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PAPA BENTO XVI
Bento XVI
263 papa
O Papa Emrito Bento XVI
Cooperatores veritatis
Nome de nascimento
Joseph Alois Ratzinger
Nascimento 16 de Abril de 1927 (85 anos) Marktl am Inn, Baviera
Alemanha
Eleio 19 de Abril de 2005
Entronizao 24 de Abril de 2005
Fim do pontificado
28 de Fevereiro de 2013(Renuncia)
Antecessor Joo Paulo II
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Sucessor Francisco, S.J.
Assinatura
Santa S
Poltica e Governo
Papa
Bento XVI
Cria Romana
Secretaria de Estado
Congregaes Romanas
Vigrio Geral de Roma
Vaticano
Pontifcia Comisso
Presidente
Conclave: 2005
Tratado de Latro
Papa Emrito Bento XVI (em latim: Benedictus PP. XVI,
em italiano: Benedetto XVI), nascido Joseph Alois Ratzinger, (Marktl am
Inn, Alemanha, 16 de abril de 1927) foi o Papa daIgreja Catlica e bispo
de Roma de 19 de abril de 2005 a 28 de fevereiro de 2013, quando oficializou
sua renncia. Cardeal-bispo emrito de Roma, foi eleito no conclave de 2005 o
263 Papa com a idade de 78 anos e trs dias, sendo o sucessor de Joo Paulo
II.
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Domina pelo menos seis idiomas
(alemo, italiano, francs, latim, ingls, castelhano) e possui conhecimentos
de portugus, ademais l o grego antigo e o hebraico. membro de vrias
academias cientficas da Europa como a francesa Acadmie des sciences
morales et politiques e recebeu oito doutorados honorficos de diferentes
universidades, entre elas daUniversidade de Navarra, tambm cidado
honorrio das comunidades de Pentling (1987), Marktl (1997), Traunstein (2006)
e Ratisbona (2006).
pianista e tem preferncias por Mozart e Bach. o sexto e talvez o
stimo (segundo a procedncia de Estvo VIII, de quem no se sabe se nasceu
em Roma ou na Alemanha) papa alemo desde Vtor II e, nos seus 80 anos, tem
a idade mxima para ser cardeal eleitor. Em abril de 2005 foi includo pela
revista Time como sendo uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.
O ltimo papa com este nome foi Bento XV, que esteve no cargo
de 1914 a 1922, foi o Papa durante a Primeira Guerra Mundial. Ratzinger o
primeiro Decano do Colgio Cardinalcio eleito Papa desde Paulo IV em 1555, o
primeiro cardeal-bispo eleito Papa desde Pio VIII em 1829 e o primeiro superior
da Congregao para a Doutrina da F desde Paulo V em 1605.
Em 11 de fevereiro de 2013, o Papa Bento XVI anunciou que renunciaria
ao Pontificado em 28 de fevereiro. "O papa anunciou que renunciou a seu
ministrio s 20h (hora de Roma) de 28 de fevereiro. Comeando assim um
perodo de sede vacante", informou o padre Federico Lombardi. Bento XVI
comunicou sua renncia em discurso pronunciado, em latim, durante um
consistrio convocado para anunciar trs canonizaes. "No mundo de hoje",
disse, "sujeito a rpidas mudanas e agitado por questes de grande relevncia
para a vida e para a f, para governar a barca de Pedro e anunciar o Evangelho,
necessrio vigor, tanto do corpo como do esprito, vigor que, nos ltimos meses,
diminuiu de tal modo em mim que devo reconhecer a minha incapacidade de
administrar bem o ministrio a mim confiado. (...) Dever ser convocado, por
quem de direito, o Conclave para eleio do novo Sumo Pontfice".
Em 2012, o arcebispo italiano aposentado Luigi Betazzi, que conhece o
Papa h 50 anos, j havia especulado abertamente sobre a possibilidade de sua
renncia: "Aqueles entre ns que tm mais de 75 anos no so autorizados a
comandar nem mesmo uma diocese pequena, e os cardeais com mais de 80
anos no podem eleger o papa. Eu entenderia se um dia o Papa dissesse
mesmo eu no posso mais realizar meu trabalho'. (...) Acho que se chegar o
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momento em que ele vir que as coisas esto mudando, ter coragem para
renunciar."
O ltimo papa a renunciar foi Gregrio XII, que abdicou em 1415, no
contexto do Grande Cisma do Ocidente, e, antes dele, houve apenas dois
casos: Ponciano e Celestino V.
O Papa deixou o Vaticano s 17h de Roma (3 horas antes da formalizao
da Renncia) de 28 de fevereiro de 2013 e foi para a Residncia de Vero
de Castel Gandolfo. Depois de eleito o seu sucessor, o Papa retirar-se- para
um mosteiro de clausura dentro dos muros do Vaticano.
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PENSAMENTO DO SANTO PAPA BENTO XVI SOBRE A F
Johannes Maria Stockel (Pe. Fidlis) 1
RESUMO
Este trabalho apresenta pensamento do Santo Papa Bento XVI sobre a f.
O que a f? Ainda tem sentido a f, num mundo em que cincia e tcnica
abriram horizontes at h pouco tempo impensveis? O que significa crer hoje? A
f oferece-nos precisamente isto: um entregar-se confiante a um Tu que
Deus, o qual nos confere uma certeza diversa, mas no menos slida do que
aquela que deriva do clculo exato ou da cincia. A f no um simples
assentimento intelectual do homem a verdades particulares sobre Deus; um
gesto mediante o qual nos confiamos livremente a um Deus que Pai e que nos
ama; adeso a um Tu que nos d esperana e confiana. Esta adeso a Deus
no est isenta de contedos: com ela estamos conscientes de que o prprio
Deus nos indicado em Cristo, mostrou o seu rosto e fez-se realmente prximo
de cada um de ns. Ter f encontrar este Tu, Deus, que nos sustm e nos faz
a promessa de um amor indestrutvel, que no s aspira eternidade, mas,
tambm, a concede; confiar-nos a Deus com a atitude da criana, a qual sabe
bem que todas as suas dificuldades, todos os seus problemas esto
salvaguardados no tu da me. E esta possibilidade de salvao atravs da f
um dom que Deus oferece a todos os homens. A f um dom de Deus, mas
tambm ato profundamente livre e humano. O Catecismo da Igreja Catlica
afirma-o claramente: O ato de f s possvel pela graa e pelos auxlios
interiores do Esprito Santo. Mas no menos verdade que crer um ato
autenticamente humano. No contrrio nem liberdade nem inteligncia do
homem. Alis, envolve-as e exalta-as numa aposta de vida que como que um
xodo, ou seja, um sair de ns mesmos, das nossas seguranas, dos nossos
esquemas mentais, para nos confiarmos ao de Deus que nos indica o seu
caminho para alcanar liberdade verdadeira, a nossa identidade humana, a
alegria do corao, a paz com todos. Crer confiar-se com toda a liberdade e
com alegria ao desgnio providencial de Deus sobre a histria, como fez o
patriarca Abrao, como fez Maria de Nazar. Ento, a f um assentimento com
que a nossa mente e o nosso corao dizem o seu sim a Deus, professando que
Jesus o Senhor. Esta sim transforma a vida, abre-lhe o caminho rumo a uma
plenitude de significado, tornando-a nova, rica de jbilo e de esperana confivel.
Deus, com sua graa, ilumina a razo, abre-lhe horizontes novos,
incomensurveis e infinitos. Por isso, a f constitui um estmulo a procurar
sempre, a nunca parar nem se contentar com a descoberta inesgotvel da
verdade e da realidade. falso o preconceito de certos pensadores modernos
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segundo os quais a razo humana seria como que bloqueada pelos dogmas da
f. verdade precisamente o contrrio, como os grandes mestres da tradio
catlica demonstraram. Juntamente com muitos outros autores cristos, Santo
Agostinho testemunha de uma f que se exerce com a razo, que pensa e
convida a pensar. O conhecimento da f no contrrio reta razo. Com efeito,
na Encclica Fides ET ratio, o Beato Papa Joo Paulo II resume assim: A razo
do homem no anulada nem humilhada quando presta assentimento aos
contedos de f. que estes so alcanados por deciso livre e consciente. No
desejo irresistvel de verdade, somente uma relao harmoniosa entre f e razo
o caminho reto que conduz a Deus e ao pleno cumprimento de si mesmo. A f
num Deus que amor e que se fez prximo do homem, encarnando e doando-se
a si mesmo na Cruz para nos salvar e reabrir as portas do Cu indica de modo
luminoso que a plenitude do homem consiste unicamente no amor. A f afirma
que no h humanidade autntica, a no ser nos lugares, nos gestos, nos tempos
e nas formas como o homem animado pelo amor que vem de Deus, se
expressa como dom, se manifesta em relaes ricas de amor, de compaixo, de
ateno ao servio abnegado ao prximo. Eis, pois, a maravilha da f: Deus, no
seu amor, cria em ns, atravs da obra do Esprito Santo, as condies
adequadas para que possamos reconhecer a sua Palavra. O prprio Deus, na sua
vontade de se manifestar, de entrar em contato conosco, de se fazer presente na
nossa histria, torna-nos capazes de ouvi-lo e acolher.
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Biografia Infncia e juventude
Casa onde Joseph Ratzinger nasceu em 1927, Marktl am Inn no sudeste da Baviera: Mauthaus.
Joseph Ratzinger nasceu no dia 16 de abril de 1927 em Marktl am Inn, uma
pequena vila na Baviera, s margens do rio Inn, na Alemanha, filho de Joseph,
um comissrio de polcia (Gendarmeriekommissar) do Reich, um oficial da polcia
rural oriundo da Baixa Baviera e adepto de uma corrente bvaro-austraca de
orientao catlica. Seu pai, era de religiosidade profunda e um decidido
adversrio do regime nacional-socialista, as suas ideias polticas firmes chegaram
a trazer srios perigos para a prpria famlia. Em 1941, um dos primos de
Ratzinger, um menino de catorze anos de idade com Sndrome de Down, foi
morto pelo regime Nazi em sua campanha eugnica.
A me de Joseph Ratzinger, sra. Maria Ratzinger, era de
procedncia tirolesa e, portanto, austraca. Conhecida por ser boa cozinheira,
trabalhou em pequenos hoteis; faleceu em 1963. O casamento ocorreu em 1920,
os filhos Maria e Georg nasceram em 1921 e 1924, Joseph nasceu num Sbado
de Aleluia e foi batizado no dia seguinte, domingo da Pscoa. A famlia no era
pobre no sentido literal do termo, mas os pais tiveram de fazer muitas renncias
para que os filhos pudessem estudar. Em 1928 a famlia mudou-se
para Tittmoning, na poca um lugarejo de cinco mil habitantes, s margens do
rio Salzach na fronteira austraca. Em 1932 a famlia mudara-se novamente,
agora para Aschau, de novo s margens do Inn, um povoado prspero -j que em
Tittmoning Ratzinger-pai havia se mostrado demasiado contrrio aos nazistas.
Aqueles assumiram o poder em 30 de
janeiro de 1933 quando Hindenburg nomeou Hitler chanceler, nos quatro anos em
que a famlia Ratzinger passou em Aschau o novo regime limitou-se a espionar e
a ter sob controle dos sacerdotes que se lhe mostravam hostis, Ratzinger-pai no
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s no colaborou com o regime como ajudou e protegeu os sacerdotes que sabia
estarem em perigo. J em 1931 os bispos da Baviera haviam publicado uma
instruo dirigida ao clero em que manifestavam a sua oposio s ideias
nazistas. A oposio entre a Igreja e o Reich estendia-se ao mbito escolar: os
bispos empreenderam uma dura luta em defesa da escola confessional catlica e
pela observncia da Concordata.
