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1 Palavras de Kyoshu-Sama no Culto do Ano-Novo de 2004 Gostaria de agradecer do fundo do meu coração a permissão de iniciar o novo ano juntamente com Meishu-Sama, Salvador da humanidade, que possui a natureza Divina do Supremo Deus. Relembrando os membros do Japão e do exterior que iniciam este magnífico ano, cheios de sonhos e esperanças, envolvidos pela Luz e grande amor de Meishu-Sama, gostaria de iniciar a nova partida. No ano passado, comemoramos o qüinquagésimo ano de conclusão do Solo Sagrado da Terra Divina de Hakone, o primeiro protótipo do Paraíso Terrestre e Solo Sagrado da nossa Igreja, inaugurado por Meishu-Sama, de acordo com o Plano Divino, no dia 15 de junho de 1953. Também, comemoramos os 50 anos do início da difusão no exterior e do estabelecimento da Comissão de Divulgação da Agricultura Natural. Em meio a esses acontecimentos importantes e baseados no Acordo de Reconciliação ―Tornando claro a natureza divina de Meishu-Sama, centralizados no Plano Divino realizado por ele em âmbito mundial ‖ — várias atividades foram desenvolvidas com o objetivo de estabelecer uma Igreja ultra-religiosa. Um dos trabalhos foi a elaboração do Plano de Execução pela Sede de Desenvolvimento do Projeto em Conjunto baseado na ―A vida de Meishu-Sama ― salvação e construção‖. Cada entidade coligada elaborou seu Plano de Execução e colocou-o em prática visando ao cumprimento do o Acordo de Reconciliação. Visando consolidar atividades ultra-religiosas, viemos desenvolvendo, em nosso país e no exterior, a prática do ―Johrei sem conversão religiosa‖ transpondo as diferenças raciais e religiosos. Como resultado disso, com o surgimento de sucessivos milagres, o círculo de salvação foi ampliado. Nessas condições, teve início a reunião informal entre mim e os diretores de cada entidade coligada. Assim passei a receber os relatórios sobre atividades e situações de cada entidades. Comecei igualmente a participar dos cultos de cada entidade coligada. Assim, sinto-me feliz pois, através disso estou tendo oportunidade de encontrar-me pessoalmente com os senhores. Além disso, os integrantes das três entidades coligadas, unidos num só corpo, vêm desenvolvendo as atividades do Museu de Arte MOA. No ano passado, realizaram-se estudo de ensinamentos de Meishu-Sama relacionados à Arte que foram postos em prática através da atividade ―Voluntariado da Arte‖. Foi realizada também a exposição das obras magníficas do Museu de Arte MOA, no museu da cidade de Itinomiya, na Província de Aiti. O objetivo era expandir o ensinamento de Meishu-Sama intitulado ―A salvação através do Belo‖. Graças ao empenho dos membros da área de difusão de Tyubu, houve participação de grande número de pessoas. Assim, tivemos uma avaliação positiva por parte da sociedade local, em relação

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Palavras de Kyoshu-Sama no Culto do Ano-Novo de 2004

Gostaria de agradecer do fundo do meu coração a permissão de iniciar o novo ano juntamente com Meishu-Sama, Salvador da humanidade, que possui a natureza Divina do Supremo Deus.

Relembrando os membros do Japão e do exterior que iniciam este magnífico ano, cheios de sonhos e esperanças, envolvidos pela Luz e grande amor de Meishu-Sama, gostaria de iniciar a nova partida.

No ano passado, comemoramos o qüinquagésimo ano de conclusão do Solo Sagrado da Terra Divina de Hakone, o primeiro protótipo do Paraíso Terrestre e Solo Sagrado da nossa Igreja, inaugurado por Meishu-Sama, de acordo com o Plano Divino, no dia 15 de junho de 1953. Também, comemoramos os 50 anos do início da difusão no exterior e do estabelecimento da Comissão de Divulgação da Agricultura Natural.

Em meio a esses acontecimentos importantes e baseados no Acordo de Reconciliação — ―Tornando claro a natureza divina de Meishu-Sama, centralizados no Plano Divino realizado por ele em âmbito mundial‖ — várias atividades foram desenvolvidas com o objetivo de estabelecer uma Igreja ultra-religiosa.

Um dos trabalhos foi a elaboração do Plano de Execução pela Sede de Desenvolvimento do Projeto em Conjunto baseado na ―A vida de Meishu-Sama ― salvação e construção‖. Cada entidade coligada elaborou seu Plano de Execução e colocou-o em prática visando ao cumprimento do o Acordo de Reconciliação.

Visando consolidar atividades ultra-religiosas, viemos desenvolvendo, em nosso país e no exterior, a prática do ―Johrei sem conversão religiosa‖ transpondo as diferenças raciais e religiosos. Como resultado disso, com o surgimento de sucessivos milagres, o círculo de salvação foi ampliado.

Nessas condições, teve início a reunião informal entre mim e os diretores de cada entidade coligada. Assim passei a receber os relatórios sobre atividades e situações de cada entidades. Comecei igualmente a participar dos cultos de cada entidade coligada. Assim, sinto-me feliz pois, através disso estou tendo oportunidade de encontrar-me pessoalmente com os senhores.

Além disso, os integrantes das três entidades coligadas, unidos num só corpo, vêm desenvolvendo as atividades do Museu de Arte MOA.

No ano passado, realizaram-se estudo de ensinamentos de Meishu-Sama relacionados à Arte que foram postos em prática através da atividade ―Voluntariado da Arte‖. Foi realizada também a exposição das obras magníficas do Museu de Arte MOA, no museu da cidade de Itinomiya, na Província de Aiti. O objetivo era expandir o ensinamento de Meishu-Sama intitulado ―A salvação através do Belo‖. Graças ao empenho dos membros da área de difusão de Tyubu, houve participação de grande número de pessoas. Assim, tivemos uma avaliação positiva por parte da sociedade local, em relação

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a Meishu-Sama (Mokiti Okada) e ao Museu de Arte MOA. Nas conversações sobre o Projeto de Divulgação da Sede de

Desenvolvimento, objetivamos a ampliação da consciência voltada para o estabelecimento de uma Igreja única e a compreensão em relação a cada entidade coligada ao trabalho do Projeto em Conjunto. Assim, no outono do ano passado, pudemos lançar um informativo. Na edição inaugural expus o meu sentimento relacionado ao desenvolvimento da reconciliação.

O referido Informativo foi intitulado ―Dai Keirin‖ (NT.: O Grande Plano Divina). Estou convicto de que o melhor caminho para a verdadeira unificação é a postura de nos centralizarmos no plano desenvolvido no dia-a-dia por Meishu-Sama. Desejo que o Informativo ―Dai Keirin‖ seja lido por um grande número de pessoas.

Este ano, estamos completando cinqüenta anos da Cerimônia de Comemoração Provisória da Vinda do Messias, de grande importância quanto à natureza divina de Meishu-Sama e que ocorrera no ano anterior à sua ascensão. No dia 15 de junho de 1954, Meishu-Sama realizou solenemente essa cerimônia no Templo Messiânico, que estava noventa por cento concluído.

No dia 5 de junho, Meishu-Sama reuniu os principais ministros da Igreja no Solar da Nuvem Esmeralda (Hekiun-So) e falou sobre a referida cerimônia: ―Trata-se da vinda do Messias e isso quer dizer que o Messias nasceu.e não é um renascimento, mas sim, um novo nascimento.‖ E acrescentou: ―Esse Messias tem a posição mais elevada do mundo: A minha vinda se reveste da maior importância pois, graças a ela, a humanidade será salva.‖

Dez dias depois, durante a Cerimônia de Comemoração Provisória da Vinda do Messias, o presidente da Igreja comunicou aos presentes a deliberação de chamar Meishu-Sama, dali em diante, de Meshia-Sama (Messias). Durante dois meses subseqüentes, Meishu-Sama manifestou as evidências da ―Vinda do Messias‖ chamando a si mesmo de ―Messias.‖

Meishu-Sama, após meio ano, exatamente no dia 11 de dezembro, concluiu a construção do Palácio de Cristal, erigido como modelo do Paraíso Terrestre na parte mais bonita do Solo Sagrado da Terra Celestial de Atami. Na ocasião, Meishu-Sama disse: ―Finalmente, a Obra Divina entrou no seu verdadeiro eixo‖ e prosseguiu: ―Daqui para frente, baseado nos seguintes três pontos desejo escolher elementos e conceder a qualificação sacerdotal: a pessoas que têm excelente poder no Johrei; que têm conseguido conduzir e salvar grande número de pessoas e que vêm se empenhando em servir a Deus.‖

―Pessoas que têm excelente poder no Johrei‖ são aquelas que praticam o Johrei e, transmitindo a Luz de Meishu-Sama, transformam as pessoas em indivíduos verdadeiramente felizes.

―Pessoas que têm conseguido conduzir e salvar grande número de pessoas‖ são aquelas que, por iniciativa própria, exercem a função de unir a Meishu-Sama grande número de pessoas através da prática de ―Três colunas da salvação‖ ou seja, através da prática do Johrei, da Agricultura Natural e Alimentação Natural e da Cultura Artística.

―Pessoas que vêm se empenhando em servir a Deus‖ são aquelas que através da dedicação monetária, da dedicação na construção ou ainda dentro

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das condições que lhes são permitidas conseguem oferecer o máximo de si, contribuindo para o aperfeiçoamento e ampliação dos Solos Sagrados, os protótipos do Paraíso Terrestre.

Estou convicto de que essas três condições foram apresentadas por Meishu-Sama para que ele possa utilizar como seu representante os indivíduos que se empenham na Obra Divina, conduzindo pessoas para o mundo isento de doença, pobreza e conflito, visando ampliar esse círculo do indivíduo para a família e da família para a sociedade.

Acredito que esta seja a diretriz para os membros que doravante, deverão se empenhar, assumindo o eixo da Obra Divina, principalmente na época da grande purificação de âmbito mundial.

Por isso, quando através dos milagres, procuramos aprender humildemente com as experiências de fé sobre a prática das três colunas da salvação é que a nossa convicção se intensifica em relação a natureza Divina de Meishu-Sama. Assim procedendo, creio que, através de nós, Meishu-Sama, o salvador do mundo, será projetado ao mundo.

Concomitantemente, ao nos basearmos na Lei do Espírito Precede a Matéria e na Lei de Concordância Espírito-Matéria será permitida a elevação do nosso espírito e do nosso Yukon. Acredito que assim será possível crescermos e aproximarmos, por pouco que seja, do estado de espírito de Meishu-Sama.

Exatamente há um ano, cada entidade coligada tornou oficial a divindade de Meishu-Sama como salvador do mundo.

Assim, entramos no ano em que comemoraremos os cinqüenta anos da Cerimônia de Comemoração Provisória da Vinda do Messias e do estabelecimento das três condições básicas para qualificação sacerdotal. Portanto, não devemos encarar tal Cerimônia como um simples fato histórico, mas posicionando-a no centro da nossa fé em Meishu-Sama, o nosso Salvador e busca exaustivamente indagando ―O que ela significa para nós‖, que temos afinidade com Meishu-Sama.

É importante que cada qual, tendo como diretriz a prática das três condições básicas para qualificação sacerdotal, se empenhe para que possa comprovar de fato a natureza Divina de Meishu-Sama.

Este fato terá grande significado neste ano e a prática das três condições básicas para qualificação sacerdotal é que estará ligada à reconciliação.

Já mencionei várias vezes que fui nomeado Líder Espiritual (Kyoshu) durante o desenvolvimento do trabalho que objetiva a reconciliação, por isso, sinto que a minha missão e a vontade Divina é a concretização do Acordo de Reconciliação.

Por que será que Meishu-Sama permitiu a nós, a realização da reconciliação? Creio que devemos analisar a vontade existente por trás disso.

Por que será que Meishu-Sama nos concedeu a purificação da Igreja? Acredito que Meishu-Sama, que vem desenvolvendo o Plano Divino no

dia a dia juntamente com o Supremo Deus, sentiu que, para poder desenvolver de forma perfeita o Plano Divino, havia a necessidade de despertarmos e corrigirmos os pontos que se encontravam em desacordo com a sua vontade. Assim, ele fez eclodir o conflito e a cisão na nossa Igreja.

Por isso, para tornar esta numa organização adequada para o

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desenvolvimento do Plano Divino de forma perfeita, Meishu-Sama mostrou-nos o procedimento de toda a organização e de cada um de nós, no que se refere ao pensamento e à postura que devem ser mudados. Portanto, creio que para nós, o fato de colocarmos isso em prática com coragem é que está de acordo com a Vontade Divina, que nos indicou o caminho da reconciliação.

Para isso, tendo como lema ―as três condições básicas para qualificação sacerdotal‖ devemos estudar ainda mais profundamente os ensinamentos e os feitos de Meishu-Sama e, gravando-os em nosso coração, praticá-los com empenho baseado no documento a que me referi anteriormente: ―A vida de Meishu-Sama ―salvação e construção‖ a fim de cumprirmos dignamente a missão que nos foi concedida.

O trabalho centralizado no Plano de Meishu-Sama já foi iniciado, conforme a decisão que os representantes de cada entidade coligada expressaram no informativo ―Dai Keirin‖.

No ano em curso gostaria de intensificar esse trabalho, ainda mais exaustivamente.

Ao observarmos o nosso redor, a purificação está se tornando cada vez mais rigorosa. E isso significa que Meishu-Sama está concedendo-nos sua graça mais amplamente e indicando que o brilho da nossa alma está se intensificando.

Quando conseguirmos compreender do fundo do coração o significado

da frase de Meishu-Sama: ―Quando o meu estado de espírito encontrar

ressonância e expansão no coração de todos os homens‖ e tivermos

experiência própria disso, poderemos apreciar o seu sabor e na busca

constante da vontade de Meishu-Sama será possível seguirmos em frente com

alegria e esperança. E estou convicto de que assim, a perspectiva para o futuro

será ampla.

Nesta data em que se inicia um novo ano encerro as minhas palavras, orando pelo sucesso no trabalho e pela felicidade de todos os senhores.

Muito obrigado. Palestra do Quarto Líder Espiritual – Kyoshu-Sama no Culto do Início da

Primavera – Igreja Izunomê

Atami, 4 de fevereiro de 2004

Parabéns a todos pelo Culto do Início da Primavera!

É com muita alegria que, como discípulos de Meishu-Sama, aquele a quem o Deus Supremo concedeu a qualificação Divina de Salvador, comemoramos o dia de hoje. Desde o Culto da Primavera de abril de 2000 que

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não me encontrava com os senhores. E, por este motivo, estou especialmente feliz. Afinal, 2004 é um ano muito importante para a Obra Divina, pois estamos comemorando o qüinquagésimo ano da realização da ―Cerimônia da Vinda do Messias‖, bem como o cinqüentenário da inauguração do Palácio de Cristal, como Protótipo do Paraíso Terrestre. Ambos eventos são marcos muito importantes, profundamente relacionados com a qualificação Divina de Meishu-Sama.

Os senhores vêm se empenhando de corpo e alma com base no slogan ―Expandir a salvação e desenvolver a obra de construção é o caminho para consolidar a fé que nos une a Meishu-Sama‖. Tendo como prática central o Johrei, estão buscando polir a fé através de um estilo de vida concorde com o ideal de Meishu-Sama. Tenho certeza que tais iniciativas traduzem aquilo que nosso Mestre deseja que façamos neste momento. Por isso, gostaria de reforçar meu pedido para que dêem continuidade ao que já estão fazendo.

Quero aproveitar esta oportunidade para dizer que estou bastante confiante na contribuição das atividades científicas desenvolvidas pela ―Izunomê‖ para comprovar o Johrei. Elas serão muito úteis para o aprendizado e prática desse ato sagrado preconizado por Meishu-Sama, ainda mais porque a abrangência das atividades de salvação está se ampliando cada vez mais através do empenho, dentro e fora do país, em apresentar o Johrei como uma prática ultra-religiosa, que não exige a conversão das pessoas à nossa fé nem impõe restrições religiosas ou étnicas.

A propósito, gostaria de manifestar minha mais sincera gratidão pelo empenho e carinho com que os senhores vêm se dedicando à construção do Solo Sagrado de Kyoto, cumprindo a missão valiosa que nos foi legada com muito amor pela Terceira Líder Espiritual. No próximo dia quinze, a Terceira Líder e eu participaremos da cerimônia de inauguração do Centro de Aprimoramento do Solo Sagrado de Kyoto. Estou aguardando esse dia com grande expectativa.

A respeito do significado da construção dos Solos Sagrados, Meishu-Sama nos ensinou que, para transformar o mundo em Paraíso, primeiramente, é preciso construir um modelo desse Paraíso, que funciona como uma pequenina semente. Assim como os círculos concêntricos formados por uma pedra atirada ao lago, a atuação desse protótipo expandirá até que o mundo inteiro se transforme em Paraíso. Ensinou-nos ainda, que conforme a construção do Solo Sagrado de Kyoto for avançando, o desenvolvimento da nossa Igreja se tornará cada vez mais evidente. Eu sei que, baseados nesse ensinamento, os senhores, do Japão e do exterior, estão se empenhando de corpo e alma na difusão mundial. Estou orando para que, sob a proteção e orientação de Meishu-Sama, os senhores alcancem cada vez mais sucesso nessa jornada.

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Quanto à concretização, no ano passado, do Acordo de Reconciliação que visa à unificação da Igreja, acredito que demos um pequeno, porém, significativo passo em sua direção. Este movimento pode estar parecendo extremamente lento, porém, com a colaboração dos membros da diretoria e da equipe da Sede de Desenvolvimento de Projetos Conjuntos, espero que ele se torne mais efetivo este ano.

Com o intuito de aprofundar a compreensão sobre os trabalhos da equipe de ―Projetos Conjuntos‖ e de cada uma das Igrejas coligadas, bem como de estimular a propagação de uma consciência voltada para a ―unificação da Igreja‖, foi publicado, no outono do ano passado, o primeiro informativo da Igreja-Mãe, chamado ―Dai Keirin‖. Ali, expus tudo o que penso e sinto a respeito da Reconciliação. Esse número traz ainda o depoimento dos representantes de cada uma das Igrejas coligadas. Portanto, gostaria muito que lessem esse informativo e se inteirassem do meu propósito e o de todas essas Igrejas e que pudéssemos contar com o valoroso apoio dos senhores.

É desnecessário dizer que, uma vez nomeado Líder Espiritual, é minha missão concluir este acordo. Gostaria de manifestar minha mais profunda gratidão à Terceira Líder Espiritual pois, sem o seu formidável empenho, traduzido em suas constantes orações pela paz e preciosas orientações, ao longo de toda a ―Purificação da Igreja‖, não teríamos chegado à reconciliação, nem retomado o caminho que nos reconduz à Obra de Meishu-Sama.

Acredito que devemos partir da premissa de que esta reconciliação não dependeu da vontade humana. Naturalmente, nosso esforço foi muito importante, porém, quem a realizou foi Meishu-Sama, sob a determinação do Supremo Deus.

Nos últimos anos, refleti muito por que Meishu-Sama permitiu a nós, tão inexperientes, que nos reconciliássemos. Concluí que eu precisava entender melhor a Vontade Divina existente por trás disso.

Meishu-Sama desenvolve o Plano Divino em perfeita união com o Supremo Deus. Compreendi que os conflitos e rupturas ocorridos em nossa Igreja, ou seja, a ―Purificação‖, foi a forma que Meishu-Sama encontrou para chamar nossa atenção para os pontos em que estávamos em desacordo com a Vontade Divina e que deveriam ser corrigidos para que nossa Igreja se tornasse capaz de corresponder verdadeiramente ao seu desejo. Ou seja, Meishu-Sama nos concedeu essa purificação como um grande marco no desenvolvimento da Igreja, para que o Plano Divino pudesse ser executado.

Justamente por isso, tanto no campo pessoal, enquanto indivíduo, quanto no campo coletivo, enquanto instituição, precisamos identificar e mudar a forma de pensamento e as atitudes que devem ser modificadas para que

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possamos nos adequar à execução do Plano Divino, tornando-nos verdadeiros instrumentos de Meishu-Sama; servindo como se fôssemos seus braços e pernas, isto é, seu próprio corpo material. Este é o caminho para correspondermos à Vontade Divina que, através da purificação, nos conduziu, até à reconciliação. Portanto, estou convicto de que, tendo esta sido concedida por Meishu-Sama, é impossível avançar as negociações para a concretização do Acordo de Reconciliação centralizando-nos na vontade humana.

Para que surja uma Igreja dinâmica, que nunca mais se divida, é vital que estejamos verdadeiramente religados ao Plano Divino de Meishu-Sama e que acumulemos experiências baseando-nos em seus Ensinamentos e realizações.

Religar-se ao Plano Divino de Meishu-Sama, pois, não é uma tarefa fácil. Em seus Ensinamentos, Meishu-Sama afirma que a nossa alma é uma ―partícula do Supremo Deus‖, parte fundamental do nosso ser, o ―ator principal‖. Porém, nós nos portamos como se ela fosse uma propriedade nossa.

Mas, na verdade, será que, desde os primórdios, nossa alma não estaria diretamente ligada a Meishu-Sama? Sobre a verdadeira natureza da alma, ele nos ensina que ela é a ―própria consciência‖, ou seja, ―a natureza divina‖.

Existe o seguinte salmo de Meishu-Sama: “É preciso que cada homem retorne à sua verdadeira natureza e exponha sua alma à Luz de Deus.”

A meu ver, religar-nos a Meishu-Sama, em última instância, significa retornar aos braços do pai da nossa alma, da nossa vida. Por conseguinte, significa o retorno do nosso sentimento, ou seja, da nossa autoconsciência, à fonte original.

Acontece que, ao recebermos um corpo material, ao nascermos aqui na Terra e ao ganharmos um nome, acabamos nos esquecendo deste ponto fundamental e tornamo-nos propensos a ser conduzidos pelos sentimentos de alegria, ira, tristeza, entre outros. Impor nossos próprios critérios e pontos de vista aos outros implica semear a semente da lamúria e da insatisfação, inclusive em nosso próprio coração. A tendência é dirigir-nos a Meishu-Sama somente para fazer pedidos egoístas nos momentos de tristeza e dificuldades, ou quando estamos querendo realizar alguma coisa.

E não é só. Embora o Supremo Deus nos conceda a alma, a vida, e nos brinde com a consciência, criando-nos como seus filhos, imperceptivelmente, acabamos nos distanciando, gradativamente, do Seu incomensurável amor.

Acredito que, através da Reconciliação, fomos perdoados por termos

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tido esse tipo de pensamento e comportamento irremediáveis.

Por isso, precisamos ser muito sinceros com nós mesmos, detectar e reconhecer os sentimentos egoístas presentes em nosso íntimo, bem como a nossa postura materialista que privilegia a precedência da matéria sobre o espírito.

Em seguida, devemos abrir nossos corações, libertar-nos e ser gratos a Meishu-Sama por ele nos estar utilizando, dando-nos vida, apesar de nossos defeitos. Devemos, ainda, estar sempre centralizados em Meishu-Sama, deixando-nos iluminar por seu amor e, criando um segundo ―eu‖, observar e criticar objetivamente nosso próprio sentimento.

Acredito que, se adotarmos essa postura, quando surgirem as bênçãos e milagres provenientes das práticas baseadas nos Ensinamentos e feitos de Meishu-Sama, não nos tornaremos arrogantes nem deslumbrados. Ao contrário, receberemos estes fatos com humildade, conscientes de que eles são a matéria-prima do nosso crescimento para nos aproximar um pouco mais do sentimento de Meishu-Sama. Acredito que, se servirmos à Obra Divina buscando revisar e corrigir constantemente nosso caminho, estaremos correspondendo ao sentimento com que Meishu-Sama nos concedeu a reconciliação.

Como eu já disse no início, este ano, comemoramos o qüinquagésimo ano da ―Cerimônia Provisória da Vinda do Messias‖. Em 15 de junho 1954, ano que antecedeu a ascensão de Meishu-Sama, essa Cerimônia foi realizada no Templo Messiânico, que na época ainda estava inacabado.

No dia cinco daquele mês, Meishu-Sama reuniu no Hekiun-So, sua residência em Atami, os ministros mais importantes e, deixando-os ver as misteriosas alterações surgidas em seu corpo, disse-lhes que o Messias havia nascido. Explicou-lhes que era um nascimento e não um renascimento e que, com a sua chegada, desta vez, a humanidade seria salva.

Se, como disse há pouco, a nossa essência é a alma, e esta encontra-se ligada a Meishu-Sama desde os primórdios, devemos pensar que, certamente, o ―Nascimento do Messias‖ exerceu uma grande influência sobre nós e recebemos alguma missão. Acredito que o ―Nascimento do Messias‖ seja um ―modelo‖.

É por existir a conexão com Meishu-Sama e por estar de acordo com o Plano Divino que conseguimos nos dedicar à Obra Divina, que se baseia nas ―Três Colunas da Salvação‖.

Não devemos pensar o ―Nascimento do Messias‖ como um fato do

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passado. O mais importante é termos a consciência de que somos pessoas conectadas a Meishu-Sama, o Salvador e, portanto, não devemos nos preocupar em aparecer, mas sim, em como proceder para que a qualificação divina de Meishu-Sama possa se manifestar no Mundo Material através de nós.

Após anunciar o ―Nascimento do Messias‖, Meishu-Sama inaugurou, em dezembro de 1954, o Palácio de Cristal para servir como Protótipo do Paraíso Terrestre.

Naquela ocasião, ele afirmou: ―A Obra Divina, finalmente, entrou no seu verdadeiro curso‖ e prosseguiu: ―Daqui por diante, a Igreja deverá adotar os seguintes critérios para selecionar e qualificar seus elementos: ter grande força de Johrei; ter salvado e encaminhado muitas pessoas e ter realizado amplamente a dedicação monetária a Deus‖.

As ―Três Condições Básicas da Qualificação Sacerdotal‖ não fazem distinção de sexo, idade, posição social nem profissão. Como Salvador, Meishu-Sama não utiliza critérios humanos. Sua preocupação é saber se, no momento da grande purificação pela qual o mundo passará, a pessoa estará realmente apta a desenvolver a ―Verdadeira Obra Divina‖, ou não; saber se poderá confiar nela, ou não. Por isso, como Salvador, Meishu-Sama deixou claro que utiliza as pessoas como ―Seu Representante‖ depois de observá-las, uma a uma. As ―Três Condições‖ deixadas por Ele devem tornar-se a bússola das nossas práticas.

Dessa forma, devemos considerar os locais onde nos dedicamos à Obra Divina e onde vivemos, como lugares que Meishu-Sama preparou para o nosso importante aprendizado e treinamento. Precisamos, também, nos questionar, constantemente, se estamos buscando Meishu-Sama como modelo e se conseguimos mudar verdadeiramente nossa postura e sentimento, obedecendo à precedência do espírito sobre a matéria.

Tenho certeza de que isso contribuirá efetivamente para o avanço da Reconciliação bem como para a ―elevação da espiritualidade‖ na qual os senhores vêem se empenhando.

O Solo Sagrado de Kyoto, a cuja construção os senhores estão se dedicando com todo amor, foi escolhido por Meishu-Sama para ser o modelo que reproduzirá na Terra o Paraíso existente no Céu.

Como disse anteriormente, nossa alma está diretamente conectada ao Céu. Portanto, é certo que em nosso íntimo exista também o Paraíso.

Sendo assim, acredito que, dedicando, ajudando a construir o Solo Sagrado de Kyoto, ou desfrutando do prazer por ele proporcionado, as pessoas

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descobrirão o Paraíso que existe dentro delas. Ou seja, despertarão para a existência daquela ―pequenina semente‖ depositada no âmago do seu ser e passarão a cultivá-la, fazendo com que cresça até se tornar uma convicção inabalável. Não seria este o desejo de Meishu-Sama?

Como está no Ensinamento de Meishu-Sama, conforme cada pessoa for adquirindo a convicção à qual acabo de me referir, isto se estenderá do indivíduo para o lar, do lar para a sociedade e, finalmente, o Mundo Paradisíaco se concretizará sobre toda a Terra. Isto significa o cumprimento da missão chamada ―Difusão Mundial‖, à qual os senhores vêm se dedicando.

No documento do Acordo de Reconciliação, está escrito o seguinte: ―Esclarecendo de modo nítido e definitivo a qualificação Divina de Meishu-Sama e religando-nos ao seu Plano Divino, objetivamos a criação de uma Igreja que seja realmente uma Ultra-Religião.‖

Acredito que, se os esforços envidados pelos membros da Igreja Izunomê, centralizados na prática do Johrei, forem levados adiante com objetivo unânime e espírito de concretizar o Acordo Reconciliatório, certamente, esses esforços, serão o caminho para fazer avançar a Reconciliação e se chegar à Ultra-Religião. O trabalho dos membros da Izunomê se tornará pleno e ainda mais amplo, manifestando claramente seu real valor.

Por ocasião do Culto do Início da Primavera, a Luz de Meishu-Sama passa a nos iluminar com mais intensidade ainda, fazendo com que o brilho da nossa alma se torne maior.

Portanto, se conseguirmos descobrir os nossos próprios defeitos e temores é porque, como entes ligados a Meishu-Sama, estamos tendo nossa mente e corpo, lugar onde se encontra a nossa alma, iluminados por ele.

Dessa forma, cuidando da formação de cada um de nós, Meishu-Sama vai nos utilizando com o intuito de estender a mão da Salvação ao maior número possível de pessoas. Vamos incentivar uns aos outros no sentido de nos tornarmos pessoas gratas e felizes por estarmos nessa condição e por podermos servir com toda dedicação à Obra Divina, não nos esquecendo que todo lugar, inclusive onde vivemos nosso cotidiano, é local para desenvolver a Obra Divina.

Encerro minhas palavras rogando a Meishu-Sama que abençoe a todos com sua infinita Luz e força.

Muito obrigado!

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Saudação do Quarto Líder Espiritual, em 11 de junho de 2004, na Cerimônia de Apresentação do Relatório da Comissão de Projeto Conjunto

Local: Templo Komyo, em Hakone

Bom dia a todos os senhores.

É com imensa gratidão que, alguns dias antes do Culto do Paraíso Terrrestre, celebramos com sucesso a Cerimônia de Apresentação de Relatório da Comissão de Projeto Conjunto, no Templo Komyo.

Nessa ocasião, juntos, expressamos nossa gratidão a Meishu-Sama por sua constante orientação, além de termos renovado nosso compromisso de nos aprimorar cada vez mais.

Estou profundamente agradecido a todos os senhores que, visando à concretização da reconciliação e à união em torno de uma organização baseada em Meishu-Sama, vêm se esforçando continuamente na quebra das barreiras do coração, que os afastam uns dos outros.

Estamos empenhados na construção de uma organização que não mais se divida em facções e, a este respeito, sinto que meu pensamento não estava sintonizado com a Vontade de Meishu-Sama.

Como é que nós, que temos uma partícula Divina e somos ligados a Meishu-Sama pelo desejo de participar da Obra Divina, projetando nosso paraíso interior no mundo em que vivemos, vemos todas as existências do planeta?

Tudo que existe sobre a face da Terra foi criado por Deus. Contudo, vínhamos usando a moradia, a vestimenta, o alimento, o dinheiro, etc. como se fossem de nossa propriedade.

Sinto que considerávamos a alma, que habita em cada um de nós, o corpo e o livre-arbítrio como nossos pertences.

Enquanto sofríamos tentando discenir o bem e o mal com nossas próprias medidas, continuávamos alimentando sentimentos nada consistentes.

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Da maneira como vínhamos agindo, dificilmente derrubaríamos as

nossas barreiras e jamais criaríamos uma Igreja única ou seríamos utilizados

para projetar o paraíso neste mundo.

Concluí, portanto, que deveríamos colocar à disposição de Meishu-Sama tudo aquilo que recebemos de Deus e que viemos usando como propriedade nossa.

Senti que não haveria outra alternativa a não ser o pensamento sincero de devolver tudo a Meishu-Sama, que tem conhecimento de tudo e de todos.

Pensei, então, que, uma vez despojados de tudo, isto é, cientes de que nosso corpo e nossa alma já não mais nos pertencem, deveríamos renovar nosso desejo de servir a Meishu-Sama e, como seus representantes, projetar o paraíso na Terra.

Acredito que é por este motivo que Meishu-Sama nos ligou a ele.

Quanto mais desejávamos melhorar o mundo, não percebíamos as coisas mais importantes e, por este motivo, nós as desprezávamos. Estou convencido de que, na mesma proporção, envolvíamos todas as coisas, inclusive nosso corpo e nossa alma, com nosso sonen e ficávamos de pés e

mõs atados.

Meishu-Sama nos ensina: ―O indivíduo é salvo e se torna perfeito e essa perfeição se expande salvando o mundo, que assim fica perfeito. Contudo, primeiramente, o indivíduo precisa ser salvo e se tornar perfeito.‖

A ―salvação‖ significa a nossa ligação com Meishu-Sama e com o Caminho da Salvação ao qual ele já nos conduziu.

Portanto, Meishu-Sama utiliza nosso corpo e alma para, juntamente conosco, conduzir ao Caminho da Salvação nossos antepassados e muitas outras pessoas.

A perfeição à qual Meishu-Sama se refere em seu ensinamento, eu vejo como algo imprescindível a cada um de nós. E mais: penso que Meishu-Sama não esteja apenas educando cada um de nós, mas sim, toda a humanidade.

Portanto, tanto na prática das ―Três Colunas da Salvação‖ como nas atividades ultra-religiosas; no trabalho, na vida diária e mesmo que estejamos acamados, nunca devemos nos esquecer que, objetivando nossa perfeição, Meishu-Sama está nos utilizando e fazendo com que nosso pensamento se

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renove constantemente.

É preciso desenvolver a humildade e o respeito para não considerar os Ensinamentos e as realizações de Meishu-Sama apenas de forma acadêmica, mas sim, considera-los como algo que transcende a sabedoria e o conhecimento humanos, e os preconceitos que limitam e classificam as coisas. Mesmo que atualmente compreendamos apenas uma pequena parcela, devemos ter o forte desejo de incorporar em nosso pensamento a vontade e o sonen de Meishu-Sama, ou seja, a Vontade Divina. Afinal, já que viemos a este

mundo como seres humanos, precisamos compreender o significado dos Ensinamentos e das relizações de Meishu-Sama.

O Culto do Paraíso Terrestre deste ano será realizado exatamente cinqüenta anos após a Cerimônia Provisória da Vinda do Messias.

A respeito disso, Meishu-Sama nos revelou que não se tratava da reencarnação, mas do nascimento do Messias na mesma encarnação.

Nós, que estamos ligados a Meishu-Sama, como entendemos o fato de ele, um ano antes da sua ascensão, com um corpo físico como o nosso, ter nos mostrado o modelo da ―Vinda do Messias‖? Qual a nossa compreensão sobre o significado da ―Vinda do Messias‖ e da divindade do Messias ou Salvador?

Juntamente com os senhores, gostaria de me aprimorar no seguinte ponto: ―Como nós – que, mesmo após a morte, buscamos o crescimento de nossa consciência individual no mundo eterno – poderemos transformar a nós mesmos e nos aperfeiçoar?‖

Em geral, pensamos em como transmitir os Ensinamentos e o caminho da Fé às pessoas ao nosso redor, tendo por base a nossa função, posição, etc. Certamente, isto é importante. Mas, acredito que, como elas nos foram dadas por Meishu-Sama, ele conhece nosso trabalho melhor do que nós mesmos.

