Panorama da Economia Solidária no Brasil · mecanismo de inclusão social dos menos favorecidos)...
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Panorama da Economia Solidária no Brasil
FÓRUM PAULISTA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA
Campinas, Unicamp - 29 de agosto de 2016
Dados e informações: Atlas Digital da Economia Solidária
Mapeamento realizado entre 2009 a 2013 no Brasil
Adolfo Homma
FINLÂNDIA
DINAMARCA
HOLANDA
O QUE ELES TEM EM COMUM?
1. Estado de Bem Estar Social: o Estado é o agente
regulamentador de toda a vida e saúde social, política e
econômica do país;
2. Democráticos, baixa concentração de renda em mãos poucos;
3. Imposto de renda progressivo – paga mais quem ganha mais;
4. Grande número de Cooperativas.
SOBRE DESENVOLVIMENTO E CONJUNTURA INTERNACIONAL
Finlândia- População: 5.326.314 (2009)
- Há proporcionalmente mais cooperativas do que em qualquer outro
país do mundo
- 60% da população está associada às cooperativas rurais ou de
consumo.
- S Group é uma cadeia finlandesa de cooperativas de consumo e
serviços que tem mais de 1,9 milhões de membros e mais de 1.600 lojas
em todo Finlândia. O setor empresarial maior do grupo é o de
supermercados, que têm um volume de negócios de mais de € 6,4
bilhões.
- A carga tributária na Finlândia é de cerca de 50% do PIB. (No México, é
20%. No Brasil, 38%.). A declaração do imposto de renda é pública.
- 20% mais favorecidos da população ganham quase quatro vezes mais
do que os 20% menos favorecidos. Melhor educação do mundo.
SOBRE DESENVOLVIMENTO E CONJUNTURA INTERNACIONAL
Dinamarca- População: 5.447.084 (2009)
- Setores vitais como alimentos, as cooperativas ocupam um lugar de
destaque, cerca de 90% da produção de leite e o abate de suínos são em
fábricas de lacticínios e matadouros cooperativos. As cooperativas são
responsáveis por aproximadamente 35% do movimento de vendas de
itens básicos de consumo.
- No setor de insumos agrícolas cerca de 50% da produção é realizada
por cooperativas.
- O movimento cooperativo é considerado como parte integrante da
sociedade e do comércio com os quais muitos dinamarqueses estão
relacionados como consumidores (cooperativas de consumo) ou
produtores (agricultura, horticultura e pescas).
SOBRE DESENVOLVIMENTO E CONJUNTURA INTERNACIONAL
Holanda- População: 16,8 milhões (2013)
- A Holanda é conhecida por suas grandes cooperativas, especialmente
na agricultura e horticultura, cooperativa de crédito e seguros, mas há
também muitos que inicia no cuidado, energia e educação.
As 100 maiores cooperativas combinadas teve um volume de negócios
de mais de 108 bilhões de euros, empregou 156.000 pessoas e seus
proprietários são quase 24 milhões de membros.
O Rabobank, é um banco cooperativo que atua no mercado com 39%
nos depósitos e de 31% nos empréstimos. Possui a maior rede de
atendimento que ultrapassa 2.500 pontos de contato. Tem 1,9 milhões de
associados.
Os associados dos 129 bancos regionais elegem membros (delegados)
que participam das 12 assembleias regionais de delegados, sendo que,
quatro vezes por ano, 72 desses membros (conselho) se reúnem em uma
espécie de parlamento para tomar as decisões mais importantes.
MONDRAGON
Maior grupo cooperativo do mundo
74.117 pessoas
15 Centros tecnológicos
260 empresas e cooperativas
103 cooperativas
Filiais em 41 países
Vendas em mais de 150 países
Filosofia Empresarial:
- Cooperação
- Participação
- Inovação
- Responsabilidade Social
Quanto maior a responsabilidade maior
o salário – mas o salário mais alto
nunca ultrapassa 3 vezes o menor
MONDRAGON
Principais desafios da Economia Solidária
01. Desafios a serem inseridos na agenda
da Economia Solidária
02. Desafios que estão na agenda mas
que necessitam de esforço concentrado
Desafios a serem inseridos na agenda da
Economia Solidária
1. Construir um Projeto de Sociedade que se baseie
na economia solidária – cooperativismo.
2. Mudar a narrativa da Economia Solidária – Texto e
Contexto.
3. Desenvolver a visão macroeconômica da
economia solidária
4. Construir um outro conceito de Globalização –
Globalização social mundial.
