Para estar na lembrança dos filhos amanhã , você tem que ... · 40 DDS - Dever de Sentar-se...

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Ano LVII • agosto • 2017 • nº 509 Para estar na lembrança dos filhos amanhã, você tem que estar na vida deles hoje... Fragilidade do Casal e da Família Amoris Laetitia Capítulo VII

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Para estar na lembrança dos filhos amanhã,

você tem que estar na vida deles hoje...

Fragilidade do Casal

e da Família

Amoris Laetitia Capítulo VII

Í N D I C E

01 editorial

super-região02 Dia dos Pais03 Não só de pão!04 Fragilidade do casal e da família06 Subiu a montanha08 No silêncio e na oração Deus molda o nosso coração

igreja católica10 Amoris Laetitia - capítulo VII12 Palavra do Papa14 O padre, ultrapassando culturas... 15 Assembleia Pastoral Familiar16 Santo Agostinho de Hipona

vida no movimento17 Super-Região Brasil 19 Província Norte20 Província Nordeste21 Província Centro-Oeste23 Província Leste24 Província Sul I

25 Província Sul II26 Província Sul III

raízes do movimento 28 Padre Caffarel e a Oração

testemunho29 Crescer no amor32 Uma equipe distante 33 Amoris Laetitia: Inspiração

para o Tema de Estudo 201734 Christine e seu pai

reflexão36 Oração Conjugal37 Pontes sim, muros não 38 Retiro é amor a Deus!

partilha e PCE40 DDS - Dever de Sentar-se

serviços nas ENS42 Casal Piloto

43 notícias

Equipes de Nossa Senhora

Car ta Mensa lno 509 • agosto • 2017

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo - Equipe Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622).Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 115, Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1284 - email: [email protected] - Responsável: Ivahy Barcellos - Fotos capa e p. 42 Can Stock Photo - Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta edição: 27.500 exs.

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email: [email protected] A/C de Fernanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instru-ções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

editorial

Tema: “Ousar o Evangelho - PONTES SIM, MUROS NÃO”

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Fernanda e MartiniCR Carta Mensal

Queridos irmãos equipistas,Neste mês, a Igreja celebra as vocações sacerdotal, diaconal,

religiosa, familiar e leiga. É um período voltado para a reflexão e oração, a fim de pedir a Deus um novo clérigo verdadeiramente pastoral que propicie comunhão e unidade no seio da Igreja.

Outra importante comemoração de agosto é o Dia dos Pais. Padre Paulo Renato, SCE SRB, escreve sobre a importante e fundamental presença do pai na família.

Também nesta edição um artigo de Conceição e Macedo sobre a fragilidade do casal e da família, no mês em que encerram seu serviço de CRP Nordeste. Por meio da nossa experiência, somos convidados a intervir com benevolência apresentando a misericórdia de Deus nas crises conjugais e familiares.

Outro destaque é a síntese da mensagem do Papa Francisco na comemoração do 51o Dia Mundial das Comunicações Sociais, em maio deste ano, feita por Cristiane e Brito, CR Comunicação da SRB.

No mês de agosto também se comemora o dia de Santo Agostinho, pensador e doutor da Igreja. Com a ajuda da equipe da Carta e do Frei Arthur, SCEP Leste, separamos frases marcantes do santo. A cada uma delas cabe uma reflexão.

Por fim, em abril foi realizado o I Encontro Nacional de Novos Responsáveis. A SRB entende que a formação é essencial para a manutenção da unidade do Movimento e ajuda os responsáveis a cumprir melhor sua missão. Leiam o que nos esclarece Hermelinda e Arturo, CR SRB.

A vida do nosso Movimento tem sido intensa. Equipistas trabalham para servir a Deus através do irmão. Cada Província traz uma pequena amostra desse gratificante trabalho.

O DDS é o PCE em destaque este mês, assim como a importante função de Casal Piloto na formação de uma equipe.

Desejamos a todos um excelente mês.Que o Senhor, por intercessão de São

José, estenda Tuas Mãos Divinas sobre todos os pais.

Abraços fraternos,

Dia dos Pais

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super-região

É muito frequente encontrar-mos nos recentes documentos da Igreja a preocupação com a mulher, particularmente a mu-lher gestante. Realmente é neces-sário e importante que as mulheres sejam valorizadas em sua dignidade e respeitadas em seus direitos, de modo especial quando estão incum-bidas da enorme honra e responsa-bilidade de dar à luz uma nova vida.

Contudo, e aqui sem desmerecer de maneira alguma a figura da mu-lher e mãe, parece que se esquece um pouco da figura do genitor. Nesse mês, no qual celebramos o Dia dos Pais, aproveito para resgatar uma pa-lavra dos bispos sobre o papel deles na vida familiar e seus desafios.

Nossos pastores reunidos em Aparecida, no ano de 2007, por ocasião da V Conferência do Epis-copado Latino-Americano e Caribe-nho, afirmaram no documento final: “Torna-se necessário estimular em todas as nossas Igrejas Particulares especial atenção pastoral para o pai de família” (Documento de Apare-cida, 462). Por que o pai de família recebeu da parte dos bispos uma preocupação particular?

A resposta para essa pergunta é facilmente perceptível quando ana-lisamos o mundo no qual vivemos. Marcados pela ideologia do merca-do, tão combatida pelo Papa Fran-cisco, na qual o lucro e o dinheiro são o que determina as decisões e não o valor e a necessidade do ser humano, não é difícil encontrar pais que ainda com pouca idade encon-

tram-se descartados do mercado de trabalho ou mesmo escravos de um sistema trabalhista que os sugam até a exaustão. Com a responsabi-lidade que uma sociedade machista lhes impôs de serem os provedores do lar, o desemprego ou o ativismo laboral tornam-se geradores de uma série de consequências que afetam desde a autoestima até a esperança em uma vida melhor.

Os bispos afirmam que é impres-cindível a Igreja se preocupar com os pais. Devemos “denunciar a men-talidade neoliberal que não vê no pai de família mais do que um ins-trumento de produção e ganância, relegando-o inclusive na família ao papel de mero provedor. A crescente prática de políticas públicas e inicia-tivas privadas de promover inclusive o domingo como dia de trabalho, é uma medida profundamente des-trutiva da família e dos pais” (Docu-mento de Aparecida, 463).

Nesse Dia dos Pais, além de cum-primentar cada um dos senhores pelo fundamental e insubstituível papel que desempenham na socie-dade, quero fazer chegar a todos a solidariedade da Igreja que enxer-ga em suas missões muito mais do que consegue perceber o mundo economicis-ta em que vivemos. Com esperança em um mundo melhor, feliz Dia dos Pais!

Pe. Paulo Renato F. G. CamposSCE Super-Região

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São tantos os desafios e pro-blemas que a família enfrenta hoje, que pensamos: só pode ser super, superfamília!

Um deles é a pobreza. Quantas famílias vivem nas periferias tanto nas megalópoles quanto nas zonas rurais... quanta miséria e degrada-ção! Não só o desafio do “pão na mesa”, mas a falta de trabalho, de instrução, de saúde. Quem não co-nhece um pai sem trabalho, uma mãe desempregada, um jovem sem perspectiva... grande é a an-gústia, a família sofre e os vínculos tornam-se frágeis.

As péssimas condições dos bairros mais desfavorecidos, com problemas de habitação, trans-porte, a precariedade dos serviços sociais. A estes fatores materiais, acrescenta-se o dano provoca-do por pseudomodelos, difundi-dos pela mídia, baseados no con-sumismo e no culto da aparência, que chegam até às camadas mais pobres e incrementam a desagre-gação familiar.

Temos ainda uma grave con-tradição: a economia atual espe-cializou-se no usufruto do bem--estar individual, mas pratica amplamente a exploração dos vínculos familiares, quando cons-tata-se que a formação interior da pessoa e a circulação social dos

afetos têm na família o seu pilar, e que se for subtraída desmoro-na tudo.

E em alguns lugares, para agra-var ainda mais a situação, chega também a guerra, considerada a pior de todas as pobrezas, preda-doras de vidas, de almas, de so-nhos e de afetos, os mais queri-dos e sagrados.

Com efeito, toda essa miséria social atinge a família, e por vezes a destrói...

Para melhorar esta situação, os responsáveis pela vida pública precisam dar apoio e reorganizar uma nova ética civil, baseada nos valores familiares, que são os sus-tentáculos da sociedade.

E a Igreja é mãe, e não deve es-quecer este drama vivido por seus filhos, deve ela mesma ser simples como instituição, simples no estilo de vida de seus membros, e aba-ter qualquer muro de separação, principalmente dos mais pobres. É preciso oração e ação. Devemos ser famílias cristãs protagonistas desta revolução da proximidade familiar, ajudando as famílias a ir em frente com o desafio da po-breza que atinge e enfraquece os laços familiares.

Apesar de tudo isso, há tan-tas famílias que procuram levar a vida diária com dignidade, muitas

NÃO SÓ DE PÃO!

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vezes confiando abertamente na bênção de Deus.

É quase um milagre que dian-te destas condições, a família con-tinue a formar-se, e a conservar – como pode – a humanidade es-pecial dos seus vínculos, e deve-ríamos ajoelhar-nos diante destas famílias que são uma verdadeira escola de humanidade, e ensinam que o homem não vive só de pão!

Também e principalmente de afe-to familiar, de amor!

Abraçamos todas as famí-lias, verdadei-ras heroínas no mundo!

Hermelinda e ArturoCR Super-Região

O Concílio Vaticano II assim se ex-pressou: “As alegrias e as esperan-ças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos po-bres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperan-ças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo. Não se encon-tra nada verdadeiramente humano que não lhes ressoe no coração” (GS 1). Eis o horizonte que deve envol-ver todos os cristãos. Não estamos além, nem aquém da realidade hu-mana, contudo nossa Fé confirma--nos na certeza, pois estamos envol-vidos no amor de Deus, real em Jesus Cristo (cf. Rm 8,35ss), e o amor é for-te como a morte (cf. Ct 8,6). Toda re-alidade humana por mais vulnerável que se apresente tem sempre possi-bilidade de ser ultrapassada, o amor nos estimula a buscar novas possi-bilidades criativamente e não cur-varmos diante das impossibilidades. Somos maiores do que toda nega-ção humana. O amor nos qualifica para enfrentar a realidade, a convi-ver com o outro, a nunca condenar,

mas fazer-nos companheiros. So-mos qualificados pelo Senhor e in-troduzidos nesta dinâmica pela gra-ça do batismo.

Nessa fé precisamos olhar a rea-lidade mundial e brasileira, entretan-to nos deteremos sobre a realidade do casal e da vida familiar, em espe-cial brasileira. Olhando a realidade não queremos sucumbir, mas encon-trar elementos para enfrentar os de-safios, inclusive em nossas próprias famílias, pois não encontramos isen-tos. Ninguém escapa da avalanche que nos envolve, criando inúmeras incertezas para todos. O individua-lismo exacerbado tem dificultado as relações entre as pessoas; uma sexu-alidade pautada exclusivamente no prazer tem impossibilitado uma re-lação saudável entre o homem e a mulher; a facilidade jurídica tem fa-vorecido as separações por simples quebra de cláusulas das relações; di-fusão da comercialização do corpo tem criado uma mentalidade antina-talista e desqualificado à compreen-são de paternidade e maternidade;

Fragilidade do Casal e da Família

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as questões de trabalho têm muito a ver com a crise do casal e familiar e, por cima de tudo e bem no pla-no eclesial, é presente a crise da fé, onde o casamento é mais questão de hábito ou tradição que vocação, e a catequese deixa muito a desejar.

