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  • PAPA BENTO XVI

    Bento XVI

    263 papa

    O Papa Emrito Bento XVI

    Cooperatores veritatis

    Nome de nascimento

    Joseph Alois Ratzinger

    Nascimento 16 de Abril de 1927 (85 anos) Marktl am Inn, Baviera

    Alemanha

    Eleio 19 de Abril de 2005

    Entronizao 24 de Abril de 2005

    Fim do pontificado

    28 de Fevereiro de 2013(Renuncia)

    Antecessor Joo Paulo II

  • Sucessor Francisco, S.J.

    Assinatura

    Santa S

    Poltica e Governo

    Papa

    Bento XVI

    Cria Romana

    Secretaria de Estado

    Congregaes Romanas

    Vigrio Geral de Roma

    Vaticano

    Pontifcia Comisso

    Presidente

    Conclave: 2005

    Tratado de Latro

    Papa Emrito Bento XVI (em latim: Benedictus PP. XVI,

    em italiano: Benedetto XVI), nascido Joseph Alois Ratzinger, (Marktl am

    Inn, Alemanha, 16 de abril de 1927) foi o Papa daIgreja Catlica e bispo

    de Roma de 19 de abril de 2005 a 28 de fevereiro de 2013, quando oficializou

    sua renncia. Cardeal-bispo emrito de Roma, foi eleito no conclave de 2005 o

    263 Papa com a idade de 78 anos e trs dias, sendo o sucessor de Joo Paulo

    II.

  • Domina pelo menos seis idiomas

    (alemo, italiano, francs, latim, ingls, castelhano) e possui conhecimentos

    de portugus, ademais l o grego antigo e o hebraico. membro de vrias

    academias cientficas da Europa como a francesa Acadmie des sciences

    morales et politiques e recebeu oito doutorados honorficos de diferentes

    universidades, entre elas daUniversidade de Navarra, tambm cidado

    honorrio das comunidades de Pentling (1987), Marktl (1997), Traunstein (2006)

    e Ratisbona (2006).

    pianista e tem preferncias por Mozart e Bach. o sexto e talvez o

    stimo (segundo a procedncia de Estvo VIII, de quem no se sabe se nasceu

    em Roma ou na Alemanha) papa alemo desde Vtor II e, nos seus 80 anos, tem

    a idade mxima para ser cardeal eleitor. Em abril de 2005 foi includo pela

    revista Time como sendo uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.

    O ltimo papa com este nome foi Bento XV, que esteve no cargo

    de 1914 a 1922, foi o Papa durante a Primeira Guerra Mundial. Ratzinger o

    primeiro Decano do Colgio Cardinalcio eleito Papa desde Paulo IV em 1555, o

    primeiro cardeal-bispo eleito Papa desde Pio VIII em 1829 e o primeiro superior

    da Congregao para a Doutrina da F desde Paulo V em 1605.

    Em 11 de fevereiro de 2013, o Papa Bento XVI anunciou que renunciaria

    ao Pontificado em 28 de fevereiro. "O papa anunciou que renunciou a seu

    ministrio s 20h (hora de Roma) de 28 de fevereiro. Comeando assim um

    perodo de sede vacante", informou o padre Federico Lombardi. Bento XVI

    comunicou sua renncia em discurso pronunciado, em latim, durante um

    consistrio convocado para anunciar trs canonizaes. "No mundo de hoje",

    disse, "sujeito a rpidas mudanas e agitado por questes de grande relevncia

    para a vida e para a f, para governar a barca de Pedro e anunciar o Evangelho,

    necessrio vigor, tanto do corpo como do esprito, vigor que, nos ltimos meses,

    diminuiu de tal modo em mim que devo reconhecer a minha incapacidade de

    administrar bem o ministrio a mim confiado. (...) Dever ser convocado, por

    quem de direito, o Conclave para eleio do novo Sumo Pontfice".

    Em 2012, o arcebispo italiano aposentado Luigi Betazzi, que conhece o

    Papa h 50 anos, j havia especulado abertamente sobre a possibilidade de sua

    renncia: "Aqueles entre ns que tm mais de 75 anos no so autorizados a

    comandar nem mesmo uma diocese pequena, e os cardeais com mais de 80

    anos no podem eleger o papa. Eu entenderia se um dia o Papa dissesse

    mesmo eu no posso mais realizar meu trabalho'. (...) Acho que se chegar o

  • momento em que ele vir que as coisas esto mudando, ter coragem para

    renunciar."

    O ltimo papa a renunciar foi Gregrio XII, que abdicou em 1415, no

    contexto do Grande Cisma do Ocidente, e, antes dele, houve apenas dois

    casos: Ponciano e Celestino V.

    O Papa deixou o Vaticano s 17h de Roma (3 horas antes da formalizao

    da Renncia) de 28 de fevereiro de 2013 e foi para a Residncia de Vero

    de Castel Gandolfo. Depois de eleito o seu sucessor, o Papa retirar-se- para

    um mosteiro de clausura dentro dos muros do Vaticano.

  • PENSAMENTO DO SANTO PAPA BENTO XVI SOBRE A F

    Johannes Maria Stockel (Pe. Fidlis) 1

    RESUMO

    Este trabalho apresenta pensamento do Santo Papa Bento XVI sobre a f.

    O que a f? Ainda tem sentido a f, num mundo em que cincia e tcnica

    abriram horizontes at h pouco tempo impensveis? O que significa crer hoje? A

    f oferece-nos precisamente isto: um entregar-se confiante a um Tu que

    Deus, o qual nos confere uma certeza diversa, mas no menos slida do que

    aquela que deriva do clculo exato ou da cincia. A f no um simples

    assentimento intelectual do homem a verdades particulares sobre Deus; um

    gesto mediante o qual nos confiamos livremente a um Deus que Pai e que nos

    ama; adeso a um Tu que nos d esperana e confiana. Esta adeso a Deus

    no est isenta de contedos: com ela estamos conscientes de que o prprio

    Deus nos indicado em Cristo, mostrou o seu rosto e fez-se realmente prximo

    de cada um de ns. Ter f encontrar este Tu, Deus, que nos sustm e nos faz

    a promessa de um amor indestrutvel, que no s aspira eternidade, mas,

    tambm, a concede; confiar-nos a Deus com a atitude da criana, a qual sabe

    bem que todas as suas dificuldades, todos os seus problemas esto

    salvaguardados no tu da me. E esta possibilidade de salvao atravs da f

    um dom que Deus oferece a todos os homens. A f um dom de Deus, mas

    tambm ato profundamente livre e humano. O Catecismo da Igreja Catlica

    afirma-o claramente: O ato de f s possvel pela graa e pelos auxlios

    interiores do Esprito Santo. Mas no menos verdade que crer um ato

    autenticamente humano. No contrrio nem liberdade nem inteligncia do

    homem. Alis, envolve-as e exalta-as numa aposta de vida que como que um

    xodo, ou seja, um sair de ns mesmos, das nossas seguranas, dos nossos

    esquemas mentais, para nos confiarmos ao de Deus que nos indica o seu

    caminho para alcanar liberdade verdadeira, a nossa identidade humana, a

    alegria do corao, a paz com todos. Crer confiar-se com toda a liberdade e

    com alegria ao desgnio providencial de Deus sobre a histria, como fez o

    patriarca Abrao, como fez Maria de Nazar. Ento, a f um assentimento com

    que a nossa mente e o nosso corao dizem o seu sim a Deus, professando que

    Jesus o Senhor. Esta sim transforma a vida, abre-lhe o caminho rumo a uma

    plenitude de significado, tornando-a nova, rica de jbilo e de esperana confivel.

    Deus, com sua graa, ilumina a razo, abre-lhe horizontes novos,

    incomensurveis e infinitos. Por isso, a f constitui um estmulo a procurar

    sempre, a nunca parar nem se contentar com a descoberta inesgotvel da

    verdade e da realidade. falso o preconceito de certos pensadores modernos

  • segundo os quais a razo humana seria como que bloqueada pelos dogmas da

    f. verdade precisamente o contrrio, como os grandes mestres da tradio

    catlica demonstraram. Juntamente com muitos outros autores cristos, Santo

    Agostinho testemunha de uma f que se exerce com a razo, que pensa e

    convida a pensar. O conhecimento da f no contrrio reta razo. Com efeito,

    na Encclica Fides ET ratio, o Beato Papa Joo Paulo II resume assim: A razo

    do homem no anulada nem humilhada quando presta assentimento aos

    contedos de f. que estes so alcanados por deciso livre e consciente. No

    desejo irresistvel de verdade, somente uma relao harmoniosa entre f e razo

    o caminho reto que conduz a Deus e ao pleno cumprimento de si mesmo. A f

    num Deus que amor e que se fez prximo do homem, encarnando e doando-se

    a si mesmo na Cruz para nos salvar e reabrir as portas do Cu indica de modo

    luminoso que a plenitude do homem consiste unicamente no amor. A f afirma

    que no h humanidade autntica, a no ser nos lugares, nos gestos, nos tempos

    e nas formas como o homem animado pelo amor que vem de Deus, se

    expressa como dom, se manifesta em relaes ricas de amor, de compaixo, de

    ateno ao servio abnegado ao prximo. Eis, pois, a maravilha da f: Deus, no

    seu amor, cria em ns, atravs da obra do Esprito Santo, as condies

    adequadas para que possamos reconhecer a sua Palavra. O prprio Deus, na sua

    vontade de se manifestar, de entrar em contato conosco, de se fazer presente na

    nossa histria, torna-nos capazes de ouvi-lo e acolher.

  • Biografia Infncia e juventude

    Casa onde Joseph Ratzinger nasceu em 1927, Marktl am Inn no sudeste da Baviera: Mauthaus.

    Joseph Ratzinger nasceu no dia 16 de abril de 1927 em Marktl am Inn, uma

    pequena vila na Baviera, s margens do rio Inn, na Alemanha, filho de Joseph,

    um comissrio de polcia (Gendarmeriekommissar) do Reich, um oficial da polcia

    rural oriundo da Baixa Baviera e adepto de uma corrente bvaro-austraca de

    orientao catlica. Seu pai, era de religiosidade profunda e um decidido

    adversrio do regime nacional-socialista, as suas ideias polticas firmes chegaram

    a trazer srios perigos para a prpria famlia. Em 1941, um dos primos de

    Ratzinger, um menino de catorze anos de idade com Sndrome de Down, foi

    morto pelo regime Nazi em sua campanha eugnica.

    A me de Joseph Ratzinger, sra. Maria Ratzinger, era de

    procedncia tirolesa e, portanto, austraca. Conhecida por ser boa cozinheira,

    trabalhou em pequenos hoteis; faleceu em 1963. O casamento ocorreu em 1920,

    os filhos Maria e Georg nasceram em 1921 e 1924, Joseph nasceu num Sbado

    de Aleluia e foi batizado no dia seguinte, domingo da Pscoa. A famlia no era

    pobre no sentido literal do termo, mas os pais tiveram de fazer muitas renncias

    para que os filhos pudessem estudar. Em 1928 a famlia mudou-se

    para Tittmoning, na poca um lugarejo de cinco mil habitantes, s margens do

    rio Salzach na fronteira austraca. Em 1932 a famlia mudara-se novamente,

    agora para Aschau, de novo s margens do Inn, um povoado prspero -j que em

    Tittmoning Ratzinger-pai havia se mostrado demasiado contrrio aos nazistas.

    Aqueles assumiram o poder em 30 de

    janeiro de 1933 quando Hindenburg nomeou Hitler chanceler, nos quatro anos em

    que a famlia Ratzinger passou em Aschau o novo regime limitou-se a espionar e

    a ter sob controle dos sacerdotes que se lhe mostravam hostis, Ratzinger-pai no

  • s no colaborou com o regime como ajudou e protegeu os sacerdotes que sabia

    estarem em perigo. J em 1931 os bispos da Baviera haviam publicado uma

    instruo dirigida ao clero em que manifestavam a sua oposio s ideias

    nazistas. A oposio entre a Igreja e o Reich estendia-se ao mbito escolar: os

    bispos empreenderam uma dura luta em defesa da escola confessional catlica e

    pela observncia da Concordata.

