Panamby Magazine Setembro 2015

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1 Ano 2 – Edição 18 – Setembro 2015 Nova Lei de Zoneamento coloca o Parque Burle Marx em risco MORUMBI: MORADORES UNIDOS POR MAIS SEGURANÇA

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Ano

2 –

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Nova Lei de Zoneamento coloca

o Parque Burle Marx em risco

MORUMBI: MORADORES UNIDOS POR MAIS SEGURANÇA

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DIRETORES: Luiza Oliva ([email protected]) e Marcelo Santos ([email protected]) FOTOGRAFIA: Juliana Amorim CRIAÇÃO E ARTE: Adalton Martins e Vanessa Thomaz IMPRESSÃO: Laser Press PERIODICIDADE: Mensal CIRCULAÇÃO: Condomínios de alto padrão e comércio do Panamby JORNALISTA RESPONSÁVEL: Luiza Oliva MTB 16.935

PANAMBY MAGAZINE é uma publicação mensal da Editora Leitura Prima. PANAMBY MAGAZINE não se responsabiliza pelos serviços, informes publicitários e produtos de empresas que anunciam neste veículo. PANAMBY MAGAZINE não se responsabiliza pelos conceitos e opiniões emitidos em reportagens e artigos assinados.

REDAÇÃO, PUBLICIDADE E ADMINISTRAÇÃO: Al. dos Jurupis, 1005, conj. 94 – Moema – São Paulo – SP Tel. (11) 2157-4825, 2157-4826 e 98486-3000 – [email protected] – www.leituraprima.com.brM Tecnologia e Comunicação Ltda.

EdITOrIALS

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ANO 2 | Nº 18Setembro 2015

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Caro morador do PANAMBY

egundo dados da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Pau-

lo, o Morumbi está longe de ser um bairro violento. Com 193 roubos regis-

trados em julho, a região do 34º distrito Policial aparece como o 27º bairro

mais violento da cidade, ou o 52º menos violento. Ainda em termos de roubos, o

Capão redondo aparece como o mais violento de São Paulo; e, na outra ponta, o

Alto da Mooca lidera os bairros menos violentos, com apenas 19 ocorrências.

Se em termos de estatísticas a posição do Morumbi não causa espanto, pelo

menos à Secretaria de Segurança, na prática moradores vivem com a sensação de

que podem ser os próximos da fila a sofrerem nas mãos dos assaltantes. O assas-

sinato de André ribas, morto friamente por assaltantes no último dia 14 de agosto,

gerou revolta e a organização de uma manifestação, com carreata até o Palácio dos

Bandeirantes. No final de semana seguinte à manifestação, mais um crime chocou

o bairro: assaltantes em fuga atropelaram e mataram um entregador de folhetos

que almoçava na calçada. de toda a tristeza pelos relatos diários de violência, os

moradores tiram uma lição: juntos somos mais for-

tes. Unidos, continuam mobilizados e exigindo mais

segurança das autoridades. Na matéria de capa des-

ta edição, Panamby Magazine conta mais sobre a

mobilização.

Ainda nesta edição, não deixe de ler a matéria

da página 14 e entenda porque a Lei de Zoneamen-

to coloca em risco o Parque Burle Marx e o verde do

Panamby.

Boa leitura a todos e nos vemos no próximo mês!

Luiza Oliva

Editora

www.panambymagazine.com.br

www.facebook.com/panambymagazine

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06 CAPA Juntos somos mais fortes

14 CIDADENovamente, o Parque em risco

16 TRÂNSITOPontes: acompanhe as obras

18 RESTAURANTECerveja e receitas francesas com muito

charme

20 EDUCAÇÃOIntercâmbio para muito jovens

22 PARQUE BURLE MARXExposição de fotos

SUMÁrIO

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22 DIREITOrestituição de taxas na compra de

imóveis novos

24 EVENTOLivros para crianças no Jardim Sul

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Oassassinato de André ribas na rua Nelson

Gama de Oliveira, no último dia 14 de agosto, foi

a gota d’água. revoltados com a insegurança

de todo o Morumbi, moradores se mobilizaram e organi-

zaram uma manifestação na manhã do domingo, dia 23

de agosto. André foi assassinado com dois tiros no peito

pelos assaltantes sem esboçar nenhuma reação. Morreu

no mesmo bairro onde passou a infância. No ato em sua

Em carreata, moradores seguiram até o Palácio dos Bandeirantes.