Portanto, primeiramente, devemos nos colocar diante de Meishu-Sama e expor o nosso ―eu‖ sem falsidades e tentar nos aproximar da perfeição como seres humanos.

Acho que, desta maneira, Meishu-Sama irá utilizar nosso corpo e alma da forma mais adequada à nossa função e posição.

Desejo que nossa organização dê importância a esse tipo de aprimoramento a que me referi – a maneira de pensar e a busca pela própria perfeição. Apenas através desse tipo de aprimoramento será possível caminhar com firmeza rumo à reconciliação e ser abençoados com o crescimento da organização.

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Para encerrar, oro do fundo do meu coração para que, a partir do Culto do Paraíso Terrestre deste ano, todos os senhores intensifiquem o brilho de suas almas e ampliem cada vez mais o paraíso que habita o interior de cada um.

Muito obrigado.

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Orientação do Quarto Líder Espiritual

Culto de Natalício de Meishu-Sama

23 de dezembro de 2004 - Templo Messiânico Atami

Minhas felicitações a todos pelo Culto de Natalício de Meishu-Sama! Como é do conhecimento de todos, Deus Supremo está purificando

todas as existências espirituais, e também todo este mundo material. Meishu-Sama veio a Terra e com o assentamento desse próprio Deus Supremo em si, tornou-se o Salvador do Mundo e mesmo hoje em dia vem nos guiando na Obra Divina. Como uma das pessoas ligadas a Meishu-Sama eu gostaria de comemorar o dia de hoje junto com todos os senhores.

Pois bem senhoras e senhores. Afinal de contas de onde nós viemos?

Como será que nos tornamos essa consciência de hoje? Nós, através da relação sanguínea entre nossos pais, ao mesmo tempo

em que absorvemos todos os tipos de coisas, herdamos esse corpo dos nossos antepassados e viemos evoluindo.

Ao mesmo tempo, o nosso sentimento, que é uma consciência própria,

não é apenas dessa geração. A começar pelos nossos pais, é o acumulo dos sentimentos do incontável número dos nossos antepassados.

Todos são existências criadas. São como um recipiente que recebe as

coisas dadas por Deus Supremo que se encontra na posição de Criador. Não apenas isso. Naturalmente, nós seres humanos somos a moradia

de uma partícula do próprio Deus Supremo. Meishu-Sama falava sobre o ―próprio Deus‖ com relação a essa partícula. Além disso, nascemos recebendo energia e a força vital.

Por isso, podemos dizer que nós viemos desse verdadeiro mundo da

criação, o mundo da causa, para esse mundo de fenômenos que é chamado o mundo material, o mundo do efeito.

Se não fosse isso, essa existência consciente que somos agora não

existiria. É e por isso que dentro de cada um de nós existe uma alma, um mundo paradisíaco, um paraíso. Isso é a nossa essência. A nossa verdade está

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nessa essência. Assim, o corpo e o sentimento que possuímos agora receberam essa

essência e tomou a forma que a representa. Podemos dizer que a nossa forma visível veio do mundo da criação que

é o Mundo Divino para este mundo criado que é o Mundo Material. Um mundo visível graças à existência de um mundo invisível. Um corpo que começa a existir graças ao espírito.

Acredito que exatamente por sermos esse tipo de existência, como

representantes de Deus, instrumentos, sucessores de Meishu-Sama, através do nosso corpo e sentimento, somos utilizados nessa Obra de projeção do Paraíso que existe no Mundo Divino. Mais do que isso, temos a possibilidade de representá-lo no nosso trabalho e no nosso dia a dia.

Isso então, não teria o significado de TORNAR-SE PARAÍSO ou da

palavra SALVAÇÃO? Estou sendo informado através dos relatórios dos conselheiros, e de

artigos publicados sobre as praticas diárias de Fé de todos os senhores. Acredito que todos estão com suas cabeças voltadas para uma postura

de aprender e incentivar as atividades diárias através do Johrei, da Agricultura Natural e das Artes que, em outras palavras, são as 3 Colunas da Salvação.

Para que estas não se tornem atividades separadas ou individuais elas

estão unidas formando uma única coluna grossa. O mais importante é que se isso for o pedido para que todos se liguem à expansão da salvação de Meishu-Sama, isso também está ligado à prática de elevação espiritual que os senhores estão praticando. Ou seja, um trabalho que encaminhará a finalização de cada um.

Fui informado que nesse Culto de Natalício, além de membros da

Grécia, vieram participar do Culto representantes de vários países. Com relação à Difusão Mundial, ouvi sobre os vários pedidos para se

dedicar ainda mais através do sentimento de cooperação, harmonia e tolerância, respeitado as diferenças de povos, cultura, religiões, história e tradição. Mas mesmo dentro dessas diferenças e diversidades, desejo que todos desenvolvam suas atividades criando dentro de seus corações um eixo firme que os mantenham ligados a Meishu-Sama. Estarei orando para que a Luz Divina os abençoe nesse caminho.

Sobre o Solo Sagrado de Kyoto, Heiankyo. Graças às orientações que

venho recebendo da Terceira Líder, o caminho para essa construção vem se expandindo cada vez mais. A grandiosa evolução nas construções que vejo hoje

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me deixa realmente muito feliz. Graças ao culto de inauguração do Centro de Aprimoramento em

fevereiro desse ano, eu tive a oportunidade de juntamente com a Terceira Líder Espiritual, passar a acompanhar de perto a o andamento das obras e sentir o sentimento que todos os senhores estão colocando em suas dedicações.

Nós estamos dando uma importância especial para não macular esse

protótipo que é o Solo Sagrado do Heiankyo. Assim, estamos projetando na Terra o Paraíso existente no Mundo Divino. Dessa mesma maneira existe dentro de cada um de nós um local puro e santo que é a nossa essência.

Por isso que cada um de nós deve voltar o sentimento, não apenas para

o Heiankyo em Kyoto, mas também para o Zuiunkyo, em Atami, e o Shinsenkyo, em Hakone. Assim estaremos confirmando, não só pessoalmente como também mutuamente a existência desse local santo dentro de cada um de nós. Também não teríamos que dar importância e tomando cuidado para não maculá-lo?

Além disso, através do nosso esforço em captar o sentimento de

Meishu-Sama contido no Solo Sagrado, esse sentimento estará se transmitindo para esse mundo dos fenômenos e assim acabará se expandindo pelo mundo todo.

Mais do que isso, a prática diária do Johrei repleto de altruísmo, que os

senhores estão fazendo, é o núcleo da Obra Divina de Meishu-Sama, e dentro dela está o conteúdo básico que se liga a toda a Obra de Salvação.

O Johrei é a purificação das máculas do espírito. Em outras palavras, o

receptor da alma, ou seja, purificador do próprio sentimento e do corpo, que são vasilhames representativos da alma. Não é a purificação da própria alma.

Isso porque, assim como disse a pouco, a alma, ou seja, a partícula divina é ―o próprio Deus‖, a própria força da vida.

Por isso que nós temos que eliminar essas máculas através da prática

do Johrei, e purificarmos assim nosso corpo e sentimento pelo brilho eterno da alma.

Assim sendo, expressões como ―alma adormecida‖ ou ―existência de

máculas na alma‖, representam que a própria alma está assumindo essa responsabilidade. Falando de outra forma, Meishu-Sama se expressa assumindo essa responsabilidade.

Todos os senhores estão buscando os ensinamentos e procurando

dedicar na Obra divina, mas para mim os ensinamentos de Meishu-Sama são o próprio desejo de Deus Supremo que, se projetou do Mundo Divino para este mundo e tomou forma de palavras e letras.

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Através do estudo e da pratica desses ensinamentos, nós que

procuramos corresponder ao Sentimento de Meishu-Sama, estaremos projetando e expandindo esse sentimento e assim nos tornando frutos maduros.

Gostaria de juntamente com minhas palavras de gratidão a

Meishu-Sama por termos essa benção, dizer que estarei guardando em meu coração o desejo de todos os senhores e dedicando juntos podermos realizar nossos desejos.

Precisamos nos preparar para corresponder, para estarmos aptos para

com o sentimento de Meishu-Sama. Assim estaremos fazendo com que nosso sentimento e pensamento realmente cheguem até Ele, recebendo Luz e Força.

Creio que esse nosso pensamento tem que ser algo semelhante a:

―Como estou me esforçando para praticar os Ensinamentos de Meishu-Sama, Ele vai me proteger‖ ou ―Estou procurando ter pensamentos e ações mais corretos que o dos outros, por isso recebi o milagre‖.

Mais do que isso, precisamos nos tornar instrumentos que pensem do

fundo do coração, sem mentiras: ―Como existem várias coisas que ainda sou falho, acabo não tendo total confiança em Meishu-Sama. Porém, mesmo assim Meishu-Sama está me utilizando, está confiando em mim. Por isso preciso dedicar‖, ―Não sou eu que realizo, na verdade se Meishu-Sama não estiver presente comigo eu não consigo realizar nada. Me utilize por favor!‖

Também refletir sobre nós mesmos, nossa maneira de pensar. Se não estamos, inconscientemente, dando excessiva razão à nossa própria inteligência e assim entendendo apenas aquilo que nos é de bom agrado nos ensinamentos? Se não estamos procurando entender as coisas apenas através da nossa própria opinião e assim fazendo com que as pessoas também pensem dessa mesma forma?

Meishu-Sama certa vez escreveu um poema que eu tomo como uma

advertência: ―A palavra principio é limitada. Conforme caminhamos nela ela vai se estreitando‖.

Sinto que quanto mais nos motivamos, temos a tendência de não nos

conscientizarmos que pelo nosso ego estamos dando prioridade à matéria em vez do espírito. Temos que tomar muito cuidado para que isso não aconteça.

Precisamos nos conscientizar da nossa essência, não esquecer dela

nunca e procurar sempre estar voltado para o Paraíso que existe dentro de cada um de nós, ou seja, preocuparmos apenas em nos religarmos a Meishu-Sama, fazer com que sejamos capazes de ser úteis na projeção de um Paraíso repleto de Luz.

Estar sempre consciente da existência de um Paraíso dentro de si é

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uma coisa muito difícil e que necessita de muita coragem. Precisamos constantemente perguntar para nós mesmos: ―Dentro de

mim existe uma alma? Nela existe a essência do amor e da verdade, inteligência e força, um paraíso iluminado, repleto da vida eterna. Meishu-Sama também se encontra nela e nos liga a Ele; através dela procurando nos dar graças ilimitadas. Por isso que precisamos voltar nosso sentimento a ela‖.

Mesmo que desejemos receber Força e Luz, se acabarmos não dando

importância a esse Paraíso que existe dentro de nós não estaríamos desejando algo impossível de adquirir?

Acredito que mesmo na construção do Paraíso na Terra como no nosso

dia a dia temos que procurar expressar esse sentimento, esse pensamento que existe dentro da nossa própria consciência.

E mesmo que estejamos sofrendo por causa de vários problemas o

caminho para solucioná-los não e apenas resolver o que está sendo visto a olhos nus, mas sim, procurando voltar o nosso sentimento para o Paraíso que existe dentro de nos, assim sendo esse caminho se abrira naturalmente.

A propósito, nós que vínhamos usando o nosso sentimento de forma

errada, como acabamos fazendo do próprio ego uma coisa pessoal, ficamos vagando dentro do nosso sentimento e acabamos tornando rarefeita a maravilhosa existência da nossa essência.

Isso por que, assim como eu disse no início, Meishu-Sama está nos

ensinando, ―Nós somos o resultado da soma dos nossos milhares de antepassados‖. Ou seja, porque o nosso espírito e formado através do grandioso número de antepassados que vem se evoluindo desde o início da humanidade.

Esses antepassados, como podem confirmar em nosso DNA, são

existências que formam um só corpo que somos nós. E uma existência que mesmo que queiramos separá-la ela é inseparável. Uma existência composta de tudo que existe na Terra e no Céu.

Logicamente, nós herdamos desses antepassados não só as coisas

boas, mas também as máculas que eles acumularam. Por estarem agindo contra a vontade de Deus acabaram acumulando-as sem perceber.

Não seriam essas máculas que estariam atrapalhando o nosso

sentimento, impedindo assim que possamos enxergar a nossa própria essência?

Creio que quando essas máculas se acumulam ao ponto de invadirem o

nosso sentimento, isso significa o ―Mundo da Noite‖ e ―A grande fase crítica

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deste mundo‖ que Meishu-Sama nos falou, e que esta se manifestando hoje em dia.

Confio profundamente que esse mundo repleto de prosperidade em que

vivemos precisa dar uma volta de 180 graus, e que para isso, Meishu-Sama está nos dando uma oportunidade única.

E o que nos possibilita realizar essa grande reviravolta é justamente o

com fato de sermos a união de vários antepassados que vieram construindo esse mundo.

Vendo pelo Plano Divino, podemos dizer que primeiro Ele utilizou o

Homem para construir o Mundo da Noite, e agora esta o utilizando para poder realizar a grande transição para o Mundo do Dia, repleto de Luz.

Porém, vendo pelo lado humano, e principalmente pelo lado de pessoas

como nós que somos ligados a Meishu-Sama, precisamos pensar sobre qual é o significado de Meishu-Sama ter nos ensinado sobre a Transição da Era do Noite para a Era do Dia.

Acredito que isso se deve pelo fato de que cada um de nos precisa se

conscientizar, se responsabilizar por vir agindo contra os princípios de Deus Supremo, o Criador da Humanidade.

Sendo assim, somos obrigados a pensar que tanto as coisas boas como

as ruins existentes no mundo atual não são resultados do que alguém fez, mas sim algo feito por nos mesmos.

Enfim, a soma dos vários antepassados que somos nós, nosso corpo e

sentimento que vem do mundo da consciência, do mundo do pensamento, são purificados, salvos e ressuscitados graças à força de purificação contida no Johrei criado por Meishu-Sama.

Por isso que cada um de nós deve deixar neste mundo seu corpo e seu

sentimento objetivando uma formação que seja capaz de nos tornar seres perfeitos. Ter o sentimento perfeito e ter coragem para decidir se desfazer do sentimento que tinha até agora.

Gostaria de expressar aqui, algumas palavras sobre a purificação da

nossa organização. Não preciso nem dizer que essa reconciliação não é uma coisa humana,

mas sim determinada por Deus Supremo e por Meishu-Sama. Porém, muitas vezes eu pensei: ―Precisamos fazer algo para que se

concretize a reconciliação‖, e em algumas vezes eu cheguei até a pensar ―Será que ela se concretizará?‖. Esse sentimento estava se tornando um problema em meu coração. Eu estava pensando que a assinatura dessa reconciliação e a sua

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concretização eram coisas distintas. Isso demonstra o quanto meu sentimento estava tomado pelo mundo

material, que não era a forma ideal de usar o sentimento. Isso estava se tornando um empecilho para a atuação de Meishu-Sama.

Percebi que quem estava construindo uma parede, não era outra pessoa a não ser eu. Basicamente eu estava pensando errado.

E assim eu pude perceber que com a realização da reconciliação no

Mundo Divino é que ela pode se projetar nesse nosso mundo dos fenômenos. Meishu-Sama estava colocando um ponto final no assunto, mais do que

isso Ele estava permitindo a reconciliação neste mundo material para que possamos evoluir ainda mais. Sem perceber isso, o fato de eu ter determinado dentro de mim que essa reconciliação não aconteceria significava que o meu sentimento para com os planos de Meishu-Sama ainda eram rarefeitos e que dentro de mim eu ainda não tinha colocado um ponto final no assunto.

Como as coisas acontecem primeiro no Mundo Espiritual, acreditar que

elas acontecerão também no Mundo Material e uma coisa muito importante. Se for assim, creio que estará brotando em nosso coração um

sentimento que é a projeção do Mundo Divino. Acredito que essa reconciliação serviu para nos mostrar que devemos

começar a andar por um caminho novo. Mesmo que o começo da escalada para a reconciliação tenha sido

diferente para cada um dos grupos. O ponto de chegada que é nos esforçar para despertar a nossa alma e voltar nosso sentimento para Meishu-Sama é o mesmo para todos.

Se fizermos isso, com o nosso esforço mutuo, não haverá a

necessidade de julgar uns aos outros. Eu, juntamente com os líderes de cada grupo, estamos empenhados

atualmente em sentir que essa reconciliação é um presente dado por Meishu-Sama.

Se cada um desses líderes tiver confiança nisso e, desenvolverem suas

atividades com um objetivo firme, serão abençoados com a escansão de cada um, e assim poderemos nos tornar uma maravilhosa organização.

Os senhores membros da Organização Izunomê receberam uma

importante missão de Meishu-Sama e, sendo formados em uma fé que objetiva se religar a Meishu-Sama, estão procurando dar continuidade a Obra Divina.

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Assim como disse agora pouco, a reconciliação é a projeção da reconciliação no Mundo Divino e, baseados no sentimento de Meishu-Sama, os senhores estão tomando a postura de quem esta voltado para um objetivo novo.

Por isso, nós precisamos agradecer do fundo do coração a

Meishu-Sama por nos ter dado a permissão de poder realizar essa reconciliação, por advertir-nos e podermos agora estar andando por um novo caminho.

Além disso, precisamos verdadeiramente corresponder ao sentimento

de Meishu-Sama por nos fazer andar por esse caminho e sempre que possível ter o sentimento de materializar isso.

Materializar as coisas perfeitas que recebemos do Mundo Divino e fazer

isso se concretizar é realmente uma coisa muito difícil. Assim, precisamos ter como objetivo progredir com paciência e

perseverança, ajudando uns aos outros em coisas que não conseguimos fazer sozinhos, sem perder as esperanças e procurando religar-se a Meishu-Sama. Esse é meu maior desejo.

Nós temos a tendência de agir valorizando as atitudes das outras

pessoas. Essa valorização também pode ser importante. Porém, como todos nós nascemos seres humanos, gostaria que isso passasse a ser valorizado por Deus.

Meishu-Sama certa vez disse: ―As pessoas que se dedicação em

apenas concretizar a Vontade Divina são consideradas pessoas verdadeiras‖, ―As pessoas que querem ser lembradas por outras pessoas acabam esquecendo Deus‖. Através destes poemas Ele nos ensina os pontos importantes para nos tornarmos pessoas perfeitas.

A tarefa dada a cada um de nós é aperfeiçoar sua verdadeira figura

através dos ensinamentos. Meishu-Sama explica sobre o sentimento livre que foi dado a cada um de nos.

Pessoas que são obrigadas a dividir e determinar coisas, ao receber um

determinado assunto, ele o representa através de um resumo ou uma opinião feita pelas suas próprias normas. Isso tem a tendência de passar de pessoa a pessoa e se expandir, mas na verdade fazer ela se expandir não é nada fácil, não é verdade!

Além disso, cada um precisa se esforçar para entender o grandioso amor de Deus Supremo que além de ser ilimitado é como o amor de um pai.

Ou seja, até mesmo o que eu estou dizendo sobre o sentimento de

Meishu-Sama, são coisas que eu estou sentindo em meu coração, e não apenas a minha opinião.

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Ficaria muito feliz se elas se tornarem dicas para que os senhores

cheguem mais perto de concretizar os seus sonhos. Como a chave para a felicidade de cada um se encontra junto com

Meishu-Sama, que está vivo dentro de cada um de nós, gostaria que os senhores se empenhassem em se voltarem para Ele. Eu também estarei me dedicando para isso juntamente com todos os senhores.

O Culto de Natalício de hoje também comemora 50 anos da Vinda do

Messias. Meishu-Sama, há 122 anos atrás, em 23 de dezembro de 1882, estava

nascendo neste mundo. Ele foi uma pessoa que assim como todos nós, levou sua vida com o nome de Mokichi Okada.

Um ano antes de ascender aos céus, em 5 de julho de 1954, Ele

pronunciou que Deus Supremo tinha assentado em seu ventre, e em 15 de junho do mesmo ano, realizou o Culto Comemorativo à Vinda do Messias.

Isso significa que além de nascer por intermédio de seus pais

Meishu-Sama veio a nascer de novo. Eu acredito que indiferente a diferenças físicas, Ele tinha confirmado que tinha renascido como filho de Deus Supremo, e essa foi a forma que Ele encontrou de comunicar isso tanto a Deus Supremo como aos membros de uma só vez.

Nós também precisamos nos ligar a isso. Por isso, eu acredito que assim como Meishu-Sama, nós precisamos

confirmar que não só nascemos nesse mundo apenas por intermédio de nossos pais, mas que precisamos renascer de novo como filhos de Deus Supremo que é o pai da verdadeira vida.

Alem disso, precisamos continuar religados a Meishu-Sama que

renasceu de novo. Para assim podermos nos tornar perfeitos e concretizar a salvação da humanidade e a construção do Paraíso Terrestre, metas da Obra Divina.

Por fim, gostaria de encerrar minhas palavras orando para a felicidade

de todos. Estarei orando para que todos os senhores possam continuar ligados a Meishu-Sama e que através dessa ligação possam receber Luz ilimitada.

Muito obrigado e um bom dia a todos.

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Saudação de Ano Novo do Quarto Líder Espiritual

Janeiro de 2005

Expresso, com todo respeito, que o Único e Supremo Deus outorgou sua divindade a Meishu-Sama e Meishu-Sama fez a sua vinda entre nós como o Salvador. E, como um dos elementos que estamos ligados a Meishu-Sama, desejo manifestar minha gratidão e congratular-me com todos por mais este ano que acabamos de entrar.

Feliz ano novo.

Posso imaginar o semblante de todos os senhores que, no Japão e nos vários países do mundo, reberam o início deste maravilhoso ano cheios de sonhos e esperança, envoltos na luz do grande amor de Meishu-Sama.

No ano passado enfrentamos, por diversas vezes, tanto no Japão como no exterior, tufões, terremotos e outras catástrofes. Observando esses fatos posso sentir que, apesar de estar dentro de um plano divino estabelecido pelo Supremo Deus, desde o início dos tempos, a época atual faz antever a chegada da era da grande purificação, a que Meishu-Sama se referiu.

Ao lembrar o poema em que Ele afirma: “Saibam que mesmo as piores catástrofes naturais são todas ocorrências provocadas pelos homens”,

sinto que eu também sou um elemento que origina as causas das catástrofes naturais, sofra ou não diretamente suas conseqüências. E como tal, reflito minha própria postura e ao mesmo tempo que suplico por perdão, creio que preciso ser um indivíduo que aceita através da gratidão o fato dessas purificações fazerem parte do Plano Divino e de eu estar sendo utilizado nesse

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Plano Divino.

E o ano que acaba de iniciar nesta conjuntura, corresponde ao septuagésimo ano da instituição da Igreja e ao quinquagésimo ano da ascensão de Meishu-Sama.

Gostaria de, junto como os senhores, renovarmos o nosso compromisso na dedicação à Obra Divina, buscando o espírito que norteou Meishu-Sama em diração à obra da construção do Paraíso Terrestre e na salvação da humanidade, frente a essa fase da grande transição.

No ano passado comemoramos o quinquagésimo ano da ―Comemoração Provisória da Vinda do Messias‖ em que Meishu-Sama nos apresentou em forma a ―Vinda do Salvador‖ e também o qüinquagésimo ano da definição das três condições para a qualificação sacerdotal anunciadas meio ano após a Vinda do Messias, por ocasião da inauguração do Palácio de Cristal e que norteiam todos os membros e quais sejam: ―Pessoas que têm excelente poder no Johrei‖, ―Pessoas que têm conseguido conduzir e salvar grande número de pessoas‖ e ―Pessoas que vêm se empenhando no servir a Deus‖.

E em virtude dessa data, na saudação de ano novo do ano passado toquei sobre como entender o relacionamento dessas três qualificações e as três colunas da salvação.

Recebi relatórios dos diretores das três Igrejas-Filiais de que os senhores membros se empenharam na prática das três colunas da salvação que têm como ponto forte o Johrei, alcançaram muitas graças e expansão.

A expansão obtida no exterior sem sido surpreendente e o Johrei sem conversão religiosa tem mostrado uma expansão muito concreta e avançado com todas as suas características

Outro fato que nos deixou felizes diz respeito ao Museu MOA de Belas Artes, cujas atividades denominadas ―Arte Voluntária‖, desenvolvidas pelos membros das três Igrejas-Filiais, alcançou forte repercussão social e, ao mesmo tempo, a divulgação do estudos das técnicas aplicadas no Biombo das Ameixeiras, um acervo do Museu e qualificado como Tesouro Nacional, atraiu a atenção de especialistas e trouxe inúmeros visitantes ao Museu.

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Em relação à Reconciliação da Igreja, no ano passado, como elemento que considera sua missão a concretização da Reconciliação e, desejando ainda maiores avanços nessa direção, pude participar dos cultos das Igrejas-Filiais, explanando o meu pensamento a respeito.

Tenho, também, notícias que quanto aos projetos da Sede de Desenvolvimento dos Projetos Conjuntos, em direção à concretização da Reconciliação, além dos aprimoramentos levados nos três Solos Sagrados, existe um grande empenho para que a missão atribuída a cada um desses projetos seja cumprida. Em meio a essas circunstâncias é realmente significativo que esteja sendo levado avante o estudo do material de aprimoramento comum às três Igrejas-Filiais e que foi publicada por ocasião do Culto do Paraíso Terrestre, denominado ―A Vida de Meishu-Sama – Salvação e Construção‖

Ainda gostaria de afirmar que considero um grande resultado o fato de termos tido êxito na reconciliação às vésperas do Culto do Paraíso Terrestre do ano passado, no Havaí, onde existiu por longo tempo um foco de resistência muito forte.

Como anunciei no início de minha saudação, este ano coincide com o septuagésimo ano de instituição da Igreja. Gostaria, nesta ocasião, perscrutar, através de seus feitos, o fervoroso sentimento de Meishu-Sama que instituiu a nossa Igreja, imbuído da grande missão outorgada pelo Supremo Deus.

Meishu-Sama estabeleceu Ojindo, no centro de Tóquio, no dia 1o de janeiro de 1931, como local para difundir a salvação pelo Johrei como forma revolucionária da concretização do mundo sem doenças.

E, tendo essa data como marco inicial, em apenas 8 meses, realizou, como vertiginosa rapidez, todos os preparativos para a instituição da Igreja, como por exemplo, a confecção da Imagem de Kannon de Mil Braços, para a Imagem do Altar, elaboração dos estatutos da Associação DaiNippon Kannon Kai, a elaboração da oração Zenguen-Sandji, o estabelecimento de diversas filiais para servir de local de atividades da salvação.

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As circunstâncias dessa época eram óbvias em fazer prever grandes provações e mesmo assim Meishu-Sama estava decidido a enfrenta-las. Essa convicção de Meishu-Sama e e determinação dos membros pioneiros que O seguiram são realmente muito valorosas. Gostaria de também avançar na nossa caminhada aprendendo e alimentando nossa alma com os exemplos dessa fé.

Meishu-Sama desenvolver o Plano Divino da Salvação de Construção segundo a vontade do Alto, estabeleceu as suas bases e pouco depois de realizar a sua vinda como Salvador, ascendeu ao Mundo Divino, seguindo o caminho traçado por Deus.

Este ano ano marca o cinqüentenário de retorno de Meishu-Sama ao Mundo Divino, momento em que Ele iniciou a sua Obra Divina, desvencilhando-se do seu limitante corpo material.

Antes de sua ascensão, Meishu-Sama afirmou em diversas ocasiões que Ele iria ―emitir sua luz‖, ―manifestar sua força‖ e ―trabalhar‖ do Mundo Divino e que manifestaria a ―Força Absoluta‖ para desenvolver o Plano Divino. Nesse sentido, o que é mais importante para nós é acreditarmos firmemente que nessa atual período de advento de grandes purificações, Meishu-Sama está manifestando do Mundo Divino sua força absoluta, visando a construção do mundo isento de doença, pobreza e conflito, ou seja o estabelecimento da verdadeira civilização, através de cada um de nós, neste mundo material, por meio de elo espiritual.

E precisamos nos aprimorar para podermos manter sempre o sentimento de que sem dúvida Meishu-Sama está vivo dentro de cada um de nós.

Meishu-Sama nos ensinou: ―Eu sou o único orientador‖, ―Não afastem os olhos de mim. Apenas trabalhem empenhando a vida, espelhando-se em mim‖, ―Quem consegue realizar o que eu digo e como eu penso, é um herói‖. Por isso mesmo o que se espera nesse ano que representa um importante marco é nos voltarmos a Meishu-Sama por ocasião da instituição da Igreja. E esse sagrado espírito está contido na sua declaração de ―Construção do Mundo de Miroku‖. Nessa declaração Meishu-Sama expressa claramente os componentes que formarão o novo mundo civilizado e a ordem em que este mundo ideal será construído e, sobretudo, as palavras convictas de que este mundo será

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concretizado através da Força Absoluta que Ele manifestará.

Gostaria de nos empenhar em estudar essas palavras e praticar as três colunas da salvação, visando basicamente a salvação e formação do indivíduo e objetivar a transformação do lar em Paraíso e estende-la à sociedade e ao mundo todo.

Não podemos nos esquecer, ainda, que a maneira de ser de cada um de nós como elementos que recebe e transmite essa força absoluta recebendo-a neste mundo, na atualidade, após a ascensão de Meishu-Sama é muito importante e nisso reside o significado da nossa existência.

Meishu-Sama desenvolve, nos conturbados tempos atuais, a sua Obra Divina de Salvação e Construção, estabelecido segundo o mais remoto Plano Divino, através de sua força absoluta ou seja inteligência e força divinas.

O que mais se espera, atualmente, de todos nós que cremos nisso é o retorno à Obra Divina de Meishu-Sama. E, ao mesmo tempo, gostaríamos de expressar a nossa mais profunda gratidão por termos nascidos nessa época e, como ministros e membros da Igreja, estarmos ligados a Meishu-Sama.

Dentro em breve chegará às mãos dos senhores as ―Diretrizes da Igreja Messiânica Mundial‖, publicadas no nosso órgão oficial ―Daikeirin‖, que foram condensadas a partir de minhas palavras pronunciadas em diversas ocasiões.

Desejo através do sentimento contido nessas diretrizes unir-me ao sentimento de todos os senhores membros da Igreja e poder compartilhar da alegria de podermos dar os passos iniciais, com vigor, no caminho que nos leva ao encontro de Meishu-Sama, colocando as três Igrejas-Filiais alinhadas numa só frente. E para isso, sinto que, muito além do que se espera dos senhores, serão necessários o meu próprio aprendizado e evolução.

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Se compreendermos e recebermos os objetivos dessas ―Diretrizes‖ como tarefas a cumprir como indivíduos e como instituição (as três Igrejas-Filiais) e mantivermos a consciência de sermos verdadeiramente ligadas a Meishu-Sama e nos empenhar com absoluta coragem, certamente todos os caminhos, novos e magnificamente iluminados, se abrirão à nossa frente.

E, ao mesmo tempo, através desse nosso esforço teremos a permissão da manifestação dos Céus e, alcançaremos a melhor das expressões da Reconciliação. E isso, certamente, se ligará a um grande avanço que a Obra Divina dará.

Creio que a medida que cresce a força de salvação, situações que espelham uma grande purificação se manifestarão em todo o mundo. E, por isso mesmo devemos buscar a nossa fé em Meishu-Sama que manifestará sua Força Absoluta e obter forças nos seus Ensinamentos e nas suas Obras, tornando-os parâmetros da nossa fé. Com isso podermos experimentar o verdadeiro sabor de vivermos a nossa época e corresponder ao espírito de Meishu-Sama.

Finalmente, orando do fundo meu coração para que Meishu-Sama envie a todos sua infinita Luz e Força, encerro minhas palavras.

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Palavras de Kyoshu-Sama

Culto do Paraíso Terrestre

15 e 16 de junho de 2005 - Templo Messiânico – Atami

Senhoras e senhores, minhas felicitações pelo Culto do Paraíso Terrestre.

É com profundo respeito que rememoramos que o Supremo Deus outorgou Sua personalidade Divina a Meishu-Sama e, um ano antes de ascender ao Mundo Divino, Meishu-Sama proclamou a ―Vinda do Messias‖ declarando que ele próprio havia renascido como ―O Salvador‖ (Messias). Assim, tornando-se um só corpo com Supremo Deus, está desenvolvendo a Obra Divina em todas as dimensões, perpetuando passado, presente e futuro. Como elemento ligado pela afinidade a esse Meishu-Sama, orei, juntamente com todos os senhores, em agradecimento pelo dia de hoje, louvando Supremo Deus e expressei a minha gratidão a Meishu-Sama.

Todos os senhores da Igreja Izunomê estão se empenhando para fazer

parte desta grandiosa Obra Divina, e ao mesmo tempo se dedicando de corpo e alma em suas práticas diárias. Fico muito feliz com isso.

Também fiquei profundamente emocionado com o empenho de todos os senhores, que entenderam perfeitamente o sentimento da Terceira Líder Espiritual, fazendo aprimoramentos e dedicando de todo o coração para a construção do Solo Sagrado do Heiankyo.

Participei juntamente com a Terceira Líder Espiritual do Culto Comemorativo pelo término da primeira etapa de construção dos jardins do Solo Sagrado do Heiankyo, no dia 8 de abril. Neste dia de magnífico céu azul, as cerejeiras estavam completamente floridas e o sorriso na face de todos os participantes fez com que o culto também fosse maravilhoso.

Com muita gratidão a Meishu-Sama, expressei o meu desejo de que um número cada vez maior de pessoas possa ter contato com esse mundo de tranqüilidade impregnado no Heiankyo, e que possamos nos conscientizar que este sagrado local de tranqüilidade é o paraíso existente dentro de cada um de nós. Desejo, também, que passássemos a viver com a certeza dessa essência em nosso dia-a-dia.

Pois bem, neste ano comemoramos 70 anos da fundação da Igreja

Messiânica Mundial e 50 anos da ascensão de Meishu-Sama. É um ano de profundo significado.

Meishu-Sama, desde a fundação da Igreja até sua ascensão

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desenvolveu a Obra Divina de salvação da humanidade e da construção do Paraíso na Terra através da sua Força Absoluta. Procurando colocar tudo dentro das determinações estabelecidas por Deus Supremo.

Além disso, assim como ele próprio falou antes de sua ascensão, Meishu-Sama está emanando essa força espiritual com uma intensidade cada vez maior.

Neste momento atual que vivemos, depois de sua ascensão, gostaria de, juntamente com todos os senhores, nos tornarmos verdadeiros instrumentos de Meishu-Sama que possam transmitir de forma adequada essa Força Absoluta.

Para isso temos que aceitar de corpo e alma o sentimento de Meishu-Sama impregnado no poema:

―Saibam que a fonte da força ilimitada é a alma do Deus Supremo‖ Não podemos nos esquecer em nenhum momento que o nosso corpo

foi confiado por Deus, e que dentro dele existe uma Partícula Divina. Se não fosse por isso, a Obra Divina de construção do Paraíso Terrestre e da Salvação da Humanidade seria como a circunferência da palavra ―SU‖, mas sem o ponto no meio, ou seja, algo sem espírito, sem alma.

O Johrei, a Agricultura Natural e as Atividades Culturais e Artísticas que são o centro de todas as atividades na Obra Divina, não são obras humanas e sim obras realizadas por Deus são manifestações da Força Divina, e por isso desejo do fundo do coração que sua expansão seja, literalmente, cada vez mais fortalecida.

Agora, falando em relação ao estabelecimento de uma única Igreja, como a Reconciliação foi concretizada no Mundo Divino, através da Força Absoluta, eu acredito que ela tenha sido projetada no Mundo Material, tornando possível a Unificação.