Vocao
Em Aschau comeam os primeiros vislumbres da vocao sacerdotal, o
jovem Ratzinger se deixa tocar pelos atos litrgicos do povoado os quais
frequenta com piedade, entrementes o avano do novo sistema poltico e, com
ele, a oposio da Igreja. Em fevereiro de 1937 tem lugar a Kristallnacht em que
as juventudes hitleristas apedrejam as vitrines das lojas dos judeus. Pouco tempo
depois Pio XI promulga a Encclica Mit brennender Sorge, em que condena as
teorias nacional-socialistas. Neste ano seu pai, ento sexagenrio, aposentou-se
e a famlia mudou-se para Traunstein.
Nos anos de ginsio em Traunstein aprendera o latim que ainda era
ensinado com rigor, o que muito lhe valeu como telogo, pode ler as fontes em
latim e grego e, em Roma, durante o Conclio, comenta, foi-lhe possvel adaptar-
se com rapidez ao latim dos telogos que l se falava, embora nunca tivesse
ouvido palestras nessa lngua. A formao cultural com base na antiguidade
greco-latina propiciada naquele ambiente "criava uma atitude espiritual que se
opunha s sedues da ideologia totalitria"
Com o Anschluss e a fronteira da ustria aberta a famlia pode ir com mais
frequncia a Salzburgo e em peregrinao a Maria Plain, ali puderam assistir a
diversas apresentaes musicais: "Foi ali que Mozart entrou at o fundo da minha
alma. No um simples divertimento: a msica de Mozart encerra todo o drama
do ser humano", afirma. Pela Pscoa de 1939 ingressa no seminrio-menor em
Traunstein, por indicao do proco, para que pudesse iniciar de forma
sistemtica na vida eclesistica.
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A Guerra
Com a guerra o seminrio requisitado como hospital militar e o diretor o
transfere para uns alojamentos vazios das Damas Inglesas de Sparz. A
incorporao na Juventude Hitlerista das crianas alems tornou-se oficialmente
obrigatria a partir de 1938 at o fim do Terceiro Reich em 1945.
At 1939 nenhum seminarista havia entrado na organizao, mas o regime exigiu
que a partir de maro a afiliao fosse obrigatria. At outubro a direo do
seminrio em que estava se negou a inscrever os seus alunos mas logo no pode
mais impedir a sua inscrio na organizao. Assim sucedeu tambm com
Joseph Ratzinger, aos 14 anos. Uma testemunha relata (segundo o Frankfurter
Allgemeine Zeitung) que os seminaristas eram uma "provocao para os nazis: se
lhes considerava suspeitos de estar contra o regime". Em um documento do
Ministrio da Educao se l que a incorporao compulsria s Juventudes
Hitleristas "no garantia que os seminaristas realmente se haviam incorporado
comunidade nacional-socialista". Quando fez catorze anos em 1941, portanto,
Joseph teve de se incorporar Juventude Hitlerista e, de acordo com o
seu bigrafo John Allen, no era um membro entusiasta. Recebeu gratuidade
escolar por pertencer a esse grupo, mesmo no participando de seus encontros,
graas amizade com um professor de matemtica filiado ao partido Nacional
Socialista, que lhe lecionou no seminrio. Por causa da mobilizao provocada
pela guerra os irmos Ratzinger deixaram o seminrio naquele ano de 1941 e
retornaram casa paterna.
Servio militar
Em 1943, com dezesseis anos, foi incorporado, pelo alistamento
obrigatrio, no Exrcito Alemo, numa diviso da Wehrmacht encarregada da
bateria de defesa antiarea da fbrica da BMW nos arredores de Munique. Mais
tarde, estar em Unterfrhrin e Gilching, ao norte do lago Ammer. dispensado
em 10 de setembro de 1944 do servio na bateria antiarea de Gilching e poucos
dias depois enviado a um campo de trabalho em Burgenland , na fronteira da
ustria com a Hungria e a Checoslovquia para realizar trabalhos forados, da
destinado ao quartel de infantaria em Traustein, de onde desertar pouco tempo
depois.
Com a rendio alem em 8 de maio de 1945 Ratzinger recolhido preso
no campo aliado de concentrao de prisioneiros em Bad Aibling, com mais de
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quarenta mil prisioneiros. libertado em 19 de junho, apenas dois meses depois
de ter completado os dezoito anos, chegou em casa em Traunstein na noite da
sexta-feira do Sagrado Corao.
Vida religiosa e acadmica
Com o irmo, Georg Ratzinger, Joseph entrou num seminrio catlico. Em
29 de Junho de 1951, foram ambos ordenados sacerdotes pelo Cardeal
Faulhaber, Arcebispo de Munique.
A partir de 1952 iniciou a sua atividade de professor na Escola Superior de
Filosofia e Teologia de Freising lecionando teologia dogmtica e fundamental. Em
1953, obteve o doutoramento em teologia com a tese "Povo e Casa de Deus na
doutrina da Igreja de Santo Agostinho". Sob a orientao do professor de teologia
fundamental Gottlieb Shngen, obteve a habilitao para a docncia
apresentando para isto dissertao com ttulo de "A teologia da histria em So
Boaventura"
Lecionou ainda em Bonn (1959 - 1963); em Mnster (1963 - 1966) e
em Tubinga (1966 - 1969) onde foi colega de Hans Kng e confirmou uma certa
viso tradicionalista como oposio s tendncias marxistas dos movimentos
estudantis dos anos 1960. A partir de 1969, passou a ser catedrtico de
dogmtica e histria do dogma na Universidade de Ratisbona, onde chegou a ser
Vice-Reitor.
No Segundo Conclio do Vaticano (1962 1965), Ratzinger assistiu
como peritus (especialista em teologia) do Cardeal Joseph Frings de Colnia. Foi
tambm quem apresentou a proposta da realizao da missa em lngua local em
vez do latim.
Fundou em 1972, junto com os telogos Hans Urs von Balthasar (1905-1988)
e Henri De Lubac (1896-1992), a revista Communio, para dar uma resposta
positiva crise teolgica e cultural que despontou aps o Segundo Conclio do
Vaticano.
Recebeu o ttulo de doutor honoris causa das seguintes instituies:
College of St. Thomas em St. Paul (Minnesota, Estados Unidos), em 1984;
Universidade Catlica de Eichsttt, em 1987; Universidade Catlica de Lima,
em 1986; Universidade Catlica de Lublin, em 1988; Universidade de
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Navarra (Pamplona, Espanha), em 1998; Livre Universidade Maria Santssima
Assunta (LUMSA, Roma), em 1999 e da Faculdade de Teologia da Universidade
de Wroclaw (Polnia) no ano 2000 e era ainda Membro honorrio da Pontifcia
Academia das Cincias.
Doutorados
O Cardeal Joseph Ratzinger.
1984 - Doutor Honoris Causa pelo University of St. Thomas (Minnesota),
Estados Unidos.
1985 - Doutor Honoris Causa pela Universidade Catlica de Eichsttt-
Ingolstadt, Alemanha.
1986 - Doutor Honoris Causa pela Pontifcia Universidade Catlica do Peru.
1986 - Doutor Honoris Causa pela Faculdade de Teologia Pontifcia e Civil de
Lima, Peru.
1988 - Doutor Honoris Causa pela Universidade Catlica de Lublin, Polnia.
1998 - Doutor Honoris Causa pela Universidade de Navarra, Espanha.
1999 - Doutor Honoris Causa pela Universidade Livre Maria Santissima
Assunta (LUMSA), Itlia.
2000 - Doutor Honoris Causa pela Universidade de Wrocaw, Polnia.
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Precedido por
Julius August Dpfner Arcebispo de Munique e Freising
1977 1982
Sucedido por
Friedrich Wetter
Precedido por
Jrme Louis
Rakotomalala
Cardeal-padre de Santa Maria
Consoladora em Tiburtino 1977 - 1993
Sucedido por
Ricardo Mara Carles
Gord
Precedido por
Dom Franjo eper
Prefeito da Congregao para a
Doutrina da F 1981 - 2005
Sucedido por
Dom William Joseph
Levada
Precedido por
Sebastiano Bagio Cardeal-bispo de Velletri-Segni
1993 - 2005
Sucedido por
Francis Arinze
Precedido por:
Dom Bernardin Gantin
Cardeal-bispo de stia
Sucedido por:
Dom Angelo Sodano Decano do Colgio dos Cardeais 2002 - 2005
Precedido por
Beato Joo Paulo II Papa da Igreja Catlica
2005 - 2013
Sucedido por
Francisco
Ascenso a bispo e cardeal
O Palcio Holnstein, residncia do Cardeal Ratzinger enquanto era Arcebispo de Munique e Freising.
Ratzinger foi nomeado Arcebispo de Munique e Freising em 25 de
maro de 1977, pelo Papa Paulo VI, e elevado a Cardeal no consistrio de 27 de
junho de 1977 com o ttulo presbiteral de "Santa Maria Consoladora em Tiburtino".
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Sua linhagem episcopal a seguinte: Joseph Ratzinger foi consagrado,
a 28 de maio de 1977, por Josef Stangl, que, por sua vez, fora consagrado em (12
de setembrode 1957) por Josef Schneider (13 de julho de 1955); este, por Josef
Wendel (29 de junho de 1941), que segue de Ludwig Sebastian (23 de setembro)
de 1917), Johann Jakob von Hauck (25 de julho de 1912), Ferdinand Schloer (22
de maio de 1898), Josef von Schork (24 de maio de 1891, Franz Josef von
Stein (18 de maio de 1879), Friedrich Josef von Schreiber (5 de
setembro de 1875), Gregor von Scherr, O.S.B. (3 de agosto de 1856), Antonio
Saverio de Luca (8 de dezembro de 1845), Giacomo Filippo Fransoni (8 de
dezembro de 1822), Pier Francesco Galleffi (12 de setembro de1819),
Alessandro Mattei (23 de fevereiro de 1777), Bernardino Giraud (26 de
abril de 1767), Carlo Rezzonico (19 de maro de 1743), Prospero Lambertini --
(16 de julho de 1724), Vincenzo Maria Orsini, O.P. -- (3 de fevereiro de 1675),
Paluzzo Altieri (2 de maio de 1666), Ulderico Carpegna (7 de outubro de 1630),
Luigi Caetani -- Patriarca de Antioquia -- (12 de junho de 1622), Lodovico
Ludovisi (2 de maio de 1621), Galeazzo Sanvitale (4 de abrilde 1604), Girolamo
Bernerio, O.P. (7 de setembro de 1586), Giulio Antonio Santoro (12 de
maro de 1566), at Scipione Rebiba . As datas so referentes Consagrao
Episcopal.
Em 1981, foi apontado como prefeito da Congregao para a Doutrina da
F pelo Papa Joo Paulo II, cargo que manteve at ao falecimento do seu
predecessor. Foi designado cardeal-bispo da S Episcopal de Velletri-
Segni em 1993, e tornou-se Decano do Colgio dos Cardeais em 2002, tornando-
se o bispo titular de Ostia. Participou do Conclave de agosto de 1978 que elegeu
o Papa Joo Paulo I e do conclave de outubro deste mesmo ano que resultou na
eleio de Joo Paulo II.
