para cada

tipo de mistura ................................................................................................... 183

Page 18: para pavimento aeroportuário

17

LISTA DE ABREVIATURAS

BPN - British Number Pendulum (Pêndulo Britânico)

CA - Concreto Asfáltico

CBUQ - Concreto Betuminoso Usinado a Quente

CBR - California Bearing Ratio (Índice de Suporte Califórnia)

CDF - Cumulative Demage Factor (Fator acumulativo de dano, fator fadiga)

CAP - Camada Porosa de Atrito

DOT - Department of Transportation (Departamento de Transportes –

Estadual – EUA)

FOD - Foreign object damage (Danos por objetos estranhos) ou Foreign

Object Debris (Partículas estranhas)

FN - Flow Number

GPR - Ground Penetrating Radar

MAD - Misturas Asfálticas Drenantes

MR - Módulo de Resiliência

MRdin. - Módulo de Resiliência Dinâmico

MRest. - Módulo de Resiliência Estático

MSCR - Multiple Stress Creep Recovery

NOTAM - Notice to Airmen (Aviso aos Aeronavegantes)

PG - Performance Grading (Gradiente de Desempenho)

PPD - Pista de Pouso e Decolagem

SMA - Stone Matrix Asphalt

SRT - Skid Resistent Test (Teste de resistência ao deslocamento)

TMN - Tamanho Máximo Nominal

VAM - Vazios no Agregado Mineral

Page 19: para pavimento aeroportuário

18

LISTA DE SÍMBOLOS

μm - Micrômetro (1 x 10-6 m)

MPa - Mega Pascal (1 x 106 Pa = 1 x 106 N/m2)

(v/v) - proporção por volume

(m/m) - proporção por massa

d/D - d e D são as peneiras inferior e superior de uma fração retido entre elas

Page 20: para pavimento aeroportuário

19

LISTA DE SIGLAS

AASHTO American Association of State Highway and Transportation Officials

(Associação Americana de Rodovias Estaduais e Transportes Oficiais)

AAPTP Airfield Asphalt Pavement Technology Program (Programa de

Tecnologia em Pavimentos Aeroportuários)

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ANAC Agência Nacional de Aviação Civil

AC Advisory Circular (Circular de Normas da FAA)

BEC Batalhão de Engenharia de Construção

CAAC Civil Aviation Administration of China (Adminstração da Aviação Civil

Chinesa)

ICAO International Civil Aviation Organization (Organização Internacional

de Aviação Civil)

DIRENG Diretoria de Engenharia da Aeronáutica

DNER Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

DNER-PRO Departamento Nacional de Estradas de Rodagem-Procedimento

DNER-ME Departamento Nacional de Estradas de Rodagem-Método

DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

DNIT-PRO Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes-Procedimento

FBSV Forschungsgesellschaft für Straßen- und Verkehrswesen (Associação

de Pesquisa de Viação e Transporte - Alemanha)

IA Asphalt Institute (Instituto do Asfalto)

IME Instituto Militar de Engenharia

INFRAERO Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária

FAARFIELD Programa computacional para dimensionamento de espessuras de

pavimentos aeroportuários da FAA

NAPA National Asphalt Pavement Association (Associação Nacional de

Pavimentação Asfaltica – EUA)

NASA National Aeronautics and Space Administration (Administração

Nacional da Aeronáutica e do Espaço - EUA)

NCAT National Center for Asphalt Technology (Centro Nacional de

Tecnologia Asfáltica – EUA)

Page 21: para pavimento aeroportuário

20

NBR Denominação de norma da Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT)

PIARC Permanent International Association of Road Congress (Associação

Internacional Permanente de Estradas Congresso)

USACE United States Army Corps of Engineers (Corpo de Engenheiros do

Exército dos Estados Unidos)

UFGS Unified Facilities Guide Specifications (Guia Unificado de

Especificações do Departamento de Defesa dos Estados Unidos)

Page 22: para pavimento aeroportuário

21

1 INTRODUÇÃO

O pavimento destaca-se como uma das mais importantes infraestruturas de um complexo

aeroportuário. As pistas de pouso e de decolagem, de taxiamento e os pátios de manobras e

estacionamento das aeronaves são imprescindíveis para a operacionalidade e o funcionamento

de um aeroporto. A ausência dessas infraestruturas, ou a sua existência precária e ineficiente,

tornam inviáveis as operações das aeronaves e seus equipamentos de apoio.

Os pavimentos se deterioram gradualmente com o tempo, essa deterioração é

normalmente evidenciada pelo surgimento de diferentes tipos de defeitos estruturais e de

superfície, causados pela combinação de condições climáticas e ambientais, materiais

utilizados, técnicas construtivas e ações do tráfego.

Segundo GONZAGA (2009), as operações mais críticas e que representam maiores riscos

para as aeronaves durante o voo são o pouso e a decolagem e, dentre os fatores determinantes

para o sucesso destas operações estão: a aeronave, o homem e a pista de pouso e decolagem.

Quanto a superfície de rolamento da pista de pouso, a atenção está voltada para a qualidade

de rolamento, a resistência do pavimento e as características de atrito na superfície

(resistência à derrapagem).

Quando se trata de segurança aeroviária, um dos principais aspectos a ser levado em

conta é a condição de atrito da pista, pois este é um dos fatores relacionados à segurança de

voo, determinantes na prevenção de acidentes aéreos nas manobras de pouso e decolagem,

sendo devido ao atrito que uma aeronave consegue realizar o procedimento de pouso, em que

a aeronave se aproxima a uma determinada velocidade e tem que parar com conforto e

segurança (SANTOS, 2004).

Um dos fatores contribuintes para ocorrência de acidentes durante essas operações é a

ineficácia de frenagem, ocasionada pela deficiência de atrito entre o pneu e a superfícies das

pistas de aeroportos, quando as pistas se apresentam molhadas, fator denominado

hidroplanagem ou aquaplanagem. O atrito nas pistas muda ao longo do tempo, em função do

tráfego, das condições climáticas e das práticas de manutenção adotadas.

Os dados referentes aos acidentes e incidentes relacionados ao escape de uma aeronave

da pista, por uma das extremidades ou pelas laterais, indicam que, em muitos casos, a causa

principal, ou pelo menos um fator contribuinte, foram as características de atrito da pista e a

Page 23: para pavimento aeroportuário

22

eficácia de frenagem da aeronave (ICAO, 1984 apud RODRIGUES FILHO, 2006).

As pistas, quando secas, em geral apresentam níveis de atrito satisfatórios, porém quando

a pista é afetada pela água, tornando-se úmida ou inundada, os valores de atrito caem e variam

conforme o tipo de pavimento, a textura de sua superfície, a geometria do pavimento e a

velocidade da aeronave.

Em função da problemática entre o atrito pneu-pavimento, órgãos governamentais norte-

americanos, tais como National Aeronautics Space Administration (NASA), a Federal

Aviation Administration (FAA) e a United States Air Force (USAF), desenvolvem projetos de

pesquisa com ênfase no problema da frenagem de aeronaves a jato (RODRIGUES FILHO,

2006). Dentre estas pesquisas, concentram esforços em duas grandes áreas:

1. No projeto de superfícies de pavimentos com características para maximizar a

resistência à derrapagem, por meio da adoção de materiais e técnicas apropriadas

de construção; e

2. Na aplicação de técnicas efetivas de avaliação e manutenção, com o objetivo de

detectar a deterioração da resistência à derrapagem da superfície do pavimento e

proceder à sua restauração para níveis aceitáveis.

Com base na linha de pesquisa destes grandes órgãos norte-americanos, pode-se desta

maneira avaliar diferentes tipos de misturas asfálticas com relação ao atrito, porém não se

deve de forma alguma deixar de avaliar o comportamento mecânico das misturas. Desta

maneira este trabalho visa apresentar o SMA (Stone Mastic Asphalt), que é um revestimento

asfáltico, usinado a quente, concebido para maximizar o contato entre os agregados graúdos,

aumentando a interação grão/grão. A mistura se caracteriza por conter uma elevada

porcentagem de agregados graúdos e, devido a essa particular graduação, forma-se um grande

volume de vazios entre os agregados graúdos.

Esses vazios, por sua vez, são preenchidos por um mástique asfáltico, constituído pela

mistura da fração areia, fíler, ligante asfáltico e fibras. O SMA é uma mistura rica em ligante

asfáltico, com um consumo de ligante em geral entre 6,0 e 7,5%. Geralmente é aplicado em

espessuras variando entre 1,5 a 7cm, dependendo da faixa granulométrica. São misturas que

tendem a ser impermeáveis com volume de vazios que variam de 4 a 6% em pista.

Page 24: para pavimento aeroportuário

23

1.1. JUSTIFICATIVA

Devido a uma necessidade levantada pelo 1º Batalhão de Engenharia de Construção,

organização militar de engenharia de construção do Exército Brasileiro, durante a execução

da pista de pouso e decolagem do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante/RN, quando a uma

problemática do atrito no pavimento, levantou-se a possibilidade da utilização do Stone

Matrix Asphalt (SMA) em aeroportos, haja vista que, segundo BERNUCCI et al. (2007),

pistas de aeroportos são uma das aplicações atuais do SMA.

Promover um estudo inédito no Brasil tratando do SMA em pavimentos de aeroportos

quanto a avaliação funcional, além de promover a consolidação da linha de pesquisa em

pavimentos aeroviários no Instituto Militar de Engenharia

1.2. OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho consiste no estudo da mistura tipo Stone Matrix Asphalt (SMA),

com base na experiência internacional, para utilização em pavimentos aeroportuários no

Brasil, para fins de construção e reabilitação dos pavimentos.

Com essa finalidade foram utilizados dados e materiais da pista de pouso e decolagem do

novo complexo aeroportuário do Aeroporto da Grande Natal – RN, atualmente em construção

pelo 1° Batalhão de Engenharia de Construção, organização militar do Exército Brasileiro.

1.3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Realizar estudos convencionais e mecanísticos nos solos das camadas do

pavimento e do subleito do Aeroporto da Grande Natal/RN;

Realizar duas misturas de SMA com ligantes asfálticos distintos e analisar suas

características mecânicas;

Analisar a mistura SMA através de ensaios mecanísticos de resistência a tração,

módulo resiliente, fadiga e outros;

Page 25: para pavimento aeroportuário

24

Estudar as características de atrito da mistura SMA;

Analisar os principais procedimentos executivos do SMA;

1.4. ORGANIZAÇÃO DA DISSERTAÇÃO

Este trabalho é composto por oito capítulos, divididos de maneira objetiva para melhor

entendimento dos estudos realizados. A seguir segue resumo de cada capítulo.

No capítulo 2 apresenta os conceitos básicos aeroportuários, tratando sobre análise

funcional e estrutural e discute-se o problema de segurança devido ao pavimento, propondo-

se uma problemática.

No capítulo 3 é apresentada uma revisão bibliográfica a partir dos principais trabalhos da

área, sobre o a mistura asfáltica tipo “Stone Matrix Asphalt” – SMA, envolvendo histórico,

conceitos, formulação, dosagens, ensaios mecânicos utilizados, procedimentos construtivos o

seu uso no Brasil e no resto do mundo, incluindo usos rodoviários e aeroportuários. Neste

mesmo capítulo dá-se uma introdução aos pavimentos aeroportuários, tratando de assuntos

diversos como o tráfego, dimensionamento de pavimentos pelos métodos atuais. São

apresentados assuntos relacionados tais como, a condições das pistas dos principais

aeroportos do país, diferenças e semelhanças entre pavimentação aeroportuária e rodoviária,

textura de pavimentos flexíveis como microtextura e a macrotextura, mecanismo de interação

pneu pavimento (condição de atrito), acidentes em pistas, mostrando também a importância

das avaliações funcionais e estruturais de pavimentos aeroportuários. Pavimentação

aeroportuária, bem como sobre as diferentes granulometrias e procedimentos de dosagem de

misturas asfálticas.

No capítulo 4 é apresentado o projeto do Novo Aeroporto da Grande Natal – RN,

localizado em São Gonçalo do Amarante - RN, os materiais utilizados e os ensaios realizados

na pista de pouso e decolagem do aeroporto.

No capítulo 5 são apresentados os materiais empregados nesta pesquisa (agregados , solos

e ligantes asfálticos), além do resultado da caracterização dos mesmos com um resumo do

desenvolvimento dos ensaios, apresentando os equipamentos necessários para sua realização e

os procedimentos adotados.

O capítulo 6 apresenta a dosagem e caracterização mecânica das misturas asfálticas de

Page 26: para pavimento aeroportuário

25

SMA estudadas neste trabalho e metodologia de confecção da placa de SMA moldada.

No capítulo 7 são apresentados e discutidos os resultados obtidos das análises de

caracterização mecânica e funcional das misturas estudadas,

No capítulo 8 são apresentadas as conclusões deste estudo, confirmando o verificado na

revisão bibliográfica ao longo do tempo vários países estão voltando estudos para utilização

do SMA em aeroportos, devido a suas qualidades de atrito, macrotextura e estrutural.

Apresentam-se também recomendações para pesquisas futuras.

Page 27: para pavimento aeroportuário

26

2 CONCEITOS BÁSICOS DE PAVIMENTOS AEROPORTUÁRIOS

Segundo a FAA (2009a), os pavimentos aeroportuários são construídos para oferecer

suporte adequado para as cargas impostas pelas aeronaves e para produzir uma superfície

firme, estável, suave, em todas as condições climáticas do ano, devendo estar livre de detritos

ou outras partículas que podem ser sopradas ou sugadas pelas hélices ou motores a jato das

aeronaves, danificando os equipamentos aeronáuticos. Desta forma, deve ter qualidade e

espessura suficientes para não falhar sob a carga imposta e ainda deve suportar sem danos, a

ação abrasiva do tráfego, condições meteorológicas adversas, e outras influências danosas.

Para produzir estes pavimentos precisa-se de uma ótima coordenação das atividades durante

as fases de projeto e construção, mantendo sempre uma adequada supervisão que assegure a

melhor combinação possível dos materiais disponíveis e um alto nível da mão-de-obra.

Segundo MEDINA e MOTTA (2005), há diferenças significativas entre os pavimentos de

rodovias e de aeródromos, quanto as suas características geométricas e físicas, o que são

decorrentes do tipo do tráfego imposto, isto é, das suas solicitações. A TAB. 2.1 ilustra estas

diferenças.

Nas pistas aeroportuárias, em geral, ocorrem cargas mais pesadas e menor número de

solicitações se comparando com as cargas que ocorrem nas rodovias, também diferem

consideravelmente na magnitude da carga aplicada, a pressão dos pneus, a seção geométrica

do pavimento e o número de repetições de carga durante sua vida útil, sendo grande o impacto

da aeronave no pavimento na hora do pouso.

GONZAGA (2009) destaca quanto ao problema de atrito em superfícies de pistas de

pouso afetadas por água pode ser interpretado como um problema de drenagem generalizado,

baseado em 3 critérios distintos, segundo a ICAO (1983):

• Configuração da superfície de drenagem, denominada drenagem superficial;

• Interface pneu/pavimento drenado (macrotextura) e

• Drenagem penetrante (microtextura).

Page 28: para pavimento aeroportuário

27

TAB. 2.1 - Diferenças entre os pavimentos para rodovias e para aeródromos

(Adaptado de MEDINA e MOTTA, 2005).

Características Rodovias Aeródromos

Largura das pistas 7 a 10m 20 a 50m (táxis: 10 a 25m)

Comprimento Vários quilômetros até cerca de 4000m

Cargas 10 tf por eixo, veículo máx. 40tf 100 tf ou mais por trem de pouso

principal, aviões de até 400tf

Frequência de

repetição das cargas

Exemplo: 2000 veículos por dia, vários

milhões na vida de serviço; o efeito de

fadiga dos materiais é importante

Pequena, por dia: 50 a 100.

Menos de 100.000 na vida de serviço.

Pressão dos pneus 0,15 a 0,6MPa (1,5 a 6kgf/cm2) 1,0 a 3,0MPa (10 a 30kgf/cm2)

Distribuição

transversal da carga

nas pistas

(praticamente sem diferenciação transversal)

(diferencia-se transversalmente)

Distância de frenagem Pequena (3m) Grande (10 a 50m)

Impacto de veículo no

pavimento Pequeno

Grande no pouso, porém minorado pela

sustentação do ar e amortecimento.

Ação de carga

dinâmica (vibratória) Não considerada

É importante nas cabeceiras das pistas,

na decolagem e nas pistas de taxiamento

Ação da frenagem

Não relevante; nas ruas sim, nos sinais

luminosos (semáforos), nos

cruzamentos, etc.

Importante quando do acionamento dos

motores, com as rodas do trem-de-pouso

travadas, antes da decolagem.

Geometria de rodas

7,2m

Trem-de-pouso triciclo

Trem-de-pouso em tandem duplo

triciclo

Trem-de-pouso biciclo

Trem-de-pouso de um jumbo

2,0m

75%

Caminhão leve

Caminhão pesado

Caminhã

Caminhão pesado

Caminhão com reboque

Page 29: para pavimento aeroportuário

28

Quanto à drenagem superficial, trata-se da geometria da pista, onde, conforme recomenda

a ICAO (1983) as declividades longitudinais e transversais devem variar de 1 a 2%, conforme

o porte do Aeroporto. Em conjunto com as declividades, a irregularidade da superfície do

pavimento é outro fator importante para se avaliar se a pista de pouso está nivelada e, desta

forma, impedir a formação de lâminas d’água.

Tratando-se de macrotextura e microtextura, segundo RODRIGUES FILHO (2006), a

principal maneira de se caracterizar a superfície de um pavimento é através da avaliação da

textura, onde se pode entender como textura:

"o conjunto de características associadas à capacidade do pavimento em

atender ao tráfego dos veículos que demandam sua utilização de forma

segura, suave, confortável e econômica".

A textura do revestimento de uma pista de pouso e decolagem em pavimento flexível é

determinada pela mistura asfáltica empregada e pela existência ou não de ranhuras

superficiais.

Uma mistura do tipo CBUQ (concreto betuminoso usinado a quente) pode propiciar

diferentes texturas de acordo com o tamanho e a quantidade de agregados utilizados na

mistura.

A textura de pavimentos rígidos de concreto é determinada pela existência ou não de

ranhuras (grooving) em sua superfície além da composição do concreto empregado.

Segundo a ICAO (1983) esforços para aliviar o problema de hidroplanagem têm

resultado no desenvolvimento de novos tipos de pavimentos de pistas de pouso, de particular

textura superficial e melhoria das características de drenagem. Podem-se citar os

revestimentos chamados Camada Porosa de Atrito (CPA) ou ”Open Grade Friction Courses”

(OGFC) que tem como característica permitir a infiltração de água e, com isso, diminuir o

tempo de escoamento da água pela pista e misturas do tipo “Stone Matrix Asphalt” (SMA),

que possui também uma elevada macrotextura, melhorando a drenabilidade da água na pista.

2.1. ANÁLISE FUNCIONAL E ESTRUTURAL DOS PAVIMENTOS

AEROPORTUÁRIOS

Os pavimentos são estruturas que apresentam deterioração funcional e estrutural a partir

do tráfego imposto. As características de funcionalidade estão ligadas ao conforto ao

Page 30: para pavimento aeroportuário

29

rolamento, segurança, condições da superfície, interação pneu-pavimento, defeitos e

irregularidades. E as características estruturais estão ligadas ao conceito de capacidade de

carga (ARAÚJO, 2009).

O desempenho de um pavimento está associado ao seu conjunto de camadas e do

subleito, e está relacionado à capacidade de suporte e a durabilidade, exigidos para o padrão

do tipo da obra e do tipo do tráfego, incluindo o conforto ao rolamento e a segurança dos

usuários. Deve-se assim atender as demandas estruturais e funcionais do pavimento

(BERNUCCI EL AL., 2007).

Segundo RODRIGUES (2007), o item segurança da avaliação funcional de pavimentos, é

função da resistência à derrapagem, do potencial para ocorrência de hidroplanagem, da

refletividade da superfície, presença de defeitos superficiais e das irregularidades do

pavimento. SILVA, (2008 apud ARAÚJO, 2009) diz que os parâmetros funcionais mais

relevantes na pavimentação aeroportuária estão relacionados à segurança contra a

derrapagem, das aeronaves, o que é função de uma boa interação pneu-pavimento.

O aspecto estrutural do pavimento de uma pista aeroportuária está relacionado com a

deterioração por fadiga das camadas asfálticas, que em função do acréscimo de carga,

mudança nos padrões de aeronave, tipo de eixos e aumento do peso e tipos de misturas

asfálticas, acarretam queda na vida útil do pavimento (ARAÚJO, 2009).

Segundo FAA (1997), o decréscimo na resistência ao deslizamento em pavimentos

aeroportuários acontece devido a inúmeros fatores, principalmente pela ação mecânica de

desgaste e polimento que os pneus das aeronaves fazem passando ou freando sobre o

pavimento, o acúmulo de contaminantes, principalmente borracha na superfície. Ações estas

que dependem do volume e do tipo do tráfego no aeroporto. Todos contaminantes, tais como

a borracha, partículas de poeira, combustível, derramamento de óleos, água, neve, gelo e lodo,

causam perda de atrito, devendo haver remoção e tratamentos específicos para cada tipo.

Porém o acúmulo de borracha é o mais frequente e perigoso, pois os acúmulos se dão nas

áreas de toque e podem ser bastante extensos, causando perda da capacidade de frenagem e

controle direcional, particularmente em pistas molhadas.

Page 31: para pavimento aeroportuário

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Page 32: para pavimento aeroportuário

31

Trilhas de roda, que mantém a água nos sulcos provenientes das trilhas de rodas

depois da chuva e provocam aquaplanagem;

Inclinação transversal inadequada, o que retém água no pavimento por um longo

tempo, reduz o atrito e aumenta a espessura da lâmina de água e aumenta o

potencial de aquaplanagem.

Para medição do atrito superficial vários são os métodos que têm sido utilizados para

determinar o coeficiente de atrito entre pavimento e pneu. Conforme já visto, o coeficiente de

atrito independe somente das propriedades do pavimento, mas também de muitos outros

fatores, como tipo de pneu, o desgaste dos pneus, pressão de enchimento, velocidade do

veículo, se a roda está rolando ou bloqueada, e se o pavimento estiver molhado ou seco.

Sendo assim, para se obter resultados significativos, todos os fatores não relacionados com o

pavimento devem ser fixados ou bem definidos de modo que as únicas variáveis sejam as

propriedades do pavimento (HUANG, 2004).

A avaliação da textura de um pavimento é a principal maneira de se caracterizar a

superfície do mesmo. De forma mais abrangente, segundo RODRIGUES FILHO (2006), a

textura do pavimento se trata de um conjunto de características associadas à capacidade do

pavimento em atender o tráfego da via de forma segura, suave, confortável e econômica.

Segundo MEURER FILHO, (2001 apud LUGÃO, 2008), o comportamento de um

pavimento quanto à aderência pode ser descrito pela análise da textura da superfície da pista,

pois se tem demonstrado haver correlação entre a textura do revestimento e os índices de

derrapagem através de experiências de medições de atrito a altas velocidades e em pistas

molhadas.

A textura da superfície do pavimento é definida como o desvio de uma superfície de

pavimento de uma superfície verdadeiramente plana, com uma textura de comprimento de

onda menor que 0,5 m, e divididos em microtextura, macrotextura, megatextura

(SANDBERG, 2002 apud HALL et al., 2008). São comumente descritos e separadas em

termos de comprimento de onda (λ) e amplitude (A) pico-a-pico, assim sendo, conforme as

categorias de textura podem ser separas como a seguir (ISO, 2000; FLINTSCH et al., 2002;

ASTM E867 apud HALL et al., 2008):

Microtextura (λ < 0,5mm, A = 1µm a 500µm) – Qualidade da Rugosidade da

superfície ao nível sub-visível ou microscópico. É uma função das propriedades

da superfície das partículas de agregados contidos na mistura asfáltica ou

concreto;

Page 33: para pavimento aeroportuário

32

Macrotextura (0,5mm ≤ λ < 50mm, A = 0,1mm a 20mm) - Qualidade rugosidade

da superfície definida pelas propriedades da mistura asfáltica de seus materiais

empregados (ou seja, a quantidade e distribuição das partículas graúdas do

agregado na mistura asfáltica) e o método de acabamento / texturização (por

exemplo: de estopa, grooving, tining) para uso de pavimentos de concreto

Portland.

Megatextura (50mm ≤ λ < 500mm, A = 0,1mm a 50mm) - Este tipo de textura

tem comprimentos de onda na mesma ordem de tamanho da interface do pneu

com o pavimento. É definido pelas falhas, defeitos, ou "ondulação" na superfície

da estrada.

O espectro de texturas foi aumentado pela PIARC (The World Road Association) em

2003, em outros intervalos para microtextura, macrotextura, megatextura, irregularidade

(roughness/unevenness) e inclinação transversal (cross slope). As suas inter-relações e

influências em outros fatores são mostradas na FIG. 2.1. Como podem ser observadas, as

características de atrito das superfícies de pavimento são influenciadas principalmente pela

microtextura e macrotextura. Microtextura contribui significativamente para a superfície de

atrito em piso seco em todas as velocidades e em estradas molhadas em velocidades mais

lentas, enquanto a macrotextura influência significativamente o atrito superficial em pisos

molhados com veículos que circulem a velocidades mais elevadas. O nível de ruído de um

pavimento é afetado pela sua macrotextura e megatextura e o conforto no rolamento é

influenciado principalmente pelas irregularidades do pavimento.

Page 34: para pavimento aeroportuário

33

FIG. 2.1- Relacionamento da textura da superfície e outros fatores (PIARC, 2003 apud HALL, 2008)

Segundo VEITH (1986 apud RODRIGUES FILHO, 2006) a natureza petrográfica e

química dos agregados também influenciam na microtextura e em sua resistência ao

polimento, provocado pelo contato dos pneus.

Segundo RODRIGUES FILHO (2006) a macrotextura se caracteriza pelo tamanho do

agregado, pela faixa granulométrica (quantidades relativas dos diversos tamanhos de

agregados), pela configuração geométrica individual do agregado e pelos vazios existentes na

mistura.

Comumente, utiliza-se o termo rugoso ou polido para microtextura e aberto ou grosseira e

fechada ou fina para macrotextura, como forma de classificar estas texturas. A FIG. 2.2 ilustra

os conceitos de macro e microtextura, numa superfície de revestimento asfáltico.

Page 35: para pavimento aeroportuário

34

FIG. 2.2 - Micro e macrotextura na superfície de um revestimento asfáltico (BERNUCCI et al., 2007)

A megatextura está associada aos desvios da superfície do pavimento, causadas pelas

deformações por trilhas de roda, e outras deformações. (RODRIGUES FILHO, 2006) e

conforme a FIG. 2.1 afetam principalmente fatores como nível de ruído interno e externo.

A irregularidade prove uma medida da condição geral do pavimento e é usualmente

expressa pelo IRI – Índice Internacional de Irregularidade (Internacional Roughness Index).

A pesquisa apresentada nesta dissertação trata de uma mistura asfáltica especial, o Stone

Matrix Asphalt – SMA, que de acordo com a literatura disponível provê bons resultados de

atrito pelo fato se sua macrotextura aberta, serão aprofundados apenas os aspectos de textura

envolvendo micro e macrotextura.

Analisando-se somente o aspecto da microtextura da superfície asfáltica com relação as

perdas de energia por atrito e o favorecimento de hidroplanagem, em pistas secas e molhadas

podem-se tirar as seguintes conclusões (RODRIGUES FILHO, 2006):

Microtextura lisa em pista seca: ocorre contato íntimo entre o pneu e o pavimento,

permitindo grande numero de ligações moleculares, desta forma promovendo

maior perda de energia por adesão;

Microtextura lisa em pista molhada: a película de água que cobre a área de

contato e separa as superfícies reduz significativamente o efeito do atrito por

adesão, o que favorece a ocorrência da hidroplanagem viscosa ou a área de

atuação da hidroplanagem viscosa no caso de hidroplanagem combinada;

Microtextura áspera em pista seca: causa perdas por adesão ligeiramente menores

que aquelas que se verificam em uma pista seca com microtextura lisa, pois a área

de contato real na interface de contato é menor, resultando em um número menor

de ligações moleculares;

Microtextura áspera em pista molhada: as perdas por adesão são menos

influenciadas pela presença de água, pelo fato que a superfície com microtextura

áspera ainda que molhada permite o contato seco em grande parte da área de

Page 36: para pavimento aeroportuário

35

contato, devido à agudeza das asperezas que perfuram a película de água.

Analisando-se agora somente o aspecto da macrotextura, conclui-se que (RODRIGUES

FILHO, 2006):

Macrotextura fechada em superfície seca: o contato entre as superfícies causam

pequenas deformações na banda rodagem, gerando assim perdas pequenas por

histerese e, em consequência, o atrito em razão da histerese é relativamente

menor, sendo o volume ativo da banda de rodagem pequeno;

Macrotextura aberta em superfície seca: as perdas por histerese são grandes,

devido à maior amplitude das deformações na banda de rodagem, que

proporcionam grandes perdas por histerese;

A contaminação por água até certo grau não influência de forma significativa as

perdas por histerese, pois estas são basicamente resultantes da geometria da

superfície e das propriedades visco-elásticas da borracha dos pneus;

A macrotextura exerce grande influência no fenômeno da hidroplanagem

dinâmica: o valor da espessura crítica da lâmina de água é maior para

macrotexturas abertas e menor para fechadas. As estruturas abertas permitem a

formação de canais entre a banda de rodagem e a pista, facilitando a drenagem da

água para fora da área de contato;

Caso a macrotextura da pista seja adequada é possível prevenir a ocorrência de

hidroplanagem dinâmica em chuvas de intensidade razoável.

Os aspectos de macrotextura e microtextura devem ser analisados conjuntamente. Estas

combinações podem resultar em quatro tipos de textura, conforme mostra a TAB. 2.2.

.

TAB. 2.2 - Tipo de superfície em função da classe de macrotextura e microtextura Fonte: Adaptado de RODRIGUES FILHO (2006) e APS (2006).

Macrotextura Microtextura Exemplo de Superfície Tipo de textura

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Page 37: para pavimento aeroportuário

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Page 38: para pavimento aeroportuário

37

hidroplanagem viscosa poderá ocorrer, mas em velocidades mais altas que no caso da

pista de textura fechada e lisa. Com a pista molhada, grande parte da água escoa pelos

canais que se formam entre a banda de rodagem e a pista, implicando numa

profundidade de lamina d´água maior para que ocorra a hidroplanagem dinâmica

completa. Sendo que esta profundidade aumenta com a macrotextura. FIG. 2.3 (b)

ilustra a variação do coeficiente de atrito (µ / µmáx seco) com a velocidade (v / vh);

c. Superfícies com macrotextura fechada e microtextura áspera, em pista seca,

proporciona valores de atrito um pouco inferiores aos proporcionados por uma pista de

microtextura lisa, pelo fato da diminuição da área real de contato e menor adesão.

Esta redução não é importante, sendo que para pistas molhadas o valor é

significantemente maior devido as asperezas furarem e atravessam a película de água.

Pode ocorrer a hidroplanagem dinâmica, nem prevenir da hidroplanagem por

desvulcanização, mas pode evitar a hidroplanagem viscosa. Sendo também importante

as ranhuras dos pneus para melhor expulsão d’água. FIG. 2.3 (c) ilustra a variação do

coeficiente de atrito (µ / µmáx seco) com a velocidade (v / vh);

d. Superfícies com macrotextura fechada e microtextura lisa: em pistas secas,

proporcionam valores de coeficiente de atrito na faixa de 0,7 a 1,1, dependendo da

composição da borracha e da pressão do pneu, e predominam as perdas por adesão.

Quando úmida ou molhada, proporciona coeficientes de atrito reduzidos, mesmo em

velocidades baixas devido à hidroplanagem viscosa, em que o pneu não expulsa toda

a água da área de contato no intervalo de tempo de passagem da roda. As perdas de

energia por adesão são quase nulas, devido a uma fina película de água entre a banda

de rodagem e a pista. Como o processo de remoção da água depende do tempo de

contato, o coeficiente de atrito disponível decresce com o aumento da velocidade.

Neste tipo de superfície agem a hidroplanagem viscosa que é substituída pela

hidroplanagem dinâmica. Devido ao pequeno valor da profundidade critica da

hidroplanagem, as ranhuras dos pneus são muito importantes, para prevenir a

hidroplanagem, a FIG. 2.3(d) ilustra a variação do coeficiente de atrito (µ / µmáx seco)

com a velocidade (v / vh).

A microtextura lisa propicia condições favoráveis à ocorrência de aquaplanagem

viscosa na presença de lâminas de água muito finas, enquanto a microtextura áspera evita

tal ocorrência. A aquaplanagem viscosa, segundo UBIRATAN (2008 apud OLIVEIRA,

2009) é aquela verificada em menores velocidades, especialmente durante o deslocamento

Page 39: para pavimento aeroportuário

38

das aeronaves pelas pistas de taxiamento.

Segundo a ICAO (1997 apud OLIVEIRA, 2009), uma das causas prováveis de

microtextura lisa pode estar associada à utilização de agregados inadequados e à ação

do tráfego e das condições climáticas. O gradiente de velocidade de atrito pode ser

definido como a taxa de diminuição do número de atrito por unidade de aumento na

velocidade.

Com gradientes de baixa velocidade, a superfície do pavimento mantém as suas

propriedades de atrito, mesmo em altas velocidades, o que é vital em pistas de aeroportos.

Sendo assim, baixos gradientes de atrito em velocidade são desejáveis para um pavimento

com bons índices de atrito (KING et al., 2007).

(a) Textura aberta e áspera (b) Textura aberta e lisa

(c) Textura fechada e áspera (d) Textura fechada e lisa FIG. 2.3 – Influência da textura sobre o atrito em pista seca e inundada

Fonte: ICAO (1983 apud RODRIGUES FILHO, 2006)

A TAB. 2.3, apresenta valores de atrito para pavimentos asfálticos molhados valores em

função da macro e microtextura, apresentado por GUZMÁN (1995 apud APS, 2006). O

método de medição do coeficiente não foi relatado, mesmo assim, percebe-se que os maiores

valores do coeficiente de atrito são para pistas com textura áspera e aberta, seguido de áspera

Page 40: para pavimento aeroportuário

39

e fechada, polida e aberta e polida e fechada. E pode-se notar que com o aumento da

velocidade, os valores que menos decrescem são os valores para textura áspera e aberta.

TAB. 2.3 – Valores de atrito para pistas molhadas de acordo GUZMAN (1995 apud APS, 2006)

Velocidade (km/h)Microtextura e Macrotextura

Áspera e aberta Áspera e fechada Polida e aberta Polida e fechada50 0,70 0,60 0,30 0,25 60 0,62 0,56 0,25 0,20 70 0,60 0,49 0,22 0,18 80 0,58 0,40 0,20 0,17 90 0,57 0,35 0,20 0,16

100 0,55 0,30 0,19 0,16 110 0,55 0,24 0,18 0,15 120 0,55 0,22 0,17 0,15

Em pesquisa realizada no Langley Reseach Center (NASA), nos Estados Unidos em

1965, analisou-se o comportamento do atrito em função da profundidade média da textura

para diversas velocidades em 4 (quatro) tipos de pavimentos, de concreto liso, concreto

texturizado, asfalto com agregado miúdo e asfalto com agregado graúdo, empregando pneu

liso, carga de roda = 12.000lb, pressão de enchimento =140lb/pol² e profundidade de lamina

d´água = 0,1 a 0,2 pol (FIG. 2.4). Nesta pesquisa foi possível analisar o comportamento do

atrito em função da profundidade média da textura para as três velocidades (HORNE et al.,

1965 apud RODRIGUES FILHO, 2006).

Deste estudo de atrito em pistas molhadas pode-se dizer que o coeficiente de atrito

diminui com o aumento da velocidade do veículo e que a macrotextura contribui para o

aumento do atrito. Pode-se observar ainda, que para o concreto liso é indiferente a

velocidade de deslocamento, pois o coeficiente de atrito médio é praticamente igual, que o

concreto texturizado possui menores coeficiente de atrito médio para todas as velocidades, e

comparando-se o asfalto com agregado miúdo com o asfalto com agregado graúdo, que a

maior diferença entre ambos está na maior velocidade, em que o coeficiente de atrito médio

do asfalto com agregado graúdo é significativamente maior, proporcionando maior segurança

naquela velocidade.

Os métodos de medição de textura na superfície do pavimento variam dependendo do

tipo de textura sendo avaliados (micro, macrotextura, megatextura e irregularidade). A TAB.

2.6 resume os equipamentos de medição usados para mensurar a textura, seus níveis de

precisão, aplicabilidade, e os fatores de custo (HENRY, 2000; RADO, 1994; WAMBOLD et

al, 1995;. AASHTO, 1976) apud HALL, 2008). Dentre estes métodos citados, somente serão

Page 41: para pavimento aeroportuário

40

abordados com maiores detalhes os métodos mais usuais, tais como o método do Pêndulo

Britânico, Mancha de Areia e Mancha de Graxa.

FIG. 2.4 - Comportamento do atrito em função da textura para diversas velocidades

Fonte: HORNE el al. (1965 apud RODRIGUES FILHO, 2006)

Em geral, a microtextura é medida utilizando-se o método do Pêndulo Britânico ou

British Pendulum Tester (BPT). Embora este dispositivo tenha sido criado para uso em

laboratório é amplamente utilizado em campo. É um equipamento portátil, e sua metodologia

de instrumentação segue a norma ASTM E-303-93. Seu princípio de funcionamento baseia-se

em um pêndulo padronizado com uma sapata de borracha, que é lançada em direção a

superfície do pavimento molhado, com objetivo de se medir a perda de energia por atrito da

sapata do pêndulo, quando esta desliza sobre a superfície do pavimento, sendo seu valor

expresso em BPN (British Number Pendulum) ou SRT (Skid Resistent Test). A FIG. 2.5

mostra o equipamento do Pêndulo Britânico e suas correlações para classificação das

microtexturas encontram-se na TAB 2.5.