Diante dessa realidade urge a Igreja exortar os casais fragilizados a aprofundar sua opção primeira, le-vá-los à reconciliação, dar passos de conversão, pois assim se constrói a felicidade e santidade. Nesse proces-so “um pequeno passo, no meio de grandes limitações humanas, pode ser mais agradável a Deus do que a vida externamente correta de quem transcorre os seus dias sem enfren-tar sérias dificuldades” (EG 44). Nes-se processo tem muita propriedade a ciência psicológica, sem dispen-sar a acolhida eclesial e o testemu-nho do outro, e isso implica tempo e muita oração. É na própria famí-lia que se encontra a força de supe-ração, pois, embora ferida, aqui há possibilidade de viver o amor e nun-ca cabe entregar os pontos ou dar--se por vencido. Prevalecendo a lin-guagem da resignação com toda certeza chega-se à separação. Nes-te ponto o Papa Francisco apela para a Misericórdia, é preciso compreen-der a situação, confrontá-la com o projeto de nosso Deus que apresen-ta o Matrimônio como possibilida-de de santificação e felicidade do ser humano. E mais, está disponível a resgatar o ser humano, em espe-cial quando chega ao “nada huma-no”. Não é preciso chegar ao nada, mas ao chegar voltemos para o Se-nhor que tem um plano de santifica-ção para o ser humano e que passa pelo matrimônio. Que bom abeirar--se desse mistério! Aqui o Pe. Caffarel

fala de atitude de penitente. A fragi-lidade dos casais e das famílias é de-safiadora para a comunidade ecle-sial que precisa aprender a acolher e apoiar. Deve aproximar-se sem jul-gar, a proximidade de quem sabe sofrer com os que sofrem e alegra--se com quem se alegra.

Assim, cabe às ENS, como movi-mento de pessoas ativas e por sua ex-periência de santidade, intervir, com criatividade, com a benevolência, com maior empenho, apresentan-do a misericórdia de Deus nas crises dos casais e das famílias. Os equipis-tas sejam missionários pela irradiação de sua vida familiar, de trabalho, de amizade, etc. Os casais das ENS são convidados a acolher, formar e acom-panhar a fé dos jovens casais; urgem aproximar-se das famílias feridas; são encorajados a serem instrumentos da misericórdia de Deus e da Igreja para quem fracassou no matrimô-nio. Por seu lado, tomem consciência que a fidelidade conjugal é um dom de Deus, e precisa ser posto a servi-ço, isto os qualifica a acolher, ajudar a caminhar na fé e na verdade sobre o olhar de Cristo, e assim participar da vida da Igreja. Desse modo chamado a achar os melhores modos de inter-vir, leves como o Espírito Santo, pro-fundo como a caridade e atentos às pessoas.

Sabemos discernir, comprender e deixar-nos acompanhar ao longo do caminho da fragilidade no casal e na fa-mília?

Conceição e Macedo CRP Nordeste

Os evangelhos, ditos sinóticos, apresentam o relato da Transfiguração do Senhor com algumas nuanças bem parti-culares. Apresenta Jesus tomando consigo os seus três discí-pulos mais próximos, levando-os a uma alta montanha onde se transfigurou, mostrou para que veio, apresentou sua iden-tidade pessoal, fê-los compreender seu projeto. Projeto que estava conforme as Escrituras, onde cabiam Moisés e Elias. Dar-se a conhecer é muito empolgante, assim converse com qualquer jovem sobre suas perspectivas. Jesus, ao falar de si, o fez de um modo claríssimo, mas como tinha exigências bá-sicas, os discípulos ficaram sonolentos, e quando deram por elas, Jesus já estava sozinho. Isto é muito normal nas relações humanas quando implicam exigências, e estamos perdidos quando impossibilitamos a dinâmica da realidade: “É bom fi-carmos aqui”. O ser humano não foi feito para a acomoda-ção, mas para o enfrentamento. Fazer tendas nunca! É pre-ciso estar aberto às novas possibilidades.

SUBIU A MONTANHA

(Lc 9,28-36; Mt 17,1-8; Mc 9,2-8)

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O projeto do Pai, apresentado por Jesus, é sempre brilhan-te, mexe com o homem “por dentro”, e é urgente ser envol-vido neste Mistério para criar um Mundo Novo, onde o valor primordial seja o ser humano, e todos nós, reconhecidos como “filhos, eleitos e capazes de ser ouvidos”, pois somos teste-munhas da Ressurreição. O homem novo que testemunhamos não se levantará da globalização do mercado, da negação do ser humano, nem da natureza, mas borbulha já nas periferias de nossa realidade, já é concreto nas organizações de todos os excluídos. Nas galileias da vida encontraremos o Senhor que buscamos “em carne e osso”, pois estamos caminhando com todos os desesperançados, dando-lhes chance de “sentar-se em nossas mesas”, sentir-se homens de corações vibrantes.

É próprio de Lucas compreender que tudo isto só nos é acessível pela ação do Espírito Santo, e o mesmo nos ade-ja pela Oração. Jesus levou seus discípulos a um alto monte, só em Jesus compreenderemos a verdade plena, só no Espíri-to Santo testemunharemos que nossos pequenos atos de hu-manidade abrirão futuro para todos os homens, só na Oração constante e deste modo “botando o joelho no chão” concre-tizaremos um mundo solidário, um Brasil sem corruptos nem corruptores. ”Acompanhar é abrir-se à solidariedade entre os homens e mulheres, construir uma Igreja ‘em saída’, que sai-ba acolher, sustentar e praticar a misericórdia”( PONTES SIM, MUROS NÃO, Tema de Estudo de 2017).

Para resgatar os cem anos das aparições da Mãe do Senhor em Fátima, e uma espiritualidade bem própria de um povo, retomemos: “eu vi a opressão do meu povo no Egito” (cf, Ex 3,7); “convertei-vos e crede na Boa Nova” (Mc 1,15); “se vos-sa justiça não for maior que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no Reino dos céus” (Mt 5,20). Para entrar nesta di-nâmica é urgente passar quinze minutos, por dia, confrontan-do-se com os Mistérios Gozosos, Dolorosos, Gloriosos e Lumi-nosos de nossa fé. Nosso Deus quer entrar na realidade humana, só alcançaremos o homem novo ultrapassando os desafios diários, e as-sim chegaremos à meta para qual somos cha-mados, e faremos isto comprometidos com a Igreja que nos lava nas águas do batismo e nos alimenta à Mesa Eucarística, e estimula a co-munhão e a solidariedade.

Pe. Neto SCEP Nordeste

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No livro 100 Cartas sobre a Ora-ção, p. 94, o Pe. Caffarel nos diz: “Cristo está presente na criança como no maior místico. Mas a vida de Cristo, num e noutro, não está no mesmo grau de desenvolvimen-to. Se na alma do recém-batizado vibra já a oração de Cristo, no en-tanto só se encontra aí em germe, germe de fogo. É durante toda a existência, na medida de nossa co-operação, que ela se intensifica e, aos poucos, se apodera de todo o nosso ser.”

Estas palavras do Pe. Caffarel nos levam a refletir e louvar a Deus por cada um(a) que abre o seu co-ração a Deus e se deixa interpe-lar pelo Senhor. Pelo seu olhar. E o olhar de amor do Senhor é irresistí-vel. Embora ciente da sua fragilida-de com receios de não saber cor-responder a este amor tão grande, o coração balbucia uma resposta: “Aqui estou Senhor, que queres

No silêncio e na oraçãoDeus molda o nosso coração

que eu faça? Ensina-me, eu que-ro aprender.”

Então silenciosamente, como o oleiro que trabalha sua obra, o Se-nhor vai moldando o coração que a Ele se entrega... dia a dia... passo a passo... e o medo dá lugar a outro sentimento: serenidade, paz, con-fiança. O artista é Deus, mas posso ser instrumento em suas mãos, pos-so ser o vaso que leva à humanidade o vinho do amor de Deus.

Deixa-te tu também interpelar! A tanta sede no mundo, sede do amor de Deus! Venha unir-se a nós, seja também um intercessor!

Testemunhos:Por ocasião do Encontro Nacio-

nal das ENS em Aparecida fiz minha inscrição como intercessora, e ao me inscrever pedi a Deus por meu filho que prestava vestibular de Medicina. No dia seguinte ainda lá no even-to recebi uma grande graça, nosso

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filho que já estava desistindo do ves-tibular de Medicina nos ligou dizen-do que havia passado na prova, não tenho dúvidas de que foi um sinal! Mas o curioso é que depois disso mui-tas outras coisas não saíram como o planejado em nossas vidas, mas ser intercessora também me ensinou a confiar, que nós pedimos, mas só Ele sabe o que é melhor pra cada um de nós! Que Deus abençoe a cada um que se dedica de forma silencio-sa pelo bem do irmão! Obrigado.

Jane do Janio, Região Rio IV

O amor contagia, a oração con-tagia. É o que sentimos sendo in-tercessores. E mais em uma lin-da página da nossa vida tivemos a oportunidade, no dia 26 de maio de 2017 no Santuário Nossa Senhora de Caravaggio, de nos unirmos pes-soalmente à família dos intercesso-res que silenciosamente reza pelas intenções confiadas. A oração cons-trói pontes. Ser casal intercessor é nos abrir a um amor maior.

Edna e Gilberto, CRR Paraná Norte Londrina-PR

É com alegria que comunico o recebimento da Carta trimestral, e mais alegre ainda fico ao saber que com minhas orações posso ajudar os que precisam, mas percebo que muito mais ganho eu, por ter esco-lhido fazer parte do grupo de inter-cessores. Ressalto que as palavras de orientação e incentivo que vêm com a correspondência ajudam a fortale-cer minhas orações.

Suzana Vaz, Eq. N. S. de Lourdes Criciúma-SC

A experiência de se colocar a ser-viço de Deus, através da oração, for-talece-nos na caminhada de casal cris-tão. Esta vivência na oração nos faz

experimentar o amor de Deus na de-dicação e amor ao próximo. Por isso, ser da família dos intercessores é mui-to gratificante e nos faz amar mais.

Stela Bourbon, Recife-PE

Como AET no Setor de São José da Tapera e Pão de Açúcar, sempre tive o desejo de contribuir com as ENS, por meio de minhas orações, ou de modo concreto, como tal es-colhi uma atitude de sacrifício pes-soal, como o jejum. E, mais, uma regra de vida pessoal a exercitar neste dia. Assim seja, pelo bem es-piritual das ENS.

Ir. Olga H. de Souza, AL

Na Carta de Chantilly, Pe. Caffarel alerta para um grande desafio às Equipes de Nossa Senhora: as pes-soas fragilizadas pelas doenças ou pela morte de algum familiar. E através da intercessão eu participo do coração mesmo do Movimento das equipes colocando as intenções que me são apresentadas nas Mis-sas que presido. Sinto-me agracia-do com essa missão.

Pe. Luilton Pouso, sdb Sei que minha oferta é como

de alguém que oferece como ajuda a sua fatia de pão, mas existe uma multidão para saciar. Mas é a Deus que cabe o milagre, A mim cabe oferecer, colocar-me em suas mãos. Por amor aos meus irmãos eu te ofereço a mi-nha vida. M.V.

Com carinho e oração.

Goretti e MoacirCR Intercessores

Super-Região

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igreja católica

Amoris Laetitia Capítulo VII

O capítulo sétimo da Exortação Apostólica Pós-Sinodal Amoris La-etitia, sobre o Amor na Família, con-tinua a abordagem pastoral, iniciada no capítulo anterior. Este capítulo, intitulado “Reforçar a educação dos filhos”, do número 259 ao 290, afir-ma a responsabilidade inevitável dos pais na educação dos filhos e lembra que os “pais incidem sempre, para o bem ou para o mal, no desenvol-vimento moral dos seus filhos” (n. 259). O capítulo está dividido em sete pontos, todos eles com as-pectos bem precisos e práticos.

1. A pergunta que o Papa faz, Onde estão os filhos?, com o qual intitula este ponto, não se refere à questão física, mas onde se encon-tram em sentido existencial, onde estão posicionados “do ponto de suas convicções, dos seus objetivos, dos seus desejos, do seu projeto de vida” (n. 261). Por isso, a necessida-de da presença e da vigilância, para que a educação leve à maturidade, ao reto juízo e à sensatez, que de-pende de uma “cadeia de elemen-tos que sintetizam no íntimo da pes-soa”, no centro de sua liberdade, e não de elementos quantitativos de crescimento, promovendo liber-dades responsáveis (n. 262).