    Vocao

    Em Aschau comeam os primeiros vislumbres da vocao sacerdotal, o

    jovem Ratzinger se deixa tocar pelos atos litrgicos do povoado os quais

    frequenta com piedade, entrementes o avano do novo sistema poltico e, com

    ele, a oposio da Igreja. Em fevereiro de 1937 tem lugar a Kristallnacht em que

    as juventudes hitleristas apedrejam as vitrines das lojas dos judeus. Pouco tempo

    depois Pio XI promulga a Encclica Mit brennender Sorge, em que condena as

    teorias nacional-socialistas. Neste ano seu pai, ento sexagenrio, aposentou-se

    e a famlia mudou-se para Traunstein.

    Nos anos de ginsio em Traunstein aprendera o latim que ainda era

    ensinado com rigor, o que muito lhe valeu como telogo, pode ler as fontes em

    latim e grego e, em Roma, durante o Conclio, comenta, foi-lhe possvel adaptar-

    se com rapidez ao latim dos telogos que l se falava, embora nunca tivesse

    ouvido palestras nessa lngua. A formao cultural com base na antiguidade

    greco-latina propiciada naquele ambiente "criava uma atitude espiritual que se

    opunha s sedues da ideologia totalitria"

    Com o Anschluss e a fronteira da ustria aberta a famlia pode ir com mais

    frequncia a Salzburgo e em peregrinao a Maria Plain, ali puderam assistir a

    diversas apresentaes musicais: "Foi ali que Mozart entrou at o fundo da minha

    alma. No um simples divertimento: a msica de Mozart encerra todo o drama

    do ser humano", afirma. Pela Pscoa de 1939 ingressa no seminrio-menor em

    Traunstein, por indicao do proco, para que pudesse iniciar de forma

    sistemtica na vida eclesistica.

  • A Guerra

    Com a guerra o seminrio requisitado como hospital militar e o diretor o

    transfere para uns alojamentos vazios das Damas Inglesas de Sparz. A

    incorporao na Juventude Hitlerista das crianas alems tornou-se oficialmente

    obrigatria a partir de 1938 at o fim do Terceiro Reich em 1945.

    At 1939 nenhum seminarista havia entrado na organizao, mas o regime exigiu

    que a partir de maro a afiliao fosse obrigatria. At outubro a direo do

    seminrio em que estava se negou a inscrever os seus alunos mas logo no pode

    mais impedir a sua inscrio na organizao. Assim sucedeu tambm com

    Joseph Ratzinger, aos 14 anos. Uma testemunha relata (segundo o Frankfurter

    Allgemeine Zeitung) que os seminaristas eram uma "provocao para os nazis: se

    lhes considerava suspeitos de estar contra o regime". Em um documento do

    Ministrio da Educao se l que a incorporao compulsria s Juventudes

    Hitleristas "no garantia que os seminaristas realmente se haviam incorporado

    comunidade nacional-socialista". Quando fez catorze anos em 1941, portanto,

    Joseph teve de se incorporar Juventude Hitlerista e, de acordo com o

    seu bigrafo John Allen, no era um membro entusiasta. Recebeu gratuidade

    escolar por pertencer a esse grupo, mesmo no participando de seus encontros,

    graas amizade com um professor de matemtica filiado ao partido Nacional

    Socialista, que lhe lecionou no seminrio. Por causa da mobilizao provocada

    pela guerra os irmos Ratzinger deixaram o seminrio naquele ano de 1941 e

    retornaram casa paterna.

    Servio militar

    Em 1943, com dezesseis anos, foi incorporado, pelo alistamento

    obrigatrio, no Exrcito Alemo, numa diviso da Wehrmacht encarregada da

    bateria de defesa antiarea da fbrica da BMW nos arredores de Munique. Mais

    tarde, estar em Unterfrhrin e Gilching, ao norte do lago Ammer. dispensado

    em 10 de setembro de 1944 do servio na bateria antiarea de Gilching e poucos

    dias depois enviado a um campo de trabalho em Burgenland , na fronteira da

    ustria com a Hungria e a Checoslovquia para realizar trabalhos forados, da

    destinado ao quartel de infantaria em Traustein, de onde desertar pouco tempo

    depois.

    Com a rendio alem em 8 de maio de 1945 Ratzinger recolhido preso

    no campo aliado de concentrao de prisioneiros em Bad Aibling, com mais de

  • quarenta mil prisioneiros. libertado em 19 de junho, apenas dois meses depois

    de ter completado os dezoito anos, chegou em casa em Traunstein na noite da

    sexta-feira do Sagrado Corao.

    Vida religiosa e acadmica

    Com o irmo, Georg Ratzinger, Joseph entrou num seminrio catlico. Em

    29 de Junho de 1951, foram ambos ordenados sacerdotes pelo Cardeal

    Faulhaber, Arcebispo de Munique.

    A partir de 1952 iniciou a sua atividade de professor na Escola Superior de

    Filosofia e Teologia de Freising lecionando teologia dogmtica e fundamental. Em

    1953, obteve o doutoramento em teologia com a tese "Povo e Casa de Deus na

    doutrina da Igreja de Santo Agostinho". Sob a orientao do professor de teologia

    fundamental Gottlieb Shngen, obteve a habilitao para a docncia

    apresentando para isto dissertao com ttulo de "A teologia da histria em So

    Boaventura"

    Lecionou ainda em Bonn (1959 - 1963); em Mnster (1963 - 1966) e

    em Tubinga (1966 - 1969) onde foi colega de Hans Kng e confirmou uma certa

    viso tradicionalista como oposio s tendncias marxistas dos movimentos

    estudantis dos anos 1960. A partir de 1969, passou a ser catedrtico de

    dogmtica e histria do dogma na Universidade de Ratisbona, onde chegou a ser

    Vice-Reitor.

    No Segundo Conclio do Vaticano (1962 1965), Ratzinger assistiu

    como peritus (especialista em teologia) do Cardeal Joseph Frings de Colnia. Foi

    tambm quem apresentou a proposta da realizao da missa em lngua local em

    vez do latim.

    Fundou em 1972, junto com os telogos Hans Urs von Balthasar (1905-1988)

    e Henri De Lubac (1896-1992), a revista Communio, para dar uma resposta

    positiva crise teolgica e cultural que despontou aps o Segundo Conclio do

    Vaticano.

    Recebeu o ttulo de doutor honoris causa das seguintes instituies:

    College of St. Thomas em St. Paul (Minnesota, Estados Unidos), em 1984;

    Universidade Catlica de Eichsttt, em 1987; Universidade Catlica de Lima,

    em 1986; Universidade Catlica de Lublin, em 1988; Universidade de

  • Navarra (Pamplona, Espanha), em 1998; Livre Universidade Maria Santssima

    Assunta (LUMSA, Roma), em 1999 e da Faculdade de Teologia da Universidade

    de Wroclaw (Polnia) no ano 2000 e era ainda Membro honorrio da Pontifcia

    Academia das Cincias.

    Doutorados

    O Cardeal Joseph Ratzinger.

    1984 - Doutor Honoris Causa pelo University of St. Thomas (Minnesota),

    Estados Unidos.

    1985 - Doutor Honoris Causa pela Universidade Catlica de Eichsttt-

    Ingolstadt, Alemanha.

    1986 - Doutor Honoris Causa pela Pontifcia Universidade Catlica do Peru.

    1986 - Doutor Honoris Causa pela Faculdade de Teologia Pontifcia e Civil de

    Lima, Peru.

    1988 - Doutor Honoris Causa pela Universidade Catlica de Lublin, Polnia.

    1998 - Doutor Honoris Causa pela Universidade de Navarra, Espanha.

    1999 - Doutor Honoris Causa pela Universidade Livre Maria Santissima

    Assunta (LUMSA), Itlia.

    2000 - Doutor Honoris Causa pela Universidade de Wrocaw, Polnia.

  • Precedido por

    Julius August Dpfner Arcebispo de Munique e Freising

    1977 1982

    Sucedido por

    Friedrich Wetter

    Precedido por

    Jrme Louis

    Rakotomalala

    Cardeal-padre de Santa Maria

    Consoladora em Tiburtino 1977 - 1993

    Sucedido por

    Ricardo Mara Carles

    Gord

    Precedido por

    Dom Franjo eper

    Prefeito da Congregao para a

    Doutrina da F 1981 - 2005

    Sucedido por

    Dom William Joseph

    Levada

    Precedido por

    Sebastiano Bagio Cardeal-bispo de Velletri-Segni

    1993 - 2005

    Sucedido por

    Francis Arinze

    Precedido por:

    Dom Bernardin Gantin

    Cardeal-bispo de stia

    Sucedido por:

    Dom Angelo Sodano Decano do Colgio dos Cardeais 2002 - 2005

    Precedido por

    Beato Joo Paulo II Papa da Igreja Catlica

    2005 - 2013

    Sucedido por

    Francisco

    Ascenso a bispo e cardeal

    O Palcio Holnstein, residncia do Cardeal Ratzinger enquanto era Arcebispo de Munique e Freising.

    Ratzinger foi nomeado Arcebispo de Munique e Freising em 25 de

    maro de 1977, pelo Papa Paulo VI, e elevado a Cardeal no consistrio de 27 de

    junho de 1977 com o ttulo presbiteral de "Santa Maria Consoladora em Tiburtino".

  • Sua linhagem episcopal a seguinte: Joseph Ratzinger foi consagrado,

    a 28 de maio de 1977, por Josef Stangl, que, por sua vez, fora consagrado em (12

    de setembrode 1957) por Josef Schneider (13 de julho de 1955); este, por Josef

    Wendel (29 de junho de 1941), que segue de Ludwig Sebastian (23 de setembro)

    de 1917), Johann Jakob von Hauck (25 de julho de 1912), Ferdinand Schloer (22

    de maio de 1898), Josef von Schork (24 de maio de 1891, Franz Josef von

    Stein (18 de maio de 1879), Friedrich Josef von Schreiber (5 de

    setembro de 1875), Gregor von Scherr, O.S.B. (3 de agosto de 1856), Antonio

    Saverio de Luca (8 de dezembro de 1845), Giacomo Filippo Fransoni (8 de

    dezembro de 1822), Pier Francesco Galleffi (12 de setembro de1819),

    Alessandro Mattei (23 de fevereiro de 1777), Bernardino Giraud (26 de

    abril de 1767), Carlo Rezzonico (19 de maro de 1743), Prospero Lambertini --

    (16 de julho de 1724), Vincenzo Maria Orsini, O.P. -- (3 de fevereiro de 1675),

    Paluzzo Altieri (2 de maio de 1666), Ulderico Carpegna (7 de outubro de 1630),

    Luigi Caetani -- Patriarca de Antioquia -- (12 de junho de 1622), Lodovico

    Ludovisi (2 de maio de 1621), Galeazzo Sanvitale (4 de abrilde 1604), Girolamo

    Bernerio, O.P. (7 de setembro de 1586), Giulio Antonio Santoro (12 de

    maro de 1566), at Scipione Rebiba . As datas so referentes Consagrao

    Episcopal.

    Em 1981, foi apontado como prefeito da Congregao para a Doutrina da

    F pelo Papa Joo Paulo II, cargo que manteve at ao falecimento do seu

    predecessor. Foi designado cardeal-bispo da S Episcopal de Velletri-

    Segni em 1993, e tornou-se Decano do Colgio dos Cardeais em 2002, tornando-

    se o bispo titular de Ostia. Participou do Conclave de agosto de 1978 que elegeu

    o Papa Joo Paulo I e do conclave de outubro deste mesmo ano que resultou na

    eleio de Joo Paulo II.