Segundo o DNIT (2006), há necessidade de correção da medição conforme a temperatura

da água utilizada para o teste, conforme mostra a TAB. 2.4. A mesma correção não se

encontra na norma ASTM E-303-93.

TAB. 2.4 – Correção do BPN devido a temperatura da água

Page 42: para pavimento aeroportuário

41

Correção de temperatura da água

Temperatura ºC 0 2 5 8 10 13 15 20 25 30 40

Correção -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 +1 +1 +3

FIG. 2.5 – Levantamento do atrito com Pêndulo Britânico no Aeroporto da Grande Natal/RN

TAB 2.5 – Classes de microtextura (ABPv, 1999 apud BERNUCCI et al., 2007)

Classe Valor da resistência à derrapagem (BPN) Perigosa < 25

Muito lisa 25 ≤ BPN ≤ 31 Lisa 32 ≤ BPN ≤ 39

Insuficientemente rugosa 40 ≤ BPN ≤ 46 Medianamente rugosa 47 ≤ BPN ≤ 54

Rugosa 55 ≤ BPN ≤ 75 Muito rugosa BPN > 75

A macrotextura de uma superfície pode ser medida através de três métodos (APS, 2006):

métodos volumétricos, perfilômetros ou eletro-ópticos e drenômetros, sendo que alguns destes

métodos estão descritos na TAB. 2.6. Os métodos volumétricos e drenômetros são os mais

comuns e de menor custo, estes métodos são ensaios estacionários e requerem fechamento da

pista durante o ensaio.

Page 43: para pavimento aeroportuário

42

TAB. 2.6 - Métodos de ensaios de textura da superfície de pavimentos - Fonte : Modificado de HALL (2008) Método/Equipamento Norma

Associada Descrição Índice de mensuração Precisão Aplicabilidade Observações

Método da Mancha de Areia (Sand Patch Method - SPM)

ASTM E965, ISO10844

Método de teste volumétrico para medição da macrotextura

Profundidade média da textura (MTD) da macrotextura

2% Simples e baixo custo Método localizado

Custo do Eqp: Baixo Vel. do teste: Lenta Outros: Requer controle de tráfego

Drenabilidade (Outflow time - OFT)

ASTM WK 364 Método de teste volumétrico que mede o tempo de escape da água

Tempo de escoamento volume especificado de água

0,5s Método simples e relativamente de baixo custo Medição localizada

Equipamento: Moderado Vel. do teste: Lenta Outros: Requer controle de tráfego

Circular Texture Meter (CT Meter)

ASTM E 2157 Mede a profundidade média da macrotextura no pavimento a laser. Mede o perfil do pavimento em uma área circular de 284mm de diâmetro e 892mm de circunferência.

Profundidade média do perfil (MPD) da macrotextura Raiz média quadrática (RMS) da profundidade da textura

0,03mm Medições de mesma dimensão do DFT Método localizado Textura é medida em duas direções Boa correlação com o mancha de areia, porém não deve ser usado para misturas abertas (HANSON e PROWELL, 2004)

Custo do Eqp: Moderado Vel. do teste: Lenta Outros: Requer controle de tráfego

Pêndulo Britânico (British Pendulum Tester) - BPT

ASTM E 303 Fornece uma medida indireta da microtextura. O dispositivo mede o arrasto de uma sapata de borracha solta por um pêndulo.

BPN – British Pendulum Number Medida da microtextura

1,2 BPN Metodologia é crítica Pode ser feita em laboratório

Custo do Eqp: Moderado Vel. do teste: Mediana Outros: Requer controle de tráfego

Perfilômetros-EOM(4tipos): Laser, Fotoseccionamento(light sectioning), Ultrassônico(ultrasonic) Água de contato(Stylus Contact Followers)

ASTM E 1845 ISO 13473-1 ISO 13473-2 ISO 13473-3

Fornece um perfil da macrotextura da superfície da estrada. Este equipamento utiliza um sensor de distância de medição óptico para coletar dados de elevação de superfície em intervalos de 0,25 mm ou menos.

Profundidade média do perfil (MPD) da macrotextura Profundidade media estimada (ETD) Amplitude Espectro de texturas

0,15mm Alguns equipamentos coletam dados em velocidades altas Boa correlação com MTD Medição continua possível Medição somente em uma direção

Custo do Eqp: Moderado a Alto Vel. do teste: Lento para rápido Outros: Não Requer controle de tráfego, o eqp é montado sobre veículo

Mancha de Graxa (Grease Patch)

Método 150/5320-12C

Método de teste volumétrico para medição da macrotextura com uso de graxa

Profundidade média da textura (MTD) da ma crotextura

5mm Simples e baixo custo Método localizado

Custo do Eqp: Baixo Vel. do teste: Lenta Outros: Requer controle de tráfego

42

Page 44: para pavimento aeroportuário

43

O ensaio da macrotextura pelo Método da Mancha de Areia é um ensaio volumétrico,

executado segundo a norma ASTM E 965, medindo a profundidade média da textura pela

altura média da mancha de areia. O procedimento consiste em preencher os vazios da textura

superficial do pavimento com um volume de 25.000mm³ ±150mm³ de um areia normatizada

de grãos arredondados, limpa e seca, podendo-se utilizar também microesferas de vidro, se

atenderem a granulometria exigida, passando na #60 (0,3mm) e retido na #80 (0,15mm). A

areia é espalhada sobre a superfície do pavimento com auxilio de uma base de um pistão

circular, que é movimentada em círculos, paralelamente a superfície, preenchendo os vazios

da superfície e obtendo uma área final a aproximadamente circular. Mede-se o diâmetro do

círculo da mancha em quatro direções com aproximação visual de 5mm; o diâmetro médio

Dm, será o resultado da média obtida nas quatro medições, a altura Hm é expressa pela

Equação (EQ. 2.1).

4..

(EQ. 2.1)

Onde: V = 25.000 mm³;

Dm = diâmetro médio da mancha de areia (mm);

Hm = altura média da mancha de areia (mm).

Outro método utilizado para medida da altura média das superfícies dos pavimentos

utilizado pela FAA em seus aeroportos, é o Método da Mancha de Graxa (NASA Grease

Smear Method), que é um método volumétrico, que consiste em preencher os vazios da

superfície do pavimento com um volume conhecido de graxa de 16 cm³ (1 polegada cúbica)

de graxa de uso geral. Demarca-se a área de ensaio com duas fitas adesivas paralelas

espaçadas de 10 cm, e uma fita limitadora na perpendicular, fechando um dos extremos. Se

limpa a superfície com uma escova de mão macia e a graxa depositada entre as fitas é então

distribuída com uma espécie de rodo, até formar uma forma retangular. Mede-se o

comprimento do retângulo com aproximação visual de 5 mm. Calcula-se a área coberta e

obtêm-se a profundidade da textura medida, conforme Equação (EQ. 2.2). Para se obter a

média da profundidade das texturas, deve-se somar as alturas de cada ensaio e dividir pela

quantidade de ensaios. O método é descrito na norma da FAA AC 150/5320-12C

(FAA,2009a) e também pela Instrução de Aviação Civil n° 4302 (DAC, 2001). Após o

término dos ensaios, deverá ser providenciada a limpeza dos pontos de ensaios, por meio de

jatos de água adicionada de solventes, para evitar deterioração do pavimento e eventuais

riscos de derrapagem.

Page 45: para pavimento aeroportuário

44

(EQ. 2.2)

Onde: HG = altura média da mancha de graxa, profundidade média (mm)

V = 16 cm³

A=área do retângulo da mancha de graxa (cm²)

A Associação Brasileira de Pavimentação classifica a macrotextura em classes, em

função da altura média da mancha de areia em milímetros, conforme a TAB. 2.7:

TAB. 2.7 – Classes de macrotextura - Fonte: (ABPv, 1999 apud BERNUCCI et al., 2007) Classe Valor da altura média da textura

da superfície em cm (HS) Muito fina ou muito fechada HS ≤ 0,20

Fina ou fechada 0,20 < HS ≤ 0,40 Média 0,40 < HS ≤ 0,80

Grosseira ou aberta 0,80 < HS ≤ 1,20 Muito grosseira ou muito aberta 1,20 < HS

Segundo recomendações da (ABPv, (1999 apud BERNUCCI et al., 2007), a macrotextura

em pavimentos asfálticos deve estar entre 0,6mm e 1,2mm de altura média da mancha de

areia, pois abaixo do limite inferior, a textura passa a ter uma tendência fechada, aumentando

o risco de hidroplanagem, pelo fato da presença de água na pista, promovida pela deficiência

de eliminação da agua por textura fechada. O limite superior indicado, é muito aberta o que

causará um desgaste excessivo nos pneus, maior consumo de combustível e tendência a maior

ruído ao rolamento. Para velocidade acima de 50 km/h a macrotextura é uma das

características mais importantes que afetam a aderência dos pneus ao pavimento. Quaisquer

defeitos que atue na superfície do pavimento que promova o fechamento da textura são

prejudiciais, por exemplo, a exsudação que fecha a macrotextura, e no caso do desgaste é ao

contrário, pois causa melhoria na macrotextura, com a perda do filme de mástique nos

agregados superficiais expõem mais significativamente as pontas dos agregado, aumentando

os canais micro-drenantes, assim aumentando a vazão superficial e também a microtextura,

expondo mais os agregados. Porém o polimento dos agregados é prejudicial, pois diminui a

microtextura, tornando o agregado menos áspero, com menor capacidade de ruptura da lâmina

de água.

Dentre os equipamentos de medição de atrito, alguns são estáticos e a maioria dos

equipamentos são dinâmicos (CFME – Continuos Friction Measuring Equipament). Os

Page 46: para pavimento aeroportuário

45

equipamentos dinâmicos podem ser de roda oblíqua, roda bloqueada ou parcialmente

bloqueada. A TAB. 2.8 relaciona uma série de equipamentos utilizados para medir o atrito

dos pavimentos.

Dentre os equipamentos CFME, os mais utilizados no Brasil são o Mu-meter (FIG. 2.6-

a), o skidommeter (FIG. 2.6-b). O Mu-meter é um instrumento de teste de superfície de pista

que infere um valor de coeficiente de atrito de frenagem a partir da medida da força lateral

nos eixos de duas rodas lisas, chamadas friction wheels (FW), instaladas num veículo de

reboque. Em geral, as FW têm um alinhamento convergente em relação à direção

longitudinal do reboque, com um ângulo de convergência, com carregamento de 77,5 kgf para

cada roda, operando com uma taxa de deslizamento de 13%. Uma terceira roda traseira,

alinhada normalmente, mede a distância percorrida e estabiliza o movimento do reboque. Há

um sistema espargidor que aplica uma película d’água de espessura média de 1mm à frente

das rodas sensoras. O sinal de força e o sinal de distância percorrida medida são enviados para

uma unidade de processamento conectada a um dispositivo de processamento e as

informações são repassadas em tempo real, de dentro do veículo rebocador (SANTOS, 2004).

O skiddometer também realiza as medidas de atrito contínuo, constituído por reboque de

três rodas do tipo deslizômetro ( skiddometer). As duas rodas laterais giram livremente, e a

roda central, é responsável pela medição do atrito, com sua rotação retardada, operando com

uma taxa de deslizamento de 17%.

(a) (b) FIG. 2.6 – Equipamentos de medição de atrito mais utilizados no Brasil (a) Mu-meter (LUGÃO,

2008) e (b) Skiddometer (GONZAGA, 2010).

Page 47: para pavimento aeroportuário

46

Dentre os modelos portáteis de medição de atrito o equipamento mais comum é o

Pêndulo Britânico. Ele determina por uma medida escalar o grau de aderência entre o pneu e

pavimento presente na superfície de um pavimento, e também é conhecido como coeficiente

de atrito cinemático. Além de medir a microtextura do pavimento, o seu BPN também é

utilizado para a medição de atrito.

Outro equipamento portátil é o Teste de Atrito Dinâmico (DF Tester ou DFT), que

permite a medida direta do atrito de vários tipos de superfícies pavimentadas, o procedimento

consta na norma ASTM E 1911. Este ensaio apresenta vantagens quando comparado com o

pêndulo britânico: não depende de operador; faz leituras de 0 a 90 km/h; possui um

reservatório próprio de água. Quando operado a 20 km/h de velocidade de rotação, tem forte

correlação com o BPT, com um R² de 0,86. O equipamento está sendo muito utilizado para

ensaios de campo nos Estados Unidos, pois tem uma excelente repetibilidade, mas também já

é utilizado nos seguintes países: Alemanha, Bélgica, Espanha, Dinamarca, França, Itália,

Estados Unidos e Reino Unido. (HALL, 2008 e APS, 2006).

(a) (b)

FIG. 2.7 – Detalhe do DF Tester (a) Vista Lateral; (b) Vista inferior

Fonte: NIPPOU, 2011.

Page 48: para pavimento aeroportuário

47

TAB. 2.8 – Métodos de ensaio do atrito de pavimentos – Fonte : Modificado de HALL, 2008.

Método/ /Norma Descrição Equipamento Índice de Medição Precisão Aplicabilidade Observações Método da Medida da Distância Percorrida até parar (Stopping Distsance Measurement) ASTM E 445

Método consiste na direção de um veiculo, travando as rodas quando chegar a velocidade desejada, e medindo a distância da trajetória do veiculo até parar

Qualquer veículo em bom estado de manutenção

Coeficiente de atrito(µ) é determinado pela equação:

2. ., :

µ=coeficiente de atrito; v=velocidade de frenagem inicial do veiculo (m/) g=aceleração da gravidade (9,81m/²)

Desvio padrão típico é 5%

Ensaio de campo Trechos retilíneos

Custo do Eqp*: $300 a $1000 Vel. do teste: Lenta Outros: Pista deve ser fechada

Roda-travada (Locked Wheel) / ASTM E 274

O dispositivo é rebocado atrás do um veículo de medição a uma velocidade de 64 km/h. A água pode ser aplicado na frente do pneu de teste, um sistema de travagem é forçado a travar o pneu, e a força de arrasto resistiva é medida por após 1 segundo de teste da roda totalmente bloqueado.

Veiculo de medição e equipamento de medição de atrito por roda travada, equipado com roda ranhurada (ASTM E524) ou roda lisa(ASTM E 274) Exemplos: Locked Wheel Tester, LCPC Skid Trailer, Stuttgarter Reinbungsmesser e Skiddometer

A medida da força resistiva e a aplicação do travamento da roda são via computacionais, para cálculo do número de atrito (FN):

100 100.

Onde: FN=Número de atrito na velocidade medida µ=Coeficiente de atrito F=Força de tração aplicada no pneu W=Força vertical aplicada no pneu

Desvio padrão de 1 FN

Ensaio de campo (segmentos de reta) e curvas até uma aceleração de 0,3 G.

Custo do Eqp*: $100.000 a $200.000 Vel. do teste: Alta velocidade Outros: Sem aquisição contínua

Roda Obliqua (Side-Force) O dispositivo mede o atrito pela força lateral aplicada na roda que é inclinada. O ensaio pode ser executado espargindo ou não água, em geral a medição é com água

Mu-meter, mede o atrito lateral pela força aplicada em duas rodas obliquas Sideway Force Coefficient Routine Investigation Machine (SCRIM), tem um ângulo obliquo de 20°. Stradograph

A força lateral perpendicular ao plano de rotação é medida e utilizado um programa computacional para calcular o coeficiente de força lateral (SFC)

Tipicamente o desvio padrão é de 2 MuN

Ensaio de campo (segmentos de reta e seções de curva)

Custo do Eqp*: Acima de $50.000 Vel. do teste: Alta velocidade

*Custo: Refere-se ao custo informado no original, em dólares americanos e sem taxas.

47

Page 49: para pavimento aeroportuário

48

TAB. 2.8 – Métodos de ensaio do atrito de pavimentos – Fonte : Modificado de HALL, 2008. (Continuação)

Método/ /Norma Descrição Equipamento Índice de Medição Precisão Aplicabilidade Observações Roda Parcialmente Bloqueada (Fixed –Slip) / Sob aprovação da ASTM

Equipamento de Roda parcialmente bloqueada entre 10 a 20% da velocidade de escorregamento

Rodway and runway friction testes (RFTs) Airport Surface Friction Tester (ASFT) Saab Friction Tester (SFT) Griptester

A força de arrasto resistiva medida e a carga aplicada na roda de estrada são usados para calcular o coeficiente de atrito, μ. Fricção é relatada como FN.

Depende do equipamento

Ensaio de campo(segmentos de reta)

Custo do Eqp*: Acima de $35.000 a $150.000 Vel. do teste: Alta velocidade

Deslizamento Vertical (Variable –Slip) / ASTM E1859

Dispositivos de medida de atrito como uma função de deslizamento entre a roda e a superfície da estrada. Eles fornecem informações sobre as características de atrito das superfícies do pneu e da estrada, como o aumento da porção inicial da curva de deslizamento de atrito depende das propriedades dos pneus, enquanto a parte após o pico é dependente das características da superfície da estrada.

IMAG Francês RUNAR ROAR SALTAR ASTM R1551 especifica o tipo do pneu para uso nos dispositivos de deslizamento variável.

A força de arrasto resistiva medida e a carga aplicada na roda de estrada são usados para calcular o coeficiente de atrito, μ. Fricção é relatada como FN.

Desvio padrão típico de 0,05

Ensaio de campo(segmentos de reta)

Custo do Eqp*: Acima de $40.000 a $500.000 Vel. do teste: Alta velocidade

Métodos Portáteis Pêndulo Britânico (British Pendulum Tester) – BPT / ASTM E303 Ensaio de atrito dinâmico (Dynamic Friction Tester -DF Tester) / ASTM E1911

Métodos portáteis podem fornecer medidas de atrito de superfícies de pavimentos. Estes equipamentos usam a teoria do pêndulo ou do deslizamento para medir atrito em laboratório ou em campo. Fornece uma medida no local do ensaio, devendo ser realizado em várias seções. Nem sempre simula o pneu do veiculo

BPT – British Pendulum Tester – mais reconhecido medidor de atrito portátil. DF Tester – está ganhando aceitação e fornece mais informações, porque sua medição de atrito é numa faixa de 0 a 80 km/h

Resultado apresentado como BPN – British Pendulum Number DF Tester a 20km/h correlaciona com o BPN.

Em geral 5% BPN não tem muita repetibiliadade se utilizado outro operador. O DF Tester tem boa repetibilidade

BPT correlaciona bem com a microtextura. DF Tester mede atrito de 0 a 90km/h, e a 20km/jh correlaciona com BPN.

Custo do Eqp*: $20.000 a $35.000 Vel. do teste: Lenta a Alta

*Custo: Refere-se ao custo informado no original, em dólares americanos e sem taxas.

48

Page 50: para pavimento aeroportuário

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Page 51: para pavimento aeroportuário

50

coeficientes de atrito mínimos para pavimentos novos, nível de manutenção e nível aceitável.

Estes equipamentos são os mesmos na norma da FAA (2007), com exceção do Safegate

Friction Tester, da Airport Technology USA, que foi descontinuado. Na resolução ainda

estabelecer a classificação e ações decorrentes da leitura do coeficiente de atrito em teste de

calibração ou teste de monitoramento, sendo eles:

I - pista nova: classificação atribuída a PPD que o teste de calibração indicar coeficiente

de atrito igual ou superior àquele indicado na coluna [6] da TAB. 2.10, segundo respectivo

equipamento e modo utilizado para medição;

II - pista segura não supervisionada: classificação atribuída a uma PPD considerada

segura para a operação de aeronaves e sem necessidade de supervisão pela ANAC enquanto

os testes de monitoramento da TAB. 2.10 indicar coeficiente de atrito igual ou superior àquele

indicado na coluna [7] da mesma tabela;

III - pista segura supervisionada: classificação atribuída a uma PPD considerada segura

para a operação de aeronaves e objeto de supervisão pela ANAC sempre que o teste de

monitoramento indicar coeficiente de atrito menor que àquele indicado na coluna [7] e igual

ou superior ao indicado na coluna [8], ambos da TAB. 2.10;

IV - pista insegura: classificação de PPD considerada insegura para a operação de

aeronaves e objeto de fiscalização e multa, conjugada com emissão de NOTAM, com

eventuais restrições à operação ou fechamento da pista de pouso e decolagem, sempre que o

teste de monitoramento indicar coeficiente de atrito menor que indicado na coluna [8], da

TAB. 2.10.

TAB. 2.10 - Parâmetros mínimos referentes aos ensaios de medição de atrito Fonte: ANAC (2009).

Equipamento [1]

Pneu Velocidade de teste (km/h)

[4]

Espessura da lâmina de água (mm) [5]

Coeficiente de atrito mínimo

Tipo [2]

Pressão (kPa)

[3]

Pavimentos novos

[6]

Nível de manutenção

[7]

Nível aceitável

[8]

Mu-meter A 70 65 1 0,72 0,52 0,42 A 70 95 1 0,66 0,38 0,26

Skiddometer B 210 65 1 0,82 0,60 0,50 B 210 95 1 0,74 0,47 0,34

Surface Friction tester vehicle

B 210 65 1 0,82 0,60 0,50 B 210 95 1 0,74 0,47 0,34

Runway Friction tester vehicle

B 210 65 1 0,82 0,60 0,50 B 210 95 1 0,74 0,54 0,41

TATRA B 210 65 1 0,76 0,57 0,48 B 210 95 1 0,67 0,52 0,42

RUNAR B 210 65 1 0,69 0,52 0,45 B 210 95 1 0,63 0,42 0,32

Grip Tester C 140 65 1 0,74 0,53 0,43 C 140 95 1 0,64 0,36 0,24

Page 52: para pavimento aeroportuário

51

A Resolução n°88 da ANAC(2009) estabelece de acordo com a classificação do

aeródromo, os locais de medição de atrito e a textura do pavimento da pista, que deve ser

executada em toda extensão da pista e que pode estar localizada a 3m e 6m do eixo da pista,

com medição nos dois sentidos de orientação para cada segmento da pista, como apresentado

na TAB. 2.11.

Para textura superficial a resolução não faz menção, ficando a cargo da Instrução de

Aviação Civil – IAC 4302, definir os locais, tipo da medição, frequência e recomendações de

profundidade. Fica então definido que para pavimentos novos é recomendada uma

profundidade mínima de textura superficial de 1,00mm e para pavimentos em utilização não

deverá ser inferior a 0,50mm, sendo necessárias ações corretivas quando estes níveis não

forem alcançados. Os ensaios devem ser executados a cada 100m de pista em pontos

localizados a 3metros do eixo, alternadamente a esquerda e direita deste, distando o primeiro

ponto da medição 100 metros de uma das cabeceiras.

TAB. 2.11 - Localização das medições de atrito e textura (ANAC, 2009)

Classe de referência Localização da medição Quantidade mínima Aeródromos com operação de

aeronave tipo: A ou B ou C Distante 3m do eixo da pista Uma vez de cada lado da pista

Aeródromos com operação de aeronave tipo: D ou E ou F

Distante 3m e 6m do eixo da pista

Uma vez de cada lado da pista, para cada distância.

Nos casos em que o valor do coeficiente de atrito for inferior ao nível de planejamento de

manutenção, a ANAC (2009) recomenda às administrações aeroportuárias a solicitação

de expedição de Aviso aos Aeronavegantes – NOTAM (Notice do Air Man). Um NOTAM é

um aviso que contém informação relativa ao estabelecimento, condição ou modificação de

quaisquer instalações, serviços, procedimentos ou perigos aeronáuticos, cujo pronto

conhecimento seja indispensável ao pessoal ligado à operações de voo. Neste caso

informando que as pistas encontram-se escorregadias quando molhadas.

A medição dos coeficientes de atrito da PPD (pista de pouso e decolagem) deverá ser

realizada após a construção e sempre que o pavimento for submetido a alguma recuperação

ou tratamento superficial, o qual caracteriza teste de calibração, e a partir do ensaio, deve

seguir o prescrito na TAB. 2.12, independente do tipo de propulsão das aeronaves.

Page 53: para pavimento aeroportuário

52

TAB. 2.12 - Frequência das medições de atrito (ANAC, 2009)

Pousos diários de aeronaves Frequência mínima de medições de atrito

Menos de 15 Cada 12 meses 16 a 30 Cada 6 meses 31 a 90 Cada 3 meses

91 a 150 Cada 30 dias 151 a 210 Cada 15 dias

Mais de 210 Cada 7 dias

Ainda de acordo com a resolução, as pistas recebem as seguintes classificações, de

acordo com o coeficiente de atrito e tipo de medição: Pista nova; pista segura não

supervisionada; pista segura supervisionada e pista insegura. E segundo KUNTZ et al.,

(2010), com os resultados obtidos nos testes de atrito, a pista poderá ser liberada/reaberta ou

interditada ao tráfego aéreo pela ANAC, que em geral, são executados pela própria

administração do aeroporto onde é emitido um relatório com o resultado do teste de

calibração e laudo técnico com a descrição e análise dos resultados acompanhado de

Anotação de Responsabilidade Técnica - ART.

A ICAO (apud LUGÃO, 2008) recomenda uma textura média mínima de 0,625 mm para

pistas em uso e uma textura de no mínimo 1,0 mm para projeto de revestimentos de pistas

novas.

A norma da AC 150/5320-12C (FAA, 2009a), regula as medições, construção e

manutenção de resistência ao deslizamento em pavimentos superficiais em aeroportos que são

vinculados a FAA. Com relação à macrotextura, fica definido que quando os valores de atrito

medidos por equipamentos de medição contínua de atrito (CFME), estiverem dentro dos

critérios de segurança determinados pela norma, não há necessidade da medição da

macrotextura, somente quando estes critérios mínimos forem atingidos que deverão ser

executadas as suas medições pelo método da Mancha de Graxa. As medições deverão ser

executadas somente se a causa da diminuição do atrito não for evidente, por exemplo, por

contaminação por borracha. Desta maneira, fica definido que para pavimentos de pista de

pouso de concreto ou asfálticos novos, a recomendação para profundidade média da

macrotextura será de 1,14mm, e que um valor inferior indica uma deficiência na macrotextura

e requererá correções. E para pista de pouso com pavimentos em utilização, quando o valor da

profundidade média for inferior a 1,14mm o operador do aeroporto deverá fazer medições

regulares na pista, quando índice ficar entre 0,4mm e 0,76mm, o operador do aeroporto

Page 54: para pavimento aeroportuário

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Page 55: para pavimento aeroportuário

54

TAB. 2.13 – Programa de manutenção de atrito baseado no nível de operações de aeronaves a reação para cada cabeceira (ICAO, 2004).

Pousos diários de aeronaves na

cabeceira [1]

Peso anual dos pousos (106kg)

[2]

Período máximo entre avaliações de atrito

[3]

Período máximo entre remoções de borracha

[4]

menos de 15 menos de 447 1 vez por ano 1 vez cada 2 anos de 16 a 30 de 448 a 838 1 vez cada 6 meses 1 vez por ano de 31 a 90 de 839 a 2404 1 vez cada 3 meses 1 vez cada 6 meses de 91 a 150 de 2405 a 3969 1 vez por mês 1 vez cada 4 meses

de 151 a 210 de 3970 a 5535 1 vez cada 2 semanas 1 vez cada 3 meses mais de 210 mais de 5535 1 vez por semana 1 vez cada 2 meses

Segundo RODRIGUES FILHO (2006) a macrotextura de uma pista não se altera,

significantemente, ao longo do tempo, exceto nas áreas de toque, que tem como resultado o

emborrachamento da pista pelo depósito de borracha dos pneus das aeronaves. Para proceder

a remoção desta borracha acumulada, recorre-se a procedimentos de manutenção de remoção

dos resíduos de borracha, porém estes também causam alteração na macrotextura.

A diminuição da medição do atrito devido a emborrachamento da pista pode ser notada

pelo ensaios de CFME e a por inspeção visual na pista. A FIG. 2.8 apresenta o resultado de

uma medição de atrito utilizando o equipamento Griptester a 95km/h, afastado 5m do eixo da

pista, evidenciando o efeito do acumulo de borracha na zona de toque das aeronaves (círculo

em destaque), pelos baixos valores de coeficiente de atrito, que foram comparados com os

recomendados pela ICAO (2004).

FIG. 2.8 – Efeito típico de acúmulo de borracha - OPUS, (2004 apud LUGÃO, 2008)

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Page 57: para pavimento aeroportuário

56

situações de pousos em pistas molhadas, esta técnica não deve ser tomada como única

solução para os problemas de drenabilidade, visto a interação pneu-pavimento depende da

macrotextura e microtextura do pavimento.

O emborrachamento do grooving provocado pela desvulcanização dos pneus durante os

pousos das aeronaves é um problema, pois as ranhuras ficam cheias de borracha, impedindo

desta maneira uma drenagem eficiente. Segundo RODRIGUES FILHO (2006) o

estrangulamento das aberturas das ranhuras ou total fechamento delas se dá no pouso, quando

a borracha dos pneus atinge elevadas temperaturas devido ao atrito, levando a alteração da

borracha do estado sólido para o líquido, espalhando essa borracha na superfície e para dentro

das ranhuras. As ranhuras devem ser limpas periodicamente por ações corretivas. O efeito do

emborrachamento do grooving é ilustrado na FIG. 2.10.

Segundo RODRIGUES FILHO (2006) o uso contínuo de serviços de limpeza para

desemborrachar a pista, acarreta no polimento da superfície dos agregados além de cooperar

com o aumento da desagregação da massa asfáltica. Conforme pode ser visto na FIG. 2.11.

FIG. 2.10 – Revestimento com grooving contaminado e detalhe do grooving após

desemborrachamento (RODRIGUES FILHO, 2006)

Page 58: para pavimento aeroportuário

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Page 59: para pavimento aeroportuário

58

devem ser removidos com utilização de água em alta pressão ou produtos químicos

biodegradáveis. No caso de exsudação pode-se fresar ou retexturizar para remover o excesso

de ligante e pode-se tentar a técnica de aquecimento por infravermelho. E como último

problema na norma o derramamento de combustível e óleos, onde é indicado para reparos

permanentes para áreas sujeitas a derrame contínuo, a remoção do pavimento danificado e

substituição com pavimento rígido ou flexível e para áreas isoladas, tratar com produtos

químicos biodegradáveis especiais para pavimentos e fazer uma capa selante.

Quando o serviço é exclusivo de remoção da borracha na pista, o serviço poderá ser

executado com as técnicas de jateamento d’água sob pressão e jateamento por impacto em

alta velocidade, com uso de granalhas de aço, conhecida como shotblasting. E quando é

necessária a alteração da textura superficial, poderão ser criadas ranhuras ou ser

aplicado o jateamento por impacto em alta velocidade (CAMPEDELLI e AULICINO NETO,

2007).

O acúmulo de borracha é um problema em todos os tipos de pavimentos. Na aterrissagem

das aeronaves, há considerável geração de calor devido ao atrito entre os pneus e o pavimento,

o que causa deposição de borracha de pneu em uma camada fina sobre o pavimento da pista.

Onde em geral, cerca de 300 metros da pista recebe o acúmulo de borracha. Com pousos

repetidos de aeronaves a borracha vai preenchendo a macrotextura da superfície do pavimento

e o pavimento continua a perder a sua resistência à derrapagem com piso molhado. O uso de

equipamentos de medição contínua de atrito (CFME) deve ajudar a decidir quando a

manutenção relacionados ao acúmulo de borracha é necessária. (KING et al., 2007).

Segundo United Facilities Guide Specificatios UFGS S-32 01 11.52 (USACE, 2006), as

técnicas para a remoção de borracha depositada nas pistas aeroportuária, notadamente nas

zonas de toque são as seguintes: Equipamentos removedores mecânicos de borracha e

equipamentos removedores químicos. Dentre estes tipos podem-se citar os seguintes:

Jateamento d´água sob alta pressão;

A remoção é feita por meio de equipamento giratório, com movimentos lentamente ao

longo da superfície a ser limpa, usando pressões entre 2.000 e 15.000psi (14MPa e 103MPa).

No ponto de aplicação, a água a alta pressão penetra na superfície limpando efetivamente os

depósitos de borracha na pista, melhorando as características de atrito do pavimento.

(LUGÃO, 2008 )

Segundo CAMPEDELLI e AULICINO NETO(2007), o método possui as seguintes

Page 60: para pavimento aeroportuário

59

características: velocidade de remoção da borracha, com produção da ordem de 900m²/h; boa

relação custo-benefício; Melhoria do coeficiente de atrito do pavimento; rápida liberação da

pista em caso de emergência; embora com eventuais resíduos soltos; elevado consumo de

água (113 l/min); para evitar dano a superfície do pavimento e não diminuir sua textura

superficial, trabalha-se com um máximo de 70MPa, assim não sendo totalmente eficiente para

remoção da borracha.

A pressão a ser adotada depende da espessura da borracha e do tipo de revestimento do

pavimento. As experiências demonstram que a remoção de borracha é facilmente executada

em pavimentos estriados de concreto, mas carece de maiores cuidados em pavimentos

asfálticos em virtude da possibilidade de desagregação Um exemplo para a mistura asfáltica

tipo CPA, pressões acima de 14,7 MPa provocam desagregação superficial do pavimento.

(ARAÚJO, 1994 apud LUGÃO, 2008).

Jateamento d´água sob ultra pressão;

O processo se assemelha ao anterior, porém as pressões de água são em torno de

40.000psi (275MPa) e com redução do consumo de água para em torno de 30 l/min. Neste

processo existe um desbaste, que retira a borracha depositada e qualquer outro contaminante,

porém a pressão elevada executa também um polimento superficial. A operação repetida do

processo exige a re-texturização do pavimento para restaurar o atrito aos níveis requeridos.

Remoção por impacto em alta velocidade de impacto (shotblasting);

Esse método consiste no lançamento de partículas abrasivas a elevada velocidade sobre a

superfície do pavimento. O equipamento possui um sistema auto coletor que recolhe de volta

as partículas lançadas, e também a borracha desprendida do pavimento. O equipamento é

projetado para reciclar as partículas abrasivas para repetidas operações de limpeza (LUGÃO,

2008).

O jato de granalhas pode ser ajustado para além de remover a borracha, alterar a textura

produzindo uma textura superficial do pavimento se necessário. É um processo limpo, visto

que é totalmente fechado. A razão primária do processo geralmente é a re-texturização

superficial, e estes equipamentos tem faixa de trabalho entre 50 a 200cm de largura, com

produção de 250 à 2000m²/h. A re-texturização decorrente da remoção da borracha fica em

torno de 1 à 2mm, conforme FIG. 2.12 (CAMPEDELLI e AULICINO NETO, 2007)

Page 61: para pavimento aeroportuário

60

FIG. 2.12 – Comparação de dois trechos : emborrachado e o outro com uso do shootblasting Fonte: (CAMPEDELLI e AULICINO NETO, 2007)

Remoção química;

Os solventes químicos representam uma solução que apesar de apresentar bons

resultados, sofrem restrições em relação à questão ambiental, devido à natureza volátil e

tóxica dos produtos empregados, que devem ser manuseados com extremo cuidado durante e

após sua aplicação, além de cuidados com seu grau de diluição.

Segundo CAMPEDELLI e AULICINO NETO (2007), os produtos químicos destinados

a esse serviço devem ser ambientalmente seguros. O produto é finamente jateado

sobre a superfície, que após a aplicação é escovada num prazo aproximado de 4 horas.

O produto químico quebra a estrutura da borracha polimerizada, transformando-a numa

espécie de gel, que então é removida com jatos d’água. Há necessidade da interdição da

pista até que todo processo seja concluído, pois o produto torna a pista escorregadia.

Adicionalmente, ocorre que esses produtos químicos atacam as borrachas dos

equipamentos utilizados na limpeza e a deposição continuada dos rejeitos desse processo

nas laterais das pistas causam problemas ambientais que demandam serviços adicionais.

O custo desse processo é bem mais oneroso que o de jateamento d’água sob pressão.

Segundo LUGÃO (2008), atualmente, a INFRAERO utiliza um produto desenvolvido

especificamente para pistas de aeroportos para a remoção da borracha impregnada no

pavimento e sugere para a limpeza de emborrachamento de pavimento que utilizam Camada

Porosa de Atrito o uso conjunto da técnica da remoção química para dissolver parte da

borracha e remoção mecânica tradicional com jato de água, exemplo este que é utilizado no

Page 62: para pavimento aeroportuário

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Sp e F60,

Page 63: para pavimento aeroportuário

62

expressam o valor de IFI de um pavimento e permitem o cálculo do valor do atrito, F(S), a

qualquer velocidade, bastando para isto utilizar a Equação (EQ. 2.4) e achar o valor de atrito

ajustado para velocidade de “v” km/h, FR(v), e depois utilizar a Equação (EQ. 2.5) para

encontrar desta maneira o valor de F(v), isto é, o valor de atrito harmonizado para aquela

velocidade (v).

Para tanto, é preciso realizar com qualquer equipamento ou técnica homologada ou

homologável a partir de critérios estabelecidos em experimento internacional, dois tipos de

medidas sobre a superfície do pavimento, uma de atrito (FR) e outra de textura em mm (Tx)

(WAMBOLD, 1995).

Para o cálculo do IFI pelo procedimento da ASTM E-1960, segue-se três passos:

1. Estima-se a o coeficiente de velocidade (Sp), usando o valor da macrotextura,

pela Equação (EQ. 2.3):

. (EQ. 2.3)

Onde: Tx = medida da macrotextura (mm)

a, b = constantes para diferentes métodos/dispositivos (TAB. 2.14)

2. Obtém-se a medição do atrito do equipamento para a respectiva velocidade de

deslizamento (S) do mesmo, conforme TAB. 2.14. Este atrito é convertido através

de regressão para a velocidade padrão do IFI de 60 km/h, pela Equação (EQ. 2.4):

60 . (EQ. 2.4)

Onde: FR(60) = Valor de atrito ajustado para velocidade de 60 km/h

FR(S) = Valor do atrito para velocidade de recomentada de deslizamento S

do dispositivo utilizado

S = velocidade recomendada de deslizamento S do dispositivo (km/h)

3. Calcula-se o valor de IFI pela Equação (EQ. 2.5) utilizando-se os coeficientes

determinados pelo PIARC para cada dispositivo, conforme TAB. 2.15.