5. Avançar para além do debate, da teoria, e ir para a
ação – ou o esvaziamento irá se acentuar.
Desafios a serem inseridos na agenda da
Economia Solidária
01. Construir um Projeto de Sociedade que se baseie
na economia solidária - cooperativismo
Projeto Atual da Sociedade Brasileira:
- Coorporocracia
- Plutocracia
Projeto de Sociedade:
1. Onde queremos chegar
2. Quais são as características dessa nova sociedade:
- Meios de produção – relações de produção
- Papel do Estado na Economia
- Sistema Financeiro
- Poder Executivo – Legislativo – Judiciário
- Educação, saúde, transporte
- Sistema de distribuição de renda
- Sistema de comunicação, etc.
Desafios a serem inseridos na agenda da
Economia Solidária
2. Ampliar a dimensão da narrativa da Economia
Solidária – Texto e Contexto.
- A economia solidária não é exclusivo para os setores
menos favorecidos da população. Não é precarização
do trabalho é Alternativa de Desenvolvimento.
- A economia solidária vem para fortalecer o
cooperativismo autêntico (contra as falsas
cooperativas – Coopergatos).
- No contexto histórico a economia solidária se
insere como Pós-Capitalista (Nasce no e com o
capitalismo, com o objetivo estratégico de
promover sua superação).
Desafios a serem inseridos na agenda da
Economia Solidária
3. Desenvolver as dimensões macroeconômica da
economia solidária (ou construir?)
- As reflexões se processam mais na dimensão
microeconômica
No nível macro:
- Lei Geral da Economia solidária
- Leis Estaduais que introduzem a Ecosol ou a beneficiam
- Isenção de ICMS à empreendimentos inscritos no CadSol –
Bahia - Conselhos Estaduais de Ecosol
- PAA, PNAE,Catadores – Lei 8666/Dispensa de Licitação.
- Não entrou na agenda da sociedade - políticas públicas – educação
formal – dos movimentos sociais/sindicais – das universidades ...
( não se caracteriza como Projeto de Sociedade – mas como
mecanismo de inclusão social dos menos favorecidos)
Desafios a serem inseridos na agenda da
Economia Solidária
4. Construir um outro conceito de Globalização
Globalização hegemônica (Globocolonização):
- Coorporocracia Internacional
- Plutocracia Internacional
Globalização contra-hegemônica:
- Cooperativismo autêntico
Desafios a serem inseridos na agenda da
Economia Solidária
5. Avançar para além do debate, da teoria, e ir para a
ação – ou o esvaziamento irá se acentuar.
Cenário atual:
- Debates e trabalhos científicos se restringem, salvo
raras exceções, ao universo conceitual, histórico e a
estudos de casos. (se processam como um fim em sí
mesmo – banalização).
Novo cenário:
- Inserir o planejamento estratégico e a agenda de
atuação – natureza propositiva – Incorporação real
às políticas públicas e na cultura.
Desafios que estão na agenda mas que
necessitam de esforço concentrado
1. Inserir a Economia Solidária nas Compras
Públicas.
2. Ampliar o roll de atores sociais nos Fóruns
municipais, regionais, estaduais e nacional de
economia solidária.
3. Promover reflexões/ações sobre economia
solidária na sociedade.
Desafios que estão na agenda mas que
necessitam de esforço concentrado
1. Inserir a Economia Solidária nas Compras
Públicas.
- Compras públicas representam 10% do PIB
- PIB nominal 2015: R$ 5, 904 trilhões.
- Conhecer e estudar as demandas das compras
públicas e criar empreendimentos solidários
específicos para atendê-las.
- Estudar mecanismos de financiamento subsidiado
para criação de grandes empreendimentos solidários
de natureza estratégica – Política de Governo/Estado.
Desafios que estão na agenda mas que
necessitam de esforço concentrado
2. Ampliar o roll de atores sociais nos Fóruns
municipais, regionais, estaduais e nacional de
economia solidária.
- Universidades;
- Movimentos Sociais/Sindicais,
- Instituições – Igrejas/Entidades da
Sociedade Civil
- Etc.
Desafios que estão na agenda mas que
necessitam de esforço concentrado
3. Promover reflexões/ações sobre economia
solidária na sociedade.
- Criar campanhas informativas/educativas.
- Inserir na agenda das escolas
infantil/fundamental/médio e superior o tema
Economia Solidária.