    Era um velho amigo de Joo Paulo II, compartilhava das posies

    ortodoxas do Papa e foi um dos mais influentes integrantes da Cria Romana. A

    sua posio como prefeito da Congregao para a Doutrina da F, cargo que

    exerceu durante vinte e trs anos, o colocava como um dos mais importantes

    defensores da ortodoxia catlica. O ex-frade Leonardo Boff, brasileiro, um dos

    expoentes da Teologia da Libertao, teve voto de silncio imposto por Ratzinger

    em 1985 devido s suas posies polticas marxistas.

  • Eleio

    Sua Santidade Papa Bento XVI na Praa de So Pedro.

    Segundo o vaticanista Lucio Brunelli, sem querer estabelecer uma verdade

    absoluta sobre o resultado final do conclave, fato que certamente esbarra no

    segredo imposto aos cardeais pela Constituio Apostlica Universi Dominici

    gregis, na primeira votao, de 18 de abril de 2005, ocorrida por volta das 18:00h,

    Joseph Ratzinger obteve 47 votos, contra 10 votos de Jorge Mario Bergoglio,

    arcebispo de Buenos Aires e 9 votos para Carlo Maria Martini, arcebispo emerito

    de Milo. Na segunda votao no dia seguinte, ainda segundo Brunelli, Joseph

    Ratzinger teria tido aproximadamente 60 votos. Na terceira votao, na manh de

    19 de abril, Ratzinger obteve 72 votos, contra 40 de Jorge Mario Bergoglio. Na

    votao encerrada na tarde de 19 de abril, Joseph Ratzinger obteve 84 votos,

    contra 26 de Jorge Mario Bergoglio. Mas, Brunelli, como dito, em razo do

    segredo de ofcio imposto aos cardeais sob pena de excomunho, no tem

    nenhuma fonte fidedigna que ampare essas suas suposies.

    Aos 78 anos, o Cardeal Joseph Ratzinger foi eleito papa pelo colgio de

    cardeais. O conclave findo em 19 de abril de 2005 foi um dos mais rpidos da

    histria, tendo apenas quatro votaes e durao de apenas 22 horas. No dia 24

    de abril do mesmo ano tomou posse em cerimnia na Baslica de So Pedro em

    Roma.

    A fumaa branca saiu da chamin da Capela Sistina s 17h50 daquele 19

    de Abril (hora do Vaticano). O nome do cardeal alemo foi anunciado cerca das

    18h40 locais, da varanda da Baslica de So Pedro, onde o novo Papa surgiu

    minutos depois usando o solidu branco, aclamado por milhares de pessoas que

    preenchiam a Praa de So Pedro, o corao do Vaticano.

  • O anncio (Habemus Papam)

    Annuntio vobis gaudium magnum; habemus

    Papam:

    Anuncio-vos com grande alegria; j temos o

    Papa:

    Eminentissimum AC Reverendissimum

    Dominum, O Eminentssimo e Reverendssimo Senhor

    Dominum Josephum D. Jos

    Sanct Roman Ecclesi Cardinalem

    Ratzinger Cardeal da Santa Igreja Romana, Ratzinger

    qui sibi nomen imposuit Benedicti Decimi

    Sexti. Que adotou o nome de Bento XVI.

    Primeira declarao

    Em resposta a esse anncio, sua primeira declarao ao pblico, depois de

    eleito Papa, segue:

    "Queridos irmos e irms:

    Depois do grande Papa Joo Paulo II, os senhores cardeais elegeram a

    mim, um simples humilde trabalhador na vinha do Senhor. Consola-me o facto de

    que o Senhor sabe trabalhar e actuar com instrumentos insuficientes e,

    sobretudo, confio nas vossas oraes. Na alegria do Senhor ressuscitado,

    confiados em sua ajuda permanente, sigamos adiante. O Senhor nos ajudar.

    Maria, sua santssima Me, est do nosso lado. Obrigado."

    O nome "Bento"

    Primeira bno de Natal de Bento XVI, 25 de dezembro de 2005

    A escolha do nome Bento (do latim Benedictus: bendito) uma provvel

    homenagem ao ltimo papa que adotou o nome Bento, que foi o italiano Giacomo

    della Chiesa, entre 1914 e 1922. Conhecido como o "Papa da paz", Bento

  • XV tentou, sem sucesso, negociar a paz durante a Primeira Guerra Mundial. O

    seu pontificado foi marcado por uma reforma administrativa da igreja, possuindo

    um carter de abertura e de dilogo. Alm disso, Bento XVI sempre foi muito

    ligado espiritualmente ao mosteiro da beneditino de Schotten, perto de Ratisbona,

    na Baviera.

    Alguns analistas, como Dom Antnio Celso de Queirs, vice-presidente

    da Conferncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), relacionaram a adoo do

    nome Bento com a atuao de So Bento de Nrsia (480-547), fundador da

    Ordem Beneditina e padroeiro da Europa, o que o prprio papa confirmou aps a

    publicao das explicaes sobre seu braso. Aps as invases brbaras, os

    mosteiros de So Bento foram responsveis pela manuteno da cultura latina e

    grega e pela evangelizao da Europa. A escolha do nome deste Santo

    representaria, portanto, que uma das prioridades do papado de Bento XVI ser a

    "recristianizao da Europa".

    Braso e lema

    "O escudo adoptado pelo Papa Bento XVI tem uma composio muito

    simples: tem a forma de clice, que a mais usada na herldica eclesistica

    (outra forma a cabea de cavalo, que foi adotada por Paulo VI). No seu interior,

    variando a composio em relao ao escudo cardinalcio, o escudo do Papa

    Bento XVI tornou-se: vermelho, com ornamentos dourados. De fato, o campo

    principal, que vermelho, tem dois relevos laterais nos ngulos superiores em

    forma de "capa", que so de ouro. A "capa" um smbolo de religio. Ela indica

    um ideal inspirado na espiritualidade monstica, e mais tipicamente na

    beneditina." (Da explicao do braso pela Santa S)

    Visita ao campo de Auschwitz-Birkenau, acompanhado do presidente Lech Kaczyski daPolnia.

    Brases Papal de Bento XVI com a tiara (esq.) e com a mitra (dir.)

  • Escolheu como lema episcopal: Colaborador da verdade; assim o

    explicou ele mesmo: Parecia-me, por um lado, encontrar nele a ligao entre a

    tarefa anterior de professor e a minha nova misso; o que estava em jogo, e

    continua a estar embora com modalidades diferentes , seguir a verdade,

    estar ao seu servio. E, por outro, escolhi este lema porque, no mundo actual,

    omite-se quase totalmente o tema da verdade, parecendo algo demasiado grande

    para o homem; e, todavia, tudo se desmorona se falta a verdade.

    Expectativas como Papa

    O grande mote de Joseph Cardeal Ratzinger, nos dias que antecederam

    o conclave, foi a questo do secularismo e do relativismo. Acreditava-se que o

    papa Bento XVI seria um grande defensor dos valores absolutos, da doutrina e

    do dogma da Igreja. "A pequena barca com o pensamento dos cristos sofreu,

    no pouco, pela agitao das ondas, arrastada de um extremo ao outro: do

    marxismo ao liberalismo at a libertinagem, do coletivismo ao individualismo mais

    radical, do atesmo a um vago misticismo, do agnosticismo ao sincretismo",

    afirmou durante a missa de abertura do conclave que viria eleg-lo. Acreditava-se

    tambm, devido ao nome escolhido (So Bento padroeiro da Europa), que

    Bento XVI voltar-se-ia para esse continente que, segundo ele, vem caindo

    no secularismo (abandono dos valores religiosos e reduo de tudo ao espectro

    poltico de direita e esquerda).

    Para Daniel Johnson, poder-se-ia esperar uma cruzada rigorosa contra

    a eugenia e a eutansia, graas a convivncia do papa com as mazelas do

    nazismo, mas que haveria uma abertura ao ecumenismo, principalmente em

    relao s igrejas ortodoxas e protestantes. Tambm dizia que o papa deveria

    entusiasmar os fiis com suas interpretaes da teologia, animando, por exemplo,

    os jovens com a Teologia do Corpo, que v a sexualidade como uma emanao

    do amor divino.

  • Pensamento teolgico

    Bento XVI numa audincia privada (20 de janeiro de 2006)

    Considerando toda a sua obra literria, as suas atitudes como sacerdote e

    bispo ao longo da sua vida religiosa, e ainda do que se verifica dos anos

    passados frente da Sagrada Congregao para a Doutrina da F, Ratzinger

    possui um pensamento catlico ortodoxo que, para muitos de seus crticos, tido

    como sendo conservador. Bento XVI tem adotado, no seu Pontificado, propostas

    semelhantes s do seu predecessor relativos moral e ao dogma catlico e

    reafirmado no seu magistrio a doutrina do Catecismo da Igreja Catlica.

    Na dcada de 1990 o Cardeal Ratzinger participou da elaborao de

    documento sobre a concepo humana como sendo o momento da animao. A

    partir da unio do vulo com o espermatozide temos uma vida humana

    perante Deus. Assim, impossvel que a Santa S mude sua posio diante das

    pesquisas com clulas estaminais (clulas-tronco) embrionrias ou diante

    do aborto. Na verdade esperava-se que o Papa reafirmasse o Magistrio

    constante da Igreja sobre estes e outros temas da atualidade relacionados com a

    Moral, a tica e a Doutrina Social da Igreja, o que de fato ocorreu.

    Em 2011 Bento XVI respondendo a jornalistas fez referncia aos graves

    problemas econmicos que a Europa atravessa, aproveitou para fazer uma

    defesa da tica na economia. Afirmou que o homem deve ser posto no centro das

    atenes econmicas: "A Europa tem a sua responsabilidade. A economia no

    pode ser s lucro, mas tambm solidariedade", disse.

    Durante a 'Jornada Mundial da Alimentao' de 2011, afirmou que "a

    libertao da submisso da fome a primeira manifestao concreta do direito

    vida", que, apesar de ter sido proclamada solenemente, "est muito longe de ser

    alcanada". O papa fez esta afirmao direcionada ao diplomata Jacques Diouf,

  • diretor da Organizao das Naes Unidas para a Agricultura e a

    Alimentao(FAO) .

    Em janeiro de 2013 o Papa Bento XVI publicou os seus escritos conciliares,

    rememorando o Conclio Vaticano II. A comunicao oficial foi feita no dia 28 pelo

    coordenador da obra: "Como stimo volume da opera omnia (obras completas),

    foi publicada agora a coleta, numa sntese de tipo cronolgico e organizado, dos

    escritos de Joseph Ratzinger sobre os ensinamentos do Conclio, que coincide

    com o cinquentenrio do Vaticano II", afirmou D. Gerhard Ludwig Muller,

    Arcebispo e Prefeito da Congregao para a Doutrina da F. Segundo o

    Arcebispo, Bento XVI teve participao significativa na gnese dos textos mais

    variados, primeiro ao lado do arcebispo de Colnia, cardeal Joseph Frings, e mais

    tarde como membro autnomo de diversas comisses do Conclio. No dia 11 de

    Fevereiro de 2013, Bento XVI anunciou a renuncia ao papado que ocorreu no dia

    28 de Fevereiro de 2013.

    O Pontificado de Bento XVI

    Presena nos meios de comunicaes

    Em diversas ocasies o Papa tem dado entrevistas imprensa, alm dos

    seus pronunciamentos habituais no Vaticano, semanalmente.

    Durante o voo rumo ao Mxico, em 23 de maro de 2012, a bordo do

    avio, o Papa concedeu entrevista imprensa , na ocasio denunciou o que

    chamou de"as falsas promessas e mentiras do narcotrfico".