CAPA

Os moradores do Morumbi não aguentam mais. A manifestação no último dia 23 de agosto em

homenagem a André Ribas, assassinado com dois tiros, foi uma demonstração de união. Enquanto a Secretaria de Segurança afi rma que houve queda nos números de crimes, a população sofre com a

insegurança diariamente.

JUNTOS SOMOS MAIS FOrTES

memória, amigos lembravam os bons tempos em que as

casas tinham muros baixos e as crianças podiam brincar

na rua. diversos participantes da manifestação não co-

nheciam André, mas a sensação, para todos, é de revolta

e que a violência pode atingir qualquer um. Como muitos,

Flávia Gisela Garcia não se sente segura no Morumbi: “Não

há mais horário ou situação para os bandidos agirem. Gos-

to muito daqui mas a sensação de insegurança é enorme.”

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Faixas pediam dignidade, respeito e salários justos

para a Polícia, e o direito de ir e vir com segurança para

todos. Os pais, a irmã e a viúva de André participaram

de uma cerimônia em sua homenagem no mesmo local

onde ele foi baleado pelos criminosos. depois, cerca de

200 carros seguiram até o Palácio dos Bandeirantes, em

carreata, escoltados por motos da Polícia Militar. Em

frente à residência do Governador Geraldo Alckmin, os

moradores deixaram fl ores e soltaram mil balões pretos.

Até o fechamento desta edição, o grupo que organi-

zou a manifestação aguardava agendamento de reunião

com Alckmin. “Somos o bairro de maior contraste social

da América Latina. Precisamos de atenção especial e

mais segurança. Há arrastões diariamente e é preciso

lembrar que nossa região concentra 30% das comunida-

des carentes da cidade”, afi rma rosa richter, presidente

da Associação Cultural e de Cidadania do Panamby.

Na opinião de rosa, para driblar a falta de efetivo po-

licial no bairro é preciso apostar na tecnologia. “A popu-

lação clama diariamente por mais segurança e para que

crimes como o assassinato de André ribas não se tornem

apenas mais um número nas estatísticas. Existem proje-

tos benéfi cos, inclusive respaldados pela legislação, que

permite à comunidade ser parceira da Polícia Militar”, diz

rosa. A rede Comunitária de Segurança (rCS), implanta-

da em 2014, aposta justamente na agilidade obtida com

uso da tecnologia para a comunicação de uma ocorrência,

“Somos o bairro de maior contraste social da América Latina. Precisamos de atenção

especial e mais segurança. Há arrastões diariamente e é preciso lembrar que nossa região

concentra 30% das comunidades carentes da cidade” Rosa Richter

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Foi também a tecnologia a responsável por unir os

moradores que atuaram na organização da carreata do

dia 23 de agosto. Eles se conheceram através da página

do Facebook Moradores do Morumbi Segurança. Alguns

eram amigos de longa data, outros se conheciam apenas

através das postagens na rede social. A página foi criada

em 2011 e hoje reúne cerca de 11 mil membros.

Andréa Pinheiro é uma das pessoas que decidiu agir ao

invés de apenas assistir ao crescimento da violência pela

internet. Criada no Morumbi, Andréa acredita que a situ-

ação do bairro se tornou insustentável. “Meu coração não

CAPA

permitindo que a polícia chegue rápido ao local do crime.