60 . 60 . (EQ. 2.5)

Onde: A, B, C = constantes de calibração do dispositivos selecionado;

Tx = Valor da macrotextura medida em milímetros

F(60) = Valor de atrito harmonizado para velocidade de 60 km/h

Com os valores de IFI, é possível estabelecer também níveis de intervenções em função

e F60 e Sp, determinando a estratégia de reabilitação mais adequada, conforme observa-se na

FIG. 2.13.

Page 64: para pavimento aeroportuário

63

TAB. 2.14 - Constantes para o cálculo de Sp (APS, 2006)

Norma Ensaio a b

ASTM E-1845 DF Tester – Laser 14,2 89,7

ASTM 965 Mancha de Areia -11,6 113,6

TAB. 2.15 – Relação dos equipamentos calibrados para obtenção do F60 – APS, 2006

Características Equipamento S A B C Pneus Lisos

Roda Bloqueada ASTM E-274(USA) 65 0,045 0,925 0

LCPC Skid Trailer(F) 60 0,002 1,008 0

Roda Parcialmente Bloqueada

OSCAR a 86%(N) 52 -0,03 0,864 0 OSCAR a 20%(N) 12 0,119 0,643 0

Komatsu Skis Trailer(J) 10 0,042 0,849 0 DWW Trailer(NL) 43 0,019 0,868 0

Griptester(UK) 9,4 0,082 0,91 0

Roda Obliqua

Stradograph(DK) 12,5 0,054 0,77 0 Odoliograph Wallon(B) 12,9 0,113 0,729 0 Odoliograph CRR(B) 20,5 0,113 0,746 0 SCRIM Flemish(B) 20,5 0,049 0,967 0 SCRIM CEDEX(E) 20,5 0,019 0,813 0 SCRIM MOPT(E) 20,5 0,032 0,873 0 SCRIM SRM(D) 20,5 0,017 0,85 0

SCRIM GEOCISA(E) 20,5 0,021 0,928 0 SCRIM(F) 20,5 -0,006 0,862 0 SUMMS(I) 20,5 0,002 0,987 0

SCRIMTEX(UK) 17,1 0,033 0,872 0 Pneus com ranhuras

Roda Bloqueada

Stuttgarter Reibunsgsmesser(CH) 60 0,022 0,05 0,082 Skiddometer(CH) 60 0,026 0,504 0,099

Stuttgarter Reibunsgsmesser(A) 60 -0,072 0,767 0,086 ASTM E-274(USA) 65 -0,023 0,607 0,098 Friction Tester(PL) 60 -0,025 0,807 0,068

Roda Parcialmente Bloqueada

Stuttgarter Reibunsgsmesser(CH) 12 0,141 0,323 0,074 Skiddometer(CH) 12 0,3 0,918 -0,014

BV-11(S) 12 0,04 0,856 -0,016 Stuttgarter Reibunsgsmesser(CH) 12 0,02 0,867 -0,006

Equipamentos com sapatas

Estáticos

DF Tester – 60km/h(J) 60 -0,034 0,771 0 DF Tester – 20km/h(J) 20 0,081 0,732 0

Pêndulo Britânico BPT(USA) 10 0,056 0,008 0 Pêndulo Britânico SRT(CH) 10 0,044 0,01 0

SILVA (2008) utilizou combinação dos parâmetros de macrotextura e microtextura para

o cálculo do IFI na pista do aeroporto internacional de Brasília, sendo que desta maneira

comprovou que as condições de aderência pneu-pavimento (atrito) de trechos que foram

desemborrachados apresentaram medidas de IFI três vezes superior quando comparado ao

Page 65: para pavimento aeroportuário

64

trecho na condição emborrachada.

FIG. 2.13 – Significado das distintas zonas de diagrama de atrito x valor da textura (sem escala) (Adaptado de WAMBOLD et al. 1995 apud LUGÃO, 2008)

KAVURI (2008) analisou o banco de dados da NASA Wallops Tire/Friction Workshop

onde foram analisadas duas diferentes velocidades de ensaio, 65 e 95km/h e dois tipos de

equipamentos o Dynamic Friction Tester (DFT) e os Continuous Friction Measuring

Equipament (CFME). O DFT atualmente é o principal equipamento para medição de atrito

utilizado pela NASA, e o DFT a 20 km/h é utilizado para padronização de atritos no lugar do

Pêndulo Britânico (BPN). Em suas conclusões obteve-se que o atrito harmonizado pelo

método do IFI para as velocidades analisadas, diferiram para todos os CFME, e concluiu-se

que as constantes A e B variam com a velocidade de teste. Essas constantes levam a um valor

F60 único, causando uma incerteza no valor real de atrito da superfície, porém essa incerteza

pode ser tratada utilizando-se A e B como variáveis aleatórias e predizendo assim F60 como

variável aleatória dentro de certo nível de confiança.

Page 66: para pavimento aeroportuário

65

3 STONE MATRIX ASPHALT - SMA

3.1. DESCRIÇÃO E HISTÓRICO DO SMA

Por mais de duas décadas, o Stone Matrix Asphalt (SMA), que na Europa é conhecido por

Stone Mastic Asphalt, onde a sigla permanece a mesma, a mistura tem obtido um crescimento

notável dentro do mercado mundial de pavimentação asfáltica. (BLAZEJOWSKI, 2010).

Devido às suas características de desempenho, vem se popularizando no meio rodoviário e

aeroportuário, tendo em vista a existência de novas e melhores soluções. Em português pode

ser traduzido como matriz pétrea asfáltica, porém a denominação pela sigla original (SMA)

internacionaliza a terminologia da mistura. (BERNUCCI et al., 2007)

A mistura asfáltica hoje conhecida pela sigla SMA, originalmente foi chamada de

Splittmastixasphalt na Alemanha, foi concebida na década de 60, tendo como inventor o

engenheiro alemão Dr. Zichner, que era gerente do Laboratório Central de Construções

Rodoviárias de Strabag Bau AG. Originou-se numa tentativa de criar uma mistura asfáltica

que resolvesse os problemas no pavimento asfáltico causado pelos pneus com pregos, muito

usados nos países de clima frio, devido à precipitação de neve. Na época, eram usados na

Alemanha como camada de rolamento a mistura chamada de Gussasphalt, que pode ser

traduzido como asfalto mástique, e um concreto asfáltico com baixo teor de agregado graúdo,

porém estas misturas tinham um desgaste muito rápido aos pneus com pregos. Desta maneira

os principais componentes das misturas, mástique e agregados finos, não eram

suficientemente fortes para prover a vida útil desejada para o revestimento asfáltico. Assim,

devido ao elevado custo de manutenção e restauração das rodovias alemãs na época, criou-se

forte demanda por uma nova mistura asfáltica, mais forte, que suportaria o tráfego de pneus

com pregos.

Segundo (BLAZEJOWSKI, 2010), Dr. Zichner acreditava que o agregado graúdo era

mais durável quanto ao esmagamento, o que garantiria uma resistência maior à camada de

rolamento. Desta maneira, ele tinha mais componentes para preparar as misturas com maior

resistência aos pregos dos pneus, e considerando que um elevado teor de mástique e ligante

produzem uma mistura com maior vida útil. Sendo assim, a ideia do SMA seria criar um forte

esqueleto de agregados, sendo de agregados graúdos e preencher os espaços entre os grãos por

Page 67: para pavimento aeroportuário

66

um mástique.

As tentativas iniciais para o projeto da nova mistura consistiu em espalhar agregado

graúdo de boa qualidade na proporção de 28 a 35 kg/m² sobre uma camada de mástique

quente na proporção de 12 a 15 kg de mástique por metro quadrado e depois compactar a

superfície com um rolo liso de rodas. A proporção de mástique e agregados graúdos ficaram

na ordem de 30:70. Deste experimento, pode-se então propor a produção da mistura em larga

escala, conforme a TAB. 3.1:

TAB. 3.1 – Componentes do tratamento SMA

Componente Tamanho / Tipo Proporção (m/m)

Agregado graúdo 5/8 mm 70 %

Areia britada 0,09 / 2 mm 12 %

Fíler < 0,09 mm 10,5 %

Cimento Asfáltico B80(B65) 7,5%

Fonte: (RETTANMAIER, 2009a)

Nota-se que existe uma descontinuidade no tamanho dos agregados, neste caso faltando

materiais entre as peneiras 2 e 5mm ou 2/5 mm, descaracterizando uma mistura densa comum

à época e sim caracterizando uma mistura chamada descontínua ou mais comumente

conhecida como gap grading.

Porém este tipo de mistura não pode ser produzida, transportada e lançada da forma

tradicional, devido ao escorrimento do betume, pela alta taxa utilizada na mistura. Com a

experiência da engenharia hidráulica da época foi utilizado fibras de asbesto (amianto) para

inibir o escoamento do ligante. Desta maneira foram testadas taxas de 1,0%, depois 0,5-0,7 %

de fibras de amianto classe 7M para evitar este problema.

Solucionado o problema do escorrimento com o uso do estabilizador, a mistura pode

então ser então facilmente transportada, lançada e compactada com os equipamentos

tradicionais. Em 1968, o Dr. Zichner criou duas misturas: (ZICHNER, 1972 apud

BLAZEJOWSKI, 2010)

MASTIMAC – Mistura utilizada em camadas de 2-3 cm de espessura;

MASTIPHALT – Mistura utilizada para camadas com mais de 3 cm de espessura;

Logo, foram pavimentados trechos usando a mistura MASTIMAC em rodovias internas,

com usinas asfálticas ao longo da Strabag/Deutag Consortium, ganhando experiência em

todas etapas de pavimentação. Desta maneira, em julho de 1968, as primeiras rodovias

públicas foram pavimentadas com a mistura MASTIMAC, em Wilhelmshaven, Alemanha. A

Page 68: para pavimento aeroportuário

FIG. 3.

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Page 69: para pavimento aeroportuário

68

países escandinavos, pelo fato do uso de pneus com pregos para a neve, foram os primeiros a

testar o SMA. Na Suécia foram pavimentados trechos testes em 1974 pela Associação

Europeia de Pavimentos Asfálticos (EAPA) . Na Polônia, apesar da cortina de ferro, foi

permitido executar o primeiro trecho em 1969, com bons resultados e que levaram a

publicação de normatização (ZN-71/MK-CZDP-3) que foi colocada em prática em 1971.

Após a publicação na Alemanha da norma técnica para SMA (ZTV bit-StB 84), a mistura

se popularizou e vários países europeus iniciaram a testar a mistura SMA. Atualmente,

segundo BLAZEJOWSKI (2010) vários os países europeus utilizam o SMA, ou como a

França, nacionalizaram misturas similares ao SMA. Desde 1968, somente na Alemanha, já

foram pavimentados mais de 200 milhões de metros quadrados de SMA (EAPA, 2003res).

O maior crescimento da mistura SMA se deu por volta dos anos de 1990, fora da Europa,

quando a mistura se popularizou nos Estados Unidos, com pesquisa e desenvolvimento de

normas americanas de mistura SMA (AASHTO MP82 e AASHTO PP41). Nos Estados

Unidos seu uso teve início em 1991, com uma seção teste no Estado da Geórgia. O uso mais

extenso do SMA em rodovias é progressivo, ocorrendo deste então, testes com pistas

experimentais que confirmam o sucesso da mistura. BROWN et al. (1997 apud CAMPBELL,

1999) indica que o SMA tem sido usado nos seguintes estados dos Estados Unidos: Alasca,

Arkansas, Califórnia, Colorado, Geórgia, Illinois, Kansas, Maryland, Michigan, Missouri,

Nebraska, New Jersey, North Carolina, Ohio, Texas, Virgínia, Wisconsin e Wyoming. Com

isso levando outros países a utilizarem a mistura SMA como Austrália, Nova Zelândia e

China. (BLAZEJOWSKI, 2010). Outros países nos quais a adaptação ao SMA foi bem

sucedida foram: Inglaterra, China, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul.

Em muitos países europeus (Alemanha, Bélgica, Holanda, Noruega e Suécia), o SMA

tornou-se uma das soluções de revestimento de resistência à deformação permanente em altas

temperaturas do pavimento, com carga de tráfego crescente, as pressões dos pneus, o número

de veículos pesados. (VAN DE VEN, et al. (sem ano) apud CAMPBELL,1999). Em Portugal,

o SMA é utilizado desde 1994, onde já há dois tipos de misturas betuminosas do tipo SMA: o

Betão Betuminoso Rugoso e Microbetão Rugoso.

No mundo atualmente existem resumidamente, segundo (BLAZEJOWSKI, 2010), duas

tendências consideradas de executar um projeto de mistura e granulometria da mistura SMA:

O método Alemão e de outros que seguem diretamente ou indiretamente as

diretrizes do método, com base na observação e experiência da tecnologia SMA.

Método Americano e Holandês, com base na pesquisa e desenvolvimento

Page 70: para pavimento aeroportuário

69

contínuo de novos meios de projetos SMA;

Segundo NASCIMENTO H. e REIS R. (2003 apud GONZAGA, 2009), quando avaliado

pelo critério custo-benefício, o SMA é uma das técnicas mais promissoras em função de sua

durabilidade, segurança e baixos custos de manutenção associados. Não há no Brasil, registro

de execução de revestimento em SMA aplicados em aeroportos.

O SMA é recomendado para aplicação em pavimentos como camada de rolamento ou de

ligação. Devido à graduação e alta concentração de agregados graúdos, tem-se macrotextura

superficialmente rugosa, formando pequenos “canais” entre os agregados graúdos,

responsáveis por uma eficiente drenabilidade superficial e aumento de aderência pneu-

pavimento em dias de chuva.

Segundo CAMPBELL (1999), até a data de sua publicação, havia cerca de 25 países

utilizando SMA em rodovias, dos quais 15 também utilizaram em pistas aeroportuárias, com

boas avaliações posteriores. Afirma que um projeto de SMA bem projetado e produzido tem

excelentes qualidades, como: (a) o seu esqueleto pétreo que possui alto atrito interno,

proporcionando boa resistência ao cisalhamento, (b) o alto teor de CAP, que proporciona boa

durabilidade e boa resistência ao trincamento, (c) granulometria com alta taxa de agregado

graúdo, de 3 a 4 vezes o CA convencional dando resistência as cargas e (d) uma superfície

mais rugosa que o CA convencional que assegura boa resistência a derrapagem e menor

reflexão de luz.

3.2. VANTAGENS E DESVANTAGENS DA MISTURA SMA

A mistura SMA tem como principais características positivas (MOURÃO, 2003;

BLAZEJOWSKI, 2010):

Boa estabilidade a elevadas temperaturas – devido ao melhor atrito interno gerado

pelo esqueleto mineral entre os agregados;

Boa flexibilidade a baixas temperaturas – devido ao mástique rico em ligante,

proporcionando melhores propriedades em relação as misturas tradicionais com

relação a trincas térmicas;

Elevada resistência ao desgaste – é uma mistura pouco permeável devido ao baixo

índice de vazios, que também tem satisfatória resistência ao envelhecimento,

Page 71: para pavimento aeroportuário

70

baixa sensibilidade à umidade e alta durabilidade;

Elevada adesividade entre os agregados minerais e ligante – devido a elevada

quantidade de fíler e as fibras estabilizantes, que tem a função de estabilizar a

mistura, engrossando o filme de ligante e melhorando a adesividade

agregado/ligante;

Boa resistência a derrapagem e redução do efeito “spray” gerado pelo tráfego em

pistas molhadas, promovendo boa visibilidade – devido a boa macrotextura

formada pela agregado graúdo e o mástique na superfície do pavimento;

Boas propriedades sonoras, reduzindo o nível de ruído – devido às propriedades

da textura superficial da mistura;

Entretanto, apesar das características positivas mencionadas, a mistura SMA possui

características negativas entre elas pode-se citar (BLAZEJOWSKI, 2010):

Baixa resistência à derrapagem inicial – devido ao fino filme de asfalto sobre os

agregados na superfície, ao menos que se realize aplicação de “gritting”, que

consiste na aplicação de uma taxa de areia graduada sobre o pavimento durante a

segunda passagem do rolo na compactação.

Custo inicial maior, se comparado às misturas densas tradicionais – devido ao

elevado teor de betume ( >6%), fíler (~10%) e fibra estabilizante, mas devido a

maior vida de serviço, o custo benefício o torna viável;

Risco de aparecimento de diferentes tipos de exsudação – devido a erros ou

variações do projeto, produção e lançamento da mistura.

Com base em dados experimentais, (REIS et al., 2001), a mistura SMA tem se mostrado

como um revestimento de alto desempenho estrutural e funcional, embora tenham havido

alguns insucessos, eles estão correlacionados em geral a falhas executivas associadas à

segregação e a exsudação, que podem ser contornados com um controle apropriado dos

agregados, faixa do projeto, teor de ligante, fibras e controle nas temperaturas de usinagem e

compactação.

Quanto à redução de nível de ruído, segundo NAPA (2002), estudos realizados na

Alemanha quanto a redução de 2,5 dB(A) no nível de ruído, quando comparado uma mistura

densa tradicional com uma mistura SMA. Outro estudo na Itália, mostra a redução de 7dB(A)

no nível de ruído a 110km/h, quando comparado uma mistura SMA 15mm TMN com uma

mistura densa 15mm TMN. Há outros estudos no mundo que foram comentados pelo mesmo

Page 72: para pavimento aeroportuário

71

autor mostrando a diminuição do nível de ruído proporcionada pelo SMA, independente do

tipo do tamanho máximo nominal da mistura.

GOMES e FÉLIX (2010), analisaram e compararam dados referentes aos níveis de ruído

emitidos por diversos tipos de pavimentos em rodovias na Austrália, e dentre as misturas

testadas, o SMA emitiu o menor nível de pressão sonora, seguido pelo Concreto Asfáltico de

Graduação Aberta recém-executado (CPA).

Devido às características positivas da mistura SMA, atualmente ela tem sido usada nas

seguintes aplicações (BERNUCCI et al., 2007):

vias com alta frequência de caminhões;

interseções;

áreas de carregamento e descarregamento de cargas;

rampas, pontes, paradas de ônibus, faixa de ônibus;

pistas de aeroporto;

estacionamentos;

portos.

Na Europa tem sido bem aceito o uso mistura SMA de tamanho máximo nominal (TMN)

da mistura de 5 a 8mm de camadas delgadas (20-30mm) para renovação da camada

superficial para melhoria do atrito e manutenção das rodovias existentes (NAPA, 2002).

Na Holanda, uma mistura SMA de TMN 11mm e espessura de 40mm, foi utilizada em

um terminal rodoviário de containers, provendo garantia de 3 anos (NAPA, 2002).

Segundo CAMPBELL (1999) uma mistura SMA tem uma macrotextura grossa que leva a

um maior grau de envelhecimento nos seus 10 mm da superfície de rolamento. No entanto, o

maior teor de ligante na mistura SMA reduz este efeito negativo. Um maior enrijecimento

pode ser observado na mistura SMA em comparação com o padrão de concreto asfáltico. No

entanto, como o filme aglutinante da mistura SMA é muito mais espesso, as características de

longo prazo podem ser no mesmo nível para essas duas misturas.

PROWELL et al., (2010), em seu estudo que comparou a mistura SMA com um CA

convencional utilizado em aeroportos no Estados Unidos (P401), analisou em laboratório a

suscetibilidade a deformação permanente, dano a umidade, reflexão de trincas, resistência ao

derramamento de combustível e suscetibilidade ao degelo. E com estes ensaios propôs a TAB.

3.2, que resumo suas observações quando a comparação das duas misturas, informando que a

mistura SMA tem desempenho semelhante ao CA convencional (P401) em termos de

deformação permanente e resistência ao degelo, e que o SMA é superior em todas outras

Page 73: para pavimento aeroportuário

72

propriedades, particularmente na resistência a formação de trincas.

TAB. 3.2 - Resumo de comparações entre SMA e CA Convl (P401) - PROWELL et al., (2010).

Propriedade Desempenho do SMA

menor que o CA Convl (P401)

Desempenho do SMA similar ao o CA Convl.(P401)

SMA com melhor desempenho que o CA

Conv. (P401) Deformação

Permanente (Hamburg Test)

- x (1) x (2)

Dano por umidade (Hamburg Test)

- - x

Craqueamento (Test Method Tex-248-

F a 25ºC) - - x

Resistência ao combustível (CITGO

Fuel Test) - - x

Resistencia ao degelo (Immersion Tensile

Test) - x

Textura

- - x (2)

Obs.: (1) Baseado em ensaios de laboratório do estudo.

(2) Baseado na revisão da literatura ou em desempenho em campo.

3.3. CONSIDERAÇÕES DE CUSTOS

Segundo BLAZEJOWSKI (2010) na maioria dos países as misturas SMA têm custos

mais altos em comparação com as misturas convencionais de concreto asfáltico. Os maiores

custos iniciais resultam dos seguintes itens:

Maior teor de ligante ou ligante modificado;

Maiores quantidades de fíler;

Maior quantidade de agregados graúdos;

Uso de estabilizador (em geral, fibras);

Produção em altas temperaturas e

Menores produção em usina.

O custo varia para cada país, podendo variar entre 20 -30%, entretanto, esta diferença de

preços é aceita por administradoras rodoviárias, devido a sua vida útil, que pode variar de 15-

20 anos, o que varia para cada país, pois há países onde a experiência do SMA não chegou a

Page 74: para pavimento aeroportuário

73

15 anos ainda. Assume-se que o elevado custo inicial da mistura SMA é compensada pela sua

durabilidade e baixo custo de manutenção.

Segundo CAMPBELL (1999), nos trechos experimentais do Aeroporto de Cairns

(Austrália), os custos na época ficaram na ordem de 20% a mais que o CA convencional,

sendo que o SMA teve o custo de $157/tonelada colocado e o CA convencional de

$134/tonelada colocada, que foi mensurada para 3000 t de CA convencional e 200 t de SMA,

o que já inclui um produto utilizado para proteger o pavimento contra derramamento de

combustível, o que no SMA foi utilizado em dobro devido a sua elevada macrotextura, sendo

que este produto não foi especificado pelo autor.

3.4. MISTURAS ASFÁLTICAS A QUENTE

As misturas asfálticas a quente consistem basicamente na mistura de agregados minerais,

cimento asfáltico e ar, em proporções projetadas para que a mistura tenha propriedades

adequadas e com bom desempenho, que consistem em três principais aspectos: deformação

permanente, trincas por fadiga e trincas provocadas por baixas temperaturas (TAM, 2006).

De acordo com a United States Army Corps of Engineers (USACE, 2000), o termo

concreto asfáltico a quente, em inglês HMA (hot-mix asphalt), é utilizado para incluir

diferentes tipos de misturas de agregados e cimento asfáltico. Comumente as graduações são

dividas em três tipos de misturas: graduação densa, graduação aberta e graduação

descontínua. Dentre estas graduações as misturas densas podem ser divididas em graduação

contínua ou convencional, mistura tipo large-stone, e misturas tipo areia asfalto. As misturas

de graduação aberta incluem as divisões de camada aberta de rolamento (open-graded friction

course) e misturas drenantes como Concreto Poroso Asfáltico – CPA. As misturas

descontínuas englobam as misturas descontínuas comuns e o Stone Mastic Asphalt (SMA). Na

TAB. 3.3 são apresentadas as divisões de cada tipo de graduação:

Page 75: para pavimento aeroportuário

74

TAB. 3.3 - Tipos de Graduação (Adaptado USACE, 2000) Densa Aberta Descontínua

Convencional – tamanho nominal máximo entre 12,5 e 19mm

Concreto Poroso Asfáltico

Misturas descontínuas convencionais

Large-stone - tamanho nominal máximo entre 25 e 37,5mm

Base permeável tratada com asfalto

Stone Matrix Asphalt (SMA)

Areia Asfalto - tamanho nominal máximo menor que 9,5mm

Misturas Asfálticas Drenantes

Gap-graded

A FIG. 3.2 mostra em gráficos exemplos de cada um dos tipos de graduações destas

misturas asfálticas a quente.

As principais características básicas destes principais tipos de graduação de misturas são

as seguintes: (BERNUCCI et al., 2007; USACE, 2000):

Graduação densa: curva granulométrica continua e bem-graduada,

proporcionando um esqueleto mineral com poucos vazios, permitindo os

agregados de dimensões menores preencham os vazios deixados pelos maiores;

Graduação aberta: curva granulométrica uniforme com agregados quase

exclusivamente de um mesmo tamanho, proporcionando um esqueleto mineral

com elevado número de vazios interconectados, com pouco material fino passante

na peneira #200 (0,075mm), com isso não preenchendo totalmente os vazios entre

as partículas maiores, com o objetivo de deixar a mistura drenante, com um

elevado volume de vazios com ar. A produção é similar às misturas densas, sendo

que maior diferença está na temperatura de mistura, a qual é reduzida para evitar

escorrimento durante armazenamento temporário e durante o transporte.

Atualmente usam-se polímeros e fibras para reduzir o escorrimento e aumentar a

durabilidade das misturas abertas. Outra diferença está na compactação das

misturas na pista que geralmente exige menos energia que misturas densas

convencionais.

Page 76: para pavimento aeroportuário

FIG. 3.2 - Exemploo de graduaç

75

ções das mistturas asfálticas (USACE,

, 2000).

Page 77: para pavimento aeroportuário

76

Graduação descontínua: curva granulométrica com proporcionamento dos grãos

de maiores dimensões em quantidade dominante em relação aos grãos de

dimensões intermediárias, completados com grande quantidade de finos, de forma

a ter uma curva descontínua em certas peneiras, com o objetivo de tornar o

esqueleto mineral mais resistente à deformação permanente com o maior número

de contatos entre os agregados graúdos. Quanto à produção se difere das misturas

densas, pelo menos misturas SMA, pela quantidade significativa adição de fíler ao

agregado, passante na peneira #200, na ordem de 8 a 12% em peso, devendo em

geral ter um sistema dosador adicional, para alimentar a usina. Como todas as

misturas descontínuas, a temperatura deve ser cuidadosamente controlada, para

prevenir escorrimento do ligante, durante as etapas de usinagem e transporte, para

tal, usualmente utilizam-se fibras e polímeros aditivos.

No Brasil, em se tratando de misturas asfálticas a quente, as mais utilizadas são as de

graduação densa, comumente denominada de concreto asfáltico denso ou somente concreto

asfáltico (CA), são muito resistentes em todos os aspectos, desde que adequadamente

selecionados os materiais e dosados convenientemente. Suas propriedades são muito sensíveis

à variação do teor de ligante asfáltico (UFRJ-COPPE, 2010).

VASCONCELLOS (2004) comenta sobre ambiguidades em relação à nomenclaturas

adotadas para caracterização das misturas asfálticas, e dá como exemplo: aberta x fechada,

densa x porosa, contínua x descontínua, sendo que as características não devem excluir umas

as outras. No Brasil utilizam-se comumente as misturas asfálticas densas e contínuas, e pode-

se ter como outro exemplo o CPA, é uma mistura aberta e descontínua.

Segundo BERNUCCI et al., (2007), o concreto asfáltico denso (CA) pode ser do tipo

convencional ou especial quanto ao ligante asfáltico, com asfalto modificado por polímero,

com asfalto-borracha ou com asfalto duro, misturas de módulo elevado (enrobé à module

élevé – EME).

Os concretos asfálticos devido ao seu arranjo bem-graduado de suas partículas, a

quantidade de ligante requerida para cobrir as mesmas e preencher os vazios não elevada, pois

a mistura deve contar em geral de 3 a 5% de vazios para camadas de rolamento e de 4 a 6%

para camadas intermediárias ou de ligação, isto podendo variar em dependência da forma do

agregados, massa específica, tipo e viscosidade do ligante (BERNUCCI et al., 2007).

O Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT) e a Diretoria de Engenharia

Page 78: para pavimento aeroportuário

77

da Aeronáutica (DIRENG) são os principais órgãos federais brasileiros de referência em

estudos rodoviários e aeronáuticos, respectivamente. O DNIT utiliza as metodologias usadas

para o projeto de pavimentos rodoviários nas normas AASTHO (American Association of

State Highway and Transportation Officials) e USACE (U.S. Army Corps of Engineers),

enquanto a DIRENG utiliza normas e circulares da FAA (Federal Aviation Administration)

para pavimentos aeroportuários (BANDEIRA et al., 2008).

O DNIT e a DIRENG preconizam, em geral, graduações densas e contínuas em suas

especificações. A norma do DNIT para concretos asfálticos rodoviários é a DNIT 031/2004 –

ES, ao qual especifica três faixas granulométricas, faixa A, B e C. A DIRENG pela sua

especificação DIRENG 04.05.610/2002, define quatro faixas granulométricas numeradas de 1

a 4. A FIG. 3.3 mostra as faixas do DNIT e DIRENG.

Dentre as referências da norma DIRENG, está a norma americana da Federal Aviation

Administration (FAA), AC 150.5370-10A. As faixas granulométricas da DIRENG são

similares ao do capítulo P-401 da respectiva norma da FAA. A respectiva norma, atualmente

está na sua quinta atualização (AC 150.5370-10E), datada de 2009, porém as faixas

granulométricas das misturas permaneceram inalteradas.

VASCONCELLOS (2004) comenta que as misturas asfálticas são classificadas como

densas e contínuas quando essas apresentam baixos valores de volume de vazios (geralmente

em torno de 4%) e uma distribuição granulométrica contando com todas as frações de

agregados de forma semelhante, respectivamente.

Segundo a USACE(2000) em termos de permeabilidade, as misturas descontínuas são

semelhantes as de graduação densa, pois fornecem camadas impermeáveis quando

devidamente compactadas.

Segundo MOURÃO (2003), a descontinuidade da curva granulométrica é a principal

diferença entre a mistura asfáltica SMA e o Concreto Asfáltico, proporcionando ao SMA

maior valor de vazios no agregado mineral (VAM), e seu aspecto rugoso assemelha-se ao

aspecto de uma camada porosa de atrito (CPA), bem como a formação do esqueleto mineral

que dá resistência a mistura.

Page 79: para pavimento aeroportuário

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78

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Page 80: para pavimento aeroportuário

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Page 81: para pavimento aeroportuário

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Page 82: para pavimento aeroportuário

81

FIG. 3.5 – Transferência de carga pelas partículas do esqueleto pétreo

Fonte: (BLAZEJOWSKI, 2010)

A formação do esqueleto pétreo se dá com o processo de compactação de uma mistura

onde os grãos são forçados a formar a estrutura desejada pelo contato direto entre eles, porém

uma compactação adicional poderá ser danosa ao esqueleto pétreo, pois a mistura poderá ter a

quebra dos grãos e danificar a distribuição das cargas. Porém, segundo VAN DE VEN et al.

(2003 apud BLAZEJOWSKI, 2010) o contato 100% pedra-a-pedra não é real após um SMA

recentemente compactado, pois os grãos estão separados por uma fina camada de grãos

miúdos, fíler e um filme fino de ligante asfáltico, e que um arranjo final dos grão somente se

dará através da influência do tráfego e da temperatura da camada, onde pequenas partículas

(areia e fíler) poderão quebrar ou se deslocar, diminuindo assim os vazios da mistura. Segundo BLAZEJOWSKI (2010), quanto melhor o agregado menor é a tendência de

ocorrer deformação da estrutura, e mesmo que o ligante seja suscetível a deformação

permanente devido ao aumento da temperatura do pavimento, não necessariamente a estrutura

irá se deformar. Em um esqueleto de agregados mais fracos, maior é o papel do mástique, e

maiores são as razões para reforçar o mástique com polímeros e fibras especiais.

A formação do esqueleto do pétreo pode variar conforme o método de dimensionamento

utilizado, tendo em vista pequenas mudanças de conceitos. No método alemão de

dimensionamento em que o esqueleto pétreo do SMA tem sua composição com base na longa

observação e experiência, a definição deste esqueleto pétreo é verificada pelo cumprimento

das observações dos dados da TAB. 3.4 que específica para cada tipo de mistura as

porcentagens de cada tipo de material. A metodologia utiliza todos os agregados graúdos

acima de 2 mm (BLAZEJOWSKI, 2010).

Page 83: para pavimento aeroportuário

82

TAB. 3.4- Proporção de Pesos para as frações de Agregado Graúdo para Misturas

Mistura SMA 2/5mm 5/8mm 8/11mm

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SMA 0/11S 1 parte – 14,3 % 2 partes – 28,6% 4 partes – 57,1%

Fonte: Adaptado de BLAZEJOWSKI (2010)

A metodologia utilizada nos Estados Unidos para construção do esqueleto pétreo do

SMA é com base no controle pedra-a-pedra ou na descontinuidade real da granulometria.

Desta maneira faz-se necessário determinar o nível de graduação descontínua para o qual os

grãos ativos não estão ao lado dos grãos passivos. A metodologia prescreve que o agregado

deve atender a limites de tamanhos máximos de grãos, isto pelo fato de discretizar os

agregados como esferas perfeitas, o que funciona somente na teoria, pois em uma mistura real

isso não é possível. Teoricamente, para uma mistura TMN 0/12mm os grãos ativos deveriam

ser 8/12mm e depois somente utilizar grãos 0/5mm, havendo assim uma descontinuidade real

nas peneiras 5/8mm. Esta mistura criaria um forte esqueleto pétreo, porém ocorreriam

problemas sérios como a dificuldade de aplicação, de compactação e uma mistura com muitos

vazios, o que justifica a necessidade de outra fração graúda complementar. Assim, a fração

5/8 mm é também ativa e deve entrar na composição do granulometria da mistura, e

promovendo a descontinuidade nas peneiras 2/5mm.

A evolução dos requisitos da graduação de misturas SMA pode ser observada pelos tipos

de graduações utilizadas nos Estados Unidos. A FIG. 3.6 mostra as granulometrias de alguns

órgãos daquele governo, sendo eles a NAPA, AASHTO e AAPTP.

Page 84: para pavimento aeroportuário

FIG.

3.5.1.1.

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Page 85: para pavimento aeroportuário

84

formado pela porção de agregado passando na peneira de abertura 2,36 mm, estabilizador e

cimento asfáltico. Como tem natureza mais grossa, os testes no mástique podem ser feitos

similarmente como uma mistura. O mástique fino é a fração que passa na peneira de abertura

0,075 mm, tipicamente composta de fíler, estabilizador e cimento asfáltico. Por ser de

natureza fina pode ser testado como se fosse um ligante asfáltico.

As funções do mástique nas misturas SMA, segundo BLAZEJOWSKI (2010) são:

Fazer a ligação entre os grãos do agregado graúdo (esqueleto pétreo);

Lubrificar o agregado graúdo durante a compactação para permitir uma adequada

estrutura pétrea no pavimento;

Selar a camada, preenchendo os vazios na estrutura compactada, promovendo

aumento da durabilidade e resistência a umidade ou contaminantes;

Suportar as tensões causadas pelo carregamento e temperatura;

Segundo BARDINI et al., (2010) para se avaliar a influência no comportamento do

mástique nas misturas asfálticas, em geral caracterizam-se o fíler, a relação fíler-ligante

asfáltico e o tipo de ligação entre o fíler e o ligante asfáltico. Essas relações indicam que o

mástique, e seus componentes tem influência significativa no comportamento das misturas

asfálticas. O mástique forma uma matriz com comportamento viscoplástico que envolve os

outros agregados mais grossos e os mantêm ligados. Desta maneira os ensaios sobre o

mástique permitem a previsão das propriedades das misturas asfálticas em um nível

microestrutural.

3.5.1.2. LIGANTE ASFÁLTICO

De acordo com a American Society for Testing Materials – ASTM , o asfalto é um

material cimentício marrom escuro ou preto ao qual seus constituintes principais são betumes,

e podem ocorrer na natureza ou obtidos do processo de destilação do petróleo. Segundo IA

(2010) o asfalto é um líquido viscoso ou sólido que consiste essencialmente de

hidrocarbonetos e seus derivados, ao qual é solúvel em dissulfeto de carbono. Em geral, é um

material não volátil na temperatura ambiente na forma sólida e que com o aumento da

temperatura vai amolecendo gradualmente, até a fase viscosa e líquida.

Seu uso intensivo na pavimentação está associado a suas características de proporcionar

Page 86: para pavimento aeroportuário

85

uma forte união entre os agregados, permitindo uma flexibilidade controlada, ser

impermeabilizante, resistente a ação da maioria dos ácidos, álcalis e sais, e a possibilidade

do uso aquecido ou emulsionado formando inúmeros tipos de esqueleto mineral, com ou sem

aditivos (BERNUCCI et al., 2007).

Os asfaltos modificados são uma classe especial de ligantes que receberam em sua

composição um ou mais compostos que alteram as suas propriedades reológicas. Esses

modificadores podem ser minerais, compostos químicos, pó de borracha ou ainda polímeros

elastoméricos, tais como o SBS, SBR, EVA etc. Essas modificações visam conferir a estes

asfaltos propriedades melhoradas em relação ao asfalto convencional, tais como diminuição

das deformações plásticas a alta temperatura, aumento da resistência ao envelhecimento,

aumento da vida de fadiga, aumento da flexibilidade e elasticidade (quando elastômeros estão

presentes), maior resistência a trincamentos por fadiga que redundam em redução de

manutenção e aumento da durabilidade do pavimento (BETUNEL, 2011).

3.5.1.3. AGREGADO MIÚDO

O agregado miúdo tem a função de preencher os vazios entre as partículas do agregado

graúdo e facilitar o intertravamento, são os grãos passivos da mistura SMA. Todavia, devem

ter uma superfície suficientemente rugosa para evitar o enfraquecimento da mistura, como por

exemplo utilizando-se areia ou cascalho como agregado miúdo, que tem superfícies mais lisas

que dos agregados britados. (BLAZEJOWSKI, 2010)

A angularidade é a característica que descreve a propriedade dos agregados finos em

termos de atrito entre as suas partículas que propicia resistência à deformação permanente

(BERNUCCI et al., 2007). O método para teste da angularidade é realizado segundo o método

ASTM C 1252 ou AASHTO T 304 Método A, que estabelecem um valor de angularidade no

agregado miúdo ou fine aggregate angularity (FAA) no valor mínimo ou igual a 45%. É

definida pela porcentagem de vazios de ar presentes em agregados com tamanhos de

partículas menores de 2,36mm, em uma condição de estado solto. Existem outros métodos

de medição da angularidade, por exemplo: EN 933-6 e ASTM D3398.

