PANTOKRATOR · de Cristo e perpetuar a obra da salva- ... “Ó Jesus, faço o voto de obedecer-vos...

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PANTOKRATOR Informativo da Comunidade Católica Pantokrator Ano IV - Julho/2015 - nº 42 No Ano Jubilar de nossa Comuni- dade, Deus nos cumulou de muitas gra- ças: o recebimento da Indulgência Ple- nária, que foi concedida aos membros e aos benfeitores e participantes de nossa obra pela Penitenciaria Apostólica; a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida em nossa casa; os festejos do ano jubilar e tantas outras graças, mas sem dúvida alguma a maior dádiva que Deus nos concedeu foi a ordenação de nosso primeiro membro- -sacerdote! Depois de vinte e cinco anos de existência, Deus nos concedeu a graça de ter nosso irmão, o Diácono Leonar- do José dos Santos ordenado sacerdote! O sacerdote, tal como Cristo e por causa de Cristo assume o papel de in- tercessor do povo fiel e se coloca entre Deus e os homens como aquele que suplica. Ser sacerdote é ligar-se indis- soluvelmente ao sacerdócio fidelíssimo de Cristo e perpetuar a obra da salva- ção. Santo Afonso de Ligório, antes de ser ordenado padre escreveu: “Ó Jesus, faço o voto de obedecer-vos em tudo, de não perder meu tempo e de aplicá- -lo todo na salvação das almas. Quero ser-lhe obediente em tudo, pois sei que sendo padre, agora Vós também me obedecereis quando vos chamar do céu para cima do altar”. O padre age in persona Christi, ou seja, é o próprio Cristo que nele e independentemente dos pecados dele, age de forma eficaz e segue amando, curando e salvando todos quantos dele se aproximam. Pelo Sacramento da Ordem o próprio Deus o obedece, portanto, não há como não retribuir esse amor que constrangedor. Ainda neste ano jubilar, no mês de dezembro, nosso outro irmão, o semi- narista Luiz Henrique Ferreira também será ordenado diácono e já contamos com mais um irmão que já começou seus estudos iniciais para o sacerdócio no Seminário Notre Dame de Vie, ins- tituição que forma nossos seminaristas na França. De início, nosso neo-sacer- dote atuará na França, junto do clero da O Espelho do Monge p. 2 - Uma aventura que mistura ficção e realidade na aventura do conhecer-se Pequena Via p. 3 - Jesus nosso amigo de todas as horas: como ser amigo de Jesus no dia a dia? Estados de Vida na Com. Pantokra- tor p. 4 - Matrimônio, sacerdócio e celibato o Arquidiocese de Avignon. Alegre-se consco! Rezemos fime- mente para que nosso bom Deus aben- çoe e dê perseverança ao Pe. Leonardo José em sua vida e ministério e que seja generoso em chamar muitos outros ao seu serviço. Luiz Raphael Tonon Consagrado Comunidade Católica Pantokrator “Tu és sacerdote eternamente”

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PANTOKRATORInformativo da Comunidade Católica Pantokrator Ano IV - Julho/2015 - nº 42

No Ano Jubilar de nossa Comuni-dade, Deus nos cumulou de muitas gra-ças: o recebimento da Indulgência Ple-nária, que foi concedida aos membros e aos benfeitores e participantes de nossa obra pela Penitenciaria Apostólica; a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida em nossa casa; os festejos do ano jubilar e tantas outras graças, mas sem dúvida alguma a maior dádiva que Deus nos concedeu foi a ordenação de nosso primeiro membro--sacerdote!

Depois de vinte e cinco anos de existência, Deus nos concedeu a graça de ter nosso irmão, o Diácono Leonar-do José dos Santos ordenado sacerdote!

O sacerdote, tal como Cristo e por causa de Cristo assume o papel de in-tercessor do povo fiel e se coloca entre Deus e os homens como aquele que suplica. Ser sacerdote é ligar-se indis-soluvelmente ao sacerdócio fidelíssimo de Cristo e perpetuar a obra da salva-ção. Santo Afonso de Ligório, antes de ser ordenado padre escreveu: “Ó Jesus, faço o voto de obedecer-vos em tudo, de não perder meu tempo e de aplicá--lo todo na salvação das almas. Quero ser-lhe obediente em tudo, pois sei que sendo padre, agora Vós também me obedecereis quando vos chamar do céu para cima do altar”. O padre age in persona Christi, ou seja, é o próprio Cristo que nele e independentemente dos pecados dele, age de forma eficaz e segue amando, curando e salvando todos quantos dele se aproximam. Pelo Sacramento da Ordem o próprio Deus o obedece, portanto, não há como não retribuir esse amor que constrangedor.