2. Para A formação ética dos fi-lhos, os pais devem suscitar confian-ça nos filhos e “inspirar-lhes um res-peito amoroso”, percebendo que

eles são importantes para eles. A ta-refa educativa dos pais abrange a educação da vontade dos filhos; o desenvolvimento de hábitos bons e tendências afetivas para o bem; criar o desejo de uma boa convivên-cia na sociedade; a formação moral, que “deveria realizar-se sempre com métodos ativos e com um diálo-go educativo que integre a sensi-bilidade e a linguagem própria dos filhos” (n. 264), realizada de forma indutiva; criar o gosto pelo bem, com inclinação afetiva, radicada no cora-ção; maturar hábitos, interiorizan-do os grandes valores, que se tradu-zam em comportamentos externos sadios e estáveis; construir a condu-ta moral por meio do fortalecimento da vontade e repetição de determi-nadas ações, “com repetição cons-ciente, livre e elogiada de determi-nados comportamentos bons” (n. 266); cultivar a liberdade “através de propostas, motivações, aplica-ções práticas, estímulos, prêmios, exemplos, modelos, símbolos, refle-xões, exortações, revisões de modo de agir e diálogos que ajudem as pessoas a desenvolver aqueles prin-cípios interiores estáveis que movem a praticar o bem”, e que se transfor-mem em virtude, que é uma convic-ção que se tornou princípio interior e estável do agir (n. 267).

3. A sanção adquire o valor de estímulo quando a criança e o ado-

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lescente se sensibilizam para se da-rem conta de que as más ações têm consequências, despertando a capa-cidade de “se colocar no lugar do outro e sentir pesar pelo seu sofri-mento originado pelo mal que lhe fez”, orientando a pedir perdão e a reparar o mal causado (n. 268). A correção é um estímulo quan-do os pais reconhecem o esforço dos filhos, pois “uma criança corri-gida com amor sente que foi levada em consideração, percebe que é al-guém, dá-se conta que seus pais re-conhecem as suas potencialidades” e seus pais não se deixaram levar pela ira e que não agem de forma “constantemente punitiva” (n. 269), e a disciplina é um “estímulo a ir sempre mais além”, evitando cons-truir um mundo “à medida dos de-sejos do filho” e “crescer sem cons-ciência de sua dignidade e de sua identidade singular e de seus di-reitos” (n. 270).

4. O Realismo paciente indi-ca que o percurso natural da edu-cação moral é dado por pequenos passos, que possam ser “compre-endidos, aceitos e apreciados, e im-plicam uma renúncia proporciona-da” (n. 270). A formação ética deve apresentar os valores como possibili-dade viável e que podem ser realiza-dos “de forma imperfeita e em dife-rentes graus” e só algumas pessoas conseguem cumpri-los perfeitamen-te (n. 272), apresentando-os pouco a pouco, de acordo com a idade dos filhos e as possibilidades pessoais de cada um, “sem pretender aplicar metodologias rígidas e imutáveis”, distinguindo entre “ato voluntário” e “ato livre” (n. 273).

5. A vida familiar como contex-to educativo afirma a família como escola dos valores humanos, onde se aprende o bom uso da liberdade; a discernir as mensagens dos meios de comunicação social; os apelos da era tecnológica, superando a ansie-dade e a pressa que lhe são caracte-rísticas; a ter paciência e não o “tudo e imediatamente” e a evitar a intoxi-cação tecnológica; como o lugar da socialização primária, pois é o lugar onde as crianças aprendem a relacio-nar-se com o outro, a escutar, parti-lhar, suportar, respeitar, ajudar e con-viver, com abertura para o mundo e a sociedade, rompendo o “egoísmo mortífero” (n. 276); repensar os há-bitos de consumo, cuidando juntos da “casa comum” e promoven-do o princípio da comunhão e o princípio da fecundidade (n. 277); tornar educativo os momentos di-fíceis e duros da vida familiar. É pre-ciso incentivar o diálogo entre pais e filhos, não permitindo que as tecno-logias de comunicação e distração atrapalhem a convivência familiar, superando o “autismo tecnológico” (n. 278). Também reavivar a aliança entre a família e a comunidade cris-tã, destacando a importância das es-colas católicas, que têm a missão de “ajudar os alunos a crescer como adultos maduros” (n. 279).

6. A educação sexual positiva e prudente é necessária, sem, contu-do, empobrecer a sexualidade, além de respeitar a fase – a idade e a ca-pacidade das crianças e dos jo-vens – para dar informações, e transmitir um são pudor. Deve evi-tar a agressividade narcisista, de tor-nar o outro objeto de experiências

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e que a “linguagem do corpo re-quer uma aprendizagem pacien-te que permita integrar e educar os próprios desejos em ordem a uma entrega de verdade” ao outro (n. 284), aceitando o próprio corpo e apreciando-o como foi criado, na sua masculinidade ou feminilida-de (n. 285).

7. O capítulo termina com o Transmitir a fé: “a educação dos filhos deve estar marcada por um percurso de transmissão da fé”, dificultado pelo estilo de vida de hoje. Entretanto, a família deve ser o “lugar onde se ensina a perce-

ber as razões e a beleza da fé, a re-zar e a servir o próximo” (n. 287). O exemplo dos pais é fundamen-tal: “É fundamental que os filhos vejam de maneira concreta que, para os seus pais, a oração é real-mente importan-te” (n. 289). É as-sim que a família tornar-se-á evan-gelizadora e mis-sionária.

Pe. Geraldo Luiz Borges HackmannSetor E, Porto Alegre-RS

O tema da mensagem do Papa para o 51o Dia Mundial das Comu-nicações Sociais em 28 de maio foi: “Não tenhas medo, que Eu es-tou contigo. Comunicar esperan-ça e confiança no nosso tempo”. Com este tema Papa Francisco pro-põe um estilo “aberto e criativo”, próprio dele, para comunicar a es-perança. Por isso, encoraja todos os que trabalham neste campo a co-municar de modo construtivo pro-movendo uma cultura do encontro. O Santo Padre ressalta: “O protago-nista da notícia não pode ser o mal – que nos leva à apatia, ao desespero e a anestesiar a consciência –, mas a solução dos problemas, com um es-tilo aberto e criativo... Em um siste-

Palavra do Papa51o DIA MUNDIAL DAS

COMUNICAÇÕES SOCIAISma de comunicação onde vigora a lógica de que uma notícia boa não desperta a atenção e, por conse-guinte, não se torna notícia, e onde o drama do sofrimento e o mistério do mal facilmente se tornam espe-táculo, somos tentados a anestesiar a consciência ou a cair no desespe-ro”. A realidade não tem um signi-ficado unívoco, afirma o Papa, tudo depende do modo com que a enca-ramos. Portanto, o ponto de partida ideal para se encarar a realidade, é a “Boa Nova por excelência”, ou seja, o Evangelho de Jesus Cristo. “Esta boa notícia comporta sofrimento, porque o sofrimento é vivido num quadro mais amplo, como parte in-tegrante do amor de Cristo ao Pai

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e à humanidade”. Ressaltou ainda o Papa Francisco que os “cristãos sempre têm a opção de repassar ou não a má informação que leva à di-famação e ao boato”. Logo após a peregrinação das Equipes de Nossa Senhora a Roma em 1970, Pe. Caffarel lembrou os equipis-tas da missão deixada pelo então Papa Paulo VI de não ser destina-tários da mensagem da espirituali-dade conjugal, mas sim mensagei-ros (Centelhas de Sua Mensagem, p. 121): “Paulo VI acaba de esco-lher as Equipes de Nossa Senho-ra para fazer chegar às cinco par-tes do mundo, a todos os cônjuges que ambicionam que seu matri-mônio seja bem-sucedido, que de-sejam crescer no amor, buscar a Deus juntos os dois, marido e mu-lher, santificarem-se não em para-lelo com sua vida conjugal e fa-miliar, mas no e pelo matrimônio, formar filhos de Deus, uma mensa-gem de uma extraordinária riqueza doutrinal e espiritual” Continuou ainda Padre Caffarel: “Os men-sageiros necessitam de uma imagi-nação com talento de inventor, ca-paz de descobrir as mil maneiras, as mil ocasiões de transmitir a to-dos, tanto aos casais jovens como aos já mais antigos, por todos os meios modernos e variados de di-fusão”. Desta forma é possível per-cebermos o peso da responsabili-dade que recai sobre as Equipes de Nossa Senhora quando Papa Paulo VI nos pede para levarmos a espiri-tualidade conjugal aos demais ca-sais do mundo, até mesmo aos não cristãos, quando Pe. Caffarel aceita essa missão nos pedindo quase que

profeticamente que utilizemos “mil maneiras, mil ocasiões... por todos os meios modernos e variados de difusão” (lembremos hoje da facili-dade e rapidez da informação atu-al, inimaginável 45 anos atrás) e quando o Papa Francisco nos lem-bra da nossa reponsabilidade com os meios de comunicação que dis-pomos. Assim fica para nossa refle-xão qual nossa atitude ante esses três pedidos que recebemos, qual testemunho passamos pelas redes sociais e grupos de comunicação? Finalizamos com as palavras de Pau-lo VI: “Vocês têm que realizar gran-des coisas”. Mãos à obra! Mas tam-bém, e antes de tudo, comecemos por rezar, lembrando as palavras de Cristo: “sem mim, nada podeis”, e do Papa Francisco: “Deus se fez so-lidário com toda a situação huma-na, revelando que não estamos so-zinhos, porque temos um Pai que nunca esquece seus filhos”.

Adaptado da mensagem do Papa Francisco em 28 de maio de 2017 para o

Dia Mundial das Comunicações Sociais por Cristiane e Brito,

CR Comunicação Super-Região

CM 509 13

Sou Josimar Ramos Marinho, oriundo da etnia tukano, tronco dos aruakes, localizada no noroeste do estado do Amazonas, na fronteira do Brasil com a Colômbia. Nascido na comunida-de de Barreira Alta no rio Tiquié. Após a vida étnica de comunidade, tendo feito os estudos, inclusive a formação de vida seminarística, ordenei-me sacerdote diocesano da Diocese de São Gabriel da Cachoeira, na paróquia de origem São João Bosco do distrito de Pari Cachoeira.

Tenho 22 anos de vida sacerdotal, atuo na Área Missionária Santa Ma-ria Goretti da Arquidiocese, na Zona Leste da cidade de Manaus, Amazo-nas. Imaginem um indígena, que lutou para ser sacerdote, atuar na zona mais diversificada e populosa na grande metrópole da cidade de Manaus. Fui acolhido pelo Arcebispo D. Sérgio Castriani, e por isso não medi esfor-ços para adaptação e coragem para assumir a missão evangelizadora nes-te contexto cultural e social, servindo a Igreja com alegria e dedicação, fa-zendo comunhão com o clero local.

Antes deste significativo processo tive o conhecimento do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Neste retorno para a capital, integrei-me ao serviço deste Movimento. Nestes dias de vida, encontro-me feliz no encontro de Conselheiros Espirituais da Província Norte, na Diocese de Castanhal-Pará.

Fazendo parte do Movimento, tive a oportunidade de pregar dois re-tiros em 2011, vivendo momentos de grande profundidade espiritual, re-flexão e conhecimento, que marcou na fé e na vida dos casais equipistas, que até no presente revigora, a grata formação de fé daqueles retiros. A mim especialmente enriqueceu na reflexão e na oração de compartilhar a verdade dos ensinamentos de Jesus.

Atualmente sou SCE da equipe 03, Nossa Senhora da Esperança, se-tor B, e a experiência de acompanhar a equipe, pelo testemunho de vida na pertença a este serviço, confirma a fé e perseverança da vida conjugal dos casais, e da mesma forma a minha fé e a perseverança para a minha vida sacerdotal. Cada encontro da equipe manifesta o desejo de superar os desafios e renovar o coração na confiança em Jesus, e, em união com os membros, construir a fidelidade e discernimento na oração que susten-ta a vivencia matrimonial no cotidiano.

Na imênsa Amazônia, revitaliza sob a infusão do Espírito Santo a Espiritualidade, o Carisma, a Mística, através do testemunho dos casais, esta vivência do seguimento a Jesus na proteção de Nossa Senhora que ultrapasa os territórios, transforma as culturas, cons-trói esperanças na vida cristã das famílias formando um corpo san-tificante e santificador da nossa Igreja Católica. Pe. Msc Josimar Ramos Marinho

Eq.03 - N. S. da EsperançaCastanhal-PA

O PADRE, ULTRAPASSANDO

CULTURAS...

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A Coordenação Nacional da Pas-toral Familiar esteve reunida nos dias 25 e 26 de maio para a 41o Assem-bleia Geral Ordinária em Apareci-da (SP) com a presença dos coorde-nadores regionais, do coordenador nacional e os representantes dos mo-vimentos ligados à família.