3.5.1.4. MATERIAL DE ENCHIMENTO (FÍLER)

Page 87: para pavimento aeroportuário

86

Por definição da norma ASTM D 242-04, o fíler mineral é composto por materiais

minerais finamente divididos passando pelo menos 70% na peneira 75μm (No. 200) de

abertura de malha quadrada, como pó de rocha, poeira de escória, cal hidratada, cimento

Portland, cinzas volantes, ou outra matéria mineral adequada. É necessário em quase todos os

casos que o Índice de Plasticidade seja menor ou igual a 4, e no decorrer do uso, deve ser

suficientemente seco para fluir livremente e ser essencialmente livre de grânulos.

O fíler ou material de enchimento das misturas representam de 8 a 13% do total da

mistura em peso, sendo uma quantidade significante, não podendo desta forma, ser

menosprezado e subestimado em suas propriedades.

Os fíleres geram significante influência nas misturas asfálticas podendo citar as seguintes

BLAZEJOWSKI (2010):

Grãos de fíler menores do que o filme de ligante em agregados podem se

comportar como um transportador (extensor aglutinante); o fíler muito fino faz

com que a mistura se comporte como se não houvesse ligante presente, o que

pode resultar em problemas como a perda de estabilidade, deformação de trilha de

roda e exsudação.

Grãos de fíler maiores que o filme de ligante em agregados comportam-se como

um agregado de enchimento;

Um excesso de fíler leva ao enrijecimento do mástique e um aumento na

suscetibilidade as trincas de fadiga (cracking);

Determinados fíleres aumentam a durabilidade da mistura quanto ao efeito de

suscetibilidade à umidade;

Uma proporção adequada entre fíler e ligante, combinada com as propriedades

individuais, tem uma influência na mistura SMA com relação à trabalhabilidade e

na sua densidade final, devido a compactação.

SANTANA, (1995 apud MOURÃO, 2003), descreve o fíler ou material de enchimento

como um material que é adicionado à mistura asfáltica para melhorar seu desempenho

reológico, mecânico, térmico e de sensibilidade a água, e devendo obedecer as especificações

próprias como granulometria e índice de plasticidade.

Para conhecer o comportamento de uma fração de enchimento em uma dada mistura

todos os grãos passantes na peneira especificada em uma mistura mineral final devem ser

separados e testados, independentemente da sua origem. Se apenas o teste do fíler

Page 88: para pavimento aeroportuário

87

acrescentado for realizado, os resultados não mostrarão a influência da fração de enchimento

inteira sobre as propriedades da mistura (BLAZEJOWSKI, 2010).

Segundo MOTTA e LEITE, (2000 apud BERNUCCI et al., 2007) o material passante na

peneira de n° 200 vem sendo designado como pó (dust em inglês) para distinguir da definição

do fíler tradicionalmente utilizada pela ASTM e DNIT. A distinção relaciona-se à possível

incorporação de parcela de finos no ligante em uma mistura asfáltica. Explica que quando a

porcentagem de pó aumenta, reduzem-se os vazios do esqueleto mineral e aumenta-se a

trabalhabilidade da mistura asfáltica até certo ponto. Acima de um determinado teor, o pó

começa a prejudicar a trabalhabilidade bem como a estabilidade do esqueleto mineral,

diminuindo os contatos entre as partículas grossas, alterando também a capacidade de

compactação da mistura. Se a maior parte do pó tiver partículas maiores que 0,040mm, elas

vão atuar como material de preenchimento dos vazios do esqueleto mineral. As partículas

menores do que 0,020mm atuarão no ligante asfáltico, incorporando-se a este e compondo um

filme de ligante, denominado mástique, que envolverá as partículas maiores de agregado.

SANTANA, 1995 (apud MOURAO, 2003), faz distinção entre os pós-minerais em uma

mistura asfáltica, distinguindo os fíleres por naturais e comerciais ou artificiais. O fíler

natural é proveniente do agregado miúdo e graúdo em uma mistura asfáltica, isto quando

existir, e pode ser insuficiente para o tipo da mistura. O fíler comercial ou artificial é o pó

mineral utilizado quando o fíler natural é inexistente ou insuficiente para a determinada

mistura asfáltica. Utiliza-se a denominação de fíler granulométrico ou pó mineral, o que pode

ser constituído de 100% fíler natural ou fíler comercial ou artificial ou pela mistura de ambos.

A graduação do fíler afeta a trabalhabilidade, da mesma forma que a graduação do

esqueleto mineral, sendo proporcional à relação entre a parte mais graúda e mais miúda do

fíler (menor que 20 μm). Quanto mais pó estiver contido no fíler, maior seu efeito na

trabalhabilidade e no comportamento da mistura. Atualmente, com a tendência cada vez

maior de usar como fíler os finos da coleta de filtros instalados nas usinas, aumenta a

importância da caracterização do fíler (AASHTO, 1991).

O tamanho dos grãos do material passando na peneira 0,075 mm (Peneira n° 200)

influencia a rigidez do mástique, bem como também pode afetar a compactação

(compacidade) da mistura. Para o mesmo asfalto, se a maioria dos finos é menor do que

0,020 mm (20μm), a rigidez do ligante será maior do que se a maioria dos finos que está na

faixa de 0,075 mm a 0,020mm. A graduação do material menor que 0,075 mm por si só pode

não indicar o efeito enrijecimento pelos finos (USACE, 2000).

Page 89: para pavimento aeroportuário

88

Segundo BLAZEJOWSKI (2010) o conceito de área específica para o fíler é definida

como a área da superfície dos grãos relacionados a uma unidade de massa, geralmente

centímetro quadrado por grama (cm²/g). Pode ser utilizado o Método de Blaine, porém o

mesmo não tem precisão, sendo o melhor método são as análises a laser. Quanto mais o

material é moído, mais fino é o fíler e maior sua área especifica. Em uma mistura SMA, toda

a superfície dos grãos deve ser uniformemente coberta por um filme de ligante. Diferentes

áreas superficiais de fíler requerem um teor de ligante diferente para cobri-las totalmente,

alterando a demanda de ligante no mástique. Um aumento na área específica do fíler requer

um aumento no teor de ligante da mistura, para preservar a consistência do mástique.

Entretanto, um aumento no teor de fíler, para um teor constante de ligante, causa uma redução

da espessura do filme ou até sua falta nos grãos. Um substancial aumento na relação

“dust”/ligante pode causar aumento do risco de trincamento. AI (2010) mostra alguns

métodos analíticos de aproximar a necessidade de ligante relacionando com área específica da

mistura mineral.

O conceito de vazios no fíler compactado a seco está estritamente ligado com a interação

do ligante com o fíler. Os vazios no fíler compactado a seco podem ser medidos ou pelo

método europeu de Rigden (EN 1097-4) ou pelo estadunidense de Rigden modificado por

Anderson. Consiste compactar o fíler a seco, resultando assim uma mistura de grãos e alguns

espaços vazios, ao qual se pode ter o volume de vazios presentes no fíler. Estes vazios num

mástique serão ocupados pelo ligante, gerando assim dois tipos de ligante numa mistura

asfáltica: o ligante fixo, que preenche os vazios entre os grãos de fíler e o ligante livre, que é o

excesso de ligante depois que os vazios são preenchidos, conforme FIG. 3.7 BLAZEJOWSKI

(2010).

Page 90: para pavimento aeroportuário

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FASE SOLIDA EFETIVA

Page 91: para pavimento aeroportuário

90

os outros grãos da mistura (agregado graúdo e miúdo) (ANDERSON, 1987; CHEN e PEN,

1998 apud BLAZEJOWSKI, 2010). Com um teor de ligante constante da mistura asfáltica, a

quantidade de ligante livre depende dos vazios do fíler compactado. Com fixada proporções

dos componentes na mistura asfáltica, a quantidade de ligante livre pode ser aumentada

trocando-se o fíler com um menor teor de vazios e vice-versa. Nas TAB. 3.5 e TAB. 3.6,

verificam-se os valores de referência para materiais finos testados pelo métodos de Rigden,

Ridgen-Anderson e área superficial pelo método de Blaine.

TAB. 3.5– Vazios de Rigden e área superficial de materiais distintos Material Fíler Origem Vazios Rigden (%) Área Superficial (cm²/g)

Calcário Adicionado 27,7 - 31,6 4750 Diabásio Filtro Mangas 30,4 - 34,2 3600 Calcário Filtro Mangas 28,3 - 32,1 2280 Dolomita Adicionado 27,1 - 28,1 2068

Dolorita-microdiabásio Filtro Mangas 32,4 - 36,4 2658 Grauvaque Filtro Mangas 27,6 - 31,8 4054

Fonte: SCHELLENBERGER, 2002 (apud BLAZEJOWSKI, 2010)

TAB. 3.6 – Vazios de Rigden modificado por Anderson para alguns materiais

Material Fíler Vazios Rigden-Anderson (%) Fíler Mineral 39-47

Finos dos Filtros de Manga 30-60 Cal Hidratada 66-71 Cinza volante 37-57

Fonte: SCHROER, 2006 (apud BLAZEJOWSKI, 2010)

As recomendações para os vazios do fíler seco compactado são:

Quando usado o método de Rigden (EN 1097-4), o mínimo de vazios do fíler seco

compactado deve ser de 28% (v/v) e o máximo não deve exceder de 45%

(v/v).(SCHELLENBERER, 2002 apud BLAZEJOWSKI, 2010)

Quando usados os resultados do método de Rigden modificado por Anderson, o

máximo de vazios no fíler seco compactado não deve exceder 50% (v/v).

(BROWN e COLLEY,1999)

BAHIA (2010), em seu estudo, afirma que apesar de haver estudos de casos na literatura

sobre os efeitos importantes dos fíleres sobre as misturas asfálticas, a metodologia

SUPERPAVE de dosagem de misturas trata de maneira superficial estes efeitos e não oferece

orientação suficiente, para os testes nos fíleres, mostrando tais indicadores de desempenho.

Com isso caracterizou fisicamente e quimicamente com as características básicas dos fíleres:

vazios de Rigden, distribuição granulométrica, teor de compostos de cálcio e teor de argila

Page 92: para pavimento aeroportuário

91

ativa, fora a densidade real especifica. Para isto foram utilizados procedimentos padrões das

normas estadunidenses e europeias. Foram ensaiados 32 tipos de fíleres de diversas regiões

dos Estados Unidos e notou-se que, em geral, os fíleres adicionados como cinzas volantes e

pó de escoria, têm limites maiores que os demais. O autor utilizou a relação de massa de

fíleres para ligante asfáltico de 1:1 o que não é considerado suficiente para estimar os efeitos

de fíleres no comportamento de todos tipos de mistura. Os fíleres de rocha e os retirados dos

filtros de mangas tem efeitos diferentes dos fíleres manufaturados, parecendo influenciar o

mástique e o desempenho da mistura usando uma atuação físico-química uniforme. Com

base nos resultados dos ensaios, têm-se as seguintes observações quanto ao desempenho dos

fíleres nas misturas asfálticas:

Trabalhabilidade: A propriedade mais importante para a viscosidade do mástique

e para trabalhabilidade da mistura foram os vazios de Rigden; criou modelo para

checar se a viscosidade relativa do mástique é menor que um máximo proposto;

Indicadores de deformação permanente: a resistência à deformação permanente do

mástique medido pelo ensaio Multiple Stress Creep Recovery (MSCR) mostrou

ter uma influência direta com os resultados de Flow Number (FN), porém não são

mais importantes quanto a granulometria dos agregados. Para este indicador com

base nos estudos recentes de deformação permanente, foi proposto um modelo

estatístico, sendo estimados os resultados “Jnr” e os vazios de Rigden para um

valor aceitável de FN;

Indicador de resistência à fadiga: Através dos resultados obtidos não se pode

caracterizar o desempenho a fadiga por influência dos fíleres;

Indicador de resistência às trincas a baixas temperaturas: o enrijecimento do

mástique a baixas temperaturas está ligado aos vazios de Ridgen e a quantidade de

óxidos de cálcio (CaO) do fíler, foi proposto um modelo para estimar uma

influencia aceitável do mástique na resistência da mistura, entretanto não foram

propostos limites para este modelo;

Resistência ao dano por umidade: resultados mostraram que esta propriedade está

altamente ligada às propriedades do ligante asfáltico com limitadas influências às

propriedades do fíler. Desta maneira no estudo não se pode criar modelo algum.

Na metodologia SHRP-Superpave há limites para a relação pó/teor de ligante

Page 93: para pavimento aeroportuário

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Page 94: para pavimento aeroportuário

93

produção da mistura na usina, sendo inclusive o SMA muito sensível ao conteúdo do fíler

mineral. Como a mistura SMA requer, em geral, aproximadamente 10% de material fino

passando na peneira n° 200, mesmo com o retorno dos finos dos filtros de mangas, um fíler

comercial deve ser adicionado a mistura, na ordem de 5% pelo menos em média. Como

exemplo de produção, para uma usina que produz 300 t/h, será necessária a adição de 15t/h de

fíler comercial para manter a mesma produção.

O material pétreo mais comum para uso como fíler para SMA é o pó calcário, que é

derivado da britagem da rocha calcária, sendo o mais utilizado na Europa. Podem-se utilizar

cinzas volantes, porém é de uso incomum, pois são muito finas e com grãos esféricos, mesmo

os vazios de Rigden modificados são geralmente menor que 50%. A cal hidratada tem sido

utilizada com efeitos positivos, para um substancial aumento da resistência à água e ao

congelamento, decorrente do aumento da adesividade entre o ligante e o agregado, e também

um aumento a deformação permanente. Tem características de formar uma mistura enrijecida

a altas temperaturas, porém tem um valor de vazios de Rigden modificado alto (66-71%),

logo seu uso deve ficar restrito, e geralmente utilizado a 1,0-1,5% em peso, beneficiando a

mistura sem ter o risco de enrijecê-la demasiadamente. Outro tipo de fíler utilizado é o

material retido nos filtros de manga retornando à mistura (BLAZEJOWSKI, 2010).

Os fíleres podem ser ensaiados por vários métodos, sendo que os principais métodos que

constam nas normas americanas e europeias de misturas SMA são o método de Blaine,

análises granulométricas, ensaios de Rigden e Rigden-Anderson, azul de metileno e número

de betume.

Para realizar o teste de Superfície Específica pode-se utilizar o método de Blaine que é

usualmente utilizado para ensaiar o Cimento Portland, no Brasil utiliza-se a norma ABNT

NBR NM 76:1998, podendo ser utilizado as ASTM C204 – 07, EN- 196-6. O método

consiste em quantificar o tempo necessário para que o ar flua através de uma camada

comprimida do material a ser testado, dado sua granulometria e porosidade. Em condições

normais, a superfície específica é diretamente proporcional a √ (t = tempo de escoamento do

ar).

As análises granulométricas podem ser realizadas via ensaio de sedimentação tal como

norma DNER-ME051-94, porém com resultados não tão satisfatórios (BAHIA, 2010). Os

melhores resultados são de analisadores de partículas a laser (ASTM D 4464), que podem

determinar além da granulometria, o módulo de finura calculado (MF), que é calculado

dividindo-se por 100 a soma das percentagens do material passante na peneira n° 200 maiores

Page 95: para pavimento aeroportuário

94

do que 75, 50, 30, 20, 10, 5, 3, e 1 mícron. Quanto mais fino o agregado, menor será o

módulo de finura. Parâmetros chamados de D10, D30, D60 e também podem ser

determinadas a partir de análise de tamanho de partícula. Esses parâmetros são os tamanhos

de partículas que correspondem, respectivamente, a 10, 30 e 60% da passagem de material

fino. A área superficial especifica (cm²/m) também pode ser calculada (KANDHAL, 1999).

Os método de Rigden e método de Rigden modificado por Anderson ou Rigden-

Anderson são dois os métodos que utilizam o princípio da compactação a seco do fíler para

determinar os vazios de ar no fíler compactado. Os métodos, apesar de utilizarem o mesmo

princípio, diferem nos resultados obtidos, por diferenças no método de ensaio. O aparato é

similar ao da FIG. 3.10.

FIG. 3.10 – Aparato para ensaio de Rigden (BAHIA, 2010).

O Método de Rigden é padronizado pela norma EN-1097-4, e preconiza a compactação a

seco de uma amostra de fíler de 10g, por um êmbolo de 350g por 100 golpes a cada segundo.

O volume de vazios de ar é calculado pela Equação (EQ. 3.1) onde a massa da amostra

compactada (g) é divida pelo seu volume final (cm³), resultando na massa específica aparente

do material , seu volume e o peso específico real do grão ( )do material. Segundo a

norma EN 13043, de misturas asfálticas comumente utilizada por países europeus, o valor de

vazios de ar deve ficar entre 28-45% (v/v).

% 100. 1 (EQ. 3.1)

Page 96: para pavimento aeroportuário

95

O Método de Rigden-Anderson é o método desenvolvido por Anderson (1987), e

modificou os parâmetros de ensaio para 25 golpes de um peso de embolo de 100g, em uma

amostra de 1 a 1,3g. O volume de vazios é calculado como o método de Rigden original.

Segundo (BLAZEJOWSKI, 2010), as propriedades do fíler de enrijecer o ligante podem

ser testadas pelos seguintes métodos:

Método do aumento do ponto de amolecimento – anel e bola, de acordo com EN-

13179-1 (anel e bola), e métodos similares;

Método de Rigden e Método de Rigden-Anderson;

Método de aumento da viscosidade do mástique;

O método EN-13179-1 consiste em verificar qual é o delta de aumento do valor do ensaio

de ponto de amolecimento na mistura de 37,5% de fíler e 62,5% de ligante betuminoso em

volume comparando-se com o ensaio de ponto de amolecimento do ligante puro. Utiliza-se o

fíler passando pela peneira 0,125mm de acordo com a EN-1259. De acordo com a norma EN-

13043, o delta de enrijecimento deve ficar entre 8°C e 25°C.

O método de aumento da viscosidade do mástique consiste em testar a viscosidade do

mástique e comparar com a viscosidade do ligante asfáltico puro, criando-se assim um fator

de enrijecimento. Segundo (BLAZEJOWSKI, 2010) não somente as propriedades do fíler

afetam esse fator, mas também as propriedades do ligante usado.

Outro ensaio para estimar a quantidade de vazios no fíler é o Teste de Fíler Alemão,

desenvolvido pela Koch Materials Company, ao qual estabelece a quantidade de fíler mineral

necessário para absorver 15 gramas de óleo hidráulico. O óleo hidráulico é colocado em um

recipiente pequeno, então com 45 g de fíler mineral é adicionado e misturado. É realizada

uma tentativa para formar uma esfera com a mistura. Se uma esfera é formada e deve-se

juntar mais 5 g de fíler. Este processo é continuado até que a mistura perca coesão. Neste

ponto, todo o óleo hidráulico é fixado nos vazios do material e não há excesso para manter as

partículas entre si. A quantidade total do material adicionado ao o óleo hidráulico é relatado

como o valor de teste. Este ensaio tem boa relação com o Ensaio de Rigden, conforme FIG.

3.11.

O teste de azul de metileno (MB) é utilizado pela Slurry Seal Internacional Association

(ISSA) para quantificar a quantidade de argilas nocivas do grupo da esmectita

(montimorilonita), matéria orgânica e hidróxidos de ferro presente no agregado fino. O

princípio do teste é adicionar quantidades de uma solução padrão aquosa do corante (azul de

Page 97: para pavimento aeroportuário

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Page 98: para pavimento aeroportuário

97

Polímeros adicionados ao ligante, para aumentar sua viscosidade a altas

temperaturas, assim reduzindo o risco de escorrimento;

Além da adição dos estabilizadores para evitar o escorrimento, pode-se também utilizar

outros insumos que melhorem as propriedades do ligante, do mástique ou da mistura, como

por exemplo o uso de cal hidratada alterando a reologia do ligante betuminoso.

As fibras são consideradas aditivos estabilizadores que absorvem parte do ligante,

evitando assim seu escorrimento, e são os agentes estabilizadores mais utilizados. Apresentam

como principais propriedades o poder de absorver ligante e de não enfraquecer a mistura

asfáltica.

Segundo BLAZEJOWSKI (2010) os estabilizadores absorvedores podem ser de vários

tipos, podendo ser os seguintes por exemplo:

Fibras de celulose, as mais utilizadas;

Fibras de pseudo-celulose, feitas a partir de papel inutilizado;

Fibras minerais, desenvolvidas a partir da fusão de alguns tipos de rochas (como

lã de rocha);

Celulose-mineral, uma mistura de celulose com fibras minerais;

Celulose-polímero, uma mistura de celulose com diferentes tipos de polímeros e

em teores variados;

Celulose-cera, uma mistura de celulose com ceras sintéticas, que além de

funcionarem como estabilizadores alteram viscosidade do ligante asfáltico;

Têxteis, através do processamento e fragmentação de rejeitos têxteis;

Plásticas, por exemplo polipropileno;

Fibra de vidro, em forma de fios (como lã de vidro);

Outros tipos, exemplos: pó de couro, fibras de coco.

A diferença entre as fibras está no seu poder se absorção. As fibras de celulose

atualmente tem a maior eficiência de absorção conhecida de ligante betuminoso

(BLAZEJOWSKI, 2010), o que pode ser observado nas recomendações das quantidades

recomendadas na norma finlandesa de SMA, na TAB 3.7, onde o menor teor corresponde

das fibras de celulose.

Page 99: para pavimento aeroportuário

98

TAB 3.7 - Recomendações finlandesas para adição de fibras em misturas asfálticas PANK (1995 apud MOURÃO, 2003)

Tipo de Fibra Faixa recomendada

na mistura (%) Celulose 0,3 – 0,5 Mineral 0,7 – 0,9 Vidro 0,4 – 0,6

Segundo (BELIGNI et al., 2000) as fibras de celulose exercem uma ação de micro

armadura (reticulado tridimensional) em conjunto com os polímeros presentes no ligante

betuminoso, aumentando assim a coesão do sistema. Sendo assim, possibilitam desta maneira

o uso do maior teor de ligante, sem riscos de exsudação ou perda da estabilidade mecânica.

Além das diferentes absorções de ligantes que cada tipo de fibra apresenta, as fibras

também possuem densidades diferentes, consequentemente volumes diferentes quando

adicionadas a uma mistura SMA. Fibras minerais de alta-densidade necessitam de uma alta

adição na mistura, usualmente na ordem de 0,4-0,6% em massa. Além disso, se o

estabilizador não funciona adequadamente, deve-se aumentar a sua quantidade, o que deve

melhorar a resposta ao escorrimento, porém deve-se levar em conta que o aumento na

percentagem de estabilizador pode diminuir a trabalhabilidade. Fibras plásticas, por exemplo,

tem pouco poder de absorção e produz um aumento da rigidez e baixa trabalhabilidade, pela

quantidade necessária para evitar o escorrimento (BLAZEJOWSKI, 2010).

As fibras mais utilizadas como estabilizadores são as de celulose, ocorrendo nas formas

de:

Fibras soltas, em formas irregulares formado de fios de celulose;

Fibras peletizadas sem ligante: são produtos granulados prensados para formar

grânulos sem agente ligante tipo betuminoso envolvendo as fibras;

Produtos granulados ou fibras peletizadas com ligante ou “pellets”, granulados

cilíndricos de 3-4mm de diâmetro e 3-5mm de comprimento que consistem em

fios de celulose cobertos com material betuminoso ou outro tipo de agente, como

cera ou plástico.

As fibras soltas têm como vantagem a sua efetividade imediata quando misturadas aos

agregados e ao cimento asfáltico, porém tem uma alta suscetibilidade a umidade, pois são

altamente hidrofílicas, e quando úmidas não absorvem o ligante de forma eficiente. São

fornecidas em sacos lacrados em diferentes pesos para facilitar o uso em usina, porém têm

grande volume. Os quesitos que devem ser levados em conta são: o tempo de mistura com os

Page 100: para pavimento aeroportuário

99

agregados, pois um tempo muito alto pode levar a uma trituração excessiva, limitando a ação

anti-escorrimento, seu uso excessivo, e também o procedimento da fibra solta, pois deve ser

misturada antes do cimento asfáltico à mistura. As fibras peletizadas, sem ligantes, têm

características similares às fibras soltas, porém com a vantagem de serem mais compactas,

pois são prensadas, e sua aplicação fica facilitada na usina, podendo ser fornecidas em pacotes

grandes e armazenadas em silos específicos (BLAZEJOWSKI, 2010).

Quanto ao uso em laboratório, em geral, tanto as fibras soltas quanto as peletizadas sem

ligante podem ser misturadas sem necessidade de um misturador mecânico, com ressalvas

para as fibras peletizadas sem ligante, pois por serem fortemente prensadas e unidas podem

não se dispersar no ligante (HORST, 2000). No entanto, os pellets recobertos com agentes

devem ter um tratamento diferenciado ao serem misturados em laboratório, pois devido à

compressão dada aos grânulos durante a fabricação, é necessária uma força de cisalhamento

alta para distribuir convenientemente as fibras na mistura, precisando assim do uso de um

misturador mecânico. Para a mistura manual deve-se aquecer o produto granulado em estufa a

uma temperatura acima do ponto de amolecimento do material que recobre as fibras, caso

contrário o estabilizador não irá funcionar efetivamente. (BLAZEJOWSKI, 2010)

O uso de pelletes ou fibras granulares facilitam o uso em usina e são recomentados seu

uso para produção de médio e grande escala, pela facilidade de uso. O ligante betuminoso ou

outro material que recobre as fibras aumentam a resistência à umidade das mesmas. São

fornecidos em pacotes grandes, caminhões tanques específicos ou em silos próprios

(BLAZEJOWSKI, 2010).

Fibras peletizadas com ligante asfáltico oferecem várias vantagens sobre as fibras soltas e

as peletizadas sem ligante, como (HORST, 2000):

• Dispersão rápida e completa;

• Inodora e livre de pó;

• Insensibilidade contra umidade;

• Pode ser dosada automaticamente;

• Produz mistura mais homogênea;

Page 101: para pavimento aeroportuário

3.6. E

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Page 102: para pavimento aeroportuário

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Page 103: para pavimento aeroportuário

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102

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RAÚJO,

Page 104: para pavimento aeroportuário

103

2009). Constitui de um processo de deterioração estrutural que sofre um material quando

submetido a um estado de tensões e deformações repetidas, que podem ser muito menores que

a resistência última do material, resultando em trincas, após um número suficiente de

repetições do carregamento: é a perda da resistência que sofre um material quando solicitado

repetidamente à flexão ou à tração (PINTO e MOTTA, 1995).

As fissuras podem ser subdivididas em duas grandes categorias: fissuração por ação de

carga e por não ação de carga. A fissuração por ação de carga associada tradicionalmente tem

sido denominada de trinca por fadiga. Neste cenário, as aplicações repetidas de tensões abaixo

da máxima resistência à tração do material, eventualmente, levam a trincas. Os fatores

associados com o desenvolvimento de trincas por fadiga devem incluir as propriedades in-situ

da seção estrutural, o ligante asfáltico, a temperatura e o tráfego. Os fissuramentos não

associados a carga tem sido tradicionalmente denominados de fissuras por baixa temperatura.

Durante os tempos de resfriamento rápido e baixas temperaturas, misturas asfálticas estão

submetidas a tensões que podem exceder a sua resistência à fissuras, levando ao trincamento

imediato. (TAM, 2006).

Os equipamentos laboratoriais para ensaios de carga repetida permitem a aplicação de

carregamentos cíclicos ao material mantendo em tensão constante ou controlada (TC) e de

deformação constante ou controlada (DC) (PINTO e PREUSSLER, 2002).

No ensaio de tensão controlada (TC), a carga aplicada é mantida constante e as

deformações resultantes aumentam no decorrer do ensaio, sendo que o critério de fadiga está

associado à fratura da amostra. A tensão é mantida constante ao longo do ensaio e as

deformações atingem um valor máximo até o estágio de colapso do corpo de prova. A vida de

fadiga (N) é definida como o número total de aplicações de uma carga necessária à fratura

completa da amostra (PINTO e PREUSSLER, 2002).

No ensaio de deformação controlada (DC) envolve a aplicação de cargas repetidas que

produzam uma deformação constante ao longo do ensaio, o que conduz a uma diminuição da

carga aplicada, para manter a deformação constante. O critério de fadiga não está

condicionado à ruptura completa do corpo de prova, pois para que a deformação seja mantida

constante ao longo do ensaio, é necessário que haja uma diminuição no carregamento

aplicado. Ambos os ensaios há uma redução da rigidez inicial do material a um nível que

pode ser pré-estabelecido, no sentido de definir o fim do ensaio.

Para este estudo utilizou-se o ensaio de tensão controlada (TC), pois segundo MEDINA

(1997) a solicitação a tensão controlada (TC) é a que ocorre em pavimentos de revestimento

Page 105: para pavimento aeroportuário

asfáltico

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104

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é a sua

Page 106: para pavimento aeroportuário

105

produção, que se dá de maneira semelhante ao do concreto asfáltico tradicional, porém deve-

se controlar melhor, em particular, o fracionamento dos agregados e os tempos de mistura

(MOURÃO, 2003) .

Segundo PROWELL et al. (2009), na Europa, o agregado geralmente é fracionado nas

frações das peneiras 8-11, 5-8, 2-5 e 0-2 mm, permitindo desta maneira um controle preciso

na graduação do SMA, principalmente nas peneiras críticas ou na peneira de parada

(breakpoint). Só se utilizar pilhas de estocagem de agregados misturados, em que uma alta

porção desta pilha é muito utilizada, deve-se dividir em duas pilhas, e se a graduação

fornecida pelo fornecedor durante a produção variar durante as entregas, desta maneira, pode-

se encontrar dificuldade na graduação da mistura e manter as propriedades volumétricas.

Aconselha-se utilizar peneiradores portáteis, que permitem fracionar o agregado em pilhas de

estocagem definidas, desta maneira aumentando o controle. NAPA (2002) acrescenta que o

agregado graúdo numa mistura SMA varia de 72-80% da mistura, o que causa um grande

diferencial na produção da mistura, deve-se enfatizar o controle, afim de manter o contato

grão a grão da mistura aplicada para o desempenho do SMA. Uma das formas de se realizar

este procedimento é efetuando a frequente medição e controle do material passante nas

peneiras #4,75mm (n° 4) e a #0,075mm (n° 200).

Os materiais de enchimento ou fíleres são, em geral, pouco utilizados na maioria dos

concretos asfálticos convencionais, porém as misturas SMA requerem em torno de 10% de

material passante na peneira #0,075mm (n°200). Mesmo com o retorno dos finos, dos

agregados miúdo e graúdo, dos filtros de mangas, geralmente há a necessidade da adição de

fíler comercial nas misturas SMA que, em geral fica torno de 5% no mínimo, o que pode

comprometer a taxa de produção da usina. Devido a esse diferencial, recomenda-se o estoque

em silo de grandes quantidades para reduzir o custo, e devem ser utilizados sistemas fechados

de transporte para o misturador (NAPA, 2002). Recomenda-se que o fíler a ser incorporado,

seja adicionado de maneira que não entre em contato com a corrente de ar quente e seja

sugado para dentro dos filtro de manga, e numa usina gravimétrica deve entrar direto no

misturador (pugmill). (PROWELL et al., 2009)

As fibras, em geral, são os estabilizantes mais utilizados nas misturas SMA e podem ser

fornecidas de variadas formas, desde soltas ou peletizadas, com ou sem cobrimento de algum

material, tipo cera ou betume. Desta forma, temos que para cada tipo de usina, seja

gravimétrica ou tipo fluxo contínuo, e dependendo do tipo e tamanho de seus misturadores,

pode-se tanto variar o tempo de inserção da fibra no misturador ou tambor, o tempo da

Page 107: para pavimento aeroportuário

106

agitação da mistura seca (sem ligante) e também no tempo de agitação da mistura úmida

(com ligante). A incorporação deve ser realizada diretamente no misturador ou tambor, com

cuidados para não ser levados pelo fluxo de ar para os filtros de manga. A sequência mais

usual de inserção dos insumos do SMA para melhor homogeneização da mistura é a inserção

dos agregados graúdos e finos, seguido pelo fíler, do estabilizador (fibras) e por último do

ligante asfáltico. Há outros métodos somente para usinas gravimétricas que podem ser

utilizados, como por exemplo, o método KGO-III, que sugere a adição do agregado graúdo

(>4mm) e do ligante, seguido da adição do fíler para se dissolver o ligante e por último das

frações finas de agregado(0,063- 4mm) (BLAZEJOWSKI, 2010).

A densidade in situ é outra questão importante na construção de pavimentos SMA, desta

maneira, através do estudo de diversas normas e trabalhos técnicos, PROWELL et al. (2009)

verificou que há recomendações para que a densidade de campo seja maior que 94% da

máxima densidade medida (Gmm) ou que o teor de vazios seja no máximo 6% (NAPA, 2002),

desta maneira a assegurar a impermeabilidade do pavimento. Segundo BLAZEJOWSKI

(2010), na norma alemã Asphalt-StB 07, o valor de vazios deve ser abaixo ou igual a 5,0%,

fato esse comumente aplicado a países de clima frio, pois desta forma garante-se a

impermeabilidade, ações pela neve e uso de descongelantes. E em países onde a temperatura

não tenha significantes variações de temperaturas abaixo de 0°C, a percentagem de vazio,

tende a ser entre 5 -8%.

Segundo BLAZEJOWSKI (2010), a temperatura de produção do SMA pode ser definida

de três diferentes maneiras, sendo a primeira variante, e menos indicada, o uso para os

diversos tipos de CAP, a utilização de norma para definição da temperatura de produção, a

segunda variante é a utilizar as especificações da produtora do CAP, mais utilizada para

ligantes modificados e a terceira variante é através da relação viscosidade-temperatura,

definindo intervalos de temperatura para a produção. Segundo MOURÃO (2003), o

superaquecimento dos agregados prejudica a formação de filme espesso e estável de ligante

betuminoso em torno dos agregados o que pode se agravar se tiver pequeno teor de areia na

composição da mistura de agregados.

Segundo PROWELL et al. (2009), muitos estados dos Estados Unidos exigem o uso de

sistemas de transferência de massa (MTV – Materials Transfer Vehicles) para pavimentação

com SMA, com intuito de melhorar a uniformidade da densidade “in-situ”, a suavidade e a

redução da segregação. O uso deste sistema de transferência de massa permite a melhoria

efetiva da variação da temperatura na massa, pois promove uma uniformização da

Page 108: para pavimento aeroportuário

107

temperatura de espalhamento, melhorando com isso as condições de compactação da camada

(CHAVES, 2010a).

A temperatura da massa asfáltica, na hora da compactação, não deve ser menor que

140°C, quando usado asfalto modificado e menor que 130°C, quando usado ligante

convencional (NAPA, 2002). Porém segundo LANCHAS(1999 apud MOURÃO, 2003) a

experiência mostra que se obtém melhores resultados quando a temperatura é de 130°C a

165°C.

Alguns países utilizam o “grit”, que é uma fina camada de agregado miúdo que deve ser

lançada e compactada sobre a superfície do SMA ainda quente, para aderir a superfície. O

grit é utilizado para aumentar o atrito inicial, que em geral é baixo após o lançamento e

compactação do SMA, causado pela camada de ligante que recobre os agregados da

superfície. O lançamento do grit e compactação ainda quente sobre a camada recém

compactada e ainda quente de SMA tem a finalidade de quebrar a camada de ligante sobre o

agregado graúdo e devido a microtextura do gritting lançado e compactado que ocorre a

quebra da película de água, aumentando a resistência a derrapagem do SMA. Sem a camada

de gritting o processo de desgate da camada de ligante sobre os agregados se dá com a

passagem do tráfego, porém mais lentamente. A FIG. 3.12 (a) apresenta o aspecto do grit

incorporado à camada de SMA, e a FIG. 3.12 (b) mostra um exemplo de aplicação do gritting,

com equipamento incorporado ao rolo compactador.

Segundo BLAZEJOWSKI (2010), o grit usualmente em diferentes tipos de agregados,

conforme TAB. 3.8, sempre lavado e aplicado quente, com temperatura acima de 110ºC, pois

abaixo desta temperatura não se consegue a adesão do grit com o ligante superficial do SMA.

Após a aplicação do gritting e a camada de SMA ter resfriado, deve-se executar a remoção do

excesso de gritting que não aderiu ao SMA.

Page 109: para pavimento aeroportuário

108

(a) (b) FIG. 3.12 – (a) Partículas de gritting sobre a camada de SMA e (b) Aplicação e compactação da

camada de gritting (BLAZEJOWSKI, 2010).

TAB. 3.8 – Diferentes tipos e taxas de gritting que podem ser utilizados (BLAZEJOWSKI, 2010).

Granulometria Passando nas peneiras Retido nas peneiras Taxa de

Aplicação (kg/m²)mm ABNT mm ABNT

SMA 0/11 4 ou 5 # 5 ou #4 2 #10 1 a 2

SMA 0/5 ou 0/8 2 #10 0,25 #60 0,5 a 1,5

Todas Granulometrias 3 #7 1 #18 0,5 a 1,5

Para utilização em aeroportos o grit deve ser de granulometria ≤ 4,0mm, para reduzir o

risco de danos por objetos estranhos (Foreign Object Damage - FOD). O FOD também tem o

significado em inglês de detritos estranhos (Foreign Objects Debris) sendo desta forma

qualquer objeto localizado em local inadequado no ambiente aeroportuário que tem a

capacidade de provocar danos ao aeroporto, ao pessoal ou provocar danos às aeronaves. Pode

inclui uma ampla gama de materiais, incluindo peças soltas, fragmentos do pavimento,

suprimentos de abastecimento, materiais de construção, pedras, areia, peças de bagagem, e até

mesmo animais. O FOD deve ser prevenido das seguintes áreas: terminal de carga, áreas de

estacionamento, taxiways, PPD e cabeceiras (FAA, 2009). O uso do grit pode gerar uma

diminuição da macrotextura e possivelmente a utilização do grooving, elevando o risco de

FOD (PROWELL et al. 2009).