Era um velho amigo de Joo Paulo II, compartilhava das posies
ortodoxas do Papa e foi um dos mais influentes integrantes da Cria Romana. A
sua posio como prefeito da Congregao para a Doutrina da F, cargo que
exerceu durante vinte e trs anos, o colocava como um dos mais importantes
defensores da ortodoxia catlica. O ex-frade Leonardo Boff, brasileiro, um dos
expoentes da Teologia da Libertao, teve voto de silncio imposto por Ratzinger
em 1985 devido s suas posies polticas marxistas.
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Eleio
Sua Santidade Papa Bento XVI na Praa de So Pedro.
Segundo o vaticanista Lucio Brunelli, sem querer estabelecer uma verdade
absoluta sobre o resultado final do conclave, fato que certamente esbarra no
segredo imposto aos cardeais pela Constituio Apostlica Universi Dominici
gregis, na primeira votao, de 18 de abril de 2005, ocorrida por volta das 18:00h,
Joseph Ratzinger obteve 47 votos, contra 10 votos de Jorge Mario Bergoglio,
arcebispo de Buenos Aires e 9 votos para Carlo Maria Martini, arcebispo emerito
de Milo. Na segunda votao no dia seguinte, ainda segundo Brunelli, Joseph
Ratzinger teria tido aproximadamente 60 votos. Na terceira votao, na manh de
19 de abril, Ratzinger obteve 72 votos, contra 40 de Jorge Mario Bergoglio. Na
votao encerrada na tarde de 19 de abril, Joseph Ratzinger obteve 84 votos,
contra 26 de Jorge Mario Bergoglio. Mas, Brunelli, como dito, em razo do
segredo de ofcio imposto aos cardeais sob pena de excomunho, no tem
nenhuma fonte fidedigna que ampare essas suas suposies.
Aos 78 anos, o Cardeal Joseph Ratzinger foi eleito papa pelo colgio de
cardeais. O conclave findo em 19 de abril de 2005 foi um dos mais rpidos da
histria, tendo apenas quatro votaes e durao de apenas 22 horas. No dia 24
de abril do mesmo ano tomou posse em cerimnia na Baslica de So Pedro em
Roma.
A fumaa branca saiu da chamin da Capela Sistina s 17h50 daquele 19
de Abril (hora do Vaticano). O nome do cardeal alemo foi anunciado cerca das
18h40 locais, da varanda da Baslica de So Pedro, onde o novo Papa surgiu
minutos depois usando o solidu branco, aclamado por milhares de pessoas que
preenchiam a Praa de So Pedro, o corao do Vaticano.
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O anncio (Habemus Papam)
Annuntio vobis gaudium magnum; habemus
Papam:
Anuncio-vos com grande alegria; j temos o
Papa:
Eminentissimum AC Reverendissimum
Dominum, O Eminentssimo e Reverendssimo Senhor
Dominum Josephum D. Jos
Sanct Roman Ecclesi Cardinalem
Ratzinger Cardeal da Santa Igreja Romana, Ratzinger
qui sibi nomen imposuit Benedicti Decimi
Sexti. Que adotou o nome de Bento XVI.
Primeira declarao
Em resposta a esse anncio, sua primeira declarao ao pblico, depois de
eleito Papa, segue:
"Queridos irmos e irms:
Depois do grande Papa Joo Paulo II, os senhores cardeais elegeram a
mim, um simples humilde trabalhador na vinha do Senhor. Consola-me o facto de
que o Senhor sabe trabalhar e actuar com instrumentos insuficientes e,
sobretudo, confio nas vossas oraes. Na alegria do Senhor ressuscitado,
confiados em sua ajuda permanente, sigamos adiante. O Senhor nos ajudar.
Maria, sua santssima Me, est do nosso lado. Obrigado."
O nome "Bento"
Primeira bno de Natal de Bento XVI, 25 de dezembro de 2005
A escolha do nome Bento (do latim Benedictus: bendito) uma provvel
homenagem ao ltimo papa que adotou o nome Bento, que foi o italiano Giacomo
della Chiesa, entre 1914 e 1922. Conhecido como o "Papa da paz", Bento
-
XV tentou, sem sucesso, negociar a paz durante a Primeira Guerra Mundial. O
seu pontificado foi marcado por uma reforma administrativa da igreja, possuindo
um carter de abertura e de dilogo. Alm disso, Bento XVI sempre foi muito
ligado espiritualmente ao mosteiro da beneditino de Schotten, perto de Ratisbona,
na Baviera.
Alguns analistas, como Dom Antnio Celso de Queirs, vice-presidente
da Conferncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), relacionaram a adoo do
nome Bento com a atuao de So Bento de Nrsia (480-547), fundador da
Ordem Beneditina e padroeiro da Europa, o que o prprio papa confirmou aps a
publicao das explicaes sobre seu braso. Aps as invases brbaras, os
mosteiros de So Bento foram responsveis pela manuteno da cultura latina e
grega e pela evangelizao da Europa. A escolha do nome deste Santo
representaria, portanto, que uma das prioridades do papado de Bento XVI ser a
"recristianizao da Europa".
Braso e lema
"O escudo adoptado pelo Papa Bento XVI tem uma composio muito
simples: tem a forma de clice, que a mais usada na herldica eclesistica
(outra forma a cabea de cavalo, que foi adotada por Paulo VI). No seu interior,
variando a composio em relao ao escudo cardinalcio, o escudo do Papa
Bento XVI tornou-se: vermelho, com ornamentos dourados. De fato, o campo
principal, que vermelho, tem dois relevos laterais nos ngulos superiores em
forma de "capa", que so de ouro. A "capa" um smbolo de religio. Ela indica
um ideal inspirado na espiritualidade monstica, e mais tipicamente na
beneditina." (Da explicao do braso pela Santa S)
Visita ao campo de Auschwitz-Birkenau, acompanhado do presidente Lech Kaczyski daPolnia.
Brases Papal de Bento XVI com a tiara (esq.) e com a mitra (dir.)
-
Escolheu como lema episcopal: Colaborador da verdade; assim o
explicou ele mesmo: Parecia-me, por um lado, encontrar nele a ligao entre a
tarefa anterior de professor e a minha nova misso; o que estava em jogo, e
continua a estar embora com modalidades diferentes , seguir a verdade,
estar ao seu servio. E, por outro, escolhi este lema porque, no mundo actual,
omite-se quase totalmente o tema da verdade, parecendo algo demasiado grande
para o homem; e, todavia, tudo se desmorona se falta a verdade.
Expectativas como Papa
O grande mote de Joseph Cardeal Ratzinger, nos dias que antecederam
o conclave, foi a questo do secularismo e do relativismo. Acreditava-se que o
papa Bento XVI seria um grande defensor dos valores absolutos, da doutrina e
do dogma da Igreja. "A pequena barca com o pensamento dos cristos sofreu,
no pouco, pela agitao das ondas, arrastada de um extremo ao outro: do
marxismo ao liberalismo at a libertinagem, do coletivismo ao individualismo mais
radical, do atesmo a um vago misticismo, do agnosticismo ao sincretismo",
afirmou durante a missa de abertura do conclave que viria eleg-lo. Acreditava-se
tambm, devido ao nome escolhido (So Bento padroeiro da Europa), que
Bento XVI voltar-se-ia para esse continente que, segundo ele, vem caindo
no secularismo (abandono dos valores religiosos e reduo de tudo ao espectro
poltico de direita e esquerda).
Para Daniel Johnson, poder-se-ia esperar uma cruzada rigorosa contra
a eugenia e a eutansia, graas a convivncia do papa com as mazelas do
nazismo, mas que haveria uma abertura ao ecumenismo, principalmente em
relao s igrejas ortodoxas e protestantes. Tambm dizia que o papa deveria
entusiasmar os fiis com suas interpretaes da teologia, animando, por exemplo,
os jovens com a Teologia do Corpo, que v a sexualidade como uma emanao
do amor divino.
-
Pensamento teolgico
Bento XVI numa audincia privada (20 de janeiro de 2006)
Considerando toda a sua obra literria, as suas atitudes como sacerdote e
bispo ao longo da sua vida religiosa, e ainda do que se verifica dos anos
passados frente da Sagrada Congregao para a Doutrina da F, Ratzinger
possui um pensamento catlico ortodoxo que, para muitos de seus crticos, tido
como sendo conservador. Bento XVI tem adotado, no seu Pontificado, propostas
semelhantes s do seu predecessor relativos moral e ao dogma catlico e
reafirmado no seu magistrio a doutrina do Catecismo da Igreja Catlica.
Na dcada de 1990 o Cardeal Ratzinger participou da elaborao de
documento sobre a concepo humana como sendo o momento da animao. A
partir da unio do vulo com o espermatozide temos uma vida humana
perante Deus. Assim, impossvel que a Santa S mude sua posio diante das
pesquisas com clulas estaminais (clulas-tronco) embrionrias ou diante
do aborto. Na verdade esperava-se que o Papa reafirmasse o Magistrio
constante da Igreja sobre estes e outros temas da atualidade relacionados com a
Moral, a tica e a Doutrina Social da Igreja, o que de fato ocorreu.
Em 2011 Bento XVI respondendo a jornalistas fez referncia aos graves
problemas econmicos que a Europa atravessa, aproveitou para fazer uma
defesa da tica na economia. Afirmou que o homem deve ser posto no centro das
atenes econmicas: "A Europa tem a sua responsabilidade. A economia no
pode ser s lucro, mas tambm solidariedade", disse.
Durante a 'Jornada Mundial da Alimentao' de 2011, afirmou que "a
libertao da submisso da fome a primeira manifestao concreta do direito
vida", que, apesar de ter sido proclamada solenemente, "est muito longe de ser
alcanada". O papa fez esta afirmao direcionada ao diplomata Jacques Diouf,
-
diretor da Organizao das Naes Unidas para a Agricultura e a
Alimentao(FAO) .
Em janeiro de 2013 o Papa Bento XVI publicou os seus escritos conciliares,
rememorando o Conclio Vaticano II. A comunicao oficial foi feita no dia 28 pelo
coordenador da obra: "Como stimo volume da opera omnia (obras completas),
foi publicada agora a coleta, numa sntese de tipo cronolgico e organizado, dos
escritos de Joseph Ratzinger sobre os ensinamentos do Conclio, que coincide
com o cinquentenrio do Vaticano II", afirmou D. Gerhard Ludwig Muller,
Arcebispo e Prefeito da Congregao para a Doutrina da F. Segundo o
Arcebispo, Bento XVI teve participao significativa na gnese dos textos mais
variados, primeiro ao lado do arcebispo de Colnia, cardeal Joseph Frings, e mais
tarde como membro autnomo de diversas comisses do Conclio. No dia 11 de
Fevereiro de 2013, Bento XVI anunciou a renuncia ao papado que ocorreu no dia
28 de Fevereiro de 2013.
O Pontificado de Bento XVI
Presena nos meios de comunicaes
Em diversas ocasies o Papa tem dado entrevistas imprensa, alm dos
seus pronunciamentos habituais no Vaticano, semanalmente.
Durante o voo rumo ao Mxico, em 23 de maro de 2012, a bordo do
avio, o Papa concedeu entrevista imprensa , na ocasio denunciou o que
chamou de"as falsas promessas e mentiras do narcotrfico".