As Equipes de Nossa Senhora fo-ram representadas pelo Casal Respon-sável pela Comunicação Externa, Cris-tiane e Brito. Estavam presentes os casais equipistas que também são Co-ordenadores Regionais da Pastoral Fa-miliar, Adriana e Fabrício e o Frei Faustino do Setor de Manaus, Lu-ciana e Carvalho do Setor de Belém, Neiva e João Henrique do Setor de Porto Alegre e Osmarina e Toninho do Setor de Santo André. (foto - alto).

A Assembleia foi aberta pelo Pa-dre Jorge Filho, Assessor Nacional da Pastoral Familiar, dando boas-vin-das a todos, e ressaltou a importân-cia do trabalho dos agentes de pasto-ral, mas também lembrou os desafios ainda a vencer, como o fato de 30% das dioceses do Brasil ainda não te-rem a Pastoral Familiar implantada plenamente. Ressaltou a importância do Instituto Nacional da Pastoral Fa-miliar, INAPAF, responsável pela for-mação dos agentes, agora com uma nova equipe pedagógica, e citou as Equipes de Nossa Senhora que tam-bém se preocupam com a formação dos seus membros.

Dom João Bosco, Bispo de Osas-co e Referência Nacional da Pastoral Familiar, falou da importância desta

Assembleia Pastoral FamiliarAssembleia estar presente na casa de Maria no ano em que se comemo-ram os 300 anos da imagem de Apa-recida e 10 anos do CELAN. Lembrou da Amoris Laetitia que deve iluminar as famílias e que a missão da Pastoral Familiar é iluminar e não brilhar, pois o brilho ofusca, o que realmente im-porta são as boas obras da Igreja com a presença viva de Jesus sacramental. Dom João Bosco também lembrou do exemplo do Papa Francisco de sair ao encontro dos fiéis, de modo que a Igreja deve levar consolo aos que ne-cessitam e não ficar esperando que venham até ela pedir ajuda.

Esse apelo também se aplica para nós equipistas, pois é conhe-cido por todos o carinho de Padre Caffarel pelo trabalho pastoral, sempre incentivando os equipistas para se engajarem em suas Paró-quias nessa missão (A Missão do Casal Cristão, p. 150 a 155).

Esta Assembleia ainda teve o ca-ráter especial de ser eletiva, já que o casal coordenador nacional Verôni-ca e Roque deixou a missão, sendo que agora o casal Katia e Luiz dará continuidade aos trabalhos, a quem deseja-mos boa sorte e que contem sempre com nossas orações e apoio.

Cristiane e Brito CR Comunicação

Super-Região

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Santo Agostinho de Hipona Pensador e Doutor da Igreja

13/11/0354 - 28/08/0430

A medida do amor é amar sem medida. O orgulho é a fonte de todas as fraquezas, porque é a fonte de todos os vícios.

Não basta fazer coisas boas – é preciso fazê-las bem. Não há lugar para a sabedoria onde não há paciência.

Creio para compreender, e compreendo para crer melhor. Conhece-te, aceita-te, supera-te.

Se queres conhecer uma pessoa, não lhe perguntes o que pensa, mas sim o que ela ama.

Sê humilde para evitar o orgulho, mas voa alto para alcançar a sabedoria. Onde não há caridade não pode haver justiça.

Nas coisas necessárias, a unidade; nas duvidosas, a liberdade; aquele que tem caridade no coração tem sempre qualquer coisa para dar.

O supérfluo dos ricos é propriedade dos pobres. A soberba gera divisão. A caridade, a comunhão. Só o que faz bem ao homem pode fazê-lo feliz.

A busca de Deus é a busca da alegria. O encontro com Deus é a própria alegria.

Com a corrupção morre o corpo, com a impiedade morre a alma. Não há doente mais incurável do que aquele que não

reconhece a sua doença. Quem é bom, é livre, ainda que seja escravo. Quem é mau é escravo, ainda que seja livre.

O que é o tempo? Quando quero explicá-lo não acho explicação. Se o passado é o que eu, do presente, lembro, e o futuro é o que eu, do presente, antecipo, não seria mais certo dizer que o tempo é só o

presente? Mas quanto dura o presente? As pessoas viajam para admirar a altura das montanhas, as imensas

ondas dos mares, o longo percurso dos rios, o vasto domínio do oceano, o movimento circular das estrelas, e, no entanto, elas passam por si mesmas sem se admirarem.

Salma e PauloEquipe Carta Mensal

Frei Arthur SCEP LESTE

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vida no movimento

Super-Região Brasil

Dos dias 21 a 23 de abril realizamos o 1o Encontro Nacional de Novos Responsáveis, em Itaici-SP.

Todos os Casais Responsáveis de Setor e Casais Responsáveis de Região que tomaram posse na missão no segundo semestre do ano anterior participaram. A Super-Região Brasil acolheu 128 casais, vindos de todas as Províncias do Brasil.

O objetivo deste encontro é aprofundar a formação dos novos responsáveis, para que possam melhor cumprir sua missão. Por esse motivo, este encontro acontecerá todos os anos, seguindo a mesma regra de participação dos novos.

Pelas avaliações recolhidas ao final do encontro, e após a com-pilação e análise, verificamos que foram muito bem avaliadas, com cerca de 90% de satisfação sobre os temas abordados, a formação, a dinâmica do evento e a Liturgia.

Cabe ressaltar que, mesmo antes de ler as avaliações, perce-bíamos nos rostos sorridentes e nos olhos brilhantes dos casais participantes a alegria e o agradecimento de estar ali.

Também destacamos o grau de unidade, apesar da diversida-de, de cada região geográfica deste grande país continente que é o Brasil. Isso nos agradou muito, pois, apesar da quantidade, não perdemos a qualidade e o foco na essência do nosso Movimento.

Entendemos que a formação é essencial para a manutenção da unidade. E formar é evangelizar, pois o que buscamos é “a santidade dos casais, nem mais nem menos”, como nos disse o Padre Caffarel na primeira carta escrita a Nanci e Pedro Moncau, ainda em 1949.

Estamos muito gratos por mais este momento vivenciado para o enriquecimento do nosso Movimento no Brasil.

Hermelinda e ArturoCR Super-Região

I Encontro Nacional de Novos Responsáveis

Província Norte Província Nordeste

Província Centro-Oeste Província Leste

Província Sul I Província Sul II

Província Sul III Plenário pós-grupo

ConvivênciaLavagem das mãos

FLAGRANTES DO 1O ENNR

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Província norTE

Aconteceu nos dias 29 e 30 de abril de 2017 a primeira Ses-são de Formação Nível III, no Setor Itacoatiara, Região Norte I.

Foi com muita alegria que o Setor se preparou para receber pela primeira vez essa formação e também o Casal Responsável da Super-Região Brasil. Tudo aconteceu num clima de alegria e fraternidade, com a presença de 31 casais do Setor Itacoatiara. Foram dois dias de formação, troca de experiências e ajuda mú-tua, quando os participantes tiveram a oportunidade de conhe-cer mais o Movimento, sua estrutura, sua história e sua pedago-gia, e assim reforçar seu espírito de pertença às Equipes de Nossa Senhora. “Um movimento vivo é um movimento que está em construção a cada dia, graças à ação de cada um de seus mem-bros. Cada um, na obra, assume uma responsabilidade que lhe é própria, segundo suas atitudes particulares, seus recursos, seu tempo, sua generosidade. Um movimento declina para a mor-te quando seus membros deixam a mentalidade de construto-res para assumirem uma mentalidade de inquilinos” (Pe. Caffarel, Centelha de sua Mensagem, p.75).

“Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor” (Sl 39, 8).

Marilena e Jesus CRP Norte

UMA PONTE CHAMADA FORMAÇÃO SETOR ITACOATIARA

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Província norDESTE

Estamos há dois anos no Mo-vimento das Equipes de Nos-sa Senhora, somos CRE da Equi-pe Nossa Senhora da Luz, Setor A Aracaju, e tivemos a oportuni-dade de participar do EEN, nos dias 25 e 26 de março de 2017, pois já finalizamos a primeira eta-pa da Pilotagem e faltava este fe-chamento e a renovação do nos-so sim a este belo Movimento. Foi um final de semana de mui-ta aprendizagem, cada momen-to com seu significado e impor-tância. Em cada palestra, íamos conhecendo mais o Movimento e amando-o ainda mais, fortalecen-do o compromisso com o mesmo e sentindo o chamado mais forte

Encontro de Equipes Novas na Região Sergipe

de Deus para sermos equipistas.Percebemos o zelo e a organi-

zação dos casais responsáveis por este encontro em cada detalhe: acolhimento, sorrisos, dinâmicas, palavras, abraços, era tudo mui-to singelo e de coração. A presen-ça dos padres com suas palestras e palavras, inspiradas pelo Espírito Santo, foi um estímulo para nossa vida naquele momento, sendo se-mente que frutificará na nossa ca-minhada.

Aprendemos muito, e prin-cipalmente que fazer parte das Equipes de Nossa Senhora é op-ção nossa, para dizer sim ao cha-mado de Deus. Quando aceita-mos este chamado, devemos nos

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comprometer com o que pede o Movimento, cada encontro realiza-do, cada estudo feito, cada oração conjugal, meditação da Palavra, ou seja, a realização dos PCE nos pro-porciona um crescimento espiritu-al e conjugal. Realizando tudo isto, estamos colocando Deus no cen-tro da nossa família, e, sendo as-sim, tudo se encaminha.

Participar do EEN é uma rique-za, pois conhecemos outros casais, outras histórias e nos aprofunda-mos na beleza do Movimento. Mo-mento de despertar para o sentido verdadeiro do Movimento e perce-ber que somos chamados a fazer a diferença em qualquer ambiente que estivermos, sendo luz para ou-tras famílias.

Nosso compromisso vai além do que imaginamos, pois Deus es-colheu a família para gerar Seu Filho, sendo esta a coisa mais bela que o próprio Deus criou. Nossa responsabilidade é gran-de, pois devemos mostrar para o mundo que o nosso Deus maravi-lhoso é o centro do nosso lar.

É tempo de despertar e cultivar a família, deixando de lado o co-modismo e, verdadeiramente, fazer valer a pena ser equipista, aproveitando a vida, cuidando e educando os filhos, nos tornando casais cada vez mais inteligentes.

Este EEN foi inspirado para nos proporcionar um mergulho neste Movimento. Portanto, deixamos aqui nossa mensagem para os ca-sais que participarão desta expe-riência: casais, busquem crescer na oração e vivam verdadeiramen-te o que pede o Movimento das ENS, assim realizaremos o sonho de Deus e mostraremos que é ma-ravilhoso ser FAMÍLIA!

Obrigada, Deus, por ter inspi-rado Padre Henri Caffarel para dar o pontapé inicial para fundar este Movimento divino que proporcio-na o crescimento da família, cons-truindo um mundo sonhado por Deus!

Jislânia e Antônio JuniorEq. N. S. da Luz

Aracaju-Se

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Província cEnTro-oESTE

Aconteceu nos dias 6 e 7 de maio, no Convento das Irmãs Franciscanas dos Pobres, o 8o Encontro de Equipes Novas das Regiões Goiás Sul e Goiás Centro.

Participaram de forma muito ativa 37 novos casais, os for-madores, os casais dos Setores A e B de Goiânia, o CRR e o Ca-sal Provincial.

EEN GOIÂNIA

Os casais foram acolhidos com uma equipe de música e o abraço caloroso dos CRS e demais organizadores, deixando to-dos muito alegres, descontraídos e felizes para o que viria depois. Desde o primeiro módulo, houve sintonia, receptividade, atenção e interação com os formadores. A maior parte são casais jovens que demonstraram muita energia e também muita bagagem espiritual, tendo por base as respostas dadas após a apresentação dos módu-los e as reflexões em grupo.

A cada módulo o contentamento era percebido! A forma des-contraída e as dramatizações foram essenciais para que pudessem extrair de cada palestra a essência e perceberem a necessidade de se abrirem mais às ENS que acrescenta tanto na vida dos casais.

Após tanta riqueza e alegria demonstrada pelos participantes, ti-vemos o ápice do encontro com a Celebração Eucarística. A cele-bração do Compromisso ocorreu ao final da Santa Missa e foi feita de forma espetacular pelo SCER Pe. João Batista. Neste momento a emoção tomou conta dos casais... Foi um encontro magnífico, que temos certeza ficará para sempre guardado na memória daque-les casais. Na verdade, eles reconheceram a voz do Bom Pastor (Jo 10 1-18) e se comprometeram com o Movimento.