PROWELL et al. (2009) analisou a capacidade do SMA em receber as ranhuras

características do grooving, para isso, uma placa de 51 x 51 cm com agregado granítico. Para

as medições de textura e atrito foram ASTM E 2157 - Medido de Textura Circular (CT) e a

norma ASTM E 1911 utilizando o equipamento Dynamical Friction Tester (DF Tester),

respectivamente. As ranhuras seguiram as normas da FAA (6 x 6 mm) e foram na forma

radial, de forma que as medições de atrito sejam medidas pelos dispositivos de forma como

se fossem medidas da forma norma ( a 90 graus) para o percurso da medição, a FIG. 3.13 (a)

ilustra a aplicação do grooving após o polimento com um dispositivo criado pela NCAT para

simular o desgaste em rodovias de alto tráfego, e que foi adequado para cargas de aeronaves,

passando a sobrecargas sobre as rodas de 20kg para 61kg, e os pneus foram inflados a uma

pressão de 345kPa (50psi), conforme FIG. 3.13 (b). Este ensaio foi utilizado comparações

com o DF Tester e utilizou-se também o método IFI, comparando ambos a 65km/h, sendo que

Page 110: para pavimento aeroportuário

109

para antes do teste os valores foram baixos (0,12 e 0,16) respectivamente, porém após 250

ciclos do dispositivo os valores ficaram constantes e houve um aumento devido a retirada do

filme fino dos agregados, ficando valores após 20000 ciclos de ( 0,36 e 0,31) respectivamente.

Pode-se desse ensaio verificar que não houve evidencias de desintegração de agregados nem

soltura dos mesmos, porém os ensaios foram realizados em laboratório.

(a) (b) FIG. 3.13 – (a) Placa de SMA com grooving radial, após o polimento (b) tipo de polimento utilizado.

(PROWELL et al., 2009)

Segundo CAMPELL (1999) e de acordo com a Norwegian Civil Aviation Administration

– NCAA, no caso do uso do SMA, não há necessidade da utilização do grooving, sendo uma

das vantagens principais sobre o CA convencional, pois o SMA tem boas propriedades de

atrito e estabilidade. O SMA 11 muito utilizado pela NCAA tem uma profundidade de textura

(macrotextura) de 1,2 a 1,8mm dependendo do tamanho máximo dos agregados, da

temperatura e homogeneidade da mistura durante a compactação.

Antes de abrir uma seção de estrada recém-pavimentada com SMA para o tráfego, deve-

se confirmar seu arrefecimento adequado. Caso se permita o tráfego da camada de SMA ainda

estiver quente pode causar deformação de trilhas de rodas prematuras e a liberação do

mástique em forma de exudação. Alguns regulamentos determinam a abertura ao tráfego

somente após 24 horas depois do lançamento e compactação, ou pelo menos, quando a

temperatura no meio de uma camada seja pelo menos 30° C. A prática comum é somente

liberar o tráfego somente quando a temperatura do interior da camada seja equivalente a

temperatura do ar, e quando deseja-se uma abertura prematura, pode liberar o tráfego somente

Page 111: para pavimento aeroportuário

para ve

3.8. A

NO MU

Con

aeropor

China q

Est

pouso e

cada tip

(1999) e

N3.8.1.

A N

milhões

SMA te

0/16 mm

alterou

relatada

pavimen

O t

depende

noruegu

SMA 8.

O p

recebeu

utilizada

da NCA

eículos leves

A UTILIZA

UNDO

nsiderando

rtos é restrit

que possuem

tão relacion

e decolagem

po de mistu

e PROWEL

NORUEGA

NCAA ou (

s de m² de

em sido usad

m, logo apó

sua granu

as após o us

ntos com SM

tipo do cim

endo do c

ueses utiliza

.

pavimento

u tratamento

a além de c

AA. Destaca

s. (BLAZEJ

AÇÃO DA

a grande q

o a poucos,

m mais aerop

nados a seg

m pavimenta

ura SMA n

LL et al. (20

A

(Luftfartstisy

pavimento,

do em 15 ae

ós mudou p

ulometria p

so de um no

MA quanto

mento asfálti

clima de c

aram SMA

mais antig

o com agent

camada pint

a-se o uso d

JOWSKI, 2

MISTURA

quantidade d

sua maiori

portos com

guir, alguns

adas com S

nestes aerop

009).

synet) em N

sendo 97 p

eroportos. N

ara uma mi

ara 0/8 mm

ovo produto

o nos pavim

ico e tipo e

cada região

nas suas PP

o com SM

te rejuvenes

tura de imp

o SMA no a

110

2010).

A SMA EM

de aeroport

ia na Europa

pistas pavim

dos países

SMA. São t

portos. Os

Norueguês, o

por cento d

Nos primeir

istura SMA

m. Devido

o para degel

mentos de CA

quantidade

o. Segundo

PD, sendo 1

MA (Aeropo

scedor em 1

permeabiliza

aeroporto d

M PAVIME

os em todo

a, Austrália

mentadas co

s que possu

ambém apr

dados foram

opera 46 ae

de paviment

ros três anos

A 11 mm. E

o a desinte

o. Estes pro

A convenci

e de aditivo

o CAMB

10 com SMA

orto de Mo

1997, 2000

ação (fog se

de Oslo Gard

ENTOS AE

o o mundo,

a e China, se

om SMA.

uem aeropo

resentadas a

m coletado

eroportos na

tação asfált

s utilizou-se

na sua últim

gração (ra

oblemas aco

onal.

os que foram

BELL (199

A 11, 5 com

lde, pavim

e 2005. Prá

eal) na man

dermoen.

EROPORTU

o uso do S

endo que N

ortos com p

as caracterís

os por CAM

a Noruega

tica. Desde

e a mistura

ma pista co

aveling) e u

onteceram t

m utilizados

99), 16 ae

m SMA 16

mentado em

ática que ve

anutenção d

UÁRIOS

SMA em

oruega e

pistas de

sticas de

MPBELL

com 7,6

1992, o

de SMA

onstruída

umidade

tanto nos

s variam

eroportos

e 1 com

m 1993),

m sendo

as pistas

Page 112: para pavimento aeroportuário

Seg

Noruega

B3.8.2.

O S

pela Fle

uso em

aeropor

nos prim

Seg

utilizand

indicou

para o S

SMA co

em seu

D3.8.3.

O

(compri

gundo LAN

a:

As me

SMA

Asfálti

O SMA

comum

O SM

compar

O pavi

chuva,

durante

BÉLGICA

SMA é util

emish Airpo

m alguns de

rtos apresen

meiros mese

gundo PRO

do SMA su

que aprox

SMA, em c

omo pavime

lugar.

DINAMAR

Aeroporto

imento de 3

NGE et al.

dições de a

11 possuem

co com gro

A é mais r

m;

MA necessit

rado ao CA

imento com

o que pod

e a tempora

izado na B

orts Author

e seus aer

ntam boas ca

es de uso fo

WELL et a

ua pista pr

imadamente

comparação

ento da sup

RCA

de Copen

3600m x lar

(1999 apu

atrito nas p

m as mesm

oving de TM

resistente a

ta de mais

A comum;

m SMA perm

de levar a

da de invern

élgica em 2

ity. Antes d

ódromos. S

aracterística

oi baixo.

al. (2009), o

rincipal, por

e o dobro d

o com a cam

erfície foi s

nhagen, na

rgura de 42

111

ud CAMBE

pistas com

mas proprie

MAS 11mm

a deformaç

s manutenç

manece mai

mais aplica

no, naquele

2 aeroporto

destes aerop

Segundo a

as de atrito c

o Aeroporto

rém o teste

da quantida

mada antide

suspensa e u

Dinamarca

2m). É relat

ELL, 1999)

SMA most

edades de

m;

ão permane

ção preven

s tempo na

ações de p

e país.

os regionais

portos, a Fo

Flemish A

com pista ú

o Internacio

e em labora

ade de agen

errapante ut

uma camad

a, possui

ado que o r

em seu e

raram que

atrito que

ente que o

tiva nos 1

"condição m

rodutos par

, Antwerp

orça Aérea B

Airports Au

mida e seca

onal de Bru

atório com

nte de dege

tilizada, ass

a antiderrap

SMA na s

resultado do

estudo do S

as superfíc

pista de C

o concreto

10 primeiro

molhada" d

ra degelo n

e Ostend, o

Belga inicio

uthority, am

a, entretanto

uxelas, iria

Pêndulo B

elo seria ne

sim, a utiliz

pante foi ex

sua PPD p

o ensaio de

SMA na

cies com

Concreto

asfáltico

os anos,

depois da

na pista,

operados

ou o seu

mbos os

o o atrito

recapear

Britânico

ecessário

zação do

xecutada

principal

mancha

Page 113: para pavimento aeroportuário

de areia

reciclag

Na

anos de

mesmo

termos d

3.8.4.

Ape

utilizam

desenvo

duas gra

Asphalt

cargas.

uso de a

Na

granulo

ocasião

fibras d

F

a ficou entr

gem do SMA

pista princ

e serviço. A

após 20 an

de durabilid

ALEMANH

esar do SM

m concreto

olvido a “M

aduações de

t StB 01. S

A designaç

areia natura

Alemanha

métrica não

foi utilizad

e celulose.

FIG. 3.14 – Gem tracejado

re 0,64 e 0,

A na manut

cipal, a supe

A análise da

nos. Indican

dade.

HA

MA ter sido

asfáltico n

Mekblatt”, o

e SMA, 0/8

Sendo a gr

ção “S” é de

al nas mistur

o Aeroport

o típica do

do ligante c

Granulometrio uma granul

,70mm, o q

enção do pa

erfície foi s

SMA da su

ndo que a g

inventado n

normal. Em

ou guia de c

8S e 0/11S,

aduação 0/

e “schwer”

ras SMA.

to de Hamb

SMA, isto

com políme

ia SMA utililometria típic

112

que é baixo

avimento de

selada com

uperfície in

grande quan

na Alemanh

m estudos d

construção

que são bas

/8S sugerid

de pesado

burgo foi re

o é, com m

ero Sasobit

izada no Aerca descontín

o em termos

evido ao uso

produto a

ndica que o

ntidade de l

ha, os aerop

desenvolvid

de aeropor

seadas nas e

da para loca

e refere-se

ecapeado em

marcada des

(35%) e te

roporto de Hanua de SMA

s de macrot

o das fibras

base de alc

ligante não

ligante é nu

portos alem

dos pela FG

rtos com as

especificaçõ

ais com me

ao fato de n

m 2001 com

scontinuidad

eor de 7% e

amburgo (tra(PROWELL

textura. Nã

s.

catrão após

o envelhece

uma boa prá

mães na sua

GSV em 2

sfalto, o qu

ões da norm

enor solicit

não ser per

m SMA, num

de (FIG. 3

e utilizado

aço contínuoL et al., 2009

ão houve

10 a 15

u muito,

ática em

a maioria

005, foi

e sugere

ma ZTV-

tação de

mitido o

ma faixa

.14). Na

4,0% de

), )

Page 114: para pavimento aeroportuário

A

Spangda

substitu

granulo

(FOB)

pressuri

o SMA

formaçã

porém f

de ligan

O a

sua pist

SMA na

Concret

2 anos s

asfáltica

SMA, e

em 3 et

que era

T

Tip

SM

B

AT

AT

I3.8.5.

Força Aére

ahlem na A

uído por um

metria 0/11

foram retir

izada. Devid

com baixo

ão de bolha

foi utilizado

nte sobre a s

aeroporto co

ta Norte, co

a capa de ro

to Portland.

sem o seu f

as segundo

executou-se

tapas, fora a

em Concre

TAB. 3.9 – C

po da cama

asfáltica

MA 0/11 S

BI 0/22 S

TS 0/32 CS

TS 0/32 CS

ITÁLIA

ea dos Est

Alemanha.

m recapeame

1. Na ocasiã

radas as

do a alguns

o volume de

as de peque

o o grit para

superfície p

om maior d

onhecido co

olamento, m

A pista de

fechamento

as normas

todo pavim

a execução

eto Portland

Característica

ada

P

P

P

A

tados Unid

Em 2007,

ento de SMA

ão foi utiliz

partículas

s problemas

e vazios, po

eno diâmet

a aumentar

pelo tráfego

destaque na

omo Fraport

mas também

4000m de c

, com abert

alemãs, con

mento asfált

da capa asf

d, isto duran

as do projeto

(J. RETT

Tipo e

% Ligan

PMB 45A –

PMB 25A –

PMB 25A –

AC 30/45 –

113

dos utilizou

o revestim

A, de acord

zado o “grit

soltas do

s antes da ex

ode-se nota

tro na pista

o coeficien

o e pelas inte

a Alemanha

rt. Tornou-s

m pelo modo

comprimen

tura de 15m

nforme se o

tico, para is

fáltica SMA

nte o períod

o de pavimen

TENMAIER,

e

nte

– 6,7%

– 4,3%

– 4,2%

4,2%

u o SMA

mento prim

o com a nor

t”, porém, p

“grit” so

xecução do

ar umidade

a. O groovi

nte de atrito

empéries (F

com o uso

se famoso n

o atípico de

nto pode 60

m de largura

observa na

sto se utiliz

A, incluindo

o um 7,5 ho

ntação do aer

, sem ano)

F

(T

VIATO

VIATO

VIATO

VIATO

na pista d

mário de 50

rma ZTV A

para evitar

olto com ja

SMA com

em alguns

ing não foi

inicial até o

FRAGA, 200

de SMA é

não somente

reconstruçã

m de largur

a, executand

TAB. 3.9.

ando de cam

o a demoliç

oras

roporto de Fr

Fibras

ipo / %)

OP 66 – 0,5%

OP 66 – 0,5%

OP 66 – 0,5%

OP 66 – 0,5%

da Base A

0mm foi fr

Asphalt StB

danos as ae

ateamento

m chuvas exc

pontos da p

utilizado n

o desgaste

07).

é o de Frank

e pela utiliz

ão da pista a

ra foi execu

do-se 4 cam

Além de u

madas bem

ão do trech

rankfurt/Mai

Es

%

%

%

%

Aérea de

resado e

B 01 com

eronaves

de água

cessivas,

pista e a

na pista,

do filme

kfurt, na

zação do

antiga de

utada em

madas de

utilizar o

abertas,

ho antigo

in

pessura

(cm)

4

12

24

24

Page 115: para pavimento aeroportuário

Seg

Área do

1999, s

norma i

Um

durante

relatado

superfíc

comum

O d

pressuri

partícul

película

indicand

vistoria

refletida

se que a

foram o

continua

deterior

pareceu

R3.8.6.

O R

gundo FRA

os Estados U

eguindo ba

italiana, por

Porcen

Foi uti

VAM

menor

Não se

ma vistoria r

o 7 (sete)

o é bom, me

cie demora m

.

desemborra

izada, não m

as soltas. O

a de ligant

do que a mi

não resulto

ão foram ob

a do final d

a havia umi

observadas

ava a migr

ração nessas

u ser um gra

REINO UN

Reino Unido

GA (2007),

Unidos (USA

asicamente

rém com alg

ntagem de m

ilizada uma

aparenteme

r que o espe

e utilizou fib

realizada em

) primeiros

esmo o pav

mais para se

achamento é

mostrando s

O que pode

e. Na pista

istura SMA

ou problema

bservadas tr

da placa de c

idade migra

(em 2006

rar para a

s áreas man

ande problem

NIDO

o já possui a

, a Base Aé

AF) a ser u

a norma U

guma exceç

material pas

compactaç

ente menor

cificado (5,

bras.

m 2006 con

anos, som

vimento não

ecar após um

é executado

sinais de de

e ser devido

a foi obser

está varian

as de desem

rincas e fis

concreto no

ando até a s

6) perto do

superfície d

nchadas, ass

ma.

algumas pis

114

érea de Avia

utilizado o S

UFGS 6S-32

ões por exe

sante na pe

ção de 75 go

que o espe

,4%);

nstatou que

mente desem

o contendo r

ma chuva, c

o na pista 2

esagregação

o ao uso d

rvada difer

ndo durante

mpenho.

ssuras longi

o final da pi

superfície d

o acostamen

durante per

sim que est

stas de aero

ano na Itáli

SMA, que r

2 12 17 par

emplo:

neira nº 8 fo

olpes ao inv

ecificado, re

e não foi re

mborracham

ranhuras (g

comparando

2 vezes ao

o desta form

do polímero

rença entre

a construçã

itudinais, so

ista. Durant

do pavimen

nto, indica

ríodos mais

te fluxo de

oportos pavi

a foi a prim

recebeu a ca

ra produzir

ora da faixa

és de 50 go

esultando n

ealizada nen

mento. O co

grooving). F

o-se com um

ano, com j

ma não apre

o SBS e a m

e as faixas

ão. Esse pro

omente um

te inspeção

nto. Alguma

ndo que u

s quentes d

água atravé

imentados c

meira pista d

amada de 50

r um SMA

a especificad

olpes;

num teor de

nhuma man

oeficiente d

Foi observad

m concreto

jateamento

esentando da

maior espe

de pavim

oblema até a

ma trinca tra

de 2000, ob

as manchas

um pouco

do ano. Nã

és da superf

com SMA,

da Força

0mm em

0/15 da

da;

e projeto

nutenção

de atrito

do que a

asfáltico

de água

anos por

ssura da

mentação,

a data da

ansversal

bservou-

de água

de água

o houve

fície não

porém é

Page 116: para pavimento aeroportuário

comum

juntas d

No

concreto

boa tex

rentabil

O A

2001. A

flexibili

Utilizou

O A

de pous

é usada

tratamen

espera-s

operacio

O A

40.000,0

de mistu

M3.8.7.

SM

Jalisco.

sobre a

pavimen

Am

uso de f

utilizado

todos o

nestes

utilizar o S

de pistas em

Reino Uni

o asfáltico

xtura e du

idade.

Aeroporto d

A pavimen

idade na p

u-se uma ca

Aeroporto d

so, que poss

a atualment

nto comple

se que aum

onais associ

Aeroporto

00 m² de SM

ura, e outro

MÉXICO

MA foi utiliz

A pavimen

a pista ant

ntação com

mbos aeropo

fibras, em f

o polímero

s requisitos

aeroportos

SMA para fa

m pequenas

ido, segund

tradicional

urabilidade

de Norwich

ntação teve

pavimentaçã

amada de 30

de Prestiwic

sui 1830m

te para est

eto, aceitará

mentar aind

iados a pavi

de St Ange

MA em 199

s fatores.

zado no Mé

ntação da pi

tiga de pla

SMA ocorr

ortos de Gu

forma de pe

SBS. Os ag

s para uma

é a quant

azer remend

áreas da pis

o CAMPBE

são similar

tornem o

teve a sua

como objet

ão e apres

0 mm de esp

ck recebeu

de comprim

acionar C5

á MD11 aer

da mais ao

imentação n

eo em Enn

99. Porém n

xico nos ae

sta de Mexi

acas de co

reu na em u

adalajara e

eletes comp

gregados ut

boa mistur

tidade de p

115

dos nas cam

sta.

ELL (1999)

res, embora

SMA em

pista subsi

tivo de pro

sentar poten

pessura.

o SMA 0/1

mento com

5 Galaxy m

ronave. Me

o longo do

no aeródrom

niskillen na

não há dado

eroportos de

icali ocorre

oncreto Por

uma das pis

Mexicali u

postos de fib

tilizados no

ra SMA. O

pó passant

madas de CP

), os custos

a que os be

m longo pr

diária pavi

over benefíc

ncial resist

14 mm de g

um adicion

militar aeron

dições de a

o tempo. N

mo.

Irlanda do

os como ind

e Mexicali,

u em 2004

rtland. No

stas em 200

utilizaram p

bra e ligante

o México sã

O que chama

e na penei

PA, utilizaçã

s para o SM

enefícios do

razo uma

imentada co

cios de supe

tência a tr

graduação n

nal de 150m

naves e qu

atrito na pis

Não há rela

o Norte foi

dicadores d

Baja Califo

e 2005 e o

Aeroporto

5.

olímero mo

e asfáltico. E

ão de boa q

a atenção n

iro n° 200

ão e reinteg

MA compara

o uso do SM

solução de

om SMA no

erfície com

rincas de r

na sua segun

m de stoway

uando no m

sta atual são

atos de pr

i pavimenta

de desempen

ornia, Guad

SMA foi ex

o de Gua

odificado C

Em Guadal

qualidade at

na mistura u

0, que em

gração de

ado com

MA com

e maior

o ano de

mo atrito,

reflexão.

nda pista

. A pista

modo de

o boas e

roblemas

ado com

nho, tipo

alajara e

xecutado

alajara a

AP-20 e

lajara foi

tendendo

utilizada

geral é

Page 117: para pavimento aeroportuário

normati

foram u

tendo co

O p

2,5 cm

camada

sem ma

Sendo q

percenta

E3.8.8.

Con

pistas d

Indianap

largura

material

12,5mm

Indiana

FAA, u

tipicame

SMA d

No

e 12,5 %

Utilizar

resultan

Apó

juntas, m

As man

Em

elevaçõ

izada de 8 a

utilizados 7

omo projeto

pavimento d

de profundi

a amoleceu

aiores proble

que pode ac

agem de fíle

ESTADOS

nforme rela

de pouso e

polis em 2

por 550 m

l antigo e co

m TMAS co

(Indiana

utilizou-se

ente utiliza

deve estar de

trecho fui u

% e 2 tipos

ram-se fibra

ndo numa m

ós a constr

mas não ao

nchas foram

m inspeção

es e manch

a 12 por cen

75 golpes d

o 4 por cent

do Aeroport

idade, próxi

quando sa

emas. Estas

contecido: b

er passante

UNIDOS

ata PROWE

e decolagem

2005, uma f

m de compri

olocar cerca

om 4,5 cm.

Section 410

o SMA 12

ada SMA 9,

e acordo co

utilizado um

s de calcári

as de celul

mistura de te

rução foram

o longo de t

atribuídas a

realizada p

has, porém

nto e no cas

do compact

to de volum

to de Guada

imo ao loca

aturada de u

s áreas satur

baixo VAM

na peneira n

ELL et al. (

m pavimen

faixa na pis

imento foi

a de 7 cm d

. Para o SM

0), porém,

2,5mm, poi

,5mm. A n

m a AASH

m ligante as

io para com

ose no teor

eor de asfalt

m constatada

toda a pista

a materiais

por um p

muitas me

116

so foi utiliz

tador Marsh

me de vazios

alajara apres

al ontem a a

umidade. O

radas pela u

, alta energ

n°200.

(2009), até

ntados com

sta de taxia

pavimentad

de uma mist

MA foi util

pela espess

is a Indian

norma IND

HTO PP 41 e

sfáltico PG

mpor os fino

r de 0,3%.

to de 5,6% e

as algumas

a, algumas a

deletérios q

projetista e

enos relatad

zado a faixa

hall para a

.

sentou desa

aeronave na

s locais for

umidade ind

ia de comp

é aquela dat

m SMA. No

amento “H”

da com SM

tura Superpa

lizado a no

sura utiliza

na DOT (D

OT Section

e AASHTO

76-22, escó

os, formand

O VAM

e 4% de vaz

manchas b

acompanhad

que reagiram

em 2006, f

das após a

a de 3 a 6 p

compactaç

agregação de

a decolagem

ram corrigid

dicam baixa

actação em

ta não havia

o Aeroport

” de aproxim

MA. Que co

ave 19mm T

orma de est

da na pista

Department

n 410 espec

MP8.

ória de aciar

do uma mis

da mistura

zios.

brancas e m

das de pont

m com a águ

foram notad

construção

por cento. T

ção em lab

de aproxima

m sai do sol

dos com re

a densidade

m laboratório

am aeropor

to Internaci

madamente

onsistiu em

TMAS e um

tradas do es

a, recomend

of Transpo

cifica que a

ria com abr

stura de Gs

ficou com

marrons pró

tos que leva

ua do pavim

das ainda

o. Ensaios d

Também

oratório,

damente

o, pois a

emendos,

e in loco.

o e baixa

rtos com

ional de

30m de

fresar a

ma SMA

stado da

dação da

ortation)

a mistura

rasão LA

b=3,223.

m 18,2%,

óximo as

antaram.

mento.

algumas

de atrito

Page 118: para pavimento aeroportuário

realizad

do aerop

cobrime

Em

pistas a

Spangda

C3.8.9.

A C

pavimen

informa

de Pequ

foram p

benefíci

derrame

manuten

O A

Origina

espessu

silica no

de 50cm

época c

CA con

O d

1cm de

fechada

Um spr

remover

gelo.

GA

dos na pista

porto. Outr

ento do pav

mbora não se

aeroviárias p

ahlem AB (

CHINA

China é o p

ntos antigos

ações da Civ

uim (Beijing

pavimentad

ios relatado

es de óleo

nção, reduç

Aeroporto

almente a p

ura nas bord

o concreto

m de largura

consistiu de

nvencional e

desempenho

e profundid

a em 2004 p

ray de água

r o acúmul

AGNON (2

de taxi “H

ro detalhe v

imento.

e tenha enc

pavimentad

(Alemanha)

aís que mai

s são recap

vil Aviation

g) foi pavim

os com SM

os para o u

o e combu

ão das trinc

Internacion

pista foi con

das e 35 cm

em 1996, f

a sobre toda

uma base

e uma capa d

o da pista é

ade no fina

para aplicaç

a de alta pre

o de borrac

2008) rela

H”, mostrara

verificado é

contrado pis

das com SM

).

is possui ae

eados, o SM

n Administra

mentado com

MA num to

uso do SM

ustível, resi

cas por refle

nal de Beij

nstruída em

no meio da

foi realizado

as as juntas

de 8cm de

de 6cm de S

é considerad

al da pista

ção de mate

essão (sem

cha. Glicol

ata que os

117

am que o tre

que foi nec

stas com SM

MA. Segund

eroportos co

MA é a mis

ation of Ch

m SMA em

otal de 11

MA na Chin

istência à

exão, e men

jing foi o

m Concreto

a pista. Dev

o reparo, co

e fissuras e

CA conven

SMA-16.

do bom, ex

onde os a

erial selante

produtos q

é usado du

s menores

echo possui

cessária um

MA nos Es

do FRAGA

om pistas pa

stura norma

hina (CAAC

m 1999. Des

dos 22 aer

na são: resi

derrapagem

nor custo do

primeiro a

Portland,

vido proble

olocando-se

e sobrepond

ncional, 7 c

xiste deform

aviões esper

"Sealmaste

químicos) é

urante o inv

defeitos n

i o melhor c

ma pintura ad

stados Unid

(2007), em

avimentada

almente util

C). O Aero

sde então, m

roportos chi

stência a d

m, maior d

ciclo de vid

a utilizar S

em 1954, e

emas com a

e manta de

do o concret

m de cama

mação perm

ram para d

er" para res

usado a ca

verno para

na pista ob

coeficiente

dicional pra

dos, a USAF

m Aviano (

as com SMA

lizada com

oporto Inter

mais dez ae

ineses. Alg

danos causa

durabilidade

da.

MA em su

e possuía 4

reatividade

material nã

to asfáltico

ada de ligaç

manente de

decolar. A p

staurar a cor

ada dois me

remoção de

bservados f

de atrito

a melhor

F possui

(Itália) e

A. Como

base em

rnacional

eroportos

guns dos

ados por

e, baixa

ua PPD.

40cm de

e alcalis-

ão tecido

. Que na

ção com

cerca de

pista foi

r escura.

eses para

e neve e

foram a

Page 119: para pavimento aeroportuário

118

deformação permanente, trincas na superfície e remendos de serviços elétricos e os problemas

mais sérios foram nas interseções da pista com a pista de taxiamento.

A pista oeste que fora construída em 1980 foi recapeada em 2000 com SMA. Foi

utilizado nos 200m finais da pista o asfalto natural do Lago de Trinidad com polímero SBS.

Ocorreram alguns problemas com controle de qualidade da mistura durante a construção, que

resultou em manchas provenientes do alto teor de pó acrescido na usina e também da areia

que estava sendo utilizada. Reparos foram feitos duas a três vezes no final da pista, mas a

pista não pode ser paralisada por tempo suficiente para fazer reparos com a profundidade

necessária. Como resultado, reparos com fresagem e remendos são usados em uma base

periódica para manter superfície em condições de operação. Os detalhes de projeto são os

seguintes:

CAP 100/120 modificado com 3% de Polietileno de baixa densidade (LDPE) e

3% do polímero SBS, produzindo assim um PG 70-22;

Agregado graúdo de basalto e agregados finos de calcário e areia natural;

Fíler de pó calcário;

Aditivos Estabilizantes: Fibras tipo Viatop 66 em péletes, fornecido em sacos

plásticos de 4,5kg e inseridos diretamente na tremonha de pesagem da usina

durante a produção de cada batelada. O tempo de mistura do agregado seco foi

aumentado de 5 a 15s e no ciclo molhado foi acrescido 5s para assegura uma

completa mistura.

Granulometria, conforme TAB. 3.10:

TAB. 3.10 – Granulometria do SMA utilizado no Aeroporto Internacional de Beijing.

Tamanho da peneira, mm (in) % Passando

19(3/4) 100 16(5/8) 95-100

13,2(0,525) 72-92 9,5(3/8) 54-72

4,75(N°4) 25-40 2,36(N°8) 17-31

1,18(N°16) 14-26 0,6(N°30) 10-22 0,3(N°50) 8-17

0,15(N°100) 7-15 0,075(N°200) 7-11

Page 120: para pavimento aeroportuário

Par

mistura

a 180 °C

evitar d

A p

concreto

estrutur

convenc

executa

as junta

material

similare

tem um

For

se que a

de reca

heaving

há defor

Á3.8.10.

No

misturas

ra pavimen

foi entregu

C. Parte da

esagregação

pista do Ae

o, isto em

ral total hoj

cional, 7cm

ados no ano

as e trincas d

l não-tecido

es ao do Ae

inverno rig

Asfalto

ligante

Uso de

ram relatada

as trincas e

apeamento

g). GAGNO

rmação perm

ÁFRICA D

Aeroporto

s asfálticas

CA 0/1

SMA 0

de 5,7

densida

CPA 0/

ntação do a

ue na pista u

mistura foi

o. Não houv

eroporto Int

1979 e com

e da pista

m de SMA-

de 2002. P

das placas d

o, para reta

eroporto de

goroso de at

o de penetr

PG 64-32;

e 0,5% de fib

as várias de

ram térmica

e principal

ON(2008) re

manente e q

DO SUL

de Johanes

diferentes (

19mm – Con

0/9mm – Co

7%, estabili

ade aparente

/13mm – Ca

aeroporto f

uma temper

selecionad

ve citações

ternacional

m 2200m de

é de 31-34

-20 e 5cm

rimeiramen

de concreto,

ardar as tri

Beijing, po

té -40°C, e p

ração 130m

bra.

e trincas apó

as causados

lmente pelo

esume que

que as trinca

burgo, em 1

(JOUBERT

ncreto asfál

om os segui

idade de 6

e de 92%;

amada Poro

119

foram utiliz

ratura mínim

da e polvilha

do uso de g

de Harbin

e comprime

4cm de pavi

de SMA-1

nte antes da

, utilizando-

incas de re

orém a granu

para isso fo

mm com ad

ós a constru

s pelo movi

o congelam

os principa

as são de or

1999 foram

T et al., 2004

ltico denso c

intes parâm

6,7kN, com

osa de Atrito

zadas 4 pa

ma de 160 °

ada ao long

gritting.

também fo

ento e com

imento de c

3. Os recap

execução d

-se groutin

eflexão. Os

ulometria u

ram tomada

dição de p

ução e após

imento das

mento do s

ais defeitos

rigem térmi

m executadas

4), sendo ela

convencion

metros: CAP

m 17% pas

o.

avimentador

°C, com rec

go das juntas

i construído

m 45m de la

concreto, 6

peamentos

do recapeam

g e foram c

materiais

utilizada foi

as as seguin

olímero SB

o segundo

placas de c

solo abaixo

são as trinc

ca e não rel

s 3 diferente

as:

nal;

40/50 - te

ssante na p

ras escalon

comendação

s longitudin

o em pavim

argura. A e

6cm de base

com asfalt

mento foram

colocadas m

empregado

SMA-13. A

ntes medida

BS produzi

inverno. C

concreto e o

o das placa

cas transvers

lacionados a

es faixas tes

eor de 7,1%

peneira 2,3

nadas. A

o de 170

nais para

mento de

spessura

e de CA

to foram

m seladas

mantas de

os foram

A cidade

s:

indo um

Concluiu-

o asfalto

as (frost

sais, não

a carga.

stes com

, vazios

36mm e

Page 121: para pavimento aeroportuário

Tod

dinâmic

superfíc

atenção

borrach

Em

caracter

caracter

convenc

A3.8.11.

Em

pavimen

trecho é

do aeród

quatro a

remover

pedras f

solução

evitado

Em

TMNA,

chamad

das as faixa

cas. O objet

cie e testes

as caracter

ha. Quando a

GN (Gr

Macrot

m resumo do

rísticas que

rísticas, por

cional demo

AUSTRÁL

m 1998, 160

ntado com

é relatado c

dromo. Ele

a seis seman

r pedras sol

foram apare

foi molhar

utilizando-

m 2005, todo

, a graduaçã

do multigrad

as teste for

tivo da seçõ

s de superf

rísticas de

ao SMA os

rip number)

textura: inic

o teste exec

e as outras

rém sua du

onstrou pob

LIA

00 m² do p

SMA, onde

omo muito

exigiu pou

nas após a p

ltas, muitas

entemente a

r a superfíc

se usando u

o o pátio c

ão especific

de 1000/320

ram executa

ões testes é

fície, assum

atrito das s

resultados

) : inicialme

cialmente 1,

cutado, pode

misturas.

urabilidade

res caracter

pátio domé

e foram util

bom e mel

ca ou nenhu

pavimentaçã

vezes depo

arrancadas

cie que min

um ligante m

com 32.000

cada para o

0, encontrad

120

adas na áre

a compara

mindo supe

superfícies,

são os segu

ente 0,64 e

,33mm e ap

e-se afirmar

Quando ao

é menor

rísticas de a

éstico do A

lizados cerc

lhor do que

uma manute

ão do pátio

ois de cada m

da superfíc

nimizar o p

mais rígido.

0 m² foi pav

pátio segue

do na Austrá

ea de pouso

ção das mis

erfície sem

macrotextu

uintes:

após 5 mese

pós 5 meses

r que a cam

o atrito, a

que as ou

atrito, neces

Aeroporto d

ca de 200 t

CA conven

enção até 2

era necessá

movimento

cie pelos pn

problema. E

vimentado

e na TAB.

ália e foi uti

o, uma zon

sturas quan

grooving.

ura e quant

es: 0,71;

: 0,9 mm.

mada de SM

camada de

tras. Quant

sitando do g

de Internaci

de SMA. O

ncional usad

007. No ent

ário varrer c

de manobra

neus quente

Este problem

com 50mm

3.11. Foi u

ilizado 0,3 a

na com alta

ndo a integr

Foi dada

to a acumul

MA possui m

e CPA tem

to a seção

grooving.

ional de Ca

O desempen

do em outra

tanto, nas p

com frequên

a das aeron

es dos aviõ

ma poderia

m de SMA

utilizado um

a 0,4% de f

as cargas

idade da

especial

lação de

melhores

m ótimas

de CA

airns foi

nho deste

as partes

primeiras

ncia para

aves. As

es. Uma

ter sido

12,5mm

m ligante

fibras.

Page 122: para pavimento aeroportuário

TAB. 3

No

1999. F

fibras, q

uma sup

a proble

tempera

danos p

em 2004

S3.8.12.

CA

que for

resultad

aeródro

E d

desemp

3.11 – Granu

Aeroporto

Foi utilizado

que poderia

perfície abe

emas opera

atura de com

por objetos

4.

SUÉCIA

AMPELL (1

ram utilizad

dos com su

mos militar

Sensibi

Baixa r

Alguns

Baixa r

devido a est

enho ao nor

ulometria do

Tam

Internacion

o um SMA

a causar um

erta em cert

acionais de

mpactação.

(FOD), foi

999) não re

das, problem

ua utilizaçã

res são relat

ilidade a de

resistência a

s problemas

resistência n

tes problem

rte do Circu

SMA utiliza

anho da pen

19(3/13,2(0,

9,5(3/6,70(N4,75(N2,36(N

1,18(N0,6(N°0,3(N°

0,15(N°0,075(N

nal de Sidne

19 TMNA

m impacto na

ta porção do

transporte

Em 2003, o

realizado u

elata os loca

mas execut

ão de SMA

tados os seg

rramamento

a derrapagem

s de segrega

nos locais d

mas a Suécia

ulo Ártico.

121

ada no pátio

neira, mm (i

/4) 525) /8)

N°3) N°4) N°8)

N°16) °30) °50) °100)

N°200)

ey foi execu

A, onde a pr

a produção.

o trecho, on

do materia

o trecho ap

um tratamen

ais do lança

tivos, porém

A em aerop

guintes prob

o de combu

m devido a

ação e;

de manobras

a não utiliza

do Aeroport

in) % Pass

1010

47-532-426-319-214-212-10-

8,5-17,5-9

utado um tre

reocupação

O resultado

nde se acred

al, que resu

presentou de

nto na super

amento do S

m informa

portos, e s

blemas:

ustível e aos

fina camad

s e curvas;

a o SMA, p

to de Cairns (

sando

0 0 59 42 34 25 20 18 14 11,5 9,5

echo experim

principal fo

o deste trech

dita que o p

ultou numa

esagregação

rfície para c

SMA neste p

que a Suéc

egundo a a

produtos d

da de ligante

porém é rela

(CAMPELL

imental de S

foi a introdu

cho experim

problema te

a massa co

o gerando p

corrigir o p

país, especi

cia não rela

administrad

do degelo;

e nos agrega

ado que hou

L, 1999)

SMA em

ução das

mental foi

nha sido

m baixa

perigo de

problema

ificações

ata bons

dora dos

ados;

uve bom

Page 123: para pavimento aeroportuário

E3.8.13.