    Por ocasio de sua visita ao Lbano, durante o voo em direo

    a Beirute, em 15 de setembro de 2012, falou a mais de 50 jornalista, dentre outros

    temas, sobre o fundamentalismo religioso.

    Em 15 de outubro de 2012 no final da apresentao do filme Bells of

    Europe apresentado aos padres sinodais, pergunta sobre as razes da

    esperana que muitas vezes manifestou nutrir pela Europa, o Papa respondeu

    que ela se funda na f em Cristo.

    O perodico britnico Financial Times na sua edio do dia 20 de

    dezembro de 2012 publicou artigo de Bento XVI por ocasio do Natal e da edio

    do livro sobre a infncia de Jesus.

  • Em 12 de dezembro de 2012, Papa Bento XVI, inaugurou sua conta

    na rede social de microblogs, Twitter. Sua primeira mensagem a mais de 950 mil

    usurios, foi reproduzida em sete idiomas (incluindo portugus). Queridos

    amigos, eu estou muito feliz de entrar em contato com vocs pelo Twitter.

    Obrigada por sua generosa resposta. Eu vos abenoo de todo o meu corao,

    diz a mensagem, postada dia 12.dez.2012.

    Principais crticas pela imprensa

    O ex-presidente norte-americano George W. Bush e a ex-primeira-dama Laura Bushcomemoram o

    81 aniversrio do Papa, emWashington D.C.

    Uma crtica feita pelos meios de comunicao escolha de Joseph

    Ratzinger foi que o papado continua na Europa e mais uma vez a Amrica

    Latina (regio do mundo com mais catlicos) continua sem ter tido nenhum Papa.

    Outra foi sobre a postura pouco clara em relao aos crimes sexuais contra

    menores nos EUA e a sua firme negao do casamento civil entre pessoas do

    mesmo sexo em todo o mundo.

    Selo postal da Alemanha comemorativo do 80. aniversrio do Papa

    Ainda quanto aos crimes sexuais, houve um importante documentrio feito

    pela rede BBC de televiso intitulado Sexo, Crimes e Vaticano, que acusa o Papa

    de liderar o "acobertamento de casos de pedofilia". A reportagem do programa

  • examinou um documento secreto interno da igreja (Crimen Sollicitationis), que

    instrui bispos como lidar com acusaes de abusos sexuais cometidos por padres

    nas suas parquias.

    Bento XVI, como seus predecessores, contrrio ordenao de mulheres

    e defende a necessidade de moralidade sexual. Para ele, "a nica forma

    clinicamente segura de prevenir a SIDA (AIDS) se comportar de acordo com a

    lei de Deus", condenando o uso de preservativos, no que criticado por muitas

    correntes sociais. No entanto, apoiado nestas opinies por todos os movimentos

    da igreja, como o Caminho Neocatecumenal, a Renovao Carismtica,

    os Focolares e a Comunho e Libertao, por exemplo.

    Em setembro de 2006, Bento XVI provocou protestos no mundo

    muulmano, devido a uma citao que fez na Universidade de Ratisbona (onde

    lecionou antes de ser nomeado cardeal) durante visita Alemanha, em que fez

    referncia posio do imperador bizantino Manuel II Palelogo sobre Maom.

    Em agosto-setembro de 2007, em documento da Congregao para a

    Doutrina da F, reafirmou que a Igreja Catlica a "nica verdadeira" e a "nica

    que salva", o que provocou muitas crticas de igrejas protestantes.

    Por decreto de 21 de janeiro de 2009, o cardeal Giovanni Battista Re,

    Prefeito da Congregao para os Bispos, usando de faculdade concedida pelo

    Papa Bento XVI, removeu a censura de excomunho latae sententiae declarada

    por esta Congregao no dia 1 de julho de 1988 contra quatro bispos ordenados

    em 1988 pelo falecido e tradicionalista arcebispo Marcel Lefebvre, com o rito da

    "bula de Pio X", em desacordo com as regras estabelecidas pelo Conclio

    Vaticano II, ordenao considerada ilegtima pela Igreja Catlica.

    A Secretaria de Estado do Vaticano esclareceu que "os quatro bispos,

    apesar de terem sido liberados da pena de excomunho, continuam sem um

    funo cannica na Igreja e no exercem licitamente nela qualquer ministrio." e

    que este "foi um ato com que o Santo Padre respondia benignamente s

    reiteradas peties do Superior Geral da Fraternidade Sacerdotal So Pio X, na

    esperana de que os beneficiados manifestassem sua total adeso e obedincia

    ao magistrio e disciplina da Igreja."

    Dentre os quatro reintegrados com o levantamento da excomunho est o

    bispo Richard Williamson, religioso ingls, que dirige um seminrio lefebvriano

    na Argentina e nega o Holocausto. O Vaticano tornou pblico que o bispo

    Williamson, para ser admitido nas funes espiscopais na Igreja, ter de retratar-

  • se de modo absoluto, inequvoco e pblico de sua postura sobre a Shoah,

    desconhecidas pelo Santo Padre no momento da remisso da excomunho.

    "Ataque a Ratzinger"

    Desde o comeo do pontificado, a ao e as palavras do Papa Bento XVI

    tm sido apresentada de um modo distorcido que tem produzido incompreenses

    na opinio pblica. A origem desses preconceitos foi tema do livro Attacco a

    Ratzinger, escrito por dois vaticanistas italianos, Andrea Tornielli do Il

    Giornale e Paolo Rodari de Il Foglio. O livro, publicado por Piemme, na Itlia,

    provocou um debate sobre o tratamento miditico que o Papa tem recebido.

    Os autores no tm a inteno de solucionar todos os questionamentos e

    problemas ocorridos e consideram que o tumulto provocado por vrios episdios

    no podem ser tidos como sendo apenas um problema de comunicao ou

    assessoria de imprensa. Os autores em sntese consideram que os ataques ao

    Papa decorreriam de tres frentes conhecidas:

    "Lobbies e foras" de fora da Igreja com um interesse claro de

    desacreditar o Papa, tanto por motivos ideolgicos quanto financeiros; este grupo

    estaria constitudo por foras laicistas, grupos feministas e gays, laboratrios

    farmaceuticos que vendem produtos abortivos, advogados que pedem

    indenizaes milionrias para casos de abusos, dentre outros.

    Os crticos liberais de dentro da Igreja, que h muito tempo

    caricaturizaram Ratzinger como o "Panzerkardinal"; e que insistem em fazer uma

    leitura prpria dos textos do Conclio Vaticano II.

    Os assessores do Papa, que, s vezes, representam os seus

    prprios piores inimigos em relaes pblicas, o fogo amigo de assessores

    imprudentes ou incompetentes.

    Atentados e incidentes de segurana

    Em 2007, um alemo conseguiu saltar sobre uma barricada na Praa de

    So Pedro quando o veculo do Papa estava a passar durante uma audincia

    geral.

  • Durante a missa de Natal de 2009, uma mulher, identificada como Susanna

    Maiolo, 28 anos ultrapassou as barreiras de segurana no incio do corredor

    central da Baslica de So Pedro, em Roma e puxou o Papa que acabou por cair.

    A mesma mulher, que sofre de distrbios mentais teria tentando o mesmo

    em 2008, mas foi impedida pela segurana do papa. Ela tambm acabou por

    derrubar o Cardeal Roger Echegaray, que quebrou o fmur e foi levado ao

    hospital para realizao de exames.

    Consistrios de Bento XVI

    No seu primeiro consistrio, em 24 de maro de 2006, Bento XVI criou

    quinze novos cardeais dos quais doze eleitores, ou seja, purpurados com menos

    de oitenta anos de idade e que tm direito a voto num futuro Conclave. Chamou a

    mdia a ateno para o fato de, entre os cardeais nomeados, ter sido elevado ao

    cardinalato o arcebispo de Hong Kong, Joseph Zen Ze-Kiun, forte opositor do

    regime comunista chins.

    No Consistrio do dia 24 de novembro de 2007, o papa Bento XVI criou 23

    novos cardeais, 18 dos quais com menos de oitenta anos e cinco com mais de

    oitenta anos, sendo dois destes sacerdotes, no bispos. Entre os cardeais criados

    est o arcebispo de So Paulo, Dom Odilo Scherer.

    No Consistrio Ordinrio Pblico do dia 20 de novembro de 2010, o papa

    Bento XVI criou 24 novos cardeais, 20 dos quais com menos de oitenta anos e

    quatro com mais de oitenta anos. Entre os cardeais criados est o arcebispo

    deAparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis.

    J em 2012 o Papa convocou 2 consistrios. Um Consistrio Ordinrio

    Pblico, no qual sagrou 22 novos cardeais, visto que 18 votantes num futuro

    Conclave e 4 no-votantes com mais de 80 anos. Dentre os votantes, destacam-

    se umbrasileiro: Dom Joo Braz de Aviz, Prefeito da Congregao para os

    Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostlica e um portugus:

    Dom Manuel Monteiro de Castro, Penitencirio-Mor da Santa S. E num Segundo

    Consistrio Ordinrio Pblico em 2012, o Papa anunciou no dia 24 de

    outubro para que este acontea no dia 24 de novembro de 2012 com a criao de

    6 novos cardeais.

  • Ordenaes episcopais

    O Cardeal Joseph Ratzinger foi o principal sagrante dos seguintes

    arcebispos e bispos:

    Antes do pontificado

    1984 - Alberto Cardeal Bovone (1922-1998)

    2002 - Zygmunt Zimowski (1949-)

    2004 - Josef Clemens (1947-)

    2004 - Bruno Forte (1949-)

    Durante o pontificado

    2007

    Na Baslica de So Pedro, no dia 29 de setembro de 2007:

    Arcebispo Mieczysaw Mokrzycki

    Arcebispo Francesco Giovanni Brugnaro

    Cardeal Gianfranco Ravasi

    Arcebispo Tomaso Caputo

    Bispo Sergio Pagano, C.R.S.P.

    Bispo Vincenzo Di Mauro

    2009

    Na Baslica de So Pedro, no dia 12 de setembro de 2009:

    Arcebispo Gabriele Giordano Caccia

    Arcebispo Franco Coppola

    Arcebispo Pietro Parolin

    Bispo Raffaello Martinelli

    Bispo Giorgio Corbellini

    2011

    Na Baslica de So Pedro, no dia 5 de fevereiro de 2011:

    Arcebispo Marcello Bartolucci

    Arcebispo Edgar Pea Parra

  • Arcebispo Celso Morga Iruzubieta

    Arcebispo Savio Hon Tai-Fai, S.D.B.

    Arcebispo Antonio Guido Filipazzi

    2012

    Na Baslica de So Pedro, no dia 6 de janeiro de 2012:

    Bispo Charles John Brown

    Bispo Marek Solczynski

    2013

    Na Baslica de So Pedro, no dia 6 de janeiro de 2013:

    Arcebispo Angelo Vincenzo Zani

    Arcebispo Fortunatus Nwachukwu

    Arcebispo Georg Gnswein

    Arcebispo Nicolas Henry Marie Denis Thevenin

  • Viagens

    O Papa Bento XVI em frente imagem de Frei Galvo durante sua visita

    de canonizao do frade noBrasil.

    O Papa mantm um ritmo de viagens apostlicas surpreendente para a sua

    idade e, com isto, tem superado as expectativas do incio de seu pontificado.

    Justamente por causa da sua idade e pelo seu estilo pessoal mais reservado e

    comedido quando comparado com seu antecessor Joo Paulo II os mass

    media consideravam que este seria um papa que ficaria mais restrito ao mbito

    do Vaticano e da Cria Romana o que acabou no se verificando.