O poderoso fez em nós maravilhas, e Santo é o seu nome!

Débora e MarquinhoCRR Goiás Centro

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Província LESTE

No final de semana dos dias 25 e 26 de março, aconteceu o EEN (Encontro de Equipes Novas), no Centro de Formação e Espiritualida-de Cabriniano – CEFEC, do qual ti-vemos a graça de participar. Ape-sar de já termos alguns bons anos como equipistas, a nossa primeira equipe se desfez em 2008, pouco mais de um ano após termos termi-nado a nossa Pilotagem. Há exatos 3 anos, em abril de 2014, tivemos a felicidade de entrar na Equipe 10 do Setor E, onde começamos uma repilotagem. Foi como fechamento deste capítulo que recebemos a car-ta convite para estarmos lá no EEN. Podemos afirmar a vocês que não poderia existir final de semana me-lhor ou mais certo para estarmos lá. Estávamos até com alguns “proble-mas” em casa e ficamos na dúvida se de fato iríamos ou não. Mas já tí-nhamos assumido esse compromis-so e o Espírito Santo, agindo atra-vés do nosso Casal Setor, não nos deixou desistir. Foi especial!

Voltamos mais que renovados na certeza do SIM que estávamos dando, e pela graça de participar-mos deste belíssimo Movimen-to, podemos falar: “SIM, SOMOS EQUIPISTAS”. Éramos poucos ca-sais, talvez uns 10 no total, dos

Encontro de Equipistas Novos

quais 6 faziam parte de uma mes-ma equipe e os demais, como nós, participando de equipes já estabe-lecidas. Ali, não só consolidamos nossa Pilotagem, mas criamos no-vos casais amigos a cada apresen-tação, reunião e plenária, enrique-cidas com sinceros testemunhos, nos arrastando de vez para este lindo Movimento.

Os casais formadores estavam lá para nos mostrar o que nos guia, para onde vamos e o que levamos conosco, prontos a tirar todas as nossas dúvidas, e nos mostrar a beleza e riqueza do Movimento. Foi um momento único de recicla-gem e muito aprendizado. De for-ma mais especial ainda pudemos conhecer em cada detalhe a be-leza da criação do Movimento. A muitos temos que dar nosso “mui-to obrigado”: a Deus, ao Padre Caffarel, aos Casais Formadores e a todos os Casais Equipistas que, assim como nós, carregam a ale-gria do “SIM, eu quero fazer par-te das ENS”.

Um forte abraço e nosso mui-to obrigado por esta maravilhosa oportunidade e presente.

Paula e Rogério Eq. 10 - Setor E

Rio de Janeiro-RJ

Província SUL i

Em comemoração aos 67 anos do Movimento das Equi-pes de Nossa Senhora no Brasil a Província Sul I promoveu uma peregrinação a Aparecida no dia 20 de maio que con-tou com a participação de 1.500 equipistas com 15 SCE concelebrando uma emocionante missa na Basílica.

Sandra e Valdir CRP Sul I

Peregrinação a Aparecida

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Província SUL i i

FORMAÇÃO PERMANENTE

NOVO FÔLEGO

Nos dias 20 e 21 de maio de 2017, a Região SP/Nordeste promo-veu a Formação Permanente da etapa do “Novo Fôlego”, muito pro-videncial para a circunstância de casais acomodados em sua rotina e que se tornam incapazes de sair da letargia habitual.

Às vezes é necessário voltar às fontes de seu compromisso, para inovar e encher de energia os casais que se encontram desmotiva-dos e acomodados.

Nestes dois dias, os 36 casais, além da formação oferecida, reuni-ram-se em grupos, proporcionando uma troca de experiência e for-talecendo a fé cristã.

O encerramento foi com uma Celebração Eucarística, presidida pelo SCE.

Com esta iniciativa de formação, o Movimento das ENS deu um sinal poderoso de vitalidade e compromisso dos equipistas partici-pantes.

Lúcia e Rubson Setor B -Ribeirão Preto-SP

Região SP/Nordeste

Província SUL i i i

Formação Nível III Região Paraná Sul

Nossa Região viveu, nos dias 5, 6 e 7 de Maio de 2017, no Con-vento São Boa Ventura, em Campo Largo (PR), momentos de gran-de alegria e certeza de que o Movimento das Equipes de Nossa Se-nhora sabe caminhar, quando se ocupa em formar casais cristãos aptos a viver a Missão a eles confiada.

Com alegria acolhemos Hermelinda e Arturo, CRSB e Adriana e Hudson, CRP que apresentaram os temas previstos para a Forma-ção Nível III, de modo aprofundado, porém em linguagem simples e acessível, onde os 37 casais presentes puderam enriquecer seus conhecimentos e a sua vivência de equipistas, escutando... convi-vendo... e sanando dúvidas.

A avaliação foi unânime em classificar tudo como ótimo; po-rém, as falas de ambos os casais receberam a excelência!

Queremos partilhar o nosso sentimento de alegria por celebrar a UNIDADE do Movimento e lembrar que as Formações por ele dis-ponibilizadas são únicas, e de uma riqueza que não se encontra pelas “esquinas da vida”; contudo estão disponíveis, simplesmen-te aguardando a nossa “adesão”, sem desculpas ou meias-verda-des, mas com um “SIM” firme e decidido, de quem realmente co-nhece o seu valor.

Florinda e Celso CRR - Região Paraná Sul-PR

26 CM 509

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Queridos irmãos equipistas, so-mos da Equipe Nossa Senhora do Rosário e queremos testemunhar o que foi para nós o EEN, já que to-dos os casais da nossa equipe esta-vam presentes.

O encontro nos fez refletir sobre o nosso compromisso como equipis-tas e os deveres que temos que co-locar em prática em nosso dia a dia. Nos fez crescer como cristãos equi-pistas, conhecendo passo a passo toda estrutura do Movimento, nos apresentando alguns de seus docu-mentos pelos quais tivemos a opor-tunidade de aprofundar nossos co-nhecimentos e compreender melhor o significado de cada parte da Reu-nião de Equipe e como devemos re-alizá-la.

Dando ênfase aos Pontos Con-cretos de Esforço, como reforço ao

EEN - VIAMÃO / RS II

que vimos na Pilotagem, percebe-mos a real importância e o porquê de cada um deles. Também ficou claro que se os praticarmos, fortale-cemos ainda mais os laços de nossa equipe com o Movimento.

A oportunidade de poder viven-ciar e realizar o Dever de Sentar--se durante o encontro também foi muito significativo, pois é um dos PCE em que alguns casais ainda têm muita dificuldade em fazer.

Finalizamos deixando o nosso muito obrigado aos Organizado-res do Encontro, a Equipe Formado-ra, desde a acolhida, as refeições, as orações e as palestras, sentimos que tudo foi preparado com muito amor, dedicação e carinho.

Eq.14 - N. S. do RosárioSetor Litoral - Região RS II

Capão da Canoa-RS

raízes do movimento

Conhecemos a importância que Padre Caffarel atribuía à oração. Consagrou toda a sua vida a ela. Ensinou-nos a nos aproximar dela com amor. Sempre enfatizou a ne-cessidade desse encontro com o Senhor.

Foi esta atenção para com a oração que o levou a entregar a direção do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, para consagrar totalmente seus últimos anos a este tempo tão forte e fundamen-tal da vida cristã, em Troussures.

Aprender a orar, saber orar, fa-zer de nossa vida uma oração, aí está com certeza um objeti-vo para o nosso crescimento. Pois sabemos que é ali, nesse momen-to de encontro misterioso e inten-so com o Senhor, que nossa fé acontece.

Há um aspecto que Padre Caffarel pôs em evidência numa de suas cartas, que permite dar-se um sen-tido renovado à oração e de apro-ximar-se de Deus com uma con-fiança toda especial.

“Você é esperado por Deus!”, lembrava-nos Pe. Caffarel. Sabe-

Padre Caffarel e a Oração Maria Carla e Carlo Volpini CR ERI 2006-2012*

mos que Deus nos espera a cada momento. A cada momento de nossa vida, Deus nos espera, a cada momento de nosso dia. Essa certeza deve acompanhar-nos permanentemente e deve nos le-var a viver nossos momentos de oração com mais simplicidade e mais alegria.

Como não ir com serenidade ao encontro dAquele que nos espera com paciência, com tranqüilidade, com serenidade? Como não estar-mos prontos para Lhe falar, para Lhe desvendar e para Lhe confiar todo o nosso ser? Ele está aí, es-perando, simplesmente para nos acolher com amor.

Nossa “vida” se desenrola na “espera”, na esperança e na fé de que aquilo que esperamos em nossos projetos vai se realizar. A fé também é uma grande espera, es-pera do Senhor e de seu Reino que vem. Jesus, em sua vida humana, preencheu continuamente a espe-ra dos outros: Ele devolveu a es-perança, fez renascer a confiança, curou as feridas, amou.

Padre Caffarel nos lembra: “Você é esperado por Deus. Ele está aí para lhe dar nova esperan-ça, para lhe dar confiança, para curar suas feridas, para preencher seus vazios”.

E a oração torna-se vida.

Colaboração Maria Regina e Carlos Eduardo

Eq. N. S. do Rosário Piracicaba-SP

Livros sobre a oração, escritos peloPe. Caffarel e disponíveis no site ENS (ens.org.br)

28 CM 509

* EDITORIAL Boletim dos Amigos do Pe. Caffarel – no 4

testemunho

Falar do projeto “Crescer no Amor” é como falar de um filho gerado, esperado e amado.Quando iniciamos o projeto tínhamos ansieda-des, expectativas e muita vontade de ver brotar a semente do matrimônio.Desde a primeira reunião nos apaixonamos ao ver a necessidade e a vontade de cada casal.Hoje, ao chegarmos à Celebração do matri-mônio de dois casais “Crescer no Amor”, sen-timos um amor muito intenso, sentimentos

de realização e dever cumprido. Como nos abastecemos mensalmente em nossas reuniões

de equipes. Quanta bagagem adquirimos. E como é importante para cada um de nós estarmos dispostos a evangelizar.Nesse momento nosso coração se enche de alegria e realização.Só temos uma grande certeza nesse grandioso momento.

“Ide pelo mundo, pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15).Ione e Toninho

Eq. N. S. da AbadiaItarumã-GO

CRESCER NO AMOR

Testemunhar sobre o significado do “Crescer no Amor” no nosso matrimônio é a possibilidade que temos de passar pela vida de outras pessoas e fazer a diferença.

O “Crescer no Amor” surgiu na nossa vida num momento mui-to delicado, complicado, difícil e penoso. O momento mais difícil da minha vida até hoje, e infelizmente ainda não me sinto a vontade para contar exatamente o que aconteceu. No auge deste sofrimen-to, a única coisa de que eu precisava era de alguém pra compartilhar. Minha família não pôde me ajudar porque moram em outra cidade. Aqui onde moramos temos um ao outro e nossos poucos amigos, os quais infelizmente não pude contar com o apoio. Muitos não sa-bem o poder que uma palavra bem dita tem. E palavras bem ditas ou apenas um ouvido eram tudo que eu precisava. Com o tempo eu fui espremendo aquele sofrimento dentro de mim. Tive que buscar ajuda profissional, fiz terapias e fui diagnosticada com depressão aos 25 anos de idade. E nessa época o “Crescer no Amor” aconteceu.

CM 509 29

Muitos não sabem o poder que uma palavra bem dita tem!

Nosso primeiro encontro passou-se no dia 5 de março de 2016, e foi neste dia que a nossa vida mudou, para sempre. Algumas horas antes da reunião, meu esposo e eu tínhamos decidido nos separar. O convívio estava cada vez mais difícil, estávamos esgotados. Tentamos incessantemente ligar para um dos casais que coordenavam nosso grupo para dizer que não íamos, mas por algum motivo a ligação não completava. Então, resolvemos ir até lá para dizer isso pessoalmente. Quando chegamos na residência de um dos casais integrantes do grupo, onde a reunião aconteceria, ficamos com vergonha de dizer a todos que não íamos mais participar, daí, em vez disso, nos sentamos e ficamos.

Nossos coordenadores decidiram que nas cinco primeiras reuniões eles convidariam um casal equipista para nos auxiliar durante os estudos dos temas propostos e também compartilhar experiências conosco. Naquele dia, o casal convidado era Ione e Toninho.