FÓRUM PAULISTA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA
Panorama da Economia Solidária no Brasil
Dados e informações: Atlas Digital da Economia Solidária
Mapeamento realizado entre 2009 a 2013 no Brasil
Empreendimentos de Economia Solidária no Brasil
Regiões Rural Urbana Rural Urbana Nº de EES
Centro Oeste 1.082 670 269 2.021
Nordeste 5.804 1.554 682 8.040
Norte 1.566 1.270 290 3.127
Sudeste 959 1.970 299 3.228
Sul 1.382 1.392 518 3.292
Total 10.793 6.856 2.058 19.708
Fonte: Atlas Digital da Economia Solidária – Dados 2009-2013
EMPREENDIMENTOS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA NO BRASIL
Municípios pesquisados: 2.713 - (Brasil: 5.570)
Distribuição dos EES por Localização (Em %)
10,4
54,8
34,8
Distribuição dos EES – Data de Fundação
Banco de dados do SIES
Motivações
Banco de dados do SIES
PRINCIPAIS MOTIVAÇÕES PARA A CONSTITUIÇÃO DOS EES
Motivações Número %
Fonte complementar de renda 9.624 48,8
Alternativa ao desemprego 9.106 46,2
Maiores ganhos em empreendimento associativo 8.471 43,1
Atividade na qual todos são donos 8.024 40,7
Desenvolvimento comunitário 5.646 28,6
Condição para ter acesso a financiamentos e apoios 4.130 21,2
Motivação social, filantrópica ou religiosa 3.801 19,3
Alternativa organizativa e de qualificação 3.160 16,1
Incentivo de política pública 3.113 15,8
Atuação profissional em atividade específica 2.828 14,3
Fortalecimento grupo étnico 1.912 9,7
Produção/comercialização de produtos orgânicos 1.607 8,2
Organização de beneficiários de políticas públicas 1.510 7,7
Recuperação de empresa privada 601 3,1
Outro 1.890 9,6
EEE POR NÚMERO DE SÓCIOS
Banco de dados do SIES
DISTRIBUIÇÃO DOS EES POR NÚMERO DE SÓCIOS (AS)
Total %
Até 20 sócios(as) 8.217 41,7
Entre 21 e 50 6.419 32,6
Entre 51 e 100 2.873 14,6
Entre 101 e 500 1.759 8,9
Mais de 500 sócios(as) 345 1,8
NS/NR 95 0,5
Total 19.708 100
DISTRIBUIÇÃO DOS EES - TIPO
Banco de dados do SIES
DISTRIBUIÇÃO DOS EES POR TIPOS DE FORMALIZAÇÃO
Forma organizacional Total % % Cumulativa
Associação 11.823 60,0 60,0
Grupo informal 6.018 30,5 90,5
Cooperativa 1.740 8,8 99,4
Sociedade mercantil 127 0,6 100
Total 19.708 100
DISTRIBUIÇÃO DOS EES - ATIVIDADE
Banco de dados do SIES
DISTRIBUIÇÃO DOS EES POR ATIVIDADES ECONÔMICAS E SELEÇÃO
AMOSTRAL
EES mapeados 19.708
(–) Atividade econômica
Troca de produtos ou serviços – 430
Poupança, crédito ou finanças solidárias – 328
Consumo/uso coletivo de bens e serviços – 3.945
(=) Amostra final 15.005
Comercialização ou organização da comercialização 2.628
Prestação de serviço 1.296
Produção ou produção e comercialização 11.081
DISTRIBUIÇÃO DOS EES - ATIVIDADE
Banco de dados do SIES
DISTRIBUIÇÃO DOS EES POR PREDOMINÂNCIA DA ATIVIDADE ECONOMICA DOS SÓCIOS
Atividade Total % % Cumulativa
Agricultores familiares 7.158 47,7 47,7
Artesãos 3.413 22,7 70,4
Outros trabalhadores autônomos/por conta
própria
1.141 7,6 78,1
Não se aplica ou não há predominância 987 6,6 84,6
Assentados da reforma agrária 734 4,9 89,5
Desempregados (desocupados) 613 4,1 93,6
Catadores de material reciclável 591 3,9 97,5
Artistas 196 1,3 98,9
Técnicos, profissionais de nível superior 162 1,1 99,9
Garimpeiros ou mineiros 10 0,1 100
Total 15.005 100
DISTRIBUIÇÃO DOS EES - FATURAMENTO
Banco de dados do SIES
DISTRIBUIÇÃO DOS EEP POR FAIXA DE FATURAMENTO
Faixa de faturamento Total % % Cumulativa