Por ocasio de sua visita ao Lbano, durante o voo em direo
a Beirute, em 15 de setembro de 2012, falou a mais de 50 jornalista, dentre outros
temas, sobre o fundamentalismo religioso.
Em 15 de outubro de 2012 no final da apresentao do filme Bells of
Europe apresentado aos padres sinodais, pergunta sobre as razes da
esperana que muitas vezes manifestou nutrir pela Europa, o Papa respondeu
que ela se funda na f em Cristo.
O perodico britnico Financial Times na sua edio do dia 20 de
dezembro de 2012 publicou artigo de Bento XVI por ocasio do Natal e da edio
do livro sobre a infncia de Jesus.
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Em 12 de dezembro de 2012, Papa Bento XVI, inaugurou sua conta
na rede social de microblogs, Twitter. Sua primeira mensagem a mais de 950 mil
usurios, foi reproduzida em sete idiomas (incluindo portugus). Queridos
amigos, eu estou muito feliz de entrar em contato com vocs pelo Twitter.
Obrigada por sua generosa resposta. Eu vos abenoo de todo o meu corao,
diz a mensagem, postada dia 12.dez.2012.
Principais crticas pela imprensa
O ex-presidente norte-americano George W. Bush e a ex-primeira-dama Laura Bushcomemoram o
81 aniversrio do Papa, emWashington D.C.
Uma crtica feita pelos meios de comunicao escolha de Joseph
Ratzinger foi que o papado continua na Europa e mais uma vez a Amrica
Latina (regio do mundo com mais catlicos) continua sem ter tido nenhum Papa.
Outra foi sobre a postura pouco clara em relao aos crimes sexuais contra
menores nos EUA e a sua firme negao do casamento civil entre pessoas do
mesmo sexo em todo o mundo.
Selo postal da Alemanha comemorativo do 80. aniversrio do Papa
Ainda quanto aos crimes sexuais, houve um importante documentrio feito
pela rede BBC de televiso intitulado Sexo, Crimes e Vaticano, que acusa o Papa
de liderar o "acobertamento de casos de pedofilia". A reportagem do programa
-
examinou um documento secreto interno da igreja (Crimen Sollicitationis), que
instrui bispos como lidar com acusaes de abusos sexuais cometidos por padres
nas suas parquias.
Bento XVI, como seus predecessores, contrrio ordenao de mulheres
e defende a necessidade de moralidade sexual. Para ele, "a nica forma
clinicamente segura de prevenir a SIDA (AIDS) se comportar de acordo com a
lei de Deus", condenando o uso de preservativos, no que criticado por muitas
correntes sociais. No entanto, apoiado nestas opinies por todos os movimentos
da igreja, como o Caminho Neocatecumenal, a Renovao Carismtica,
os Focolares e a Comunho e Libertao, por exemplo.
Em setembro de 2006, Bento XVI provocou protestos no mundo
muulmano, devido a uma citao que fez na Universidade de Ratisbona (onde
lecionou antes de ser nomeado cardeal) durante visita Alemanha, em que fez
referncia posio do imperador bizantino Manuel II Palelogo sobre Maom.
Em agosto-setembro de 2007, em documento da Congregao para a
Doutrina da F, reafirmou que a Igreja Catlica a "nica verdadeira" e a "nica
que salva", o que provocou muitas crticas de igrejas protestantes.
Por decreto de 21 de janeiro de 2009, o cardeal Giovanni Battista Re,
Prefeito da Congregao para os Bispos, usando de faculdade concedida pelo
Papa Bento XVI, removeu a censura de excomunho latae sententiae declarada
por esta Congregao no dia 1 de julho de 1988 contra quatro bispos ordenados
em 1988 pelo falecido e tradicionalista arcebispo Marcel Lefebvre, com o rito da
"bula de Pio X", em desacordo com as regras estabelecidas pelo Conclio
Vaticano II, ordenao considerada ilegtima pela Igreja Catlica.
A Secretaria de Estado do Vaticano esclareceu que "os quatro bispos,
apesar de terem sido liberados da pena de excomunho, continuam sem um
funo cannica na Igreja e no exercem licitamente nela qualquer ministrio." e
que este "foi um ato com que o Santo Padre respondia benignamente s
reiteradas peties do Superior Geral da Fraternidade Sacerdotal So Pio X, na
esperana de que os beneficiados manifestassem sua total adeso e obedincia
ao magistrio e disciplina da Igreja."
Dentre os quatro reintegrados com o levantamento da excomunho est o
bispo Richard Williamson, religioso ingls, que dirige um seminrio lefebvriano
na Argentina e nega o Holocausto. O Vaticano tornou pblico que o bispo
Williamson, para ser admitido nas funes espiscopais na Igreja, ter de retratar-
-
se de modo absoluto, inequvoco e pblico de sua postura sobre a Shoah,
desconhecidas pelo Santo Padre no momento da remisso da excomunho.
"Ataque a Ratzinger"
Desde o comeo do pontificado, a ao e as palavras do Papa Bento XVI
tm sido apresentada de um modo distorcido que tem produzido incompreenses
na opinio pblica. A origem desses preconceitos foi tema do livro Attacco a
Ratzinger, escrito por dois vaticanistas italianos, Andrea Tornielli do Il
Giornale e Paolo Rodari de Il Foglio. O livro, publicado por Piemme, na Itlia,
provocou um debate sobre o tratamento miditico que o Papa tem recebido.
Os autores no tm a inteno de solucionar todos os questionamentos e
problemas ocorridos e consideram que o tumulto provocado por vrios episdios
no podem ser tidos como sendo apenas um problema de comunicao ou
assessoria de imprensa. Os autores em sntese consideram que os ataques ao
Papa decorreriam de tres frentes conhecidas:
"Lobbies e foras" de fora da Igreja com um interesse claro de
desacreditar o Papa, tanto por motivos ideolgicos quanto financeiros; este grupo
estaria constitudo por foras laicistas, grupos feministas e gays, laboratrios
farmaceuticos que vendem produtos abortivos, advogados que pedem
indenizaes milionrias para casos de abusos, dentre outros.
Os crticos liberais de dentro da Igreja, que h muito tempo
caricaturizaram Ratzinger como o "Panzerkardinal"; e que insistem em fazer uma
leitura prpria dos textos do Conclio Vaticano II.
Os assessores do Papa, que, s vezes, representam os seus
prprios piores inimigos em relaes pblicas, o fogo amigo de assessores
imprudentes ou incompetentes.
Atentados e incidentes de segurana
Em 2007, um alemo conseguiu saltar sobre uma barricada na Praa de
So Pedro quando o veculo do Papa estava a passar durante uma audincia
geral.
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Durante a missa de Natal de 2009, uma mulher, identificada como Susanna
Maiolo, 28 anos ultrapassou as barreiras de segurana no incio do corredor
central da Baslica de So Pedro, em Roma e puxou o Papa que acabou por cair.
A mesma mulher, que sofre de distrbios mentais teria tentando o mesmo
em 2008, mas foi impedida pela segurana do papa. Ela tambm acabou por
derrubar o Cardeal Roger Echegaray, que quebrou o fmur e foi levado ao
hospital para realizao de exames.
Consistrios de Bento XVI
No seu primeiro consistrio, em 24 de maro de 2006, Bento XVI criou
quinze novos cardeais dos quais doze eleitores, ou seja, purpurados com menos
de oitenta anos de idade e que tm direito a voto num futuro Conclave. Chamou a
mdia a ateno para o fato de, entre os cardeais nomeados, ter sido elevado ao
cardinalato o arcebispo de Hong Kong, Joseph Zen Ze-Kiun, forte opositor do
regime comunista chins.
No Consistrio do dia 24 de novembro de 2007, o papa Bento XVI criou 23
novos cardeais, 18 dos quais com menos de oitenta anos e cinco com mais de
oitenta anos, sendo dois destes sacerdotes, no bispos. Entre os cardeais criados
est o arcebispo de So Paulo, Dom Odilo Scherer.
No Consistrio Ordinrio Pblico do dia 20 de novembro de 2010, o papa
Bento XVI criou 24 novos cardeais, 20 dos quais com menos de oitenta anos e
quatro com mais de oitenta anos. Entre os cardeais criados est o arcebispo
deAparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis.
J em 2012 o Papa convocou 2 consistrios. Um Consistrio Ordinrio
Pblico, no qual sagrou 22 novos cardeais, visto que 18 votantes num futuro
Conclave e 4 no-votantes com mais de 80 anos. Dentre os votantes, destacam-
se umbrasileiro: Dom Joo Braz de Aviz, Prefeito da Congregao para os
Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostlica e um portugus:
Dom Manuel Monteiro de Castro, Penitencirio-Mor da Santa S. E num Segundo
Consistrio Ordinrio Pblico em 2012, o Papa anunciou no dia 24 de
outubro para que este acontea no dia 24 de novembro de 2012 com a criao de
6 novos cardeais.
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Ordenaes episcopais
O Cardeal Joseph Ratzinger foi o principal sagrante dos seguintes
arcebispos e bispos:
Antes do pontificado
1984 - Alberto Cardeal Bovone (1922-1998)
2002 - Zygmunt Zimowski (1949-)
2004 - Josef Clemens (1947-)
2004 - Bruno Forte (1949-)
Durante o pontificado
2007
Na Baslica de So Pedro, no dia 29 de setembro de 2007:
Arcebispo Mieczysaw Mokrzycki
Arcebispo Francesco Giovanni Brugnaro
Cardeal Gianfranco Ravasi
Arcebispo Tomaso Caputo
Bispo Sergio Pagano, C.R.S.P.
Bispo Vincenzo Di Mauro
2009
Na Baslica de So Pedro, no dia 12 de setembro de 2009:
Arcebispo Gabriele Giordano Caccia
Arcebispo Franco Coppola
Arcebispo Pietro Parolin
Bispo Raffaello Martinelli
Bispo Giorgio Corbellini
2011
Na Baslica de So Pedro, no dia 5 de fevereiro de 2011:
Arcebispo Marcello Bartolucci
Arcebispo Edgar Pea Parra
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Arcebispo Celso Morga Iruzubieta
Arcebispo Savio Hon Tai-Fai, S.D.B.
Arcebispo Antonio Guido Filipazzi
2012
Na Baslica de So Pedro, no dia 6 de janeiro de 2012:
Bispo Charles John Brown
Bispo Marek Solczynski
2013
Na Baslica de So Pedro, no dia 6 de janeiro de 2013:
Arcebispo Angelo Vincenzo Zani
Arcebispo Fortunatus Nwachukwu
Arcebispo Georg Gnswein
Arcebispo Nicolas Henry Marie Denis Thevenin
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Viagens
O Papa Bento XVI em frente imagem de Frei Galvo durante sua visita
de canonizao do frade noBrasil.
O Papa mantm um ritmo de viagens apostlicas surpreendente para a sua
idade e, com isto, tem superado as expectativas do incio de seu pontificado.
Justamente por causa da sua idade e pelo seu estilo pessoal mais reservado e
comedido quando comparado com seu antecessor Joo Paulo II os mass
media consideravam que este seria um papa que ficaria mais restrito ao mbito
do Vaticano e da Cria Romana o que acabou no se verificando.
