Palestra Controle Tecnológico do Concreto

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Controle Tecnológico do Concreto Egydio Hervé Neto Eng.º Civil – CREA RS 006562

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Palestra apresentada no Instituto de Engenharia de São Paulo para a Divisão de Estruturas, em 07/072011, transmitida ao vivo pela INTERNET para todo o Brasil, abordando os aspectos fundamentais do CTC e sua importância na QUALIDADE e conformidade das Estruturas de Concreto.

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  • 1. Controle Tecnolgico do Concreto
    Egydio Herv Neto
    Eng. Civil CREA RS 006562

2. Conceitos
O controle existe para que o material concreto, aplicado em estruturas, apresente a qualidade requerida na aplicao, enquanto fresco, qualidade estrutural durante a desforma at carregamentos de uso, e atenda durabilidade prevista, uma qualidade de importncia fundamental para a vida til da obra, sua viabilidade econmica e sua importncia para a sustentabilidade global.
3. Conceitos
Os critrios de controle surgem dos compromissos assumidos pelo empreendimento em relao ao seu uso, uma relao do proprietrio com a sociedade enquanto mercado, por isso regida pelo Cdigo de Defesa do Consumidor.
4. Conceitos
Os aspectos tcnicos do controle so regidos no Brasil pelas Normas da ABNT, e so uma decorrncia do Projeto Estrutural, que define as necessidades finais do concreto endurecido e as caractersticas intermedirias necessrias execuo (trabalhabilidade, crescimento das resistncias e do mdulo de deformao, durabilidade) em conformidade com os esforos a que o material fica submetido em todas as fases da vida da obra para conformidade no atendimento ao uso previsto.
5. Estado patolgico crnico
Verificou-se a partir dos anos 80 e 90 um quadro clinico de fissurao, desagregao, desplacamento, deformaes, nas estruturas de concreto, a ponto de alguns afirmarem que as obras novas, recentemente realizadas na poca, apresentavam mais problemas em 5 ou 10 anos, do que as obras mais antigas, com 30 anos ou mais.
Uma mudana se imps para as Normas de Concreto.
6. Novas Normas
As mudanas que ocorreram nas Normas so fruto da necessidade de seu aperfeioamento constante, lembrando que ocorreram em 2003 aps um perodo sem reviso que vinha desde 1978, portanto 26 anos de estagnao tecnolgica, impactando em varias geraes de novos profissionais e demonstrando a obsolescncia dos conhecimentos e praticas anteriores tambm por varias geraes.
7. Concreto - Porosidade
8. Novas Exigncias Ambientais
Reduzir a porosidade, a penetrao de agentes agressivos no concreto, provindos do meio ambiente natural (ambiente marinho, predominante no Brasil) e ambiente poludo (gases industriais e queima de combustveis), alem de mudanas exigidas em beneficio do meio ambiente que levaram a produo de cimentos compostos, com aproveitamento de resduos naturais e reduo de queima foram necessrios.
9. 10. 11. 12. Concreto - Fissuracao
13. Ao Preventiva
Para controle da fissurao desde 1992 na primeira verso da NBR 12655, existe a exigencia do Projeto apresentar valores de resistncia e modulo de elasticidade mnimos (item 4.2, letras b e d) a serem comprovadamente atendidos na execuo e confirmados antes da movimentao de escoramentos, protenso ou movimentao de pr-moldados (item 4.3, letras c e e).
14. Conformidade do Concreto
Precisamos de tranquilidade neste campo.
Recentemente passamos por uma grande transformao no escopo das Normas brasileiras, sem no entanto haver qualquer alterao na base de sustentao terica das premissas que permitem conhecer a conformidade do concreto, traduzida em qualidade, segurana e durabilidade.
15. A Base Estatstica do Controle
16. A Distribuio de freqncia do Concreto