Até R$ 1.000,00 6730 34,1 34,1
R$ 1.000,01 - R$ 5.000,00 5052 25,6 59,7
R$ 5.000,01 - R$ 10.000,00 1963 10 69,7
R$ 10.000,01 - R$ 50.000,00 2950 15 84,7
R$ 50.000,01 - R$ 100.000,00 484 2,5 87,2
Mais de R$ 100.000,01 497 2,5 89,7
NS/NR 2.032 10,3 100
Total 19.708 100
PRINCIPAIS DIFICULDADES NA COMERCIALIZAÇÃO
Banco de dados do SIES
REDES DE COLABORAÇÃO
Banco de dados do SIES
TIPOS DE REDES DE COLABORAÇÃO COM PARTICIPAÇÃO DOS EES
Tipo de rede Número %
Rede de comercialização 1.312 56,8
Rede de produção 759 32,86
Central de comercialização 255 11,04
Rede ou organização de comércio justo e
solidário
164 7,1
Rede de crédito ou finanças solidárias 148 6,41
Cooperativa central 121 5,24
Cadeia produtiva solidária 99 4,29
Complexo cooperativo 83 3,59
Rede de consumo 63 2,73
FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO
Banco de dados do SIES
FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS DOS EES
Para quem é feita a comercialização Número %
Venda direta ao consumidor final 9.189 86
Venda a revendedores/atacadistas 4.149 39
Venda a órgão governamental 1.602 15
Venda para empresa(s) privada(s) de
produção
959 8,9
Venda a outros empreendimentos de
economia solidária
976 9,1
Troca com outros empreendimentos 421 3,9
PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA OBTENÇÃO DE
CRÉDITO OU FINANCIAMENTO
Banco de dados do SIES
AUTOGESTÃO - ASSEMBLÉIAS
Banco de dados do SIES
TIPO DE APOIO/ASSESSORIA
Banco de dados do SIES
ORGANIZAÇÕES QUE PRESTAM APOIO E ASSESSORIA
Banco de dados do SIES
PARTICIPAÇÃO EM REDES OU MOVIMENTOS SOCIAIS
Banco de dados do SIES
PERCEPÇÃO - CONQUISTAS
Banco de dados do SIES
PERCEPÇÃO DOS ASSOCIADOS QUANTO A CONQUISTAS
Principais conquistas obtidas Número %
Integração grupo/coletivo 13.025 66,1
Geração de renda/obtenção de
maiores ganhos
11.618 59,1
Autogestão e exercício da democracia 9.651 48,9
Comunidade local 7.411 37,6
Comprometimento dos sócios 7.372 37,4
Conscientização e compromisso
político
3.510 17,8
Outro 2.432 12,3
PERCEPÇÃO - CONQUISTAS
Banco de dados do SIES
PERCEPÇÃO DOS ASSOCIADOS QUANTO A CONQUISTAS
Principais conquistas obtidas Número %
Integração grupo/coletivo 13.025 66,1
Geração de renda/obtenção de
maiores ganhos
11.618 59,1
Autogestão e exercício da democracia 9.651 48,9
Comunidade local 7.411 37,6
Comprometimento dos sócios 7.372 37,4
Conscientização e compromisso
político
3.510 17,8
Outro 2.432 12,3
PERCEPÇÃO - DESAFIOS
Banco de dados do SIES
PERCEPÇÃO DOS ASSOCIADOS QUANTO A DESAFIOS
Principais desafios Número %
Gerar renda adequada 14.503 73,6
Viabilizar economicamente EES 13.108 66,5
União do grupo/coletivo 11.048 56,1
Efetivar a participação e autogestão 8.611 43,7
Articulação com outros EES 8.457 42,9
Garantir proteção social 7.755 39,3
Conscientização ambiental dos sócios 7.294 37,1
Conscientização e politização dos
sócios
6.714 34,1
Outro 3.105 15,8
Obrigado
Adolfo Homma
Breve História da Economia Solidária no Brasil
FÓRUM PAULISTA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA
Breve contextualização da Economia Solidária no Brasil
- Década de 1980: Cáritas (CNBB) – cria o programa projetos alternativos
comunitários (PACs), para financiar e capacitar pessoas desempregadas
e carentes para o trabalho autônomo ou em grupo, buscando a
independência delas das doações de cestas básicas e outros auxílios da
igreja (ensinar a pescar).