Os porteiros de condomínios participantes comunicam a

base da PM, via Skype, sobre qualquer ocorrência ou ati-

tude suspeita visualizada na rua. “Essa agilidade pode fa-

zer a diferença entre prender ou não o bandido”, acredita

Marcelo Byrro, participante da comissão gestora da rCS.

“É um grupo onde todos trabalham de forma voluntária,

profundamente empenhados em prol do Morumbi”, diz

Byrro. O grupo agora espera a retomada do programa, sus-

penso no fi nal do ano passado em função de mudanças

ocorridas no comando do policiamento.

Homenagem à André ribas no local de sua morte, na rua Nelson Gama de Oliveira.

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10

CAPA

aguentou mais assistir pelo sofá. Apenas quero ser respei-

tada enquanto cidadã, e pretendo deixar essa mensagem

para meus fi lhos. Há cerca de seis meses buscava na in-

ternet uma forma mais efetiva de participação quando

encontrei o Moradores do Morumbi”, conta Andréa.

COLABORAÇÃO E UNIÃO

Eduardo Nogueira, há nove anos no Morumbi, soube pelo

Facebook do assassinato de André já na noite do dia 14.

“No dia seguinte amigos me contaram que André ribas

havia morrido. Nós fomos colegas de trabalho. Só então

liguei os fatos e percebi que era o crime relatado no Face-

book. resolvi então postar no grupo que deveríamos nos

manifestar”, lembra Eduardo.

A ideia estava lançada e logo rendeu frutos. Cada um

colaborou como pode, pedindo doações e divulgando o

movimento em seus condomínios. O grupo participou de

reuniões na semana do evento, organizado em prazo re-

corde. “Fiz a arte do folheto para iniciarmos a divulgação

pelo Facebook na 5a feira. Conseguimos reunir moradores

que, como nós, estão incomodados com respostas vagas

dos governantes”, aponta Andréa.

A loja Silvano Festas e a Balões São roque doaram os

mil balões pretos. Através de uma vaquinha entre os mo-

radores, foi conseguida verba para o carro de som e para

contratar uma empresa para encher os balões. Eduardo

procurou o melhor local próximo ao Palácio dos Bandei-

rantes onde os balões pudessem ser preparados antes

dos manifestantes chegarem. O hortifrúti Oba doou água

mineral para os participantes.

Valeria Inati, uma das moderadoras da página Morado-

res do Morumbi, criou um grupo no Whatsapp para facili-

tar a comunicação. Além de rosa, Andréa e Eduardo, par-

ticiparam ainda Ana Maria rabelo, Camila Barreto, Cristi-

na Barbisan, denise León, denize Costa Pinto, Mara Saad

Maluhy, rosi Cavenaghi e Vinícius Fernandes (todos na

foto acima). denise León, carioca há 17 anos no Morumbi,

reconhece que a violência é um problema em toda a ci-

dade: “Mas o Morumbi é um bairro diferente. Na Giovan-

“Meu coração não aguentou mais assistir pelo sofá. Apenas quero ser respeitada

enquanto cidadã, e pretendo deixar essa mensagem para meus fi lhos. Há cerca de seis

meses buscava na internet uma forma mais efetiva de participação quando encontrei o

Moradores do Morumbi”, Andréa Pinheiro

Unidos pelo Facebook, moradores organizaram manifestação em prazo recorde.

12

No último dia 20 de agosto, participantes da co-

missão gestora da rede Comunitária de Segurança

foram recebidos na Assembleia Legislativa pelo de-

putado estadual Coronel Paulo Telhada, que afi rma

ser favorável a participação popular em iniciativas

voltadas à segurança pública. “A PM foi criada para

ajudar a população, mas precisa também ser ajuda-

da, defendida. Enquanto estive na rOTA levei a popu-

lação para dentro do quartel, abri as portas, recebia

denúncias até pelo Facebook. Mas cada comandante

e batalhão possuem suas limitações e características

próprias, que precisam ser respeitadas. É difícil gene-

ralizar, não existe fórmula pronta.”