Visita ao Brasil
A visita de Bento XVI ao Brasil comeou em 9 de maio de 2007 e se
encerrou no dia 13. Seu objetivo principal foi dar incio Quinta Conferncia Geral
do Episcopado Latino-americano e Caribenho que ocorreu de 13 a 31 de maio de
2007, no Santurio de Aparecida no Vale do Paraba, estado de So Paulo. Alm
disso, foi tambm nessa ocasio que se deu a canonizao de Santo Antnio de
SantAnna Galvo, o Frei Galvo, o primeiro santo brasileiro, em cerimnia
realizada no dia 11 de maio de 2007, em So Paulo.
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Visita a Portugal
O Papa Bento XVI abenoa os fiis durante a sua visita a Portugal.
Bento XVI visitou Portugal para presidir s celebraes do Santurio de
Nossa Senhora de Ftima, entre os dias 12 e 13 de maio de 2010. O convite foi
feito pelo Presidente da Repblica, Anbal Cavaco Silva, pelo bispo de Leiria-
Ftima, Dom Antnio Marto, e pela Conferncia Episcopal Portuguesa. O Papa
chegou a Lisboa no dia 11 de maio, onde foi recebido pelo Presidente da
Repblica, e celebrou uma missa no Terreiro do Pao. No dia 12 de maio partiu
para Ftima, onde presidiu s celebraes em honra de Nossa Senhora de
Ftima, com a celebrao da homilia pelo Papa no dia 13. J no dia 14, o Papa
partiu para o Porto, onde presidiu a uma Santa Missa na Avenida dos Aliados,
terminando assim a sua visita oficial. Ao longo da visita, o Santo Padre fez vrios
discursos, e encontrou-se com vrias personalidades portuguesas e membros da
Igreja.
Documentos Pontifcios
Desde a sua posse como Papa, Bento XVI tem feito inmeros
pronunciamentos. Entre os principais documentos escritos que tem publicado no
exerccio das funes de Sumo Pontfice esto as encclicas Deus Caritas
Est, Spe salvie Caritas in Veritate.
Bibliografia de Bento XVI
As publicaes de Ratzinger alcanam os 600 ttulos, alguns de seus
estudos no foram publicados abertamente, mas dirigidos a certos pblicos,
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comisses e documentos eclesisticos, algumas de suas obras atingiram
recordes de venda aps a sua eleio como papa.
Curiosidades
O carro do papa
O carro do papa, um Volkswagen Golf, foi vendido no eBay por
188.938,88 euros.
Depois de Joo XXIII, Bento XVI foi o primeiro papa a voltar a usar
o camauro.
O uso frequente dos mleos pelo papa tem chamado a ateno da
imprensa.
Segundo uma nota da Prefeitura da Casa Pontifcia, durante o ano
de 2007 Bento XVI atendeu a 44 audincias gerais em Roma nas quais estiveram
presentes um total de 624.100 pessoas.
Bento XVI o primeiro papa a possuir um iPod.
O Papa Bento XVI o primeiro pontfice que visita um museu
judaico, assim como o Museu Judaico de Roma o primeiro museu judaico a ser
visitado por um Papa.
Bento XVI foi objeto de um estudo por Freitas-Magalhes: "A
neuropsicofisiologia da face: Os movimentos e linguagens em figuras pblicas.
Estudo de caso com Bento XVI" (2005-2010)
O famoso rei dos francos, Pepino, o Breve, foi quem doou as terras
do Vaticano, pas governado pelo Papa, Igreja em 756. No entanto, a soberania
do pas s foi conquistada em 11 de fevereiro de 1929.
A casa onde o papa mora tem 5 mil quartos, 200 salas de espera, 22
ptios, 100 gabinetes de leitura, 300 banheiros e dezenas de outras salas
destinadas a encontros diplomticos.
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Esta no novidade para quem leu o livro Anjos e Demnios, de
Dan Brown. Alm de todo esse espao, os papas tm, desde 506, um grupo de
soldados especiais que fazem sua proteo, exrcito chamado Guarda Sua.
Mas h alguns requisitos para integrar esse time: preciso ser homem, ter entre
19 e 30 anos, ter pelo menos 1,74 metro e ter nascido (como voc deve ter
imaginado) na Sua.
No pense que o trabalho do grupo to simples: o Vaticano tem
uma das taxas criminais mais altas do mundo! Isso porque esse valor calculado
dividindo-se o nmero de ocorrncias pelo nmero de habitantes. Como a
populao do pas no chega a 500 habitantes, mesmo com um baixo nmero de
crimes (a maioria praticado por turistas), o resultado dessa conta alto.
A agenda de um Papa bem movimentada: alm de guiar de fiis
de todo o mundo, ele ainda responsvel pela administrao da Igreja. Em outras
palavras: precisa nomear bispos e cardeais, canonizar santos e resolver os
pepinos rotineiros do Vaticano.
Mercrio, nome de um Deus pago, foi o primeiro Papa a trocar de
nome e optou por Joo II. Depois dele, a prtica foi recorrente para evitar que o
nome do lder catlico no fosse cristo. Quem escolhe o nome o prprio Papa.
Desde que a escolha comeou a ser feita, Joo foi a opo mais utilizada: 23
papas elegeram o nome.
Bento XVI, eleito Papa em 2005, apaixonado por gatos e tinha dois
bichanos de estimao quando assumiu o papado. Teve de abdicar deles, j que
animais no so permitidos no Vaticano.
Seu governo foi marcado por acusaes contra a Igreja, mas Bento
recebeu algumas homenagens inesperadas. Um ano aps assumir, por exemplo,
uma cervejaria na cidade de Tann, na Alemanha, criou uma bebida chamada
Pabstbier, ou cerveja do Papa. No rtulo, h uma homenagem em seu nome:
Dedicada ao grande filho de nossa ptria, Bento XVI.
Uma curiosidade sobre Joseph Ratzinger: embora ele no tenha
carteira para dirigir carros, tem licena para pilotar helicpteros.
No Vaticano, feriado no dia em que o Papa foi eleito. Entre 2005 e
2012, esse dia foi comemorado em 19 de abril.
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Beatificao
Bento XVI proclamou 34 santos e quase 600 beatos, em sua maioria espanhis.
Viagens Apostlicas de Bento XVI
Mapa dos pases j visitados por Bento XVI.
Vaticano e Itlia
Trs ou mais visitas
Duas visitas
Uma visita
O Papa Bento XVI mantm um ritmo de viagens apostlicas surpreendente
para a sua idade e, com isto, tem superado as expectativas do incio de seu
pontificado. Justamente por causa da sua idade e pelo seu estilo pessoal mais
reservado e comedido, quando comparado com o seu antecessor, Joo Paulo II,
a imprensa considerava que este seria um Papa que ficaria mais restrito ao
mbito do Vaticano e da Cria Romana, o que acabou por no se verificar.
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Viagens Apostlicas realizadas
2005
Colnia, Alemanha (de 18 a 21 de agosto de 2005)
Jornada Mundial da Juventude em Colnia.
Nas Jornadas Mundiais da Juventude, Bento XVI celebrou as sua primeira
viagem ao estrangeiro, visitando o seu pas natal. chegada foi recebido
entusiasticamente apesar de algum ceticismo dos crticos que afirmaram que por
no ter um carisma ou popularidade como o seu antecessor seria recebido com
alguma frieza. Ao longo das JMJ mostrou uma linha de fidelidade orientao
poltica do seu antecessor.
2006
Polnia (de 25 a 28 de maio de 2006)
O Papa iniciou a sua visita s onze horas da manh de 25 de maio, com o
desembarque no Aeroporto Frdric Chopin de Varsvia. Durante a sua visita,
falou frequentemente em lngua polaca,que tinha aprendido foneticamente. Aps
a cerimnia da chegada, foi at catedral de Varsvia no papamvel e fez uma
comunicao para uma assistncia de milhares de membros do clero. Fez uma
visita oficial ao Palcio Presidencial e assistiu no final do dia a uma reunio
ecumnica. Em 26 de maio, Bento XVI celebrou uma missa ao ar livre em
Varsvia, visitou oMosteiro de Jasna Gra, em Czstochowa e foi para Cracvia.
Em 27 de maio, o Santo Padre passou em Wadowice, terra natal do seu
antecessor Joo Paulo II, no santurio de Kalwaria Zebrzydowska, e na Catedral
de Wawel e falou aos jovens reunidos no Parque Bonia, em Cracvia. O ltimo
dia de sua visita, 28 de maio, o Papa celebrou em Bonia perante mais de 900 mil
-
peregrinos, e mais tarde rezou no antigo campo de concentrao nazi
de Auschwitz-Birkenau..
Espanha (de 8 a 9 de julho de 2006)
O Papa visitou a Espanha a convite do rei Juan Carlos e dos bispos
espanhis. Esteve em Valncia para a 5. conferncia mundial da famlia. A missa
de encerramento da conferncia teve lugar na Cidade das Artes e das Cincias,
em Valncia.
Sua (19 de julho de 2006)
O Papa fez uma visita no oficial a um mosteiro beneditino nos Alpes
Suos durante as suas frias de vero no Vale de Aosta, na Itlia.
Baviera, Alemanha (de 9 a 14 de setembro de 2006)
Foi durante a sua estadia na Baviera que, em 12 de setembro de 2006, o
Papa pronunciou em Ratisbona, na universidade da cidade, onde foi professor,
um discurso sobre a relao entre religio e violncia e que denunciava e
condenava a violncia exercida em nome da religio. No entanto, uma citao no
discurso de Manuel II Palelogo, antigo imperador do Imprio Bizantino,
desencadeou fortes reaes de polticos e religiosos no mundo, especialmente
nos pases muulmanos.
Turquia (de 28 de novembro a 1 de dezembro de 2006)
Convidado pelo Patriarca Ecumnico de Constantinopla Bartolomeu I, o Papa
visitou aa Turquia, pas com uma populao maioritariamente muulmana. Dois
meses aps a polmica sobre uma palestra que o papa deu na Universidade de
Ratisbona, na Alemanha, a visita do Papa foi no muito bem acolhida pelos
manifestantes nacionalistas e islmicos, e foi colocada sob alta segurana, mas
no se registaram incidentes.
Chegado em 28 de novembro ao Aeroporto Internacional
Esenboa em Ancara, o Santo Padre foi saudado pelo primeiro-ministro Recep
Tayyip Erdoan numa breve entrevista, porque Erdoan teve que assistir a uma
reunio da NATO. Em seguida, visitou o mausolu de Atatrk. Mais tarde, reuniu-
se com o presidente Ahmet Necdet Sezer e o presidente do Departamento de
Assuntos Religiosos, Ali Bardakoglu, e recebeu os embaixadores na embaixada
da Santa S em Ancara.
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Em 29 de novembro visitou o santurio da Casa da Virgem
Maria em feso, lugar de culto para catlicos e muulmanos. Conduziu uma
missa ao ar livre e fez um discurso perante centenas de fiis, pedindo "mais paz e
reconciliao para aqueles que vivem na terra chamada Santa e considerada
como tal pelos cristos, judeus e muulmanos ". Aps a missa, foi para Istambul,
onde teve um primeiro encontro com o patriarca Bartolomeu I.
Em 30 de novembro o Papa rezou com o Patriarca Ecumnico Bartolomeu
I na Igreja Patriarcal de So Jorge, em Istambul, durante a Divina Liturgia e
segundo o rito ortodoxo. Este foi o principal objetivo da sua longa viagem, tendo
sido previsto para simbolizar a busca da reconciliao entre os ritos cristos do
Ocidente e Oriente. Bento XVI pronunciou palavras de maior abertura para o
dilogo ecumnico, dizendo entre outras afirmaes que "a Igreja Catlica est
disposta a fazer todo o possvel para superar os obstculos e procurar,
juntamente com os irmos e irms ortodoxos, a cooperao pastoral mais eficaz."