- 1990 – O MST cria o Sistema Cooperativista dos Assentados e a Concrab
(Confederação das Cooperativas da Reforma Agrária no Brasil) que reúne
cooperativas de produção agropecuária, cooperativas de prestação de
serviços e cooperativas de crédito.
- 1994 – Primeira política pública de apoio à Economia Solidária –
Prefeitura de Porto Alegre – RS – apoio para que desempregados
montassem seus negócios.
1995 – Criação da Anteag (Associação Nacional dos Trabalhadores em
Empresas de Autogestão e Participação Acionária) e da Unisol (União e
solidariedade das Cooperativas do Estado de São Paulo). Muitos
trabalhadores desde a década de 80 conseguem na justiça o direito de
assumir a massa falida nas falências.
Breve contextualização da Economia Solidária no Brasil
- 1995 – Início das ITCPs – Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas
Populares - Alunos, professores e funcionários de universidades.
- 1999 – ADS – CUT.
- 2000 – Inicia as reflexões sobre a criação da UNITRABALHO – reitores –
professores – dirigentes sindicais – pesquisas e extensão vinculados ao
mundo do trabalho – numa perspectiva
- 2003 – SENAES + Conselho Nacional de Economia Solidária – consultivo
e propositivo para interlocução entre setores do governo e da sociedade
civil
- 2003 – Fórum Brasileiro de Economia Solidária
- 2003 – Criado o Fórum Paulista de Economia Solidária
- 2004 – Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária - 2 Atlas
da Economia Solidária –2007(22 mil) - e 2013 (19.708).
Breve contextualização da Economia Solidária no Brasil
- 2007 – Lei do Saneamento Básico – Altera a Lei 8666 de 1993 – Dispensa
de licitação para cooperativas de catadores formados por pessoas físicas
de baixa renda.
- 2009 – PNAE – 30% da alimentação escolar da Agricultura Familiar –
quilombolas – indígenas – pescadores artesanais (FNDE).
- 2011 – Lei 14651/2011 - Lei que cria o Programa de Economia Solidária
do Estado de São Paulo – Falta Regulamentação.
- 2012 – PL 4685/2012 Dispõe sobre a Política Nacional de Economia
Solidária e os empreendimentos econômicos solidários, cria o Sistema
Nacional de Economia Solidária e dá outras providências. Foi aprovado
pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e
Desenvolvimento Rural (08-2015). Atualmente aguarda parecer da
Comissão de Constituição Justiça e Cidadania (desde 03/09/205).
Modalidades Atuais de Empreendimentos
da Economia Solidária
• Cooperativas,
• Associações,
• Empresas recuperadas por trabalhadores em regime de
autogestão,
• Grupos solidários informais,
• Clubes de troca
• Redes de cooperação em cadeias produtivas e arranjos
econômicos locais ou setoriais, - bancos comunitários de
desenvolvimento,
• Fundos rotativos (poupança comunitária, etc.)
Setores em que atuam atualmente os
Empreendimentos da Economia Solidária
• Agricultura Familiar
• Alimentação
• Artesanato
• Confecção e Têxtil
• Coleta Seletiva
• Cultura
• Turismo
Pesca Artesanal
• Metalurgia e Polímeros
• Fruticultura
• Apicultura
• Cooperativismo social
• Construção civil
Dados da Economia Solidária no Brasil
No Brasil, a Economia Solidária gera renda para 2,3
milhões de pessoas e movimenta cerca de R$ 12,5
bilhões por ano, com 20 mil empreendimentos.
Uniforja – Empresa Recuperada
Agricultura Familiar
Feira de Santa Maria - RS
UNICOPAS (ES) – SISTEMA OCB
Criação: 02/12/1969
OCB: Organização das Cooperativas do Brasil
UNICAFES: União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária
- 1.100 cooperativas – 20 mil cooperados – 24 estados
- produção – comercialização – crédito – assistência técnica e infraestrutura)
CONCRAB: Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária do Brasil
- Criada em 1992
- Criada por Cooperativas e Associações de Agricultores assentados pela
Reforma Agrária no Brasil
- Presente em sete Estados (Santa Catarina, Rio Grande do Sul,
Paraná, São Paulo, Ceará, Bahia e Maranhão)
- Em geral mantém vínculo com o MST.