Sobre a rCS, Telhada complementa: “A proposta

merece ser discutida com seriedade e atenção pela

PM e comunidade podendo ser mais um instrumento

de comunicação dos crimes e de apoio à segurança

pública.” Telhada defende o diálogo e uma participa-

ção forte da PM em reuniões e encontros de morado-

DEPUTADOS APOIAM PARTICIPAÇÃO POPULAR

res, como os Consegs, explicando o que está ocorren-

do, o que vem sendo feito e escutando reclamações

e sugestões. “O fato da população estar se unindo e

buscando melhorias é uma iniciativa excelente, pode

ser o começo de um trabalho que resulte em uma tro-

ca de informações que seja benéfi ca a todos”, avalia.

Sobre o uso das redes sociais pelos moradores, infor-

mando sobre pontos mais perigosos, Telhada acredi-

ta que o ideal é solicitar ao batalhão da PM da área

um reforço de policiamento na região. “Mas entendo

que o uso adequado das redes sociais é fator prepon-

derante para melhoria na segurança como um todo.”

Para o Coronel Álvaro Camilo, deputado estadual,

que comandou a PM de 2009 a 2012, a participação

dos moradores pelas redes sociais, alertando para

os problemas de segurança, é válida. “A participação

da comunidade é um dos melhores meios de preven-

ção. Enquadra-se dentro do que se chama ‘Vizinhan-

ça Segura’ ou ‘Vizinhança Solidária’", aponta. Porém,

Camilo alerta para que não sejam divulgadas infor-

mações sem confi rmação, “apenas por ‘ouvir dizer’,

pois isso só aumentaria a insegurança e não resolve-

ria nada”, completa.

Ele também ressalta ser fundamental o regis-

tro ofi cial das ocorrências para que a polícia tenha

dados confi áveis e oriente o planejamento do poli-

ciamento preventivo. “A PM trabalha sobre dados

ofi ciais”, afi rma. Na opinião do deputado Camilo, o

melhor fórum para discussão das questões de segu-

rança e construção de soluções perenes e duradou-

ras são os Conselhos Comunitários de Segurança, os

Consegs. “Na minha visão, devem ser mais incentiva-

dos e fortalecidos.”

CAPA

ni, principalmente, fi camos presos em engarrafamentos

com medo dos arrastões. A 89º delegacia Policial serve

quatro regiões com apenas dois escrivães. Precisamos

de mais estrutura.” Camila Barreto compara o Morumbi

a uma cidade do interior: “Aqui todo mundo se conhece.

Pela página Moradores do Morumbi, temos mecanismos

para visualizar o que acontece e nos precaver. Queremos

apenas poder sair nas ruas, ocupar as praças, viver em se-

gurança”, diz.

Comissão gestora da rCS em reunião com Coronel Telhada.

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14

CIdAdE

Oprojeto de lei (PL) 272/2015, Lei de Parcela-

mento, Uso e Ocupação do Solo, mais conhe-

cido como Lei de Zoneamento, continua cau-

sando polêmica na cidade. Em nossa edição n.16, de ju-

lho, abordamos os riscos das Zonas Corredores, em lotes

limítrofes às Zonas Exclusivamente residenciais (ZEr).

Mas, especifi camente para o Panamby, a lei, caso

aprovada, promoverá um enorme risco para as áreas ver-

des vizinhas ao Parque Burle Marx. O advogado roberto

delmanto Junior, do SOS Panamby, alerta que o projeto

de lei 272 ampliou a Operação Urbana Água Espraiada,

incluindo o Parque e os terrenos da Cyrela e da Camargo

Correa na Operação: “Esse projeto é um verdadeiro Pro-

Ampliação da Operação Urbana Água Espraiada pela Lei de Zoneamento coloca em risco áreas verdes vizinhas ao Burle Marx.

Novamente, O PArQUE EM rISCO

jeto Cavalo de Troia. Aparenta ser benéfi co mas na ver-

dade poderão construir muito mais nessas áreas.”