Naquela noite eu estava me sentindo a pior dos seres humanos, afinal, meu casamento estava acabado. Todos que lá estavam, nos disseram tantas palavras bem ditas, tanta direção nos apontaram. No fim da reunião quando meu esposo e eu entramos no carro decidimos que não íamos mais nos separar.

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Ele me levou até uma praça bem tranquila da cidade, pois tínhamos visita em casa, e lá falamos tudo que estava guardado em nosso coração e descartamos a possibilidade da separação.

Desde então meu matrimônio é uma bênção. Eu sou outra pessoa, meu esposo agora sabe,o que é ser um marido.

Desde que entrei para o grupo imagino quantos casais estão por aí gritando socorro como eu gritei, quantos está agindo de forma errada, cada um na sua razão achando que está fazendo a coisa certa sem saber o quanto uma experiência dessas pode ajudar. Acredito que equipistas, não alguns, mas todos, têm bagagem suficiente para auxiliar esses casais, e dar a eles uma direção.

“Crescer no Amor” restaurou meu casamento, e ainda digo que “restaurar” não é a expressão correta. O meu casamento estava destruído, passou uma bola de demolição na nossa vida que destruiu tudo que havíamos construído ao longo de oito anos. Sofremos muito, mas se sofremos foi porque amamos, afinal, o amor nada mais é do que “sofrer”. É claro que vivemos mais felizes QUANDO amamos, mas sofremos PORQUE amamos.

Deus seja louvado no momento em que ele usou essas pessoas para nos dizer palavras BEM DITAS. Deus seja louvado, porque através de pessoas maravilhosas pudemos nos tornar melhores como seres humanos.

No dia 15 de fevereiro nos casamos diante do Santíssimo. Como se o tempo não houvesse passado, como se tivéssemos acabado de nos conhecer: as mãos suaram, as pernas tremeram, e a ansiedade da espera de um novo começo tomou conta de nós. Esquecemos tudo que nos fez mal. Toda dor se foi quando nos olhamos naturalmente. Meu diminuto léxico não consegue (nem de longe) simbolizar ou ao menos enunciar minha gratidão a todos os nossos AMIGOS do grupo de casais “Crescer no Amor” que compartilharam experiências conosco e aprenderam com elas, simultaneamente.

Começamos a experimentar na carne o sabor, o calor de tudo aquilo que verdadeiramente foi tocado pela misericórdia.

Foi uma experiência tão sagrada, que não merece ser contada de qualquer jeito.

E hoje quem sabe, através desse esboço chegar na vida de alguns, e que nossa experiência possa ser o sopro para aqueles que esperam viver a partilha do matrimônio

A gente cresceu!

Ludymila e Neto Itarumã-Go

O convite feito pelo CRR para pilotarmos uma equipe distante de Gramado-RS I foi um presente que recebemos de Deus.

No início ficamos um pou-co apreensivos, a distância, o in-verno e a neblina preocupavam. Porém já na 1a reunião num dia muito frio fomos tomados por um calor humano que ao mes-mo tempo muito nos aquecia e acolhia. Ao ver o entusiasmo e o comprometimento de todos os casais e a sede pós Experiên-cia Comunitária em saber mais sobre as ENS nos tirou qualquer dúvida que tivéssemos. E nos-sa resposta ao questionamen-to estava no Evangelho de Mar-cos 16,15: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o Evange-lho a toda criatura”.

A cada reunião as descober-tas e a amizade que crescia fa-ziam com que o espírito da Mís-tica e Carisma do Movimento fosse aos poucos entendido e ab-sorvido por todos. Junto ao seu

SCE encontramos nesta equipe casais missionários e evangeliza-dores, pois seus trabalhos em co-munidade já vêm de muito tem-po, cada qual com sua missão na Igreja. Contudo temos a certe-za de que o Movimento das ENS trouxe a estes casais a alegria do amor, a busca da santidade atra-vés da Espiritualidade Conjugal.

Rogamos a Deus e à Virgem de Guadalupe para que eles cres-çam em sabedoria, amor e con-fiança nas Atitudes de Vida e nos PCE que nosso Movimento nos propõe para que a cada dia pos-sam ser como nos pede o Servo de Deus Henri Caffarel: “Casais buscadores de Deus.” Amém!

A Equipe Nossa Senhora de Guadalupe de Gramado-RS I fez seu compromisso no dia 04 de março de 2017, em Carlos Bar-bosa - Setor Serra-RS I.

Fabiana e Everton PaziniCasal Piloto

Eq. N. S. de GuadalupeCaxias do Sul-RS

Uma equipe distante

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A Exortação Apostólica Pós--Sinodal Amoris Laetitia do san-to Papa Francisco, que trata do Amor na Família, evidentemen-te é fonte de inspiração para toda a Igreja, razão pela qual tem sido estudada e difundida nas mais di-versas pastorais e movimentos.

Para nós, equipistas, porém, ela tem um sentido diferencia-do, um alcance mais abrangente. Isto porque, nós que nos propo-mos a buscar a santificação do ca-sal e, por derivação lógica, buscar a evangelização da nossa famí-lia, somos tocados profundamente pela aguda observação desenvol-vida ao longo deste documento.

No último dia 20 de fevereiro, em uma noite de formação orga-nizada pelo Setor Porto Feliz, tive-mos a alegria de observar a gran-de convergência existente entre a mística que inspirou o Padre Caffarel e o olhar que o Santo Pa-dre deseja lançar sobre essa nova Igreja que vem sendo construída sob sua amorosa condução.

O casal Sílvia e Chico (que ago-ra faz questão de se apresen-tar como Francisco Pontes, numa menção divertida ao tema de es-tudo deste ano) demonstrou de forma bastante didática que a vi-vência do sacramento no matri-mônio e das relações dele deriva-das, sobretudo na relação de pais e filhos, é a linha mestra da exor-

tação apostólica – assim como é o objeto maior do nosso compro-misso nas ENS.

A reflexão surgida a partir des-ta exposição levou-nos à compre-ensão de que há grande similarida-de entre exortação e Movimento porque a família é a “matéria-pri-ma” da Igreja. A família é ao mes-mo tempo o impulso e o objetivo último de nossas ações; é por ela que buscamos nos tornar pesso-as melhores e é para ela que de-sejamos retribuir nossos melhores sentimentos.

Por fim, a explanação ofereci-da fez com que pudéssemos nos aperceber que quando buscamos viver os PCE como nos propõe o Movimento, tudo o que diz res-peito à família ganha um alcan-ce maior. Isto porque nossa de-finição de família torna-se mais ampla. Partimos do conceito pai--mãe-filhos, para abarcar pais, so-gros, sobrinhos, cunhados... ir-mãos equipistas... e quando nos damos conta, temos a grata sur-presa de sentir que nosso coração já não sente a dor apenas daque-les que conhecemos. Passamos a viver um sentido de verdadeira fraternidade!

Que sorte a nossa de poder contar com tanta riqueza!

Taisa e ValdemirEq.07 - N. S. Rainha da Paz

Porto Feliz-SP

Amoris Laetitia:Inspiração para o Tema

de Estudo 2017

O texto a seguir foi traduzido de um testemunho que Christine d’Amonville escreveu sobre seu pai, após a morte deste.

Louis d’Amonville, com sua esposa Marie, tinha sido responsável pela Equipe Responsável Internacional por 17 anos, na época em que o Padre Caffarel deixou

o Movimento; visitaram o Brasil várias vezes.

Papai não gostava de elogios, ele não desejava que se falasse nele.

Papai era um homem de oração. Todos os dias, ele orava longamen-te e ia à missa havia já pelo menos cinquenta anos; ele orava com Ma-ria, ia todos os anos a Lourdes, inicia-do que havia sido à oração por seus pais, pelo Padre Caffarel. Vi meu pai passar a ser mais bondoso ao enve-lhecer, transformar-se, deixar-se amoldar pelo amor do Pai.

Papai era um homem de fé, de fé em Deus, de fé no Amor. Parecia nun-ca duvidar. A meus questionamentos de adolescente, ele respondia: “Os dogmas são como os teoremas na matemática: se você não os entende hoje, saiba que é a verdade e que um dia você compreenderá...” Para ele, era muito simples! Ele teve essa gra-ça, o dom da fé durante toda a vida.

Papai tinha sido bom aluno, uma inteligência lógica, primei-ro aluno de sua classe de forma na-tural, sem disso tirar orgulho.

Papai era um homem de convic-ções, ele vivia intensamente o que dizia. Ele “serviu sua pátria” lutando na guerra da Indochina com muita coragem e heroísmo. Assumiu enor-mes responsabilidades humanas desde os 23 anos de idade. Foi gra-vemente ferido 3 vezes, era “gran-de inválido de guerra”, pouco fala-va nisso, jamais se queixava apesar de ter perdido a mão direita e de ter ficado com graves sequelas de suas feridas durante toda a sua vida.

Papai nunca teve medo da mor-te. Ele achava que deveria ter mor-rido naquela batalha na Indochina, que tinha sobrevivido milagro-samente e que todo o resto de sua vida foi um sursis, um dom de Deus. Sempre ouvi papai falar de sua mor-te com serenidade.

Por isso, ele mantinha um oti-mismo a toda prova. Mesmo nas si-tuações mais difíceis, ele continuava afirmando com muita convicção e se-riedade “que tínhamos muita sorte, que poderia ter sido pior”; não en-tendia de jeito nenhum por que essas afirmações suscitavam acessos de riso na mamãe e em mim! Nossos aces-sos de riso sempre o irritavam... o que nos fazia rir ainda mais...

Papai amava mamãe. Na volta da Indochina, ele pensa em casamen-to. Confia à Virgem Maria esse pen-samento em se casar. A primeira mu-lher que ele encontra se chama Marie. Casam-se quatro meses depois. Faz 63 anos e 9 dias. O sacramento do matri-mônio é essencial para papai, fonte de força, de alegria, alicerce de sua voca-ção de cristão casado, caminho de san-tidade e de felicidade.

Fomos morar na Guiné por 2 anos e meio, com muitas tensões com [o presidente Ahmed] Sékou Touré; depois na Argélia, com a guerra da qual quase nunca falava, e, finalmente em Djibouti.

O fato de o Senhor não ter dado a meus pais os 12 filhos que teriam desejado ter foi, para papai, um sinal:

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Christine e seu pai

ele não precisa de mais dinheiro e pode engajar-se no serviço da Igreja... Vão, com mamãe, fazer um retiro de discernimento com o Padre Caffarel, que, sem hesitar, propõe que assu-mam a responsabilidade pelas Equi-pes de Nossa Senhora, responsabili-dade essa que desempenham por 17 anos. Animam encontros com casais de todos os continentes. Trabalham em equipe sobre as grandes orienta-ções do Movimento.

Meu avô materno dizia que em toda a sua vida só havia encontra-do um homem realmente desape-gado e, por azar, foi com esse que sua filha casou.

Papai não era dado a festas. Nos casamentos, queria sempre ir embo-ra e, de volta em casa, dizia para ma-mãe: “E aí, o que você vai preparar para nós?”. Mamãe, que havia la-mentado perder os salgadinhos da festa, tinha de preparar um jantar...

Vindo de uma família de 12 fi-lhos, papai sempre procurou ajudar os seus. Nem sempre entendia as es-colhas feitas por seus próximos, mas ele as respeitava, ele confiava, espera-va, pois tinha rezado por todos.

Ele atraía as criancinhas, gostava de brincar com elas. Seus netos esta-vam frequentemente no seu colo. Ele não era extrovertido, de muita con-versa. Papai não suportava bem ser contrariado, ficava nervoso...

Ele amava a montanha, tinha co-meçado como oficial nos chasseurs alpins (regimento dos Alpes) na Áus-tria. Gostava de falar nisso. Foi ele que me colocou nos esquis, foi quem ensi-nou os netos a esquiar.

Papai era bonito. Tinha um sorriso magnífico. Aproveitamos esse sorriso até o fim: quando nos últimos dias ti-nha dificuldade para falar, seu sorriso

ainda nos falava de todo o seu amor, de toda a sua gratidão.