RE

de pous

ESPANHA

TTENMAI

so e decolag

Aeropo

Aeropo

Aeropo

Aeropo

Aeropo

Aeropo

A

ER (2007),

gem, porém

orto de Córd

orto Madrid

orto El Hier

orto de La G

orto Tenerif

orto Melilla

, cita 6 aero

não constam

doba;

d-Barajas (A

rro (Ilhas Ca

Gomera;

fe Sur-Princ

.

122

oportos esp

m dados do

Ago/2000);

anárias – De

cesa Sofía;

anhóis que

os mesmos,

ez/1998);

utilizam SM

sendo eles:

MA em sua

as pistas

Page 124: para pavimento aeroportuário

123

4 ESTUDO DE CASO – NOVO AEROPORTO DA GRANDE NATAL

Para realização deste estudo utilizaram-se dados e materiais provenientes do Aeroporto

da Grande Natal, situado em São Gonçalo do Amarante, localizado no Estado do Rio Grande

do Norte, que teve sua pista de pouso e decolagem executada pelo 1° Batalhão de Engenharia

de Construção, organização militar do Departamento de Engenharia de Construção do

Exército Brasileiro.

Utilizaram-se dados do projeto do pavimento do aeroporto, de maio de 2007, dados

provenientes do controle tecnológico durante a execução da pista pelo 1° Batalhão de

Engenharia de Construção, resultados de ensaios de atrito realizados na pista de pouso e

decolagem, foram utilizados os solos do subleito e sub-base e brita graduada da base para

realizar ensaios mecânicos e foram utilizados os agregados pétreos para estudo de traço de

SMA.

O aeroporto localiza-se em São Gonçalo do Amarante – RN, nas coordenadas 05° 47' 34"

S 35° 19' 44" O, apresenta clima de tropical úmido, com temperatura média em torno de 28

°C, com temperaturas máximas médias de 30,5ºC.

4.1. PROJETO ORIGINAL EXECUTADO

O projeto executado na pista do aeroporto de Natal é datado de maio de 2007, e foi

realizado baseando-se nos conceitos e orientações previstas pela Circular Consultiva

AC150/5320-6D, da Federal Aviation Administration (FAA) dos Estados Unidos da América,

que, de maneira geral, são baseadas na aeronave de projeto que será aquela que, em um pré-

dimensionamento para o tráfego previsto, venha a exigir maior espessura de pavimento.

No projeto de pavimentos de aeroportos pelo método utilizado neste caso deve-se levar

em conta o tipo do pavimento a ser utilizado. Neste caso será comentado e descrito somente

aquilo relativo ao projeto correspondente para pavimentos flexíveis objetivo específico deste

trabalho.

Page 125: para pavimento aeroportuário

P4.1.1.

O t

para 20

Aeropor

compart

conside

internac

potencia

gradativ

Neste c

B777-30

aeronav

definir a

T

A

A

B

B

B

B

B

B

B

B

D

M

B

PROJEÇÃO

tráfego de p

anos, com

rto Interna

tilhado com

ração a exp

cionais, prin

al de prod

vamente est

enário, o pr

00 e o Airb

ves previstas

a geometria

TAB. 4.1 - T

Aeronave

A310

A320

ATR 43

737-200

737-300

737-400

737-700

747-400

757-200

767-200

767-300

DC 10-30

MD-11

777-300

A380

O DO TRÁF

projeto do a

m base em d

acional Aug

m Base d

pectativa do

ncipalmente

dução da R

ta tornando

rojetista inc

us A380, qu

s. O Airbus

a da infraest

Tráfego Anua

Regular d

Doméstico

1762

243

2615

2357

2907

691

688

623

574

FEGO

aeroporto da

dados do an

gusto Seve

da Força A

o increment

e Europa, e

Região No

o-se crescen

cluiu um trá

ue apresenta

s A380 é a a

trutura a ser

al Médio Prev

de Passageiros

Internacion

84

54

42

34

11

9

Total

124

a Grande N

no de 2005,

ero que ser

Aérea Bras

to da deman

e ainda foi

rdeste de

nte a dema

áfego simb

am o trem d

aeronave pr

r implantada

visto para o

Número

s Vô

nal Doméstic

537

937

659

647

589

370

l

Natal consta

fornecidos

rve atualm

sileira. Ne

nda de voo

levado em

frutas trop

anda por v

ólico de du

de pouso ma

revista no p

a.

Horizonte de

o de Decolage

ôos Charter

co Internacio

80

284

412

40

116

412

72

5

5

na TAB.

pela INFR

ente a cid

sta projeçã

s charters e

m conta o fa

picais par

oos cargue

uas novas ae

ais complex

plano direto

e Vinte Anos

ens

Regular Carga

onal

511

11

162

32

4.1, e foi p

RAERO, que

dade de Na

ão foi lev

e ligações r

ato do sign

ra exportaç

eiros interna

eronaves, o

xo do que as

or do aeropo

s (2005-2025

de a

Tota

701

303

243

511

368

300

357

852

688

370

119

32

657

14

5

1857

projetado

e são do

atal e é

vada em

regulares

nificativo

ção, que

acionais.

o Boeing

s demais

orto para

5)

al

1

37

3

1

86

04

78

2

8

0

97

2

7

4

75

Page 126: para pavimento aeroportuário

O p

INFRAE

decolag

realizad

Decolag

haverá n

no caso

D4.1.2.

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aeronav

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O p

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Consult

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aeronav

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Aerona

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ÃO DA AER

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50/5320-6D

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o na pavime

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dos Estado

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rt Planning

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a os pavime

e para qualq

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a aeronave

ento flexíve

eto: Boeing

125

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o da pista.

DE PROJET

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m um pré-d

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A380 e B777

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entos flexív

quer númer

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AA-AC 150/

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B747-400

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B747-400;

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o do pavim

u Peso Máx

do aeropo

a futura con

AC 150/532

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Circular

ante nos

idos pela

planilha

tribuídos

CBR do

missível,

spessura

nsiderada

o seguem

Page 127: para pavimento aeroportuário

126

Tipo do trem de pouso: Quatro Duplos Tandem

Peso máximo de decolagem: 397,80 toneladas.

As considerações dos projetistas com relação ao pré-dimensionamento devido ao uso de

novas aeronaves na metodologia utilizada seguem abaixo, problemas esses que foram

corrigidos na atualização da metodologia da FAA:

A espessura do pavimento flexível para o A380 foi calculada para 1.200

decolagens anuais, em vista de não ser possível calculá-lo para tráfegos menores e

não constar, ainda, dos programas da FAA.

O A380 apresenta gráficos diferenciados para o trem de pouso Duplo-Tandem e

Triplo-Tandem.

Os programas da FAA apresentam entradas diferentes para os trens de pouso

Duplo-Tandem e Rodas Duplas. Os valores lançados são os mais exigentes.

A Aeronave A320 não possui entrada específica nos programas da FAA, portanto,

não leva em consideração o maior afastamento existente entre os pneus em

relação às aeronaves de Rodas Duplas usuais, resultando espessuras elevadas para

os pavimentos, quando adotados os gráficos genéricos.

Seguindo-se a metodologia preconizada pela Circular Consultiva AC 150/5320-6D, os

trens de pouso das aeronaves componentes do mix de tráfego foram convertidos ao padrão do

trem de pouso da aeronave de projeto. Em seguida são convertidos os números de decolagem

para cada tipo de aeronave do mix de tráfego em decolagens equivalentes da aeronave de

projeto, seguindo-se a metodologia que majora para aeronaves wide-body para 300.000libras,

conduzindo a um número relativamente mais elevado de decolagens convertidas na aeronave

de projeto. Assim sendo, segue na TAB. 4.2 o cálculo do número de decolagens da aeronave

de projeto.

Para a continuação do dimensionamento do pavimento de projeto é imprescindível o

conhecimento pela metodologia aplicada o CBR do subleito, que foi encontrado CBR de

47%, que representa um solo de boa qualidade, porém para dimensionamento utilizou-se CBR

de 20%, para definir a espessura máxima do pavimento.

Page 128: para pavimento aeroportuário

Aeronav

A310-30

A320-20

ATR43

B737-20

B737-30

B737-40

B737-70

B747-40

B757-20

B767-20

B767-30

DC-10-3

MD-11

B777-30

A380

A380

D4.1.3.

O

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tem com

projeto,

flexível

decolag

pavimen

TAB. 4.2 -

ve

Tipo do

Trem de

Pouso

F

T

00 DTW

00 DW

3 DW

00 DW

00 DW

00 DW

00 DW

00 DDTW

00 DTW

00 DTW

00 DTW

30 DDTW

1 DDTW

00 TDTW

TDTW

DTW

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Númer

DIMENSIO

procedimen

rada conser

mo dados de

e o número

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gem 12R – 3

nto flexível

- Cálculo do

Fator de

Trem de

Pouso

Decol

Anu

1 70

0.6 30

0.6 24

0.6 51

0.6 36

0.6 30

0.6 35

1 85

1 68

1 37

1 11

1 32

1 65

1 14

1 5

1 5

185

ro de decolag

ONAMENT

nto básico

rvativa nos

e entrada o

o de decola

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30L, pistas

.

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agens

uais

Decolage

Corrigid

01 701

37 1822

43 146

11 307

86 2212

04 1802

78 2147

52 852

88 688

70 370

97 1197

2 32

57 657

4 14

5 5

5 5

575 12652

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TO DO PAV

utilizado

seus result

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agens anuais

ou de acord

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127

Decolagens

ens

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Máximo

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346120

171737

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128598

139991

150463

155049

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255952

317019

400653

557992

605500

661993

744048

497134

2

ave de projeto

VIMENTO F

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tados. Basic

ubleito, o pe

s desta aero

do com a F

átio de estac

da Aeronave

Peso Máximo

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(libras)

300000

171737

41005

128598

139991

150463

155049

300000

255952

300000

300000

300000

300000

300000

300000

300000

FLEXIVEL

etistas foi

camente a m

eso máximo

onave. A seç

FIG. 4.1, ut

cionamento

e de Projeto (

o Peso

Máximo

por Roda

P

D

35550

40272

9739

29899

32128

35321

35584

35025

29211

34613

35213

35625

35400

35213

35663

35663

Número

12809

L

a norma

metodologia

o de decolag

ção típica b

tilizada par

o de aeronav

(B747-400)

Peso Máximo

de

Decolagem

(ton)

D

da

157.00

77.90

18.60

58.33

63.50

68.25

70.33

397.80

116.10

143.80

181.74

253.11

274.66

300.28

337.50

225.50

Aerona

B747-4

AC 150/5

a utiliza ába

gem da aero

básica de pa

ra pista de

ves, onde pr

Decolagens

a Aeronave

Padrão

702

1944

76

282

2107

1800

2152

847

625

366

1194

32

657

14

5

5

ave

400

5320-6D,

acos que

onave de

avimento

pouso e

revisto o

Page 129: para pavimento aeroportuário

128

FIG. 4.1- Seção típica básica para Pavimentos Flexíveis

Alguns comentários foram realizados pelos projetistas dentro delas que a solução básica

da FIG. 4.1 difere da estrutura projetada na espessura da base de brita graduada, ao qual foi

adotado uma espessura ligeiramente superior, de (20 cm) para (24 cm) para que o pavimento

dimensionado responda satisfatoriamente às solicitações do tráfego tendo em vista que o

método apresenta a base mínima para aeronaves com 385.700 kg, enquanto que a aeronave de

projeto apresenta o PMD de 397.800 kg; há previsão da operação de aeronaves mais pesadas,

ainda não incluídas no manual de dimensionamento; há contaminação sempre presente em

bases granulares quando executadas sobre solos finos, que tende a prejudicar o

comportamento no decorrer dos anos; e eventual diferença executiva para menos que poderia

prejudicar a capacidade de suporte total do pavimento.

Os resultados obtidos foram checados pelos programas, LEDFAA 1.3 – Método de

dimensionamento pelo método das camadas elásticas e F806FAA – Programa em Excel da

AC 150/5320-6D – pavimentos flexíveis, ao qual obtiveram resultados aproximados,

mostrando certas deficiências no mix de aeronaves.

Outro comentário pertinente ao projeto é o que o subleito deve ser controlado seguindo a

metodologia da FAA - AC 150/5320-6D, que determina que sejam observados determinados

graus de compactação ao longo da profundidade do subleito. Os projetistas com análises

realizadas com auxilio do programa FLAPS – Finite Layer Analysis Pavement Structures,

chegou a recomendação que os 80 cm superiores do subleito, seja em áreas de corte como em

áreas de aterro, terão uniformidade no grau de compactação, definido nas especificações

como de 100% da densidade obtida nos Ensaios de Compactação com a Energia do Proctor

Modificado e para as camadas inferiores foi removido até a cota - 60cm do topo do subleito e

compactado a 95% da densidade obtida nos Ensaios de Compactação com a Energia do

Proctor Modificado.

Page 130: para pavimento aeroportuário

129

5 CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS E ENSAIOS REALIZADOS

No final de março de 2011, foi realizada visita às obras de pavimentação da infraestrutura

do Aeroporto da Grande Natal, situado em São Gonçalo do Amarante/RN, com intuito de

coletar os materiais utilizados efetivamente em todas as camadas do pavimento, corpos de

prova asfálticos e executar ensaios na pista de pouso e decolagem do aeroporto.

A coleta dos materiais teve por finalidade moldar corpos de prova em laboratório com

características similares as das camadas do pavimento, desta forma não necessitando de

realizar retroanálise na pista, podendo realizar estudos mecanísticos e simular o

comportamento mecânico da estrutura através de softwares específicos.

Os corpos de prova retirados da pista foram fornecidos pela Seção Técnica do 1°

Batalhão de Engenharia de Construção enquanto da execução da pista para ensaios de

densidade aparente e para fluência e estabilidade Marshall, sendo que os fornecidos foram os

corpos de prova reservas.

Os ensaios de mancha de areia e de pêndulo britânico foram realizados para determinar

uma medição de atrito pelo método IFI (International Friction Index), que apesar de não ser o

método utilizado pelos órgãos internacionais aeronáuticos pode-se comparar as informações

de aderência em uma escala idêntica em todos os países, e contribuir para segurança (APS,

2006 apud WAMBOLD et al., 1995).

A partir da realização dos ensaios fundamentais da mecânica dos pavimentos, os chamados

ensaios de cargas repetidas para a obtenção do módulo resiliente e avaliação da deformação

permanente, é possível simular o comportamento tensão versus deformação da estrutura, bem

como acompanhar sua variação ao longo do período de operação da pista de pouso e

decolagem.

Assim, se ganha à possibilidade de um melhor controle de qualidade na execução da obra,

no projeto da estrutura e gera-se um importante banco de dados para a elaboração de projetos

de restauração/manutenção futuros.

Page 131: para pavimento aeroportuário

130

5.1. COLETA DOS MATERIAIS

Durante os trabalhos de campo foram coletados materiais pétreos utilizados nas camadas

de “binder” e na capa da pista de pouso, isto é, utilizados nas camadas asfálticas. Os materiais

pétreos foram coletados conforme normas DNER-PRO 120/97, nos depósitos de agregados

do canteiro de obras, conforme FIG. 5.1.

FIG. 5.1- Depósito de Agregados, separados por paredes de concreto no canteiro de obras do

Aeroporto de São Gonçalo do Amarante/RN

Quanto aos solos eles foram coletados de maneiras distintas, o subleito foi coletado in

loco durante a escarificação de uma das pistas de acesso rápido do aeroporto, durante sua

execução, e o material da sub-base foi coletado diretamente da jazida, conforme observado na

FIG. 5.2.

O ligante asfáltico, CAP 50-70 utilizado na obra foi coletado diretamente da usina

durante execução de trecho do aeroporto, sendo coletado em um latão de 18l.

Page 132: para pavimento aeroportuário

FI

5.2. C

C5.2.1.

A se

compõe

trabalho

granulo

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CARACTE

CARACTE

guir são apr

em as cama

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ERIZAÇÃO

ERÍSTICAS

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s materiais.

TAB.

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Solo da Sub

rial da sub-b

DOS MAT

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às caracterí

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. 5.2 tratam

5.1- Índices

al

bleito

-base

131

ase do Aerop

TERIAIS D

NICAS

ísticas geoté

ase e base,

respectivam

s Físicos dos

LP

13

17

porto de São

A PESQUI

écnicas e ín

camadas e

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Materiais da

LL

18

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Gonçalo do

SA

dices físico

stas que ser

ndices físic

a Obra

IP (%)

5

NP

o Amarante/R

os dos mater

erão ilustrad

cos e da com

)

RN

riais que

das neste

mposição

Page 133: para pavimento aeroportuário

132

TAB. 5.2 - Composição Granulométrica dos Solos

Composição Granulométrica (%) – Escala ABNT

Material Solo Subleito

Solo Sub-base

Brita Base BGS

Argila < 0,002 (mm)

2,7 2,3 0,4

Silte 0,002 – 0,06 (mm)

71,8 39,8 3,5

Areia

Fina 0,06 - 0,2 (mm)

25,5 43,4 5,2

Média 0,2 – 0,6 (mm)

- 14,5 8,9

Grossa 0,6 – 2 (mm)

- - 23,4

Pedregulho 2 – 60 (mm)

- - 58,6

A TAB. 5.3 apresenta as classificações dos materiais dos pavimentos flexíveis do

Aeroporto, sendo que os solos do subleito e sub-base ambos apresentaram classificação

Laterítico Arenoso (LA’), segundo a classificação MCT (Miniatura Compactado Tropical).

Segundo a classificação SUCS (Sistema Unificado de Classificação de Solos) o solo do

subleito apresenta classificação de Areia Siltosa (SM), o solo da sub-base tem classificação de

Areia bem graduada siltosa (SW-ML) e para a Brita Graduada uma classificação de

Pedregulho bem graduado. Na classificação HRB, o subleito ficou enquadrado como um solo

siltoso (A-4), que tem seu comportamento tido como regular a pobre, a sub-base de areia

argilosa (A-2-6) e o material da base de pedra britada (A-1a), de acordo com esta

classificação os materiais tem comportamento excelente a bom. Ambos materiais, do subleito

e sub-base, mostraram-se siltosos, porém com IP baixo ou NP, favorável à utilização em

pavimentos.

A classificação LA’ para o subleito e sub-base constitui um fator favorável, não tendo

sido relatado pelos executores da obra a existência de trincamentos. Este aspecto favorável

pode ser resumido em elevados valores de módulo resiliente, conforme mostrado na

sequencia e baixos valores de deformação permanente.

TAB. 5.3. Classificação MCT, USCS e HRB

Classificação Solo Subleito

Solo Sub-base

Brita BGS Base

MCT LA’ LA’ -

USCS SM SW-ML GW

HRB A-4 A-2-6 A-1a

Page 134: para pavimento aeroportuário

A T

BGS pa

no muni

D

A

C5.2.2.

Os

camada

utilizado

Os

material

Pinto”

Asfáltic

Rede Te

serem e

traduzid

Os

5/8”, bi

nomenc

materiai

encaixe

trabalho

TAB. 5.4 ap

ara a obra é

icípio de M

TAB. 5.4. - R

Dados Físico

Adesividade aCAP 50/70

CARACTE

agregados

as asfálticas

o na propor

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l pétreo e

do Instituto

ca” (BERNU

emática de A

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das para con

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ica ½” (brit

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is pétreos u

granulomé

o. Pode-se v

presenta os

a Pedreira

Macaíba/RN.

Resumo dos

os

ao Mé

Métod

ERIZAÇÃO

pétreos col

do pavime

rção de 20%

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de enchim

o Militar d

UCCI et al.

Asfalto” (P

para carac

nsulta.

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ta corrida p

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Potiguar, lo

.

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Abrasão

Índ

étodo R.L.L

do Riedel-We

DOS AGR

letados no c

ento, na cam

% em peso c

para carac

mento, fora

de Engenha

., 2007), e d

ETROBRA

cterização d

étreos foram

assante na

ra evitar tr

na obra fora

aços do Sto

ranulometri

133

ensaios com

ocalizado a

Brita realizad

o Los Angele

dice de Form

eber

REGADOS

canteiro de

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com o solo d

cterização

am execut

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do “Manua

AS, 2010), q

de materiai

m coletados

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one Mastic A

ia dos mate

m brita. A

27 km do c

dos pela Seç

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Sem dope0,30% 0,50%

Sem dope0,30% 0,50%

PÉTREOS

obras do a

ita graduada

da sub-base

dos agrega

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do as diret

l de Execuç

que além de

is pétreos

s no canteir

sco e brita g

teriais. Des

os com intu

Asphalt, obj

riais na FIG

pedreira qu

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ão Técnica d

SS

S

aeroporto sã

a simples e

.

ados coletad

aboratório “

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ção de Trech

e descrevere

e asfáltico

ro de obras

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uito de poss

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G. 5.3.

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do 1° BECns

25,4

0,69

Má Satisfatória Satisfatória

Má Satisfatória

Boa

ão os utiliza

e o pedrisco

dos na obra

“Professor S

vro “Pavim

hos Monito

em os proc

os, possuem

s: brita 25m

imples, send

a, todos os

sibilitar um

ipal do estu

a brita e

eroporto,

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o que foi

a, isto é,

Salomão

mentação

rados da

cessos a

m normas

mm, brita

do que a

tipos de

m melhor

udo deste

Page 135: para pavimento aeroportuário

Seg

confecc

Abertu penei

(pol.)

3/4''

1/2''

3/8''

4

8

16

30

50

200

De

prévio d

0

10

20

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100

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m

Pass

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cionar as mi

TAB. 5.5 –

ura das iras #

(mm)

19,0

12,5

9,5

4,8

2,4

1,2

0,6

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0,075

posse da gr

da composiç

0,075mm

No.200

FIG. 5.3 –

TAB. 5.5, t

sturas asfál

Granulomet

Retido 12,5 mm

100,0

-

-

-

-

-

-

-

-

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ção granulo

0,30 0,18 0,15

5080100

BRITA 5/8

BRITA 25mm

PEDRISCO

BICA 1/2''

Brita GraduadaSimples

– Granulome

odas as gr

ticas.

tria dos Mate

Retido 9,5 mm

100,0

100,0

-

-

-

-

-

-

-

a dos mater

ométrica do

0,60 0,42

3040

134

etria dos insu

ranulometria

eriais utilizad

% em p

Retido #4

B

100,0

100,0

100,0

-

-

-

-

-

-

riais coletad

SMA, no c

2,2,00 1,18

81016

umos pétreos

as dos mat

dos nos ensai

peso, passand

Bica ½” P

100,0

99,1

94,4

67,9

44,6

32,0

24,6

13,5

8,2

dos em cam

caso foi utili

4,75 ,36

4

s coletados

teriais pétre

ios de mistur

do

Pedrisco

100,0

100,0

99,8

97,1

72,6

54,7

42,8

32,7

12,9

mpo, pode-se

izado a gran

1912,5 9,5

3/41/2''3/8''

eos utilizad

ras asfálticas

Pó mineral

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

e realizar um

nulometria

5037,5 25,0 9,0

21 1/2'' 1''4''

dos para

s

Cal CH-I

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

93,4

m estudo

sugerida

0,8

''

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

Page 136: para pavimento aeroportuário

135

pelo programa da Airfield Asphalt Pavement Technology Program (AAPTP), SMA 12,5mm,

que será apresentado posteriormente. Os materiais utilizados nos pavimentos flexíveis da obra

do aeroporto foram utilizados para se usinar Concretos Asfálticos convencionais, de acordo

com a normas da INFRAERO, utilizando-se a faixa granulométrica número 2 (dois) para a

capa asfáltica e faixa número 7 (sete) para o binder. Os resultados dos ensaios da capa

asfáltica e composição granulométrica utilizados são apresentados nas TAB. 5.6 e TAB. 5.8.

TAB. 5.6 – Composição Granulométrica da Capa Asfáltica e do binder da PPD

Peneira % em massa, passando Peneira (mm)

Peneira ASTM

Faixa 2 Projeto Capa

Asfáltica Faixa 7

Dosagem binder

25 1” 100 100 100 100 19 ¾” 80-98 94 72-96 86

12,5 ½” 68-93 73 61-89 73 4,8 nº 4 45-75 53 38-66 49 2,0 nº 10 32-62 35 25-50 33

0,42 nº 40 16-37 20 12-28 17 0,18 nº 80 10-24 12 7-18 11

0,075 nº 200 3-8 7 3-7 5

TAB. 5.7 – Resultado dos Ensaios Tradicionais da Capa Asfáltica e binder da PPD

ITEM INSUMO Traço Capa Asfáltica

Traço Binder

1 CAP 50/70 4,2 % 3,50% 2 Brita 25mm 14,0% 28,0% 3 Brita 19mm 17,0% - 4 Bica de 1/2” 67,0% 23,0% 5 Areia Artificial - 48,0% 6 Filer (Cimento) 2,00 % 1,00%

TAB. 5.8 – Resultado dos Ensaios Tradicionais da Capa Asfáltica da PPD

ITEM ENSAIO RESULTADOS OBTIDOS

ESPECIFICAÇÕES DA INFRAERO

1 Estabilidade (Kgf) 1.789,00 ≥ 816 2 Índice De Vazios (%) 3,64 3 a 5 3 Fluência (Mm) 3,18 ≤ 4,00 4 Densidade Aparente (g/cm3) 2,403 - 5 Densidade Máxima Teórica (g/cm3) 2,494 - 6 Relação Betume Vazios (%) 73,00 70 a 80 7 Vazios Agregado Mineral (%) 13,46 ≥ 13

Através das diversas composições que podem ser geradas através dos materiais coletados

não se obteve êxito no enquadramento granulométrico para a mistura SMA AAPTP 12,5mm,

pelo fato dos materiais serem enquadrados especificadamente para os traços utilizados na

Page 137: para pavimento aeroportuário

136

obram que são granulometrias densas. Desta forma, houve a necessidade de britagem dos

materiais pétreos, tomando-se os devidos cuidados para não se perder material, como o pó-de-

pedra gerado pela britagem, material este que era necessário para compor os finos da mistura

SMA, que se utiliza em média de 10% de material de enchimento passante na peneira

0,075mm. Conforme ilustrado na FIG. 5.4, Os insumos foram britados no Laboratório do

DNIT/IPR no Rio de Janeiro/RJ, com um britador de mandíbulas que possui regulagem de

abertura, colocando-se assim a menor abertura possível, possibilitando a britagem do material

necessário suficiente para execução da dosagem do SMA.

FIG. 5.4 – Material Britado e Britador de Mandíbulas do DNIT/IPR

Os insumos britados foram separados pelas peneiras padrões da granulometria do SMA

12,5mm, conforme TAB. 5.9. Porém só foram utilizados os materiais entre as peneiras

12,5mm e 2,4mm e o passante na peneira 0,075mm, pois se utilizou as misturas do canteiro,:

pedrisco e bica corrida ½”, para compor os vazios necessários e enquadrando a composição

na faixa granulometria da mistura SMA desejada.

TAB. 5.9 – Padrões de peneiras utilizadas na composição do SMA AAPTP 12,5mm.

Pol./ABNT 1'' 3/4'' 1/2'' 3/8'' 4 8 200

mm 25,0 19,0 12,5 9,5 4,8 2,4 0,075

Seguindo os procedimentos da manual da PETROBRAS (2010) foram realizados os

ensaios apresentados na TAB. 5.10, incluindo as densidades de todos os materiais pétreos,

seguindo metodologia própria para SMA da rede de asfalto da Petrobrás.

TAB. 5.10 – Ensaios realizados nos materiais pétreos

Page 138: para pavimento aeroportuário

EnsaioAbrasãPartícu3:1 5:1

AbsorçDurabide SódEnsaio Uma faDuas fa

EnsaioDurabide SódAngulaDensidGsa Gsb Gssss Absorç

MateriMateriaMateriaMateriaMateriaBica dePedriscPó Min

F5.2.3.

Um

novo Ae

de estab

VIATO

SP, e q

VIATO

66,6% e

Na

separad

5.5, mo

Con

os ão Los Angeleulas Longas e A

ção, % ilidade, (5 ciclio de Faces fratu

ace aces

os ilidade, (5 ciclio

aridade, % dades

ção, %

ial al Retido 12,5al Retido 9,5 mal Retido #4 al Retido #8 e ½’’ co neral

FIBRAS

m dos objeti

eroporto Na

bilizador d

OP 66. Elas

que repres

OP. A fibra

em peso de

TAB. 5.11

da pelas cara

stra o forma

nforme fich

es, % Perda Achatadas, %

los) % Sulfato

uradas, %

los) % Sulfato

5mm mm

ivos específ

atal, com us

e misturas

foram cedid

senta a J.Re

VIATOP 6

fibra (ARB

1 encontra-s

acterísticas

ato dos pell

ha do mater

AgNormaDNER-M

% ASTM D

o DNER-M

ASTM D

ANorma

o DNER-M

ASTM CASTM C

Gsa 2,650 2,640 2,630 2,620 2,700 2,731 2,702

ficos deste e

so de agreg

SMA, sen

das pela em

ettenmaier L

66 é comer

BOCEL ZZ 8

se a ficha té

dos pellets,

ets. Os mes

rial enviado

137

gregado graú

ME 035/98 D 4791

ME 089/94

D 5821

Agregado miú

ME 089/94

C1252-03 C127-07

Densidades

estudo é ex

gados locais

ndo assim,

mpresa Serv

Latinoamer

rcializada e

8-1) e por 3

écnica da fi

, das fibras

smos são co

o pelo distri

údo Especifica30 máx. 20 máx. 5 máx.

2 máx. 15 máx.

100 mín. 50 mín.

údo Especifica15 máx.

45 mín. ASTM C12

Gsb 2,630 2,600 2,600 2,560 2,700 2,700 2,702

xplicitar um

e não foram

foram utiliz

vBrax, local

ricana Ltda

em forma d

33,3% de as

ibra VIATO

e do ligante

omercializad

ibuidor da

ção Res28, 14,

0,50,05

10093,

ção Res5

60,28-07

2,61,51,926,

m traço da m

m estudadas

zadas fibra

lizada na cid

fabricante

de “pellets”

falto.

OP 66, forne

e que recob

dos em saco

fibra, a den

esultado obtid,7

,8

5 008

0,0 ,0

esultado obtid

,3

634 542 956 ,91

mistura SMA

s novas alte

as de celulo

dade de Di

mundial da

” e é comp

ecida pela e

bre as fibras

os ou em ton

nsidade apa

do

do

A para o

ernativas

ose, tipo

adema –

as fibras

osta por

empresa,

. A FIG.

neis.

arente do

Page 139: para pavimento aeroportuário

138

granulado é informada como sendo 0,52±0,05g/cm³. Porém utilizando-se os ensaios de

densidade real da fibra conforme determinação da densidade real (DNER-ME 093/94) com

uso de picnômetro de 50ml e determinação da massa específica real (DNER-ME 085/94),

com uso do frasco Le Chatelier, encontrada foi de 1,3 g/cm³, de forma que esta foi utilizada,

problema este relatado por MOURÃO (2003) e VASCONCELLOS (2004).

TAB. 5.11 – Ficha Técnica da Fibra VIATOP 66. Fonte: ServBrax

Características dos Pellets de VIATOP 66

Cor e formato Cinza em pellets cilíndricos

Conteúdo de fibras ARBOCEL ZZ 8 – 1 65 - 70 %

Comprimento médio do pellet 2 -10 mm Espessura Média do pellet 5 ± 1 mm

Densidade aparente 490 – 550 g/l ou 0,49 – 0,55 g/cm³ Análise granulométrica: mais finas do que 3,55 mm Max. 5%

Toxicidade Não tóxico e fisiologicamente seguro. Características do ARBOCEL® ZZ 8-1

Cor e formato Cinza, fibras finas soltas e longas de celulose

Matéria prima básica Fibra crua de celulose Teor de Celulose 80 ± 5%

Valor de pH (5 g/100 ml) 7,5 ± 1 Comprimento médio das fibras 1100 µm

Espessura média das fibras 45 µm Características do ligante utilizado

Ligante para construção rodoviária de acordo com a norma DIN 1995. Penetração (de acordo com DIN 52010) a 25°C em 1/10mm 70-100

Ponto de amolecimento (anel e bola, de acordo com DIN 52011) em °C

44-49

Segundo BLAZEJOWSKI (2010) poderá acontecer escorrimento inesperado durante os

testes em laboratório, no qual os componentes, incluindo o estabilizador tipo pellet, são

misturados com um pequeno misturador ou manualmente. Isto pode ser causado pela forma

como o estabilizador tipo pellets foi preparado antes de misturá-lo com agregados. Como os

grânulos contem uma pequena quantidade de asfalto ou cera esta camada torna-os menos

sensíveis à umidade e torna a administração mais fácil, pelo fato de não haver perdas de finos

das fibras e ter um volume menor. No entanto, esta camada também exige bastante força de

cisalhamento e uma temperatura alta o suficiente para liberar as fibras durante a mistura.

Nos testes das primeiras misturas SMA moldadas no Laboratório do IME, foi verificado

esse problema, devido à pouco energia exercida manualmente preparando-se as misturas

asfálticas. Para evitar esse problema as fibras utilizadas em laboratório foram aquecidas e

Page 140: para pavimento aeroportuário

139

maceradas, desta maneira as fibras se soltaram, conforme FIG. 5.6. As misturas posteriores

foram realizadas com as fibras soltas previamente, apresentando resultados verdadeiros de

escorrimento.

FIG. 5.5- Aspecto geral dos pellets de fibras VIATOP 66.

FIG. 5.6 – Fibras VIATOP 66 maceradas com aquecimento a 170°C

Devem-se ter cuidados quanto ao uso de estabilizadores desconhecidos, tanto em

laboratório quanto em campo, devendo os mesmos serem testados antes de qualquer ensaio.

Quanto aos estabilizadores, deve-se saber sobre a temperatura adequada de mistura e os

Page 141: para pavimento aeroportuário

detalhes

mistura

M5.2.4.

Com

mineral

além de

significa

LUTIF

utilizada

constam

Bus

Janeiro

em suas

de finos

Desta fo

na pene

se assim

TAB

Penei

No. 1

No. 3

No. 5

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que não

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conform

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s da mistur

com ligant

MATERIA

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originado

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et al. (20

as as norm

m na TAB.

scou-se nes

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s misturas, p

s menores

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eira No. 200

m a não utili

B. 5.12 – Gra

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16 1,1

30 60

50 30

200 7

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uido pelo m

o foram uti

ptou-se por

me consta n

uir a literat

a, como os

e (BLAZEJ

L DE ENCH

al de enchi

pela britage

os finos ne

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008). Para

as ASTM D

5.12.

ste trabalho

ilizado com

porém o ca

de 75-µm s

atendeu a gr

0, o peneira

izar este tipo

anulometria d

bertura

18 mm

00-µm

00-µm

75-µm

utilizado pa

método do p

lizados da

r utilizar da

no Item 3.5.

tura e não u

s estabilizad

JOWSKI, 20

HIMENTO

mento utili

em do mate

ecessários n

idade induz

a granulom

D 242-04 e

o utilizar um

mo material d

alcário não p

solicitado e

rande neces

amento ficou

o de materia

dos fíleres e

% PassanteCalcário

100,0

99,9

98,4

64,3

ara preenche

peneirament

britagem d

a Cal Hidra

1.4. Mesmo

utilizar prop

140

dores devem

010).

O (FÍLER)

izado nas m

erial e tamb

na mistura

zida, sendo

metria dos

e ASTM D

m tipo de c

de enchimen

possuía na

em norma,

ssidade das

u muito tra

al nas mistu

e comparação

% PaCal

10

10

10

93

er as necess

to com a pe

dos agregad

atada CH-I,

o não sendo

porção mai

m ser adicio

misturas SM

bém pelo us

SMA, for

um agente

materiais

546-05. As

calcário do

nto, conform

sua granulo

conforme p

s misturas S

balhoso e d

uras SMA a

o com limite

assante CH-I

00,0

00,0

00,0

3,2

sidades falt

eneira de N

dos graúdos

, apenas na

o executado

or de 1,5%

onados ao a

MA optou-

so da Cal H

rnece a mis

redutor de

utilizados n

s granulome

olomítico ad

me utilizou

ometria a qu

pode ser vis

SMA de ma

de pouco ren

a serem reali

s de norma A

%PassantePó mineral

Pedra 100,0

100,0

100,0

100,0

antes de fin

No. 200 (75

, isto é, ab

a proporção

o o ensaio d

%, mesmo se

agregado se

se pelo uso

Hidratada C

stura uma

este dano, c

nos ensaio

etrias dos m

dquirido no

MOURÃO

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sto na TA

aterial fino

ndimento, o

izadas.

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e l

% PaASTM

(min1

97

95

70

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5-µm) dos m

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o máxima d

de Rigden,

endo conve

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o do pó

H-I, que

melhora

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os foram

materiais

o Rio de

O (2003)

uficiente

AB. 5.12.

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optando-

2-04.

assante D 242-04

n - máx) 100

- 100

-100

- 100

turas foi

materiais

eneira de

de 1,5%,

optou-se

eniente o

Page 142: para pavimento aeroportuário

uso da

laborató

seguem

C5.2.5.

Os

realizad

maneira

da rede

executa

em cada

Doi

e o CA

estudo.

convenc

asfalto m

(ANP, 2

5.15.

O l

moldar

na porc

46,5%.

cal hidrata

ório de pó m

m na TAB. 5

TAB

CIMENTO

ensaios env

das foram en

a geral as co

e temática d

ados para ca

a tabela de r

is tipos de l

AP modifica

Para a cara

cional dos l

modificado

2010). Os r

ligante CAP

os corpos d

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TAB

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mineral da

5.13.