Apesar do terreno da Camargo Correa ter sido trans-

formado em ZEPAM (Zona Especial de Proteção Am-

biental) pelo projeto de lei, delmanto afi rma que não se

trata de motivo para comemoração. “Uma ZEPAM dentro

da Operação Urbana Água Espraiada de nada vale. Por

estar dentro de uma ZEPAM o imóvel ainda tem o IPTU

barateado e é valorizado por estar em uma área verde.

Isso só benefi cia as construtoras. E o absurdo é ainda

maior com o terreno da Cyrela/Fundo Panamby, que foi

mantido como Zona Mista e que a Cetesb reconheceu

ser Área de Proteção Permanente em 2014”, diz.

Fotos: Juliana Amorim

O advogado explica que a Operação Urbana é uma lei

com rigor próprio: dentro dela, as construções já estão

pré-aprovadas. Ou seja, um empreendimento dentro de

uma Operação Urbana não precisaria de estudos de im-

pacto ambiental ou de vizinhança. “Estamos assistindo

a uma tentativa de fazer um ‘puxadinho’ da Operação

Urbana através da Lei de Zoneamento. É um absurdo, já

que no projeto da Operação Urbana Água Espraiada não

se estudou o impacto que construções nos terrenos da

Cyrela e da Camargo Correa trarão sobre o Parque e o

meio ambiente”, aponta.

DESCASO

Para o vereador Gilberto Natalini, presidente da Comis-

são de Meio Ambiente da Câmara Municipal, o PdE –

Plano diretor Estratégico, que deu origem ao projeto de

lei 272, careceu de estudos feitos por bairros: “Faltaram

estudos técnicos que justifi cassem corretamente esses

adensamentos no PdE, como estudos da capacidade de

suporte, análises por bacias de tráfego, os relativos aos

impactos ambientais, por exemplo. Além disso, não fo-

ram analisados os impactos ambientais de cada região.”

As áreas preservadas de Mata Atlântica do Morumbi,

inclusive Áreas de Preservação Permanente, estão em

risco, acredita o vereador. “A nova Lei de Zoneamento li-

bera a construção de hospitais, creches, escolas e postos

de saúde em áreas de preservação ambiental. Um verda-

deiro descaso com o meio ambiente. Com essa liberação,

a Prefeitura poderá fazer uso de todas as áreas verdes

públicas. Os efeitos para a cidade de São Paulo serão ca-

tastrófi cos do ponto de vista ambiental e urbanístico”,

atesta Natalini.

Ele ainda comenta sobre a permissão da instalação

de pontos de comércio e serviços dentro de bairros pre-

servados, as chamadas Zonas Estritamente residenciais

(ZErs). “A minuta da Lei de Uso e Ocupação do Solo

apresentada à Câmara Municipal de São Paulo cria cor-

redores no qual estabelecimentos comerciais poderão

ocupar áreas estritamente residenciais, prejudicando a

qualidade de vida urbana e ambiental, rara na cidade, e

ameaçando o paisagismo, a permeabilidade e a vegeta-

ção destas áreas tranquilas e residenciais, verdadeiras

ilhas de equilíbrio ambiental que somadas, hoje corres-

pondem a menos do que 4% da malha urbana da cida-

de”, completa..

HOJE:FORA da

OPERAÇÃO URBANA

AMANHÃ:ÁREA

DENTRO da OPERAÇÃO

URBANA

Área Cyrela ZONA MISTA

em APP!

Parque

Área CamargoZEPAM

Operação Urbana em Curso

OPERAÇÃO URBANA ÁGUA ESPRAIADANO PARQUE BURLE MARX E ENTORNO!