É claro que objetivamos concretizar a Reconciliação, mas seria uma falta de respeito para com Meishu-Sama ficarmos alardeando essa ―concretização‖.

Se estivermos pensando que nós devemos levar a cabo esta concretização, o sentimento humano acabará ficando em primeiro plano, enfraquecendo a nossa postura de participação como ser humano.

Melhor que ―concretizar‖, o ideal é não esquecermos a humildade, ter confiança na ―Força Absoluta‖, que permitiu que a Reconciliação fosse realizada e, mesmo sendo imperfeitos, precisamos nos preocupar no que devemos fazer para aceitar, com obediência, essa força. Devemos nos empenhar de corpo e alma para ―concretizar‖ da melhor forma, aquilo que já ocorreu no Mundo Divino. Gostaria de, juntamente com todos os senhores, me dedicar com todo o coração para poder merecer os benefícios desta reconciliação.

Vejamos então, de que maneira Meishu-Sama compreendia e sentia que dentro da sua própria vida existia a presença de Deus Supremo, criador de todas as coisas e fonte da Força Ilimitada.

Meishu-Sama escreveu os seguintes poemas: ―Deus nos outorgou a vida e nos concede a felicidade‖; ―Saibam que não somos donos da nossa vida. Ela está nas mãos de

Deus‖;

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―Deus é o doador da vida; não há como crescer voltando as costas para Ele‖.

Como podemos ver nestes poemas, primeiramente, Deus Supremo nos deu a vida e nos ensina que a importância desta vida está presente em todas as coisas.

Durante muito tempo eu vivi sem compreender a importância destas palavras, rezando, ministrando Johrei e achando que estava sendo utilizado diariamente na Obra Divina.

Acredito que a minha postura estava completamente afastada de Meishu-Sama já no ponto de partida do meu pensamento.

Sinto que eu achava que vivia por minha própria conta, e que todas as coisas ao meu redor estavam acontecendo graças à minha força.

Não posso deixar de pensar que Deus Supremo é a minha própria vida. A respiração e a expiração que me faz sentir vivo foram concedidas por Deus. Sem esta consciência, como poderia ser verdadeiramente utilizado por Meishu-Sama que manifesta a Força Divina?

Meishu-Sama nos ensinou que essa vida é uma vida espiritual e eterna que transcende o sentido apenas material de vida e morte como nós pensamos. Meishu-Sama nos ensina que é uma vida espiritual, a vida eterna que ultrapassa os limites da matéria. A respeito disso, Meishu-Sama também escreveu os seguintes poemas:

―O homem que tem consciência da eternidade da vida, é um verdadeiro homem.‖; ―Salvar pessoas é ensinar o caminho da vida eterna‖.

E, além disso, em 1952 Meishu-Sama disse: ―Como eu sempre digo, existe uma bola de luz em meu ventre. Ela é a alma do Supremo Deus e todas as minhas ações são comandadas por Ele. Ou seja, não existe diferença entre a atuação de Deus e do homem, e este é o verdadeiro Estado de União com Deus‖.

Ele tambem escreveu isso no seguinte poema: ―Sou homem e não sou homem. Sou Deus e não sou Deus. Fico a

refletir sobre mim mesmo...‖. E é assim que Meishu-Sama tinha entendido claramente que Deus não

era apenas uma existência ideológica, mas que Deus existia dentro de sua própria vida.

Não seria exatamente por isso que Meishu-Sama captou o desejo do Deus Supremo de estender a mão da salvação para a humanidade, que, pela própria ignorância, vem menosprezando a existência de Deus e por isso vem se extinguindo?

O que eu sinto através da postura de Meishu-Sama, dos seus textos, palavras, poemas e caligrafias, enfim, todas as práticas dentro de sua vida, é que Meishu-Sama queria nos mostrar que Deus Supremo está ciente de tudo, e que sempre esteve vivo no passado, no presente e continuará eternamente vivo no futuro. Não posso deixar de pensar que Meishu-Sama está nos guiando para podermos entender isso e saborear a alegria de sermos instrumentos de Deus Supremo.

Um ano antes de ascender ao Mundo Divino, em 5 de junho de 1954,

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Meishu-Sama reuniu os ministros e reverendos da época no Solar na Nuvem Esmeralda. Contou a todos a misteriosa mudança que estava acontecendo em seu corpo e também contou sobre a vinda do Messias. Que isso não significava renascer de novo, mas sim renascer nessa vida.

Poucos dias depois, realizou o Culto Provisório da Vinda do Messias. Reconheço que Meishu-Sama tenha atingido e estado de poder

renascer nessa vida como o Messias, ou seja, como o verdadeiro filho que herdou a Obra de Deus Supremo. Não existem palavras para expressar a importância deste fato. Sinto que Meishu-Sama teve a indubitável percepção de que, de fato, Deus permanece eternamente vivo.

Eu também, em consonância com este sentimento de Meishu-Sama e ultrapassando as barreiras físicas da vida e morte, preciso me aprimorar para adquirir a consciência da existência desta vida eterna.

Creio que é para adquirir esta formação que preciso passar pelos vários tipos de purificação, e ao mesmo tempo, preciso me purificar de corpo e alma, através da prática do Johrei.

O motivo que me leva a falar dessa maneira, é que até hoje eu vinha

apreendendo a existência do que chamamos de Deus, apenas em palavras. Eu o compreendia como uma existência que não podia ver e não ouvir. Para mim, Deus era uma existência vazia e sem emoções.

Apenas quando via a manifestação da força do Johrei ou quando acontecia algo extraordinário sentia que era a atuação de Deus. Eu sequer procurava entender de que maneira estava aceitando o fato de Deus existir dentro de mim, ou o que poderia fazer para ter contato com essa consciência de vida.

Eu só conseguia compreender a existência de Deus como um Deus a quem devo pedir ajuda em momentos de dificuldade, ou um Deus que realiza coisa do meu agrado ou que atua conforme a minha vontade ou para me satisfazer.

Realmente não era o espírito precedendo a matéria mas o contrário disso, a matéria precedendo o espírito.

Se eu não conseguir aceitar que Deus é o Pai que me deu a coisa mais importante que é a vida, será muito difícil me relacionar com ele.

Penso que preciso despertar desse longo período de egoísmo. Renovar meu próprio sentimento e admitir de forma obediente, que Deus não é apenas como nós determinamos em nosso pensamento. Devo me voltar para Deus aceitando que Ele está vivo dentro de mim, está vivo dentro do ar que nós respiramos e dentro do pensamento que preenche minha cabeça.

Se eu não proceder desta maneira, como conseguiria saborear a verdadeira felicidade?

Nós nos sentimos felizes quando melhoramos de saúde, quando acontece algo de bom no nosso cotidiano, ou quando vemos resultados positivos em nossas dedicações na Obra Divina.

Certamente isso é uma alegria muito grande. Porém, acredito que a verdadeira alegria de ter recebido a vida é um

sentimento de alegria completamente diferente.

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Mas a alegria que sentimos geralmente é relacionada a algo mensurável. Com o passar do tempo e conforme a mudança da situação esta alegria se reduz e vai se apagando.

Entretanto, nós estamos aqui hoje por possuirmos uma Partícula Divina outorgada por Deus Supremo. Devemos ter consciência que ela é o próprio Deus Supremo e que através dela nós recebemos a força da vida.

O simples fato de nós existirmos agora, neste exato momento, significa que Deus também está vivo. Deus está vertendo em nós, juntamente com seu profundo e incalculável amor, a essência da vida.

Deus, que nos ama profundamente, com certeza não estaria deixando de mostrar isto para nós.

Por isso, já que conseguimos nos alegrar com as coisas que acontecem nesse mundo visível aos nossos olhos, não teríamos como deixar de sentir felicidade, alegria, tranqüilidade e gratidão por estarmos vivos, por estarmos repletos de algo que é o mais puro e eterno amor.

Não teríamos como deixar de sentir a felicidade por poder compartilhar este pensamento de amor com as várias pessoas e coisas que existem ao nosso redor.

Antes de dar preferência à própria felicidade e satisfação, eu acredito que sentiremos a própria felicidade procurando alegrar a Meishu-Sama, ou seja, fazer com que Deus Supremo se alegre. Não seria esta a nossa verdadeira postura?

Não obstante, será que não estaríamos nos resignando, achando que a nossa postura deva ser a de buscar a felicidade apenas no mundo visível, uma vez que não conseguimos enxergar a felicidade verdadeira?

Por que será que a verdadeira felicidade não brota em nosso coração?

Eu tenho sentido algo com relação a isto. Nós vivemos até hoje com uma consciência egoísta, acreditando que o

sentimento é uma coisa nossa. E acreditamos que fomos nós que o cultivamos desde que nascemos até o dia de hoje.

Porém, Meishu-Sama nos ensina: ―Nós somos a união de um número infinito de antepassados. E o elo espiritual desse incrível número de antepassados está ligado ao nosso espírito‖. E, assim como é explicado na transmissão do código genético, não somos frutos de algumas poucas gerações. Somos, na verdade, a união de um incontável número de antepassados que começaram a existir desde a criação do Céu e da Terra. E não podemos esquecer que a consciência egoísta que eles e todas as criaturas que viveram pelos vários processos de evolução criaram está ligada, no presente, à consciência egoísta de cada um de nós, por um elo espiritual que ultrapassa a barreira do tempo e do espaço.

Dentre estes antepassados, existem muitos que devem ter conseguido sentir a alegria e gratidão de ter tido contato com Deus Supremo.

Entretanto, muitos não sentiram a alegria de ter esse contato com Deus Supremo e partiram deste mundo sem terem alcançado a verdadeira tranqüilidade de espírito.

E a consciência egoísta destes antepassados se sedimentou como que

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em camadas e hoje se liga às nossas células e à nossa consciência egoísta, fazendo com que se criem nuvens em nosso pensamento. Esse fato, por sua vez, não permite o sentimento de gratidão e a verdadeira felicidade brotarem em nossos corações.

Esta situação nos faz ver que a nossa atual vida é a extremidade final em que somos responsáveis por carregar em nós mesmos o egoísmo destes milhares de antepassados.

Entretanto, visto do aspecto de podermos voltar ao seio de Deus, ao qual estamos ligados através do elo espiritual, podemos dizer que cada um de nós está no caminho de retorno e é essa consciência que hoje nos é solicitada.

É por isso que devemos, juntamente com os antepassados ligados a nós, e as milhares de pessoas que Meishu-Sama criou afinidade conosco, nos religarmos a Meishu-Sama, e assumir a responsabilidade de retornar à verdadeira origem da vida que é a terra natal de nossa alma.

É neste ponto que encontraremos o contínuo desenvolvimento rumo à formação individual, ou seja, o aprimoramento para nos tornarmos seres perfeitos.

É por isso que, mesmo que o sentimento de gratidão e felicidade floresça em nosso coração, não podemos esquecer o grande número de antepassados que estão ligados à nossa consciência egoísta, e que viveram de forma triste, dominados pelas emoções. Devemos, portanto, nunca esquecer que somos os intermediários para pedir a Meishu-Sama para que eles sejam recebidos, purificados e salvos verdadeiramente pela Luz de Meishu-Sama.

Quando nós, ou mesmo alguém à nossa volta, percebemos alguém com algum problema de ordem física ou carrega um sentimento egoísta, sombrio e obstinado, ou ainda se defronta com pessoas cujo comportamento das pessoas, ou postura ou hábitos chegam a nos atormentar, devemos nos lembrar que os nossos pensamentos estão sendo interligados por Meishu-Sama. E devemos, ainda, ver que Meishu-Sama está nos mostrando este sentimento imperfeito que a humanidade veio formando inconscientemente.

Muitas vezes olhamos para quem nos atormenta com desprezo, julgamos tanto ao próximo como a nós mesmos. Acredito que esse nosso pensamento e atitude acabam influenciando tanto as coisas da Natureza quanto o nosso físico e o nosso emocional. Para que Meishu-Sama se manifeste, precisamos nos conscientizar que somos imperfeitos e aceitar que estas situações que nos incomodam nos foram criados para serem purificadas. E pedirmos para que, juntamente com os nossos antepassados e os antepassados das pessoas a que estamos envolvidas, possamos ser purificados e salvos por Meishu-Sama e retornarmos ao espírito de Deus Supremo.

Sem sombra de dúvida, até hoje vim julgando as coisas que via, ouvia e

sentia através de minhas próprias medidas. E também procurava entender os Ensinamentos de Meishu-Sama com esse mesmo sentimento.

Eu também vim usando os sentidos da visão e da audição, que, na verdade não são meus, como se me pertencessem.

Porém, uma vez que milhares de antepassados meus, que não

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entenderam a verdade eterna e o ilimitado amor de Deus, estão ligados a mim, a minha sensibilidade e as medidas que nela se baseiam, só podem ser defeituosas, vistas pelos olhos do Supremo Deus.

Eu digo a Meishu-Sama que gostaria de ele utilizasse a minha pessoa por inteiro. Na verdade, primeiro deveria ―devolver‖ a minha consciência egoísta formada através da visão e audição que eu vinha utilizando por conta própria, e, então pedir para ser utilizados como os olhos e ouvidos de Meishu-Sama.

Acredito que assim Meishu-Sama fará com que meus olhos e ouvidos se tornem capazes de captar a essência do mundo invisível, adequará a minha forma estreita de ver as coisas, a minha maneira desequilibrada de utilizar o sentimento e o meu entendimento sobre os Ensinamentos, formando-os de maneira que possa corresponder ao Seu espírito.

Precisamos ter sempre em nosso coração o poema de Meishu-Sama: ―Há fatos que, pela visão do homem, são um bem, mas que estão em

desacordo com a vontade de Deus‖. Hoje, comemoramos o Culto do Paraíso Terrestre. Em 15 de junho de

1931, Meishu-Sama escalou o Monte Nokoguiri na província de Chiba, onde recebeu a revelação divina da Transição da Era da Noite para a Era do Dia no Mundo Espiritual, e quatro anos depois fundou a nossa Igreja. Meishu-Sama escreveu o poema: ―Mesmo não sendo visível aos olhos do homem, a Obra Divina já se desenvolve no Mundo Espiritual‖, e explicou através dele que estava chegando o momento de no Mundo Espiritual, em outras palavras, no Mundo Divino, se concretizar a Transição da Era da Noite para a Era do Dia e, ultrapassando as barreiras do tempo e do espaço iria se projetar, se refletir neste mundo de dimensões, transformando o Mundo de Escuridão em Mundo de Luz, a civilização provisória irá dar lugar à verdadeira civilização e a cultura do tipo ―matéria precede o espírito‖ será substituída pela cultura do estilo ―espírito precede a matéria‖.

Nós também somos existências projetadas do Mundo Divino, na qual nos foi outorgada uma Partícula Divina antes de encarnarmos neste mundo. Também recebemos o corpo que a contém e o nosso sentimento na forma da nossa consciência egoísta, podendo dizer, então, que temos dentro de cada um de nós todas as dimensões existentes entre o Mundo Divino e o Mundo Material.

E é assim que nós, portadores destas várias dimensões, por estamos ligados a Meishu-Sama, conseguiremos ser capazes de voltar nossos corações para um mundo de luz, um mundo onde o espírito precede a matéria, saindo deste mundo de trevas dominado somente por coisas visíveis. Por isso, nesse dia tão especial que é o Culto do Paraíso Terrestre devemos nos conscientizar que estamos concretizando a Transição da Era da Noite para a Era do Dia dentro de cada um de nós. Devemos comunicar isso a Meishu-Sama com o coração repleto de gratidão.

E, purificando nosso antigo eu, sem mais voltar a usar nosso sentimento como usávamos no mundo da noite, nos voltando para Meishu-Sama, esquecendo nossa falsa postura, devemos assumir a nossa verdadeira postura e, com essa determinação, nos estabelecer nosso compromisso de sermos

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utilizados nessa nova fase nos moldes do espírito precede a matéria. Assim, estaremos nos tornando a força motriz para a construção do Paraíso Terrestre.

O tempo em que vivemos neste mundo é muito curto. No percurso de nossa, certamente acontecem coisas boas e ruins, e até

coisas que parecem ser obra humana. Todas estas coisas estão dentro dos objetivos de Deus Supremo e, eu acredito que Meishu-Sama está nos ensinando que estamos sendo utilizados por Ele.

Da mesma maneira que se um de nossos antepassados não tivesse existido, não haveria como estarmos aqui hoje, acredito que se uma parte de nosso passado não tivesse existido, não seríamos o que hoje somos.

Todo o meu passado está ligado ao ―eu‖ do momento presente. Todo o futuro também se encontra dentro de nós. E esse futuro pode ser

próximo como pode estar distante, mas quem tem esperanças ou está desejando alguma coisa é o ―eu‖ do presente.

Por isso, temos que cuidar muito do sonen do ―eu‖ do presente. Meishu-Sama nos fala em seus Ensinamentos: ―O nosso sonen, que é

invisível, pode chegar, não só aos limites do mundo, como se expandir ilimitadamente em apenas um piscar de olhos‖, e em seu poema: ―As forças visíveis são limitadas, mas as invisíveis são ilimitadas‖.

O pensamento, invisível, consegue, ultrapassar as barreiras do tempo e do espaço e, através do incalculável número de elos espirituais, alcançar os seres humanos, vivos, como também os antepassados e a todas as outras coisas. E esta força, longe de ser fraca, é muito potente.

Transmitimos e recebemos constantemente isso que chamamos pensamento, mas a alma alojada dentro de cada um está ligada ao Deus Supremo, permitindo uma comunicação contínua, e recebemos Luz de forma constante, através do elo espiritual.

Se nos conscientizarmos plenamente de que Deus Supremo, possuidor de uma maravilha força e inteligência, está vivo dentro do ―eu‖ do presente, com toda vivacidade por toda a eternidade, seja qual for a situação que tivermos de enfrentar, nunca perderemos a noção de estarmos sendo utilizados para deixar Meishu-Sama se fazer presente, e, com toda certeza, estará se abrindo um brilhante futuro repleto de esperanças.

Por fim, gostaria de encerrar minhas palavras, orando para que Deus

Supremo, criador de todas as coisas, permita que todos os senhores possam receber a grandiosa Luz e infinita força de Meishu-Sama e possa saborear a verdadeira felicidade de trilhar a estrada da vida eterna. E que, juntos, possamos ser utilizados por Meishu-Sama como elementos ligados a ele por uma forte e duradoura afinidade espiritual.

Muito obrigado a todos.

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Palavras de Kyoshu-Sama

Culto de Outono de 2005

Templo Messiânico de Atami, 1º e 2 de outubro de 2005

Minhas felicitações pelo Culto de Outono.

Com profundo respeito e gratidão, orei, juntamente com os senhores, em louvor ao Único e Supremo Deus, que se alojou em Meishu-Sama, e também a Meishu-Sama que, trazendo consigo o caráter Divino do Supremo Deus, no ano anterior a sua ascenção, anunciou pessoalmente a ―Vinda do Messias‖ e, seguindo a Vontade d‘Ele, declarou ter nascido, ele próprio, como ―Salvador‖ (Messias) e, no presente momento, em estado de união com Deus, continua desenvolvendo vigorosamente a Obra Divina, transpondo as dimensões do presente, do passado e do futuro, sem um mínimo de falha. E como uma pessoa criado e educado por Eles, agradeci e pedi-Lhes para que eu possa estar ligado a essa nova forma em que nasceu Meishu-Sama.

Estou imensamente agradecido pela dedicação dos membros da Igreja Izunomê que, objetivando retornar a esse grandioso Plano Divino, estão se empenhando diariamente na Obra Divina de Meishu-Sama e, ao mesmo tempo, com o início da segunda etapa da construção do jardim do Solo Sagrado da Terra da Tranqüilidade ( Heiankyo) de Kyoto, vem se dedicando com todo empenho, amor e sinceridade.

Neste Culto de Outono, está sendo realizada uma exposição de pinturas, da autoria da Terceira Líder Espiritual. Ao observar as suas inúmeras obras magníficas, impregnadas de seu conhecimento sobre a arte e do seu caráter, pude sentir uma aconchegante sensação no meu coração.

A Terceira Líder Espiritual possui um grande interesse em relação a várias áreas artísticas. Ela tem se empenhado pessoalmente na prática artística e como os senhores puderam observar, atualmente, vem se dedicando também na pintura Norizome, (feita à base de cola).

Convivendo com a Terceira Líder Espiritual, sinto que ela vem se empenhando em mostrar a nós, através da sua postura, a importância da arte.

Meishu-Sama referiu-se: ―O Paraíso é o mundo da arte‖, e ―Para se poder falar em Paraíso, é preciso que todas as artes estejam reunidas, ou melhor, que tudo seja artístico‖.

E disse também que o ―Johrei é a ‗Arte da vida‘, que a Agricultura Natural é a ‗Arte da Agricultura‘ e que o ‗Protótipo do Paraíso Terrestre‘, ou seja,

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a construção do Solo Sagrado é a ‗Arte do Belo‘‖. Orientou-nos que, com a fusão destas três artes o Paraíso Terrestre seria concretizado.

Em relação à importância que Meishu-Sama dava ao mundo da arte, era para nos ensinar que, assim como a manifestação da criatividade nas atividades artísticas, a Obra Divina centralizada no Johrei, os trabalhos do dia a dia e a própria vida diária, são meios de manifestação da alma que nos foi concedida pelo Supremo Deus e para nos orientar sobre a importância da maneira de ser e a forma de conduzirmos essa alma.

Sem dúvida, é importante saber o que vamos fazer, mas, ainda mais importante é saber com que sentimento devemos realizar, e, da mesma forma que na criação de uma obra de arte, esse sentimento, sem dúvida, se refletirá no mundo da matéria e da forma, através das nossas ações e palavras.

Por isso, não devemos nos preocupar apenas em preparar o mundo da forma, pensando: ―temos que fazer isto ou aquilo‖ ou ―temos que falar isto ou aquilo‖. Em tudo que formos fazer, temos que nos colocar diante do nosso sentimento no seu estado de pureza e sem falsidades e, examiná-lo; devemos procurar sempre nos corrigir para que possa surgir Meishu-Sama e vez da nossa figura e sermos utilizados pela vontade de Meishu-Sama em vez de pela nossa própria vontade.

Sendo criados e educados dessa forma, assim como há no salmo de Meishu-Sama: “O Reino dos Céus é o mundo do Belo. Os sentimentos de seus habitantes são igualmente belos”.será que cada qual de nós, não deveríamos

desejar uma aproximação cada vez maior de uma existência bela, seguindo o exemplo da bela e harmoniosa natureza e condizente com a arte criada por Supremo Deus?

Pois bem, se Deus perguntar a um de nós: “Quem é você ?” Como será que devemos responder? Acredito que podemos responder: “Eu sou fulano de tal” dizendo o nome que estamos usando neste mundo. Seria bom que, nesse momento, Deus dissesse: “Eu te conheço”, mas, pode ser que Ele diga: “Eu não te conheço!” e não nos receba.

A propósito, nós que temos a consciência de nós mesmo, imaginando: ―Eu sou fulano de tal‖, ou seja, a natureza humana que é constituída pela própria consciência, não se trata da essência da sua própria existência, essa pessoa nada mais é do que um simples recipiente ou um ―pires‖ para manifestar a sua essência, isto é, trata-se da camada externa da sua existência, um mundo criado e limitado. Afinal, o que é a nossa essência?

Trata-se do nosso ―centro‖, uma existência denominada por Meishu-Sama como ―personagem principal‖, ou seja, a fração do Espírito de Deus chamada Partícula Divina, que é a própria natureza divina, a consciência originária e também a invisível força da vida. Esta é a essência que cada pessoa recebeu de Deus. Essa é a nossa terra natal, o nosso endereço oficial. Esse não é um mundo limitado da pessoa que foi criada, mas sim um mundo eterno e ilimitado denominado Paraíso pelo Criador.

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Por ser a nossa essência uma existência assim, é que, neste momento, podemos viver usando as vestes denominadas espírito e corpo e como recipiente para manifestar a essência é que, creio eu, conseguimos crescer e aperfeiçoar-nos como ―representante de Deus‖.

Por isso, em relação à pergunta do Supremo Deus: “Quem é você?”

Uma vez que fomos guiados por Meishu-Sama e pela permissão do Supremo Deus, fomos chamados ao Caminho da Salvação e pudemos conhecer a nossa própria essência, devemos responder: ―Eu sou uma pessoa ligada a Meishu-Sama que nasceu de novo na mesma vida como o Salvador (Messias)‖,

Assim, precisamos aprofundar a nossa compreensão e o nosso conhecimento sobre a nossa própria essência. E, assimilando-os, sinto que, devemos cultivar um recipiente condizente ao verdadeiro ―representante de Deus‖, ou seja, uma natureza humana verdadeira.

Se procedermos assim, ao ver-nos, o Supremo Deus se lembrará de cada um de nós e, acredito que teremos a possibilidade de sermos recebidos no Paraíso, por Ele preparado.

Então, como será que se encontra atualmente a situação da nossa natureza humana?

Falando sobre a minha pessoa, dividindo o meu sentimento de forma ampla, existem duas partes antagônicas.

Se por um lado sinto a alegria, o prazer e a felicidade, por outro, a raiva, o sofrimento, a desolação e a tristeza. Há momentos de alegria e de tristeza. Sinto o amor e também o ódio. Tenho o sentimento de gostar e também de detestar. Possuo espírito de crença e também de dúvida e descrença. Ao sentir esperança e expectativa, também ocorre a conformação. Havendo a obediência, manifesta-se a teimosia. Se gozo de tranqüilidade e paz, a insegurança e a preocupação se fazem presentes. Acredito que sou um tanto modesto, mas digo com toda certeza que sou orgulhoso.

Não sei até que ponto estou sendo manipulado pelas duas partes, devido ao meu antagonismo interior.

Acredito que foi a ação destes sentimentos contrários que serviram de alimentos para moldar esta minha natureza humana, mas em hipótese alguma posso afirmar que foi uma ação ativadora e harmoniosa.

Além do mais, tendo como critério o meu próprio sentimento, que facilmente muda e que não se pode confiar, tentei distinguir e disciplinar essas duas partes, mas não tive sucesso. Assim, sinto que elas vieram lutando continuamente, de forma acirrada, no interior do meu sentimento.

Ao pensar na razão de estar envolvido nesse emaranhado de sentimentos antagônicos, fica difícil receber de forma leviana o seguinte ensinamento de Meishu-Sama: “O meu corpo é constituído pela soma de milhares de antepassados. Os elos espirituais de milhares de antepassados

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estão ligados ao meu único espírito.” Isto, creio eu, é por acreditar que a

auto-consciência de um grande número de antepassados desde a época inicial da humanidade, estão ligados à minha auto-consciência atual.

Na sua longa marcha até a atualidade, a humanidade veio ignorando Deus, por isso, não é exagero afirmar que entre os homens, os conflitos cheio de rivalidade e desordem era constante. Assim, acabo sentindo que o estado espiritual desarmonioso e confuso de grande número de antepassados daquela época, sem qualquer mudança, continua presente em meu interior como se fosse o meu próprio estado espiritual e, manipulados e envolvidos por essa sensação, não consigo gozar de alegria inabalável e nem de tranqüilidade eterna.

Então, como devemos proceder?

Quando surgir em nossos corações, sentimentos negativos, como a raiva e o ódio, ou então, a intranqüilidade e a indecisão, acredito que não há, em hipótese alguma, a necessidade de negar ou impedi-los que eles surjam. Pelo contrário, creio que, assim como Meishu-Sama nos ensinou que devemos criar uma segunda pessoa, devemos observar a atuação do nosso sentimento, colocando-nos na posição de terceiros. Porém, isto não é uma tarefa simples para ninguém.

Isto porque, quando fazemos reflexão com a intenção de melhorar e esforçar no sentido de melhorar nossos sentimentos, às vezes, acabamos escondendo, ainda mais, no fundo do nosso coração, os verdadeiros sentimentos.

Além disso, a atuação do nosso próprio sentimento e das nossas emoções, está ocorrendo, na verdade, no nosso interior, mas por sentimos que a causa disso está fora de nós, isto é, nos terceiros e nas situações à nossa volta, dificilmente conseguimos encarar como nosso problema.

Entretanto, observar a si mesmo na posição de uma segunda pessoa, creio eu, é um dos treinamentos que devemos nos empenhar, no mínimo, pelo menos uma vez por dia.

Isto porque, como nós somos a síntese dos nossos antepassados, passamos a sentir os pensamentos (sonen) dos antepassados como sendo os nossos próprios pensamentos. Assim, torna-se possível os nossos antepassados serem perdoados e purificados e alcançarem a sua salvação.

Em relação a nós que estamos ligados a Meishu-Sama, o Supremo Deus tornou-nos ―seus representantes‖ com o desejo de utilizar-nos como seus colaboradores na construção do Paraíso Terrestre e permitiu que nascêssemos neste mundo. Por isso, cada um de nós, como representante dos antepassados, temos a responsabilidade de conduzir todos eles para junto de Meishu-Sama.

Para inúmeros antepassados, nós somos o guia e a corda da salvação que os conduzem ao Paraíso. Por isso, sem condenar os pensamentos e as

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emoções que surgem no interior dos nossos corações, os quais nem sempre são agradáveis mas difíceis de serem aceitos, devemos observá-los da posição de uma segunda pessoa. E, sem cortar relações com o grande número de antepassados que se distanciaram da Luz e que não conseguem receber os inúmeros benefícios da vida, devemos relembrar que temos a grande responsabilidade de informar a eles que, através de Meishu-Sama, eles estão tendo a permissão de serem salvos e perdoados por Deus.

Entretanto, apesar de perder o corpo carnal, os antepassados estão presentes dentro de nós, como consciência e pensamento, por isso, há necessidade de informar-lhes, como que convencendo a nós mesmos.

Dessa maneira, para que nós e os antepassados possamos juntos voltar purificados ao Supremo Deus, que é o Pai de toda a vida, devemos unir-nos em Meishu-Sama, ou seja, creio que temos a necessidade de confiar e entregar-nos a ele.

Quando eu disse ―juntos‖, quiz dizer que não devemos esquecer que nós existimos graças aos nossos antepassados e aos antepassados de todas as pessoas do mundo que estão ligados ―juntos‖: Existimos graças aos antepassados das pessoas da nossa própria família, dos amigos, dos conhecidos, e das que temos afinidades e das inúmeras pessoas que habitam o nosso planeta.

Através de todas as coisas criadas pelo Supremo Deus, desde a criação do Céu e da Terra, a humanidade veio se empenhando na formação e na manutenção do seu corpo físico e apesar de receber benefícios divinos incalculáveis, veio se apossando e utilizando todas as coisas conforme seu próprio pensamento. E, pelo seu egoísmo acabou se aprisionando num ―nó cego‖, o que é, creio eu, uma realidade inegável.

Nesse ―nó cego‖ evidentemente está o dinheiro, pois, o homem utilizando o dinheiro como padrão de medida, foi avaliando o valor das coisas de acordo com a sua própria conveniência e assim, atualmente o dinheiro está sendo usado em troca das coisas.

Assim, gostaria de cultivar doravante, o espírito de gratidão por todas as coisas que, aliás, nos são inseparáveis, e também o desejo de juntos retornarmos à origem da vida. Acredito que alcançando a consciência de que somos representantes de todas as coisas e de toda a humanidade, que se encontram inseparáveis, aí sim, podemos realmente servir a Deus como ―seus representantes‖.

Para nos tornarmos verdadeiramente condizentes a ―representantes de Deus‖, devemos libertar-nos dos conflitos opostos que existem na natureza humana, isto é, a idas e a vindas dos dois sentimentos antagônicos do Bem o do Mal.

Agir com melhores sentimentos, creio eu, é algo importante, mas por mais que desejamos tornar perfeita a natureza humana apenas neste mundo,

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isto não é possível.

Mesmo que desejamos manter sempre bons sentimentos como espírito de fé, makoto, gratidão e amor altruísta, somos infalivelmente perseguidos pelos sentimentos contrários.

Isto porque, a nossa autoconsciência e a sua manifestação que é a natureza humana, são produtos do mundo criado. E o Mundo Material, que é criado, é um local finito onde as forças do Bem e do Mal estão sempre em conflito; é um mundo limitado onde as coisas são separadas e determinadas.

Para obtermos a permissão de viver no Paraíso, onde podemos seguir o caminho da vida eterna, apesar de ser uma atitude realmente egoística, não há outra alternativa a não ser pedir para o Supremo Deus, a origem de toda a vida, que aceite esta nossa natureza humana, criando e educando-nos.

Acredito que a determinação de seguir voltado a esse objetivo, é a fé que devo ter e, perdendo essa fé, não conseguirei alcançar o resultado final que objetivei como ser humano.

Então, como devemos proceder para que o Supremo Deus aceite essa nossa natureza humana imperfeita?

É nesse ponto que existe o grande significado de Meishu-Sama que nasceu de novo na mesma vida, como Salvador (Messias).

Nós afirmamos que os ensinamentos são de Meishu-Sama, mas na verdade são do Supremo Deus. Precisamos estar conscientes de que, os ensinamentos que recebemos foram concedidos pelo Supremo Deus.

Creio que Meishu-Sama concedeu-nos os ensinamentos do Supremo Deus, de acordo com a capacidade e condição das pessoas de cada época.

Meishu-Sama ditou pessoalmente os ensinamentos e depois revisou-os diversas vezes. Da mesma forma que nós tratamos as suas caligrafias com todo respeito e cuidado, Meishu-Sama tratava aqueles ensinamentos com cuidado especial, guardando-os numa caixa exclusiva.

Ele não se limitou apenas a esse procedimento, mas denominando aqueles textos de ―Goshinsho― (ensinamentos sagrados) ou ―Kami-no-fumi‖ (escrituras de Deus) ‖ e ensinou aos membros a importância de ler os mesmos, exaustivamente.

Isso revela que Meishu-Sama tinha consciência de que os referidos textos não eram uma obra humana e nem uma simples doutrina, mas sim, a Vontade de Deus, ou seja, tinha a plena certeza de que se tratavam da sagrada escritura da Vontade de Deus. E, mais do que qualquer coisa, Meishu-Sama procurou praticar pessoalmente os ensinamentos concedidos pelo Supremo Deus.

O Johrei, a Agricultura Natural, as atividades artísticas e culturais e a

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construção do protótipo do Paraíso Terrestre que estamos desenvolvendo atualmente, são heranças que tomaram forma a partir das práticas de Meishu-Sama.

Meishu-Sama anunciou, no ano anterior à sua ascensão, o seu nascimento de novo e na mesma vida, como o Salvador (Messias).

A respeito disso, acredito que Meishu-Sama queria mostrar que Ele nasceu neste Mundo Material através de seus pais, mas que não se limitando a isso, nascera como verdadeiro filho do Supremo Deus, que é o verdadeiro pai da vida, isto é, que nascera de novo no Paraíso do Mundo Espiritual, na condição de herdar a consciência eterna.

Ao mesmo tempo, esse fato significa que a natureza humana de Meishu-Sama fora formada e cultivada neste Mundo Material da mesma forma que a nossa natureza humana e que, estando de acordo com a Vontade do Supremo Deus fora aceito por Ele. Em suma, creio que, Meishu-Sama cumpriu o objetivo do Supremo Deus de gerar o próprio filho, seguindo e praticando os Seus ensinamentos.

Por isso, acredito que, para que a nossa natureza humana seja purificada, evoluída e aperfeiçoada e aceita pelo Supremo Deus. E para que sejamos ligados à forma denominada Meishu-Sama, que nasceu de novo neste mundo cumprindo a Vontade de Deus, precisamos entregar a Meishu-Sama, a nossa natureza humana que ganha formato a partir da nossa própria consciência.