Nesses últimos meses, ele preci-sou aceitar de diminuir, de se tornar cada vez mais dependente. Mesmo tendo momentos de revolta, continu-ava a dizer “obrigado” o tempo todo, desculpando-se de nos aborrecer a to-dos. Não se resignava nem um pou-co, lutava para ficar em pé. Até os úl-timos dias, queria seus sapatos, queria ficar de pé, queria ir embora... Aca-bou aceitando desapegar-se, acabou entregando-se.

No hospital, nas três últimas se-manas: “Que aventura!”, “Creio que seria bom se o Bom Deus vies-se me buscar agora”, “Vamos ten-tar passar para o andar de cima”, “Estou com sorte”, “Obrigado”, “Quero comungar”, “Pai nosso”, “Mamãe”, “Maria”.

Era preciso com frequência buscar o champanhe, que, segundo ele, era o melhor remédio... Gostava de quei-jo! Gostava de ver futebol na TV. Inte-ressava-se pelo que faziam seus “vi-sitantes”, os netos dos quais sempre pedia notícias.

Ele sempre me perguntava as da-tas das férias escolares que imediata-mente esquecia, desde sempre. Con-seguiu morrer durante as férias, para não me incomodar demais.

Havia 40 anos que, com mamãe, eles tinham um encontro mensal com o Senhor, em uma cadeia de oração de intercessão. Era o dia 19 de cada mês, às 2 da manhã. Papai foi embora para seu grande encon-tro com o Senhor este mês, pontu-almente no horário.

Colaboração e tradução Hèléne e Peter

Eq.05 - N. S. da Santa Cruz São Paulo-SP

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Que encontro maravilhoso temos com o Senhor no PCE Oração Conjugal! É um verdadeiro encontro de fé! A Oração Conjugal alimenta a chama de nossa fé assim como o oxigênio alimenta a chama da vela. No Catecismo encontramos ainda que “a fé é a resposta do homem a Deus que se revela e a ele se doa, trazendo ao mesmo tempo uma luz superabundante ao homem em busca do sentido último de sua vida” (26).

A fé, portanto, é a chama que ilumina nosso caminho, a luz que dá sentido e direção em nossa caminhada de espiritualidade conjugal. Para isso, deve ser alimentada através de nossas ora-ções, que se tornarão o óleo que alimenta a lâmpada.

Quando as moças previdentes saíram ao encontro do noivo, levaram jarros de óleo para suas lâmpadas e, assim, estavam vi-gilantes à espera do noivo, mantendo suas chamas acesas en-quanto aguardavam sua chegada (Mateus 25, 1-4).

Ser previdente e vigilante na fé requer constantemente que alimentemos nossa chama através da oração e, que me-lhor oração se não aquela que podemos fazer em casal, atra-vés do PCE Oração Conjugal, tornando-se, assim, o óleo de nossas lâmpadas!

“Positivamente, combate contra nosso ‘eu’ possessivo e do-minador são a vigilância, a sobriedade do coração. Quando Je-sus insiste na vigilância, ela está sempre relacionada com Ele, com sua vinda, com o último dia e com cada dia: ‘hoje’. O Espo-so vem no meio da noite; a luz que não deve ser extinta é a da fé (...)” (Catecismo 2.730).

“Vigiai, portanto, pois não sabeis em que dia virá o vosso Se-nhor” (Mateus 24, 42), e melhor vigília não há se não aquela em que estamos muito bem acompanhados, em casal, derra-mando juntos jarros e mais jarros de óleo para que nossas lâm-padas permaneçam acesas, aquecendo nossos corações, ilumi-nando nossos caminhos, mantendo-nos firmes na fé!

Paz e Bem!Márcia e Rogério

Eq.10 - N. S. da EsperançaFlorianópolis-SC

reflexão

Oração Conjugal, óleo de nossas lâmpadas!

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PONTES SIM, MUROS NÃO

O Evangelho do casamento e da família: Este tema nos leva a um passeio pelo passado, dos primeiros olhares de encantamen-to até a conscientização de “uma só carne”. Recebendo as bênçãos de Deus na construção do ”Para-íso Terrestre” somos o “Sonho de Deus”. O amor conjugal foi-nos oferecido por um destino misterio-so e bondoso... “ela te foi destina-da desde a eternidade” (Tb. 6,18).

A arte do acompanhamento: Acompanhar é uma arte. Deve-se desenvolver uma “pedagogia” do acompanhamento, o que significa achar a maneira de se tornar pró-ximo ao outro, quer seja um indiví-duo, casal ou família. Acompanhar é colocar-se na escuta do outro ou dos outros, particularmente com o coração. É dividir o pão e os recur-sos com os outros.

A vocação ao casamento: O coração da vocação ao matri-mônio – como de todas as voca-ções – é o amor. O casal expe-rimenta o laço mais sólido que seres humanos podem construir. Casar-se na Igreja, além disso, significa colocar à disposição de Deus seu próprio amor, de ma-neira a transformá-lo em anún-cio de Seu Amor.

Educar para a fidelidade: A fidelidade entre os cônjuges é manter um compromisso; é a par-tilha total de todos os aspectos da vida; é continuar a se maravilhar sempre com o que já se conhe-ce, para renovar a paixão. Já a in-fidelidade é compreendida como abandono do projeto original, e o perdão neste momento é o amor que se faz mais forte que o mal.

A fragilidade do casal e da família: Atualmente um número crescente de situações demons-tra a fragilidade do homem, den-tre as quais estão o desenvol-vimento do individualismo, que corrói os laços familiares, e a pos-sibilidade de perenidade de uma relação. O reconhecimento das nos-sas fragilidades é o primeiro passo para que vislumbremos uma pers-pectiva de mudança.

Educar para a fé: Seguindo sua vocação natural, a família tem a missão de educar seus fi-lhos para que cresçam com res-ponsabilidades. Educar para a fé é uma transmissão de amor, as-sim, o educar para a fé é muito mais que passar conteúdo, é pas-sar vivência e, sobretudo, uma atmosfera que fale de Amor, que fale de Deus.

O valor social do matrimô-nio e da família: É no âmbito das famílias, segundo os soció-logos, onde acontece o primei-ro processo de socialização, onde aprendemos os valores, os hábi-tos e os costumes da sociedade em que se vive. A família, como san-tuário da vida, é a única institui-ção capaz de gerar relações.

Dinâmicas culturais: Algu-mas mudanças no modo de es-tar e de viver as relações em casal

e em família precisam ser levadas em consideração. Os tempos mu-dam e com ela nós cristãos deve-mos também mudar, porém man-tendo-nos firmes na verdade do Evangelho.

É hora de nos pormos a cami-nho: construindo pontes e rom-pendo muros.

Rita e SodréEq.01 - N. S. das Graças

São Gonçalo-RJ

São Marcos inicia seus escritos evangélicos nos informando que João Batista, no deserto, pregava um batismo de conversão para remissão dos pecados aos habitantes da Judeia e de Jeru-salém que o procuravam para batizarem-se nas águas do rio Jor-dão (cf. Mc. 1,4-5). Um ministério profético exercido na aridez do deserto, distante dos ruídos das cidades, mas inserido num ambiente de paz e silêncio, propício para se ouvir a doce e sua-ve voz de Deus.

O deserto se tornou para João Batista, e para todos os seus seguidores, um lugar de encontro privilegiado com o Senhor. O texto bíblico mostra que as multidões dirigiam-se ao deser-to a fim de estarem com João e ouvir sua mensagem, deixando para trás seu conforto, sua segurança, seus afazeres cotidianos. Tal atitude representava elevado espírito de renúncia e despo-jamento, em prol de um bem maior e mais precioso: o próprio Deus. Deixar tudo e ir ao deserto expressava a abertura do cora-ção para abdicar de práticas errôneas e assumir uma vida nova, comprometida com os valores pregados pelo profeta João Batis-ta. Quem não sai de sua zona de conforto pode não estar dis-posto a deixar posturas equivocadas para assumir as verdades do Senhor.

Ao pregar a palavra de Deus no deserto, João Batista promo-via a ruptura com a hipocrisia dos líderes religiosos de sua épo-ca, que davam mais valor às suas ricas vestimentas e aos rituais externos ao culto divino que cumprir a vontade de Deus.

Muitos queriam impressionar o povo com uma aparência de piedade, mas seus corações estavam distantes do Criador. João

Retiro é Amor a Deus!

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Batista, ao contrário, vestia-se pobremente, mas estava cheio do poder do Espírito Santo e as pessoas percebiam a santidade que emanava de suas palavras e de sua ação evangelizadora, as quais deixavam transparecer que a verdadeira transformação tem origem no coração humano.

Para nós também estar em um deserto pode ser uma boa oportunidade para nos afastarmos dos problemas do dia a dia e, longe das muitas interferências que nos rodeiam, ouvir o que Deus tem a nos comunicar. Deserto, ou retiro, significará então para nós um tempo particular, reservado para estarmos na pre-sença do Senhor, a sós com Ele, num clima de profunda ora-ção, dispostos a acolhermos a sua Palavra, a orientação de vida que deseja nos dar. Ao nos afastarmos do burburinho da cida-de para viver o silêncio de Deus, Lhe dizemos que O amamos e que estarmos juntos é o que de mais importante existe na nos-sa vida.

Sem tempo para Deus, corremos o risco de perder o maior propósito da nossa existência: “Amá-lO sobre todas as coisas”. Estejamos atentos ao nosso Retiro Anual, porque “Retiro” é Amor a Deus!

Fátima e LuizEq.05B - N. S. d’Ajuda

Jaboatão dos Guararapes-PE

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partilha e PCE

Os participantes do Movimento das Equipes de Nossa Senhora certamente sa-bem que ma-

rido e mulher devem dedicar, men-salmente, “o tempo necessário para um verdadeiro diálogo conjugal sob o olhar de Deus” (Documento Místi-ca dos Pontos Concretos de Esforço e Partilha, p. 8).

Se “fazer” fosse tão simples quanto “saber”, todos praticariam este PCE naturalmente. No entan-to, este é talvez o PCE mais difí-cil para a maioria dos equipistas. E aí vem a pergunta: Se sabemos, por que não fazemos? As respos-tas são as mais variadas, mas to-das elas evidenciam um mesmo ponto: a constatação de que exis-te um patamar ainda melhor para o qual podemos conduzir o nosso matrimônio, caso pratiquemos as-siduamente o Dever de Sentar-se.

É exatamente este o resultado que o PCE nos promete: maior per-cepção e conhecimento do cônjuge,

aprendizado constante sobre a vida matrimonial, estabelecimento de di-álogo sincero e respeitoso, desen-volvimento da espiritualidade con-jugal, aprimoramento da amizade e da cumplicidade entre o casal, ou seja, tudo que pode elevar nosso ma-trimônio a um patamar superior de qualidade relacional.

A proposta aqui é refletir sobre o que nos impede de praticar um ato que vai nos trazer tantos benefí-cios. Vergonha? Receio de desenter-rar mágoas passadas? Comodismo? Temor de ouvir certas verdades? Difi-culdade de falar de seus próprios sen-timentos? Medo de ser solicitado(a) a tomar atitudes que o(a) tirarão de sua zona de conforto? Medo de per-ceber-se fragilizado(a)?

Casal equipista: se esse é o seu caso, que tal revestir-se de plena hu-mildade e acolhimento para realizar o que poderíamos chamar de “pré dever de sentar-se”? Que tal come-çar conversando sobre os reais mo-tivos que impedem a realização do DDS? Certamente muitos frutos se-rão colhidos deste momento.

DDS - Dever de Sentar-se

Ao longo dos nove anos que vivencia-mos no seio das Equipes de Nos-sa Senhora, sem-pre reconhecemos

a importância dos Pontos Concre-tos de Esforço para o crescimento de nossa espiritualidade conjugal. Gra-dativamente, fomos incorporan-do-os em nosso cotidiano, superan-do as dificuldades de praticá-los e colhendo os frutos de cada vivência.

O Dever de Sentar-se sempre foi para nós um grande desafio, espe-cialmente porque sempre tivemos a necessidade de harmonizar nossos modos de expressão, equilibrando o falar e o escutar, já que éramos (e ainda somos) tão diferentes um do outro quando estamos dialogando. Sempre um falava mais que o ou-tro. Sempre um escutava mais que o outro. O Dever de Sentar-se sem-pre acontecia com pouca regulari-dade e profundidade.