Projeto de Lei n. 272/2015 (ZONEAMENTO)

“Estão tentando fazer um ‘puxadinho’ da Operação Urbana

através da Lei de Zoneamento.” Roberto Delmanto Junior

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TrÂNSITO

PONTE LAGUNA:

Segundo a SP Obras, responsável pelas obras, a Ponte La-

guna deve ser entregue em março de 2016. Sobre os desvios

e interdições no trânsito da região, nada signifi cativo está

em vigor no momento, informa a SP Obras, completando

que futuramente, com o avançar da obra, al-

gumas interdições serão necessárias

na Marginal Pinheiros, mas ocorre-

rão somente no período noturno,

evitando o mínimo transtorno

para os motoristas.

A obra está dentro do cro-

nograma previsto. A rampa de

acesso à ponte, na rua Profes-

sor Alceu Maynard, já foi con-

cluída. O pilar número 1, próximo

à Avenida Nações Unidas, já foi con-

cretado, e uma rampa de acesso está em

construção no canteiro central para os motoristas que

vêm do Morumbi e querem retornar para Santo Amaro.

No rio Pinheiros duas plataformas provisórias de apoio

Falta pouco para os moradores do Panamby e Morumbi disporem de duas

novas pontes para acessar ou sair do bairro. Confi ra como está o andamento das obras.

foram instaladas, e a rampa de descida da

ponte já foi concluída.

Consta do projeto da Ponte Laguna uma

concha acústica, porém conforme a SP Obras

está em estudo a possibilidade de realizar o

plantio de árvores que teriam o mesmo efeito da

concha, minimizando o impacto visual de uma estru-

tura desse porte.

PONTE ITAPAIÚNA:

A rua Itapaiúna, por conta das obras da nova ponte, está

com um trecho de 480 metros interditado desde o dia 11

de julho. A previsão é que esse bloqueio permaneça por

seis meses. Nesta rua estão em pleno an-

damento as obras do novo viário e do

acesso à ponte.

Com o término da constru-

ção do pilar do apoio 5, no fi nal

de junho, foram concluídas

todas as obras de fundação,

de blocos e de pilares da Pon-

te Itapaiúna. A previsão de en-

trega é para janeiro de 2016.

PONTES: acompanhe as obras

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acompanhadas de uma seleção de pratos ca-

seiros franceses e receitas boêmias tradicio-

nais? A ICI Brasserie do Shopping Market Place trabalha

com cerca de 30 rótulos de cervejas, que podem ser apre-

ciadas com delícias do cardápio criado pelo chef Benny

Novak, como o Magret de pato com laranja, o Boeuf Bour-

guignon, o Schnitzel de vitela ou o Steak Tartare.

A ICI Brasserie surgiu de uma parceria de Novak e do

economista renato Ades – responsáveis pelo ICI Bistrô

– com os sócios do bar Astor. O grupo decidiu reunir a

premiada cozinha francesa de Novak com a expertise em

bebidas e a informalidade do Astor, trazendo um olhar

moderno para o conceito.

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ácida, muito complexa e diferente.”

A sommelière comenta que a

casa trata a harmonização entre

os pratos e a cerveja como opção

do cliente, mas dá algumas dicas

de como combinar cardápio com a

bebida:

As cervejas com trigo na recei-

ta, como Vedett e Ayinger, acompa-

nham bem pratos mais leves, mais

frescos, como a salada com queijo

de cabra, mexilhões e o peixe do dia.

As belgas escuras, como a

Achel Brune e a rochefort 10, casam com pratos de car-

ne vermelha mais intensos, com molhos concentrados,

como no caso do Bouef Bourguigon.

As com mais amargor, bem lupuladas, pedem pra-

tos mais gordurosos, como os com porco, como a rillette.

desconhecidas e encantadoras são as harmoni-

zações com sobremesa, tendo como ótimas pedidas a

Mort Subite, com cereja, e a Tupiniquim Monjolo, muito

licorosa e com sabor que lembra chocolate e café.