O Papa e o Patriarca prepararam uma declarao conjunta condenando a
violncia perpetrada em nome de Deus. O Papa recordou que um dos principais
objetivos do seu pontificado era a cura do Cisma de 1054 que separa a Igreja
Ortodoxa e a Igreja Catlica Romana desde essa data. O Santo Padre visitou a
antiga Baslica de Santa Sofia, que originalmente era a maior igreja do
Cristianismo Ortodoxo, antes de ser convertida em mesquita no sculo XV e um
museu no sculo XX. Visitou depois a Mesquita Azul, uma mesquita histrica de
Istambul, antes de manter conversaes com vrios funcionrios, incluindo o
primaz do Patriarcado Armnio Turco de Constantinopla Mutafyan Mesrob
II e Hakham Bashi (Grande Mestre) dos judeus sefarditas do pas.
No dia 1 de dezembro, ltimo da visita, o pontfice visitou a Catedral
Catlica do Esprito Santo, em Istambul, onde celebrou missa depois de inaugurar
uma esttua do Papa Bento XV. Esse momento foi reservado para a comunidade
catlica na Turquia. O Papa disse na homilia que "a Igreja no se impe a
ningum, ela simplesmente pede para viver em liberdade e revelar quem ela no
pode esconder, Jesus Cristo, que nos amou at morte na cruz e nos deu o Seu
Esprito, presena viva de Deus entre ns e profundo dentro de ns mesmos",
dadas as condies de vida difceis para os crentes catlicos no pas. Em seu
discurso de despedida no Aeroporto Internacional Atatrk, em Istambul, o Papa
disse que parte do seu corao ficava em Istambul.
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2007
Brasil (9 a 13 de maio de 2007)
Bento XVI com o presidente brasileiro da poca, Luiz Incio Lula da Silva
Bento XVI durante uma missa no Brasil
Bento XVI fez a abertura solene daQuinta Conferncia Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe.
Na Quinta Conferncia Geral do Episcopado Latino-americano e do
Caribe (CELAM), o Papa iniciou a sua primeira viagem fora da Europa.
Em 9 de maio de 2007 o Papa teve a sua primeira conferncia de
imprensa durante a viagem de avio. Respondeu a perguntas sobre declaraes
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polmicas dos bispos, e argumentou que os polticos mexicanos se tinham auto-
excomungado aps a legalizao do aborto. O Santo Padre disse que matar uma
criana inocente incompatvel com estar em comunho com o Corpo de Cristo,
reafirmando a excomunho como legtima, conforme previsto pelo Cdigo do
Direito Cannico. No entanto, embora o Papa estivesse de acordo com os seus
bispos, no faria nenhuma excomunho formal. Chegando ao Brasil, foi recebido
pelo presidente Luiz Incio Lula da Silva.
Em 10 de maio de 2007, Bento XVI reuniu com o presidente Lula, que
reiterou a sua crena na preservao do Estado laico e nas posies diferentes
entre a Igreja e Brasil sobre o aborto. Na parte da tarde, o pontfice falou para
cerca de 70 mil jovens a partir de Estdio do Pacaembu em So Paulo (mais de
100 000 outros viram a cobertura do evento a partir do exterior por motivos de
segurana) instando-os a ser "construtores de um mundo mais justo e solidrio,
reconciliado e pacfico".
Em 11 de maio de 2007, Bento XVI celebrou uma missa em So Paulo
perante mais de um milho de fiis, e canonizou Frei Antnio Galvo, um
franciscano que viveu no sculo XVIII, e que foi beatificado pelo Papa Joo Paulo
II em 1998. Reuniu com os bispos do Brasil e falou de vrios problemas da Igreja.
Ressaltou, mais uma vez, que os ataques prejudicavam a instituio da famlia,
falando em termos muito claros do aborto e da unio civil (que o Papa definiu
como feridas na sociedade). Tambm o tema dos problemas dos padres na
poltica, a pobreza e a injustia social e o flagelo da pedofilia foram discutidos. O
Papa exortou a Igreja a ser mais missionria para resistir ao surgimento de seitas
e do agnosticismo.
Em 12 de maio de 2007, falou perante uma comunidade de ex-
toxicodependentes e alcolicos, abordando o delicado tema das drogas, atravs
da emisso de um severo aviso para ostraficantes de drogas: Eu digo aos que
fazem comrcio de droga para refletirem sobre os danos que infligem multido
de jovens e de adultos de todos os nveis da sociedade, Deus ir cham-los para
explicarem o que fizeram". noite, o Papa chegou ao Santurio de Aparecida, o
templo religioso mais visitado da Amrica Latina.
Em 13 de maio de 2007, o Santo Padre celebrou uma missa na praa
exterior do santurio, onde centenas de milhares de fiis aplaudiram a sua
chegada a bordo da papamvel. Depois da celebrao, inaugurou a V
Conferncia Geral do Episcopado Latino-Americano e ressaltou, num discurso
para os bispos, mas sem a nomear, uma certa frieza face teologia da libertao.
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Tambm criticou tanto o marxismo quanto o capitalismo pelos seus efeitos
destrutivos sobre a economia, o governo e a religio. Acrescentou que "a poltica
no competncia imediata da Igreja" e salvaguardou o "respeito por uma
laicidade saudvel, incluindo a pluralidade das posies polticas, como essencial
na tradio crist autntica".
ustria (de 7 a 9 de setembro de 2007)
Em 7 de setembro de 2007 o Papa chegou de manh ao Aeroporto
Internacional de Viena, onde foi recebido pelo presidente austraco Heinz
Fischer e pelo cardeal-arcebispo Christoph Schnborn[1] Na parte da manh,
reuniu com as autoridades judaicas e rezou em silncio pelas vtimas
do Holocausto. Nesta ocasio, foi concelebrada um conselho inter-religioso ao
lado do Gro-Rabino de Viena, em honra dos 65 000 judeus vienenses que
morreram em campos de concentrao nazis durante a Segunda Guerra Mundial.
Na parte da tarde, Bento XVI esteve em reunio com o presidente Heinz Fischer e
representantes da vida pblica e do corpo diplomtico. O Papa fez um discurso
com temas difceis como a eutansia, o aborto e as razes crists da Europa.
Sobre o aborto, o Papa reafirmou que no pode ser um direito humano, mas o
seu oposto.
Em 8 de setembro de 2007, o Papa fez uma peregrinao ao santurio
mariano nacional austraco de Mariazell na Estria, para celebrar uma missa no
aniversrio da fundao da igreja. Esta igreja foi fundada h 850 anos, em 1157,
por um monge chamado Magnus. Esta peregrinao foi o principal objetivo de sua
viagem ustria.
Em 9 de setembro de 2007, Bento XVI celebrou a missa de manh
na Catedral de Viena (Stephansdom). tarde, visitou a Abadia de Heiligenkreuz e
foi ao Konzerthaus onde se encontrou com instituies de caridade voluntria.
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2008
Estados Unidos (de 15 a 20 de abril de 2008)
O presidente George W. Bush e o Papa Bento XVI na sua chegada a solo norte-americano
Foi a primeira visita papal de Bento XVI aos Estados Unidos. Durante a sua
estadia, encontrou-se na Casa Branca em Washington, DC com o presidente
Bush e celebrou uma missa num estdio de Washington. O Papa deslocou-se de
seguida para Nova Iorque, sede da Organizao das Naes Unidas, onde
discursou , e visitou o local onde estava o World Trade Center, destrudo
nos ataques de 11 de setembro de 2001 antes de celebrar uma missa no Yankee
Stadium.
Austrlia (de 13 a 21 de julho de 2008)
Chegada de Bento XVI em barco a Sydney
O Papa Bento XVI foi at Austrlia para encontrar-se com jovens de todo
o mundo que participaram nas Jornadas Mundiais da Juventude em Sydney. Com
a distncia entre Roma e a Austrlia e os muitos fusos horrios de diferena,
Bento XVI chegou em 13 de julho e descansou durante trs dias antes de iniciar
as suas obrigaes oficiais. Em 20 de julho, celebrou a missa do encerramento
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das JMJ, ao ar livre, no campo de Randwick perante uma assistncia estimada
entre 300 000 e 400 000 pessoas.
Frana (de 12 a 15 de setembro de 2008)
Bento XVI chegou em 12 de setembro de 2008, pouco depois das 11h,
ao Aeroporto de Orly, onde foi recebido por Nicolas Sarkozy e sua mulher Carla
Bruni. Depois de ter sido recebido noPalcio do Eliseu pelo presidente francs na
presena de numerosas personalidades, o Papa encontrou-se com o mundo da
cultura no collge des Bernardins, e depois celebrou as Vsperasna Catedral de
Notre-Dame de Paris com o clero da regio de le-de-France. tarde celebrou
uma missa no Htel des Invalides qual assistiram cerca de 260 000 pessoas e
todo o governo francs. Ao fim do dia, uma parte dos peregrinos percorreu, com
tochas, o "caminho da luz" de Notre-Dame at aos Invalides. Bento XVI continuou
no mesmo dia a sua viagem seguindo paraLourdes tendo feito as primeiras
etapas do Caminho do Jubileu, recolhendo-se frente Gruta de Massabielle,
antes de concluir o dia numa procisso mariana. No domingo, 14 de setembro,
Bento XVI celebrou nos campos do santurio de Lourdes uma missa qual
assistiram cerca de 170 000 pessoas. De tarde fez um discurso perante os bispos
de Frana antes de concluir a procisso eucarstica.
No dia 15 de manh retomou o Caminho do Jubileu indo at capela do
hospital antes de celebrar uma missa por inteno dos doenste na Esplanade du
Rosaire. Depois de uma cerimnia de partida com a presena do primeiro-
ministro Franois Fillon, partiu do Aeroporto de Tarbes e concluiu a visita
apostlica.
2009
Camares e Angola (de 17 a 23 de maro de 2009)
O Papa Bento XVI fez o seu primeiro priplo pelo continente africano. Ele
mesmo comunicou a inteno de visitar frica no Angelus de 26 de outubro de
2008. Entre 17 e 20 de maro de 2009 Bento XVI esteve nos Camares. Os seus
comentrios sobre a luta contra a SIDA, realizados no avio que o levou at
frica, desencadearam controvrsia. O Papa afirmou "Eu digo que no se pode
superar o problema da HIV/SIDA/AIDS em frica s com dinheiro, embora
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necessrio. Se no h vontade, se os africanos no ajudarem, no podemos
resolv-lo atravs da distribuio de preservativos. Em vez disso, eles aumentam
o problema". De 20 a 23 de maro de 2009 o Papa Bento XVI esteve em Angola,
onde celebrou o 500. aniversrio da evangelizao do pas. Durante a missa de
21 de maro, instou os catlicos a converter os crentes na feitiaria, tendo
condenado estas prticas ainda presentes em algumas sociedades africanas.
Terra Santa ( Israel e Palestina) e Jordnia (de 8 a 15 de maio de
2009)
O Patriarca Latino de Jerusalm, Fouad Twal, anunciou em dezembro de
2008 que Bento XVI iria visitar a Terra Santa em maio de 2009. Durante esta
viagem, o Papa foi esteve na Jordnia, na Palestina e em Israel. Conheceu, entre
outros, o Rei da Jordnia Abdullah II, o presidente da Autoridade
Palestina Mahmud Abbas e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Quando visitou os Territrios da Palestina, ofereceu um baixo-relevo monumental
representando a rvore de Jess e esculpido pelo artista polaco Czeslaw
Dzwigaj para a Baslica da Natividade, como oferta ao povo de Belm.