UNISOL: - Fundada em 2000
- Representação em 27 estados
- metalurgia/polímeros, alimentação, construção civil/habitação, confecção e têxtil,
cooperativas sociais, reciclagem, artesanato, agricultura familiar, apicultura e fruticultura
UNICOPAS: UNICAFES + CONCRAB + UNISOL
SISTEMA OCB
Ramos Nº Cooperativas Nº Cooperados Número de Empregos
Agropecuário 1.597 1.007.675 161.701
Consumo 122 2.923.221 13.8880
Crédito 1.042 5.487.098 38.132
Educacional 300 4.079 52.371
Especial 6 247 7
Habitacional 220 120.520 1.035
Infraestrutura 130 934.892 6.496
Mineral 86 87.152 180
Produção 253 11.527 3.386
Saúde 849 249.906 92.198
Trabalho 977 228.613 1.929
Transporte 1.228 137.543 11.685
Turismo/Lazer 25 1.696 18
ALIANÇA COOPERATIVA INTERNACIONAL
• Organização de representação do cooperativismo e de defesa da identidade
cooperativa em nível mundial, fundada em 1895.
• Com sede em Genebra, na Suíça, congrega cerca de 1 bilhão de pessoas
ligadas a 289 organizações cooperativas em 95 países.
• Mantém cinco escritórios continentais e também é estruturada em organizações
setoriais.
• Cooperativas geram 100 milhões de emprego em todo mundo
Fórum Paulista de Economia Solidária - FOPES
Regiões e Municípios que Integram o Fórum Paulista de Economia Solidária (maio de 2015)
N
º
Regiões Nº de municípios
participantes
0
1
Grande ABCDMRR e Baixada Santista 7
0
2
Baixada Santista 10
0
3
Oeste e Centro Oeste 18
0
4
Guarulhos e Zona Leste da cidade de São Paulo 1
0
5
Noroeste 5
0
6
São Carlos e Região 5
0
7
Vale do Ribeira 7
0
8
Rio Claro 1
0
9
Oeste Metropolitano 7
1
0
Campinas e Região 5
1
1
São Paulo (Capital) 1
TOTAL 67
Conferência Estadual de Economia Solidária - SP
www.economiasolidariasp.gov.br15 a 17 de maio de 2014
Conferência Nacional de Economia Solidária
• 1600 delegados (as);
• 207 Conferências Territorias/Municipais
com 16.603 participantes;
• 26 Conferências Estaduais com 4.484;
• 05 Conferências Temáticas com 738
participantes;
• Total: 21.825 em 1572 municípios.
26 a 29 de novembro de 2014
Obrigado!!!!
Concentração de Renda no
Brasil e no Mundo: Reflexões
Contradições do Modelo Capitalista
“A concentração de renda
é a contradição central
do capitalismo”.Thomas Piketty
r > g
r = taxa de rendimento privado do capital
g = taxa de crescimento da renda e da produção
Contradições do Modelo Capitalista
“A concentração de renda
é a contradição central
do capitalismo”.Thomas Piketty
r > g
r = taxa de rendimento privado do capital
g = taxa de crescimento da renda e da produção
Concentração de Renda
Modelo de
Desenvolvimento
Brasileiro: =
Altamente
Concentrador
De Renda
ANTONIO DELFIN NETO
Ministro da Fazenda do Brasil: 1969 - 1974
“Precisamos fazer o bolo crescer,
para depois dividir”
1989: ONU – Brasil 2º país do mundo em má distribuição de renda, somente
superado por Serra Leoa
2013: Brasil: 0,9% mais ricos detém 68,49% do total notificado no
imposto de renda do Brasil.Auditor fiscal da Receita Federal Fábio Avila de Castro – Dissertação de Mestrado
Contradições
r > gr = taxa de rendimento privado do capital
g = taxa de crescimento da renda e da produção
- Os empresários tendem inevitavelmente a se transformar
em rentista e a dominar cada vez mais aqueles que só
possuem sua força de trabalho.
- Uma vez constituído, o capital se reproduz sozinho, mais
rápido do que cresce a produção. O passado devora o
futuro.
- Melhor solução é imposto progressivo sobre o capital.
- O imposto progressivo sobre o capital exige um alto grau
de cooperação internacional e integração política regional.
Diretamente, Piketty não apresenta uma alternativa ao capitalismo, mas
reconhece suas contradições e procura minimizar efeitos nocivos do modelo.
TRANSPARÊNCIA ECONÔMICA E ECONTRÔLE
DEMOCRÁTICO DO CAPITAL
“... Um dos grandes desafios
do futuro é, sem sombra de
dúvida, o desenvolvimento de
novas formas de propriedade e
de controle democrático do
capital.” (p.553)