    Visita ao Brasil

    A visita de Bento XVI ao Brasil comeou em 9 de maio de 2007 e se

    encerrou no dia 13. Seu objetivo principal foi dar incio Quinta Conferncia Geral

    do Episcopado Latino-americano e Caribenho que ocorreu de 13 a 31 de maio de

    2007, no Santurio de Aparecida no Vale do Paraba, estado de So Paulo. Alm

    disso, foi tambm nessa ocasio que se deu a canonizao de Santo Antnio de

    SantAnna Galvo, o Frei Galvo, o primeiro santo brasileiro, em cerimnia

    realizada no dia 11 de maio de 2007, em So Paulo.

  • Visita a Portugal

    O Papa Bento XVI abenoa os fiis durante a sua visita a Portugal.

    Bento XVI visitou Portugal para presidir s celebraes do Santurio de

    Nossa Senhora de Ftima, entre os dias 12 e 13 de maio de 2010. O convite foi

    feito pelo Presidente da Repblica, Anbal Cavaco Silva, pelo bispo de Leiria-

    Ftima, Dom Antnio Marto, e pela Conferncia Episcopal Portuguesa. O Papa

    chegou a Lisboa no dia 11 de maio, onde foi recebido pelo Presidente da

    Repblica, e celebrou uma missa no Terreiro do Pao. No dia 12 de maio partiu

    para Ftima, onde presidiu s celebraes em honra de Nossa Senhora de

    Ftima, com a celebrao da homilia pelo Papa no dia 13. J no dia 14, o Papa

    partiu para o Porto, onde presidiu a uma Santa Missa na Avenida dos Aliados,

    terminando assim a sua visita oficial. Ao longo da visita, o Santo Padre fez vrios

    discursos, e encontrou-se com vrias personalidades portuguesas e membros da

    Igreja.

    Documentos Pontifcios

    Desde a sua posse como Papa, Bento XVI tem feito inmeros

    pronunciamentos. Entre os principais documentos escritos que tem publicado no

    exerccio das funes de Sumo Pontfice esto as encclicas Deus Caritas

    Est, Spe salvie Caritas in Veritate.

    Bibliografia de Bento XVI

    As publicaes de Ratzinger alcanam os 600 ttulos, alguns de seus

    estudos no foram publicados abertamente, mas dirigidos a certos pblicos,

  • comisses e documentos eclesisticos, algumas de suas obras atingiram

    recordes de venda aps a sua eleio como papa.

    Curiosidades

    O carro do papa

    O carro do papa, um Volkswagen Golf, foi vendido no eBay por

    188.938,88 euros.

    Depois de Joo XXIII, Bento XVI foi o primeiro papa a voltar a usar

    o camauro.

    O uso frequente dos mleos pelo papa tem chamado a ateno da

    imprensa.

    Segundo uma nota da Prefeitura da Casa Pontifcia, durante o ano

    de 2007 Bento XVI atendeu a 44 audincias gerais em Roma nas quais estiveram

    presentes um total de 624.100 pessoas.

    Bento XVI o primeiro papa a possuir um iPod.

    O Papa Bento XVI o primeiro pontfice que visita um museu

    judaico, assim como o Museu Judaico de Roma o primeiro museu judaico a ser

    visitado por um Papa.

    Bento XVI foi objeto de um estudo por Freitas-Magalhes: "A

    neuropsicofisiologia da face: Os movimentos e linguagens em figuras pblicas.

    Estudo de caso com Bento XVI" (2005-2010)

    O famoso rei dos francos, Pepino, o Breve, foi quem doou as terras

    do Vaticano, pas governado pelo Papa, Igreja em 756. No entanto, a soberania

    do pas s foi conquistada em 11 de fevereiro de 1929.

    A casa onde o papa mora tem 5 mil quartos, 200 salas de espera, 22

    ptios, 100 gabinetes de leitura, 300 banheiros e dezenas de outras salas

    destinadas a encontros diplomticos.

  • Esta no novidade para quem leu o livro Anjos e Demnios, de

    Dan Brown. Alm de todo esse espao, os papas tm, desde 506, um grupo de

    soldados especiais que fazem sua proteo, exrcito chamado Guarda Sua.

    Mas h alguns requisitos para integrar esse time: preciso ser homem, ter entre

    19 e 30 anos, ter pelo menos 1,74 metro e ter nascido (como voc deve ter

    imaginado) na Sua.

    No pense que o trabalho do grupo to simples: o Vaticano tem

    uma das taxas criminais mais altas do mundo! Isso porque esse valor calculado

    dividindo-se o nmero de ocorrncias pelo nmero de habitantes. Como a

    populao do pas no chega a 500 habitantes, mesmo com um baixo nmero de

    crimes (a maioria praticado por turistas), o resultado dessa conta alto.

    A agenda de um Papa bem movimentada: alm de guiar de fiis

    de todo o mundo, ele ainda responsvel pela administrao da Igreja. Em outras

    palavras: precisa nomear bispos e cardeais, canonizar santos e resolver os

    pepinos rotineiros do Vaticano.

    Mercrio, nome de um Deus pago, foi o primeiro Papa a trocar de

    nome e optou por Joo II. Depois dele, a prtica foi recorrente para evitar que o

    nome do lder catlico no fosse cristo. Quem escolhe o nome o prprio Papa.

    Desde que a escolha comeou a ser feita, Joo foi a opo mais utilizada: 23

    papas elegeram o nome.

    Bento XVI, eleito Papa em 2005, apaixonado por gatos e tinha dois

    bichanos de estimao quando assumiu o papado. Teve de abdicar deles, j que

    animais no so permitidos no Vaticano.

    Seu governo foi marcado por acusaes contra a Igreja, mas Bento

    recebeu algumas homenagens inesperadas. Um ano aps assumir, por exemplo,

    uma cervejaria na cidade de Tann, na Alemanha, criou uma bebida chamada

    Pabstbier, ou cerveja do Papa. No rtulo, h uma homenagem em seu nome:

    Dedicada ao grande filho de nossa ptria, Bento XVI.

    Uma curiosidade sobre Joseph Ratzinger: embora ele no tenha

    carteira para dirigir carros, tem licena para pilotar helicpteros.

    No Vaticano, feriado no dia em que o Papa foi eleito. Entre 2005 e

    2012, esse dia foi comemorado em 19 de abril.

  • Beatificao

    Bento XVI proclamou 34 santos e quase 600 beatos, em sua maioria espanhis.

    Viagens Apostlicas de Bento XVI

    Mapa dos pases j visitados por Bento XVI.

    Vaticano e Itlia

    Trs ou mais visitas

    Duas visitas

    Uma visita

    O Papa Bento XVI mantm um ritmo de viagens apostlicas surpreendente

    para a sua idade e, com isto, tem superado as expectativas do incio de seu

    pontificado. Justamente por causa da sua idade e pelo seu estilo pessoal mais

    reservado e comedido, quando comparado com o seu antecessor, Joo Paulo II,

    a imprensa considerava que este seria um Papa que ficaria mais restrito ao

    mbito do Vaticano e da Cria Romana, o que acabou por no se verificar.

  • Viagens Apostlicas realizadas

    2005

    Colnia, Alemanha (de 18 a 21 de agosto de 2005)

    Jornada Mundial da Juventude em Colnia.

    Nas Jornadas Mundiais da Juventude, Bento XVI celebrou as sua primeira

    viagem ao estrangeiro, visitando o seu pas natal. chegada foi recebido

    entusiasticamente apesar de algum ceticismo dos crticos que afirmaram que por

    no ter um carisma ou popularidade como o seu antecessor seria recebido com

    alguma frieza. Ao longo das JMJ mostrou uma linha de fidelidade orientao

    poltica do seu antecessor.

    2006

    Polnia (de 25 a 28 de maio de 2006)

    O Papa iniciou a sua visita s onze horas da manh de 25 de maio, com o

    desembarque no Aeroporto Frdric Chopin de Varsvia. Durante a sua visita,

    falou frequentemente em lngua polaca,que tinha aprendido foneticamente. Aps

    a cerimnia da chegada, foi at catedral de Varsvia no papamvel e fez uma

    comunicao para uma assistncia de milhares de membros do clero. Fez uma

    visita oficial ao Palcio Presidencial e assistiu no final do dia a uma reunio

    ecumnica. Em 26 de maio, Bento XVI celebrou uma missa ao ar livre em

    Varsvia, visitou oMosteiro de Jasna Gra, em Czstochowa e foi para Cracvia.

    Em 27 de maio, o Santo Padre passou em Wadowice, terra natal do seu

    antecessor Joo Paulo II, no santurio de Kalwaria Zebrzydowska, e na Catedral

    de Wawel e falou aos jovens reunidos no Parque Bonia, em Cracvia. O ltimo

    dia de sua visita, 28 de maio, o Papa celebrou em Bonia perante mais de 900 mil

  • peregrinos, e mais tarde rezou no antigo campo de concentrao nazi

    de Auschwitz-Birkenau..

    Espanha (de 8 a 9 de julho de 2006)

    O Papa visitou a Espanha a convite do rei Juan Carlos e dos bispos

    espanhis. Esteve em Valncia para a 5. conferncia mundial da famlia. A missa

    de encerramento da conferncia teve lugar na Cidade das Artes e das Cincias,

    em Valncia.

    Sua (19 de julho de 2006)

    O Papa fez uma visita no oficial a um mosteiro beneditino nos Alpes

    Suos durante as suas frias de vero no Vale de Aosta, na Itlia.

    Baviera, Alemanha (de 9 a 14 de setembro de 2006)

    Foi durante a sua estadia na Baviera que, em 12 de setembro de 2006, o

    Papa pronunciou em Ratisbona, na universidade da cidade, onde foi professor,

    um discurso sobre a relao entre religio e violncia e que denunciava e

    condenava a violncia exercida em nome da religio. No entanto, uma citao no

    discurso de Manuel II Palelogo, antigo imperador do Imprio Bizantino,

    desencadeou fortes reaes de polticos e religiosos no mundo, especialmente

    nos pases muulmanos.

    Turquia (de 28 de novembro a 1 de dezembro de 2006)

    Convidado pelo Patriarca Ecumnico de Constantinopla Bartolomeu I, o Papa

    visitou aa Turquia, pas com uma populao maioritariamente muulmana. Dois

    meses aps a polmica sobre uma palestra que o papa deu na Universidade de

    Ratisbona, na Alemanha, a visita do Papa foi no muito bem acolhida pelos

    manifestantes nacionalistas e islmicos, e foi colocada sob alta segurana, mas

    no se registaram incidentes.

    Chegado em 28 de novembro ao Aeroporto Internacional

    Esenboa em Ancara, o Santo Padre foi saudado pelo primeiro-ministro Recep

    Tayyip Erdoan numa breve entrevista, porque Erdoan teve que assistir a uma

    reunio da NATO. Em seguida, visitou o mausolu de Atatrk. Mais tarde, reuniu-

    se com o presidente Ahmet Necdet Sezer e o presidente do Departamento de

    Assuntos Religiosos, Ali Bardakoglu, e recebeu os embaixadores na embaixada

    da Santa S em Ancara.

  • Em 29 de novembro visitou o santurio da Casa da Virgem

    Maria em feso, lugar de culto para catlicos e muulmanos. Conduziu uma

    missa ao ar livre e fez um discurso perante centenas de fiis, pedindo "mais paz e

    reconciliao para aqueles que vivem na terra chamada Santa e considerada

    como tal pelos cristos, judeus e muulmanos ". Aps a missa, foi para Istambul,

    onde teve um primeiro encontro com o patriarca Bartolomeu I.

    Em 30 de novembro o Papa rezou com o Patriarca Ecumnico Bartolomeu

    I na Igreja Patriarcal de So Jorge, em Istambul, durante a Divina Liturgia e

    segundo o rito ortodoxo. Este foi o principal objetivo da sua longa viagem, tendo

    sido previsto para simbolizar a busca da reconciliao entre os ritos cristos do

    Ocidente e Oriente. Bento XVI pronunciou palavras de maior abertura para o

    dilogo ecumnico, dizendo entre outras afirmaes que "a Igreja Catlica est

    disposta a fazer todo o possvel para superar os obstculos e procurar,

    juntamente com os irmos e irms ortodoxos, a cooperao pastoral mais eficaz."