Repblica Checa (de 26 a 28 de setembro de 2009)
O Papa Bento XVI aceitou um convite dos bispos checos e do presidente
da Repblica Checa Vclav Klaus para visitar o pas no final de setembro de
2009, por ocasio do dia de So Venceslau.
Em 26 de setembro de 2009, Bento XVI visitou Praga, capital do pas.
chegada ao Aeroporto Internacional de Praga, fez um discurso no qual defendeu
que o povo checo redescobrisse as suas razes crists aps a libertao do
comunismo. O Papa visitou o Menino Jesus de Praga, a Igreja de Nossa Senhora
Vitoriosas, declarando-a a primeira estao da Rota Apostlica da Repblica
Chega, e em seguida dirigiu-se ao palcio do presidente Vclav Klaus antes do
encontro com o clero checo na Catedral de So Vito.
Em 27 de setembro o Papa fez uma paragem em Brno, a segunda maior
cidade checa e capital da Morvia, onde celebrou a Santa Missa na esplanada
do Aeroporto de Brno. Perante cem mil fiis, o Santo Padre voltou-se para o lugar
da religio na sociedade: "O vosso pas, tal como outras naes, est passando
por uma situao cultural que muitas vezes um desafio para a f radical e,
portanto, tambm para a esperana. Na verdade, nos tempos modernos, a f e a
esperana foram "deslocadas", pois foram rebaixadas para o plano privado e
alm-terrestre, enquanto se afirmou na vida concreta e pblica a confiana no
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progresso cientfico e econmico. Sabemos todos que tal progresso ambguo:
abre possibilidades boas e perspetivas negativas. O desenvolvimento tcnico e a
melhoria das estruturas sociais so importantes e certamente necessrios, mas
no o suficiente para garantir o bem-estar moral da sociedade. O homem deve
ser livre de constrangimentos materiais, mas deve ser salvo, e mais
profundamente, dos os males que perturbam a sua mente". Ao voltar a Praga teve
um encontro ecumnico da arquidiocese, e pronunciou-se contra todas as
tentativas de "marginalizar a influncia do cristianismo na vida pblica". O Papa
reuniu-se com o mundo acadmico no Castelo de Praga.
Em 28 de setembro Bento XVI fez uma peregrinao cidade de Brands
nad Labem-Star Boleslav, local da morte violenta do padroeiro da Repblica
Checa, So Venceslau, que a foi assassinado. Celebrou a missa diante de uma
multido de jovens que tinham feito uma viglia de orao durante a noite frente
ao tmulo do santo padroeiro. Aps o almoo com os bispos checos em Praga, o
Papa regressou a Roma.
2010
Malta (17 a 18 de abril de 2010)
O avio do Papa no foi perturbado pela erupo do vulco islands
Eyjafjallajkull que colocou em caos o espao areo europeu entre 14 e 20 de
abril de 2010, e Bento XVI chegou sem qualquer problema ao Aeroporto
Internacional de Malta. O motivo da visita foi o 1950. aniversrio
do naufrgio de So Paulo de Tarso no arquiplago malts.
Foi a terceira visita de um Papa a Malta aps a 48. e a 93. viagens de
Joo Paulo II ao arquiplago. Bento XVI esteve em La Valetta no dia 17
encontrando-se no Palcio dos Gro-Mestres da Ordem de Malta com diversas
personalidades e fazendo uma visita de cortesia ao presidente George Abela.
Esteve tambm em Rabat para visitar as catacumbas de So Paulo. Encontrou-se
ainda com vtimas de abusos sexuais cometidos por sacerdotes de Malta, tal
como j tinha feito nas viagens anteriores Austrlia e Estados Unidos em 2008.
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Portugal (de 11 a 14 de maio de 2010)
Papa Bento XVI no papamvel, no cortejo automvel em Lisboa, 11 de maio de 2010.
Os propsitos principais da visita papal a Portugal so a celebrao do 10.
aniversrio da beatificao dos pastorinhos Jacinta Marto e Francisco Marto,
videntes de Ftima, e o contacto com as dioceses de Lisboa, Leiria-
Ftima e Porto.
O Papa Bento XVI chegou ao Aeroporto da Portela, em Lisboa, na manh
do dia 11 de Maio. Aps um encontro na Nunciatura apostlica com o corpo
diplomtico e representantes do Estado, visitou o Mosteiro dos Jernimos e foi
recebido pelo Presidente Anbal Cavaco Silva no Palcio de Belm . No final da
audincia, o Papa saudou tambm os funcionrios do Palcio de Belm . Ao fim
da tarde, ele celebrou uma missa no Terreiro do Pao, no centro da capital
portuguesa.
No dia 12 de Maio, de manh, deu-se o encontro de Bento XVI com
personalidades do mundo da cultura no Centro Cultural de Belm, e com
o Primeiro-ministro Jos Scrates na Nunciatura Apostlica, partindo a meio da
tarde para Ftima. Logo aps a sua chegada, deslocou-se Capelinha das
Aparies e celebrou a orao de Vsperas com o clero na Igreja da Santssima
Trindade .
No dia 13 de Maio, o Papa esteve no recinto do Santurio de Ftima, um
dos mais visitados da Europa, com o clero portugus e presidiu a uma missa no
santurio no dia 13 de Maio, no 93. aniversrio das aparies marianas. tarde,
deu-se os encontros do Papa com as organizaes da Pastoral Social, na Igreja
da Santssima Trindade, e com os bispos portugueses no Salo da Casa de
Nossa Senhora do Carmo.
No dia 14 de Maio, o programa do Papa consistiu numa deslocao at
ao Porto. Celebrou a missa na Avenida dos Aliados e depois partiu para Roma.
Chipre (de 4 a 6 de junho de 2010)
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Reino Unido da Gr-Bretanha (de 16 a 19 de setembro de 2010)
Esta a 17a. viagem internacional de Bento XVI e tem como lema 'Cor ad
cor loquitor - O corao fala ao corao, que se inspira no lema do Cardeal
Newman. A visita de Estado de Bento XVI ser a primeira de um papa ao Reino
Unido desde que o rei Henrique VIII rompeu com Roma e o catolicismo em 1534,
estabelecendo a Igreja Anglicana. Joo Paulo II esteve no pas em 1982, mas
tratava-se de uma visita pastoral (no de Estado). O convite foi-lhe dirigido por
sua majestade a rainha Isabel II e por ela recebido na sua chegada no dia 16 de
setembro, em Edimburgo e no palcio de Holyroodhouse (Casa da Santa Cruz)
para a cerimnia de boas-vindas.
Em Westminster Hall - a grande sala histrica no centro de Londres - encontra-se
com personalidades polticas, civis, diplomticas e empresariais do Reino Unido,
neste local So Toms More foi condenado morte em 1535 por recusar-se a
abandonar a f catlica.
Eventos
16 de setembro.
- A primeira missa do Papa em terra britnica celebrada em Glasgow no
Bellahouston park, dia de So Ninian, padroeiro da Esccia.
17 de setembro.
- Encontro com o mundo da Educao Catlica na Capela e no Campo Esportivo
do St. Marys University College e com o lderes de outras religies no
Waldegrave Drawing Room do St Marys University College em Twickenham,
London Borough of Richmond.
- Visita de cortesia ao Arcebispo de Canterbury no Lambeth Palace e encontro
com o expoentes da sociedade civil, do mundo acadmico, cultural e empresarial,
com o Corpo Diplomtico e com os lderes religiosos no Westminster Hall, City
of Westminster e Celebrao Ecumnica em Westminster Abbey.
18 de setembro.
- Santa Missa na Catedral do Preciosssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus
Cristo, City of Westminster e visita Casa de Repouso para Idosos St. Peter's
Residence em London Borough of Lambeth.
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- Viglia de Orao pela Beatificao do Cardeal John Henry Newman no Hyde
Park, City of Westminster.
19 de setembro.
- Santa Missa com a Beatificao do Venervel Cardeal John Henry Newman no
Cofton Park de Rednal, Birmingham e Recitao do Angelus Domini, tambm
Birmingham.
- Encontro com os Bispos da Inglaterra, Gales e Esccia na Capela do Francis
Martin House do Oscott College, Birmingham e cerimnia de despedida no
aeroporto internacional de Birmingham.
Espanha - Santiago de Compostela e Barcelona, -
6 e 7 de novembro de 2010
2011
Crocia - (de 4 a 5 de junho de 2011)
Espanha - (de 18 a 21 de agosto de 2011)
Alemanha - (de 22 a 25 de setembro de 2011)
Benim - (de 18 a 21 de novembro de 2011)
2012
Mxico - (de 23 a 26 de maro de 2012)
Cuba - (de 26 a 28 de maro de 2012)
Lbano - (de 14 a 16 de setembro de 2012)
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Visitas Pastorais
Bari - 29 de maio de 2005
Manoppello - 1 de setembro de 2006
Verona - 19 de outubro de 2006
Vigevano e Pavia - 21 de abril e 22 de abril de 2007
Assis - 17 de junho de 2007
Loreto - 1 de setembro e 2 de setembro de 2007
Velletri - 23 de setembro de 2010
Npoles - 21 de outubro de 2007
Savona e Gnova - 17 de maio e 18 de maio de 2008
Santa Maria di Leuca e Brindisi - 14 de junho e 15 de junho de 2008
Cagliari - 7 de setembro de 2008
Pompeia - 19 de outubro de 2008
Abruzzo - 28 de abril de 2009
Cassino e Montecassino - 24 de maio de 2009
San Giovanni Rotondo - 21 de junho de 2009
Viterbo e Bagnoregio - 6 de setembro de 2009
Brscia e Concesio - 8 de novembro de 2009
Turim - 2 de maio de 2010
Sulmona - 4 de julho de 2010
Carpineto Romano - 5 de setembro de 2010
Palermo - 3 de outubro de 2010
Aquileia e Veneza - 07 de maio e 08 de maio de 2011
San Marino-Montefeltro - 19 de junho de 2011
Ancona - 11 de Setembro de 2011
Lamezia Terme e Serra San Bruno - 09 de outubro de 2011
Assis - 27 de outubro de 2011
Arezzo e Sansepolcro - 13 de maio de 2012
Milo - 01 a 03 de junho de 2012
Emlia-Romanha - 26 de junho de 2012
Loreto - 4 de outubro de 2012
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Viagens Agendadas
Brasil - (Julho de 2013) Jornada Mundial da Juventude
Portugal - (Maio de 2017) Centenrio das Aparies de Ftima
Papa Bento XVI em visita a Am
Papa Bento XVI em visita a Npoles
Papa Bento XVI em visita ao Lbano
Papa Bento XVI em visita a Portugal
Papa Bento XVI em visita a Alemanha em
24/09/2011
Papa Bento XVI em visita a Londres
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Beatificao de Joo Paulo II
Em uma cerimnia solene na presena de mais de um milho de pessoas que lotaram a Praa de So Pedro,
segundo a polcia romana, o Papa Bento XVI proclamou beato o seu antecessor, Joo Paulo II(1920-2005)
A cerimnia teve incio s 10 horas no horrio local (5h de Braslia), pelo papa
e outros 800 sacerdotes presentes. Com um clice e mitra que foram usados nos
ltimos anos de pontificado de Joo Paulo II e com uma vestimenta que tambm
pertenceu a seu antecessor, Bento XVI abriu a cerimnia com uma saudao em
latim, que foi traduzida simultaneamente em espanhol, francs, portugus, francs,
ingls, alemo e polons pela Rdio Vaticano.