Acatando a forma com que Meishu-Sama realizou a Vontade Divina, precisamos, uma vez mais, objetivar o nosso novo nascimento no Paraíso.

Nós ansiamos servir à Obra Divina de Meishu-Sama de salvação da humanidade e de construção do Paraíso Terrestre, que na realidade é a Obra Divina que projeta e retrata neste mundo o Paraíso que existe no Mundo Espiritual.

Nós fomos colocados neste mundo como ―representante de Deus‖ para servirmos como meios e instrumentos de sua realização.

A propósito, onde será que fica esse tão importante Paraíso? Será que ele se localiza em algum lugar do Universo muito distante de nós?

Como nós viemos do Mundo Celestial, eterno e ilimitado, o Paraíso se faz presente dentro de nós. Porém, esse mundo não pode ser visto. Acreditar na existência de algo invisível é realmente difícil. Não é fácil encontrarmos esse Paraíso invisível dentro de nós, mas precisamos entender e reconhecer que ele realmente existe.

Para isso, é necessário refletirmos sobre isso, repetidas vezes. Isto porque a emissão do pensamento de reflexão, creio eu, relaciona-se profundamente com o ato de criação.

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Desejo tornar-me uma pessoa que cultiva constantemente os pensamentos que se seguem.

―Na vida em que estou vivendo agora, existe não apenas a vida carnal, mas também a espiritual, e nela encontra-se o Paraíso eterno e ilimitado que tanto almejo. Creio que, em algum lugar da minha cabeça, existe infalivelmente, um ponto para me contatar com o mundo de alta densidade, denominado Paraíso. Isto porque, já nascemos nesta Terra possuindo esse ponto de encontro. Portanto, o meu pensamento, neste momento, está ligado a algum lugar do Paraíso Terrestre‖.

―Meishu-Sama está tentando utilizar-me como seu instrumento, portanto, devo devolver a ele a minha mente que usava livremente até agora como se fosse minha. Receberei Meishu-Sama como sendo minha mente, e, por isso, quero que me oriente e encaminhe‖.

―E também, obtendo a Vossa permissão de voltar ao Paraíso, que é o início da minha existência, e como pessoa ligada a Meishu-Sama que, concluindo a Transição da Noite para o Dia, está projetando na Terra o Paraíso, o qual entrou na etapa de trabalho de criação completamente nova, desejo poder ser útil nesse trabalho totalmente novo, juntamente com as inúmeras pessoas que também serão recebidos por Vós‖.

Gostaria que os senhores também, cada qual com a sua sensibilidade, fizessem uma reflexão e procurassem retornar ao Paraíso que existe no seu interior.

Os pensamentos vindos do Paraíso, ultrapassam a compreensão alcançada por meio de palavras humanas, e podem se fazer presentes a partir desses pensamentos que citei. Por isso, não precisamos fazer esforços demasiados para entendê-los. Estou convicto de que se conseguirmos confiar em Meishu-Sama, que nascera de novo no mundo celestial e conseguiu realizar tudo, e entregar a ele esses nossos pensamentos, certamente ele nos recompensará organizando nossas idéias e concedendo-nos força.

Para finalizar, estarei orando para que os senhores e todas as pessoas e todas as criaturas do mundo sejam envolvidos pela Luz da Salvação e pela infinita graça de Deus. E também que sejamos úteis na realização da Obra Divina de Meishu-Sama, baseado no Grandioso Plano Divino.

Ao mesmo tempo, reverenciando profundamente Meishu-Sama, o Salvador, e louvando o Supremo Deus, encerro minhas palavras.

Muito obrigado.

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Saudação de Ano Novo do Quarto Líder Espiritual

01 de janeiro de 2006

É com profundo respeito que veneramos Meishu-Sama, que recebeu do Supremo Deus sua personalidade divina e seu espírito e continua , em um só corpo com o Supremo Deus, desenvolvendo vigorosamente a Obra Divina da Criação, transpondo as dimensões do passado, presente e futuro.

Como um elemento em evolução e que está sendo aprimorado, gostaria de saudar o Ano Novo juntamente com os senhores, com muita gratidão por poder dar início a mais um ano, buscando nos tornar pessoas ligadas a Meishu-Sama, que nasceu novamente nesta vida como Messias, o Salvador.

Um feliz Ano Novo a todos!

No ano passado, a começar por desastres de grande escala como tufões e terremotos, aconteceram inúmeros graves acidentes no mundo inteiro.

No momento em que toda a humanidade passa por severas provações, a ―Era de grandes purificações‖ a que Meishu-Sama se referiu, temos que tomar conhecimento que cada um de nós, moradores neste planeta, é um membro da humanidade e por isso, precisamos nos conscientizar que esta situação é o reflexo da postura que viemos tomando em nossa longa caminhada.

E, numa época conturbada como essa, a nossa organização viveu, envolta em grande proteção, um ano muito significativo em que se comemorou os 70 anos de fundação da nossa Igreja, criada por Meishu-Sama com o objetivo de construir o Paraíso Terrestre e salvar a humanidade.

Gostaria então de relembrar algumas das nossas realizações do ano passado.

Foi anunciada no folheto ―DAIKEIRIN no. 3‖, no início da primavera, a diretriz para ―objetivar uma organização única‖.

Todos os senhores aceitaram esta diretriz com sinceridade e, tomando-a como base, estão refletindo sobre a forma como viveram até hoje, e com reflexão e gratidão, vieram desenvolvendo práticas de fé para se religarem a

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Meishu-Sama, o Salvador.

Estou muito agradecido por ter recebido a missão de corresponder ao sentimento de Meishu-Sama que permitiu a unificação da Igreja.

E em cada uma das Igrejas-filiais estão sendo realizadas reuniões e estudos para confirmar os resultados obtidos na prática do espírito contido na Diretriz, procurando, assim, corresponder à Obra Divina de Meishu-Sama.

E estão sendo acumulados casos emocionantes ocorridos nessa busca pela aproximação com Meishu-Sama.

Além disso, esta prática que vem sendo desenvolvida no Japão também está sendo desenvolvida em várias partes do mundo, expandindo cada vez mais a obra de salvação de Meishu-Sama.

Com relação às atividades da Sede Desenvolvimento Conjunto de Projetos, que surgiu em meio às atividades para a reunificação da Igreja, podemos ver que estão sendo realizadas várias reuniões e estudos sobre a diretriz básica para cada Igreja-filial poder cumprir a sua missão.

E ainda com relação a novos temas que surgem dentro destas reuniões, vemos que está sendo cultivada a postura de praticá-las de forma dinâmica e com humildade.

E ao mesmo tempo, cada uma dos grupos vem compreendendo mutuamente suas práticas e a situação de cada grupo através destes projetos particulares. Compreendendo também, mesmo que lentamente, seus equívocos e mal entendidos voltando-se, assim, para a formação de uma única organização.

Passados 5 anos do início dos Cultos na forma de relatório, realizados no Templo Komyo, no Solo Sagrado da Terra Divina, em Hakone, a partir de abril de 1999, conseguimos expandir esta atividade para nos religarmos a Meishu-Sama.

Correspondendo aos respectivos projetos, podemos ver nos três Solos Sagrados práticas que ultrapassam as barreiras criadas por cada grupo.

Falando de uma maneira concreta, estão sendo realizados vários aprimoramentos no Solo Sagrado da Terra Divina (Shinsenkyo) em Hakone onde objetivam aproximar-se de Meishu-Sama.

Por outro lado, no Solo Sagrado da Terra Celestial (Zuiunkyo) em Atami,

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não só os membros, mas muitas pessoas da sociedade, estão tendo contato com a ―Salvação através do Belo‖, pregado por Meishu-Sama, no Museu de Artes MOA.

E o que dá suporte a esta atividade é o grupo de guias voluntários do museu, cujo sentimento de servir vem crescendo cada vez mais.

No Palácio de Cristal, além dele ter seu acesso liberado ao público, em conformidade com o desejo de Meishu-Sama, estão sendo realizados aprimoramentos emocionantes, onde os participantes sentem-se cada vez mais próximos do sentimento de Meishu-Sama.

No Solo Sagrado da Terra da Tranqüilidade (Heiankyo) em Kyoto, com a dedicação de inúmeros membros, foi concluída a primeira etapa de construção com a edificação de um centro de aprimoramento e da reformulação dos jardins. E atualmente está sendo iniciada a segunda etapa de construção.

E dessa maneira, passando pelo Solo Sagrado, o protótipo do Paraíso, além de cada um banhar o corpo e o sentimento em luz, significa que estamos nos esforçando para recebermos a grandiosa Luz e Força de Meishu-Sama. Em adição a isso, gostaria de nos empenhar para adquirirmos a convicção de que existe dentro de nós o Paraíso, ou seja, a essência sagrada habita o nosso ser.

Neste ano de 2006 estamos fazendo dois anos que esta diretriz foi anunciada.

Nem preciso repetir, mas o verdadeiro desejo contido nesta diretriz é objetivar a formação de uma única organização e nos religarmos a Meishu-Sama.

Isto significa que cada um, ou ainda, que cada uma das Igrejas-filiais, que é o agrupamento de indivíduos, deve, consciente da sua responsabilidade global, perdoarem-se unas aos outros, e, realizar uma verdadeira ―revolução da fé‖ que esteja de acordo com a Obra Divina de Meishu-Sama.

E para começarmos a fazer isto, temos que nos conscientizar e refletir sobre a postura que tivemos até agora.

E com este significado, nós não devemos nos limitar apenas às palavras que estão escritas nesta diretriz, mas sim procurar compreender a essência que está contida por detrás das palavras, pois precisamos organizar nosso espírito, sentimento e o nosso coração através dos princípios contidos nesta essência.

A forte decisão de nos voltarmos para o verdadeiro sentido da origem da

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nossa divindade, e este cultivo da nossa fé fará com que sejamos dignos que o sentimento de Meishu-Sama se torne o nosso sentimento e ao mesmo tempo estaremos realizando uma ―mudança interior‖.

E fazendo isso, nós estaremos centralizados em Meishu-Sama e poderemos dedicar na sua Obra Divina.

Neste ano precisamos firmar este sentimento, aprofundar o que viemos aprendendo e praticando da diretriz no decorrer do ano passado, partilhando esta Obra para um número cada vez maior de pessoas.

O acumulo deste esforço fará com que possamos representar cada vez melhor a unificação da Igreja concretizada no Mundo Divino, e juntamente com a evolução de cada um, será permitida a expansão de cada um dos grupos.

Tomando como base o ano passado, onde comemoramos 70 anos da fundação da Igreja, neste ano damos início a uma nova etapa de expansão a ser praticada durante os próximos 10 anos.

E no momento atual, o importante é nos voltarmos para o sentimento de Meishu-Sama por ocasião da fundação da Igreja, e compreender e praticar o desejo de Meishu-Sama impregnado no ensinamento ―A Construção do Mundo da Grandiosa Luz‖.

Isto será a maneira para nos religarmos a Meishu-Sama, através da prática da Diretriz que eu vim falando.

Buscando aceitar como dádivas de Deus a expansão da difusão, a evolução das construções ou as purificações mais severas que são estimuladas pelas pequenas purificações, gostaria de manter centralizando o sentimento de Meishu-Sama em nosso sonen, para podermos ser verdadeiros instrumentos úteis para a Obra Divina.

Gostaria de caminharmos na dedicação à Obra Divina acreditando na força absoluta manifestada por Meishu-Sama, o salvador da humanidade. E além disso acreditar que onde quer que estejamos, nos encontramos sob esta força, e que devemos desejar isto do fundo do coração buscando resultados e orientações com colaboração mutua, procurando nas Obras e Orientações de Meishu-Sama

Por fim, estarei rezando para que todos os senhores, toda a humanidade e ainda para que todas as criaturas sejam abençoados pela ilimitada Luz Divina da salvação. E para que todos possam compartilhar a alegria de dedicar nesta nova fase da Obra Divina.

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Encerro minhas palavras louvando a Deus do fundo do coração através de Meishu-Sama, o Salvador da humanidade.

Muito obrigado.

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Saudação de Kyoshu-Sama

Culto de Início da Primavera

Templo Messiânico – Atami

4 de fevereiro de 2006

Minhas felicitações a todos pelo Culto de Início da Primavera que

realizamos hoje.

É com imenso e profundo respeito que louvamos o Único e Supremo Deus

que outorgou a Meishu-Sama Seu próprio espírito e através dele nos revelou o

Seu objetivo. Segundo este objetivo, Meishu-Sama renasceu como Messias, e

possuindo a personalidade divina de Deus, vem até hoje desenvolvendo

vigorosamente, sem a mínima imprecisão, a Obra Divina da construção,

transpondo as dimensões do presente, do passado e do futuro em um só corpo

com Deus.

Como pessoa que vem sendo formada para se ligar a Meishu-Sama que

nasceu novamente como o Messias, gostaria de agradecer juntamente com

todos os senhores a permissão de poder estar participando deste Culto de Início

da Primavera para louvar a Obra de Deus.

Os senhores estão diariamente se empenhando em suas práticas de fé

dentro da grandiosa Obra Divina, e ao mesmo tempo, se dedicando na

construção do Solo Sagrado da Terra da Tranqüilidade – Heiankyo, alem da

expansão da difusão por vários paises. Eu fico muito feliz por isso.

Eu também fico muito feliz em saber que os senhores estão adquirindo

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atualmente através da ―prática do sonen‖ muitas experiências, e estão com

muita gratidão por elas, pois estas são aprendizados muito importantes. E que

através desta prática esta nascendo a verdadeira alegria.

Pois bem, creio que os senhores estão se empenhando diariamente para

corresponder ao desejo de Meishu-Sama sendo utilizados na Obra Divina de

construção do Paraíso Terrestre e salvação da humanidade, mas hoje gostaria

de falar sobre o que eu venho sentindo e o que é o mais importante no que

Meishu-Sama deseja que todos entendam.

Eu venho sentindo que cada um dos senhores são, verdadeiramente, uma

existência única.

E certamente Deus, que é o pai da vida, olha para nós e fala:

―Eu, primeiro preparei todos vocês no Mundo Divino e, depois, escolhi

você dentre todos, e o estou enviando ao mundo por achar que você é um

elemento necessário. E quero que entenda isso‖.

E, ―Eu possuo um grande amor para com todos os homens e seres vivos, e

estou querendo agraciar a todos. Por isso quero que você entenda que vou

utilizá-lo para difundir este Meu sentimento a todos os seres vivos‖.

E alem disso: ―O fato de cada um de vocês serem diferentes uns dos

outros é porque que cada um de vocês é uma existência importante para mim e,

por isso, os enviei ao mundo. E, em cada um de vocês eu coloquei uma

partícula do Meu espírito, a Minha consciência, juntamente com a respiração e a

minha força da vida, por que eu quero fazer de vocês meus filhos‖.

Será que nós estamos sentindo que somos uma existência única? E será

que nós estamos vivendo com orgulho disso?

Estamos sentindo que nos mantemos vivos aqui neste mundo porque isto

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é importante para Deus?

Estamos entendendo que somos importantes para compartilhar as dádivas

divinas com todos os seres vivos?

Nós estamos sentindo que fomos enviados a este mundo para colocar

ordem e harmonia no que está desarmonizado, colocando vida em todas as

coisas e situações que estão completamente apagadas e sem vida?

Como nós esquecemos e deixamos de lado estes pensamentos básicos,

pensando apenas nas nossas condições social e de saúde, nossa capacidade e

idade, não estaríamos pouco a pouco desistindo por achar que nós não

estaríamos sendo úteis em nada?

E, mesmo dizendo que acreditamos em Deus, não estaríamos procuramos

criar um Deus que seja coerente a nós. E orando e pedindo graças a este Deus

frio e sem vida, nós não estaríamos apenas pedindo coisas que não temos para

nos satisfazer?

Apesar de Deus ter nos escolhido e nos colocado neste mundo por achar

que somos importantes, se não pensarmos em corresponder a este grandioso

sentimento de amor e benevolência Deus não se alegrara, e não teríamos

alternativa se Ele falasse que nós não possuímos amor fraternal.

Tenho a sensação de que vim levando uma vida sem nenhum sentido por

ter sido levado pelo pensamento de que nasci com uma casca e fardo que não

podia mudar.

Acredito que isto se tornou um grande obstáculo que me fez perder de

vista a minha verdadeira existência.

Nós procuramos nos esforçar em melhorar nossa conduta, ler e práticar os

ensinamentos, nos esforçamos para elevar a nossa fé, nos purificarmos cada

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vez mais e para participar da Obra Divina com todo o afinco, ou seja, dar

impulso ao movimento que objetiva o estabelecimento de uma única Igreja.

Entretanto, o mais importante é termos sempre conosco como base para este

esforço, como ponto de início para este pensamento, que fomos escolhidos por

Deus para vir a este mundo porque somos importantes para Ele.

Acredito que este é o pensamento básico, mesmo dentro da ―prática do

sonen‖ que os senhores vem desenvolvendo.

Deus possui a inabalável verdade e um grandioso e profundo amor.

Primeiramente, não deveríamos ter gratidão por nascer neste mundo, e

termos a possibilidade de sermos filhos do Deus supremo e infinito, recebendo

Dele esta preciosa vida?

Por isso, nós que precisamos nos ligar a Meishu-Sama, que nasceu

novamente como o Messias, devemos desejar de todo o coração sermos

utilizados para poder renascer novamente como filhos de Deus, o verdadeiro pai

da vida. Isso sim não poderia se considerado o verdadeiro amor fraternal?

Sendo assim, por possuir uma afinidade tão profunda com Deus, ou seja,

desejar de alguma maneira manter esta relação entre pai e filho com Ele não

seria nenhuma falta de respeito.

Melhor do que isso, Deus não estaria desejando que: ―Já que você se

conscientizou que veio me menosprezando até hoje, já não esta na hora de

você voltar seus pensamentos para mim?‖.

Nós respiramos, sem ter consciência disso, a todo o momento, mas

acredito que Deus se relaciona conosco até mesmo através do ar que nós

inspiramos e expiramos normalmente.

Este ar que nós respiramos é a própria vida de Deus.

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E nisto esta toda a consciência da inteligência Divina que é a força da vida,

capaz de reviver todas as coisas.

No momento em que nós estamos respirando, inspiramos o sopro de alta

densidade que foi expirado por Deus através de Meishu-Sama que é o Messias,

e quando expiramos o ar de baixa densidade, um ar humano, ele é recebido por

Deus através do Messias Meishu-Sama.

Logo, nós não estamos respirando sozinhos. Meishu-Sama nos ensina:

―Todas as coisas, sem nenhuma exceção, respiram‖. Sendo assim, não

estaríamos correspondendo a este sentimento de Deus, ao respirarmos como

representante de toda a humanidade, dos nossos pais e antepassados ligados a

nós pelas nossas células e pelo nosso ―ego‖?

Por isso, quando expiramos, devemos nos voltar ao ponto inicial da vida,

que é a terra natal de nossas almas, entregando nós mesmos a Deus. E quando

inspiramos, devemos inspirar com a consciência de estarmos perpetuando o ar

da Vida Divina. E que através desta respiração, nós estaríamos colocando

ordem nesta grandiosa harmonia, renascendo por intermédio da força de

expiração de Deus. Creio que Deus ficaria muito feliz se o servíssemos com

este pensamento.

E ao mesmo tempo Deus estaria nos criando como Seus próprios filhos

através do ciclo de inspiração e expiração do ar no ato da respiração.

Creio que os senhores estariam correspondendo a este sentimento de

Deus se pensarem sobre isso, mesmo que por alguns segundos, quando os

senhores estão ministrando Johrei ou, mesmo antes de dormir?

Fazendo isso, assim como um filho que corresponde ao amor que é dado

pelos pais, gostaria de podermos aprofundar cada vez mais nossa relação com

Deus, o verdadeiro pai da vida.

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Por fim, estarei orando para todos os senhores, que estão prestes a dar

início a uma nova caminhada neste início de primavera, e para que todas as

pessoas e seres vivos possam ser banhados pela Luz da salvação e pelas

ilimitadas graças divinas. Podendo assim, compartilhar a alegria de sermos

utilizados nesta nova etapa da Obra Divina.

Gostaria de encerrar minhas palavras louvando a Deus em nome do

Salvador, Meishu-Sama.

Muito obrigado.

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Saudação de Kyoshu-Sama

Culto aos Antepassados - 2006

Templo Messiânico de Atami - 1º de julho de 2006

Minhas sinceras felicitações pelo Culto aos Antepassados.

É com profundo respeito que, em minha pequena percepção, lhes digo que o único e Supremo Deus está vivo.

Este Deus Supremo outorgou a Meishu-Sama o Seu próprio espírito e através dele nos revelou a Sua Vontade. Meishu-Sama, obedecendo a esta vontade, renasceu como Messias, ao qual foi atribuída a personalidade divina de Deus Supremo, e vem, em um só corpo com Deus, até hoje, desenvolvendo vigorosamente, sem a mínima interrupção, a Obra Divina da criação, transpondo as dimensões do presente, do passado e do futuro.

Como um de nós que originariamente estava unido a Meishu-Sama por um profundo elo e que está sendo formado para se unir novamente a Ele renascido, agradeci, juntamente com todos os senhores, a Meishu-Sama, que continua vivo, a permissão de estar participando deste Culto aos Antepassados e orei, louvando e venerando a Obra de Deus.

Estou profundamente agradecido a todos os senhores que, com um grande sonho, oferecem sua sincera dedicação na construção do Solo Sagrado de Heiankyo, cuja conformação está ficando cada vez mais bonita e reconfortante.

Ao mesmo tempo, não consigo deixar de desejar nos tornarmos pessoas capazes de corresponder à bênção de termos um local que nos faça recordar o sagrado lugar de paz e tranqüilidade que existe dentro de cada um de nós.

Hoje, também estou muito feliz, pois temos a presença de muitos membros vindos do exterior para participar do Culto aos Antepassados, o que mostra que em vários lugares do mundo as pessoas estão desenvolvendo suas atividades com grande fervor.

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A Igreja Izunome começou um novo sistema a partir do mês de abril e acredito que todos estão se esforçando em servir a essa completamente nova etapa da Obra Divina, cheios de esperança.

Acredito que principalmente os senhores, ministros e membros, unidos sob a liderança do presidente Watanabe estão se empenhando em cultivar uma fé que não menospreza a existência de Deus, através da Prática do Sonen, atividade essa perfeitamente consubstanciada na Lei da Precedência do Espírito sobre a Matéria.

Os senhores estão reconhecendo o poder da consciência humana e quão grande é o poder de influência do sonen. E, ao invés de ficarem discutindo isso como um mero conhecimento, estão se esforçando em procurar conduzir o sonen de acordo com a vontade divina e de gerar o sonen concretamente como forma de praticar os Ensinamentos. Este fervor me deixa realmente emocionado e a forma com que cada um dos senhores lida com seus sentimentos está se tornando um grande aprendizado e motivação para mim.

Através dessa prática muitas pessoas estão recebendo inúmeras comprovações, ou seja, graças, e emoção delas se transmitem até mim quando leio os relatos recebidos.

Ao mesmo tempo, sou forçado a pensar qual o significado da ocorrência de tantas graças.

Eu sinto que, nós, seres humanos, temos a tendência de agradecer principalmente por aquilo que nos é conveniente ou que é melhor para nós, interpretando-o como graça e milagre.

No entanto, originalmente, essas comprovações acontecem para a conveniência de Deus e não para a conveniência do homem.

Eu acredito que os milagres acontecem para que Deus possa revelar a si próprio neste plano terrestre.

Eu penso que Deus está nos guiando através dos milagres para que nós possamos acreditar mais nele e consigamos nos aproximar mais um pouco que seja da Sua Vontade.

Sem nos esquecermos disso, devemos nos perguntar se conseguiríamos acreditar em Deus mesmo sem receber graças. Se, ainda assim, conseguirmos agradecer humildemente à Vontade de Deus, creio que teremos os nossos próprios sentimentos revigorados.

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Gostaria muito que ficassem atentos diante de uma graça recebida, para não serem tomados de vaidade pela sua fé, e isso, mais tarde, trazer arrependimentos.

Eu sinto que a Prática do Sonen que os senhores estão se empenhando atualmente esta sendo possível graças ao grande amor e atuação do Messias, Meishu-Sama.

Na condição de ser humano não é nada fácil conseguir pensar que nos foi entregue uma partícula do espírito de Deus e que existimos para sermos representantes de Deus.

Mesmo assim, a vontade de Deus é que estejamos sempre refletindo com toda nossa sinceridade sobre o que é ser representante de Deus.

Ao mesmo tempo, quando analisamos o fato de nos ter sido atribuído um corpo material, veremos que estamos unidos a todos os elementos da natureza e somos a somatória dos nossos antepassados. Por isso, mesmo achando que somos nós que estamos pensando, temos, dentro do nosso pensamento, a influência de todas as coisas da natureza, bem como a influência do pensamento de inúmeras pessoas, a começar pelo dos nossos antepassados.

Porém, é muito difícil para nós reconhecermos que tudo isto são mensagens importantes confiadas por Meishu-Sama e que somente nós podemos assumi-las.

Principalmente em relação às falhas a que fomos impostos, é muito difícil descobri-las por nós mesmos.

Isto não seria porque a nossa auto-consciência está ―programada‖ para nos diferenciarmos das outras pessoas e nos justificarmos e, com isso, querer descartar qualquer pensamento incômodo ou desfavorável, como se ele não tivesse relação nenhuma conosco?

Eu, particularmente, ficava utilizando a reflexão como uma forma de dissimular e, mesmo acabando cheio de remorso, deixava de lado, esperando que o tempo resolvesse tudo e me fizesse esquecer e, assim deixava uma mensagem importante se perder.

E, quando estamos presunçosos na fé, fica mais difícil admitir que estávamos menosprezando a existência de Deus ou que estávamos dando mais valor ao reconhecimento das pessoas à nossa volta, do que estarmos procurando ser do agrado de Deus. Ainda mais quando se diz respeito a entregar esse sentimento a Deus, creio que não é uma tarefa fácil.

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Mas, na verdade, o que nós somos agora não seria o resultado dessa vida alternando o bem e o mal que nossos antepassados levaram?

Assim, se não conseguirmos aceitar dentro do nosso sentimento todo este bem e mal, e não conseguirmos entregar isso a Deus, como iremos encaminhar nossos antepassados ao caminho da salvação?

E, quando dizemos que entregamos a Meishu-Sama, precisamos interrogar a nós mesmos se não estamos entregando, esperando um resultado conveniente para nós? Será que não estamos entregando, ocultando as nossas falhas? Perguntar a nós mesmos se estamos acreditando que Meishu-Sama continua vivo e se estamos entregando com a certeza de estarmos na posição de pessoas unidas a Meishu-Sama. Também devemos perguntar, mais do que tudo, se não estamos nos esquecendo de que estamos na posição de entregarmos a Meishu-Sama tendo no nosso coração o Paraíso como o mundo da salvação e do renascimento.

Em sua generosidade, Meishu-Sama perdoa este sonen falho e egoísta que possuímos, apoiando-nos mais do que o suficiente, permitindo-nos lapidar através da Prática do Sonen. Portanto, devemos cultivar um sentimento que consiga agradecer pelo seu grandioso amor e atuação.

Por isso, precisamos nos policiar muito para que, quando virmos a melhora da situação à nossa volta ou a melhora de nosso estado físico não acharmos que isso se deu graças ao nosso pensamento ou porque compreendemos algo.

Além do mais, achar que Meishu-Sama reconheceu você, só porque compreendeu algo, é subestimar a Deus.

Precisa estar claro para nós que, se Meishu-Sama, que é o Messias, objetivando nos formar e unir a Ele, não se manifestar em nós, querendo nos ensinar, jamais conseguiremos ter esses pensamentos.

Gostaria que todos tomassem bastante cuidado para não cairmos na armadilha de pensar que compreendemos por conta própria ou querer servir apenas com o nosso próprio pensamento, pois quanto mais nos empenharmos, mais esse risco correremos.

Assim, quando somos tomados de alegria por ter recebido uma graça, achando que a conseguimos por termos compreendido o sentimento de Meishu-Sama, devemos nos esforçar, não esquecendo a humildade de reconhecer que quem nos leva a sentir é Meishu-Sama, pois, assim, estaremos fortalecendo cada vez mais o nosso elo com Meishu-Sama.

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Como Meishu-Sama está objetivando nos unir em um só corpo com ele, assim como na respiração, devemos desejar verdadeiramente recebê-lo dentro de nós e, a cada instante, a cada momento, nos tornarmos uma folha de papel em branco. Se conseguirmos acreditar de todo o coração que Meishu-Sama está querendo nos mostrar alguma coisa ao se manifestar dentro de nós, e ao buscarmos isso, iremos despertar para o sentimento de Meishu-Sama e para a essência de seus Ensinamentos, tornando-se possível compreendê-los gradualmente.

Acredito que, de uma forma ou de outra, Meishu-Sama está permitindo-nos que, através das inúmeras experiências que acontecem, possamos treinar o nosso coração.

A nossa visão sobre as coisas e o nosso campo de raciocínio são estreitos e limitados.

Melhor do que entregar para Meishu-Sama, na qualidade de individuo, o nosso coração repleto de desejos e sofrimentos para que Ele faça algo por nós, devemos reconhecer que os vários sentimentos que ocorrem dentro do nosso coração, são para relacionar à salvação de toda a humanidade, nos voltarmos para Meishu-Sama, e, na posição de quem tem a qualidade de pessoas unidas a Ele, nós o deixaríamos contente se, com toda a coragem, disséssemos: ―gostaria de ser utilizado juntamente com meu pai, minha mãe e meus antepassados e as muitas outras pessoas que existem dentro de mim, em prol da concretização do sentimento de Meishu-Sama‖.

Eu mesmo sinto que preciso, no meu cotidiano, cultivar um sentimento capaz de me fazer pensar desta forma com naturalidade.

Não podemos esquecer que esta posição ―formalmente reconhecida‖ de pessoas unidas a Meishu-Sama, a que me referi agora, é a nossa verdadeira essência, ou seja, o nosso verdadeiro eu.

A Prática do Sonen, ou seja, a forma como devemos utilizar a força do sonen que cada um recebeu, é o grande tema da tarefa atribuída a toda humanidade.

O caminho que devemos tomar através desta prática, não é a de nos tornarmos pessoas bem vistas pelos outros, muito menos para aumentarmos nosso valor pessoal ou, ainda, para vangloriarmos da correção da forma como agimos com Deus.

O nosso caminho a percorrer é praticamente o oposto a este. Ele não é outro, senão o de buscar saber o quanto somos imperfeitos perante Deus e, embora difícil, devemos procurar saber o que Deus deseja, e como nos tornar

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filhos que alegram a Deus.

Não seria para isso que nós estamos sendo unidos novamente a Meishu-Sama, que renasceu como Messias, e nos esforçando, buscando nos tornar representantes de Deus no verdadeiro sentido?

Não estaríamos, ao mesmo tempo em que nascemos como ―filhos do homem‖ através de nossos pais, que fazem parte da obra de criação do Supremo Deus, independentemente do corpo material, buscando morar no Paraíso como filhos de Deus Supremo que conquistaram a vida eterna?

Como vimos no salmo de hoje: “Enquanto estivermos neste mundo, precisamos saber quem é o pai da nossa vida eterna”, gostaria que todos

sentissem o espírito de Meishu-Sama impregnado neste salmo, e aprendessem com ele.

Realizamos, hoje, o Culto aos Antepassados, e, aproveitando o ensejo, gostaria de analisar como estamos compreendendo sobre nossos pais e demais antepassados que já faleceram.

Será que possuímos o firme pensamento de que nossos antepassados continuam vivos?

Como nossos antepassados já não estão mais nesta dimensão, onde possuíam um corpo físico, será que não estaríamos considerando que eles estão mortos?

No entanto, a consciência deles não estaria evoluindo continuamente, como elemento altamente concentrado, sem se extinguir e, bem junto a nós?

A consciência e o código genético dos antepassados então unidos dentro de nós e, embora estejam permitindo a nossa existência, por não conseguirmos ver a sua figura em forma de corpo físico, não pensamos neles como vivos, e o nosso coração tende a tê-los como mortos.

Será que diante de uma pessoa prestes a encerrar sua vida física, não estaríamos vendo esse fato como o fim de sua vida?

No pensamento das pessoas em geral, o funeral, a celebração de finados, cultos de aniversário de falecimento, além de outras formas de sufrágio, são realizados para os mortos.

Será que deveríamos deixar o nosso sonen sofrer a influência desta maneira de raciocinar?

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Meishu-Sama nos ensinou que a vida do ser humano é eterna.

Ele escreveu os seguintes poemas:

“O homem que tem consciência da eternidade da vida é um verdadeiro homem” e “Salvar todos os seres vivos é ensinar o caminho da vida eterna”.

Através destes poemas, não estaria Meishu-Sama querendo nos mostrar como é importante saber que a vida do ser humano é eterna e que somos salvos quando temos ciência que a vida evolui eternamente?

Mesmo assim, vim persistindo na minha costumeira maneira de pensar, mantendo fixamente a imagem sobre a morte que possuía até hoje.

Vivi até hoje sem ter noção de que deixei os meus antepassados presos no estado de morte, uma vez que eu também fui levado pelo redemoinho do mundo do sonen de toda humanidade cujos antepassados morreram sem ter tido conhecimento da vida eterna.

O Supremo Deus é a própria vida. E, se Ele permite que todas as criaturas a que deu vida em todas as dimensões mantenham a vida, se eu fui contra este principio da criação, e considerei os falecidos como existências que não estão mais vivas, é certo que cometi uma grande insolência contra Supremo Deus.

Mesmo com relação aos meus antepassados, pelo fato de eu ter conduzido o meu sentimento desta maneira, acabei por fechar o caminho da salvação deles. O que é algo que não tenho como me desculpar.

Encarando meus antepassados como mortos, não terei o que argumentar quando Supremo Deus olhar para mim, que sou a soma de milhares de antepassados, e me disser: ―Você parece um morto vivo‖.

O que precisamos fazer, então?

Para que nós e nossos antepassados nos tornemos existências vivas, precisamos acreditar no Deus Supremo, que vive eternamente, e criar um sonen para nos relacionarmos com esses assuntos.

Com a geração desse tipo de sonen, a nossa auto-consciência, que herdamos de nossos antepassados, se interligará com a consciência original do Supremo Deus, e, fundindo-se com esta última, provocará uma mudança estrutural molecular até mesmo na dimensão denominada Mundo Espiritual, nos tornando capazes de crescer dentro do eterno plano de evolução.

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Para corresponder a esta bênção, precisamos dedicar para que o maior número de antepassados possa ser envolvido pelo sentimento de Meishu-Sama que vive intensamente até hoje, aprofundando nosso relacionamento com Ele.

Precisamos corrigir constantemente o nosso sentimento e ter o firme sonen de que ―os meus antepassados não estão mortos, eles estão vivos dentro de mim com toda intensidade‖, ou ainda que, ―muitos dos meus antepassados se encontram em estado de consciência adormecida neste momento. Por isso quero que eles despertem pela Grande Luz do Deus Supremo, para poderem crescer e se tornarem uma existência ativa junto comigo‖.

É necessário descobrir Meishu-Sama dentro de nós e, criarmos o hábito de entregar as manifestações de nossos antepassados para Meishu-Sama e pedir-lhe que una nossos antepassados a nós como existências vivas.