    O Papa e o Patriarca prepararam uma declarao conjunta condenando a

    violncia perpetrada em nome de Deus. O Papa recordou que um dos principais

    objetivos do seu pontificado era a cura do Cisma de 1054 que separa a Igreja

    Ortodoxa e a Igreja Catlica Romana desde essa data. O Santo Padre visitou a

    antiga Baslica de Santa Sofia, que originalmente era a maior igreja do

    Cristianismo Ortodoxo, antes de ser convertida em mesquita no sculo XV e um

    museu no sculo XX. Visitou depois a Mesquita Azul, uma mesquita histrica de

    Istambul, antes de manter conversaes com vrios funcionrios, incluindo o

    primaz do Patriarcado Armnio Turco de Constantinopla Mutafyan Mesrob

    II e Hakham Bashi (Grande Mestre) dos judeus sefarditas do pas.

    No dia 1 de dezembro, ltimo da visita, o pontfice visitou a Catedral

    Catlica do Esprito Santo, em Istambul, onde celebrou missa depois de inaugurar

    uma esttua do Papa Bento XV. Esse momento foi reservado para a comunidade

    catlica na Turquia. O Papa disse na homilia que "a Igreja no se impe a

    ningum, ela simplesmente pede para viver em liberdade e revelar quem ela no

    pode esconder, Jesus Cristo, que nos amou at morte na cruz e nos deu o Seu

    Esprito, presena viva de Deus entre ns e profundo dentro de ns mesmos",

    dadas as condies de vida difceis para os crentes catlicos no pas. Em seu

    discurso de despedida no Aeroporto Internacional Atatrk, em Istambul, o Papa

    disse que parte do seu corao ficava em Istambul.

  • 2007

    Brasil (9 a 13 de maio de 2007)

    Bento XVI com o presidente brasileiro da poca, Luiz Incio Lula da Silva

    Bento XVI durante uma missa no Brasil

    Bento XVI fez a abertura solene daQuinta Conferncia Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe.

    Na Quinta Conferncia Geral do Episcopado Latino-americano e do

    Caribe (CELAM), o Papa iniciou a sua primeira viagem fora da Europa.

    Em 9 de maio de 2007 o Papa teve a sua primeira conferncia de

    imprensa durante a viagem de avio. Respondeu a perguntas sobre declaraes

  • polmicas dos bispos, e argumentou que os polticos mexicanos se tinham auto-

    excomungado aps a legalizao do aborto. O Santo Padre disse que matar uma

    criana inocente incompatvel com estar em comunho com o Corpo de Cristo,

    reafirmando a excomunho como legtima, conforme previsto pelo Cdigo do

    Direito Cannico. No entanto, embora o Papa estivesse de acordo com os seus

    bispos, no faria nenhuma excomunho formal. Chegando ao Brasil, foi recebido

    pelo presidente Luiz Incio Lula da Silva.

    Em 10 de maio de 2007, Bento XVI reuniu com o presidente Lula, que

    reiterou a sua crena na preservao do Estado laico e nas posies diferentes

    entre a Igreja e Brasil sobre o aborto. Na parte da tarde, o pontfice falou para

    cerca de 70 mil jovens a partir de Estdio do Pacaembu em So Paulo (mais de

    100 000 outros viram a cobertura do evento a partir do exterior por motivos de

    segurana) instando-os a ser "construtores de um mundo mais justo e solidrio,

    reconciliado e pacfico".

    Em 11 de maio de 2007, Bento XVI celebrou uma missa em So Paulo

    perante mais de um milho de fiis, e canonizou Frei Antnio Galvo, um

    franciscano que viveu no sculo XVIII, e que foi beatificado pelo Papa Joo Paulo

    II em 1998. Reuniu com os bispos do Brasil e falou de vrios problemas da Igreja.

    Ressaltou, mais uma vez, que os ataques prejudicavam a instituio da famlia,

    falando em termos muito claros do aborto e da unio civil (que o Papa definiu

    como feridas na sociedade). Tambm o tema dos problemas dos padres na

    poltica, a pobreza e a injustia social e o flagelo da pedofilia foram discutidos. O

    Papa exortou a Igreja a ser mais missionria para resistir ao surgimento de seitas

    e do agnosticismo.

    Em 12 de maio de 2007, falou perante uma comunidade de ex-

    toxicodependentes e alcolicos, abordando o delicado tema das drogas, atravs

    da emisso de um severo aviso para ostraficantes de drogas: Eu digo aos que

    fazem comrcio de droga para refletirem sobre os danos que infligem multido

    de jovens e de adultos de todos os nveis da sociedade, Deus ir cham-los para

    explicarem o que fizeram". noite, o Papa chegou ao Santurio de Aparecida, o

    templo religioso mais visitado da Amrica Latina.

    Em 13 de maio de 2007, o Santo Padre celebrou uma missa na praa

    exterior do santurio, onde centenas de milhares de fiis aplaudiram a sua

    chegada a bordo da papamvel. Depois da celebrao, inaugurou a V

    Conferncia Geral do Episcopado Latino-Americano e ressaltou, num discurso

    para os bispos, mas sem a nomear, uma certa frieza face teologia da libertao.

  • Tambm criticou tanto o marxismo quanto o capitalismo pelos seus efeitos

    destrutivos sobre a economia, o governo e a religio. Acrescentou que "a poltica

    no competncia imediata da Igreja" e salvaguardou o "respeito por uma

    laicidade saudvel, incluindo a pluralidade das posies polticas, como essencial

    na tradio crist autntica".

    ustria (de 7 a 9 de setembro de 2007)

    Em 7 de setembro de 2007 o Papa chegou de manh ao Aeroporto

    Internacional de Viena, onde foi recebido pelo presidente austraco Heinz

    Fischer e pelo cardeal-arcebispo Christoph Schnborn[1] Na parte da manh,

    reuniu com as autoridades judaicas e rezou em silncio pelas vtimas

    do Holocausto. Nesta ocasio, foi concelebrada um conselho inter-religioso ao

    lado do Gro-Rabino de Viena, em honra dos 65 000 judeus vienenses que

    morreram em campos de concentrao nazis durante a Segunda Guerra Mundial.

    Na parte da tarde, Bento XVI esteve em reunio com o presidente Heinz Fischer e

    representantes da vida pblica e do corpo diplomtico. O Papa fez um discurso

    com temas difceis como a eutansia, o aborto e as razes crists da Europa.

    Sobre o aborto, o Papa reafirmou que no pode ser um direito humano, mas o

    seu oposto.

    Em 8 de setembro de 2007, o Papa fez uma peregrinao ao santurio

    mariano nacional austraco de Mariazell na Estria, para celebrar uma missa no

    aniversrio da fundao da igreja. Esta igreja foi fundada h 850 anos, em 1157,

    por um monge chamado Magnus. Esta peregrinao foi o principal objetivo de sua

    viagem ustria.

    Em 9 de setembro de 2007, Bento XVI celebrou a missa de manh

    na Catedral de Viena (Stephansdom). tarde, visitou a Abadia de Heiligenkreuz e

    foi ao Konzerthaus onde se encontrou com instituies de caridade voluntria.

  • 2008

    Estados Unidos (de 15 a 20 de abril de 2008)

    O presidente George W. Bush e o Papa Bento XVI na sua chegada a solo norte-americano

    Foi a primeira visita papal de Bento XVI aos Estados Unidos. Durante a sua

    estadia, encontrou-se na Casa Branca em Washington, DC com o presidente

    Bush e celebrou uma missa num estdio de Washington. O Papa deslocou-se de

    seguida para Nova Iorque, sede da Organizao das Naes Unidas, onde

    discursou , e visitou o local onde estava o World Trade Center, destrudo

    nos ataques de 11 de setembro de 2001 antes de celebrar uma missa no Yankee

    Stadium.

    Austrlia (de 13 a 21 de julho de 2008)

    Chegada de Bento XVI em barco a Sydney

    O Papa Bento XVI foi at Austrlia para encontrar-se com jovens de todo

    o mundo que participaram nas Jornadas Mundiais da Juventude em Sydney. Com

    a distncia entre Roma e a Austrlia e os muitos fusos horrios de diferena,

    Bento XVI chegou em 13 de julho e descansou durante trs dias antes de iniciar

    as suas obrigaes oficiais. Em 20 de julho, celebrou a missa do encerramento

  • das JMJ, ao ar livre, no campo de Randwick perante uma assistncia estimada

    entre 300 000 e 400 000 pessoas.

    Frana (de 12 a 15 de setembro de 2008)

    Bento XVI chegou em 12 de setembro de 2008, pouco depois das 11h,

    ao Aeroporto de Orly, onde foi recebido por Nicolas Sarkozy e sua mulher Carla

    Bruni. Depois de ter sido recebido noPalcio do Eliseu pelo presidente francs na

    presena de numerosas personalidades, o Papa encontrou-se com o mundo da

    cultura no collge des Bernardins, e depois celebrou as Vsperasna Catedral de

    Notre-Dame de Paris com o clero da regio de le-de-France. tarde celebrou

    uma missa no Htel des Invalides qual assistiram cerca de 260 000 pessoas e

    todo o governo francs. Ao fim do dia, uma parte dos peregrinos percorreu, com

    tochas, o "caminho da luz" de Notre-Dame at aos Invalides. Bento XVI continuou

    no mesmo dia a sua viagem seguindo paraLourdes tendo feito as primeiras

    etapas do Caminho do Jubileu, recolhendo-se frente Gruta de Massabielle,

    antes de concluir o dia numa procisso mariana. No domingo, 14 de setembro,

    Bento XVI celebrou nos campos do santurio de Lourdes uma missa qual

    assistiram cerca de 170 000 pessoas. De tarde fez um discurso perante os bispos

    de Frana antes de concluir a procisso eucarstica.

    No dia 15 de manh retomou o Caminho do Jubileu indo at capela do

    hospital antes de celebrar uma missa por inteno dos doenste na Esplanade du

    Rosaire. Depois de uma cerimnia de partida com a presena do primeiro-

    ministro Franois Fillon, partiu do Aeroporto de Tarbes e concluiu a visita

    apostlica.

    2009

    Camares e Angola (de 17 a 23 de maro de 2009)

    O Papa Bento XVI fez o seu primeiro priplo pelo continente africano. Ele

    mesmo comunicou a inteno de visitar frica no Angelus de 26 de outubro de

    2008. Entre 17 e 20 de maro de 2009 Bento XVI esteve nos Camares. Os seus

    comentrios sobre a luta contra a SIDA, realizados no avio que o levou at

    frica, desencadearam controvrsia. O Papa afirmou "Eu digo que no se pode

    superar o problema da HIV/SIDA/AIDS em frica s com dinheiro, embora

  • necessrio. Se no h vontade, se os africanos no ajudarem, no podemos

    resolv-lo atravs da distribuio de preservativos. Em vez disso, eles aumentam

    o problema". De 20 a 23 de maro de 2009 o Papa Bento XVI esteve em Angola,

    onde celebrou o 500. aniversrio da evangelizao do pas. Durante a missa de

    21 de maro, instou os catlicos a converter os crentes na feitiaria, tendo

    condenado estas prticas ainda presentes em algumas sociedades africanas.