Ainda neste ano jubilar, no mês de dezembro, nosso outro irmão, o semi-narista Luiz Henrique Ferreira também será ordenado diácono e já contamos com mais um irmão que já começou seus estudos iniciais para o sacerdócio no Seminário Notre Dame de Vie, ins-tituição que forma nossos seminaristas na França. De início, nosso neo-sacer-dote atuará na França, junto do clero da

O Espelho do Monge p. 2- Uma aventura que mistura ficção e realidade na aventura do conhecer-se

Pequena Via p. 3- Jesus nosso amigo de todas as horas: como ser amigo de Jesus no dia a dia?

Estados de Vida na Com. Pantokra-tor p. 4- Matrimônio, sacerdócio e celibato

o

Arquidiocese de Avignon.Alegre-se consco! Rezemos fime-

mente para que nosso bom Deus aben-çoe e dê perseverança ao Pe. Leonardo José em sua vida e ministério e que seja generoso em chamar muitos outros ao seu serviço.

Luiz Raphael Tonon Consagrado Comunidade Católica Pantokrator

“Tu és sacerdote eternamente”

O Pantokrator . 2

EXPEDIENTE

O Pantokrator é uma publicação mensal dirigida aos sócios, membros, engajados e amigos da Comunidade Católica PantokratorDireção Geral: Edgard Gonçalves | Grupo de Comunicação: Bruno Guimarães, Eliana Alcântara, Jildevânio Souza, Juliana Campos, Vanessa Cícera, Vanessa Ozelin e Renata Tonon | Jornalista Responsável: Renata Tonon MTB 56 525 | Planejamento, Criação, Edição e Revisão: Comunidade Católica Pantokrator - www.pantokrator.org.br

“Conhece-te, aceita-te, supera-te.” Santo Agostinho

Já há muito tempo atrás, Sócrates (479-399 a.C.), filósofo grego, extraiu uma frase desafiante de uma antiga inscrição, o “conhece-te a ti mesmo”, que não só orienta ao autoconhecimento, mas tam-bém ao conhecimento do mundo e da verdade. Depois de muito tempo, Santo Agostinho veio aperfeiçoar essa máxi-ma, dizendo que não se trata de apenas se conhecer, mas também de se aceitar e superar. Creio que isso tudo, vise uma vida mais equilibrada e feliz, na relação consigo mesmo, com o outro e com a natureza. Sim, muito bem! Mas como? Como pos-so me conhecer apenas a partir de mim mesmo? Não seria esse um conhecimen-

to parcial? E se consultássemos também outras pessoas? Também não seria parcial, sendo que olhamos os outros a partir de nós mesmos? Então, quem seria um guia seguro nessa viagem trabalhosa e profun-da que pode durar toda uma vida? Quem, senão Deus pode nos mostrar esse cami-nho e trilhá-lo juntamente conosco? Ele, que nos criou e sabe muito mais de nós do que nós mesmos? E que, na verdade, é a felicidade que buscamos?

Deus, que é plenamente feliz, quer nossa felicidade e por isso nos criou, para participarmos de Sua felicidade que é a Sua glória! Nos conhecermos, então, para encontrarmos em nós esse Amor Verdadeiro, fonte da felicidade, é cami-nho sábio e eficaz. Nos conhecermos a partir de Deus, guiados por Ele, para encontrá-Lo em nós, é sem dúvida fonte de maturidade, cura, aceitação e supera-ção! Na busca sincera desse autoconheci-mento, conquistamos um equilíbrio que nos permite uma melhor qualidade de

O Espelho do Monge

relacionamento conosco, com os outros, com a natureza e com o próprio Deus!

Foi nessa esperança que escrevi “O Espelho do Monge”! Uma aventura fic-tícia, que visa levar o leitor a percorrer um caminho inusitado e surpreendente, ao gosto pelo autoconhecimento e a um encontro que pode mudar toda uma vida!

“O Espelho do Monge” é uma histó-ria de esperança e coragem, de aceitação e superação, de romance e suspense, de buscas e descobertas! É uma história que endossa Sto. Agostinho, quando ele diz “Nada estará perdido enquanto estiver-mos em busca.”

Se começamos com Sto. Agostinho, terminemos também com ele! Deixo aqui, então para reflexão, uma frase fruto de uma de suas maravilhosas descobertas, o que foi também “ O Espelho do Monge” para mim:

“Ser cristão não é conquistar Cristo, mas deixar-se conquistar por Ele. Deixa que Ele conquiste em ti, que Ele conquis-te para ti, que Ele te conquiste.” Santo Agostinho.

E felizes descobertas!

Rosana H G D Vitachi Consagrada da Comunidade Católica Pantokrator

Quem, senão Deus pode nos mostrar esse caminho

e trilhá-lo juntamente conosco?

