Panfleto Por educação, saude e habitação

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Em defesa da educação, saúde e habitação O motivo que faz a vida dos trabalhadores cada vez mais difícil consiste em repassar o dinheiro que deveria ser utilizado para escola, universidade e saúde públicas, habitação, transporte e saneamento, para os banqueiros, empresários e empreiteiros por meio de juros, doações e desvio de dinheiro que o Estado lhes paga. maioria dos trabalhadores sofre, hoje, sem atendimento adequado nos hospitais e nas escolas e não consegue estudar nas universida- des públicas; paga aluguel, não tem moradia, saneamento e trans- porte de qualidade. O que se diz é que isto acontece por não haver dinheiro suficiente no Estado brasileiro para garantir vida digna para os trabalhadores. Mas será que é verdade? Não, não falta dinheiro ao Estado. A O dinheiro que deveria ser usado para melhorar a vida dos trabalhado- res do país é transferido em grande parte para farras dos ricos, cor- rupção e obras como as da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Nes- tes eventos, montados para os ricos, os pobres não terão acesso e os trabalhadores que construíram os estádios não poderão assistir às partidas de futebol. Enquanto os empreiteiros lucram milhões, pagam baixos salários e exploram os operários que trabalham. Além disto, os trabalhadores que moram nos espaços próximos das obras preparatórias a estes eventos são removidos, desalojados com mui- ta violência e mandados para as áreas mais distantes e pobres da cidade.

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Ato no Maracanã

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Em defesa da educação, saúde e habitação

O motivo que faz a vida dos trabalhadores cada vez mais difícil consiste em repassar o dinheiro que deveria ser utilizado para escola, universidade e saúde públicas, habitação, transporte e saneamento, para os banqueiros, empresários e empreiteiros por meio de juros, doações e desvio de dinheiro que o Estado lhes paga.

maioria dos trabalhadores sofre, hoje, sem atendimento adequado nos hospitais e nas escolas e não consegue estudar nas universida-des públicas; paga aluguel, não tem moradia, saneamento e trans-porte de qualidade.

O que se diz é que isto acontece por não haver dinheiro suficiente no Estado brasileiro para garantir vida digna para os trabalhadores. Mas será que é verdade?

Não, não falta dinheiro ao Estado.

A

O dinheiro que deveria ser usado para melhorar a vida dos trabalhado-res do país é transferido em grande parte para farras dos ricos, cor-rupção e obras como as da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Nes-tes eventos, montados para os ricos, os pobres não terão acesso e os trabalhadores que construíram os estádios não poderão assistir às partidas de futebol. Enquanto os empreiteiros lucram milhões, pagam baixos salários e exploram os operários que trabalham. Além disto, os trabalhadores que moram nos espaços próximos das obras preparatórias a estes eventos são removidos, desalojados com mui-ta violência e mandados para as áreas mais distantes e pobres da cidade.

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o mesmo modo, os governos federal e estadual e parte da imprensa afirmam que o país não tem dinheiro para atender as reivindica-ções dos servidores e dos estudantes em greve. Esta é mais uma MENTIRA!! Só no primeiro semestre desse ano o governo Dilma presenteou:

- os grandes empresários em mais de R$ 100 bilhões em isen-ção de impostos;

- os bancos europeus com 10 bilhões de dólares (equivalente a mais de R$ 20 bilhões) para que eles não quebrassem;

- as empresas privadas de “ensino superior” com o “perdão” para suas dívidas de R$ 15 bilhões.

Todos os dias o governo federal entrega aos banqueiros e agiotas oficiais mais de R$ 2 bilhões e é por isto que não há dinheiro para a saúde, escolas, habitação e para os salários dos servidores pú-blicos.

Os servidores federais há anos tentam negociar com o governo e não recebem nenhuma resposta. Tanto desrespeito aos trabalha-dores, o descaso aos servidores e a intransigência da presidente Dilma e do seu governo provocaram uma das maiores greves de servidores públicos federais e de estudantes em nossa história.

Em vez de negociar com o funcionalismo e com os estudantes, os governos de Dilma e de Cabral agem de forma autoritária e mandam cortar ponto. Nós, os servidores públicos, queremos negociar, mas os governos DILMA e CABRAL insistem em mentir e em divulgar falsos acordos pelos jornais e televisão e não atendem as nossas justas reivindicações.

Estamos em greve para defender serviços públicos e gratuitos de qualidade e por salários dignos. A nossa causa é a mesma dos de-mais trabalhadores brasileiros e pedimos o apoio de todos para as-segurarmos serviços públicos de qualidade, com a devida infraes-trutura, concursos e salários dignos.

Educação Pública em Greve

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