Ou seja, nós, que vivemos juntos com nossos antepassados, precisamos evoluir ao ponto de preencher o nosso interior com o alimento da vida.

Então, por que é possível para nós sermos utilizados nesta Obra?

Não seria porque, antes de nós nascermos e os nossos antepassados terem nascido com um corpo físico neste mundo, já não teríamos sido preparados no Mundo Divino, onde Meishu-Sama se encontra, para fazermos parte desta obra de salvação e ressurreição?

Não seria, também, porque nós teríamos recebido juntamente com Meishu-Sama o sopro da vida do Supremo Deus?

Enquanto estamos neste mundo, nós acabamos nos esquecendo da preciosa respiração da vida que nos mantêm vivos.

Meishu-Sama ainda permanece vivo.

Vamos, nós também, tornarmos pessoas com vida ativa.

Vamos relembrar, agora, que um dia já vivemos juntos com Meishu-Sama, vamos voltar a esse mundo, ou seja, ao ponto inicial da Criação e praticar uma respiração viva que seja capaz de nos ressuscitar.

Chegou uma nova manhã. Vamos despertar, através do brilho da grande Luz Divina, deste longo período em que estivemos adormecidos.

Há 75 anos, em 15 de junho de 1931, Meishu-Sama recebeu, no Monte Nokoguiri, a revelação da transição da Era da Noite para a Era do Dia. Vamos,

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neste momento, com o forte desejo de relembrarmos dessa revelação divina, respirar o ar renovado desta nova manhã.

Vamos nos aperfeiçoar para que, em colaboração mútua, antepassados e nós, possamos manifestar a Obra que permite a ressurreição e a revitalização do mundo.

Por fim, estarei orando para que todos possam desenvolver suas dedicações nesta nova fase, com alegria e ajuda mútua, a partir do Culto aos Antepassados de hoje, e para que, através dos senhores, as bênçãos e a ilimitada Luz da salvação do Supremo Deus possam chegar a toda a humanidade e todas as criaturas. Encerro minhas palavras louvando a Deus em nome de Meishu-Sama.

Muito obrigado. Expresso, juntamente com todos os senhores, minha gratidão ao Supremo Deus.

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Palavras de Kyoshu-Sama

Culto de Natalício de Meishu-Sama

Templo Messiânico de Atami – 22 de dezembro de 2006

Felicitações a todos pelo Culto de Natalício de Meishu-Sama. É com profundo respeito que, em minha pequena percepção, lhes digo

que o Supremo Deus, que vive por toda a eternidade, outorgou uma partícula de seu espírito a Meishu-Sama, e que Ele se fez presente aqui na Terra através de Meishu-Sama, seu filho. Obedecendo a vontade de Deus Supremo, Meishu-Sama renasceu como o Messias, ao qual foi atribuída a personalidade Divina de Deus Supremo, desenvolvendo harmonicamente a Obra Divina transcendendo do mundo invisível para o visível, ou seja, do mundo constituído de elementos finos, de alta freqüência, para o mundo constituído de elementos não refinados, de baixa freqüência, ultrapassando as barreiras do tempo e do espaço, em um só corpo com o Supremo Deus.

Nós, que fomos preparados originariamente juntos com Meishu-Sama no Mundo Divino, que é o mundo da criação, devemos ter Meishu-Sama como modelo para que possamos renascer como verdadeiros filhos que alegram o Supremo Deus, nos empenhando em evoluir constantemente. Como uma destas pessoas, eu gostaria de agradecer juntamente com todos os senhores a Meishu-Sama, que continua vivo, a permissão e poder estar neste Culto de Natalício orando e louvando a Obra de Deus Supremo.

Estou profundamente agradecido à dedicação sincera de todos os senhores na construção do Solo Sagrado do Heiankyo, e pelo esforço em expandir as 3 Colunas da Salvação por todo o Japão, e também por todo o mundo, buscando dedicar na Obra Divina sob os desígnios de Meishu-Sama.

Também estou muito agradecido, especialmente, pelo fato de todos os senhores, ministros e membros, sob a liderança do Presidente Watanabe, estarem se empenhando em fazer, de forma perfeitamente baseada na Lei do Espírito Precede a Matéria, a prática do sonen, em todo o Japão e também no exterior.

Eu também fico muito emocionado ao ler os inúmeros relatos sobre a forma como os senhores estão mudando a maneira de utilizar o sentimento (kokoro), através da prática do sonen, objetivando, através dela, cultivar a fé centralizada em Deus, fé essa tão importante na vida dos homens.

É, também, possível perceber as várias mudanças que estão acontecendo no mundo material, mas eu gostaria que ao falar sobre estas mudanças, vocês não se orgulhassem de sua fé. Mas sim, fossem pouco a pouco desenvolvendo a compreensão de quão grandiosa é a força do Supremo

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Deus, a qual Meishu-Sama se referiu como a ―Força Absoluta‖, e aprofundassem a compreensão e o reconhecimento sobre a origem da força de Messias – Meishu-Sama.

Nós utilizamos as ―palavras‖ todos os dias de forma tão natural, mas o sonen é constantemente manifestado através dessas palavras.

Nós escutamos e falamos através das ―palavras‖, lemos e escrevemos através das ―letras‖, e formulamos os pensamentos através das palavras que usamos no nosso dia-a-dia.

Meishu-Sama deixou escrito em seus ensinamentos que tanto os ―fonemas‖ como as ―letras‖ foram criados por Deus. E nos deixou, também, a caligrafia com os dizeres: ―O Verbo é Deus‖.

Vejo que até hoje vim utilizando as palavras, que foram criadas por Deus, de forma leviana, como se elas pertencessem ao ser humano, utilizando-as de acordo com a minha própria conveniência.

Assim, sinto que estava maculanado algo criado por Deus e, por conseguinte, maculando a mim mesmo.

Por isso, acredito que preciso pedir perdão a Meishu-Sama, e me esforçar para usar a palavra criada por Deus, não de forma banal, mas utilizá-las como palavras que têm vida.

Mesmo durante a prática do sonen, não devemos priorizar o nosso pensamento. Devemos praticar orando para Meishu-Sama pedindo para que consigamos organizar nosso pensamento e utilizarmos palavras que sejam coerentes com o sentimento de Meishu-Sama.

Estamos comemorando, hoje, no Culto de Natalício, o dia do nascimento de Meishu-Sama na terra.

A propósito, nós também nascemos aqui na terra. Então, como será que Deus está vendo a nossa função aqui neste mundo?

Vivemos tão ocupados, no trabalho e no nosso dia-a-dia, para acharmos que temos alguma relação especial com a Obra Divina, mas na verdade não estaria sendo preparada uma função para cada um de nós, sem nenhuma exceção, para sermos utilizados por Deus na Sua obra de criação?

Por isso, não devemos achar que estamos meramente crescendo como seres humanos. Devemos pensar que nascemos neste mundo por que somos necessários a Deus.

Podemos achar que não somos existências importantes, quando nos analisamos humanamente, mas tomando como base a Obra da Criação, acredito que Deus está nos dando a oportunidade de renascermos como seus verdadeiros filhos.

Se Ele não tivesse nos colocado em uma posição onde possamos renascer, ou seja, possamos ser criados como seus filhos, não haveria a necessidade do Supremo Deus nos outorgar a vida neste mundo.

O Supremo Deus da Criação fez primeiro o Mundo Divino, onde Ele preparou os elementos básicos de todas as coisas. Depois, dentro dos vários processos de evolução, Ele criou a carne e o sangue, para, por fim, nos colocar nesse mundo como seres humanos.

Dessa forma, nos tornamos seres humanos formados por todos os elementos criados por Deus, e possuidores de uma autoconsciência herdada de

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várias gerações de antepassados. Eu não posso deixar de pensar que nós recebemos uma alma de Deus

Supremo, e a vida e a consciência que vem dessa origem. E que Ele nos permitiu possuir uma autoconsciência para que pudéssemos perceber que somos existências diferentes Dele, e que somos existências capazes de renascer como Seus filhos, e devemos nos esforçar nesse sentido.

Nós recebemos tudo isso de Deus Supremo, como se tudo isso fosse nosso, porém nós pensamos apenas nos pais materiais e dificilmente pensamos em Deus Supremo da Criação como nosso pai.

Será que não fazemos isso porque nossa compreensão sobre a Obra da Criação é obscura, pensando apenas nos problemas que existem à nossa frente?

Se aceitarmos a Obra da Criação de Deus e trabalharmos para ela, mesmo que agora sejamos filhos do homem, nós poderemos nos tornar filhos de Deus. Eu acredito que a vontade do Supremo Deus é que continuemos existindo eternamente sem perder essa consciência.

Se nos tornarmos pessoas que conseguiram conquistar a vida eterna, será Deus não passaria a nos achar pessoas adequadas para chamar de seus filhos?

Porém, mesmo sabendo da existência do Mundo Espiritual, nós ficamos presos aos costumes, achando que a vida acaba junto com a morte do corpo carnal. Preocupados se seremos pessoas magníficas ou não, nos vemos apenas como um ser humano, ou seja, não objetivamos outra coisa a não ser a criação como filhos de homens?

Mas na verdade, o paraíso que existe dentro de nós é um mundo eterno e de alta freqüência, por isso devemos nos fundir a este mundo de alta freqüência e renascendo novamente, nos voltarmos a esse paraíso, que é a nossa verdadeira essência, evoluindo ao ponto de nos tornarmos seres de freqüência elevada.

A nossa fé não deveria ser no sentido de esforçarmos para, unidos a Meishu-Sama que é o protótipo do renascimento como Salvador, e estarmos crescendo continuamente como recipientes para distribuir ao máximo os maravilhosos frutos do paraíso a todos, desejando que a freqüência da nossa autoconsciência se eleve? E será que Meishu-Sama não nos teria outorgado o Johrei para esse objetivo?

A autoconsciência de alta freqüência é a representação da consciência projetada do paraíso repleto de luz. Por isso, vista por Deus, ela é um sentimento (kokoro) alegre e radiante. A autoconsciência de baixa freqüência é a representação da consciência centralizada na natureza humana, por isso, para Deus, ela é um sentimento triste e sombrio.

Por isso, gostaria de tomarmos cuidado para não nos esquecermos, em momento algum, de direcionarmos sempre o nosso pensamento para o paraíso que é a nossa verdadeira essência e local onde Meishu-Sama se encontra.

Meishu-Sama também ensinou para nós em seus ensinamentos o quanto nós, seres humanos, somos ignorantes, o quanto viemos menosprezando a existência de Deus e agindo contra Ele. Com isso creio que ele esta nos ensinando que Deus é a nossa própria vida, e ao mesmo tempo em

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que Ele escuta silenciosamente os murmúrios de dentro do nosso coração, vem nos educando, fazendo com que nós reconheçamos e compreendamos, por pouco que seja, a estreita relação que temos com Ele.

Nesse sentido, é necessário que busquemos possuir sempre uma fé natural lastreada no sentimento de humildade.

Gostaria que todos conseguissem ter a fé que Meishu-Sama falou no ensinamento: ―Precisamos consolidar a Fé a ponto de que as pessoas não consigam perceber a que religião pertencemos‖.

Freqüentemente, dizemos: ―Eu quero ser utilizado na Obra de Deus‖, ―Eu quero ser utilizado como instrumento de Deus‖, ou ainda ―Eu quero dedicar na Obra de Deus‖, mas em que condição podemos ser facilmente utilizados por Deus?

Que tipo de sonen precisamos ter para nos tornarmos um instrumento, um recipiente ou um veículo adequado para Meishu-Sama se manifestar?

Originariamente nós fomos colocados neste plano terrestre, como partículas do Supremo Deus preparadas no paraíso juntamente com Meishu-Sama, e a cada um de nós foi atribuído o paraíso e um tempo e espaço para sermos utilizados na Obra de Deus.

Por tanto em primeiro lugar, nós precisamos aceitar a Vontade da criação de Deus, e desejar ter um sonen uníssono com esta vontade.

Não seria por isso que nós estamos nos esforçando para retornar a Meishu-Sama e colocá-lo como o centro de nossas vidas?

Porém, será muito difícil de sermos utilizados por Deus se em nosso pensamento, nós estivermos maciçamente presentes, ao invés de Meishu-Sama estar presente.

Eu sinto que a nossa autoconsciência limitada, pouco a pouco está, sem que o percebamos, nos prendendo e nos amarrando a um emaranhado de sentimentos.

Na verdade, dentro de tudo que Deus criou, não existe nada que nos pertença, e, portanto, precisamos devolver a Deus esta alma que utilizamos como se fosse nossa e esta autoconsciência, entregando tudo a Meishu-Sama, para que elas sejam reconstruídas.

Se fizermos assim, nosso sentimento será libertado e estará mais livre, dócil e obediente, atingindo, assim, a condição de sermos utilizados por Deus.

A propósito, a palavra fé que tanto utilizamos, é uma questão do nosso

próprio sonen, e podemos dizer que o sonen é, por sua vez, a manifestação de nossa autoconsciência.

E, como eu disse, há pouco, a nossa autoconsciência foi criada a partir da evolução do corpo carnal que é formado por todos os elementos da natureza, por isso, dentro de nós estão contidas todas as informações genéticas de nossos pais e antepassados.

Dentro destas informações genéticas está contida toda a atuação da humanidade; portanto não podemos evitar que, dentro de nós e à nossa volta, surjam inúmeras situações difíceis.

Acredito, portanto, que o importante é saber com que sentimento iremos enfrentar estas situações difíceis.

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Nós seres humanos costumamos rezar com toda a força, buscando a nossa própria salvação, de acordo com a nossa própria conveniência, mas acho que com esse tipo de sentimento pequeno e limitado, fica difícil sermos utilizados por Deus que possui um sentimento amplo e generoso.

Deus precisa de nós para receber as pessoas no paraíso, e por isso nos uniu a Meishu-Sama, portanto é necessário que dediquemos com este sentimento.

Quando nós nos deparamos com situações difíceis, quando sentimos sofrimentos e angustias, ou quando percebemos nossas falhas, é por que Deus está iluminando os pontos que a humanidade precisa ultrapassar e está desejando concretizar a sua vontade através de uma forma completamente nova, baseada numa grande harmonia.

Assim, acredito que é nossa missão dizer, voltados para o nosso próprio interior, para os antepassados que constituem o nosso código genético: ―Muito obrigado por tudo! Eu vou entregá-los para que, juntamente comigo, todos possamos ser perdoados, purificados, salvos e ressuscitados‖. E, voltando-nos a Meishu-Sama, que está junto com o Supremo Deus, vamos, juntamente com a nossa respiração,nos entregar, como se estivéssemos nos entregando de corpo e alma dizendo: ―Agora, a começar pelos antepassados que estão unidos a mim, juntamente com toda a humanidade, estou aqui de volta, perante o Senhor. Por favor, nos receba no paraíso, nos utilize todos juntos, para concretizar a Vossa Vontade‖.

Além disso tudo, fui levado a perceber mais um ponto muito importante. Nós, seres humanos, possuímos o bem e o mal dentro de nós. No mundo, acontecem tanto atuações do bem como ações do mal. Da

mesma forma, dentro do meu coração também existem sentimentos bons e sentimentos ruins.

No salmo de Meishu-Sama: “Este mundo, onde se digladiam duas grandes forças, também faz parte da Obra de Deus”, acredito que ele falava

a esse respeito. Contudo, Meishu-Sama está nos ensinando que Deus Supremo,

através da Força Absoluta, está dando seqüência à transição, onde libertará toda humanidade do confronto entre as força do Bem e do Mal que acontece nesse mundo, e unirá estas duas forças harmonicamente, transformando este mundo em um mundo completamente novo onde o ser humano possuirá, também, sentimento completamente novo.

E para a concretização desta Obra, acredito que Deus Supremo nos uniu a Meishu-Sama e está nos utilizando.

E como Meishu-Sama escreveu em seu salmo: ―Mesmo sendo imperceptível aos olhos humanos, a Obra de Deus já se concretizou no Mundo Espiritual‖, a Obra de Deus, mesmo não sendo vista pelos olhos humanos, já está sendo concretizada no Mundo Espiritual, ou seja, no paraíso.

É por termos este paraíso dentro de nós, é que, mesmo enfrentando dificuldades, conseguimos pensar que, se elas forem resolvidas, nos tornaríamos muito felizes.

Este sentimento fica escondido atrás do sentimento de preocupação que sentimos nas horas difíceis, por isso é muito difícil dele ser constatado, mas

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acredito que é possível reconhecer que ele existe dentro do nosso coração. E tenho certeza que Deus também deseja nos ver felizes. No entanto, eu acredito que, como pessoas que estão sendo formadas

como filhos de Deus, nossa maior missão é, servir com o intuito de alegrar a Deus e concretizar a Sua Vontade.

A nossa verdadeira alegria, na verdade, é a alegria de Deus que se faz presente em nosso coração, fazendo brotar em nós a alegria, a felicidade, a gratidão e a emoção.

Portanto, mesmo que ainda não tenha sentido a emoção brotar, a alegria e a gratidão estão sempre escondidas atrás do nosso sentimento. Acreditando nisso, é importante tomarmos coragem e entregar estes sentimentos de alegria e gratidão para Meishu-Sama, que está junto ao Supremo Deus, como se nós já os tivéssemos sentido.

E, também, quando sentimos alegria e gratidão, costumamos fazer disso apenas a nossa alegria, e, mesmo falando em ter gratidão, limitamos isso a nós mesmos, tendendo ao orgulho e a uma supervalorização de nós mesmos.

Para não cairmos nesta armadilha quando realmente estes sentimentos brotarem em nossos corações, devemos, de forma discreta e com humildade, não tornar sentimento apenas nosso, e devemos agradecer a Deus que nos permitiu vivenciar isso, louvando a glória de Deus, que está vivo dentro de nós, e nos permitiu sentir esta alegria.

Então, acredito que oferecer ao Supremo Deus que está junto com o salvador Meishu-Sama, a alegria e gratidão que estamos tendo a permissão de sentir, e pedir para que sejamos utilizados cada vez mais para difundir as suas graças a todas as pessoas á nossa volta, é a forma mais concreta de respeito a Deus.

Os senhores que estão presentes neste Culto de Natalício, estão no Solo Sagrado de Zuiunkyo, que é o modelo do Paraíso Terrestre onde Meishu-Sama disse que iria projetar no plano material, o paraíso do Mundo Divino. No entanto, o paraíso inicial, a origem do modelo, está dentro dos senhores. Está na origem do sonen de todos os senhores.

Os senhores foram colocados neste mundo para servir a Obra de projeção do paraíso, que é mundo onde a criação se iniciou, neste plano terrestre, que é o mundo onde a criação se completa.

Os senhores, hoje, vieram ao Solo Sagrado, que é o modelo visível do paraíso invisível. Portanto, gostaria que sentissem plenamente o Solo Sagrado e, assim, relembrassem o seu paraíso, onde a criação se iniciou.

Voltando seus corações para o paraíso que há dentro de cada um, e juntamente com Meishu-Sama que continua vivo dentro desse paraíso, sentissem a alegria de herdar o sopro da vida do Supremo Deus. E gostaria que todos tivessem a esperança de poder sentir, por pouco que seja, a essência da vontade da criação.

E, mesmo quando não estiverem no Solo Sagrado, desejo que mantenham a vontade de sentir esta sensação, e que mantenham uma respiração viva.

Também, gostaria que os senhores dividissem esta respiração viva com seus inúmeros antepassados que estão vivos dentro dos senhores, com toda a

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humanidade e com todas as coisas do mundo. Eu também desejo respirar juntamente com todos os senhores e

aprofundando nossos conhecimentos, servir nesta nova etapa da Obra Divina. Por fim, estarei orando para que todos possam ter um ano novo, repleto

de graças, alegria e esperança, sob a constante orientação divina. Vamos juntos em nome do salvador Meishu-Sama, louvar a Deus e oferecer a nossa profunda gratidão.

Prosperidade a todos. Muito obrigado.

Palavras de Kyoshu-Sama Oração de Comunicação de abril de 2007

da Igreja Messiânica Mundial

Hakone, 27 de abril de 2007

Local: Santuário Komyo

Senhores, muito obrigado pela dedicação durante este mês.

Gostaria de tomar alguns minutos dos senhores e expor o meu atual sentimento.

É algo evidente, mas estou vivendo o dia-a-dia. A respeito de estar vivo, significa que eu penso, estudo, acredito e me empenho. Assim sendo, como ser humano, sinto que estou realizando todo e qualquer trabalho baseado em meu pensamento e ação.

Todavia, creio que Meishu-Sama tinha a clara noção de que o Supremo e Único Deus, de vida eterna, vivia em seu interior como alma, consciência e vida.

Em todo momento sinto que a minha postura de pensar e de agir não estão correspondendo, fundamentalmente, à vontade de Meishu-Sama.

Sem sombra de dúvida, Meishu-Sama encontrava-se no estado de espírito em que o Supremo Deus vivia no seu interior. E é, por isso, que ele afirmava, por exemplo que ―O homem se transforma em animal quando se corrompe, e em Ser divino, quando se eleva‖ ou ainda ―(Deve haver) ... a evolução do homem animal para o homem divino. E o lugar onde se reúnem homens divinos poderia ser outro, que não o Paraíso Terrestre?‖ E nos ensinou, ainda, que devemos nos esforçar para nos tornarmos filhos de

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Deus e não filhos do pecado.

E, finalmente, no ano anterior à sua ascensão, Meishu-Sama declarou que ele era o verdadeiro filho do Supremo Deus que sucedera a Sua Obra Divina, ou seja, que ele havia nascido de novo nesta vida como Messias e afirmou que ele era um bebê recém-nascido. E também, logo após, ele comemorou esse fato em forma de Cerimônia de Comemoração Provisória da Vinda do Messias.

Eu não posso deixar de pensar que o fato de Meishu-Sama ter declarado, conclusivamente, o seu novo nascimento e comemorado esse acontecimento, era para mostrar à humanidade, a figura de homem ela deve objetivar.

Acredito que esse feito de Meishu-Sama é o ―modelo‖ que toda a humanidade deve objetivar. Sinto que preciso aprender sobre isso através de Meishu-Sama e, ser criado e educado por Ele, para que, ligado à sua dimensão espiritual como Messias, possa ter a permissão de renascer de novo nesta vida como filho do Supremo Deus.

Este, sim, é o caminho que nos conduz á nossa própria perfeição, é o caminho do servir a Obra Divina, cuja realização, creio eu, não será possível sem que recebamos a Força Absoluta.

Esse é o meu estado de espírito do momento.

Desejo encerrar as minhas palavras, orando a Meishu-Sama para que ele conceda aos senhores o seu encaminhamento e grandes graças sobre a vossa doravante dedicação. Muito obrigado.

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Saudação de Ano Novo de Kyoshu-Sama

Templo Messiânico de Atami – 1 de janeiro de 2007

É com profundo respeito que, em minha pequena percepção, lhes digo que o Supremo Deus, que vive por toda a eternidade, outorgou Sua divindade juntamente com Seu espírito a Meishu-Sama que vem em um só corpo com Deus, transcendendo as barreiras do tempo e do espaço, desenvolvendo harmoniosamente a Obra Divina de criação, do mundo invisível para o visível.

E, como um integrante desta obra de crescimento e evolução infinita que tem Meishu-Sama, que renasceu como o Messias – o nosso salvador - como um modelo que existe dentro de nós, agradeço do fundo do meu coração por poder estar começando mais um ano maravilhoso juntamente com todos os senhores.

Feliz Ano Novo a todos. Gostaria de transmitir a todos os senhores de forma geral os pontos de

vistas da Comitiva do Projeto Conjunto de Unificação da Igreja Mãe, baseado em um material de estudos elaborado no começo deste ano.

Relembrando o ano que se passou, realmente foi um passo de cada vez, mas foi um ano onde podemos dizer que a unificação da igreja caminhou a passos firmes.

A Comitiva do Projeto Conjunto de Unificação da Igreja Mãe, um pouco antes da escolha da nova diretoria em abril do ano passado, começou suas atividades renovando o seu sentimento de realizar a verdadeira unificação da Igreja, ou seja, determinou de forma clara a sua intenção de realizar uma unificação baseada na lei do espírito precede a matéria.

Como parte deste empenho, os representantes de cada uma das três organizações fizeram um encontro onde conversaram alegremente, cheios de esperança sobre suas idéias e decisões futuras, baseados na diretriz.

A respeito de cada um dos projetos, vem sendo feito um empenho sério para cumprirem sua missão e foi elaborado um material de estudo único para todos os grupos baseado nos ensinamentos e nas realizações de Meishu-Sama sobre cada área.

E para ampliar e desenvolver a confiança adquirida através destas atividades em conjunto, estão sendo realizadas confraternizações entre os diretores de cada grupo, e também entre os representantes dos integrantes de cada região.

Através destas confraternizações, conversando e refletindo a respeito do caminho que cada um tomou até hoje, estamos adquirindo uma maior compreensão sobre a situação atual de cada uma das partes, apesar das diferenças criadas por esta separação de mais de 20 anos. Cada um conseguiu falar abertamente sobre suas intenções daqui para frente e sobre como unir as

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forças para realizar a verdadeira unificação. Por outro lado, os diretores de cada uma das organizações, vem

discutindo seriamente a respeito de como aceitar a vontade divina da purificação dentro da Obra Divina e como terão a permissão de realizar atividades que estejam de acordo com o sentimento de Meishu-Sama.

Como resultado destes esforços, conseguimos relatar por escrito o nosso compromisso a Meishu-Sama que desenvolve plenamente a Obra Divina os pontos que devemos perceber e melhorar.

Quero agradecer do fundo do coração a Meishu-Sama por estarmos caminhando rumo ao ―retorno a Obra Divina‖ de Meishu-Sama.

Ao mesmo tempo, estou orando para que Meishu-Sama nos permita realizar o compromisso feito por cada uma das organizações com relação aos pontos a perceber e melhorar.

A propósito, olhando a sociedade, o ano passado foi um ano de muitas tragédias e tristes incidentes onde tivemos, dentro e fora do país, grandes desastres naturais, a deteriorização da família, a ruína da educação, podemos até dizer, a ruína do próprio sistema social.

Realmente, parece até mesmo ser a chegada da época de grande purificação anunciada por Meishu-Sama.

E neste grande período de transição do mundo, o Supremo Deus atribuiu a Meishu-Sama inteligência e força divina para grande responsabilidade de realizar a salvação, ou seja, a grande missão de salvação da humanidade e construção do Paraíso Terrestre.

Assim, Meishu-Sama, que carrega com sigo esta grande responsabilidade, atraiu pra si pessoas possuem afinidade, criou a Igreja Messiânica e através de dela vem desenvolvendo a Obra Divina ainda hoje do Mundo Divino.

Atualmente, quanto mais adentramos na época de grande purificação, e quanto mais é permitida a reconciliação da nossa organização, que passou por uma purificação sem precedentes, mais o ser humano e principalmente os membros precisam estar sempre buscando qual deve ser a sua verdadeira postura.

Quando pensamos sobre o que seria a verdadeira unificação, podemos dizer em poucas palavras que isso é o ―retorno a Meishu-Sama‖.

De agora em diante, quanto mais adentrarmos uma época difícil, isto se tornara cada vez mais importante.

Em uma situação com esta, o auxilio que buscamos no Messias Meishu-Sama, são seus ensinamentos e suas realizações.

Ou seja, os ensinamentos e realizações de Meishu-Sama são a própria obra do Supremo Deus, a mensagem para toda humanidade nesta grande fase de transição e a orientação para uma nova fase.

Meishu-Sama nos orienta a respeito significado de buscar os ensinamentos da seguinte forma: ―Quanto mais a fé se aprofunda mais vontade temos de devorar os ensinamentos‖, ―Quanto mais lemos, compreendemos a Vontade Divina mais claramente‖, por tanto gostaria que todos buscassem os ensinamentos, lendo e relendo, para que através deste aprendizado, colocando Meishu-Sama no nosso centro.

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Atualmente, cada Comissão Conjunta esta discutindo uma maneira de resumir os ensinamentos em vários temas, e a ordem dos ensinamentos esta ficando cada vez mais clara. Não existe algo mais gratificante do que isso.

Gostaria que todos aprofundassem seus estudos e praticassem os ensinamentos para poderem trocar experiências uns com os outros.

Sendo assim, os ensinamentos de Meishu-Sama ficaram mais claros e com o estudo e a prática dos ensinamentos a Luz começara a se expandir para o mundo fazendo com que muitas pessoas sejam salvas.

E ao mesmo tempo, eu acredito que através disso estaremos concretizando a unificação concedida por Meishu-Sama, ou seja, as práticas que objetivam a verdadeira unificação ficarão mais rápidas.

Este ano completamos três anos que foi proclamada nossa diretriz, e que prometemos a Meishu-Sama, aos membros e a sociedade que iríamos realizar a unificação da Igreja, sendo assim um ano muito importante onde procuraremos desenvolver seriamente nossas práticas.

Viemos repetindo isto até hoje, mas este ano devemos nos religar a Meishu-Sama, e com o esforço para descobrirmos a nossa própria origem evoluir mutuamente para que através nossa união, possamos caminhar durante este ano rumo a grande transição e recebermos a permissão de realizar uma ―verdadeira unificação‖ que seja inabalável.

O caminho que iremos seguir daqui para frente será rigoroso, mas devemos enfrentá-lo com coragem.

Acreditando que o mundo radiante de grande luz esta a nossa espera. Estes são os pontos de vista da Comitiva do Projeto Conjunto de

Unificação da Igreja Mãe. Estou grato de todo coração pelo esforço dos representantes de cada comissão, de cada uma das três organizações, dos integrantes e membros em prol da criação de uma organização única.

E, orei a Deus relatando estes pontos de vista a Meishu-Sama, para que Ele continue nos guiando através de suas graças e para que sejamos utilizados por Ele para concretizar a Sua vontade por intermédio de Meishu-Sama.

Eu acredito que a base para objetivarmos um organização única é o nosso sōnen.

Nós pensamos em vários métodos de criar uma organização única no futuro.

Achamos que eles são bons métodos, mas dependendo da situação nos machucamos e perdemos a paciência, ou, ficamos duvidosos e impacientes. Temos que gravar em nossos corações que este sōnen confuso pode se estender-se a nossa volta, atingindo as pessoas a nossa volta e podendo até influenciar assim toda a Igreja.

Na prática, hoje nós estamos divididos em três organizações, porém, eu acredito que, não seria melhor tentar ver isto com uma atividade única, e buscando este sentimento, cultivar esta sensibilidade?

Eu acredito que cada uma das três organizações que existem hoje são representações de Meishu-Sama.

Eu próprio oro a Meishu-Sama como elas estando sob Seus cuidados, e não como organizações distintas.

Se analisarmos o ser humano, ele recebe influência dos seus

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sentimentos, pensamentos e razões. Se exemplificarmos isso pela ação da ―Razão, Sentimento e Vontade‖, a razão, ou seja, o intelecto é representado pela ação psíquica, o sentimento, ou seja, a emoção é representada pela ação dos sentimentos que ocorrem em nosso coração, e a vontade, ou seja, o sōnen de querer algo é representado pelo nosso pensamento. Estes não são distintos entre si e atuam em nós unidos uns aos outros.

Eles nos influenciam suprindo um ao outro sem desequilíbrio, para que cada um de nós possa se aperfeiçoar. Por isso devemos nos esforçar em crescer e evoluir juntos em equilíbrio.

A Igreja Messiânica não purificou ao ponto de se dividir em três organizações porque dentre o nosso sentimento, pensamento e razão, ou seja, dentre a nossa ―razão, sentimento e vontade‖, não teria surgido uma deformação gerado pelo desequilíbrio de nossas práticas e porque o nosso sentimento não estava de acordo com o sentimento de Meishu-Sama?

Eu acho que nós ainda não percebemos o nosso desequilíbrio, ou mesmo que tenhamos percebido, o deixamos do jeito que esta.

Venho sentindo como o meu próprio sentimento e restrito, como dependo da minha inteligência e como careço de afeição.

Além do mais, este desequilíbrio faz com que eu sinta orgulho de mim mesmo, ou que eu me sinta superior a tudo, refletindo em mim como eu venho menosprezando Deus.

Por isso, em vez de julgarmos o próximo, precisamos em primeiro lugar, nos esforçar para que os defeitos que existem dentro de nós e as práticas nas quais sentimos orgulho sejam perdoadas e sejamos salvos pelo Messias - Meishu-Sama, desejando também que elas sejam revitalizadas harmoniosamente para que possamos crescer cada vez mais.

Meishu-Sama ficara muito feliz se nos entregarmos desta maneira, desejando ser utilizados por Ele.

Como toda a Igreja Messiânica é o reflexo do nosso coração, e por objetivarmos uma ―organização única‖, devemos antes de mais nada, harmonizar e revitalizar as atividades de cada uma das três organizações.

E, será Meishu-Sama não permitiria um grande passo rumo a ―organização única‖ ao olhar dentro do coração dos membros de cada organização e reconhecer que nele existe harmonia e revitalização?

Dando continuidade aos outros anos, gostaria de falar o sentimento que eu tenho em determinadas ocasiões durante as cerimônias que estarei presente em cada organização.

Para concluir, estarei orando para que todos os senhores, todos os seres humanos e seus antepassados, e também para que todos os seres vivos possam ser banhados pela luz da salvação e ser agraciados com os milagres do Supremo Deus, para que cada um possa se voltar ao paraíso existente dentro de cada um, onde Meishu-Sama se encontra, e para que todos possam sentir, por pouco que seja, a essência da vontade da criação do Supremo Deus. Louvando a isso do fundo do coração ao Supremo Deus, por intermédio de Meishu-Sama, encerro minha saudação de Ano Novo.

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Palavras de Kyoshu-Sama

Culto de Início da Primavera

Atami - 4 de fevereiro de 2007

Minhas sinceras congratulações pelo Culto de Início da Primavera.

É com imenso e profundo respeito que, em minha pequena percepção, lhes digo que o Supremo Deus, que vive por toda a eternidade, outorgou uma partícula de seu espírito a Meishu-Sama, para conceder-lhe Sua personalidade.

Obedecendo à vontade da criação do Supremo Deus, Meishu-Sama renasceu como salvador (Messias), o verdadeiro filho que herdou a Obra do Supremo Deus, e vem até hoje desenvolvendo junto a Ele a Obra Divina da criação, transcendendo o passado, presente e futuro, em plena harmonia. Ou seja, Meishu-Sama vem desenvolvendo dentro de cada um de nós a Obra de transição do Paraíso, que é o mundo de alta vibração, o mundo da essência, para a Terra, que é o mundo de baixa vibração, o mundo dos fenômenos.

Nós, que fomos preparados originariamente junto com Meishu-Sama no Paraíso, que é o local do início da criação, fomos colocados neste mundo dos fenômenos, que é o local de conclusão da criação, nesta época atual, para que possamos nos voltar para o Paraíso existente dentro de nós, tendo Meishu-Sama como modelo. E, além disso, somos utilizados ininterruptamente na Obra de crescimento e evolução, para podermos renascer no mundo da consciência.

Como uma destas pessoas, gostaria de agradecer, juntamente com todos os senhores, a Meishu-Sama, que continua vivo, por estar participando deste culto, orando e louvando a expansão da Obra do Supremo Deus.

Fico muito grato em saber que os membros da Igreja Izunomê, no Japão e em todo o mundo, liderados pelo Presidente Watanabe, estão se empenhando na prática do sonen, dentre as várias outras atividades de salvação desenvolvidas por Meishu-Sama.