B. 5.13 – Ens

C

* Ma

ASFÁLTIC

volvendo o

nsaiados no

onsideraçõe

de asfalto -

aracterização

resultados.

ligantes fora

ado Stylink

acterização

ligantes pre

o foram util

resultados d

P 50-70 LU

de prova de

e penetraçã

B. 5.14 - Ens

a facilidade

rocha brita

saios específ

Material

Pó minera

Cal Hidratada C

Calcário

assa específic

CO DE PET

os ligantes a

o laboratório

es de BERN

- PETROB

o das amost

am utilizado

k, gentilmen

dos ligante

evisto pela A

izados os e

dos ensaios

UBNOR do

SMA com l

ão após RT

saios realizad

141

e de acesso

ada. As ma

ficos dos mat

al

CH-I

ca real (g/cm³)

TRÓLEO (C

asfálticos u

o “Professor

NUCCI et al

RAS (2010

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os, o ligante

nte forneci

es utilizado

Agência Na

ensaios prev

realizados

o canteiro d

ligante conv

TFOT, que

dos com a am

o e custo, o

assas espec

teriais de enc

Gsa*

2,702

2,415

2,700

)

CAP)

utilizados na

r Salomão P

l. (2007) e M

0), que des

nte asfáltico

e CAP 50-7

ido pela Di

os, foi some

acional do P

vistos pela

são apresen

de obras do

vencional, a

é de 55% n

mostra CAP 5

optando ass

cíficas dos m

chimento (fíl

as misturas

Pinto” do IM

Manual de tr

crevem os

o, com base

0 LUBNOR

istribuidora

ente utilizad

Petróleo (AN

Agência Na

ntados nas

o aeroporto

apesar do pr

no mínimo

50-70 -LUBN

sim a produ

materiais u

leres)

asfálticas d

ME, preven

trechos mon

processos

e nas norma

R, coletado

a Betunel p

ada a caract

ANP, 2005)

acional do

TAB. 5.14

o foi utiliza

roblema enc

o, sendo enc

NOR

ução em

tilizados

de SMA

ndo-se de

nitorados

a serem

s citadas

na usina

para este

terização

e para o

Petróleo

4 e TAB.

ado para

contrado

contrado

Page 143: para pavimento aeroportuário

142

Ensaios Resultados Normas / Especificações Observações

Densidade relativa (g/cm3) 1,04 ABNT NBR 6296/2004 -

Perda por aquecimento (em

massa) 0,27% ABNT NBR 15235/2009 Envelhecimento acelerado

Penetração normal (0,1mm) 52 DNIT 155/2010-ME

ABNT-NBR 6576/2007 -

Penetração após aquecimento

(RTFOT) (0,1mm) 24

DNIT 155/2010-ME

ABNT-NBR 6576/2007

* % de penetração 46,15% <

55% mín

Viscosidade

Brookfield (cPs)

135°C – 535

NBR 15184

ASTM D 4402

- 150°C – 234

177°C – 88,5

*135°C – 712

* Após RTOF *150°C – 316

*177°C - 107

Viscosidade

Saybolt Furol ()

135 - 231°C DNER-ME 004-94

ABNT NBR 14756/2001 - 150 - 140°C

170 - 56°C

Ponto de amolecimento 45,7ºC

52,8°C rtfot DNIT 131/2010-ME -

Resistência elástica 16,5 apos

Ductilidade 25°C > 100cm

DNER-ME 163/98 Normal

42cm *Após ensaio RTFOT

Ponto de fulgor, °C 306°C DNER-ME 148/94 < 315°C

O CAP Stylink é um ligante modificado por polímero fabricado pela Empresa Betunel,

que não fornecem a informação quanto aos modificadores que são utilizados. Segundo a

fabricante não requer alteração nos procedimentos operacionais aplicados aos asfaltos

convencionais, possuindo estabilidade na estocagem, resistência a oxidação e boas

propriedades físicas. (BETUNEL, 2011). A escolha deste ligante modificado para este

trabalho se deu pelo fato que a empresa já utilizou o referido ligante na execução de SMA,

como pode ser visto no seu sítio na internet, em que relaciona casos desta utilização, como:

SMA com Stylink PG 76-22, na concessionária Autovias, na S-300 em junho de 2007, na

concessionaria TEBE, na SP-326 em agosto de 2007, na concessionária Ecovias, na BR-

277(PR), em Agosto de 2006, entre outros.

Page 144: para pavimento aeroportuário

143

TAB. 5.15 - Ensaios realizados com a amostra CAP Stylink

Ensaios Resultados Normas / Especificações Observações

PG 76-22 Superpave Fornecido pelo fabricante

Densidade relativa (g/cm3) 1,01 ABNT NBR 6296/2004 -

Perda por aquecimento (em

massa) 0,05% ABNT NBR 15235/2009 -

Penetração normal (0,1mm) 50 DNIT 155/2010-ME

ABNT-NBR 6576/2007 Entre 40-70

Penetração após aquecimento

(RTFOT) (0,1mm) 29

DNIT 155/2010-ME

ABNT-NBR 6576/2007 -

Viscosidade

Brookfield (c.Ps)

135°C – 1372 NBR 15184

ASTM D 4402 Atende especificação 150°C – 527

177°C – 238

Viscosidade

Saybolt Furol

DNER-ME 004-94

ABNT NBR 14756/2001 Não foi realizado.

Ponto de amolecimento 51,6ºC DNIT 131/2010-ME

Entre 60/85 – Somente foi

realizado após ensaios, ficha

da empresa 69ºC

55,8ºC Após RTFOT

Ductilidade 25°C > 100cm DNER-ME 163/98 Não realizado após RTFOT

Recuperação elástica (%) 82,5

57,5 NBR 15086

Normal

Após RTFOT

Ponto de fulgor, °C 299°C DNER-ME 148/94 < 315°C

Page 145: para pavimento aeroportuário

6 ME

Est

caracter

materiai

6.1. D

SMA E

R6.1.1.

Seg

laborató

método

departam

de dosa

1990 c

Paveme

os corpo

suas pro

O

preench

promov

chamad

uma con

ligante.

requisito

As

diversos

ETODOLO

te capítulo

rização mec

is obtidos n

DOSAGEM

STUDADA

RECOMEN

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ório, geralm

mais comu

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os de prova

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hendo os va

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do referido

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Por estas r

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regras bási

s países têm

GIA ADOT

tem por fin

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no Aeroport

M E CARAC

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SACE (2000

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transportes

utilizado na

a implem

volvido pela

a são compa

volumétrica

de SMA e

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m suas próp

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PARA DO

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do-se 3 (tr

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e órgãos da

aquele país

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actados com

as.

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a forma, o p

agregado g

dra-a-pedra

Um bom des

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02).

sturas SMA

prias norma

144

presentar a

asfálticas de

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ÇÃO MECÂ

SAGEM DE

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era o méto

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a. E o segun

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A estão suci

as e forma

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e Stone Mat

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ÂNICA DA

E MISTUR

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pais método

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ndo passo é

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s de dimen

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RN.

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RAS SMA

uras asfáltic

os. Até a d

izado pela g

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. E após m

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al para um

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descritas no

nsionamento

a para a do

lt estudadas

RAS ASFÁL

cas são test

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grande mai

O segundo

metade da dé

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JOWSKI

Page 146: para pavimento aeroportuário

145

(2010) cita como principais métodos de dosagem de misturas SMA os seguintes métodos:

Método Alemão, Método Americano, Método Tcheco, Método Holandês, Método do Ponto

de Dilatação, Método Escocês, Método das Iterações Sucessivas e o Método de Bailey.

Neste trabalho optou-se pelo método americano de dosagem, em particular as

recomendações da AAPTP 04-04 (PROWELL et al., 2009), formuladas exclusivamente para

pavimentos aeroviários, tendo como base as normas rodoviárias daquele país.

As recomendações da AAPTP 04-04 são originais de estudos desenvolvidos por

PROWELL et al. (2009), em que através de inúmeros ensaios chegaram a tais

recomendações. As especificações de SMA nos Estados Unidos foram desenvolvidas pela

FHWA SMA TWG (Federal Highway Administration SMA Technical Work Group) e a

pesquisa foi conduzida através da NCHRP 9-8. Uma especificação provisória para SMA foi

desenvolvida pela AASHTO em 1999, desde então tem atualizado suas especificações, que

atualmente são as seguintes: AASHTO M325-08 (Standard Specification for Stone Matrix

Asphalt) e AASHTO R46-08 (Standard Practice for Designing Stone Matrix Asphalt). Em

2004, foi desenvolvida pela UFGS (Unified Facilities Guide Specifications) uma

especificação de SMA específica para Aeroportos, que no ano de 2008 foi revisada (UFGS-

32 13 17).

O aspecto essencial deste método é o contato grão-a-grão, ou o contato direto entre as

partículas de agregados graúdos. Desta maneira os grãos ativos (agregado graúdo) formam

uma forte matriz e fornece a mistura de SMA uma boa resistência a deformação permanente.

As recomendações da AAPTP (PROWELL et al., 2009) para a utilização de SMA em

aeroportos são apresentadas nas TAB. 6.1, TAB. 6.2, TAB. 6.3 e TAB. 6.4.

Na TAB. 6.1 podem ser vistas as principais recomendações propostas por (PROWELL et

al., 2009) para execução do SMA em pavimento aeroportuários, separados pelo tipo do

esforço que o pavimento deve resistir, isto é, pelo tipo da aeronave que deve utilizar o

aeródromo e as respectivas pressões dos pneus.

Page 147: para pavimento aeroportuário

146

TAB. 6.1- Recomendações dos Agregados Graúdos (PROWELL et al., 2009).

Propriedade Pavimento de Aeroporto com

aeronaves com peso bruto <

27.216 kg (60.000lbs) e pressão

de pneus < 689kPa (100psi)

Pavimento de Aeroporto com

aeronaves com peso bruto >

27.216 kg (60.000lbs) e pressão

de pneus > 689kPa (100psi)

Abrasão Los Angeles, ASTM C131,

%

301 301

Ensaio de Partículas longas e

achatadas (F&E), ASTM D4791,

% > que 5:1,3:1

5, 202 5, 202

Ensaio de Faces fraturadas, ASTM

D5821,

% > 2FF, > 1 FF

85, 95 90, 100

1 Pode-se estudar caso a caso agregados graúdos com perdas Los Angeles maiores. 2 Ensaios de laboratório indicam que mistura com porcentagens de partículas longas e achatadas maiores do que

determinados. A capacidade de execução para estas misturas não foram testadas. Deve-se permitir agregados

que não excedam 10% 5:1 e 50% 3:1.

TAB. 6.2 – Granulometrias das misturas SMA para aeroportos segundo (PROWELL et al., 2009)

PENEIRA % Passando em massa (TMN)

ASTM mm SMA 9,5 mm SMA 12,5 mm SMA 19,0 mm1

3/4'' 19,0 100 100 90-100

1/2'' 12,5 100 90-100 50-88

3/8'' 9,50 70-95 50-85 25-60

4 4,75 26-40 20-32 20-28

8 2,36 20-28 16-24 16-24

200 0,075 8-12 8-12 8-11 1 Não recomendado para uso na capa de rolamento. Utilizado com sucesso aeroportos na China e

rodovias nos Estados Unidos como camada de binder “ligação”.

Na TAB. 6.2, PROWELL et al. (2009) elencaram 3 granulometrias recomendadas para

execução do SMA em pavimentos aeroportuários, sendo as denominações das granulometrias

dadas pelo TMN (Tamanho Máximo Nominal) que definido como uma peneira acima do

tamanho nominal máximo, sendo este último definido como o tamanho de peneira maior que

a primeira peneira que retém mais que 10% de material. As 3 granulometrias propostas foram

SMA 9,5mm, SMA 12,5mm e SMA 19,0mm, sendo que segundo o autor o SMA 19 mm não

é recomendado para uso na capa asfáltica, porém já foi utilizado como camada de binder na

Page 148: para pavimento aeroportuário

147

China e em rodovias norte americanas.

Na TAB. 6.3 observam-se as recomendações de PROWELL et al., (2009) para os

ligantes para uso em SMA, recomendações relacionadas a dosagem Superpave que depende

do PG dos ligantes e que podem variar conforme a temperatura do local. Segundo

BLAZEJOWSKI (2010), no continente Europeu, segue-se para especificação de ligantes para

SMA as normas EN 12591 e EN 14023, sendo para ligantes convencionais e modificados

respectivamente. A norma EN 14023 também especifica os ligantes utilizados em cada país

da comunidade europeia. No Brasil poucas normas e especificações foram encontrados,

dentre elas a PETROBRAS (2010) dentro do manual de trechos monitorados, DER/SP e

DER/PR.

Na TAB. 6.4, estão apresentados os requisitos de uma mistura asfáltica SMA em

laboratório e também sobre sua compactação in loco. Sobre a compactação em laboratório

dos corpos de prova o método fornece as opções de compactação por golpes de soquete

Marshall e por quantidade de giros do Compactador Giratório Superpave (CGS).

TAB. 6.3 – Recomendações de ligantes para o SMA (PROWELL et al., 2009)

Carga esperada Ligante recomendado PG

Pavimento de Aeroporto com aeronaves com peso bruto

< 27.216 kg (60.000lbs) e pressão de pneus < 689kPa

(100psi)

Recomendado o mesmo PG de ligante como se fosse

dimensionado para pavimento rodoviário com

ESALS (Numero “N”) menor que 10 milhões.

Exceção para ligantes com PG com temperatura

baixa maior que PG XX-22), ficando a cargo do

projetista.

Pavimento de Aeroporto com aeronaves com peso bruto

> 27.216 kg (60.000lbs) e pressão de pneus > 689kPa

(100psi) mas < 1.378 kPa(200psi)

Aumenta 2 graduações para a alta temperatura,

exemplo: PG 64-22, com o aumento dimensiona-se

76-22.

Pistas Taxi ou finais de PPD sujeitos a para Pavimento

de Aeroporto com aeronaves com peso bruto > 27.216 kg

(60.000lbs) e pressão de pneus > 689kPa (100psi) mas <

1.378 kPa(200psi) ou pista de aeródromos com projetos

para pressões de pneus > 1.378 kPa(200psi)

Aumenta 2 graduações para a alta temperatura,

exemplo: PG 64-22, com o aumento dimensiona-se

76-22.

Page 149: para pavimento aeroportuário

148

TAB. 6.4 – Requisitos de uma mistura asfáltica SMA (PROWELL et al., 2009)

Propriedade Requisito

Fibras Requerido (tipicamente se utiliza 0,3% em peso

total da mistura)

Escorrimento, ASTM D 6390, a 13,9ºC abaixo da

temperatura de produção

< 0,3%

Eficiência de compactação 50 golpes Marshall ou 65 giros CGS

Teor de vazios para teor ótimo, % (v/v) 4,0

Faixa de aceitação do teor de vazios, % 2,8 a 4,2

Vazios no agregado mineral, VAM, % (v/v) ≥ 17,0

VCAMIX< VCADRC (ASTM C 29) < 1,0

Limite de tolerância para densidade in loco da massa* 96,8% - Gmb ou 93,5 - Gmm

Limite de tolerância para densidade in loco nas juntas* 93,9% - Gmb ou 90,5 - Gmm

*As especificações de tolerância são baseadas no critério para a aceitação das características de densidade, para

cada lote de mistura compactada, será baseado no método da Percentagem Dentro dos Limites – PDL (DIRENG-

MC 01 ou PWL da FAA). Uma média de densidade da massa de 95% de Gmm ou 98,4 de Gmb com desvio padrão

de 1,3% ou menos assim produzindo 90 PDL. Uma média de densidade nas juntas de 93% de Gmm ou 96,4 de

Gmb com desvio padrão de 2,1% ou menos assim produzindo 90 PDL.

PROWELL et al. (2009) com base na literatura, utilizou-se do número de golpes do

soquete Marshall, isto é, 50 golpes por face, para ser o padrão de energia de compactação

para o estudo da equivalência de eficiência de compactação com o CGS, que foi verificada

por meio da comparação do VAM (Vazios no Agregado Mineral), tomando-se como verdade

que misturas com os mesmos agregados e VAM devem ter os mesmos teores de ligante,

desta forma se utilizando de vários ensaios, com agregados diferentes, chegou a Equação (EQ.

6.1). Assim o número equivalente de giros do compactador Supervape ficaria dependendo do

Ensaio de Perdas pelo ensaio de abrasão Los Angeles (%) e do Ensaio de Partículas longas e

achatadas (F&E) que excedam 3:1 (%).

117 1,72 % 0,944 & 3: 1 (EQ. 6.1)

Onde: NEG = o número de giros que equivale ao mesmo VMA do corpo de prova

compactado com 50x2 golpes Marshall;

% Perda LA = Ensaio de Perdas pelo ensaio de abrasão Los Angeles (%) e ;

F&E = Ensaio de Partículas longas e achatadas (F&E) que excedam 3:1 (%).

Apesar da Equação (EQ. 6.1), o número recomendado de giros pela AAPTP 04-04

(PROWELL et al., 2009), é 65 giros, pois é considerado um número conservativo, devido a

Page 150: para pavimento aeroportuário

análises

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149

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APTP 04-

), tem se

Page 151: para pavimento aeroportuário

150

que os agregados atendem as recomendações.

Para uma análise mais detalhada dos materiais pétreos, inclusive para os fíleres

complementaram as recomendações de PROWELL et al. (2009) com os requisitos da norma

da NAPA(2002) descritos na TAB. 6.5, sendo que alguns se repetem.

TAB. 6.5 – Requisitos dos Agregados (Graúdo, finos e fíleres) para SMA (NAPA, 2002)

Propriedade Requisito

Agregados graúdos Ensaio de Abrasão Los Angeles, % de perda (AASHTO T 96)

≤ 30

Forma das partículas: Partículas longas e achatadas, % (ASTM D 4791)

≤20 para 3:1 ≤5 para 5:1

Determinação da Porcentagem de Partículas Fraturadas para Agregados Graúdos, % (ASTM D 5821)

100%, uma face ≥ 90,0%, duas faces

Absorção (AASHTO T 85), % ≤ 2 Sanidade, 5 ciclos (AASHTO T 104) ≤ 15 em sulfato de sódio,

≤ 20 em sulfato de magnésio Agregados finos

Sanidade, 5 ciclos (AASHTO T 104) ≤ 15 em sulfato de sódio, ≤ 20 em sulfato de magnésio

Angularidade, % (AASHTO T 304, método A) ≥ 45 Limites de Atterberg Limite de Liquidez (AASHTO T 89),%

25

Limite de Plasticidade (AASHTO T 90),% Não plástico Absorção (AASHTO T 85), % ≤ 2 Equivalente em areia, % (ASTM D 2419) ≥ 45

Fíleres Índice de Plasticidade(AASHTO T 90),% < 4 Vazios de Rigden modificado, % < 50 (Recomendado)

E em comparação com os agregados utilizados, todos requisitos foram cumpridos.

Segundo BLAZEJOWSKI (2010), os requisitos das normas americanas para SMA, tendem a

um compromisso entre as condições de alta qualidade dos materiais e a de ter uma mistura

asfáltica econômica, pois seus requisitos são limitados quando comparados com as normas

europeias de SMA pela EN 13043 (Aggregates for Bituminous Mixtures and Surface

Tratments for Roads, Airfiels, and Other Trafficked Areas). Observa-se na FIG. 6.1 todos

agregados separados por peneira, desde a peneira 12,5mm até a passante na peneira Nr 200,

incluindo a fibra.

Page 152: para pavimento aeroportuário

151

FIG. 6.1 – Agregados separados por peneiras retidas utilizadas na misturas SMA

Quanto à escolha do CAP, o método da AAPTP 04-04, para o Novo Aeroporto da Grande

Natal, recomenda CAP com PG aumentada de 2 graduações para a alta temperatura, e

segundo a NAPA(2002) a norma não amarra quando a 1 ou 2 graduações acima da alta

temperatura PG recomendada para área geográfica Superpave. A PG do ligante é

recomendada pela Equação (EQ.6.2):

0,00618. 0,2289 42,2 . 0,9545 17,78 (EQ.6.2)

Onde: Tmax20mm = temperatura máxima de projeto do revestimento asfáltico à profundidade de

20mm abaixo da superfície, ºC;

Tmaxar = média das temperaturas máximas do ar dos sete dias consecutivos mais quentes

do ano, ºC;

Lat = latitude geográfica do local do projeto em graus.

Por se tratar de clima tropical não foi realizado o cálculo para temperatura mínima

Superpave, e realizando os cálculos para Tmax20mm, com a Latitude da cidade de São Gonçalo

do Amarante – RN e para a Tmaxar adotou-se a média das temperaturas máximas do ano de

2011 (31ºC), por não encontrar a média das temperaturas máximas do ar dos sete dias

consecutivos mais quentes do ano, desta forma Tmax20mm ficou igual a 53,2ºC. Conforme

norma ASTM 6373/2007 - Determinação do Grau de Desempenho (PG) de Ligantes, que

caracteriza o Cimentos Asfálticos de Petróleo por suas PG, dentre os requisitos de norma,

assim verifica-se que há variação de PG no intervalos de 46 a 82, com cada graduação de 6ºC,

Page 153: para pavimento aeroportuário

desta fo

segundo

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O

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a mistura

ºC acima

SMA.

5

180

Page 154: para pavimento aeroportuário

153

6.1.2.2. VERIFICAÇÃO DA GRANULOMETRIA

A granulometria escolhida para execução dos ensaios com SMA, foi a recomendada pela

AAPTP 04-04, SMA 12,5mm, que segundo PROWELL et al. (2009), é a granulometria que

se destaca como tendência de utilização para aeroportos. Normas alemãs utilizam

granulometrias TMN 8 e 11mm, sendo o SMA 11mm naquela país o utilizado para maiores

solicitações de cargas. A UFGS S-32 01 11.52, somente especificou a granulometria de TMN

12,5mm. A China utiliza SMA 13 e 15mm TMN em suas pistas de aeroportos. Na TAB. 6.6

podem-se observar algumas granulometrias SMA 12,5mm.

TAB. 6.6 - Faixas de SMA 12,5 mm de outras especificações PROWELL et al. (2009)

PENEIRA % Passando em massa (TMN) ASTM mm AAPTP ALEMANHA UFGS AASHTO CHINA

3/4'' 19,0 100 100 100 100 100 1/2'' 12,5 90-100 93-100 90-100 90-100 82-94 3/8'' 9,50 50-85 80 50-85 50-80 45-65

4 4,75 20-32 29-39 20-40 20-35 22-34 8 2,36 16-24 22-29 16-20 16-24 18-27

16 1,18 14-22 30 0,600 14-19 12-19 50 0,300 10-16

100 0,150 9-14 200 0,075 8-12 8,7-12,6 8-11 8-11 8-12

Seguindo as orientações NAPA (2002), realizaram-se 3 misturas granulométricas com os

materiais constantes na TAB. 5.5, visando enquadrar na faixa granulométrica da AAPTP

04-04, SMA TMN 12,5mm. O uso desta granulometria de SMA, segundo a TAB. 6.7,

observa-se que para cada TMN da mistura utilizada é definido pela metodologia que existe

uma peneira de parada, que faz distinção entre o material graúdo e os outros materiais. O

SMA é muito sensível à mudanças nesta respectiva peneira, pois valores passando excessivos

reduzem a fração de agregado graúdo o que causará perda no contato grão-a-grão, desta forma

devem-se tomar os cuidados necessários para manutenção da fração graúda NAPA (2002).

Page 155: para pavimento aeroportuário

154

TAB. 6.7 – Definição da fração de agregado graúdo nas misturas SMA

Tamanho máximo do nominal do agregado

Porção de agregado Retido na peneira de parada

pol mm pol mm 1” 25,00 #4 4,75

3/4'' 19,0 #4 4,75 1/2'' 12,5 #4 4,75 3/8'' 9,50 #8 2,46

4 4,75 #16 1,18

A finalidade desta verificação de granulometrias é verificar a existência do contato grão-

a-grão nas misturas e decidir por análises volumétricas qual a mistura ideal para realizar o

estudo mais aprofundado para o próximo passo das orientações, que é a seleção do teor ótimo

de ligante. Para assegurar o contato grão-a-grão adequado ao SMA, foi estabelecido pelo

método a comparação do VCAMIX com o VCADRC, sendo respectivamente, os vazios no

agregado graúdo da mistura SMA compactada e os vazios no agregado graúdo compactado a

seco (dry-rodded). O VCADRC é especificado pela norma AASHTO T 19, que no Brasil pode-

se seguir a DNER-ME 153/97. São apresentados nas Equações (EQ.6.3) e (EQ.6.4),

VCADRC e VCAMIX, respectivamente (NAPA, 2002):

. 100

(EQ.6.3)

100 .

(EQ.6.4)

Onde: VCADRC = Vazios na condição de agregado graúdo compactado seco, %;

= densidade aparente do agregado graúdo;

= massa específica aparente da fração graúda do agregado seco compactado,

g/cm³;

= massa específica da água, 0,998 g/cm³;

VCAMIX = Vazios da fração graúda do agregado na mistura compactada, %;

= densidade aparente da mistura compactada;

= porcentagem de fração graúda do agregado em relação ao peso total da

mistura.

Segue na TAB. 6.8, o resumo e quantidades dos materiais empregados em cada uma das

três misturas realizadas e na TAB. 6.9 segue o resumo das granulometria encontradas.

Page 156: para pavimento aeroportuário

155

TAB. 6.8 – Porcentagem de cada tipo de agregado utilizados em cada uma das três misturas.

Mistura % em massa, utilizado em cada mistura.

Retido #12,5mm

Retido #9,5 mm

Retido #4

Bica ½” Pedrisco Pó

Mineral Cal

CH-I C 5,0 29,0 31,0 17,5 10,0 6,0 1,5 D 5,0 32,5 38,5 16,0 - 6,5 1,5 F 5,5 31,5 34,0 22,0 - 5,5 1,5

TAB. 6.9 – Granulometria das misturas ensaiadas.

Peneiras# Granulometria da mistura

Média SMA

12,5 mm (pol.) (mm) C D F

3/4'' 19,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100 1/2'' 12,5 94,8 95,0 94,3 94,7 90-100 3/8'' 9,5 65,0 62,5 61,8 63,1 50-86

4 4,8 29,1 24,0 21,9 25,0 20-33 8 2,4 22,6 18,9 16,8 19,4 16-25

16 1,2 18,6 16,0 17,3 30 0,6 16,1 14,1 15,1 50 0,3 13,1 12,4 12,7

200 0,1 10,1 9,4 8,7 9,4 8-12 Gsb 2,608 2,624 2,625

*Gsb = Densidade específica do agregado

Para realização dos ensaios da massa específica teórica (Gmm) e da massa específica

aparente (Gsm), foram utilizadas as normas ASTM D 2041/00 (Método de Rice), conforme

observa-se na FIG. 6.3 e para massa específica aparente da mistura (Gsm) utilizou-se o

método ASTM D 1188.

Page 157: para pavimento aeroportuário

156

FIG. 6.3 – Equipamento previsto para método Rice (ASTM D 2041/00), Laboratório do IME.

Conforme sugerido em NAPA (2002), para os ensaios de granulometria utilizou-se um

teor de 6,5% do CAP 50-70 LUBNOR, que havia disponível em maior quantidade para todas

as misturas, incluíram-se as fibras no teor de 0,3% para evitar o escorrimento, conforme

revisão da literatura. Na TAB. 6.10 observa-se o resumo dos ensaios realizados nas 3

misturas, onde se pode verificar que a mistura C não atente a restrição do VCADRC ser maior

que o VCAMIX, desta maneira descarta-se a mistura. Para a mistura D, verifica-se que o VAM

é menor que a restrição de 17%, e que o Vv é menor que o encontrado na mistura F, desta

forma escolheu-se a mistura F para continuar os ensaios.

TAB. 6.10 – Resumo dos ensaios de granulometria com teor de CAP 50-70 LUBNOR de 6,5%

Mistura VCADRC VCAMIX VCAMIX/

VCADRC

Dens.

(kg/m3) Gmm Gmb Vv VAM

C 39,60 41,80 1,056 1,673 2,379 2,332 2,00 17,20

D 39,80 36,40 0,915 1,567 2,403 2,336 2,80 16,80

F 39,70 34,80 0,877 1,565 2,396 2,325 2,90 17,20

Como pode ser observado, o método da NAPA (2002) de dimensionamento do projeto de

SMA difere em partes com o método convencional, como a moldagem de corpos de prova

para estudo da granulometria, ensaios de compactação do agregado graúdo a seco e ensaios

Page 158: para pavimento aeroportuário

157

com o método Rice requerem uma quantidade adicional de todos os materiais empregados,

desde os materiais pétreos, fibra, a cal e o próprio ligante utilizado. Desta forma optou-se por

não realizar os ensaios do VCAMIX utilizando-se o CAP Stylink, pelo fato de receber uma

quantidade limitada do material do fornecedor.

6.1.2.3. PROJETO DA MISTURA

Todas as moldagens dos corpos de prova de SMA foram executadas manualmente, com

utilização de fogareiro e tacho apropriado, conforme FIG. 6.4. Todos os corpos de prova

moldados foram executados com a energia determinada para misturas SMA de 50 golpes por

face do compactador Marshall, para um CP de aproximadamente 1200g, com dimensões de

100 mm de diâmetro e 63,5mm ± 1,3mm de altura.

FIG. 6.4 – Mistura manual dos corpos de prova

Foram seguidas algumas prescrições da PETROBRAS(2010) como o condicionamento

da mistura em estufa na temperatura de compactação ±3°C por um período de 2h±10 minutos,

de acordo com ABNT NBR 15785/2010 e a AASHTO R 30-02-06. Para isso foram

primeiramente utilizados formas de alumínio descartáveis, porém mesmo com o uso de fibras,

o mástique aderia as paredes do alumínio (FIG. 6.5-a), de forma que havia muitas perdas na

colocação da massa no molde Marshall, que foi levado a utilizar vasilhas de porcelana que

tiveram resultado melhor que o anterior (FIG. 6.5-b), sendo que o procedimento não faz

Page 159: para pavimento aeroportuário

158

alusão do tipo de recipiente. Fez-se uma análise da perda de mástique após o

condicionamento, que segue na TAB. 6.11, que foi considerada alta, tendo em vista que pode

ser interpretada como um escorrimento do mástique, pois ultrapassa a 0,3%, valor máximo

permitido para o escorrimento.

(a) (b) FIG. 6.5 – (a) Material aderido as paredes do recipiente de alumínio e (b) Material aderido ao

recipiente de porcelana

TAB. 6.11 – Perda do mástique por aderência nas paredes do recipiente após o condicionamento.

Ensaio Peso do

recipiente (g)

Peso recipiente

utilizado (g) Peso Amostra (g) Diferença (g) Perda Mástique

1 956,2 958,6 1.200,00 2,40 0,200% 2 999,8 1005,1 1.200,00 5,30 0,442% 3 959,9 963,9 1.200,00 4,00 0,333% 4 970,6 975 1.200,00 4,40 0,367% 5 957,7 961,7 1.200,00 4,00 0,333%

Em continuidade com o método NAPA (2002), para seleção do teor ótimo de ligante,

foram moldados mais 3 corpos de prova, para os teores de ligante de 5,5% e 6,0%, utilizando

o mesmo CAP 50-70 LUBNOR, sendo que estas amostras foram denominadas de “1F”. Com

a mesma granulometria tipo “F” e utilizando o CAP Stylink, foram moldados 3 corpos de

prova para cada teor, sendo eles: 6,0%, 6,2% e 6,5%, e estas amostras denominadas de “2F”.

O resumo dos resultados das duas misturas são apresentadas na TAB. 6.12.

Page 160: para pavimento aeroportuário

159

TAB. 6.12 – Resumo dos ensaios SMA 1F e 2F

MISTURA SMA “1F”

Propriedade Teor de ligante, %

5,5 6,0 6,5 Gmb 2,254 2,313 2,323 Gmm 2,406 2,391 2,379 Vv, % 6,3 3,3 2,4

VMA, % 18,9 17,2 17,3 VCA, % 36,2 34,9 35,0

MISTURA SMA “2F”

Propriedade Teor de ligante, %

6,0 6,2 6,5 Gmb 2,297 2,297 2,325 Gmm 2,405 2,399 2,396 Vv, % 4,5 4,2 2,9

VMA, % 17,8 17,9 17,2 VCA, % 35,2 35,3 34,8

Segundo NAPA (2002), deve-se plotar os gráficos do volume de vazios(Vv), vazios no

agregado mineral (VAM) e vazios no agregado graúdo (VCA) para se determinar o teor de

ligante ótimo para cada mistura. Observando-se a constância do VAM e VCA, apenas

plotando o volume de vazios, e adotou-se o valor de 4% como valor corresponde ao teor

ótimo de ligante asfáltico, conforme pode ser visto na FIG. 6.6. Desta forma, adotou-se o teor

ótimo da mistura SMA 1F como 5,9% e para a mistura SMA 2F como 6,2%.

Apesar da metodologia NAPA (2002) de dosagem do SMA indicar que a mistura deverá

ter no mínimo 6,0%, pode-se diminuir na dependência do Gsb da mistura.

FIG. 6.6 – Gráfico do volume de vazios das misturas SMA 1F e 2F.

Page 161: para pavimento aeroportuário

160

6.1.2.4. AVALIAÇÃO QUANTO À SUSCETIBILIDADE À UMIDADE E

ESCORRIMENTO

A metodologia NAPA (2002) prevê que devem ser realizados os ensaios de perda por

umidade induzida e de escorrimento, segundo as normas AASHTO T283 e AASHTO T 305-

97 respectivamente. Segundo BERNUCCI et al. (2007) a avaliação do dano nas misturas

asfálticas causado pela umidade é de grande importância, uma vez que afeta o desempenho e

a vida de serviço dos pavimentos, evidenciando possíveis problemas de adesividade

agregado-ligante.

Para análise da suscetibilidade da mistura quanto à umidade, utilizou-se o método de

Lothman (AASHTO T 283), conforme descrito no método NAPA (2002), que pode ser

descrito da seguinte forma:

Moldar seis CPs similares com 1.200g de mistura asfáltica na faixa de projeto e

teor de ligante asfáltico de projeto com teor de vazios entre 5 e 7%;

Separar um primeiro conjunto de três corpos-de-prova, colocando-os dentro de

sacos plásticos para proteção e imersão em banho de água a 25°C por 2 ± 1h;

Separar um segundo conjunto de três desses CPs, colocando-os em um recipiente

com água destilada e aplicando-se vácuo a uma pressão de 250 – 650mmHg por 5

a 10 minutos, a fim de obter grau de saturação dos vazios entre 70 e 80% de água;

Envolver os CPs em filme plástico e colocar cada CP dentro de um saco plástico

com 10ml de água adicionais, vedando-os em seguida; colocar o segundo

conjunto de três CPs para congelamento (-18°C) por um período mínimo de 16h;

Imergir este conjunto de três CPs em um banho de 60°C por um período de 24 ±

1h, retirando-se os CPs dos sacos plásticos e do filme logo após a imersão;

Retirar o conjunto de três CPs do banho a 60°C e imergi-los em um banho a 25°C

por um período de 2 ± 1h;

Realizar ensaio de resistência à tração no primeiro conjunto de três CPs

não-condicionados (RT) e no segundo conjunto de três corpos-de-prova após todo

ciclo de condicionamento (RTu);

Calcular a resistência à tração retida por umidade induzida, que é a razão entre

RTu e RT.

Para execução dos CPs para o ensaio com o método Marshall de compactação foram

Page 162: para pavimento aeroportuário

161

realizados ensaios nos CPs com no teor ótimo de ligante e número de golpes reduzido, tendo

em vista encontrar um teor de vazios variando entre 5 e 7%, conforme pode ser observado

pela FIG. 6.7, onde o volume de vazios mínimo exigido para o ensaio foi adotado, chegando-

se a um número de golpes muito baixo em ambas as misturas. Devido a esse número baixo de

golpes, 16, encontrado, os corpos de prova após a compactação não tinham seus agregados

unidos e durante o resfriamento desagregavam os agregados, conforme pode ser observado

na FIG. 6.8.

FIG. 6.7 – Ensaios para verificar o numero de golpes para obter um teor de vazios entre 5-7%

FIG. 6.8 – Corpo de prova que desagregou após compactação com 16 golpes durante resfriamento, om o CAP Stylink

0,00%

1,00%

2,00%

3,00%

4,00%

5,00%

6,00%

7,00%

0 5 10 15 20 25 30 35 40

VOLU

ME DE VAZIOS

NÚMERO DE GOLPES

CAP 50‐70 LUBNOR CAP STYLINK

Page 163: para pavimento aeroportuário

162

Os ensaios de umidade induzida foram considerados baixos para o CAP Stylink,

conforme pode ser visto pela TAB. 6.13. O que pode ter acontecido por problemas no ensaio

e também pelo fato de que a compactação foi deficiente.

TAB. 6.13 – Resultados do ensaio de dano e umidade induzida das misturas.

Ensaio Dano pode umidade induzida (RTR)

MISTURA 1F CAP 50-70 LUBNOR

MISTURA 2F CAP Stylink

1 35,1% 39,6% 2 104,6% 41,46% 3 99,58% 40,0%

De acordo com NAPA (2002) para verificar o valor de escorrimento do ligante

asfáltico seguiu-se e a norma AASHTO T 305-97 (BERNUCCI et al., 2007). O ensaio de

escorrimento é utilizado para determinar a quantidade de ligante asfáltico que potencialmente

poderá escorrer da mistura de SMA. É estabelecido um valor máximo admitido no

ensaio laboratorial de forma a evitar perda de ligante no transporte, na aplicação e na

compactação do SMA. O ensaio consiste em inserir uma amostra de 1.200g de SMA usinado,

utilizando a faixa granulométrica, teor de ligante e teor de fibras que se deseja testar, em um

cesto cilíndrico confeccionado com tela metálica de abertura 6,3mm, com fundo suspenso,

afastado do fundo, FIG. 6.9. Pesa-se e insere-se o conjunto apoiado em um papel-filtro, dentro

de uma estufa regulada na temperatura de compactação por 1h±1min. Transcorrido o tempo,

retira-se o conjunto da estufa e pesa-se a folha de papel-filtro novamente que poderá conter

ligante escorrido da mistura.