Um cardeal leu um texto sobre a vida do pontfice, morto em 2005, aps 27
anos de papado. Foram destacadas virtudes de Joo Paulo II, como seus dotes
intelectuais, morais e espirituais.
Aps a leitura, ocorreu o principal momento da cerimnia, em que foi
descerrado um retrato de Joo Paulo II, a partir de ento denominado beato.
"Concedemos que o venerado servo de Deus Joo Paulo II, Papa, seja de agora em
diante chamado beato", proclamou Bento XVI.
A data escolhida para a venerao do papa foi 22 de outubro, dia da primeira
missa do seu pontificado.
Muitos aplausos e gritos de "Santo sbito" (Santo j), como no dia do funeral
de Joo Paulo II, foram ouvidos na praa, repleta de pessoas que exibiam bandeiras
de muitos pases, entre elas a polonesa e a brasileira.
A freira francesa irm Marie Simon-Pierre Normand - cuja cura do mal de
Parkinson, a mesma doena degenerativa do papa, em junho de 2005, tida como a
primeira graa de Joo Paulo II- levou ao altar uma ampola contendo sangue do
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Papa, enquanto outra religiosa que o acompanhou durante o papado, levou algumas
de suas relquias..
Retrato de Joo Paulo II exposto na fachada da baslica de So Pedro, no Vaticano, durante cerimnia.
A beatificao a etapa anterior canonizao e aconteceu em tempo recorde.
Cerimnia de Beatificao
Milhares de fiis que assistiram cerimnia de beatificao de Joo Paulo 2 fazem fila para venerar os restos mortais do papa, na Baslica de So Pedro, no Vaticano.
O caixo, que no foi aberto, est exposto perante o altar da Confisso. Sobre ele foi colocada uma cpia do Evangelho de Lorsch, aberto e apoiado em um coxim tecido com decorao de ouro, alm de uma coroa de flores com as cores oficiais da bandeira vaticana, amarela e branca.
A Guarda Sua responsvel por guardar o caixo de Karol Wojtyla, que foi proclamado beato em cerimnia solene neste domingo pelo papa Bento XVI,
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provocando uma profunda emoo em mais de um milho de fiis que assistiram ao ato.
Eclesiastes oram diante do caixo de Joo Paulo 2, que ir para a capela de So Sebastio na segunda
Os fiis comearam a visitar o caixo s 13h16 (8h16 de Braslia) e estendeu-se at s 19h (14h em Braslia), quando sero fechados os portes da Baslica.
No dia 29, o fretro foi retirado do tmulo que ocupava na cripta da Baslica de So Pedro e ser colocado nos prximos dias em uma capela do templo. At agora, os restos de Wojtyla estavam a poucos passos do sepulcro de So Pedro.
Aps o papa e os cardeais veneraram os restos de Joo Paulo 2, foi vez das delegaes oficiais dos pases presentes, e em seguida a de pessoas portadoras de deficincia e o restante do pblico.
Assim que foram concludas as celebraes pela beatificao, o caixo foi levado capela de So Sebastio, com melhor capacidade para receber um volume ainda maior de fiis no futuro.
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BEATIFICAO
Seis anos aps sua morte, Joo Paulo 2 foi proclamado beato neste domingo pelo seu sucessor, em uma cerimnia assistida por mais de um milho de pessoas na Praa de So Pedro.
H cerca de mil anos um papa no beatificava seu antecessor, segundo o Vaticano. Bento 16 afirmou que ele "tinha a fora de um gigante" e enfrentou "sistemas polticos e econmicos", como o marxismo e a ideologia do progresso, para cumprir o desafio de viver a f sem medo.
"Sua mensagem foi esta: o homem o caminho da Igreja, e Cristo o caminho do homem. Com essa mensagem, que a grande herana do Conclio Vaticano 2 e de seu timoneiro, Paulo 6, Joo Paulo 2 conduziu o povo de Deus ao Terceiro Milnio", afirmou o papa Ratzinger.
Papa Bento XVI oficializa beatificao de seu antecessor, Joo Paulo 2, em cerimnia na Praa So Pedro.
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O pontfice acrescentou que "aquela carga de esperana que fora cedida ao marxismo e ideologia do progresso, Joo Paulo 2 legitimamente reivindicou-a para o cristianismo, restituindo-lhe a fisionomia autntica da esperana, de viver na histria com um esprito de advento, com uma existncia pessoal e comunitria orientada a Cristo, plenitude do homem".
Bento XVI lembrou ainda a famosa frase de Joo Paulo 2: "No temais, abri de par em par as portas a Cristo!" e afirmou que Karol Wojtyla "abriu a Cristo a sociedade, a cultura, os sistemas polticos e econmicos, enfrentando com a fora de um gigante, com a fora dada por Deus, uma tendncia que parecia irreversvel".
Sobre o processo de beatificao, um dos mais rpidos da histria, o papa afirmou que j no dia do funeral de Wojtyla, em 8 de abril de 2005, podia se perceber seu "perfume da santidade", e que o povo de Deus manifestava de muitas formas sua venerao.
Joo Paulo 2 foi proclamado beato na festividade da Divina Misericrdia, instituda por ele para honrar o culto impulsionado pela santa Faustina Kowalska, uma religiosa da qual se considerava discpulo.
A cerimnia foi assistida por mais de um milho de pessoas, entre elas cerca de 100 mil fiis procedentes da Polnia, assim como milhares de pessoas procedentes de todo o mundo, que aplaudiram por vrios minutos quando, s 10h38 locais (5h38 de Braslia), ele foi elevado glria dos altares.
Na fachada principal da Catedral de So Pedro foi colocado um retrato gigante do novo beato, no qual ele pode ser visto sorrindo. Bento 16 estipulou que a festa litrgica do novo beato ser celebrada em 22 de outubro, aniversrio do incio de seu Pontificado (1978).
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Aps a proclamao, as cmeras de televiso enfocaram o caixo do papa Wojtyla, colocado perante o Altar Maior da Baslica de So Pedro para sua venerao pelos fiis.
Tobiana, a freira polonesa que cuidou de Joo Paulo 2 em seus ltimos anos de vida, e Marie Simon Pierre --freira cuja cura de maneira inexplicvel para a cincia do mal de Parkinson originou o processo de beatificao de "Joo de Deus"-- levaram at o altar maior um relicrio com uma pequena ampola com sangue de Wojtyla.
Delegaes de 87 pases assistiram cerimnia, incluindo o Brasil, cinco casas reais, entre elas a da Espanha, e 16 chefes de Estado, entre eles os de Mxico e Honduras.
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Canonizao
Santo Adalberto, por Kovcs Mihly (1818-1892)
Canonizao um termo utilizado pela Igreja Catlica e que diz respeito
ao ato de atribuir o estatuto de Santo a algum que j era Beato. A canonizao
de um beato um assunto srio e um processo complexo dentro da Igreja, a
ponto de s poder ser tratada pela Santa F em si, por uma comisso de altos
membros e com a aprovao final do Papa. Canonizao a confirmao final da
Santa S para que um Beato seja declarado Santo. S o Papa tem a autoridade
de conceder o estatuto de Santo.
O Cdigo de Direito Cannico da Igreja, no seu cnon 1186
estabelece: "Para fomentar a santificao do povo de Deus, a Igreja recomenda
venerao peculiar e filial dos fiis a Bem-aventurada sempre Virgem Maria,
Me de Deus, que Jesus Cristo constituiu Me de todos os homens, e promove o
verdadeiro e autntico culto dos outros Santos, com cujo exemplo os fiis se
edificam e de cuja intercesso se valem."; e, ainda no artigo 1187: "S lcito
venerar com culto pblico os servos de Deus, que foram includos pela autoridade
da Igreja no lbum dos Santos ou Beatos."
Documentos importantes
A Constituio Apostlica Divinus perfectionis Magister (1983), de Joo
Paulo II, estabeleceu de uma vez as normas para a instruo das causas de
canonizao e para o trabalho da Congregao para as Causas dos Santos. Nela
afirmado: "A S Apostlica, () prope homens e mulheres que sobressaem
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pelo fulgor da caridade e de outras virtudes evanglicas para que sejam
venerados e invocados, declarando-os Santos e Santas em ato solene de
canonizao, depois de ter realizado as oportunas investigaes."
Em 18 de fevereiro de 2008 a Santa S torna pblico a instruo
"Sanctorum Mater" (1983) da Congregao para a Causa dos Santos sobre as
normas que regulam o incio das causas de beatificao juntamente com o "Index
ac status causarum".
A Instruo se divide em seis partes:
Primeira: diz da necessidade de uma autntica fama de santidade para se dar
incio ao processo e se explicam as figuras e tarefas do autor do postulador e
do bispo competente para a causa.
Segunda: nela descrita a fase preliminar da causa que chega at
concesso do "nulla osta" da Congregao para as Causas dos Santos.
Terceira: diz da celebrao da causa.
Quarta: trata das modalidades para se recolher as provas documentais.
Quinta: cuida das provas testemunhais e na
Sexta: so indicados os procedimentos para os atos conclusivos da instruo
diocesana.
Procedimento resumido
Segundo a Constituio Divinus perfectionis Magister e a
instruo Sanctorum Mater, ao bispo diocesano ou autoridade da hierarquia a ele
equiparada, de iniciativa prpria ou a pedido de fiis, a quem compete investigar
sobre a vida, virtudes ou martrio e fama de santidade e milagres atribudos e, se
considerar necessrio, a antiguidade do culto da pessoa cuja canonizao
pedida. Nesta fase a pessoa investigada recebe o tratamento de "Servo de Deus"
se admitido o incio do processo.
Haver um postulador que dever recolher informaes pormenorizadas
sobre a vida do Servo de Deus e informar-se sobre as razes que pareceriam
favorecer a promoo da causa da canonizao. Os escritos que tenham sido
publicados devem ser examinados por telogos censores, nada havendo neles
contra a f e aos bons costumes, passa-se ao exame dos escritos inditos e de
-
todos os documentos que de alguma forma se refiram causa. Se ainda assim o
bispo considerar que se pode ir em frente, providenciar o interrogatrio das
testemunhas apresentadas pelo postulador e de outras que achar necessrio.
Em separado se faz o exame do eventual martrio e o das virtudes, que o
servo de Deus dever ter praticado em grau heroico (f, esperana e caridade;
prudncia, temperana, justia, fortaleza e outras) e o exame dos milagres a ele
atribudos. Concludos estes trabalhos tudo enviado a Roma para a
Congregao da Causa dos Santos.
Para tratar das causas dos santos existem, na Congregao para a Causa
dos Santos, consultores procedentes de diversas naes, uns peritos em histria
e outros em teologia, sobretudo espiritual, h tambm um Conselho de mdicos.
Reconhecida a prtica das virtudes em grau heroico o decreto que o faz declara o
Servo de Deus "Venervel".
Havendo apresentao de milagre este examinado numa reunio de
peritos e se se trata de curas pelo Conselho de mdicos, depois submetido a
um Congresso especial de telogos e por fim Congregao dos cardeais e
bispos. O p