    Terra Santa ( Israel e Palestina) e Jordnia (de 8 a 15 de maio de

    2009)

    O Patriarca Latino de Jerusalm, Fouad Twal, anunciou em dezembro de

    2008 que Bento XVI iria visitar a Terra Santa em maio de 2009. Durante esta

    viagem, o Papa foi esteve na Jordnia, na Palestina e em Israel. Conheceu, entre

    outros, o Rei da Jordnia Abdullah II, o presidente da Autoridade

    Palestina Mahmud Abbas e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

    Quando visitou os Territrios da Palestina, ofereceu um baixo-relevo monumental

    representando a rvore de Jess e esculpido pelo artista polaco Czeslaw

    Dzwigaj para a Baslica da Natividade, como oferta ao povo de Belm.

    Repblica Checa (de 26 a 28 de setembro de 2009)

    O Papa Bento XVI aceitou um convite dos bispos checos e do presidente

    da Repblica Checa Vclav Klaus para visitar o pas no final de setembro de

    2009, por ocasio do dia de So Venceslau.

    Em 26 de setembro de 2009, Bento XVI visitou Praga, capital do pas.

    chegada ao Aeroporto Internacional de Praga, fez um discurso no qual defendeu

    que o povo checo redescobrisse as suas razes crists aps a libertao do

    comunismo. O Papa visitou o Menino Jesus de Praga, a Igreja de Nossa Senhora

    Vitoriosas, declarando-a a primeira estao da Rota Apostlica da Repblica

    Chega, e em seguida dirigiu-se ao palcio do presidente Vclav Klaus antes do

    encontro com o clero checo na Catedral de So Vito.

    Em 27 de setembro o Papa fez uma paragem em Brno, a segunda maior

    cidade checa e capital da Morvia, onde celebrou a Santa Missa na esplanada

    do Aeroporto de Brno. Perante cem mil fiis, o Santo Padre voltou-se para o lugar

    da religio na sociedade: "O vosso pas, tal como outras naes, est passando

    por uma situao cultural que muitas vezes um desafio para a f radical e,

    portanto, tambm para a esperana. Na verdade, nos tempos modernos, a f e a

    esperana foram "deslocadas", pois foram rebaixadas para o plano privado e

    alm-terrestre, enquanto se afirmou na vida concreta e pblica a confiana no

  • progresso cientfico e econmico. Sabemos todos que tal progresso ambguo:

    abre possibilidades boas e perspetivas negativas. O desenvolvimento tcnico e a

    melhoria das estruturas sociais so importantes e certamente necessrios, mas

    no o suficiente para garantir o bem-estar moral da sociedade. O homem deve

    ser livre de constrangimentos materiais, mas deve ser salvo, e mais

    profundamente, dos os males que perturbam a sua mente". Ao voltar a Praga teve

    um encontro ecumnico da arquidiocese, e pronunciou-se contra todas as

    tentativas de "marginalizar a influncia do cristianismo na vida pblica". O Papa

    reuniu-se com o mundo acadmico no Castelo de Praga.

    Em 28 de setembro Bento XVI fez uma peregrinao cidade de Brands

    nad Labem-Star Boleslav, local da morte violenta do padroeiro da Repblica

    Checa, So Venceslau, que a foi assassinado. Celebrou a missa diante de uma

    multido de jovens que tinham feito uma viglia de orao durante a noite frente

    ao tmulo do santo padroeiro. Aps o almoo com os bispos checos em Praga, o

    Papa regressou a Roma.

    2010

    Malta (17 a 18 de abril de 2010)

    O avio do Papa no foi perturbado pela erupo do vulco islands

    Eyjafjallajkull que colocou em caos o espao areo europeu entre 14 e 20 de

    abril de 2010, e Bento XVI chegou sem qualquer problema ao Aeroporto

    Internacional de Malta. O motivo da visita foi o 1950. aniversrio

    do naufrgio de So Paulo de Tarso no arquiplago malts.

    Foi a terceira visita de um Papa a Malta aps a 48. e a 93. viagens de

    Joo Paulo II ao arquiplago. Bento XVI esteve em La Valetta no dia 17

    encontrando-se no Palcio dos Gro-Mestres da Ordem de Malta com diversas

    personalidades e fazendo uma visita de cortesia ao presidente George Abela.

    Esteve tambm em Rabat para visitar as catacumbas de So Paulo. Encontrou-se

    ainda com vtimas de abusos sexuais cometidos por sacerdotes de Malta, tal

    como j tinha feito nas viagens anteriores Austrlia e Estados Unidos em 2008.

  • Portugal (de 11 a 14 de maio de 2010)

    Papa Bento XVI no papamvel, no cortejo automvel em Lisboa, 11 de maio de 2010.

    Os propsitos principais da visita papal a Portugal so a celebrao do 10.

    aniversrio da beatificao dos pastorinhos Jacinta Marto e Francisco Marto,

    videntes de Ftima, e o contacto com as dioceses de Lisboa, Leiria-

    Ftima e Porto.

    O Papa Bento XVI chegou ao Aeroporto da Portela, em Lisboa, na manh

    do dia 11 de Maio. Aps um encontro na Nunciatura apostlica com o corpo

    diplomtico e representantes do Estado, visitou o Mosteiro dos Jernimos e foi

    recebido pelo Presidente Anbal Cavaco Silva no Palcio de Belm . No final da

    audincia, o Papa saudou tambm os funcionrios do Palcio de Belm . Ao fim

    da tarde, ele celebrou uma missa no Terreiro do Pao, no centro da capital

    portuguesa.

    No dia 12 de Maio, de manh, deu-se o encontro de Bento XVI com

    personalidades do mundo da cultura no Centro Cultural de Belm, e com

    o Primeiro-ministro Jos Scrates na Nunciatura Apostlica, partindo a meio da

    tarde para Ftima. Logo aps a sua chegada, deslocou-se Capelinha das

    Aparies e celebrou a orao de Vsperas com o clero na Igreja da Santssima

    Trindade .

    No dia 13 de Maio, o Papa esteve no recinto do Santurio de Ftima, um

    dos mais visitados da Europa, com o clero portugus e presidiu a uma missa no

    santurio no dia 13 de Maio, no 93. aniversrio das aparies marianas. tarde,

    deu-se os encontros do Papa com as organizaes da Pastoral Social, na Igreja

    da Santssima Trindade, e com os bispos portugueses no Salo da Casa de

    Nossa Senhora do Carmo.

    No dia 14 de Maio, o programa do Papa consistiu numa deslocao at

    ao Porto. Celebrou a missa na Avenida dos Aliados e depois partiu para Roma.

    Chipre (de 4 a 6 de junho de 2010)

  • Reino Unido da Gr-Bretanha (de 16 a 19 de setembro de 2010)

    Esta a 17a. viagem internacional de Bento XVI e tem como lema 'Cor ad

    cor loquitor - O corao fala ao corao, que se inspira no lema do Cardeal

    Newman. A visita de Estado de Bento XVI ser a primeira de um papa ao Reino

    Unido desde que o rei Henrique VIII rompeu com Roma e o catolicismo em 1534,

    estabelecendo a Igreja Anglicana. Joo Paulo II esteve no pas em 1982, mas

    tratava-se de uma visita pastoral (no de Estado). O convite foi-lhe dirigido por

    sua majestade a rainha Isabel II e por ela recebido na sua chegada no dia 16 de

    setembro, em Edimburgo e no palcio de Holyroodhouse (Casa da Santa Cruz)

    para a cerimnia de boas-vindas.

    Em Westminster Hall - a grande sala histrica no centro de Londres - encontra-se

    com personalidades polticas, civis, diplomticas e empresariais do Reino Unido,

    neste local So Toms More foi condenado morte em 1535 por recusar-se a

    abandonar a f catlica.

    Eventos

    16 de setembro.

    - A primeira missa do Papa em terra britnica celebrada em Glasgow no

    Bellahouston park, dia de So Ninian, padroeiro da Esccia.

    17 de setembro.

    - Encontro com o mundo da Educao Catlica na Capela e no Campo Esportivo

    do St. Marys University College e com o lderes de outras religies no

    Waldegrave Drawing Room do St Marys University College em Twickenham,

    London Borough of Richmond.

    - Visita de cortesia ao Arcebispo de Canterbury no Lambeth Palace e encontro

    com o expoentes da sociedade civil, do mundo acadmico, cultural e empresarial,

    com o Corpo Diplomtico e com os lderes religiosos no Westminster Hall, City

    of Westminster e Celebrao Ecumnica em Westminster Abbey.

    18 de setembro.

    - Santa Missa na Catedral do Preciosssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus

    Cristo, City of Westminster e visita Casa de Repouso para Idosos St. Peter's

    Residence em London Borough of Lambeth.

  • - Viglia de Orao pela Beatificao do Cardeal John Henry Newman no Hyde

    Park, City of Westminster.

    19 de setembro.

    - Santa Missa com a Beatificao do Venervel Cardeal John Henry Newman no

    Cofton Park de Rednal, Birmingham e Recitao do Angelus Domini, tambm

    Birmingham.

    - Encontro com os Bispos da Inglaterra, Gales e Esccia na Capela do Francis

    Martin House do Oscott College, Birmingham e cerimnia de despedida no

    aeroporto internacional de Birmingham.

    Espanha - Santiago de Compostela e Barcelona, -

    6 e 7 de novembro de 2010

    2011

    Crocia - (de 4 a 5 de junho de 2011)

    Espanha - (de 18 a 21 de agosto de 2011)

    Alemanha - (de 22 a 25 de setembro de 2011)

    Benim - (de 18 a 21 de novembro de 2011)

    2012

    Mxico - (de 23 a 26 de maro de 2012)

    Cuba - (de 26 a 28 de maro de 2012)

    Lbano - (de 14 a 16 de setembro de 2012)

  • Visitas Pastorais

    Bari - 29 de maio de 2005

    Manoppello - 1 de setembro de 2006

    Verona - 19 de outubro de 2006

    Vigevano e Pavia - 21 de abril e 22 de abril de 2007

    Assis - 17 de junho de 2007

    Loreto - 1 de setembro e 2 de setembro de 2007

    Velletri - 23 de setembro de 2010

    Npoles - 21 de outubro de 2007

    Savona e Gnova - 17 de maio e 18 de maio de 2008

    Santa Maria di Leuca e Brindisi - 14 de junho e 15 de junho de 2008

    Cagliari - 7 de setembro de 2008

    Pompeia - 19 de outubro de 2008

    Abruzzo - 28 de abril de 2009

    Cassino e Montecassino - 24 de maio de 2009

    San Giovanni Rotondo - 21 de junho de 2009

    Viterbo e Bagnoregio - 6 de setembro de 2009

    Brscia e Concesio - 8 de novembro de 2009

    Turim - 2 de maio de 2010

    Sulmona - 4 de julho de 2010

    Carpineto Romano - 5 de setembro de 2010

    Palermo - 3 de outubro de 2010

    Aquileia e Veneza - 07 de maio e 08 de maio de 2011

    San Marino-Montefeltro - 19 de junho de 2011

    Ancona - 11 de Setembro de 2011

    Lamezia Terme e Serra San Bruno - 09 de outubro de 2011

    Assis - 27 de outubro de 2011

    Arezzo e Sansepolcro - 13 de maio de 2012

    Milo - 01 a 03 de junho de 2012

    Emlia-Romanha - 26 de junho de 2012

    Loreto - 4 de outubro de 2012

  • Viagens Agendadas

    Brasil - (Julho de 2013) Jornada Mundial da Juventude

    Portugal - (Maio de 2017) Centenrio das Aparies de Ftima

    Papa Bento XVI em visita a Am

    Papa Bento XVI em visita a Npoles

    Papa Bento XVI em visita ao Lbano

    Papa Bento XVI em visita a Portugal

    Papa Bento XVI em visita a Alemanha em

    24/09/2011

    Papa Bento XVI em visita a Londres

  • Beatificao de Joo Paulo II

    Em uma cerimnia solene na presena de mais de um milho de pessoas que lotaram a Praa de So Pedro,

    segundo a polcia romana, o Papa Bento XVI proclamou beato o seu antecessor, Joo Paulo II(1920-2005)

    A cerimnia teve incio s 10 horas no horrio local (5h de Braslia), pelo papa

    e outros 800 sacerdotes presentes. Com um clice e mitra que foram usados nos

    ltimos anos de pontificado de Joo Paulo II e com uma vestimenta que tambm

    pertenceu a seu antecessor, Bento XVI abriu a cerimnia com uma saudao em

    latim, que foi traduzida simultaneamente em espanhol, francs, portugus, francs,

    ingls, alemo e polons pela Rdio Vaticano.