Juntamente com todos os senhores, eu também estou me empenhando para compreender ainda mais a lei Espírito Precede a Matéria, através da

prática do sonen, buscando cultivar um coração que acredita plenamente na

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existência de Deus em todas as coisas.

Para isso precisamos nos tornar pessoas capazes de afirmar que Meishu-Sama é o salvador em qualquer momento e circunstância.

Atualmente, através da ―prática do sonen de gratidão‖ os senhores estão, falando ―Obrigado‖ não só para os seres humanos, mas, também, para todos os seres que possuem vida, entregando, assim, sua gratidão ao Supremo Deus da criação, que é o pai da vida. E esta é uma postura muito importante.

Fazer, com a maior naturalidade, coisas que parecem naturais é, na verdade, algo extremamente difícil de praticar.

Por isso, a demonstração de gratidão para todas as coisas é, em outras palavras, o início e o ponto culminante, ou seja, a iniciação e o estado de iluminação da nossa vida de fé.

Nós sentimos gratidão quando sentimos alegria por alguma coisa.

Eu também me vejo sentindo alegria apenas quando algum problema foi resolvido, quando aconteceu algo agradável ou favorável para mim. E, com isso vejo que sinto alegria apenas em relação às coisas que possuem um determinado valor humano.

Entretanto, como coloquei no Culto do Natalício de Meishu-Sama do ano passado, a nossa verdadeira alegria existe porque Deus reflete em nós a Sua própria alegria, e porque ao sentir esta alegria, brota em nós o sentimento de gratidão.

Então, o que seria a alegria de Deus?

Deus não se alegraria quando, através da Sua obra de criação, gera filhos seus?

Não teria Deus preparado e criado todo o Universo, o fogo, a água, a terra, o ar e todas as coisas da Natureza para fazer de nós seus filhos?

O próprio corpo humano é constituído por todos esses elementos e, sendo o homem considerado a expressão máxima de toda a criação, a nossa autoconsciência não seria o extremo final de toda a fase de evolução da criação?

Ao mesmo tempo, a nossa autoconsciência está ligada à consciência original, que é o ponto de início da criação. E, como a nossa autoconsciência está orientada para que cresçamos e renasçamos como filhos de Deus, podemos dizer que estamos, neste justo momento, no ―ponto de retorno‖ da obra da criação.

E é exatamente por isso que nós, existências que carregam consigo o

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extremo da criação deste mundo, devemos utilizar todas as coisas e expressar gratidão a todas elas e retornarmos do extremo final para o ponto de início de toda a criação. Deus não se sentiria verdadeiramente alegre se entregássemos esta gratidão a Ele?

Contudo, é muito difícil, para nós, entregar a Deus um sentimento de gratidão tão puro assim.

Creio que a única pessoa que conseguiu entregar sua gratidão a Deus de modo que Ele a aceitasse, e, também, pôde ter uma estreita ligação com Ele, foi Meishu-Sama.

Como nós somos existências ligadas a Meishu-Sama, podemos dizer que ele é a nossa cabeça e nós somos seus braços e pernas.

Quando sentimos gratidão, podemos dizer que não somos nós que oferecemos a gratidão a Deus, mas sim Meishu-Sama, que está vivo dentro de cada um de nós, é quem oferece a gratidão a Deus.

Por isso, é necessário que cada um de nós reconheça espontaneamente Meishu-Sama como sua própria cabeça.

Como o nome Meishu-Sama, ou seja, o espírito da palavra contido neste nome possui força, creio que seja importante entregarmos nossa gratidão a Deus dizendo: ―Entrego minha gratidão ao Supremo Deus em nome de Meishu-Sama, como Seu instrumento, junto com meus antepassados e muitas pessoas‖, em vez de a entregarmos por nós mesmos.

Meishu-Sama descreveu, em um de seus poemas, a gratidão que ele sentia, a gratidão incondicional transbordante, por saber que recebemos a vida do Supremo Deus.

“Só de pensar sobre o milagre de ter recebido a vida, fico refletindo sobre como farei para retribuir esta graça”.

Apenas por ler este poema, sinto profundamente o quanto sou arrogante por ainda não ter reconhecido a minha devida posição como ser humano.

E não consigo deixar de pensar que preciso me aproximar, por mínimo que seja, desse estado de espírito de Meishu-Sama.

Pois bem, senhoras e senhores, nós nos esforçamos para estudar os ensinamentos e praticar a fé, mas o que é que estamos buscando? E qual será a nossa verdadeira razão de viver?

Possuímos vários desejos e esperanças. Buscamos fazer algo e queremos nos tornar alguém.

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Sabemos, também, que, quando um dos nossos desejos se concretiza, a tendência é criar um objetivo um pouco maior, em vez de nos satisfazermos com o que já alcançou.

Com isso, é evidente que estamos sempre buscando e que estamos sempre querendo nos aproximar de algo ou algum objetivo.

E, não é verdade que confiamos mais em nós mesmos que carregamos estes objetivos, que nos esforçamos para concretizar estes objetivos?

E isto não se dá porque temos algo muito importante e inextinguível dentro do nosso pensamento?

Esse algo não seria o paraíso que existe dentro de nós?

Esse algo que estamos objetivando, tentando nos aproximar, não seria esse paraíso?

Isto porque o paraíso é a terra natal, o ponto de partida da nossa alma, o mundo onde nós recebemos a vida e o local de origem da consciência eterna.

Eu acredito que nós tentamos nos aproximar do paraíso, um local repleto de inteligência verdadeira, luz do amor e força ilimitada, para sermos utilizados na Obra das inúmeras e maravilhosas pessoas que estão neste paraíso.

Sinto que Meishu-Sama está ansioso para nos ajudar e, por isso utiliza as pessoas que estão no paraíso.

Por isso, Meishu-Sama e o Supremo Deus que se encontra junto com Ele são, para nós, as existências mais importantes. E as maravilhosas pessoas do paraíso também se encontram junto a nós, dentro de nós.

Não estamos sozinhos. Não somos solitários.

Nós não nascemos, também, por nosso livre arbítrio.

Nenhum de nós teria nascido sem a vontade do Supremos Deus da criação.

O Supremo Deus, que elaborou o plano da criação, está querendo passar para nós a Sua razão de viver.

E é por isso que nós precisamos compreender e sentir, por pouco que seja, o desejo do Supremo Deus da criação.

Somente após conseguirmos fazer a razão de viver do Supremo Deus a nossa própria razão de viver, da maneira como Meishu-Sama o fez, é que poderemos pensar em atuação conjunta Deus-homem, como sendo

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representantes de Deus.

A propósito, como o paraíso existe no mundo do nosso sentimento e do nosso sonen, primeiro nós precisamos pensar (ter o pensamento) nele.

É melhor evitar a confusão do nosso pensamento que quer saber se o paraíso existe ou não dentro nós.

Podemos afirmar que o paraíso existe para as pessoas que acreditam nele, e não existe para quem não acredita.

O paraíso não existe para as pessoas que agem tão somente segundo sua inteligência e capacidade e não procuram refletir sobre o paraíso dentro de nós.

Precisamos voltar nossos corações para o paraíso, acreditando que ele existe e orar, confiando: ―Por favor, perdoe meus defeitos, me permita crescer e ser utilizado na construção do paraíso‖.

E o mais importante é falarmos: ―Estou me voltando para o paraíso junto com meus pais e meus antepassados que vivem dentro de mim e junto com todos os homens sobre a face da Terra. E entregamos nosso sonen ao Supremo Deus que está junto a Meishu-Sama, para que sejamos perdoados e aceitos por Vós, como seres que possuímos vida. Por favor, nos utilize para que a Sua vontade se concretize, trazendo a todos nós Suas graças‖.

Nesse momento, devemos expressar em nossos corações que o sentimento do Supremo Deus, que se encontra junto a Meishu-Sama, se concretize primeiramente no paraíso.

Seria, também, ideal acreditarmos que, ao se concretizar essa vontade divina, a nossa autoconsciência será educada e se ampliará no mundo em que vivemos e se concretizará no plano terrestre.

Acredito que pensar dessa maneira não incomoda ninguém à nossa volta.

Gostaria, então, de falar um pouco sobre o que eu venho sentindo com relação a causar incômodo a terceiros.

Qualquer um de nós possui defeitos e fraqueza de sentimentos.

Não podemos evitar isso porque somos a soma de nossos antepassados.

Mesmo que estejamos orando, lendo e praticando os Ensinamentos todos os dias, acreditando que estamos correspondendo ao sentimento de Meishu-Sama, devemos pensar que estamos, até mesmo involuntariamente, causando incômodos e aborrecimentos às pessoas à nossa volta, pensando e

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agindo de maneira desagradável.

Nenhum de nós consegue evitar isso, embora não tenha a intenção de falar ou agir de determinada maneira.

Deus nos perdoa, apesar de todos estes defeitos, nos educando, nos encaminhando e nos observando calorosamente com seu grande amor.

Ao julgar e corrigir os defeitos e erros de uma pessoa, como se nós não tivéssemos defeitos, e tentando encaminhá-la, achando que somos melhores que ela, estaremos dificultando o seu desenvolvimento e, ao mesmo tempo, atrapalhando o nosso próprio crescimento.

Assim, não devemos cercear as pessoas, nem limitar a nós mesmos, fazendo uso de nossos próprios pesos e medidas. Devemos ser prudentes para sermos perdoados e nos desenvolver mutuamente, nos ligarmos a Meishu-Sama e ser utilizados por ele, assim, além de não oprimirmos ninguém, teremos tranqüilidade em nossos corações.

Hoje comemoramos o Culto de Início da Primavera. Como os poemas que entoamos há pouco, Meishu-Sama escreveu muitos poemas dedicados ao início da primavera.

“Tendo como limite o dia do início da primavera, a Obra Divina se ilumina como os raios do sol nascente”.

“A alegria pela expansão da Obra Divina, fica mais forte a cada início da primavera”.

Através destes poemas sentimos a alegria de Meishu-Sama com a chegada do início da primavera, um dia importante no qual a Obra Divina se amplia, e sentimos uma vibração muito forte se estender no ar.

À medida que avançamos na idade, nossos sentimentos se voltam para o processo biológico de envelhecimento e dificilmente mantemos a mesma sensibilidade de Meishu-Sama de sentirmos a cada ano, o aumento da força.

De onde será que vem esta diferença?

A idéia que temos sobre a vida, é a da vida material, ou seja, uma vida que possui limite de tempo.

Porém, Meishu-Sama nos ensinou que a essência da vida do homem se encontra no Mundo Espiritual, que o seu espírito tem vida ilimitada, e que o corpo material é uma existência secundária e limitada.

Creio que Meishu-Sama sentia, perfeitamente, que o sopro da vida eterna do Supremo Deus, sua Luz e sua Força estão sempre preenchendo o nosso interior, mantendo-nos sempre renovados.

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Nós estamos vivos e sendo criados agora, graças a uma nova força de grande harmonia.

Esta força nova é a força absoluta que transcende o bem e o mal. A força que perdoa, purifica, salva e ressuscita tudo, e que coloca ordem através da harmonia. É uma força que tem o poder de vivificação.

Acreditando verdadeiramente nesta força e desejando de todo o coração querer ser utilizado nesta nova etapa da Obra Divina, não seríamos ressuscitados, assim como as flores ganham vida nova na primavera?

―Novo‖ é o estado que dependerá de cada um conseguir mudar ou não.

Para sermos um ―novo eu‖ precisamos converter nosso velho pensamento que atua com base em costumes e tradições, que vai e vem, oscilando entre os limites do bem e do mal, para um novo pensamento.

Creio que a nossa boa ou má condição física ou emocional, a boa ou má situação em todas as questões e as fases de destruição e construção como nós as determinamos, não devem ser encaradas como fatos sem nenhuma relação umas com as outras.

Quando passamos por momentos difíceis, desejamos apenas que a situação fique boa, que ela melhore. Precisamos repensar se isso é realmente a maneira correta de pensar.

Quando achamos alguma coisa ruim, não é porque existe algo bom, que é o seu oposto?

A força que nos faz sentir que algo é ruim, não tem a mesma origem da força que nos faz sentir que algo é bom? Na verdade, estes sentimentos não se originam graças à mesma força?

As coisas ruins e as situações de destruição, não seriam a silhueta das coisas em desarmonia que foram clareadas pela Luz Divina?

Sendo assim, em vez de tentarmos eliminar aquilo que achamos mal de dentro de nossos pensamentos, não deveríamos procurar o bem que está atuando em meio à situação que consideramos ruim?

Em vez de usarmos nossa inteligência para conjecturas, não seria ideal reconhecer as coisas boas e ruins e entregá-las para Meishu-Sama? Não seria melhor colocar essas duas atuações sob a grande harmonia do Supremo Deus para que Ele as coloque em ordem e, com a sua revitalização, deixar nascer algo completamente novo? Esta não seria a melhor forma de servir conforme o sentimento de Meishu-Sama?

Meishu-Sama escreveu o poema: “Se abrirmos nossos olhos, poderemos ver, por trás da destruição, o martelo de construção da Obra

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Divina”.

Creio que Meishu-Sama está tentando nos utilizar, abrindo os olhos que possuíamos originariamente no paraíso, os olhos que conseguem ver o mundo invisível, para que possamos, pouco a pouco, compreender a manifestação da Obra de construção por trás da destruição.

Para que possamos saborear verdadeiramente o sentimento de Meishu-Sama de nos ensinar que a purificação é uma grande graça de Deus, temos que prestar atenção para não deixar passar em branco as provações que nos são dadas diariamente por Meishu-Sama.

E, finalmente, estarei orando para que, a partir deste Culto de Início da

Primavera, uma nova vida penetre no pensamento de todos, junto com o ar que os senhores inspiram e expiram, e que dele brotem frutos maravilhosos. Agradecendo e louvando de todo o coração ao Supremo Deus junto com todos os senhores, em nome de Meishu-Sama.

Muita prosperidade a todos!

Muito obrigado.

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Saudação de Kyoshu-Sama

Culto do Paraíso Terrestre

Solo Sagrado de Atami - 15 e 16 de junho de 2007

Minhas felicitações a todos pelo Culto do Paraíso Terrestre.

É com imenso e profundo respeito que lhes digo que o Supremo Deus, que vive por toda a eternidade, com o desejo de dar a vida aos filhos que herdem Sua Obra, vem buscando concretizar, dentro de cada um de nós, a Obra de Criação com o intuito de outorgar Sua personalidade divina ao ser humano.

Meishu-Sama, obedecendo à vontade de criação do Supremo Deus, nasceu neste mundo como Seu verdadeiro filho, ou seja, nasceu como o Salvador (Messias). E, junto com o Supremo Deus, vem atualmente colocando ordem e, revitalizando todas as coisas do passado, presente e futuro, baseando-se na Grande Harmonia, vem desenvolvendo a Obra Divina de transição do Paraíso, que é o mundo da essência, o mundo de alta vibração, para a Terra, que é o mundo dos fenômenos, o mundo de baixa vibração.

Nós, que fomos preparados originariamente junto com Meishu-Sama no Paraíso, que é o local do início da Criação, fomos colocados nesta época atual no mundo dos fenômenos, que é o local de conclusão da Criação, não apenas como filhos do homem, mas para ter Meishu-Sama como modelo, voltarmos à origem da alma, da vida e da consciência que existe no centro da nossa própria auto-consciência. E, herdando a Sua respiração, estamos sendo criados para nos religarmos à Obra Divina que nos fará nascer novamente como filhos do Supremo Deus.

Como uma destas pessoas, ao participar do Culto de hoje, agradeci, juntamente com todos os senhores, por essa imensa graça, louvando o Supremo Deus em nome de Meishu-Sama, que é o Salvador (Messias), e orei para que possamos ser utilizados por Ele e para que o Seu sentimento se concretize em nós.

Fui informado de que os membros da Igreja Izunomê, no Japão e em todo

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o mundo, estão se empenhando este ano em cultivar uma fé ligada ao Messias – Meishu-Sama, se aplicando ao máximo na Obra Divina de construção do Paraíso Terrestre e de salvação da humanidade.

Também fui informado de que os senhores estão dedicando, com todo ―makoto‖, na evolução da construção do Solo Sagrado de Kyoto, o Heiankyo, e que muitas pessoas ingressaram no ―Grupo de Amigos da Arte do Museu MOA‖, uma atividade muito importante dentro da Obra Divina.

A Terceira Líder Espiritual, que é a presidente executiva da Fundação Cultural e Artística – MOA, vem se empenhando ao máximo para ampliar a ―Salvação através do Belo‖ propagada por Meishu-Sama. É maravilhoso saber que os senhores participam efetivamente desta importante atividade da Obra Divina, acatando o nobre sentimento da Terceira Líder Espiritual.

Cada vez mais consciente de que as valiosas obras de arte colecionadas por Meishu-Sama são um tesouro muito importante para toda a humanidade, aprecio-as sempre que possível. Sinto que necessito manter ainda mais firme, em meu coração, o sentimento de querer guardá-las, preservá-las e apresentá-las para o maior número de pessoas possível.

Estou muito feliz em saber que todos os senhores estão se aplicando em colocar em ação a ―Prática do Sonen‖, e a ―Prática do Sonen de Gratidão‖, dentre outras atividades de salvação realizadas no lar, no trabalho, na escola e em todos os campos de atuação dos senhores, como uma prática diária dos Ensinamentos básicos de Meishu-Sama.

O que me deixa ainda mais contente é saber que, através do desenvolvimento constante desta prática, sob a liderança do presidente Watanabe, a maneira como os senhores conduzem o seu sonen está se tornando mais ampla e profunda.

Ao ler as experiências de fé que chegam ao Solo Sagrado, vindas de todo o mundo, vejo que os senhores não estão apenas se alegrando com a cura de doença, solução de problemas e mudanças positivas em suas vidas, através da Prática do Sonen. Na verdade, creio que os senhores estão considerando, como a maior graça recebida, o fato de terem conseguido perceber a pequenez de seu sentimento, a presunção e agradecendo a Meishu-Sama, por Ele estar educando estes sentimentos.

Fiquei muito emocionado com isso, e sinto que Meishu-Sama deve estar muito feliz com a obediência de todos os senhores.

A propósito, me parece que a maioria das preocupações e sofrimentos por que somos atormentados diariamente são a doença e problemas financeiros,

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que envolvem nossa família e pessoas à nossa volta, ou desentendimentos e conflitos com familiares, pessoas no trabalho ou na escola. E creio que procuramos resolvê-las considerando estes problemas como sofrimentos ou assuntos pessoais.

Porém, analisando estes problemas pela sua essência, e considerando que todas as ações do homem, transcendendo o tempo e o espaço, interagem e influenciam-se mutuamente, será que não podemos considerá-los uma cópia reduzida da trilogia ―doença, pobreza e conflito‖ que a humanidade enfrenta, e de que Meishu-Sama já nos falou?

Será que os sentimentos que nos ocorrem quando enfrentamos problemas, por mais insignificantes que sejam, não existem por que Meishu-Sama deseja, através deles, dar-nos a permissão de purificar, salvar e dar uma nova vida a toda a humanidade, que até hoje nunca reconheceu devidamente a existência de Deus?

Se continuarmos a guardar, em nossos corações, mágoas e aflições como ingredientes para a intranqüilidade, ou como sementes de preocupação, continuaremos irradiando o Sonen de um mundo sombrio, e, estaremos causando transtornos ao próximo e a todos os seres vivos, e essas ações deixam de corresponder à Vontade Divina.

O fato de estar sentindo a preocupação invadir nosso coração significa que Meishu-Sama está iluminando a obscuridade do coração, que a humanidade veio criando até hoje, como uma prova de que Ele trouxe muitas pessoas até as portas do Paraíso, para recebê-las.

Resta então, a nós, como intermediários, determinar em nossos corações: ―Juntamente com todas as pessoas que estão aqui comigo, neste momento, eu me entrego a Meishu-Sama, que é o Messias‖. Será que o Supremo Deus não estaria esperando esta nossa determinação?

Justamente por nós termos recebido esta responsabilidade, gostaria que todos procurassem não deixá-la para os nossos descendentes.

Ainda devemos tomar cuidado para não impedirmos que Deus receba a glória que Ele mesmo manifestou.

Com essa disposição, e se a ―Prática do Sonen‖ for realizada tendo em nosso coração a humanidade, que vive neste mundo sombrio, e todos os seus antepassados, acredito que poderemos ser utilizados na Obra de salvação de Meishu-Sama com ainda maior amplitude.

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O mais importante é sabermos que Meishu-Sama deve estar desejando manifestar Sua atuação conforme a Sua vontade, através de nós, em uma dimensão que dificilmente conseguimos perceber, ultrapassando nosso entendimento e compreensão. E, como Ele procura se manifestar através de nós, por mais que usemos a imaginação, por fim acabamos vendo que é melhor pensar: ―Entrego-me a Vós, Supremo Deus, em nome de Meishu-Sama, que conseguiu concretizar o Vosso desejo, como o Messias. Seja feita a Vossa vontade‖.

O mesmo ocorre quando servimos no sagrado ato do Johrei.

Devemos estar atentos para não nos esquecermos de emitir esse pensamento toda vez que ministrarmos Johrei, estimulando-nos para nos sentirmos unidos a Meishu-Sama, praticando este Sonen. E, se conseguirmos nos fundir com a vontade do Supremo Deus, tenho a convicção de que veremos surgir uma maravilhosa Obra que irá superar, em muito, a nossa imaginação. Então, o que buscamos e para quê nos esforçamos, ao fazer a ―Prática do Sonen‖?

No Culto do Início da Primavera deste ano eu disse que objetivamos alcançar o Paraíso que existe dentro de cada um de nós. Entretanto, o que nós estamos buscando, em termos mais concretos? Não existe ser humano que não almeje a felicidade. E o conteúdo desta felicidade não seria o amor? O simples fato da palavra ―amor‖ ser utilizada em todos os campos da sociedade atual não está nos mostrando isso? Porém, experimentar o verdadeiro amor e compreender o que é amar verdadeiramente são coisas extremamente difíceis. Desejo fortemente poder sentir e provar este amor verdadeiro, junto com todos os senhores, e poder sentir a alegria de compartilhá-lo com todos os seres vivos.

Meishu-Sama nos ensinou que não devemos objetivar apenas a nossa própria felicidade mas, também, desenvolver a prática do amor altruísta para tornar o nosso próximo feliz. Creio que o fundamento da prática de amor altruísta seria compreender, e assimilar integralmente, que nós somos a soma de inúmeros antepassados. Por exemplo: quando pensamentos de gratidão e alegria surgem em nós, precisamos refletir se apenas nós estamos alegres, ou se nossos antepassados também estão alegres. Precisamos verificar se este sentimento surge de imediato, e de forma natural, em nossos corações. Esse sentimento de se preocupar com os nossos antepassados nos leva, de maneira ampla, ao amor que faz com que passemos a desejar a felicidade de todas as pessoas, e não apenas a nossa..

A propósito, onde fica a origem do amor? Meishu-Sama nos ensinou que a alma do homem é uma partícula do espírito do Supremo Deus. O Supremo Deus nos outorgou uma partícula do Seu próprio espírito, ou seja, nos deu a vida. Isto não seria a essência do amor? Meishu-Sama escreveu o poema:

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“Expresso, através deste poema que escrevo agora, toda a alegria por ter recebido de Deus a vida”, expressando através dele que a Sua maior alegria foi ter recebido a vida do Supremo Deus. E é por isso que Ele conseguiu expressar todo o Seu sentimento no poema: “Compreendo o amor de Deus do fundo do meu coração. Tornei-me uma pessoa que desconhece a tristeza”. O que precisamos pensar, então, é de quem é a vida que nós recebemos.

Meishu-Sama também escreveu os poemas: “Precisamos compreender, de todo coração, que nossa sagrada vida está nas mãos de Deus” e, “Deus é o doador da vida, não há como crescermos voltando as costas para Ele”. Nós recebemos a vida. A alma não é nossa, é de Deus. Creio que é possível compreender isso pela expressão ―partícula divina‖. Pela palavra ―receber‖, contida na expressão ―receber a vida‖, nós acabamos considerando que a vida é nossa, ou seja, que ela nos pertence. Assim, para nos tornar Seus filhos, o Supremo Deus nos deu Sua própria vida, deixando-nos viver, fazendo parecer que a vida nos pertence. Isso é algo muito difícil de compreender, mas este é o profundo amor de Deus, que dificilmente conseguimos perceber e apreciar. Se esta vida não for nossa, mas sim de Deus, e como até hoje vivemos pensando que a vida é nossa, nós precisamos devolver a vida e a alma para Deus. Nós achamos que a respiração, que nos permite inspirar e expirar, é uma ação nossa mas, na verdade, precisamos ter a consciência de que ela nos está sendo dada por Deus e que também precisamos devolvê-la.

Meishu-Sama escreveu o poema: “O ápice do amor acontece quando passamos a amar verdadeiramente Deus”. É muito difícil sentirmos afeto por Deus, ao ponto de amá-Lo da mesma maneira que Meishu-Sama O amou. Apesar disso, com o sentimento de ―Mesmo sabendo de todo o Seu amor, e que eu não consigo retribuir o grande e profundo amor de Deus, eu vou procurar, no mínimo, me esforçar em oferecer todo o meu amor‖, precisamos nos esforçar para nos tornarmos capazes de devolver a Deus a vida, a alma, a consciência, juntamente com a nossa respiração. Eu acredito que, conseguindo fazer isso, receberei de Deus uma nova vida, juntamente com uma nova respiração. Como não conseguimos perceber as bençãos de Deus, por serem grandes demais, acabamos nos acostumando com elas, e dificilmente conseguimos sentir o amor Dele em querer nos fazer Seus filhos. Não seria isso que faz o sentimento de lamúria e insatisfação brotar em nossos corações? Será que Deus não estaria nos observando, com seu ilimitado e profundo amor, esperando que percebamos nosso próprio ego e presunção?

Como Meishu-Sama escreveu no poema: “Sem recriminar meus graves pecados, Deus me concede fartura e felicidade”, nós precisamos absorver este sentimento em nossa alma.

Deus está educando cada um dos seres humanos, que, além dos pontos positivos, infalivelmente possuem pontos negativos, através do Seu grande

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sentimento de permissão. Por isso, gostaria que todos tomassem cuidado para não dar destaque apenas a si mesmo. Além do mais, creio que Meishu-Sama ficará mais contente se pedirmos a Ele coragem para descobrirmos que, no fundo do nosso coração, está escondida a nossa tendência de queremos nos colocar acima dos outros, e julgar o próximo com base no nosso conceito sobre o Bem e o Mal, ou nossas preferências pessoais. É importante aceitar o Bem e o Mal que existe dentro de cada um de nós e nos entregarmos a Meishu-Sama, desejando que possamos ser utilizados como elementos que harmonizam essas duas forças, na Obra completamente nova da Grande Harmonia.

É muito difícil percebermos a nossa própria postura. Mesmo que nós não a percebamos, as pessoas à nossa volta, que a perceberem, poderão entregá-la a Meishu-Sama no nosso lugar, e esta ajuda mútua será, sem dúvida, uma forma de praticarmos o amor altruísta ensinado por Meishu-Sama.

Nós ganhamos a vida e nos tornamos seres conscientes. E, a origem da formação da nossa auto-consciência é a manifestação dos cinco sentidos, que são a atuação das nossas faculdades mentais. Ou seja, a auto-consciência se forma através dos sentidos que nos deixam ver, ouvir ou sentir outras coisas. Como o ser humano veio utilizando até hoje estas faculdades sensitivas à sua própria maneira, como se fossem suas, será que a desarmonia que se formou entre os cinco sentidos não teria gerado, também, a desarmonia dos nossos sentimentos? Por isso, precisamos devolver para Deus a nossa capacidade visual – visão, a capacidade auditiva – audição, a capacidade de perceber sabores – paladar, a capacidade de sentir odores – olfato, a capacidade de sentir algo pela pele – tato e a capacidade de reconhecimento que coordena todos estes sentidos, desejando que possamos utilizar tudo isso através de Deus. Se conseguirmos, dentro do nosso pensamento, proceder desta maneira, Deus fará com que a função dos cinco sentidos que tínhamos até hoje se torne mais adequada, correspondente à Vontade Divina. Como resultado disso, nós conseguiremos ver e ouvir o mundo da essência, nossos sentimentos serão reeducados, e acredito que nós seremos utilizados na Obra Divina em uma dimensão completamente diferente.

Hoje estamos celebrando o Culto do Paraíso Terrestre. Meishu-Sama disse que construirá o Paraíso na Terra e escreveu o seguinte poema: “Com o desejo de salvar a humanidade, conduzindo-a ao Paraíso, primeiramente tornei-me, eu próprio, habitante do Paraíso”.

Para nós, que desejamos ser utilizados como instrumentos de Meishu-Sama na Obra Divina de construção do Paraíso Terrestre, este poema

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representa o sentimento que todos nós precisamos ter. Como ser humano eu vivo seguindo os passos de Meishu-Sama, para me tornar um ser habitante do Paraíso, com a esperança de poder crescer, conforme a vontade da criação do Supremo Deus, e desejando nascer novamente como filho de Deus. Para isso, preciso dar uma nova educação para o meu coração, diferente da educação que ele teve até hoje, para que ele possa herdar uma criação de vida eterna, completamente renovada.

Meishu-Sama disse que a Vontade de Deus é o Bem (os sentimentos bons), e explicou que, como a alma é outorgada por Deus, ela é o próprio Bem.

Sendo assim, a verdadeira essência do Bem, dos bons sentimentos, é completamente diferente daquele ―bem‖ que entendemos pela razão humana. Na verdade, ela deve ser uma parte da alma, chamada ―partícula divina‖. Eu acho que não serão os bons sentimentos cultivados por mim até hoje, e que mudam facilmente, que me formarão, mas sim, os bons sentimentos de natureza divina, que são a própria divindade, que irão me formar, supervisionando o meu coração. Quem precisa ser vigiado não é o meu próximo, e sim, a minha própria pessoa.

A esse respeito, Meishu-Sama nos orientou: ―Crie uma segunda pessoa, que o veja e critique constantemente‖. Para que tenhamos sempre consciência de que esta ―segunda pessoa‖ é a nossa verdadeira essência, o ―Ohikari‖, que nos foi outorgado como uma prova de que somos membros, é um veículo para ministrar a infinita Luz do Supremo Deus, com o qual Meishu-Sama se tornou uno, e, ao mesmo tempo, um ―sinal de advertência‖ para não nos esquecermos de que, originariamente, fomos preparados no Paraíso, o mundo do início da criação, junto com Meishu-Sama, como partícula divina e verdadeiros filhos de Luz. E, o Ohikari também é um ―sinal de advertência‖ para não nos esquecermos da bênção divina de podermos nascer novamente, ao sermos utilizados na obra de Meishu-Sama. Com essa consciência, gostaria de, juntos, nos empenharmos na Obra Divina.

Encerro minhas palavras orando para que o sopro da vida, renovado a todo instante pelo Supremo Deus, possa, em nome do Messias – Meishu-Sama, ser compartilhado com toda a humanidade, juntamente com a respiração de todos os senhores, todas as coisas e todos os seres vivos.

Que Deus conceda prosperidade a todos. Muito obrigado.

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Palavras de Kyoshu-Sama

Culto de Outono

Solo Sagrado de Atami - 1, 2 de outubro de 2007

Minhas sinceras felicitações pelo Culto de Outono. É com imenso e profundo respeito que lhes digo que o propósito do

Supremo Deus, que vive por toda a eternidade, é, através do ato da Criação, dar a vida aos filhos que herdem a Sua obra.

Creio que, seguindo esse propósito, o Supremo Deus se antecipou ao ato da Criação e preparou no Paraíso, mundo eterno e ilimitado, o Messias, elemento capaz de concretizar todo o Seu desejo da Criação. Creio que Ele também preparou inúmeras partículas do Seu espírito ligadas ao Messias, ou seja, todos nós fomos preparados para sermos ―verdadeiros filhos da Luz‖.

Com a chegada do tempo certo, o Supremo Deus enviou Meishu-Sama à Terra, outorgando-lhe uma natureza humana e, por fim, fundiu essa natureza humana que é a autoconsciência de Meishu-Sama à Sua própria consciência original, concretizando o propósito de fazer Meishu-Sama nascer de novo como o Messias.

Nós, que fomos originariamente unidos a Meishu-Sama no Paraíso, cumprindo esse compromisso, fomos colocados sobre a Terra nesta época atual e estamos servindo na Obra Divina como seguidores de Meishu-Sama.

Assim, todos nós não apenas recebemos a vida como filhos de seres humanos, como também, ligados a Meishu-Sama, foi-nos permitido herdar o sopro da vida de Deus e retornarmos à nossa auto-consciência, em cujo interior está a origem da nossa alma, da nossa vida e da nossa consciência. Creio que estamos sendo criados e educados para nos ligarmos ao Plano Divino de nascermos de novo como filhos de Deus.

Como um membro servidor desse Plano Divino, juntamente com todos os senhores, ofereci minha sincera gratidão, louvando o Supremo Deus em nome de Meishu-Sama como o Messias, para que a Sua vontade se concretize e orei, para que me utilizem em Sua obra.

Nós, seres humanos, somos o produto final da evolução da obra da Criação do Supremo Deus, tornando-nos criaturas que possuem consciência. Meishu-Sama nos ensinou o quanto a força do sonen e as vibrações da nossa consciência são potentes e que a influência dessa força que se transmite instantaneamente é importante para todos os seres vivos e os antepassados e para o ser humano, que está ligado a eles.

Atualmente, os messiânicos no Japão e em todo o mundo, estão se empenhando na Prática do Sonen, uma prática alicerçada na Lei do Espírito

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Precede a Matéria, para poder cultivar a fé como pessoas ligadas ao Messias – Meishu-Sama. Eu acredito que esta atividade está em plena concordância com o sentimento de Meishu-Sama.

Guiados pela postura convicta do presidente Watanabe de querer aprofundar esse aprendizado, empenhando-se ele próprio na Prática do Sonen de Gratidão, muitos messiânicos estão apreendendo coisas importantes, fazendo brotar a alegria dentro de seu treinamento no servir a Meishu-Sama e esse círculo de alegria está se ampliando, fato que me deixa muito feliz.

Também fiquei muito contente em saber que, além de oferecer toda sinceridade na construção do Solo Sagrado da Terra da Tranqüilidade, Heiankyo, os senhores também estão se esforçando para integrar a Associação de Amigos do Museu de Belas Artes MOA. Isto demonstra o forte interesse de todos em querer promover a expansão da ―Salvação através do Belo‖, preconizada por Meishu-Sama.

Há pouco, apreciei, no Museu, a exposição das obras da nossa querida Terceira Líder Espiritual, atual presidenta do Museu, em comemoração ao seu aniversário de 80 anos.

Suas pinturas são feitas com a técnica norizomê, que exige tempo e

habilidade. Fiquei muito emocionado com a graciosidade e elegância de suas obras.

Gostaria de expressar os meus votos de felicidade à Terceira Líder Espiritual, e dizer que admiro profundamente a sua postura e sentimento para concretizar o Belo e a Arte pregados por Meishu-Sama.

A arte é considerada, de uma maneira geral, como uma manifestação da criatividade humana.

Creio, porém, que a capacidade de criação do ser humano, existe graças ao poder de criação do Supremo Deus.

Meishu-Sama ensinou que nós, seres humanos, somos utilizados pelo Supremo Deus como seus representantes na construção do Paraíso Terrestre, ou seja, somos utilizados para levar avante o Plano Divino de criação da verdadeira civilização.