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Apesar disso, nunca deixamos de acreditar na eficácia desse PCE, e Deus, sempre providente e mise-ricordioso, nos deu, através de uma missão, a oportunidade de progredir na sua prática. Fomos convidados para falar sobre o Dever de Sentar-se em um encontro de nossa Região e, pelos motivos que citamos anterior-mente, não nos sentíamos prepara-dos para falar sobre esse tema. No princípio, ficamos apreensivos, mas logo aceitamos a missão e vimos nela a oportunidade de nos apro-ximarmos mais deste PCE.

Combinamos que nossa pre-paração para esta missão seria um pouco diferente: buscaríamos nos aprofundar sobre o Dever de Sen-tar-se não só na teoria, mas em sua prática. Tínhamos tempo, pois ain-da faltavam alguns meses para o en-contro. E assim fizemos: buscamos compreender a essência do Dever de Sentar-se nos debruçando so-bre os escritos do Padre Caffarel e sobre outras obras que se deti-nham nesse tema, identificamos aquilo que dificultava um diálogo mais profundo entre nós e par-timos para uma prática mais cons-tante desse PCE.

Buscamos ser fiéis àquilo que tí-nhamos aprendido na teoria. Reser-vávamos em nossa agenda um dia para o nosso Dever de Sentar-se. Deixávamos nosso filho pequeno com os avós e dedicávamos algu-mas horas a nós mesmos. Os temas foram os mais diversos e para isso contamos com o auxílio das pistas propostas pelo tema de estudo do ano. Pouco a pouco, fomos perce-bendo que “dialogar é uma verda-

deira arte que se aprende em tem-pos calmos, para se pôr em prática nos tempos de tempestade”, como afirma o Papa Francisco (AL, 234).

Vivemos momentos fortes. Aprendemos a escutar e a falar. Descobrimos que, em um Dever de Sentar-se bem vivido, nos sentimos amados pelo nosso cônjuge, mes-mo quando este nos apresenta as nossas limitações. Experimentamos a alegria e paz que brotam quando concluímos o nosso diálogo e ren-demos graças a Deus. Saboreamos o prazer de estarmos juntos, mes-mo que em silêncio. Enfim, colhe-mos os verdadeiros frutos do “de-ver desconhecido” e partimos para a missão que nos foi confiada não apenas com uma “mala” cheia de conceitos, mas com um coração re-pleto de experiências vivas.

Hoje, buscamos ser fiéis à prá-tica mensal do Dever de Sentar-se, pois experimentamos a sua essên-cia. Sabemos que as dificuldades para bem vivê-lo sempre se coloca-rão diante de nós, mas temos a cer-teza de que o amor supera as pio-res barreiras e nos impulsiona a ir ao encontro do outro, com o coração cheio de compaixão e misericórdia.

Que o Dever de Sentar-se seja para nós um caminho de amor e de encontro.

Aracelli e BrunoEq.08 - N. S. Rainha dos Apóstolos

Campina Grande-PB

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É essencial que se tenha muito cuidado na for-mação de uma nova equipe. A equipe de base

é a célula mais importante do Mo-vimento. De sua vitalidade depen-de o Movimento como um todo. Um casal chamado “CASAL PI-LOTO” acompanha a nova equi-pe durante alguns meses (período chamado de Pilotagem).Ele transmite aos casais e ao CE o conhecimento, o espírito e os

serviços nas ENS

Casal Piloto

Trabalhar para o Movimento é também au-xiliar na messe! Foi assim que nos sentimos

quando fomos chamados para as-sumir o serviço de Casal Piloto. Di-zer sim ao Movimento nos permi-te dizer sim para Deus e também para nossa vontade de prosseguir na caminhada de santidade. Durante cada Pilotagem tivemos o privilégio de voltar às origens, de rever os “porquês e os para quê” que nos trouxeram até aqui. Pudemos compartilhar da alegria dos casais na descoberta das gra-ças que vêm dos PCE. É a vida em

métodos do Movimento, gradual-mente, explicando à nova equipe, em diferentes fases, a sua pe-dagogia. O Casal Piloto utiliza do-cumentos específicos para realizar esse serviço.No fim da Pilotagem, a nova equi-pe é convidada a participar do En-contro de Equipes Novas e só en-tão estará pronta para a vida no Movimento.Equipes que receberam inserção de novos casais ou que sintam ne-cessidade podem ser repilotadas.A messe é grande!

casal com Deus, é o caminho de santidade buscado a dois, com a alegria de encontrar irmãos que buscam o mesmo objetivo: viver o sacramento do matrimônio cada dia melhor!Num mundo em que a família não é valorizada, e muitas vezes é des-figurada, pudemos ajudar cada vez mais casais a serem sinal do amor de Deus! Serviço? Não! Missão! São tantas graças recebidas desde que entramos para o Movimento, que nos sentimos impulsionados e entusiasmados a dividi-las com nossos irmãos.

Regina e SergioEq.06B - N. S. da Anunciação

São José Campos-SP

25 anosEq. N. S. de Fátima

Porto Alegre-RS

ANIVERSÁRIO dE EQUIPE

notícias

25 anosEq. N. S. do Desterro

Dois Córregos-SP

30 anosEq. N. S. Rainha da Paz

Rio Claro-SP

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40 anosEq. N. S. do Bom Conselho

Araçatuba-SP

ANIVERSÁRIO dE EQUIPE

40 anosEq. N. S. Mães do Belo Amor

Blumenau-SC

50 anosEq. N. S. Medianeira de Todas as Graças

Florianópolis-SC

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BOdAS dE PRATA

Cleide e Robson25/07/2017

Eq. N. S. do Sagrado Coração de MariaPalmas-TO

Evanuzia e Cesário01/05/2017

Eq. N. S. da PiedadeSobral-CE

Emília e Dênio27/06/2017

Eq. N. S. das GraçasEdeia-GO

Joelma e Otávio13/06/2017

Eq. N. S. da NatividadeJuiz de Fora-MG

Fátima e Nancelho10/06/2017

Eq. N. S. da ConfiançaFortaleza-CE

Ana e Mauri22/05/2017

Eq. N. S. Mãe de JesusSorocaba-SP

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BOdAS dE PRATA

BOdAS dE PÉROLA

Rosi e Paulo09/05/2017

Eq. N. S. das GraçasRio Claro-SP

Neide e Jorge02/05/2017

Eq. N. S. da PazBelo Jardim-PE

Rejane e Marcos25/04/2017

Eq. N. S. GuadalupeMossoró-RN

Margarete e Rommel21/02/2017

Eq. N. S. Mãe de DeusMaceió-AL

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BOdAS dE OURO

Maria José e Morato08/07/2017

Eq. N. S. da NatividadeJuiz de Fora-MG

BOdAS dE dIAMANTE

BOdAS dE TELURITA

Hélène e Peter Nadas 30/03/2017

Eq. N. S. da Santa Cruz São Paulo-SP

Aparecida e Souza24/04/2017

Eq. N. S. Maria Mãe da IgrejaRegião Rio III-RJ

Marta e Francisco27/05/2017

Eq. N. S. das GraçasRussas-CE

Clemene e Afonso13/05/2017

Eq. N. S. do RocioFlorianópolis-SC

Zulmira e Rollo13/04/2017

Eq. N. S. dos NavegantesSantos-SP

CM 509 47

JUBILEU dE PRATA SACERdOTAL

Pe. Benedito Tadeu Rosa01/04/2017

SCE Eq. N. S. do RosárioLimeira-SP

65 ANOS dE VIdA SACERdOTAL

Pe. Vicente Morlini12/04/2017

SCE Eq. N. S. de FátimaMogi das Cruzes-SP

48 CM 509

VOLTA AO PAI

Maria Madalena (do José Maria)Em 07/01/2017

Integrava a Eq. N. S. Imaculada Conceição

Mogi das Cruzes-SP

Waldemar (da Palmira)Em 23/03/2017

Integrava a Eq. N. S. da Rosa MísticaJosé Bonifácio-SP

Monsenhor BoscoEm 20/04/2017

Era SCE da Eq. N. S. do RosárioCaruaru-PE

Agildo (da Maria Cleusa)Em 17/02/2017

Integrava a Eq. N. S. da NatividadeJuiz de Fora-MG

Sebastião (da Maria de Fátima)Em 10/04/2017

Integrava a Eq. N. S. de LourdesMaceió-AL

Pe. Washington Abadio OliveiraEm 06/05/2017

Era SCE das Eq. N. S. de Fátima, Rainha da Paz e Guadalupe

Ituiutaba-MG

Dom Oneres Marchiori Em 27/06/2017

Era SCE das Eq. N. S. Auxiliadora,Perpétuo Socorro

e SCE do Setor Lages, Região Santa Catarina II,

Província Sul III.

MEDITANDO EM EQUIPE

Somos suas TestemunhasO casamento coloca vocês dois numa situação especial dentro do povo de Deus. Como casal, podem dar um testemunho próprio e alegre de sua experiência especial da bondade e da grandeza de Deus. Em primeiro lugar em sua família, mas também para a Igreja e a sociedade.

A palavra de Deus (1Jo 1,1-4)“O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram do Verbo da vida – porque a vida foi manifestada e nós a vimos e testificamos dela e anunciamos a vida eterna que estava com o Pai e nos foi manifestada – o que vimos e ouvimos isso a vocês anunciamos para que também tenham co-munhão conosco. E a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo. Estas coisas a vocês nós escrevemos para que a sua alegria seja completa.”

Reflexão – “... sem o testemunho feliz dos cônjuges e das famílias, as igrejas domésticas, o Anúncio, mesmo correto, corre o risco de ser incompreendido, ou perder-se no mar das palavras que caracterizam nossa sociedade” (Sínodo, Lineamenta 30).

– Como o casamento levou vocês a conhecer mais Jesus?

– Em que circunstância de sua vida conjugal Deus se mostrou mais próximo de vocês?

– Avalie o testemunho de vida cristã que vocês estão apresentando a seus filhos.

Oração espontânea– Renove sua fé na presença de Deus em seu casamento.

– Agradeça a Deus a vida, o amor, a família.

– Peça que Deus ajude vocês a mostrar como Deus é bom e como é bom estar com ele.

Oração litúrgica (Salmo 15)

– Guardai-me, ó Deus: em vós me refugio. Eu digo a Javé: “Sois vós meu Senhor, fora de vós não tenho bem algum”...

– Javé é minha parte da herança e meu cálice. Vós garantis minha sorte.

– Um lugar ameno coube-me por sorte, maravilhosa é minha herança.

– Bendigo a Javé que me aconselha; mesmo de noite meu coração me ensina.

– Sempre coloco Javé ante meus olhos; porque está à minha direita, não vacilo.

– Disso se alegra meu coração, exulta minha alma; também meu corpo repousa seguro,

– pois não abandonareis minha vida no abismo, nem deixareis vosso santo experimentar a corrupção.

– O caminho da vida me indicareis; em vossa presença há plena alegria, à vossa direita, delícias eternas.

– Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo pela vida, pelo amor, pela esperança.

Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr

SCE Carta Mensal

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Dia do Padre

Equipes de Nossa Senhora

O Dia do Padre é celebrado oficialmen-te em 4 de agosto, data da festa de São João Maria Vianney, desde 1929, quan-do o Papa Pio XI o proclamou “homem extraordinário e todo apostólico, pa-droeiro celeste de todos os párocos de Roma e do mundo católico”.

Oração pelos SacerdotesSenhor Jesus Cristo, que, para testemunhar-nos o vosso amor infinito, instituístes o sacerdócio católico, a fim de permanecerdes entre nós, pelo ministério dos padres, enviai-nos santos sacerdotes.

Nós vos pedimos por aqueles que estão conosco, à frente da nossa comunidade.

Pedimos pelos missionários que andam pelo mundo, enfrentando cansaço, perigos e dificuldades, para anunciar a Palavra da Salvação.

Pedimos pelos que se dedicam ao serviço da caridade, cuidando das crianças, dos doentes, dos idosos e de todos os que sofrem e estão desamparados.

Pedimos por todos aqueles que estão a serviço do vosso Reino de justiça, de amor e de paz, seja ensinando, abençoando ou administrando os sacramentos da salvação.

Amparai e confortai, Senhor, aqueles que estão cansados e desanimados, que sofrem injustiças e perseguições pelo vosso nome ou que se sentem angustiados diante dos problemas.

Fazei que todos sintam a presença do vosso amor e a força da vossa Providência. Amém.

Fonte: (www.portalsaofrancisco.com.br)