    Um cardeal leu um texto sobre a vida do pontfice, morto em 2005, aps 27

    anos de papado. Foram destacadas virtudes de Joo Paulo II, como seus dotes

    intelectuais, morais e espirituais.

    Aps a leitura, ocorreu o principal momento da cerimnia, em que foi

    descerrado um retrato de Joo Paulo II, a partir de ento denominado beato.

    "Concedemos que o venerado servo de Deus Joo Paulo II, Papa, seja de agora em

    diante chamado beato", proclamou Bento XVI.

    A data escolhida para a venerao do papa foi 22 de outubro, dia da primeira

    missa do seu pontificado.

    Muitos aplausos e gritos de "Santo sbito" (Santo j), como no dia do funeral

    de Joo Paulo II, foram ouvidos na praa, repleta de pessoas que exibiam bandeiras

    de muitos pases, entre elas a polonesa e a brasileira.

    A freira francesa irm Marie Simon-Pierre Normand - cuja cura do mal de

    Parkinson, a mesma doena degenerativa do papa, em junho de 2005, tida como a

    primeira graa de Joo Paulo II- levou ao altar uma ampola contendo sangue do

  • Papa, enquanto outra religiosa que o acompanhou durante o papado, levou algumas

    de suas relquias..

    Retrato de Joo Paulo II exposto na fachada da baslica de So Pedro, no Vaticano, durante cerimnia.

    A beatificao a etapa anterior canonizao e aconteceu em tempo recorde.

    Cerimnia de Beatificao

    Milhares de fiis que assistiram cerimnia de beatificao de Joo Paulo 2 fazem fila para venerar os restos mortais do papa, na Baslica de So Pedro, no Vaticano.

    O caixo, que no foi aberto, est exposto perante o altar da Confisso. Sobre ele foi colocada uma cpia do Evangelho de Lorsch, aberto e apoiado em um coxim tecido com decorao de ouro, alm de uma coroa de flores com as cores oficiais da bandeira vaticana, amarela e branca.

    A Guarda Sua responsvel por guardar o caixo de Karol Wojtyla, que foi proclamado beato em cerimnia solene neste domingo pelo papa Bento XVI,

  • provocando uma profunda emoo em mais de um milho de fiis que assistiram ao ato.

    Eclesiastes oram diante do caixo de Joo Paulo 2, que ir para a capela de So Sebastio na segunda

    Os fiis comearam a visitar o caixo s 13h16 (8h16 de Braslia) e estendeu-se at s 19h (14h em Braslia), quando sero fechados os portes da Baslica.

    No dia 29, o fretro foi retirado do tmulo que ocupava na cripta da Baslica de So Pedro e ser colocado nos prximos dias em uma capela do templo. At agora, os restos de Wojtyla estavam a poucos passos do sepulcro de So Pedro.

    Aps o papa e os cardeais veneraram os restos de Joo Paulo 2, foi vez das delegaes oficiais dos pases presentes, e em seguida a de pessoas portadoras de deficincia e o restante do pblico.

    Assim que foram concludas as celebraes pela beatificao, o caixo foi levado capela de So Sebastio, com melhor capacidade para receber um volume ainda maior de fiis no futuro.

  • BEATIFICAO

    Seis anos aps sua morte, Joo Paulo 2 foi proclamado beato neste domingo pelo seu sucessor, em uma cerimnia assistida por mais de um milho de pessoas na Praa de So Pedro.

    H cerca de mil anos um papa no beatificava seu antecessor, segundo o Vaticano. Bento 16 afirmou que ele "tinha a fora de um gigante" e enfrentou "sistemas polticos e econmicos", como o marxismo e a ideologia do progresso, para cumprir o desafio de viver a f sem medo.

    "Sua mensagem foi esta: o homem o caminho da Igreja, e Cristo o caminho do homem. Com essa mensagem, que a grande herana do Conclio Vaticano 2 e de seu timoneiro, Paulo 6, Joo Paulo 2 conduziu o povo de Deus ao Terceiro Milnio", afirmou o papa Ratzinger.

    Papa Bento XVI oficializa beatificao de seu antecessor, Joo Paulo 2, em cerimnia na Praa So Pedro.

  • O pontfice acrescentou que "aquela carga de esperana que fora cedida ao marxismo e ideologia do progresso, Joo Paulo 2 legitimamente reivindicou-a para o cristianismo, restituindo-lhe a fisionomia autntica da esperana, de viver na histria com um esprito de advento, com uma existncia pessoal e comunitria orientada a Cristo, plenitude do homem".

    Bento XVI lembrou ainda a famosa frase de Joo Paulo 2: "No temais, abri de par em par as portas a Cristo!" e afirmou que Karol Wojtyla "abriu a Cristo a sociedade, a cultura, os sistemas polticos e econmicos, enfrentando com a fora de um gigante, com a fora dada por Deus, uma tendncia que parecia irreversvel".

    Sobre o processo de beatificao, um dos mais rpidos da histria, o papa afirmou que j no dia do funeral de Wojtyla, em 8 de abril de 2005, podia se perceber seu "perfume da santidade", e que o povo de Deus manifestava de muitas formas sua venerao.

    Joo Paulo 2 foi proclamado beato na festividade da Divina Misericrdia, instituda por ele para honrar o culto impulsionado pela santa Faustina Kowalska, uma religiosa da qual se considerava discpulo.

    A cerimnia foi assistida por mais de um milho de pessoas, entre elas cerca de 100 mil fiis procedentes da Polnia, assim como milhares de pessoas procedentes de todo o mundo, que aplaudiram por vrios minutos quando, s 10h38 locais (5h38 de Braslia), ele foi elevado glria dos altares.

    Na fachada principal da Catedral de So Pedro foi colocado um retrato gigante do novo beato, no qual ele pode ser visto sorrindo. Bento 16 estipulou que a festa litrgica do novo beato ser celebrada em 22 de outubro, aniversrio do incio de seu Pontificado (1978).

  • .

    Aps a proclamao, as cmeras de televiso enfocaram o caixo do papa Wojtyla, colocado perante o Altar Maior da Baslica de So Pedro para sua venerao pelos fiis.

    Tobiana, a freira polonesa que cuidou de Joo Paulo 2 em seus ltimos anos de vida, e Marie Simon Pierre --freira cuja cura de maneira inexplicvel para a cincia do mal de Parkinson originou o processo de beatificao de "Joo de Deus"-- levaram at o altar maior um relicrio com uma pequena ampola com sangue de Wojtyla.

    Delegaes de 87 pases assistiram cerimnia, incluindo o Brasil, cinco casas reais, entre elas a da Espanha, e 16 chefes de Estado, entre eles os de Mxico e Honduras.

  • Canonizao

    Santo Adalberto, por Kovcs Mihly (1818-1892)

    Canonizao um termo utilizado pela Igreja Catlica e que diz respeito

    ao ato de atribuir o estatuto de Santo a algum que j era Beato. A canonizao

    de um beato um assunto srio e um processo complexo dentro da Igreja, a

    ponto de s poder ser tratada pela Santa F em si, por uma comisso de altos

    membros e com a aprovao final do Papa. Canonizao a confirmao final da

    Santa S para que um Beato seja declarado Santo. S o Papa tem a autoridade

    de conceder o estatuto de Santo.

    O Cdigo de Direito Cannico da Igreja, no seu cnon 1186

    estabelece: "Para fomentar a santificao do povo de Deus, a Igreja recomenda

    venerao peculiar e filial dos fiis a Bem-aventurada sempre Virgem Maria,

    Me de Deus, que Jesus Cristo constituiu Me de todos os homens, e promove o

    verdadeiro e autntico culto dos outros Santos, com cujo exemplo os fiis se

    edificam e de cuja intercesso se valem."; e, ainda no artigo 1187: "S lcito

    venerar com culto pblico os servos de Deus, que foram includos pela autoridade

    da Igreja no lbum dos Santos ou Beatos."

    Documentos importantes

    A Constituio Apostlica Divinus perfectionis Magister (1983), de Joo

    Paulo II, estabeleceu de uma vez as normas para a instruo das causas de

    canonizao e para o trabalho da Congregao para as Causas dos Santos. Nela

    afirmado: "A S Apostlica, () prope homens e mulheres que sobressaem

  • pelo fulgor da caridade e de outras virtudes evanglicas para que sejam

    venerados e invocados, declarando-os Santos e Santas em ato solene de

    canonizao, depois de ter realizado as oportunas investigaes."

    Em 18 de fevereiro de 2008 a Santa S torna pblico a instruo

    "Sanctorum Mater" (1983) da Congregao para a Causa dos Santos sobre as

    normas que regulam o incio das causas de beatificao juntamente com o "Index

    ac status causarum".

    A Instruo se divide em seis partes:

    Primeira: diz da necessidade de uma autntica fama de santidade para se dar

    incio ao processo e se explicam as figuras e tarefas do autor do postulador e

    do bispo competente para a causa.

    Segunda: nela descrita a fase preliminar da causa que chega at

    concesso do "nulla osta" da Congregao para as Causas dos Santos.

    Terceira: diz da celebrao da causa.

    Quarta: trata das modalidades para se recolher as provas documentais.

    Quinta: cuida das provas testemunhais e na

    Sexta: so indicados os procedimentos para os atos conclusivos da instruo

    diocesana.

    Procedimento resumido

    Segundo a Constituio Divinus perfectionis Magister e a

    instruo Sanctorum Mater, ao bispo diocesano ou autoridade da hierarquia a ele

    equiparada, de iniciativa prpria ou a pedido de fiis, a quem compete investigar

    sobre a vida, virtudes ou martrio e fama de santidade e milagres atribudos e, se

    considerar necessrio, a antiguidade do culto da pessoa cuja canonizao

    pedida. Nesta fase a pessoa investigada recebe o tratamento de "Servo de Deus"

    se admitido o incio do processo.

    Haver um postulador que dever recolher informaes pormenorizadas

    sobre a vida do Servo de Deus e informar-se sobre as razes que pareceriam

    favorecer a promoo da causa da canonizao. Os escritos que tenham sido

    publicados devem ser examinados por telogos censores, nada havendo neles

    contra a f e aos bons costumes, passa-se ao exame dos escritos inditos e de

  • todos os documentos que de alguma forma se refiram causa. Se ainda assim o

    bispo considerar que se pode ir em frente, providenciar o interrogatrio das

    testemunhas apresentadas pelo postulador e de outras que achar necessrio.

    Em separado se faz o exame do eventual martrio e o das virtudes, que o

    servo de Deus dever ter praticado em grau heroico (f, esperana e caridade;

    prudncia, temperana, justia, fortaleza e outras) e o exame dos milagres a ele

    atribudos. Concludos estes trabalhos tudo enviado a Roma para a

    Congregao da Causa dos Santos.

    Para tratar das causas dos santos existem, na Congregao para a Causa

    dos Santos, consultores procedentes de diversas naes, uns peritos em histria

    e outros em teologia, sobretudo espiritual, h tambm um Conselho de mdicos.

    Reconhecida a prtica das virtudes em grau heroico o decreto que o faz declara o

    Servo de Deus "Venervel".

    Havendo apresentao de milagre este examinado numa reunio de

    peritos e se se trata de curas pelo Conselho de mdicos, depois submetido a

    um Congresso especial de telogos e por fim Congregao dos cardeais e

    bispos. O p