Isso não estaria mostrando para nós que, independente de termos consciência disso ou não, estamos constantemente envolvidos com a Obra de Criação do Supremo Deus?

Meishu-Sama, enfatizou, reiteradas vezes, que o lema da Igreja Messiânica Mundial é ―construir‖ o Paraíso Terrestre.

Com relação à ação ―construir‖, Meishu-Sama nos ensinou que, “A base para a construção do Paraíso, é o indivíduo. O indivíduo precisa ser paradisíaco. Nós não conseguiremos fazer nem o nosso meio social nem o nosso próprio lar se tornar paradisíaco de uma hora para outra. Ou seja, é fundamental que o sentimento de cada um se torne paradisíaco. Dessa maneira, o lar se tornará paradisíaco, depois, a nação se tornará paradisíaca e por fim o mundo se tornará paradisíaco. Por isso, o mais importante é, em primeiro lugar, tornar paradisíaco o sentimento.” (Ensinamento inédito – Coletânea de Ensinamentos

n°7, 25 de fevereiro de 1952) Em outras palavras, Meishu-Sama nos mostrou que, primeiramente,

precisamos transformar o nosso sentimento em um sentimento paradisíaco,

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para podermos ―construir‖ o Paraíso Terrestre. Acredito que começar por mudar o nosso sentimento é a forma certa de

estar de acordo com a Lei do Espírito precede a Matéria. Devemos refletir sobre o que o nosso sentimento, que precisa mudar,

veio construindo até hoje. No Ensinamento intitulado A Arte de Deus (1949), Meishu-Sama

exemplifica o mundo como uma grande obra de arte elaborada por Deus, fazendo o seguinte comentário sobre a humanidade atual.

―(...) os "ismos" ou ideologias podem ser comparados às tintas fabricadas por cada país. Conseqüentemente, uma nação não pode tentar pintar além da sua linha limite, porque isso provoca atritos com as outras, cujos objetivos são os mesmos. Como esses atritos constituem um estorvo para o quadro do mundo, elaborado por Deus com base no amor à humanidade, obtém-se apenas um sucesso temporário.‖ (Alicerce do Paraíso – vol. 5, pág 52)

No Ensinamento O que são Princípios Ideológicos (1948), Meishu-Sama nos orienta que, “Originariamente, as ideologias são limitadas, exclusivistas e egoístas, tendo como objetivo apenas os benefícios da nação, de classes e organizações. Por isso acabam, inevitavelmente, criando as causas do conflito.” (Ensinamento inédito).

Meishu-Sama também se referiu a essa questão no poema: “Como a palavra “ideologia” representa um caminho

extremamente estreito, o ser humano enfrenta mais dificuldades quanto mais adentrar nele”

Eu sinto que os princípios e ideologias que Meishu-Sama aqui está se referindo, não são os princípios e ideologias centralizados em Deus, e sim aqueles centralizados na autoconsciência do ser humano.

Sinto que, inconscientemente, eu vim construindo, dentro de mim mesmo, princípios e ideologias justificando-os e defendendo-os em nome da fé, para poder manter uma dignidade e criar uma razão para viver.

Até quando conversamos descontraidamente com nossos familiares ou colegas de trabalho, tentamos fazer prevalecer a nossa maneira de pensar e de ver situações. Não devemos nos esquecer que, nestes momentos, estamos sendo utilizados como personagens para encenar a situação que coloca toda a humanidade em conflito.

Isto porque, mesmo parecendo ser algo insignificante, a atuação do nosso ego querendo impor o nosso pensamento sobre o próximo, é, na verdade, a semente que se desenvolve, formando os princípios e as ideologias.

Sendo assim, ao invés de debatermos sobre o bem ou mal dos princípios, ideologias e pensamentos das outras pessoas, não deveríamos, em primeiro lugar, despertar para o fato de estarmos criando, dentro de nós mesmos, princípios e ideologias baseados na natureza humana?

Perceber isso é o primeiro passo para obtermos a nossa própria salvação. E ao mesmo tempo, o caminho para nos aproximarmos do sentimento de Meishu-Sama de querer dar vida a todos os princípios, ideologias e religiões existentes no mundo atual para utilizá-los na Obra de Salvação.

Meishu-Sama orientou várias vezes sobre como é importante mudar o

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nosso sentimento humano. Com relação a isto, Meishu-Sama nos orientou no ensinamento ―Era da

Civilização Religiosa‖ (1951), “Não vejo necessidade de mencionar novamente, mas, institui a Igreja Messiânica Mundial e venho desenvolvendo atividades religiosas em prol da salvação da humanidade. As religiões existentes até hoje também anunciaram este objetivo, por isso não pretendo tocar novamente neste assunto, mas se não nos isentarmos da visão sobre religião hoje existente na sociedade, será muito difícil captar inteiramente a essência da nossa Igreja” (trecho inédito), e “A civilização atual será obrigada a passar por uma mudança de 180 graus” (trecho inédito).

No Ensinamento ―A Arte de Deus‖, que citei há pouco, Meishu-Sama nos orienta: “Entretanto, para o nascimento desse Novo Mundo, será necessário haver uma enorme revolução em todos os setores, especialmente no pensamento humano.”

Dessa maneira, Meishu-Sama não apenas objetivou a salvação da humanidade, que as religiões até hoje objetivaram, como também enfatizou o fato de precisarmos mudar 180 graus a nossa visão sobre religião, procedendo assim, uma ―revolução do pensamento‖.

Entretanto, quando penso na revolução do meu próprio pensamento, percebo o quanto isso é difícil de realizar.

Isto acontece porque nesse mecanismo está sendo exigida uma mudança radical do meu padrão de pensamento, da minha maneira de raciocinar e de entender as coisas.

Além disso, dentro da minha forma de pensar, que vim cultivando até hoje, estão firmemente enraizados a aceitação apenas do mundo das coisas que possuem formas e o mesmo conceito sobre religião infiltrado na mente das pessoas em geral, nos moldes em que Meishu-Sama se referiu.

Mesmo aprendendo através dos Ensinamentos e poemas e estudando as realizações de Meishu-Sama, onde estão impregnados o seu amor, dificilmente poderei contatar seu espírito e a essência divina de seus Ensinamentos, que compreendem todas as doutrinas existentes no mundo atual, caso eu continue imbuído do pensamento encouraçado pelos conceitos cultivados até hoje.

Então, como deve ser o sentimento que devemos reconstruir através da ―revolução do pensamento‖, à qual Meishu-Sama está se referindo?

Meishu-Sama afirmou, enfaticamente, que a humanidade precisa reconhecer a existência de Deus.

Eu sinto que vinha pensando sobre este assunto sem a devida atenção. Quando falamos da existência de Deus, é o mesmo que dizermos que

Deus está vivo, independente de acreditarmos nisso ou não. Quando eu me pergunto se acredito ou não que tudo que existe e

acontece à minha volta é a manifestação de Deus, e que estou sendo constantemente envolto pela Sua aura e ainda que Ele é a minha própria vida e Ele está vivo dentro de mim, é que percebo que é difícil reconhecer, de verdade, a existência de Deus.

Foi por isso mesmo que Meishu-Sama enfatizou como a nossa Igreja é uma religião repleta de milagres, e que, através dos milagres, o ser humano se

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vê obrigado a reconhecer a existência de Deus. Meishu-Sama explanou sobre isso no ensinamento ―Religião é

Milagre‖ (1949): “ (...) Nesta fase de grande transição que estamos atravessando, o objetivo da Igreja Messiânica Mundial é sacudir a alma do ser humano, que está adormecida, despertando-a com o poderoso sopro do milagre.” (Alicerce do Paraíso – vol. 2, pág. 46)

O milagre mencionado por Meishu-Sama, não é algo para nos vangloriarmos, para criarmos rivalidade com os outros, ou para provarmos a concretização de fatos ocorridos conforme a expectativa do ser humano. Deus proporciona milagres ao ser humano para mostrar-lhe a Sua existência e para deixar claro que, se for de Sua vontade, Ele pode realizar qualquer coisa, pois possui inteligência e força ilimitada para isso.

E, ao mesmo tempo, o milagre é um elemento para mostrar como o ser humano é impotente perante Deus todo poderoso, e que precisamos ter a humildade para assumirmos nossa posição como seres humanos.

Quando reconhecermos verdadeiramente a existência de Deus e sentirmos que não estamos vivendo por nós mesmos e sim que estamos sendo vivificados por Ele, nos ligaremos à salvação da humanidade no seu verdadeiro sentido.

Fui informado que atualmente estão acontecendo muitos milagres, principalmente entre os messiânicos no exterior. Esses milagres estão acontecendo como uma manifestação do desejo divino de que toda a humanidade possa compreender a existência de Deus e do espírito como prega Meishu-Sama.

Quando eu me encontro com os membros do exterior, fico impressionado com a pureza com que eles se empenham na entrega de seu corpo e alma ao Supremo Deus que está junto com Meishu-Sama, com a convicção de que estão ligados a Meishu-Sama e com a fé sincera na sua personalidade divina como Messias.

Também fico admirado com o respeito deles para com os membros japoneses pioneiros, que construíram os alicerces da Igreja Messiânica Mundial, quando expressam o desejo de serem utilizados na Obra Divina juntamente com eles, unidos em um só coração.

Assim, não tenho como não desejar, juntamente com os messiânicos de todo o planeta, procurar retornar ao Paraíso que existe dentro de mim e que é a origem da minha existência, a minha essência. E, nesse Paraíso, mudar para um outro padrão de pensamento condizente com a Vontade divina, aprofundando a consciência de estar sendo vivificado pelo Supremo Deus, e de estar sendo, ainda, educado para nascer de novo, unido de corpo e alma a Meishu-Sama que é o Messias.

E, quanto à minha curiosidade, devo deixar claro em meu sentimento que ela deve ser a de buscar a Vontade divina, de querer ser utilizado por Meishu-Sama, sempre procurando a resposta para saber qual deve ser a minha postura para poder praticar o servir que esteja de acordo com a vontade Divina‖.

A propósito, para evitar que os nossos pensamentos humanos prevaleçam, oramos a Meishu-Sama: ―Seja feita a vontade do Supremo Deus‖, ou ―Que o sentimento de Meishu-Sama se concretize‖. Eu reparei em um ponto

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muito importante com relação a isso. Em que local a vontade Divina e o sentimento de Meishu-Sama devem

se concretizar? Esse lugar deve ser o nosso sentimento. O Supremo Deus está projetando no Mundo Material, que é o mundo

dos fenômenos, tudo o que já se concretizou no Mundo Divino, transpondo todas as dimensões, como as do tempo e do espaço.

Dessa forma, deveríamos aceitar os fenômenos sociais e os da Natureza e todos os acontecimentos à nossa volta, por mais insignificantes que sejam, como sendo manifestações do Supremo Deus com o objetivo de utilizar o ser humano, e todos os seres vivos, para concretizar a Sua vontade.

No entanto, como nós vivemos com base no padrão de pensamento herdado de nossos antepassados, ou seja, com base em conceitos e medidas estabelecidos por cada um, torna-se difícil reconhecer que o Supremo Deus está manifestando a Sua vontade em tudo que vemos, ouvimos e sentimos.

Podemos até relacionar os problemas presentes na sociedade e a nossa própria condição ou as situações à nossa volta, com a questão da doença, pobreza e conflito exposta por Meishu-Sama, mas acabamos deixando-os de lado, sem nem mesmo ter o pensamento de entregar ao Supremo Deus que está querendo acolher tudo em Suas mãos para purificar, salvar e fazer renascer.

Dessa forma, não consigo deixar de pensar que, mesmo conhecendo o ―processo de purificação‖, ensinado por Meishu-Sama, não estamos colocando-o em prática como um Ensinamento vivo.

Além disso, ao invés de nos preocuparmos apenas com as nossas ações, ficamos atentos demais às palavras e ações das outras pessoas. Por isso, dificilmente temos o pensamento de que o Supremo Deus utiliza a todos nós para concretizar a Sua vontade, e ficamos com raiva ou mau humorados constantemente.

É muito difícil para nós mesmos detectar esta situação, além do que, raramente chegamos a pensar que o que nos levou a ficar com raiva pode ter origem em nós mesmos.

Sou sempre levado a pensar que o fato de não percebermos os nossos próprios defeitos é a manifestação do nosso orgulho e pretensão e prova de que estamos ignorando a existência de Deus.

Por isso, preciso dizer sempre: ―Por favor, me utilize para que a vontade do Supremo Deus se concretize, por intermédio do Messias Meishu-Sama‖.

É extremamente difícil alguém mudar, por si mesmo, um coração cheio de defeitos.

Entretanto, Deus é quem está querendo mudar o nosso sentimento humano imperfeito.

Nós temos várias reações fisiológicas dentro de nós, como por exemplo, sentir o corpo pesado ou ficar com sono. Além disso, temos alterações emocionais como a intranqüilidade e a preocupação, alegria e tristeza, entre outras emoções.

Deus nos faz sentir reações boas ou ruins, de grande e de pequena escala, e observa como cada um de nós procura servir, reagindo a cada uma dessas situações.

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Creio que estamos tendo a oportunidade de aprofundar nossa ligação com Deus a cada vez que percebemos estas reações ocorrerem dentro de nós.

Deus faz com que ocorram estas reações em nós porque quer nos receber em Sua glória, utilizando-nos para reparar a humanidade prestes a se destruir, e envolver em Seu perdão, através do Seu amor, que não espera retribuição.

Mesmo sentindo raiva ou insatisfação pelos defeitos das pessoas à minha volta, como estas reações têm origem em mim mesmo, não tenho o mínimo direito, e nem necessidade, de julgar as atitudes do meu próximo.

Em vez disso, preciso dizer ―muito obrigado‖ para agradecer a estas pessoas porque todos nós somos indivíduos com defeitos e devo recebê-las em meu peito como representantes da humanidade, pois elas certamente estão ligadas a mim por vontade de Deus e dos antepassados e outros seres que serviram para formar as células do meu corpo e a minha individualidade.

Feito isso, não podemos continuar a pensar que todos os seres e as pessoas nos pertencem. Devemos entregar tudo de volta ao Messias Meishu-Sama, e criarmos o hábito de fazer sonen, para que, com a permissão do Supremo Deus possamos todos ser recebidos no Paraíso.

Continuando a servir desta forma poderemos, pouco a pouco, corresponder ao espírito de Meishu-Sama que nos ensina que o ser humano é um representante de Deus.

A nossa vida não está restrita a um só capítulo que se encerra neste mundo.

Uma vez que nascemos como seres humanos, a nossa autoconsciência, também chamada de sentimento, está sendo educada eternamente.

Creio que Deus está projetando na Terra a atuação do Paraíso, e, também, recriando o nosso sentimento, fazendo com que nós, a humanidade, retornemos a esse Paraíso.

Meishu-Sama, que concretizou esta atuação dentro de si próprio como Messias, está querendo nos unir a ele. Por isso eu acredito que precisamos nos tornar um só corpo com Ele.

Atualmente, o que me deixa mais feliz é que está brotando em mim a confiaça em Deus de que Ele me aceita e me guia, assim como a todos os senhores, como candidato a me tornar um ―verdadeiro filho de Deus‖.

Estou, também pedindo que Ele me eduque e me crie ainda mais para que essas percepções se fortaleçam cada vez mais.

Estarei orando ao Supremo Deus, em nome de Meishu-Sama que é o Messias, para que todos nós, seres humanos, o fruto mais nobre de todo o ato da Criação, possamos gerar bons frutos, como aqueles formados no outono, e sermos acolhidos por Deus, como filhos que O alegram.

Encerro minhas palavras orando para que todos os senhores possam ser agraciados com a prosperidade e bênçãos divinas.

Muito obrigado.

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Saudação de Ano Novo de Kyoshu-Sama

1º de janeiro de 2008

É com profundo respeito que, como um elemento que está recebendo a educação infinita, para poder ligar-se em um só corpo com Meishu-Sama, que, pela vontade do Supremo Deus, que vive por toda a eternidade, se tornou Seu verdadeiro filho, o Messias, agradeço do fundo do meu coração por poder estar começando mais um ano maravilhoso juntamente com todos os senhores.

Feliz Ano Novo a todos.

Neste início de ano gostaria de apresentar aos senhores, na íntegra, o documento sobre o andamento do trabalho realizado pela Sede de Desenvolvimento de Projetos em Conjunto, um órgão da Igreja-Mãe.

1. Retrospectiva do ano.

Ao relembrar o ano que passou, apesar de serem gradativos, pudemos registrar grandes progressos rumo à verdadeira unificação da Igreja:

1.1) Constantes reuniões informais dos diretores e das áreas de difusão

1.1.1) As reuniões informais dos diretores lotados na Sede Geral, que tiveram início em 2006, passaram, a partir do Culto do Paraíso Terrestre do ano passado, a ser realizadas a cada dois meses, até que aconteça a concretização de uma Igreja única.

1.1.2) No ano passado os representantes dos ministros realizaram

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cerca de 170 reuniões informais, nas áreas de difusão, praticamente o dobro do número de encontros que foram realizados em 2006. Neste novo ano, também, essas reuniões acontecerão em nove áreas de difusão.

1.1.3) Na época em que essas reuniões tiveram início, por causa das divergências de mais de vinte anos, era notória a grande diferença nos passos dados por cada grupo. Mesmo assim, a cada encontro verificava-se a consolidação da compreensão dos participantes. Além disso, pelo fato de as conversações se desenvolverem com base nos Ensinamentos, percebia-se que, em relação à fé em Meishu-Sama, não existia qualquer divergência.

1.1.4) Em 2007, começamos a realizar reuniões para repassar e confirmar os trabalhos que desenvolvemos desde o início dos encontros voltados para a verdadeira unificação da Igreja, em dezembro de 1997.

1.1.5) De forma concreta, baseados na ―Essência do Acordo de Reconciliação‖ (Daikeirin n. 3), na ―Diretriz que objetiva a realização de uma Igreja única‖ (Daikeirin n. 3) e no ―Objetivo para uma verdadeira unificação da Igreja‖ (resumo, Daikeirin n. 5), pudemos realizar estudos exaustivos sobre a vontade firme da diretoria executiva da Igreja-Mãe que, com todo o respeito, tem acatado a vontade de Kyoshu-Sama, o qual assume como sua própria missão concretizar o acordo de reconciliação.

1.2. Organização dos Ensinamentos efetuada por cada projeto

1.2.1) Desde 2006 cada equipe, que é composta por elementos das três Igrejas, vem realizando pesquisas e organização dos Ensinamentos e realizações de Meishu-Sama, e apresentando-as sucessivamente.

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1.2.2) Acreditando que todos os trabalhos realizados irão servir de apoio para a nossa união com a Obra Divina de Meishu-Sama, estamos aguardando ansiosamente que cada projeto conclua, o quanto antes, o seu material de compilação dos Ensinamentos.

1.3. Publicação e estudo dos Ensinamentos sobre o Solo Sagrado.

1.3.1) Dentre essas atividades, é digna de menção a publicação do livreto intitulado ―A Obra Divina de Meishu-Sama – a construção do Solo Sagrado e do protótipo do Paraíso Terrestre‖. Trata-se de uma extensa compilação de Ensinamentos, englobando os estudos desenvolvidos por vários anos pela equipe que desenvolve o ―Projeto de Administração do Solo Sagrado‖ e que, apresentada à Sede de Desenvolvimento de Projetos em Conjunto, foi aprovada e publicada.

1.3.2) Nas reuniões informais dos diretores foram realizados estudos, com toda seriedade, utilizando esse livreto. As conversações se estenderam de forma abrangente, não se limitando ao pensamento de que o Solo Sagrado é um lugar belo e artístico, que purifica o espírito dos visitantes. Pudemos, por exemplo, despertar para o extraordinário desejo de Meishu-Sama de construir os Solos Sagrados e os Museus de Arte como ―Protótipos do Belo‖, com o intuito de estender a sua filosofia às lideranças da sociedade, do nosso país e do exterior.

1.3.3) Também foram realizados sucessivos aprimoramentos-dedicação, com a participação dos diretores de cada Igreja-filial, dos membros de cada equipe e dos ministros, inclusive com a presença deles no Solo Sagrado.

1.3.4) Vamos apresentar, a seguir, as impressões que consideramos mais relevantes dos participantes desses

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aprimoramentos-dedicação:

1.3.4.a) ―Acredito que, no passado, nunca houve busca tão intensa e completa pelos Ensinamentos. Observando o Solo Sagrado com os Ensinamentos em mãos, podemos sentir com que desejo e sentimento Meishu-Sama construiu o Solo Sagrado, o que fortaleceu o meu respeito por Ele‖.

1.3.4.b) ― Pude sentir que, graças à sincera dedicação dos numerosos precursores, ofertas monetárias puras chegaram à Igreja, tornando possível a aquisição dos terrenos necessários. A construção do Solo Sagrado de Hakone aconteceu em meio a sucessivos milagres. Realmente vejo que aquele era um local determinado por Deus e assim pude, uma vez mais, reconfirmar a extraordinária força espiritual de Meishu-Sama.‖

1.3.4.c) ―Ao contemplar a bela paisagem vista do Palácio de Cristal,

onde Meishu-Sama teria dito ―Gostaria que o maior número de pessoas apreciasse e sentisse prazer observando, deste local, a paisagem com que Deus nos agraciou‖ , ao mesmo tempo em que pude ver que realmente aquele é um local preparado desde a época da criação do Céu e da Terra, também senti fortemente como Meishu-Sama se entregou, com todo fervor, à salvação das pessoas e na construção do protótipo do Paraíso Terrestre.‖

1.3.4.d) ―Senti que, misteriosamente, todo o entorno do Solo

Sagrado de Kyoto, cidade de paisagens lindas onde se condensam a história e a cultura do Japão, foi preparado há milhares de anos por Deus, e que é considerado como área de preservação da paisagem natural da velha capital, está recebendo um amplo empenho na sua manutenção, por parte da municipalidade de Kyoto.

1.3.4.e) ―Eu pensava, apreensivo, se realmente teríamos a

permissão de alcançar uma ―Igreja única‖. Porém, estar presente com todos no mesmo Solo Sagrado, realizar o estudo dos mesmos Ensinamentos e sentir, da mesma forma que todos, os sentimentos de Meishu-Sama me fez entender que, através do empenho nessa busca em conjunto, o destino que devemos alcançar é o mesmo.‖

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1.3.5) Podemos ter plena convicção de que nos será permitida a concretização da Igreja Única, se os integrantes das Igrejas-filiais se unirem num só corpo, realizando estudos dos sentimentos de Meishu-Sama e da postura sincera dos servidores que dedicaram, com todo amor e sinceridade, ao lado dele, tentando apreender com que pensamento Ele se empenhou na construção dos Solos Sagrados.

1.3.6) O que nos deixa profundamente feliz é que, ao mesmo tempo em que, por um lado, está sendo respeitada a autonomia de cada Igreja-filial, por outro, o estudo e a prática fundamentados nos Ensinamentos e nas realizações de Meishu-Sama se tornaram comuns a todas as Igrejas e assim se amplia , dia a dia, o mundo de alegria e emoção dos que compartilham da mesma fé.‖

1.4) Sobre a personalidade divina de Meishu-Sama.

É digno de menção que, em relação à personalidade divina de Meishu-Sama, há 5 anos os órgão competentes da Igreja-Mãe e das Igrejas-filiais o proclamaram o Salvador (Messias), e que, recentemente, foi dado início ao movimento para tornar esse aspecto divino concreto e evidente. Portanto, acreditamos que em breve essa ação começará a produzir resultados.

2. O direcionamento deste ano.

2.1) Na diretriz consta: ―Para estarmos unidos a Meishu-Sama, é essencial e imprescindível centrar a busca e o estudo nos Seus Ensinamentos e realizações. Acreditamos que a tarefa básica para isso é colocarmos Meishu-Sama em nosso coração, e podermos servir na sua Obra Divina.‖

2.2) Esperamos que, neste ano, possamos mostrar ao mundo as provas da força de Meishu-Sama como Salvador (Messias), nos tornando pessoas ligadas a Ele, buscando nos Seus Ensinamentos e em Seus feitos, a Sua vontade.

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2.3) Com a soma desses trabalhos desejamos que, junto com a reforma da própria fé de cada indivíduo, em cada Igreja filial, possamos nos empenhar na ampliação da ―salvação e construção‖, orando a Meishu-Sama para que possamos ser agraciados com Sua grande proteção, e que tenhamos a permissão de obter ainda maior avanço na verdadeira unificação da Igreja.

Sinto sincera gratidão aos senhores da Sede de Desenvolvimento de Projetos em Conjunto, das Igrejas filiais, integrantes e membros em geral, pelo empenho voltado para a criação de uma Igreja única. Ao mesmo tempo, sinto profunda gratidão pelo Supremo Deus, que se encontra junto de Meishu-Sama, pela Sua grande benevolência de nos ter educado, criado e conduzido.

Bem, nós fomos permitidos descer do Céu, eterno e ilimitado, para esta terra, e vivemos no mundo dos fenômenos que possui um tempo que passa incessantemente. Vivemos, utilizando o tempo como se fosse algo de nossa propriedade. Por exemplo, realizamos a nossa preparação para o futuro relembrando, medindo e marcando o tempo em nossas ações do passado.

Todavia, como o tempo pertence originariamente ao Supremo Deus, creio que nós estamos utilizando-o com a Sua permissão.

E será que nós não estamos podendo observar, no transcurso do tempo, a obra de Deus, realizada conforme a Sua vontade, transferindo do mundo celestial para o mundo material, utilizando a nós e todas as coisas da Natureza?

No entanto, como vivemos com sentimento humano, será que sem perceber, não estamos utilizando o tempo a nosso bel-prazer, dando demasiada importância a certos fatos e assuntos do passado ou em outros momentos considerando-os simples acontecimentos e encarando-os de forma leviana, sem nenhuma seriedade?

Enquadrando essa situação na questão da reconciliação da Igreja, sinto que ela foi possível, evidentemente, pela colaboração das pessoas envolvidas mas, na realidade, ela foi realizada graças à vontade dos Céus que, ao se transpor para a Terra, nos possibilitou a reconciliação, não acham?

O verdadeiro ponto de partida da reconciliação não estaria no mundo

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celestial? Acredito que, ao mesmo tempo em que ele é eterno, seja um mundo onde tudo pode se concretizar num piscar de olhos. Pelo fato de uma obra do mundo celestial estar sendo refletida incessante e ilimitadamente neste mundo material, que é constituído de tempo e espaço, creio que a obra de reconciliação, já consumada no mundo celestial, esteja sendo contínua e intermitentemente refletida no mundo material. Por isso nós, que vivemos no mundo material e estamos sendo educados pela eternidade, devemos agradecer pelas obras efetivadas no mundo celestial. Também creio que precisamos seguir avante, renovando sempre esse pensamento.

Devemos estar atentos para que não relevemos tudo por conta de afirmativas como: ―a história se repete‖ ou ―após a comida passar pela garganta, esquecemos a sua quentura‖. Sinto também que, enquanto o trabalho que visa a criação da ―Igreja única‖ estiver baseado na autonomia do mundo material, por mais que nos empenhemos jamais romperemos o círculo vicioso em que ele se encontra.

Para que nós possamos seguir avante, evoluindo e aperfeiçoando-nos cada vez mais, devemos retornar ao mundo celestial, que vem a ser a nossa verdadeira natureza, e que existe dentro de cada um de nós. Isto é, sinto que precisamos voltar ao ―verdadeiro eu‖ e, recebendo essa atuação do mundo celestial, ter sempre o pensamento ―Utilizai-me, Senhor, para que a Vossa Vontade seja concretizada.‖

Ao mesmo tempo que me deparei com a grandiosa e invisível força do Johrei também pude sentir o quão grandiosa é a força da ação do Sonen, pensamento invisível que consegue transformar até mesmo circunstâncias concretas. Sinto que preciso entender ainda mais o sentimento de Meishu-Sama que compôs o salmo ―A força visível é limitada, mas a invisível é ilimitada‖.

Gostaria de dizer aos senhores o seguinte: nós afirmamos ―Estou servindo à Obra Divina‖. Quando realizamos atividades com formas visíveis ou praticamos alguma coisa útil, sentimos que estamos servindo à Obra Divina. Por outro lado, quando nós nos encontramos em purificação, em estado de sofrimento e angústia, temos a sensação de que não estamos sendo úteis à Obra. Entretanto, creio que, através do nosso pensamento humano que visualiza as coisas apenas pelo aspecto físico, é difícil entender de que forma Deus nos utiliza. Isso porque nós, que somos utilizados, somos constituídos não apenas do corpo físico mas, também, do corpo espiritual. E é esse corpo espiritual que vem a ser o nosso verdadeiro corpo.

Nós, por exemplo, dizemos ―ultrapassar a purificação‖ mas, nesses momentos, não devemos pensar separadamente sobre ―receber uma purificação‖ e ―ser útil à Obra Divina‖. Meishu-Sama nos ensinou que a purificação é uma lei rigorosa do Céu e da Terra. Sendo assim, ela certamente

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atua sem um segundo de interrupção, tanto no homem como em todas as coisas da Natureza. Creio que, através do Seu infinito amor, o Supremo Deus esteja acionando essa lei constantemente, para dar prosseguimento à Sua Obra de perdoar, purificar, salvar e fazer renascer a humanidade, para a purificação espiritual e material do homem. Mesmo em se tratando da purificação de um só indivíduo, ela se relaciona intimamente com a purificação da humanidade e do globo terrestre, sendo uma parte importante da Obra Divina. Meishu-Sama nos ensinou que não somente a doença, mas todos os sofrimentos são ações purificadoras. Mesmo que eu esteja ciente, teoricamente, do significado do Ensinamento que fala sobre ―purificação‖, durante a sua atuação, desejando melhorar rapidamente, o meu pensamento se volta somente para o ponto problemático que deve ser resolvido e para as partes afetadas, que devem ser purificadas, e acabo esquecendo que, por trás disso, encontra-se preparada uma magnífica dádiva e que há uma atuação extraordinária da força de purificação.

Apesar de ser uma pessoa imatura, Deus utiliza-me gentilmente para conceder-me a Sua dádiva, mas nem consigo perceber isso, o que acho uma grande desconsideração da minha parte. Na verdade, quem melhor sabe sobre o nosso estado de sofrimento e de angústia são o Supremo Deus e Meishu-Sama, e também são Eles que estão desejando nos livrar dessa situação. Acreditando no que acabei de afirmar, ao invés de agradecer, dizendo que terminou a purificação, é no momento em que estamos purificando que devemos crer, com coragem, que esse estado é a prova de que realmente estamos sendo utilizados na Obra Divina e orar: ―Por favor, utilizai-me, juntamente com toda a humanidade e todas as criaturas, para que a Vossa Vontade seja concretizada‖. Se conseguirmos orar com gratidão, dessa maneira, tenho plena certeza de que Meishu-Sama ficará realmente feliz. Assim, aceitando esse ato como condizente com a vontade dele e considerando-nos instrumentos aptos, Ele nos utilizará, compartilhando conosco a Sua maravilhosa dádiva. Tenho plena convicção de que assim Ele está nos educando e criando. Eu também não consigo deixar de pensar que estou acostumado, em demasia, pelo recebimento de incontáveis graças divinas e que, sem poder reconhecer que a purificação é o grande amor de Deus, eu a venho menosprezando.

Gravando profundamente no coração o seguinte salmo de Meishu-Sama: ―Sendo a doença uma ação para purificar o corpo e a alma, ela é a maior bênção de Deus‖, desejo que possamos seguir na nossa jornada.

Para finalizar, em nome do Messias, Meishu-Sama, louvo o Supremo Deus, orando para que Ele, através do espírito da palavra ―Messias‖, faça penetrar e preencher com o sopro vital divino, constantemente renovado, cada um dos senhores e todas as coisas do Universo, para que tudo renasça e se liberte para a resplandescente fonte da vida.

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Muito obrigado.

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Saudação de Kyoshu-Sama

Culto de Início da Primavera

Templo Messiânico de Atami - 4 de fevereiro de 2008

Minhas sinceras felicitações pelo Culto de Início da Primavera. Com profundo respeito agradeci por poder participar deste Culto como uma das pessoas que, pelas imensas bênçãos do Supremo Deus, juntamente com todos os senhores, estão sendo criadas e educadas unidas com o Messias, Meishu-Sama. Orei, também, para que sejamos utilizados nas novas atividades da Obra Divina neste ano, atividades estas que deverão concretizar o sentimento de Meishu-Sama.

O Único e Supremo Deus, que vive por toda a eternidade, preparou partículas de Seu próprio espírito para dar vida a Seus filhos, ou seja, ―representantes‖ que herdem a Sua Obra de Criação. Dizendo de outra forma, penso que a Consciência Original, ou seja, o propósito do Supremo Deus de dar vida a Seus filhos está presente em todas as coisas. Por isso nós, que somos as partículas do espírito do Supremo Deus, fomos previamente preparados, no mundo divino, para servir à Sua Obra, fundidos com a Consciência Original e feitos nascer na Terra, cada um dotado de sua própria autoconsciência. De acordo com isso, entendo que o nome que recebe essas partículas divinas seja Messias. Compreendo que, mesmo que o número dessas partículas divinas seja incalculável, no eterno e ilimitado mundo divino, isto é, junto ao Supremo Deus, elas sejam uma só unidade. Tenho a impressão de que isto se assemelha ao fato de que, qualquer que seja o copo com que apanhemos a água do mar, seu conteúdo será sempre água do mar. A maneira humana de compreender as coisas é totalmente diferente da maneira do Supremo Deus e, por isso, devemos ser cautelosos para não tratarmos levianamente as coisas que se referem ao invisível mundo do espírito. No entanto, creio que seja permitido o uso desse tipo de exemplo, para a associação de idéias, na tentativa de auxiliar o nosso entendimento.

Além de ter nascido na Terra como filho de seres humanos, assim como todos nós, Meishu-Sama também concretizou o propósito do Supremo Deus de nascer de novo, como Seu filho. Por isso eu creio em Meishu-Sama como verdadeiro filho do Supremo Deus, como Seu verdadeiro representante, e o chamo de Messias. A partícula divina, que é a nossa alma, não pertence ao ser humano, e sim, ao Supremo Deus. Assim, podemos pensar que ela possui

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caráter divino. Mesmo considerando que existem inúmeras divindades e entidades espirituais, devemos entender que apenas o Supremo Deus possui o que chamamos de caráter divino e que tudo, incluindo o homem e as demais criaturas, é a expressão do Único e Supremo Deus. No entanto, chegar a ter uma percepção assim é algo muito difícil para nós, seres humanos, que fomos feitos portadores, individualmente, de uma consciência e vivemos num mundo que classifica e delimita todas as coisas.

Creio que podemos afirmar que Meishu-Sama, como Messias, traz, dentro de si, o caráter divino do Supremo Deus justamente porque Ele nasceu de novo como Seu filho, ao perceber e tornar-se convicto de que a partícula divina que habitava Seu interior não era Sua, mas sim, do Supremo Deus. Por isso preciso compreender, por pouco que seja, o estado de espírito de Meishu-Sama quando Ele se referia ao Seu trabalho, dizendo: “Não dá para pensar que seja obra humana”, ou quando escrevia poemas como ―Sou homem e não sou homem. Sou Deus e não sou Deus. Fico a refletir sobre mim mesmo...‖. Isso significa

que preciso conhecer a minha posição, como ser humano, em relação ao Supremo Deus. Creio que só é possível atingir um estado de espírito como o de Meishu-Sama quando conseguimos nos conscientizar de que a partícula divina, que está em nós foi outorgada com a sabedoria e a força absoluta e infinita do Supremo Deus. Ao mesmo tempo precisamos compreender, claramente, o quanto a natureza humana, que é o recipiente dessa partícula divina, é impotente e imatura.