As brasseries surgiram na Fran-

ça do século XIX como pequenas

cervejarias que passaram a servir

refeições rápidas. Com o tempo, a

palavra foi batizando restaurantes

com caráteres diversos, mas ainda

é possível encontrar casas tradicio-

nais onde a cerveja recebe o mes-

mo destaque da comida. É o caso

da ICI Brasserie, que conta com os

serviços de uma sommelière de

cervejas, Carolina Oda. “Cuido de

tudo que está relacionado à cerve-

ja, do desenho do copo exclusivo até o treinamento da

equipe, da manutenção da chopeira à escolha dos rótu-

los da carta. Também provo cervejas constantemente

para trazer sempre novidades para a casa”, conta Caroli-

na, que destaca como boas pedidas na carta da ICI Bras-

serie a ICI Celebris, feita pela cervejaria Urbana, um lote

único, com ervas de Provence na receita, nunca antes

usadas em cerveja no Brasil, e a rodenbach Grand Cru,

que é um ótimo desafi o, segundo Carolina: “Uma cerveja

ICI Celebris: com ervas de Provence.

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EdUCAÇÃO

Énotória a maior procura por cursos de idiomas re-

alizados em países como EUA, Canadá, Inglaterra,

Espanha, etc., tanto nas férias, em cursos mais

rápidos, quanto para estadias mais longas, como para

cursar um ano do ensino médio, o famoso High School.

E cada vez mais diminui a idade dos interessados nes-

ses programas. Como proprietária de duas escolas de

idiomas há quase 20 anos, defensora dessa experiência

cultural riquíssima e mãe de uma menina de 12 anos, re-

solvi acompanhar um grupo com destino a Inglaterra, nas

duas primeiras semanas de julho deste ano.

Comigo viajaram cinco alunos de 12 a 14 anos. Foi im-

pressionante e gratifi cante observar a maturidade des-

ses jovens adolescentes que optaram por fazer o curso.

O projeto promovido pelo The Kids Club chama-se

Project International e organiza cursos de inglês em vá-

rios centros na Inglaterra. Nós optamos pelo dover Colle-

ge, uma escola com quase 1000 anos, situada na cidade

de dover, a apenas uma hora de Londres.

O curso é absolutamente completo. Pela manhã,

após um belo café da manhã, todos frequentam aulas

bem comunicativas, após passarem por um teste de ava-

liação assim que chegam ao colégio. Almoçam e à tarde

Cada vez mais cresce nosso interesse e dos nossos fi lhos em realizar viagens ao exterior.

Melhor ainda quando esse interesse vem atrelado ao desejo de estudar outro idioma.

INTErCÂMBIO para muito jovens

atividades esportivas são promovidas para integrar os

150 alunos das mais diversas nacionalidades. Hora do

jantar. À noite várias atividades culturais incrementam

ainda mais as possibilidades de praticar o idioma, como

“Show de talentos”, “Concursos de fantasias” entre ou-

tras, sempre muitos ricas e bem organizadas.

Além dessa rica programação, duas excursões por

semana fazem parte do curso. Nosso grupo foi à Lon-

dres e Cambridge (dia inteiro), Maidstone e Canterbury

(meio dia). Nesta última cidade uma gincana é organi-

zada para que os alunos prestem atenção aos detalhes

históricos do lugar.

Ao fi nal do programa, que pode durar duas ou três

semanas, faz-se uma cerimônia de entrega de diplomas

onde os alunos se abraçam e choram como se se conhe-

cessem há anos. Amizades internacionais tão importan-

tes em um mundo globalizado que ensinam nossos fi lhos

não só a respeitar, mas também admirar as diferenças.

Enfi m, foi uma experiência maravilhosa e completa

para mim e tenho certeza para meu querido grupo. Só

tenho a agradecer e parabenizar aos pais que investiram

neste projeto.

Para quem quiser mais informações sobre os próxi-

mos projetos seguem meu e-mail e o site do projeto: mo-

[email protected] e www.projectinternatio-

nal.uk.com.