O Pantokrator .3

Oi amigui-nhos!

Você tem muitos amigos?

Gosta deles? Quem é seu me-lhor amigo ou amiga? Você já foi na casa dele ou dela?

Provavelmente você deve ter mui-tos amigos e já deve ter brincado mui-to com eles, mas todos nós temos um amigo que é melhor que qualquer ami-go: Jesus! Ele é nosso amigo de todas as horas, está conosco a todo momento e nunca nos abandona.

Não podemos ver Jesus, mas sabe-

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Atendimento de Oração (com agendamento) - Cursos e Formações - Visita a casas (com agendamento)

Jesus: nosso amigo de todas as horas!

mos que Ele está sempre com a gente: na hora em que acordamos, comemos, estudamos, brincamos, corremos. A Igreja nos ensina que ter fé é o mesmo que acreditar. E você, acredita que Je-sus está sempre com você? Que bom! Então você tem fé! E Jesus sempre está perto de que reza, de quem conversa com Ele.

Existem muitas pessoas que pensam que para serem amigas de Jesus preci-sam saber falar bonito, que saibam rezar de um jeito muito chique, mas isso não é verdade. Para ser amigo de Jesus basta conversar com Ele do mesmo jeito que

conversamos com nossos pais, colegas, irmãos etc. É só contar para Ele como foi nosso dia, o que fizemos de legal e também pedir aquilo que precisamos. Aliás, é sempre importante pedir para Jesus por nossos pais, irmãos, amigos e também por nossos parentes que já morreram e já estão morando pertinho de Jesus!

Agora você já sabe, sempre que pre-cisar, lembre-se de que Jesus, onde você estiver, te vê e está com você, mesmo que você não consiga vê-lo e senti-lo. Se você tem fé, você irá acreditar sem ver. Até a próxima amiguinhos!

Ilustração: Bruno Guim

arães

O Pantokrator .4

Especial JubileuOs estados de vidas da Comunidade Pantokrator

Na Europa e nos EUA é no mês de Fevereiro que se comemora o dia dos namorados, conhecido como dia de São Valentim. No Brasil, foi o mês de junho o escolhido para isso e somos invadi-dos por propagandas de todos os tipos incentivando os casais a demonstrarem carinho das mais diversas maneiras. Ex-celente oportunidade para nós aprender-mos mais sobre os estados de vida e o significado cristão de cada um, avaliando nossa própria vivência e assim nos apro-ximarmos mais da vontade de Deus para nossas vidas. Mas afinal, quais são os es-tados de vida e o que significa viver cada um deles?

Eclesialmente falando, temos 3 esta-dos de vida: o matrimônio, o celibato e o clerical. De modo geral temos a ima-gem de que o casamento é o estado mais natural para o homem e, especialmente na sociedade moderna, temos grande dificuldade de aceitar o celibato e até mesmo o sacerdócio. Percebemos o es-tado de vida como a maneira de sermos felizes e isso, aliado à visão romântica da

vida a dois, da “alma gêmea” que nos completa em tudo, acaba por nos levar a uma escolha quase inevitável do matri-mônio, muitas vezes pelas razões erradas e com as expectativas erradas. O estado de vida é na verdade, um dom coloca-do por Deus em nossos corações o qual

precisa ser descoberto por nós através de um discernimento e ao qual damos uma resposta de liberdade. Todos os estados tem uma única finalidade: ser o meio de um encontro concreto com Deus! Não me caso, não assumo o celibato ou o sa-

cerdócio para ser feliz mas para encon-trar Deus, para percorrer um caminho concreto de conversão. E a consequência desse encontro será a minha felicidade, o meu céu!

No matrimônio eu me dou à Cristo através do meu cônjuge, a ele vou amá--lo e servi-lo como o faria para o próprio Cristo. No celibato eu antecipo na terra o que todos viverão no céu, a união indi-visa com Cristo. No sacerdócio, o padre se casa com a Igreja e por suas mãos o céu e a terra se encontram a cada nova Eucaristia. Embora o estar solteiro não seja um estado de vida, é uma condição de espera que deve ser usada para uma busca mais intensa da vontade de Deus e uma preparação interior para viver o estado discernido. Vamos então clamar a Graça para vivermos intensamente nossa condição e testemunharmos ao mundo que encontrar Cristo no nosso estado de vida é uma grande alegria!!

Tatiana Cristina S. C. Oliveira SeraideConsagrada da Comunidade Católica Pantokrator

O estado de vida é na ver-dade, um dom colocado por Deus em nossos co-rações o qual precisa ser descoberto por nós atra-vés de um discernimento

e ao qual damos uma resposta de liberdade.