Panfleto ato 21 marco

2
21 de Março de 2011 Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial ATO CONTRA O GENOCÍDIO DA POPULAÇÃO NEGRA Polícia mata 33,5 mil jovens em 5 anos COMITÊ DE MOBILIZAÇÃO CONTRA O GENOCÍDIO DA POPULAÇÃO NEGRA Reuniões Todas as Sextas Feiras - 18:00hs - R. Abolição 167 – Bela Vista - SP hp://contraogenocidio.blogspot.com/ - Email: [email protected] Segundo a ONU, policiais militares e civis brasileiros matam em serviço e fora de serviço. De cada três assassinatos, dois são de negros. Em 2008, morreram 103% mais negros que brancos. Um estudo chamado “Mapa da Violência 2011”, mostra que assassinatos de negros connuam a subir. Até quando ficaremos calados diante desse verdadeiro extermínio? Venha lutar com a gente!

Transcript of Panfleto ato 21 marco

Page 1: Panfleto ato 21 marco

21 de Março de 2011 Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial

ATO CONTRA O GENOCÍDIO DA POPULAÇÃO NEGRA

Polícia mata 33,5 mil jovens em 5 anos

COMITÊ DE MOBILIZAÇÃO CONTRA O GENOCÍDIO DA POPULAÇÃO NEGRA Reuniões Todas as Sextas Feiras - 18:00hs - R. Abolição 167 – Bela Vista - SP

http://contraogenocidio.blogspot.com/ - Email: [email protected]

Segundo a ONU, policiais militares e civis brasileiros matam em serviço e

fora de serviço. De cada três assassinatos, dois são de negros. Em 2008,

morreram 103% mais negros que brancos. Um estudo chamado “Mapa da

Violência 2011”, mostra que assassinatos de negros continuam a subir.

Até quando ficaremos calados diante desse verdadeiro extermínio?

Venha lutar com a gente!

Page 2: Panfleto ato 21 marco

ensino fundamental e médio. O Plano Nacional de Segurança Publica do governo Lula, cujo propósito era liberar verbas para os governos estaduais melhorar o aparelhamento de suas policias, em contraparti-da, educar as policias para o respeito dos direitos humanos. Resultou na maior matança de todos os tempos, sem qual-quer cobrança do governo federal, do judiciário ou no parla-mento dos crimes cometidos. A ocupação do Haiti foi o laboratório para o treinamento do exercito brasileiro em conflitos urbanos. A recente Garantia de Lei e Ordem do governo federal autoriza o exercito a atu-

ar na ocupação e repressão das favelas, o que ameaça os pilares da democracia brasileira. O governo federal apóia as UPP´s (Unidade de Polícia Pacificado-ra) do governador do RJ, Sergio Cabral, PMDB-RJ, utilizando as policias estaduais, a força nacio-nal e as forças armadas, no sitia-mento, desalojamento e remoção de comunidades e populações em-pobrecidas e marginalizadas, como

modelo para todos os estados. Salvador e Aracaju receberão as próximas UPP´s, com o propósito de abrir um raio de se-gurança aos turistas que virão para o Brasil durante as olim-píadas de 2014 e a Copa do Mundo em 2016, beneficiando o milionário negocio do turismo das elites políticas e econômi-cas brasileiras. A Operação Saturação, do governo Alckmin em São Paulo, segue o mesmo padrão de atuação das UPPS. Senadores e deputados atacam (ou se calam, demonstrando conivência) as conquistas da população negra, e da popula-ção trabalhadora nos últimos 30, 40 anos, propondo leis em beneficio próprio (como os recentes aumentos reais de salá-rios de até 60%, para todos os parlamentares, presidente, ministros e juízes), em prejuízo do mísero e vergonhoso salá-rio mínimo de R$ 545,00, imposto aos trabalhadores mais humildes e aos aposentados. Neste semestre, devem ser julgadas no STF - Supremo Tribu-nal Federal, A ADIN-Ação Direta de Inconstitucionalidade 3239, contra o decreto 4887/2003 (que regulamenta a titulação das terras quilombolas), impetrada pelo deputado Valdir Collato do PMDB-SC, bem como, a ação ajuizada pelo DEM contrario as cotas raciais, ambas conquistas do movimento negro e da juventude universitária brasileira. Convocamos todos os lutadores e a população em geral, a se juntarem nesta mobilização para por um fim nas arbitrarie-dades das elites e dos governos racistas.

No Brasil, no ano passado, em menos de uma semana, a PM paulista assassinou dois motoboys, jovens negros inocentes: Alexandre Menezes dos Santos, 25 anos, teria furado um blo-queio e andado mais 50 metros com sua moto até a porta de casa. Eduardo Luiz Pinheiro dos Santos, 30, foi acusado de desacatar um PM. Dezenas de casos semelhantes ocorreram na baixada santista e em todo estado de SP. Assassinatos, como o do atleta negro gaúcho Tairone, cometidos pela PM, acumulam-se aos milhares, em todos os estados do Brasil, governados pelo PT, PSDB, PMDB, PSB e demais partidos, todos os dias, configurando um verdadeiro genocídio através do extermínio da juventude negra.

A política do estado, de criminalização dos movimentos sociais, tem sido uma pratica freqüente destes governos, suas policias e pela justiça, perseguindo, pro-cessando e prendendo injustamente mui-tos os lutadores do povo (indígenas, as-sentados, quilombolas, sem terra, sem teto, camelos, trabalhadores grevistas e estudantes), como repressão a suas cau-sas e justa militância. Um caso emblemá-tico é a cilada montada, em julgamento próximo, do companheiro Gegê, importante liderança do movimento pela moradia, acusado em um processo sem pro-vas e cheio de vícios. O mapa da violência, publicado no final do ano passado pe-lo Instituto Sangari em parceria com o Ministério da Justiça, aponta que os homicídios praticados no Brasil (a maioria pela policia), superam as mortes em territórios conflagrados. Os 27 anos de guerra em Angola matou 550.000 pessoas. Em 11 anos, entre 1997 e 2007, no Brasil, as vitimas fatais foram mais 512.000, comenta o pesquisador Luiz Flavio Gomes. Sen-do que 3 em 4 vitimas são jovens negros entre 12 e 25 anos, 70% sem passagem na policia. Uma verdadeira guerra civil não declarada, contra o inimigo eleito pelas elites e pelo estado brasileiro: o povo negro, os indígenas e os pobres. O governo federal, os estaduais e a elite racista, condenam e aprofundam a pobreza e o desemprego, saqueando os recur-sos públicos, interessados apenas em pagar os custos finan-ceiros das milionárias campanhas eleitorais e os custos políti-co, com ampla distribuição benesses e cargos, em pagamento aos aliados. Impondo cortes no orçamento federal de R$ 50 bilhões. Reduzindo investimentos em políticas sociais, sus-pendendo concursos públicos, demitindo trabalhadores e sucateando os precários serviços públicos, piorando o péssi-mo atendimento a saúde publica do SUS, e a qualidade do

Participe da Campanha de Mobilização contra o Genocídio da População Negra

Contra a violência do estado policial Contra o genocídio da juventude e da população negra

Repudio a ADIN dos Ruralistas contra a Titulação das Comunidades Quilombolas Abaixo a Ação do DEM contrária as cotas, no STF!

Contra a implementação das UPP´s e do uso exército para repressão a população Contra a criminalização dos Movimentos Populares

Pela absolvição de todos os perseguidos por suas atuações políticas

COMITÊ DE MOBILIZAÇÃO CONTRA O GENOCÍDIO DA POPULAÇÃO NEGRA