Admitida a Curva de Gauss ou Normal na distribuio dos resultados de freqncia de uma amostra grande (universo, por exemplo um edifcio), e sendo todo o concreto de mesma resistncia caracterstica fck = 35 MPa, fornecido por uma nica central de concreto com dosagem precisa, gravimtrica e com correo da umidade e absoro dos agregados, o controle utilizado e a resistncia, com desvio padro Sd = 4 MPa predeterminado e mdia dada por fck + 1,65.Sd obtem-se a curva terica a seguir.
17. Solicitao de Projeto
18. A resistncia como balizador do Projeto
Podemos deduzir que a resistncia o mais importante dos parmetros do concreto, diretamente ligado a todos os fatores componentes da qualidade.
Quando a relao a/c e o consumo mnimo de cimento predominam na definio da qualidade, ser sempre til determinar a resistncia do concreto e estabelecer o fck final como meio de controlar a qualidade.
19. A resistncia como balizador do Projeto
No capitulo 12 da NBR 6118 temos as definies e informaes necessrias.
12.2 Valores caractersticos: ...usualmente de interesse a resistncia caracterstica inferior, fk,inf, cujo valor menor que a resistncia media fm...
12.3.1 Resistncia de calculo
fd = fk/gm
O Projetista adotar: fd = fck/gc
20. O compromisso do fornecedor de concreto
O fornecedor de concreto dever proceder o estudo de dosagem do concreto tendo por modelo a Curva Normal demonstrada no Projeto.
Considerando que conhea seu Sd atravs do emprego da metodologia descrita em 5.6.3.2 na NBR 12655, limitando seu valor ao mnimo de Sd = 2 MPa
Portanto fcm = 35 + 1,65.2 = 38,3 MPa
21. Condio Possvel na Dosagem
22. A Realidade que possvel
23. A Realidade que possvel
24. A Realidade que possvel
25. A Realidade que possvel
26. A Realidade que possvel
27. A Realidade que possvel
28. Garantia da Qualidade
Procedimentos recomendados:
Escolher fornecedores de confiana (ABESC)
Visitar as empresas escolhidas
Confirmar a existncia de um SQ baseado na NBR 7212
Conferir os resultados recentes do SQ
Contratar um Laboratrio de apoio
Verificar a dosagem e seus resultados com apoio do Laboratrio
29. Garantia da Qualidade
Procedimentos recomendados:
Solicitar um CB prottipo na fase de fundaes
Simular condies reais para verificar:
Trabalhabilidade (reologia)
Tempo de manuteno do slump
Moldagem de 3 CPs por idade a 3, 7, 14, 28 e 42 dias para resistncia e modulo
Traar a CCR e CCM da obra
Montar um Programa de Controle
30. 31. 32. 33. Planejamento Executivo
Duas informaes impactam as Normas na atual Engenharia do Concreto:
A NBR 6118:2003, item 5.2.3.3, em Documentao da soluo adotada: O projeto estrutural deve proporcionar as informaes necessrias para a execuo da estrutura.
A NBR 14931:2003, item 10.2.2, em Tempo de permanncia de escoramentos e formas: A retirada das formas e do escoramento s pode ser feita quando o concreto estiver suficientemente endurecido para resistir as aes que sobre ele atuarem...
34. Planejamento de Concretagem e movimentao de escoramentos
Conhecer o Cronograma nesta fase torna-se essencial.
De posse dos Projetos perfeitamente possvel estabelecer a seqencia das concretagens.
A partir destas, com volumes conhecidos, definir os lotes que as compem.
A seguir colocar datas nas concretagens e de cada lote e a partir da definir as datas de movimentao dos escoramentos, que funo da idade do concreto, j que se conhecem a CCR e CCM do concreto.
35. 36. 37. 38. Recebimento do Concreto
O panilhamento de datas de desforma e das resistncias e mdulos coloca em pratica o confronto das informaes lote a lote e sua respectiva aceitao ou, conforme a NBR 6118:2003:
Verificao de projeto;
Prova de carga, extrao de testemunhos, testes;
Determinar restries de uso, reforo estrutural ou reconstruo.