Page 164: para pavimento aeroportuário

163

FIG. 6.9 – Tela para ensaio de escorrimento AASHTO T 305.

Os passos foram seguidos e para ambas as misturas chegou-se a um valor de 0,3% de

fibras VIATOP 66, na FIG. 6.10 observa-se o escorrimento do ligante para uma porcentagem

e fibras de 0,10% para o CAP Stylink.

(a) (b) FIG. 6.10 – Papel filtro mostrando o escorrimento do mástique para o CAP Stylink (a) 0,1% de fibras

e (b) com fibras 0,3%.

Page 165: para pavimento aeroportuário

164

6.2. MOLDAGEM DE PLACAS ASFÁLTICAS PARA ENSAIOS FUNCIONAIS

Para execução de ensaios funcionais como atrito pelo pendulo britânico e macrotextura

do SMA foram moldadas placas para se calcular International Friction Index – IFI (Sp, F60)

para cada mistura analisada, conforme descrito no item 2.1.6.

Para confecção das placas elaborou-se um molde metálico de 50x50x4cm, com chapa

superior para compactação e inferior com alça para transporte, conforme FIG. 6.11(a) e para

mistura dos materiais para cada placa utilizou-se o misturador da COPPE/UFRJ, conforme

FIG. 6.11(b). Para chegar a densidade aparente (Gmb) requerida compactou-se até a chapa

superior ficar impedida de descer pela forma lateral.

(a) (b) FIG. 6.11- (a) Molde metálico para confecção das placas (50x50x4cm) e (b) Misturador da

COPPE/UFRJ com mistura SMA

O aspecto da mistura SMA pode ser observado na FIG.6.12, após a compactação com uso

de placa vibratória sobre o chapa metálica.

Page 166: para pavimento aeroportuário

165

FIG.6.12 - Aparência da placa após a compactação

Para a análise funcional procedeu-se ensaios de mancha de areia, FIG.6.13-(a) e de

pêndulo britânico, FIG.6.13-(b), nas placas moldadas, desta forma podendo-se analisar o

aspecto funcional do SMA, de acordo como método IFI.

(a) (b) FIG.6.13 – Execução do ensaio de mancha de areia (a) e execução de ensaio de Pendulo Britânico (b)

Page 167: para pavimento aeroportuário

166

7 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Este capítulo tem pode finalidade apresentar os resultados de todos os ensaios mecânicos

e convencionais dos solos e agregados coletados, das camadas do pavimento, além dos

resultados das misturas asfálticas descritas no capítulo anterior de acordo com as

metodologias descritas. Também são apresentados e analisados os resultados dos ensaios

realizados para avaliação das propriedades funcionais e mecânicas das misturas em

estudo.

Para o estudo das camadas do pavimento foram utilizados os parâmetros dos ensaios do

acompanhamento controle tecnológico de campo, tais como umidades ótimas, compactação,

densidades e CBR dos solos e britas, apresentados também neste capítulo.

Para fins de nomenclatura, os ensaios a seguir são referentes a duas misturas SMA

12,5mm com diferentes tipos de ligantes e teores. São chamadas de 1F e 2F, sendo referentes

a CAP 50-70 LUBNOR e CAP Stylink, nos teores de ligante de 5,9% e de 6,3%,

respectivamente.

7.1. ENSAIOS CONVENCIONAIS E MECANÍSTICOS PARA SOLOS E BRITAS

Como metodologia para realização dos ensaios foi utilizado em parte o Procedimento

Rede 03/2010 e 04/2010 (PETROBRAS, 2010), pois não havia condições de trazer para o

laboratório a quantidade de material solicitado em os procedimentos. Assim sendo, amostras

de 25 kg de cada um dos materiais: subleito, sub-base, pedrisco e de brita graduada simples,

todos utilizados na infraestrutura da obra em São Gonçalo do Amarante – RN foram trazidas

para o laboratório de solos do IME, e postas a secar ao ar.

Os solos do subleito e sub-base foram destorroados e subdivididos em amostras de 4,5kg

em sacos plásticos, porém, no solo da sub-base foi efetuado mistura de 20% de pedrisco em

peso de solo seco do material utilizado e homogeneizado, conforme executado in loco. Para a

brita graduada simples (BGS) não houve destorroamento, somente umedecimento na umidade

ótima de projeto utilizada in loco.

Depois, foram retiradas as amostras de 4,5 kg cada e acondicionadas em sacos plásticos

Page 168: para pavimento aeroportuário

167

fechados e levadas para a câmara úmida do laboratório, onde permaneceram até a realização

do ensaio na COPPE/UFRJ. Tal procedimento teve objetivo garantir que todas as amostras

tivessem a mesma umidade.

Os ensaios de Módulo Resiliente e Deformação Permanente foram realizados com

energias equivalentes a do proctor modificado com os materiais das respectivas camadas

colocados na sua umidade ótima de projeto, esta fornecida pelo executante, porém para o

material britado da base do pavimento, a brita graduada simples, notou-se que durante o

umedecimento da BGS que o valor de umidade fornecido pelo executante estava muito alto, e

foi utilizada a umidade de 5,3% para o BGS.

A partir daí, os solos foram moldados em corpos-de-prova de dimensões 10 x 20 (cm x

cm), com energia equivalente à do ensaio proctor modificado, e realizados ensaios triaxiais de

cargas repetidas para se obter o módulo resiliente (MR) das mesmas. O material de base

(BGS) foi utilizado o molde de dimensões 15x30 (cm x cm), para o ensaio de módulo

resiliente (MR) tendo em vista que para a sua granulometria não era possível a execução sem

o escalpo para o CP de dimensões 10 x 20 (cm x cm), conforme previsto nos procedimentos

supracitado. Observa-se o corpo de prova 15x30 (cm x cm) na FIG. 7.1.

FIG. 7.1 – Vista superior do CP de BGS (15x 30cm)

Os ensaios de deformação permanente foram conduzidos em corpos-de-prova moldados

com energia equivalente ao ensaio proctor modificado somente para os solos do subleito e

sub-base. Seguiu o procedimento da rede temática de asfalto, no que diz respeito ao processo

de preparação da amostra e realização do ensaio propriamente dito, porém foi utilizado apenas

um estado de tensões para cada material (σd = σ3 = 70 kPa). A ideia da execução do projeto

Page 169: para pavimento aeroportuário

foi som

de tensõ

E7.1.1.

O

Engenh

para o r

expansi

aeropor

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C

C

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Ensai

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CBR - 26 go

CBR - 55 go

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olpes (%)

olpes (%)

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Na TAB. 7.1

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e paviment

5320-6D, po

.

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G. 7.2, FIG

168

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zados pelo

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1 são aprese

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26 e 12 g

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112

47

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CBR do sol

s são da mis

G. 7.3 e FIG

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laboratório

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entados os r

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s materiais,

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os na infrae

ê o ensaio d

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do paviment

Sub-base

39

112

143

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2,160

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6,0

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BR de 20%

adotado no

ase sem a m

pedrisco.

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, escolhendo

do 1° Bata

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dos ensaios

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Ba

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o dimension

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o um par

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utilizadas

de ISC,

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ase

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2

04

30

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00

,4

lidade, e

o com o

namento

m 20% de

dos três

Page 170: para pavimento aeroportuário

tipos de

e materiais eestudados n

FIG. 7.2

FIG

FIG. 7.4

o presente t

2 - Curva de

G. 7.3 - Curva

4 - Curva de

169

trabalho.

compactação

a de compact

compactação

o do solo do

tação da Sub

o da camada

subleito.

b-base

a de Base

Page 171: para pavimento aeroportuário

M7.1.2.

Os

do pavim

Par

relações

apresen

ond

A

determi

MR com

os valo

descriçã

simulaç

TA

CamPavi

Sub

Sub

B

MÓDULO

ensaios de

mento flexí

ra modelag

s, denomin

ntada em MO

de, MR

σ3:

σd:

k1, k

TAB. 7.2

nação para

m os estado

ores mais e

ão do com

ção numéric

AB. 7.2 - Parâ

mada do imento

bleito

b-base

Base

RESILIEN

Módulo Re

ível do Aero

em da vari

nadas Equa

OTTA E M

: m

t

t

k2, k3: p

apresenta

as três equ

os de tensão

elevados de

mportamento

ca.

âmetros de re

Modelo(Equaçã

1 2 3

1 2 3

1 2 3

TE

esiliente dos

oporto foram

iação do M

ações (6.1)

EDINA (20

M

M

MR

módulo de r

tensão confi

tensão desvi

parâmetros

o resumo

uações apre

o. Nota-se q

e R2, indica

o resiliente

egressão e co

o ão)

6

9

47

411

170

s materiais

m realizado

MR com o

), (6.2) e

005).

MR k . σ

MR k . σ

k . σ .

resiliência (

finante (MPa

io (MPa);

de regressã

dos parâm

esentadas, m

que os parâm

ando que e

dos mater

oeficientes d

k1

664,21 828,8 922,8

477,68 770,96 834,8

481,69 1070,7 1140,7

das camad

s pelo labor

estado de

(6.3). A c

. σ

(MPa);

a);

ão.

metros de

muito utiliza

metros da E

esta equaçã

riais, princi

de determinaç

k2

0,016 0,0644

0,24

0,1231 0,2648

0,4

0,4512 0,6377

0,56

as de sublei

ratório da C

tensão, fo

calibração

regressão

adas no paí

Equação (EQ

ão é a mai

palmente n

ção para equ

k3

- -

-0,18

- -

-0,14

- -

-0,13

ito, sub-bas

COPPE/UFR

oram utiliza

destes mo

(E

(E

(E

e coeficie

ís, para rela

Q. 7.3), apr

is adequada

no que se

uações utiliza

8

4

3

se e base

RJ.

adas três

odelos é

EQ. 7.1)

EQ. 7.2)

EQ. 7.3)

entes de

ações de

resentam

a para a

refere à

adas.

R2

0,02 0,17 0,89

0,24 0,73 0,92

0,67 0,95 0,99

Page 172: para pavimento aeroportuário

171

Considerando apenas as variações do módulo resiliente em função apenas de uma das

tensões de ensaio, o solo do subleito não apresentou bom enquadramento, enquanto que o

material de sub-base apresentou enquadramento melhor enquadramento (R2 = 0,73) para

variação em função da tensão confinante.

A FAA (2009) se utiliza das Equações (6.4) ou (6.5) para estimar o módulo do solo do

subleito (E), assumindo que seja de espessura infinita, desta maneira correlaciona o valor do

módulo com o CBR para utilizar no programa de dimensionamento FAARFIELD. Conforme

relação da Equação 5 o módulo do subleito seria fixo para o seu valor de CBR de 47% e no

valor de 485,98 MPa.

1500 , (EQ. 7.4)

E 10,34 x CBR, E emMPa (EQ. 7.5)

A partir das FIG. 7.5, FIG. 7.6 e FIG. 7.7, pode-se analisar o efeito simultâneo da tensão

desvio e confinante, do subleito, sub-base e base. O elevado módulo resiliente do solo do

subleito pode ser explicado parcialmente pela sua classificação MCT (LA’), mas

provavelmente a umidade ótima de projeto não é exatamente a umidade ótima da amostra de

solo ensaiado em laboratório. Isto pode ter acontecido em função das mudanças de

características físicas ao longo do perfil de ocorrência do solo de subleito.

O módulo resiliente do subleito mostrou-se pouco dependente da tensão desvio, e mais

dependente da tensão confinante, conforme pode ser constatado na FIG. 7.5.

FIG. 7.5 - MR do Subleito. Energia Proctor Modificado, Modelo Combinado.

Page 173: para pavimento aeroportuário

172

O módulo resiliente do material de sub-base mostrou-se dependente tanto da tensão desvio

quanto da tensão confinante, conforme pode ser observado na FIG. 7.6.

FIG. 7.6 - MR da Sub-base. Energia Proctor Modificado. Modelo Combinado.

Analogamente o módulo resiliente do material de base mostrou-se dependente de ambas as

tensões, apresentando valores bem baixos (abaixo de 150 MPa) para os níveis mais baixos de

tensões utilizados no ensaio. Tal constatação não é incomum quando se trata de brita

graduada simples, que constitui um tipo de material cujo comportamento resiliente é bastante

dependente do enquadramento granulométrico.

Os gráficos que apresentam a variação do módulo resiliente em função de ambas as tensões

simultaneamente são mais adequados para a descrição do comportamento do material,

entretanto uma melhor visualização dos resultados é observada quando se analisa a variação

do módulo em função de cada uma das tensões isoladamente, caso das FIG. 7.8 e FIG. 7.9,

conforme descrito anteriormente, onde observa-se baixos valores de R².

Page 174: para pavimento aeroportuário

FIG. 7.8

FIG. 7

8 - Análise c

7.7 - MR da B

comparativa d

c

Base. Energi

do MR varia

camadas. Ene

173

a Proctor Mo

ando em funç

ergia Proctor

odificado. M

ção da tensão

r Modificado

Modelo Comb

o desvio (σd)

o.

binado.

) para os três tipos de

Page 175: para pavimento aeroportuário

FIG. 7

D7.1.3.

Na F

materiai

utilizada

7.9 - Análise

DEFORMA

FIG. 7.10 sã

is de sublei

as para o en

Ep

(m

m)

comparativa

para os três

AÇÃO PER

ão apresent

ito e sub-ba

nsaio de mó

FIG. 7.10.

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

0,80

0E+0

A

a do Módulo

s tipos de cam

RMANENTE

tados result

ase, conside

ódulo resilie

Resultado do

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Sub

174

o Resiliente v

madas. Ener

E

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Modificado.

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logas de pr

Permanente

8E+4 1

anente Tot

nsão confinan

permanente

reparo das a

E+5

tal

nte (σ3)

e para os

amostras

Page 176: para pavimento aeroportuário

175

Somente foram executados dois ensaios, tendo sido adotado o mesmo estado de tensões (d

= 70kPa e 3=70 kPa) em ambos. Neste caso, o objetivo principal foi a obtenção de uma ideia

geral da tendência à deformação permanente que os materiais apresentam.

Na análise deste tipo de ensaio dois aspectos são os mais importantes. O primeiro se refere

ao valor total da deformação observado no ensaio, conduzido em CP´ de 20 cm de altura e 10

cm de diâmetro, tendo sido constatado em ambos os casos valor de deformação permanente

total inferior a 1,00 mm, considerando-se 80.000 ciclos de aplicação de carga. Este valor é

muito baixo, indicando que os materiais tendem a apresentar bom comportamento quanto à

deformação permanente, muito embora mais ensaios com diferentes tensões devam ser

realizados.

Outro aspecto se refere à forma da curva pxN que os materiais apresentam, conforme

constatado na FIG. 7.10. Para o material do subleito existe uma nítida tendência à

acomodação da deformação permanente, caracterizada pelo fato da curva tornar-se

praticamente paralela ao eixo “x”, a medida que se aumenta o número de ciclos de aplicação

de carga. Este fato é favorável ao pavimento, conforme descrito por GUIMARÃES (2009).

No caso do material de sub-base, a curva mostrou-se ligeiramente mais inclinada, indicando

que a taxa de acréscimo da deformação permanente é não nula, embora pequena, mesmo para

elevado valores de N.

7.2. CORPOS DE PROVA DE CBUQ COLETADOS NO AEROPORTO

Durante os trabalhos de campo a capa asfáltica da PPD principal do Aeroporto já havia

sido executada e a fiscalização local da INFRAERO vetou a extração de corpos de prova da

PPD para que fosse realizado relatório fotográfico do procedimento e recolhimento do

material. Por causa disso o Laboratório de Ensaios Técnicos do 1° Batalhão de Engenharia

de Construção cedeu para o presente estudo 5 (cinco) corpos de prova extraídos da PPD e 6

corpos de prova moldados durante a execução da capa da PPD na época da execução,

conforme pode ser observado na FIG. 7.11.

Os corpos de prova de CA convencionais extraídos da pista necessitaram ser cortados

para atingir dimensões para que se pudessem executar os ensaios de resistência a tração

(Ensaio Brasileiro) e de compressão diametral com cargas repetidas, obtendo-se assim os

Page 177: para pavimento aeroportuário

176

respectivas resistências a tração e módulos resilientes, ao qual foram realizados no laboratório

da COPPE-UFRJ. Estes valores são apresentados na TAB. 7.3.

FIG. 7.11 – Aspecto geral dos Corpos de Prova retirados na pista (acima) e (abaixo) CPs moldados

durante execução da Capa Asfáltica com uso de Soquete Marshall

TAB. 7.3 – Ensaios de MR e RT nos corpos de prova coletados no Aeroporto de Natal/RN

Ensaio Corpo de Prova

Módulo Resiliente

(MPa)

Desvio-padrão

Resistência a tração-

RT (MPa)

MR/RT

Corpos de prova moldados no

laboratório do canteiro de obras

1 11.472,6 4.606,2 1,24 9.234,4 2 6.941,0 1.574,1 1,21 5.757,8 3 6.043,0 261,8 1,27 4.763,8 4 6.351,0 675,3 1,38 4.586,7 5 5.117,3 179,1 1,16 4.398,1 6 7.918,3 3.475,3 1,21 6.558,1

Média 7.307,2 1.795,3 1,25 5.883,2

Corpos de prova extraídos da pista

7 6.959,6 4.134,3 1,34 5.206,6 8 8.105,3 835,5 0,96 8.458,7 9 13.514,6 2.108,7 0,81 16.656,9

10 13.461,0 703,9 1,14 11.825,2 11 9.608,6 541,5 1,05 9.159,2

Média 10.329,8 1.664,8 1,06 10.261,3

Page 178: para pavimento aeroportuário

177

Notam-se valores elevados dos Módulos e das razões MR/RT, isto pode ser devido ao

enrijecimento do ligante pelo seu envelhecimento, o que pode ser visto pelo resultado de

percentagem de penetração retida, que foi menor que o mínimo de norma, ou o ligante foi

aquecido demasiadamente durante o processo de usinagem, há também a influência do

intervalo de tempo da moldagem ou extração dos corpos de prova até o ensaio, que foram de

aproximadamente 6 meses.

Nos corpos de prova moldados no laboratório do canteiro de obras, apenas 1 amostra

(11.472,6 MPa), destoou das demais, que variaram entre 5.117,3MPa e 7.918,3 MPa. Estes

valores são elavados, porém compativeis com o esperado para concreto asfáltico, tratando-se

de um indicativo consistente da qualidade da obra. No caso dos corpos-de-prova extraídos da

pista, os valores de MR obtidos foram mais elevados, fato que pode ser explicado pela ampla

exposição a luz e outros fatores já comentados.

Não foram moldados em laboratório corpos de prova com o mesma traço utilizado em

campo na pista do aeroporto, tampouco da camada de binder, ao qual poderiamos ter um

resultado mais preciso da camada, equiparando os resultados. A camada de binder será

considerado o mesmo Módulo Resiliente da camada de capa, visto ter mesmo teor de asfalto

ligeiramente menor e granulometria similar.

7.3. ANÁLISE DO COMPORTAMENTO MECÂNICO DAS MISTURAS ASFÁLTICAS

No presente trabalho, o comportamento mecânico das misturas asfálticas foi

avaliado por meio dos ensaios de resistência à tração estática por compressão diametral,

módulo de resiliência e fadiga por compressão diametral a tensão controlada.

O ensaio de resistência à tração por compressão diametral estática foi conduzido para

estimativa aproximada da tensão máxima de ruptura das misturas, além de estimar as tensões que

poderiam ser utilizadas nos ensaios de módulo de resiliência e fadiga por compressão diametral

dinâmica. Seguem na

TAB. 7.4 os resultados dos ensaios de resistência à tração conforme metodologia

apresentada, observa-se que a mistura 2F, com o CAP Stylink, possui uma RT superior a da

mistura 1F.

Page 179: para pavimento aeroportuário

178

TAB. 7.4 – Ensaios de resistência a tração de uma amostra de 3 CPs

CP Resistência à tração (MPa)

MISTURA 1F (CAP LUBNOR, 5,9%)

MISTURA 2F (CAP Stylink, 6,2%)

CP 1 0,75 1,12 CP 2 0,69 1,09 CP 3 0,69 1,10

Média 0,71 1,10 Desvio-Padrão 0,04 0,02

O módulo de resiliência das misturas foi determinado em corpos de prova ensaiados a

25°C, e o resultado foi obtido da deformação instantânea, sendo utilizados os parâmetros dos

ensaios de compressão diametral, com tempo de aplicação de carga de 0,1 segundo e

freqüência de 1 Hz, realizados no laboratório da COPPE. Observa-se na TAB. 7.5 que

apesar da Mistura 2F apresentar MR superior a 1F, os resultados estão na mesma ordem de

grandeza. Em seu estudo, MOURÃO (2003), encontrou módulo de resiliência para o seu

estudo de SMA na faixa de 2500 MPa para 25°C, utilizando compactador giratório.

VASCONCELLOS (2004) encontrou módulo resilientes para SMA da faixa de 3.397 a 4.747

MPa, com uso do compactador giratório. Observa-se que os resultados estão dentro das faixas

encontradas na literatura.

TAB. 7.5 – Ensaios de módulo resiliente de uma amostra de 3 CPs

CP Módulo Resiliente (MPa)

MISTURA 1F (CAP LUBNOR, 5,9%)

MISTURA 2F (CAP Stylink, 6,2%)

CP 1 3818 4374

CP 2 3082 3961

CP 3 2866 3133

Média 3255 3823

Desvio-Padrão 499 632

Foram realizados ensaios de Estabilidade e Fluência, com intuito de verificar valores

destes ensaios, sendo apresentados na TAB. 7.6. Verifica-se que as misturas, apesar de

atenderem os requisitos NAPA (2002) de estabilidade, de 620 kgf, mínima, o ensaio não vem

sendo utilizado para dimensionamento do SMA.

Page 180: para pavimento aeroportuário

179

TAB. 7.6 – Ensaios de módulo resiliente de uma amostra de 3 CPs

CP MISTURA 1F MISTURA 2F

Estabilidade (kgf) Fluência (mm) Estabilidade (kgf) Fluência (mm)

CP 1 852,1 16 710,3 16

CP 2 709,4 17 816,6 18

CP 3 709,4 18 649,3 17

Média 790,0 17 725,4 17

Desvio-Padrão 71,6 1 84,7 1

Os ensaios de fadiga à compressão diametral em corpos de prova cilíndricos foram

realizados em condição de carga dinâmica à tensão controlada (TC) por compressão diametral

à tração indireta, à frequência de 1Hz e tempo de carregamento de 0,1s, onde as cargas

verticais devem induzir tensões de tração horizontais no centro da amostra entre 7,5% e 40%

da resistência à tração estática, a uma temperatura de 25°C ± 0,5°C. Os corpos de prova

cilíndricos foram moldados com soquete Marshall, 50x2 golpes, no Laboratório da

COPPE/UFRJ, com 63 mm de altura e 100mm de diâmetro aproximadamente, seguindo os

procedimentos descritos anteriormente.

O gráfico referente a comparação das amostras pode ser observado na FIG. 7.12, onde

verifica-se na análise de tensões uma maior influência do CAP modificado, com uma vida de

fadiga significativamente mais elevada que a do CAP convencional.

FIG. 7.12 – Vida de fadiga x diferença de tensões para as misturas asfálticas estudadas.

y = 1978,7x-3,404

R² = 0,8454

y = 36976x-6,242

R² = 0,9402

1,00E+02

1,00E+03

1,00E+04

1,00E+05

1,00E+06

1,00E+07

0,1 1 10

Núm

ero

de a

plic

açõe

s, N

Diferença de tensões, Δσ (MPa)

VIDA DE FADIGA x DIFERENÇA DE TENSÕES

1 F 2 F

Page 181: para pavimento aeroportuário

7.4. A

R7.4.1.

Dur

de man

mantido

se verifi

se desta

TAB. 7

Estaca

8 13 18 23 28 33 38 43 48 53 58 63 68 73 78 83

Com

Gonçalo

média (

microte

ANÁLISE F

RESULTAD

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ncha de are

o o mesmo

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a forma utili

7.7 – Resulta

Temperat(

m base nas

o do Amar

(TAB. 2.7).

xtura, porém

FUNCIONA

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eia e de Pê

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AB. 7.7, qu

izar um dad

ado dos ensai

Pouso do

tura da Pist(°C) 48 45 48 47 46 45 44 43 42 41 40 38 40 38 37 37

informaçõe

ante-RN, c

Quanto ao

m para a m

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NSAIOS DE

porto de São

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da a pista, qu

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do médio pa

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o Aeroporto

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1 LD 1 LE 1 LD 1 LE 1 LE 1 LD 1 LE 1 LD 1 LE 1 LD 1 LD 1 LE 1 LE 1 LE 1 LE 2 LE

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om Microte

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180

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ânico na p

ue não entr

ados de amb

ara toda a pi

ulo Britânico

d a Grande N

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83,073,885,281,477,070,471,477,877,078,076,875,470,475,075,277,476,64,2

. 7.7, pode-

extura muit

microtextura

a conforme

– AEROPO

do Amarant

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bos ensaios

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ração ainda.

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a de Areia re

bril/2011)

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corrigido) 86

76,8 88,2 84,4 80

73,4 74,4 80,8 80 81

79,8 77,4 73,4 77

77,2 79,4 79,3

4,240

ar a PPD do

TAB 2.5) e

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lagem. O t

. Desta form

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os.

ealizados na

Macrot(h0,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,0

o Aeroporto

e de macr

rma aeropo

rmente, con

s ensaios

traço foi

ma pode-

podendo-

pista de

textura hm) 77 73 78 78 78 76 77 78 77 76 77 72 75 78 77 72 76 02

o de São

rotextura

ortuária a

nforme a

Page 182: para pavimento aeroportuário

Instruçã

seja no

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Os

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7.8.

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T

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PP

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A

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mínimo 1,0

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ATRITO N

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AB. 7.8 - Re

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(°C) 28

ós determin

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ntes de vel

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antes de atri

7.9 – Valore

stura H

PD

SMA 1F

AZR

DZR

ZR

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0mm, desta

para pista n

NAS MISTU

e Pêndulo B

CAP 50-70

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0,76

1,21

1,28

1,18

1,02

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nova, e que

URAS ASFÁ

Britânico e

0 LUBNOR

ensaios de P

BPN

72

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Sp” e do N

ados de 3 m

BZR), estud

me observa-s

F60 para as m

cionais (AZR

mm) BPN

76

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6

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9

181

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R. Sendo que

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misturas con

dadas por

se na TAB.

misturas anal

R, DZR e BZ

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69

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que pistas n

e o valor da

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e os resultad

ânico e de M

BPN(corrig

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nde Natal,

e Atrito “F

nvencionais

ARAUJO

7.9.

lisadas e com

ZR) (ARAÚJ

Sp

74,7

125,9

133,81

122,45

104,27

novas o val

a macrotext

icitação do t

RATÓRIO

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8

a superfíci

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F60” para as

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(2009), qu

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O, 2009)

FR60

39,2

48,8

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1F

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asfáltica

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asfálticas

odologia

u ensaio

misturas

60

38

45

44

48

52

Page 183: para pavimento aeroportuário

182

Definidos então, Sp e F60, pode-se finalmente calcular o IFI (International Friction

Index) de cada misturas a qualquer velocidade de passeio S, por meio Equação (EQ. 2.4).

A partir dos valores calculados e visando conhecer o comportamento do atrito para

diferentes velocidades, foi determinado o IFI para cada mistura avaliada, sendo o gráfico

apresentado na FIG. 7.13. Pode-se observar que a condição de atrito, considerando os

cálculos baseados na teoria do International Friction Index, para medições de mancha de

areia (Sp) e pêndulo britânico (FR60) para as cinco misturas: Placa SMA 1F, PPD do

Aeroporto e AZR, DZR e BZR.

Uma vez que na TAB. 2.10 não consta o equipamento do pêndulo britânico como

referência para se classificar uma PPD de acordo com a ANAC (2009), não se pode comparar

os resultados obtidos com o método IFI com nenhuma das velocidades previstas no teste,

65km/h ou 95km/h. Assim sendo, para realizar se obter um parâmetro de classificação dos

valores IFI encontrados, se calculou o valor de F65, para cada mistura, com a utilização da

Equação (EQ. 2.4), e com base nos dados da TAB. 2.10, que trata dos parâmetros mínimos

aos ensaios de medição de atrito, utilizou-se os dados das colunas [6], [7] e [8] dos

equipamentos Griptester e Skiddometer para a velocidade de 65km/h. Com estes dados, foram

calculados os coeficientes mínimos de atrito mínimos (pista nova, nível de manutenção e

nível aceitável) para cada equipamento e para cada mistura, pois cada mistura tem um

coeficiente de velocidade (Sp) diferente, fazendo-se a conversão dos coeficiente utilizando-se

os dados da TAB. 2.15, que trata da relação dos equipamentos calibrados para obtenção do

F60, que possui os dois equipamentos calibrados. Desta forma, verificou-se que as duas

conversões de valores apresentaram as mesmas classificações de pista, para os valores

encontrados, conforme ilustrado na TAB. 7.10.

Pela literatura esperava-se que a mistura SMA obtivesse uma resultado de atrito (IFI

neste caso) inferior a de uma mistura convencional, em razão microtextura dos agregados

estar impregnada de ligante asfáltico, porém conforme pode ser observado na TAB. 7.10 que

a mistura obteve uma classificação de pista como segura não supervisionada. Espera-se

conforme prevê a literatura, um aumento do valor do atrito com o tempo, em decorrência do

desgaste dessa camada de ligante, expondo seus agregados.

As misturas AZR, DZR e BZR correspondem a faixa 2 da DIRENG, executadas por

ARAUJO (2009), analisando misturas acima, dentro e abaixo da Zona de Restrição da

metodologia Superpave de dosagem do Concreto Asfáltico, mostraram-se como pista segura

não supervisionada, com exceção da mistura (BZR) que obteve classificação de pista nova.

Page 184: para pavimento aeroportuário

183

A mistura da Pista de Pouso e Decolagem do aeroporto de São Gonçalo, obteve

classificação de segura e não supervisionada, com seu índice acima do nível de manutenção,

apesar de ser uma pista nova que ainda não entrou em operação.

FIG. 7.13 – Comportamento do atrito global das misturas

TAB. 7.10 – Classificação dos pavimentos utilizando-se o método IFI e coeficientes de atrito mínimo

convertidos para os equipamento Griptester e Skiddometer, para cada tipo de mistura

Mistura Sp F65 EquipamentoPav

Novo*

Nível

Manut.*

Nível

Aceitável*Classificação

PPD 74,7 0,36 Griptester 0,39 0,31 0,26

pista segura não supervisionada Skiddometer 0,38 0,29 0,24

Placa

SMA 1F 125,9 0,43

Griptester 0,48 0,36 0,31 pista segura não supervisionada 

Skiddometer 0,47 0,39 0,29

AZR 133,81 0,42 Griptester 0,54 0,41 0,35

pista segura não supervisionada Skiddometer 0,52 0,39 0,32

DZR 122,45 0,46 Griptester 0,51 0,38 0,33

pista segura não supervisionada Skiddometer 0,50 0,37 0,32

BZR 104,27 0,50 Griptester 0,48 0,36 0,31

pista nova Skiddometer 0,47 0,34 0,30

*Observação: Valores da TAB. 2.10convertidos, utilizando-se dados da TAB. 2.15 e Sp de cada mistura.

0,000

0,100

0,200

0,300

0,400

0,500

0,600

0,700

0,800

0,900

1,000

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340

IFI

Velocidade (km/h)

PLACA SMA 1F

PPD Aeroporto

AZR

DZR

BZR

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184

8 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

8.1. CONCLUSÕES

Este trabalho tem caráter inedistista no Brasil, estudando a utilização do SMA em

pavimentos aeroportuários, verificando assim a potencialidade de sua utilização em PPD do

Brasil, onde de acordo com as qualidades atribuídas ao SMA pela experiência rodoviária e

pela experiência internacional em utilização em aeroportos.

De acordo com os objetivos deste trabalho foram analisados casos da experiência

internacional em pavimentação asfáltica em aeroportos utilizando-se a mistura tipo Stone

Matrix Asphalt (SMA), e como objetivos específicos foram propostos estudos nas camadas

do pavimento da pista de pouso e decolagem do Aeroporto da Grande Natal – RN, em

construção pelo 1° Batalhão de Engenharia de Construção, organização militar do Exército

Brasileiro.

A pista de pouso do Aeroporto da Grande Natal – RN apresentou macrotextura inferior a

recomendada de 1mm, o que levou a preocupação quanto aos testes de atrito dinâmico, que

seriam efetuados pela contratante. Esta preocupação com o atrito e macrotextura é eminente

em obras aeroportuárias com pavimentação asfáltica, o que poderia ser minimizado,

utilizando-se uma mistura que prove uma macrotextura dentro das especificações e a um bom

atrito, como no caso do SMA, motivação suficiente para elaboração deste trabalho.

De acordo com o objetivo principal deste trabalho que consistiu em estudo da mistura

tipo Stone Matrix Asphalt (SMA) para pavimentos aeroportuários, pode-se concluir que a

mistura possui propriedades superiores aos CA convencionais.

Quanto aos resultados dos ensaios das características geotécnicas dos materiais

empregados em parte do pavimento do Aeroporto da Grande Natal:

Do ponto de vista do comportamento resiliente dos materiais constatou-se que o

Modelo Composto para descrição do módulo resiliente apresentou o melhor ajuste

quando comparado com os outros modelos utilizados nesta pesquisa;

O material do subleito apresentou valores de módulo resiliente superiores às demais

camadas do pavimento;

A deformação permanente total dos materiais de subleito e sub-base apresentou-se

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185

baixa para o estado de tensões adotado.

Quanto aos resultados dos ensaios das misturas SMA com os agregados locais da região do

Aeroporto da Grande Natal:

Da análise de ambas as misturas, se destacou a mistura com Asfalto Modificado,

CAP Stylink, que obteve melhor desempenho com relação em Resistência a

Tração, ao Módulo de Resiliência e à Fadiga. Quanto ao ensaio de dano por

umidade induzida, o ensaio deve ser repetido para constatar a deficiência

encontrada, o que não deveria acontecer com CAP modificado.

Devido ao alto teor de ligante da mistura SMA são necessários estabilizantes, e

comumente utilizam-se fibras de celulose;

Houve necessidade da utilização de muitos finos na mistura, passantes na peneira

#200, o que é uma característica do SMA. Foram utilizados finos do próprio

agregado e cal hidratado (1,5%), porém para utilização de quantidades maiores de

cal e utilização de outros fíleres, recomenda-se proceder o ensaio de Rigden.

Quanto ao grooving no SMA, não se realizaram ensaios nas placas, porém conforme

revisão da literatura, já foram ensaiados em laboratório obtendo resultados satisfatório. O

grooving deve ser utilizado em pistas testes ou trechos em taxis em operação, monitoradas

quando a presença de FOD e desagregação que são alguns dos problemas que podem gerar

um pavimento aeroportuário de SMA.

Quando ao ensaio de atrito em placas utilizando-se o método IFI, com uso do pêndulo

britânico e ensaio de mancha de areia, pode-se constatar que o valor obtido pela placa do

SMA é compatível com a literatura, prevendo um atrito inicial menor, porém seria exigido

testes posteriores colocando–se a placa em serviço ou ao desgaste de alguma equipamento

simulando o tráfego para que se possa após o desgaste inicial da película de ligante, haver um

aumento do significativo do teste de pêndulo britânico. Porém apesar da presença desta

película a placa SMA apresentou uma classificação de pista segura não supervisionada, o que

dentre as outra pesquisa utilizada para referencia 2 de 3 foram também classificadas de forma

semelhante. Cabe lembrar das pistas testes do aeroporto de Johanesburgo, em que o atrito na

seção de SMA apresentou elevação do valor de atrito, pela perda do filme fino de ligante.

Quanto os procedimentos executivos destacam-se o desuso de rolos pneumáticos,

utilizando-se de rolos lisos vibratórios, a elevada porcentagem de fíler que pode ser um

gargalo na produção do SMA em usinas tradicionais, além do uso de fibras, a criteriosa

seleção da granulometria dos agregados e também a temperatura de compactação, que deve

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186

ser criteriosa, evitando-se assim quebra de materiais e o melhor arranjo do esqueleto pétreo.

8.2. RECOMENDAÇÕES PARA PESQUISAS FUTURAS

Para continuidade desta pesquisa, recomenda-se:

Localizar agregados e materiais alternativos regionais nas proximidades do

Aeroporto da Grande Natal/RN, com a finalidade de se estudar o comportamento

e economicidade com materiais regionais como calcário e cal hidratada;

Coletar agregados diretamente do britador com granulometrias que possam ser

utilizadas nas faixas granulométricas específicas para o SMA, sem a necessidade

de britagem posterior;

Complementar a campanha de ensaios mecânicos para as misturas SMA,

incluindo ensaios de deformação permanente, e de preferencia com simulador de

tráfego;

Quanto ao estudo do SMA em aeroportos, realizar pistas teste ou trechos

monitorados para verificar as características em campo da mistura, impregnação

por borracha e facilidade de limpeza;

Realizar campanha de ensaios de deformação permanente para o solos do local;

Analisar mecanicamente possíveis corpos-de-prova retirados das placas, para

comparação das influências do tipo de compactação utilizada;

Testar os fíleres quanto a sua superfície especifica e realizar o Ensaio de Rigden,

constatando sua adequação quanto a utilização em misturas SMA;

Realizar ensaios nas placas com utilização do gritting, verificando sua utilidade

para melhoria do atrito inicial do SMA;

Realizar os ensaios nas placas com outros equipamentos de atrito como CT

Meter, Drenabilidade, DF Tester e o medidor de atrito dinâmico portátil (micro

griptester), desta forma podendo-se chegar a correlações eficientes para o teste de

atrito em laboratório, sem a necessidade de executar várias pistas teste.

Método IFI utilizando o asfalto modificado

Comparação dos resultados mecanísticos com a compactação CGS, analisando

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187

diferenças atribuídas aos processos de compactação;

Testar outros tamanhos máximo nominais (TMN) de agregados;

Estudo de ruído do SMA;

Estudo do grooving no SMA;

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