Carla Mourão

Carla Mourão é diretora comercial das escolas CNA PANAMBY e THE KIdS CLUB MOrUMBI. Formada em relações Públicas pela USPTel: 3746-6150 http://educanoexterior.blogspot.com.br/

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22

dIrEITO

EXPOSIÇÃO

Você já comprou imóvel novo ou na planta? Se

já, muito provavelmente, além do valor do imó-

vel propriamente dito, você também teve que

arcar com a chamada comissão de corretagem e com

a tal taxa SATI (Serviços de Assessoria Técnico Jurídico

Imobiliária), que dependendo do valor do imóvel, podem

fi car bem altas.

Pois bem, em recente decisão, o Tribunal de Justiça

de São Paulo consolidou o entendimento de que o con-

sumidor tem o prazo de 10 (dez) anos para pleitear na

Justiça a devolução tanto da comissão de corretagem

como da taxa SATI, tudo devidamente corrigido.

O TJSP entendeu que a matéria envolve a devolução

de quantia indevidamente paga e de enriquecimento

sem causa, situações tratadas nos artigos 876 até 883 e

884 até 886 do Código Civil, não sendo possível a aplica-

ção em casos assim do período prescricional de apenas

Tribunal de Justiça de São Paulo decide que consumidor tem prazo de 10 anos para pleitear restituição de suposta comissão de corretagem e taxa SATI.

rESTITUIÇÃO dE TAXAS na compra de imóveis novos

PArQUE BUrLE MArX

Azis José Elias Filho é [email protected] www.aziseliasadvogados.com.br

Tels. 3771-3100 e 3739-4830rua Edward Joseph, 122 cj.34 – Morumbi

Você já esteve frente a frente com um leão? Até o dia 25

de setembro o Parque Burle Marx apresenta a exposição

“Olhar Selvagem”, com fotos de perfi l de diversos animais

selvagens, como você nunca viu antes!

Horário: 7h às 19hGramado das Palmeiras do Parque Burle Marx

www.parqueburlemarx.com.br

Azis José Elias Filho

três anos previsto no artigo 206, § 3º, IV do CC.

Ao consolidar o prazo prescricional de 10 (dez) anos,

abre-se agora uma porta larga para todo consumidor que

queira ter de volta valores por ele pagos na aquisição de

um imóvel novo, e que, segundo o entendimento do pró-

prio TJSP, foram cobrados de forma abusiva e induzida,

fato que confi gura “venda casada”, prática proibida pelo

ordenamento jurídico pátrio. Em suma, o TJSP entendeu

que a comissão de corretagem e eventual taxa SATI de-

vem ser suportadas pela construtora (vendedora) e não

pelo comprador (consumidor).

24

EVENTO

Até o dia 27 de setembro a Praça de Eventos do

Shopping Jardim Sul recebe a Feira do Livro Pé

da Letra. Além da venda de livros, com preços

que vão de r$ 3 a r$ 59,90, aos fi ns de semana ativida-

des gratuitas prometem fazer a alegria da garotada, que

poderá aproveitar atrações como pocket show, caricatu-

ras e muito mais. A Feira é uma iniciativa da Editora Pé

da Letra em parceria com o Shopping Jardim Sul, com o

objetivo de incentivar a leitura das crianças.

Confi ra a programação completa:

12/09 – 15h – Teatro de Fantoches Von Feffer

13/09 – 15h – Pocket Show d'zambê

19/09 – 15h – Caricatura Show

20/09 – 15h – Pocket Show d'zambê

26/09 – 15h – Pocket Show Baião de doi2

27/09 – 15h – Teatro de Fantoches Von Feffer

Praça de eventos do Shopping Jardim Sul2a a sábado das 10h às 22h, domingos e

feriados das 12h às 20h

Livros para crianças no JArdIM SUL

Livro infantil interativo: incentiva a participação das crianças, com páginas para escrever e desenhar

Para ler em família, nas escolas ou para apoio ao trabalho de psicopedagogos e psicólogos em consultórios

www.leituraprima.com.br