Não seria essa a conscientização que todos nós, humanos, partículas do espírito do Supremo Deus, deveríamos passar a ter?

Eu compreendo que o nome ―Messias‖, originalmente, não é uma denominação humana, atribuída com base nas suas atividades terrenas, mas como uma denominação divina, que pertence ao Supremo Deus.

Como a atuação do Messias envolve a construção do Paraíso Terrestre e a salvação da humanidade, podemos considerá-lo também como o Salvador, no sentido de ―salvador do mundo‖. Por ser filho do Supremo Deus, herdeiro e representante de Sua obra, será que o ―Salvador‖, ou seja, o Messias, não pode manifestar todo o absoluto poder, força e sabedoria do Supremo Deus, como Meishu-Sama nos ensinou?

Meishu-Sama nos orientou que ―quando o homem se eleva, torna-se divino‖. Creio que esse Ensinamento nos mostra que o ser humano, originalmente, é uma existência criada para crescer servindo ao Supremo Deus, que é o pai da vida, e para herdar o Seu imenso sentimento e a Sua obra. Além disso, se Meishu-Sama também nos ensina que “podemos conceituar o progresso da civilização como a evolução do homem animal para o homem divino”, e que “o lugar onde se reúnem homens divinos poderá ser outro que não o Paraíso Terrestre?”, Ele nos indica que, com o aumento do número de homens

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que visam se tornar filhos do Supremo Deus, a Terra irá se transformando em Paraíso. Portanto, ao invés de ―idolatrar‖ Meishu-Sama, como é comum se ver, será que não deveríamos respeitá-lo como um modelo para a humanidade de como nos tornarmos representantes do Supremo Deus? Será que, para seguir Seu exemplo, não deveríamos desejar nascer de novo como filhos do Supremo Deus?

Eu acredito que Meishu-Sama está querendo nos unir, em um só corpo, com Ele.

Meishu-Sama compôs o salmo: “A bola de Luz que está em meu ventre se expandirá, dia após dia, e envolverá o mundo todo”. Como agora estamos envoltos pela Consciência Original do Supremo Deus, que é a Bola de Luz a que Meishu-Sama se refere, não há como pensar que Meishu-Sama e nós somos existências distintas. Não é mesmo? Sendo assim, quando Meishu-Sama escreve: “Eu, apenas eu, recebi do Supremo Deus a missão de salvar o mundo”, nós também não estaríamos incluídos neste ―apenas eu‖? Portanto, acho que o melhor é aceitar que cada um de nós vive no mundo da consciência e que Meishu-Sama é a nossa cabeça e nós somos seu corpo físico, seus pés e suas mãos.

Sinto que o verdadeiro significado da expressão ―nascer de novo‖ não se refere ao nosso nascimento, mas sim, à concretização do propósito do próprio Supremo Deus, que é renascer dentro de nós. Para isso, acredito que o mais importante é confiar plenamente que Meishu-Sama estava nos unindo e determinar, em nossos corações, que receberemos, dentro de nós, a partícula divina de Meishu-Sama como o Messias, que renasceu e cumpriu o propósito do Supremo Deus. Meishu-Sama percebeu que estava envolto pelo Supremo Deus e, ao mesmo tempo, compreendeu claramente que o Criador estava vivo dentro d‘Ele. Este estava vivo dentro de si. Gostaria que nos educássemos para que também alcancemos essa mesma convicção de Meishu-Sama.

Estou muito agradecido a todos os messiânicos que, através do propósito de ―Cultivar a fé que liga ao Messias – Meishu-Sama‖, estão aplicando todas as suas forças na construção do Solo Sagrado de Heiankyô – a Terra da Tranqüilidade, e nas três Colunas da Salvação – Johrei, Agricultura e Alimentação Natural, e a salvação através do Belo. Também estou muito feliz por sentir, através das inúmeras experiências de fé enviadas pelos messiânicos, não só do Japão mas do mundo inteiro, que todos estão cultivando o sentimento de expressar sempre a gratidão, gerando muita alegria e formando uma corrente de salvação através da Prática do Sonen.

Um ponto que tenho a observar, a respeito da ―Prática do Sonen‖, é o quanto temos noção ou não de que a nossa consciência evolui o tempo todo e que, em nosso cotidiano, a disseminamos em forma de Sonen, sem percebermos. Fazemos uso dessa consciência considerando-a nossa, achando que nós a

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criamos e nós é que a estamos manifestando mas, na verdade, é o Supremo Deus que a maneja a todo instante, como Sua consciência e para externar a Sua própria manifestação. Eu acredito que o Supremo Deus está criando e educando a nossa consciência como a Sua própria, para nascer novamente dentro de cada um de nós. Portanto, o simples fato de surgirem pensamentos, sejam eles bons ou ruins, dentro de nossa consciência, já mostra o nosso profundo relacionamento com a obra da Criação do Supremo Deus, isto é, com a Obra Divina de Meishu-Sama.

O Supremo Deus já deu a permissão de purificar a um número incontável de antepassados. E, para salvá-los, ligou-os a nós, do presente, fazendo-nos experimentar um pouquinho do estado caótico do passado e reproduzindo-o em nosso corpo e na nossa consciência. Ele está fazendo isso como um treinamento para nós, para que possamos nos tornar os filhos que herdarão a Sua obra de salvação. Esse é o plano do Supremo Deus para concretizar, na Terra, a Obra Divina de salvação da humanidade e da construção do Paraíso Terrestre, já concretizadas no mundo divino. Por isso, creio que está sendo exigido que nós nos dediquemos à obra de encaminhamento e entrega dos antepassados ao Messias, Meishu-Sama, para que eles possam ser recebidos no radiante e iluminado Paraíso preparado no centro da nossa consciência. Para isso, da mesma forma que estamos, agora, respirando o ar com a consciência de que o recebemos do Supremo Deus, também não devemos nos descuidar do treinamento para utilizar, de forma consciente, o Sonen que estávamos disseminando inconscientemente. E, também, devemos nos manter atentos para sempre corrigir o rumo do nosso Sonen, para que o Supremo Deus possa se manifestar.

Ao mesmo tempo em que nós somos existências físicas, também somos existências espirituais. Como a Lei ―O Espírito Precede a Matéria‖, que atua em nós, é uma rigorosa lei do Universo, certamente todo ser vivo e todas as demais existências também estão sujeitas a ela. O fato de Meishu-Sama nos ensinar sobre esta Lei, de maneira especial, de forma tão enfática, significa que não basta apreendê-la como conhecimento. Ela precisa ser apreendida como regra de vida do ser humano que deverá herdar a Obra de Criação do Supremo Deus. Se tornamos a Lei ―O Espírito Precede a Matéria‖ a base da nossa maneira de viver, estamos posicionando como ―senhor‖ (o que comanda) a nossa alma, que

é a nossa própria essência, a nossa consciência original, a nossa vida, a nossa semente, e posicionando como ―subordinado‖ (o que obedece) a nossa

consciência, o ―recipiente‖ da alma.

Não podemos deixar que a consciência seja controlada pela natureza humana, chamada ego e, sim, fazer com que ela escute e obedeça ao chamado da nossa alma, que é uma partícula do espírito do Supremo Deus. Penso que, se conseguirmos que a nossa consciência amadureça até o ponto de poder corresponder à vontade divina contida em nossas almas, ou seja, se espírito e físico se tornarem unos, as portas do Paraíso que existe dentro de nós se

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abrirão amplamente. Assim, a luz da inteligência e a força ilimitada e absoluta deste Paraíso fluirão para a nossa natureza humana, que é um recipiente, e reavivarão completamente nosso corpo e espírito, revitalizando também o mundo dos fenômenos (mundo material).

Em dois de Seus salmos relacionados com civilidade, Meishu-Sama escreveu: Saibam os fiéis que a essência da fé consiste em manter a civilidade” e “A desordem existente no mundo material é uma conseqüência do menosprezo da civilidade”. Através destes salmos, pude compreender o quanto é importante manter a civilidade, e que seu significado consiste em priorizar o respeito e a moderação, no contato com as pessoas. Meishu-Sama também escreveu o salmo: “No país em que superiores e subalternos respeitam a civilidade, sopram ventos de verdadeira paz”. Nesse salmo, eu acho que Ele quis nos ensinar que a expressão ―superiores e subalternos‖ está além das diferenças de posição entre pais e filhos, homem e mulher, idade, classes sociais e capacidade. E que o ser humano precisa respeitar a civilidade no contato com os outros. Entretanto, independente de Meishu-Sama estar ensinando que existe uma forma mais importante de civilidade a cumprir e que isso é a essência da própria fé, e que precisamos respeitá-la, eu mesmo deixei isso passar despercebido até os dias de hoje.

A mais importante de todas as formas de civilidade não seria o respeito para com o Supremo Deus, o pai da nossa vida? Não seria existindo o respeito para com o Supremo Deus que existe o respeito entre os homens? Isso porque a alma não pertence ao ser humano, mas sim, ao Supremo Deus. Não seria fato que estamos vivos porque o Supremo Deus está vivo dentro de nós? O ar que nós inspiramos e expiramos não é nosso. Esse ar não seria a própria respiração da vida do Supremo Deus? Eu me questiono se consigo pensar que, se não houvesse a força da vida do Supremo Deus, eu não poderia respirar, movimentar meu corpo, exercitar os cinco sentidos, ter emoções. Questiono, também, se consigo pensar que a vida de Deus está presente dentro da pessoa que está à minha frente, bem como em todas as outras. Questiono-me, ainda, se acredito ou não que todas as criaturas, incluindo os animais, os vegetais, todos os elementos químicos, enfim, todo o Universo, são manifestações da vida do Supremo Deus. Quando me questiono sobre isso, tenho a sensação de que, preso somente à vida que tem forma, eu não estava compreendendo verdadeiramente a essência e o valor do que é a vida. Será que, ao acabar considerando ser suficiente unir as mãos e orar diante do Altar, não vim negligenciando o respeito que devo ao Supremo Deus que está vivo dentro de mim? Não posso deixar de pensar nisso. Às vezes, ficamos irritados quando somos ignorados ou menosprezados. Tenho a impressão de que a ocorrência desse tipo de reação desconfortável está nos ensinando que estamos sendo, todos nós, a humanidade, responsabilizados por esquecer de prestar respeito ao Supremo Deus e vir ignorando-O, até hoje. Em outras palavras, durante muito tempo a humanidade veio ignorando o Supremo Deus. Essa situação tornou-se informação genética. Não só eu como também a pessoa com quem estou lidando, herdamos essas informações. Mesmo assim, o Supremo Deus

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não destruiu nem a nós, a humanidade, nem essas informações genéticas. Só posso crer que é para nos tornar Seus filhos que Ele está nos permitindo viver até hoje e está perdoando até mesmo a nossa ignorância e arrogância, fazendo-nos crescer e evoluir eternamente. Por isso, temos o importante papel de, em nome do Messias, Meishu-Sama, comunicar aos nossos antepassados, vivos em nós, em forma de informação genética, a boa-nova de que eles estão sendo recebidos no caminho da salvação porque já receberam a permissão de serem purificados do pecado de terem ignorado a existência de Deus. Além disso, acredito que o sentimento de prestar respeito ao Supremo Deus é o

fundamento do makoto(*), que devemos cultivar e que, aliás, gostaria que todos

os senhores cultivassem

Meishu-Sama escreveu o seguinte salmo: “É preciso que cada homem retorne à sua verdadeira natureza e exponha sua alma à Luz de Deus”. Sinto, neste salmo, que Ele nos ensina que cada um de nós precisa retornar à sua verdadeira natureza, para fazer sua alma brilhar através da Luz de Deus. Não consigo imaginar, entretanto, que a verdadeira natureza, à qual preciso retornar, esteja na minha consciência atual, que é instável e facilmente tomada pelo egoísmo e pelo apego. Penso, sim, que a verdadeira natureza certamente se encontra na minha consciência original, ou seja, no Paraíso existente dentro da partícula do espírito do Supremo Deus, que é o meu ―verdadeiro eu‖. Isso porque Meishu-Sama nos ensinou que a alma é a natureza divina, é o próprio Bem. Entretanto, apesar de possuirmos uma alma dentro de nós, herdamos não só a dimensão do Paraíso, onde nossa alma foi preparada, mas também a vida terrena, que é uma dimensão que possui forma. Talvez, por isso, acabamos voltando nossa consciência apenas para o mundo dos fenômenos, que possui forma, tornando-se, assim, tão difícil direcioná-la para o nosso ―verdadeiro domicílio‖, que é o Paraíso existente dentro de nós. Dessa forma, mesmo que o nosso corpo físico viva na dimensão terrena, deveremos desejar fortemente que a nossa consciência retorne ao Paraíso existente no nosso interior, onde está a nossa alma, para podermos contatar a verdadeira natureza de Meishu-Sama, que ali está sempre presente, para que nossa alma resplandeça através da Luz do Supremo Deus.

Desejo que consigamos nos tornar capazes de servir ao Supremo Deus, a tudo e a todas as pessoas, com civilidade e respeito, empenhando-nos para que a verdadeira natureza original vá sendo projetada na nossa consciência atual. Acredito que essa ação de ―retornar‖ é algo extremamente importante. Em nossa existência terrena, estamos presos ao tempo e ao espaço e, dentro do nosso coração, ao nos considerarmos melhores que os outros, vivemos julgando-nos, uns aos outros, com aquilo que acreditamos ser bem ou mal. Isto não é fato? Não é esta a natureza humana? Sendo assim, o que mais desejo é libertar-me dessa natureza. Porém, isso é praticamente impossível somente com o esforço para mudar de atitude, como se diz comumente. Não é fácil libertar-nos da natureza humana, que veio sendo cultivada durante gerações e gerações, pelos nossos antepassados. Se isso é possível ou não depende de,

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acreditando na existência do Paraíso dentro da nossa consciência, desejarmos verdadeiramente retornar a Meishu-Sama, que está querendo nos receber nesse Paraíso, e de Ele aceitar ou não esse nosso desejo. E, para isso, o melhor a fazer é desejar, docilmente, sermos educados e criados por este Paraíso, que é um mundo eterno e ilimitado e, ao mesmo tempo, um mundo onde tudo se concretiza instantaneamente.

Eu acredito que o Paraíso, ao qual devemos retornar, é um Paraíso novo e não aquele de até agora. Receber de Meishu-Sama a revelação divina sobre a ―Transição da Era da Noite para a Era do Dia‖ não significa, apenas, tomar conhecimento de que o mundo espiritual, chamado Paraíso, se encontra em processo de transição do mundo da noite, de até agora, para o novo mundo do dia. Significa, também, que devemos realizar esta transição dentro de cada um de nós. No salmo “A Obra Divina, invisível aos olhos humanos, já está concretizada no mundo espiritual”, Meishu-Sama nos mostra que a transição da Era da Noite para a Era do Dia, ou seja, o novo Paraíso, já está concluído no mundo espiritual. Será que isso não significa que o Paraíso, que existe no centro da nossa consciência, já é um Paraíso renovado? Se for assim, precisamos renovar a nossa consciência atual, para corresponder a essa situação. E as atividades que desenvolvemos, nesta vida terrena, também precisam se tornar atividades completamente renovadas.

Para isso, penso que seria necessário:

Reconhecer que o novo Paraíso já está concluído;

Retornar ao Paraíso que existe dentro de nós;

Assimilar, no corpo e na alma, as novas atividades desse Paraíso;

Determinar, em nossos corações, que desejamos ser utilizados na Obra de projeção desse novo Paraíso para o plano terrestre.

Tenho a plena convicção de que assim, através da Lei da Purificação, nossas imperfeições serão fortemente iluminadas e teremos grande permissão de crescer, para que toda a humanidade, que já se encontra dentro da permissão de purificar, possa de fato ser purificada, salva e trazida de volta à vida, ou seja, para que o Paraíso Terrestre se estabeleça.

Quando cada um de nós é utilizado pela poderosa ação de purificação, temos a permissão de perceber e aprender sobre os nossos próprios defeitos. Isso é algo que só a própria pessoa pode experimentar. Poder fazer essa descoberta faz nascer alegria e gratidão. Quando estivermos passando por uma purificação, precisamos sentir plena confiança no sentimento de Meishu-Sama contido no salmo: “Não tema a doença. Lembre-se de que ela é uma bênção de Deus,

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para purificar os pecados e as máculas acumuladas”. Acreditando nisso

gostaria de me empenhar, juntamente com todos os senhores, para conseguir agradecer ao Supremo Deus Seu grandioso amor e infinitas graças.

Estarei orando para que, a partir deste Culto de Início da Primavera, um novo sopro de vida do Supremo Deus penetre, circule e reflua em cada um dos senhores e que o sentimento de Meishu-Sama, juntamente com o espírito da palavra Messias, possam se concretizar o mais rapidamente possível.

Estarei, também, sempre orando para que os novos dias, que os senhores iniciarão a partir de agora, sejam plenos de riqueza de espírito e paz.

Muito obrigado.

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Culto aos Antepassados de 2008

Palestra do Quarto Líder Espiritual

Templo Messiânico de Atami – 1º de julho de 2008

Minhas sinceras felicitações a todos pelo Culto aos Antepassados. Com imenso e

profundo respeito lhes digo que o Único e Supremo Deus, que é o Pai das nossas vidas, está vivo no passado, no presente e por toda a eternidade.

O Supremo Deus, como Pai, está nos criando e nos vivificando através do sopro da vida eterna, da consciência e da alma.

Meishu-Sama não nasceu somente como filho de seres humanos, ou seja, filho de

pais que possuem um corpo carnal, mas também nasceu de novo como o filho que cumpriu o propósito do Supremo Deus, ou seja, como o Messias.

Eu acredito que a Obra do Supremo Deus consumada em Meishu-Sama é um propósito que precisa ser consumado em toda a humanidade.

Fomos feitos nascer neste mundo para renascermos, desta vez, porém, como

filhos do Supremo Deus. Por este motivo, o Supremo Deus nos uniu a

Meishu-Sama fazendo-nos evoluir e crescer dentro de uma formação contínua e eterna.

No Culto aos Antepassados que realizamos hoje, nós expressamos nossa gratidão

por tudo isso ao Messias Meishu-Sama, louvando de coração o Supremo Deus,

que se encontra junto a Meishu-Sama. Ao mesmo tempo, orei para que possamos

ser utilizados juntamente com nossos antepassados paternos e maternos, vivos até

hoje dentro de nós como a consciência de nossas células, para concretizar a Vontade do Supremo Deus.

Tenho profundo respeito por todos os senhores, messiânicos, que vêm se

empenhando diariamente com a intenção de transformar o seu interior em paraíso,

enquanto dedicam com afinco nas atividades das três colunas da Obra Divina –

Johrei, Agricultura Natural (Alimentação Natural) e a salvação através do Belo –

e na construção do Solo Sagrado do Heiankyō (Terra da Tranqüilidade), baseados na diretriz: “Cultivar uma fé que liga ao Messias – Meishu-Sama”.

Com o objetivo de transformar seu interior em paraíso, os senhores vêm se

empenhando em realizar a “Prática do Sonen” e em educar o coração para

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agradecer em qualquer circunstância. Pude perceber, através das inúmeras

experiências de fé enviadas pelos messiânicos, não só do Japão, mas de todo o

mundo, a “Corrente de Salvação”, que está surgindo através dessa prática e pude compartilhar, assim, da mesma alegria e gratidão.

Estou muito agradecido por saber que os senhores não estão limitando os

sentimentos de alegria e gratidão que experimentaram, a meras emoções, mas os

estão estendendo ao trabalho de servir a Deus, que é a idéia básica da “Prática do

Sonen”. Assim, estão buscando a essência da prática do amor altruísta pregada

por Meishu-Sama, realizando, com o sentimento renovado, os atos que objetivam levar a verdadeira felicidade para as outras pessoas.

Fico muito feliz em saber que o esforço em levar a verdadeira felicidade ao

próximo está se ampliando de um em um originando, assim, uma “Corrente de

Felicidade”. Desejo que todos continuem recebendo a ajuda e a orientação de Meishu-Sama nesta prática.

Bem, todos nós desejamos servir à Obra Divina de construção do Paraíso

Terrestre e de salvação da humanidade mencionada por Meishu-Sama e também

praticar o altruísmo; em outras palavras, desejamos ser utilizados para partilhar as bênçãos de Deus com muitas pessoas.

Sobre este tema, Meishu-Sama escreveu os seguintes poemas:

“Nobre é o homem que, desejando o bem do próximo, coloca-se em segundo plano”.

“Se você deseja corresponder à Vontade de Deus, torne-se uma pessoa que deseja a felicidade do próximo”.

Toda vez que me deparo com o sentimento de Meishu-Sama de desejar a

felicidade do próximo, percebo que preciso me tornar uma pessoa capaz de corresponder a este sentimento.

Entretanto, o pensamento que nasce da vontade de receber as bênçãos, como, por

exemplo, o desejo de receber graças, de ser mais feliz, de ser uma pessoa bem

vista pelos outros, acabam surgindo em primeiro lugar, e sinto que me falta

generosidade para desejar a felicidade do próximo e priorizar o outro no partilhar das bênçãos divinas.

Quando um problema que me atormentava é solucionado, sinto alegria, gratidão

e satisfação, como se isso já fosse o suficiente, talvez porque eu esteja

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excessivamente envolvido com meus problemas.

Mesmo que eu consiga desejar tornar-me uma pessoa que partilha as bênçãos

Divinas com o próximo, na prática, este desejo de partilhar não brota tão

facilmente, e tenho a sensação de que, na verdade, ele ainda não se tornou parte de mim.

Além disso, sinto que, em algum lugar do meu coração, alimento a idéia

pré-concebida de que um ser humano imperfeito como eu, prisioneiro do

egoísmo e do apego, jamais poderia ser capaz de fazer algo tão grandioso como

partilhar as bênçãos Divinas com outras pessoas, resignando-me com esta situação.

Desta maneira, ponho-me a reunir elementos negativos para refletir sobre eles e

me arrepender e, até mesmo, elementos para que eu negue a mim mesmo, quando,

na verdade, eu deveria procurar me libertar e ampliar meus horizontes cada vez

mais. Assim, sinto que estamos nos impondo restrições, impedindo e limitando conscientemente esse processo de formação que nos faz crescer e evoluir.

Neste momento, eu percebi algo extremamente importante que serve de base para minha própria formação e educação.

Meishu-Sama ensinou que nós, seres humanos, somos “representantes de Deus”.

O Supremo Deus concede Sua bênção infinita a toda Sua Criação. Por isso, nosso

dever como Seus “representantes” não seria servir na divina tarefa de partilhar plenamente Suas bênçãos?

Será que não foi neste sentido que o Supremo Deus nos preparou como partículas

do Seu próprio espírito, isto é, primeiramente nos preparou no Mundo Divino

como filhos d’Ele e, depois, fez cada um de nós nascer na Terra, vivificando-nos

para nos criar e educar como “representantes” que conseguem partilhar Suas bênçãos?

No mundo dos seres humanos, nós fazemos a distinção entre assuntos

particulares e assuntos públicos. Entretanto, como a Obra de Deus ordena o

mundo inteiro de forma imparcial, ou seja, sem sacrificar a verdade ou a justiça em favor de considerações particulares, podemos dizer que tudo é público.

Deus está sempre se utilizando de nós, seres humanos, que somos inseparáveis de

tudo o que existe no mundo e, ao mesmo tempo, nos treina para fazer de nós

Seus filhos. Portanto, por mais que pensemos que estamos fazendo algo

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individualmente, por nossa própria conta, na verdade, será que não estaríamos

realizando o trabalho público de Deus? Creio que eu não tinha consciência plena disto.

Sendo assim, será que Deus não está nos dizendo: “Vocês sempre pedem a minha

ajuda e talvez pensem que eu não preciso da de vocês. Mas, na verdade, eu preciso”? Não consigo deixar de pensar nisso.

Eu acredito que Deus está tentando nos utilizar como veículo de partilha de Suas

bênçãos. Todavia, na prática, de nossa parte, como pessoas que foram incumbidas

do Propósito Divino, nossa consciência encontra-se tão imatura e pouco evoluída que não conseguimos pensar assim.

Dessa maneira, antes de mais nada, precisamos confirmar este Propósito e

responder dizendo: “Eu tinha recebido de antemão esta missão no Mundo Divino”. Esta precisa ser a base do nosso modo de viver.

O que não podemos esquecer é que não somos nós que fazemos por nós mesmos; mas, haja o que houver, somos sempre utilizados de forma pública.

Como Meishu-Sama nos ensina no poema: “Ao perceber o quanto a força do

homem é limitada, descobrimos o quanto a força de Deus é grandiosa”, creio que

é percebendo o quanto acreditamos demasiadamente na força humana, que

conseguiremos entender verdadeiramente como a força divina é grandiosa. Mas sei que isto não é fácil.

Por isso, precisamos sempre dizer: “Desejo ser utilizado para que Sua Vontade

seja concretizada e eu seja formado e educado adequadamente como Seu representante”.

Então, com o desejo de que as pessoas que correspondem à Vontade de Deus

recebam Suas bênçãos, não seríamos melhor utilizados se pensássemos: “Senhor,

eu lhe ofereço a alegria e a felicidade que experimentei, portanto, por favor,

utilize-me, pois gostaria de partilhar Suas bênçãos e Sua força”? Creio que isto

está cada vez mais relacionado à prática de entregar nas mãos de Deus e de

manifestar nossa gratidão a Ele. Além disso, ao sermos utilizados desta forma,

Deus está nos formando para sairmos de uma condição de desequilíbrio interior para uma plenamente harmoniosa.

É muito importante desejar que uma nova etapa da Criação se manifeste neste

exato momento em que estamos vivendo a projeção no Mundo Material, da

transição da Era da Noite para a Era do Dia, que já se consumou no Mundo

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Divino.

Gostaria agora de ressaltar um ponto importante.

O mundo em que vivemos é o mundo onde ocorre a etapa final da criação, isto é,

o mundo da forma, que, na prática, é o lugar onde se manifestam não somente o

Sonen, mas também as palavras que se originam dele. É o mundo onde

conversamos e cumprimentamos uns aos outros com “bom-dia” ou “boa-tarde”,

por exemplo.

Não é preciso dizer que o trabalho do nosso Sonen é essencial e que ele está

ligado diretamente ao Sonen do Supremo Deus, ou seja, à Vontade Divina; em

outras palavras, ao propósito do Supremo Deus, ao Seu sentimento e, como dizem, à Consciência Original.

Entretanto, se nós temos o desejo de servir a uma Obra Divina cada vez mais

forte e evoluída, simplesmente fazer Sonen talvez não seja suficiente. Será que

Deus não estaria precisando não só do nosso Sonen como também das palavras que pronunciamos?

Geralmente, nós utilizamos as palavras livremente, de acordo com nossa vontade

humana, como se nos pertencessem. Porém, não seriam as palavras na sua

origem a representação do Espírito da Palavra, que é a palavra de Deus, ou seja, a

representação do Propósito do Supremo Deus? Meishu-Sama nos ensinou quão

grande é a influência do Espírito da Palavra. Sobre isso, Ele escreveu os seguintes poemas:

“Por mais impuro que esteja o mundo, se o espírito de palavras de Makoto ecoar mundo a fora, este será purificado”

“Nenhum esforço valerá a pena se a poderosa força do espírito da palavra não vier de uma alma bela”

Nós não devemos utilizar as palavras que proferimos no dia-a-dia apenas como

expressão do nosso próprio pensamento. Se conseguirmos expressá-las como

palavras da Partícula Divina que existe dentro de nós, devolvendo-as a Deus

como Suas palavras, elas emitirão luz e brilho, transformando-se na força que a tudo perdoa e purifica.

Eu não percebia o quanto Meishu-Sama dava importância ao Espírito da Palavra e por isso acabei tomando suas palavras de forma leviana.

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Penso que o fato de toda e qualquer existência possuir um nome, significa que

tudo está ligado ao Espírito da Palavra, que pertence a Deus, e as palavras que utilizamos no nosso dia-a-dia, também.

Sendo assim, para podermos servir na divina tarefa de partilhar as Bênçãos de

Deus e para Seu imenso poder se manifestar, cada vez mais, ao invés de

proferirmos levianamente palavras que recriminam os erros ou os defeitos

alheios, precisamos pronunciar palavras boas e paradisíacas. Acredito que,

pronunciando tais palavras, poderemos ser mais úteis no processo de

transformação desse mundo em Paraíso, uma vez que tornaremos o mundo da forma num lugar mais cheio de vida e alegre.

Todavia, não estou dizendo que basta utilizar palavras polidas.

Mesmo que alguém tenha feito algo que pareça ruim, somente a graça divina, que

existe junto ao Messias Meishu-Sama, é capaz de reverter esta situação. Portanto,

antes de mais nada, devemos dizer: “Que, através do Messias Meishu-Sama,

possamos receber a proteção e as bênçãos de Deus! Que tenhamos paz e

tranqüilidade! Que tenhamos a permissão de sermos utilizados, juntos, por Ele!”.

O importante é sempre ter em mente o desejo de ser utilizado por Deus junto com o outro.

Porém, se dissermos isso diretamente à pessoa, podemos acabar ofendendo-a. Por

tal razão, podemos deixar para fazê-lo mais tarde. Todavia, melhor do que isso é,

de antemão, preencher com uma energia paradisíaca toda a atmosfera do

ambiente em que nos encontramos com outras pessoas, proferindo boas palavras com o mesmo sentimento a que eu me referi agora.

Penso que, quando ministramos Johrei, devemos ter a mesma postura.

Se existe algo que, realmente, eu posso partilhar com outras pessoas, isto é o

Espírito de Deus, o Espírito da Palavra, que une, cria e educa todas as coisas. No

entanto, tenho a sensação de que estou sendo mesquinho ao deixar isto guardado dentro de mim.

Se desejamos verdadeiramente que a força de Deus se manifeste, precisamos ter

gratidão pelo Espírito da Palavra e, ao invés de pedir esta força somente para nós,

será que não estaria mais de acordo com a Vontade Divina pedir para que ela seja partilhada com muitas outras pessoas?

No mês passado, nós comemoramos o Culto do Paraíso Terrestre. Há 77 anos, no

dia 15 de junho de 1931, Meishu-Sama teve a percepção da Revelação Divina

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sobre a transição da Era da Noite para a Era do Dia no Mundo Espiritual.

Eu acredito que, apesar da humanidade, por um longo período, vir ignorando a

Deus, a transição da Era da Noite, que se centraliza na vontade humana, para a

Era do Dia, que se centraliza na Vontade Divina, só pôde ser concebida graças ao amor de Deus, que é o grandioso perdão divino.

Como nós estamos convencidos de que vivemos somente num mundo baseado

nos critérios de Bem e de Mal, encontramo-nos num estado em que sequer conseguimos discernir quais de nossas atitudes revelam ignorância em Deus.

Por conseguinte, estou convicto de que o único caminho para conseguirmos

receber, não o julgamento de Deus, mas sim, Seu perdão, que já foi preparado

para nós, consiste em, primeiramente, aceitar docilmente este grandioso perdão,

tendo consciência de que não sabemos quais de nossas atitudes ignoram a Deus.

Em seguida, devemos confiar, de coração, no Propósito Divino, que concretizou

a Transição da Era da Noite para a Era do Dia no Mundo Divino e aceitá-lo em

nosso interior, mesmo que tardiamente. Por fim, ao invés de ficarmos nos

defendendo insistentemente como se estivéssemos totalmente corretos, devemos,

como seres imperfeitos que somos, mostrar a Deus nosso interior tal como ele é, acumulando no Mundo Divino o tesouro da honestidade.

Como Meishu-Sama disse em seu poema “Quanto mais honesta for a pessoa

maiores bênçãos lhe serão concedidas por Deus”, acredito que o caminho para

sermos formados e educados como filhos amados por Deus seja voltar-se para

Ele, ser cada vez mais sinceros com nós mesmos e servir na divina tarefa de

partilhar com o maior número de pessoas a felicidade e as bênçãos Divinas, que

são dádivas do amor de Deus. Desejo, do fundo do meu coração, saborear a felicidade de adentrar por este caminho junto com todos os senhores.

Neste dia tão especial, que é o Culto aos Antepassados, gostaria de encerrar

minhas palavras agradecendo ao Supremo Deus, juntamente com todos os

antepassados da humanidade que estão unidos a todos os seres vivos, pela

realização da transição do Mundo da Noite, quando nossos corações estavam

envolvidos pela escuridão, para o Mundo do Dia, uma etapa completamente nova

e radiante. Estarei orando para que, neste exato instante, cada um dos senhores

receba a Luz e a Força de Deus em seu interior, trazendo consigo o sopro da vida

do Supremo Deus e as bênçãos do Messias Meishu-Sama para que seus dias sejam repletos de prosperidade.

Muito obrigado.

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Saudação do Líder Espiritual

Oração de Comunicação de Outubro

IMM – Templo Komyo 28 de outubro de 2008

Bom dia a todos! Muito obrigado por mais um mês.

Creio que o fato de termos a permissão de viver sobre a Terra, guardando em nós

a partícula do espírito do Supremo Deus, é em si o profundo amor do Supremo

Deus. Por mais imperfeitos que sejamos, a nossa existência em si é um presente do amor do Supremo Deus.

Este amor, creio eu, é um amor provado pela verdade e a verdade, por sua vez, sempre tem este amor como pano-de-fundo.

Meishu-Sama, com certeza, sentia esse amor, claramente, dentro de si, do fundo do seu coração.

Justamente por isso ele compôs os seguites poemas:

“Fitando o vasto firmamento, fico a meditar sobre o infinito amor de Deus”

“A grande felicidade concedida por Deus: por mais louvada que

seja não é o suficiente. Nunca encontrarei palavras para expressá-la”

Dessa forma, Meishu-Sama sentia-se agradecido pelo grande amor do Supremo

Deus e, conforme tenho a oportunidade de entrar em contato com uma parte do

seu sentimento de louvor, não posso deixar de sentir quão grande é minha ignorância, estupidez e vaidade.

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Quando digo que agradeço, isto geralmente se restringe aos momentos em que

tive meus desejos atendidos ou quando recebi algo novo. No entanto, estou tão

acostumado às coisas que as pessoas me fazem constantemente e às coisas que sempre recebo que, dificilmente, me surge o sentimento de agradecer por isso.

Perceber que recebemos constantemente de Deus, invisível e possuidor da vida

eterna, o sopro da vida que é um presente do Seu amor, na minha opnião, é ainda mais difícil.

Talvez, inconscientemente, acabei passando a me ver como uma existência exageradamente importante.

Tenho a sensação de que não seria nada estranho se Meishu-Sama estivesse agora dizendo severamente para mim: “Afinal, quem você pensa que é?”

Sinto que preciso, de qualquer maneira, desejar me aproximar do sentimento de Meishu-Sama, por pouco que seja.

Se eu estou recebendo o presente do amor de Deus, as outras pessoas também

devem estar recebendo-o. O mundo inteiro, todas as criaturas estão repletas de

amor.

Por isso, penso que preciso conseguir aceitar as minhas imperfeições e as

imperfeições do outro e, mais do que ficar rivalisando agressivamente ou

lamuriando, é importante recebermos, reciprocamente, as vibrações do presente de amor que cada um recebeu.

Gostaria de me tornar uma pessoa que, ao invés de julgar, aceita o outro tal como

ele é, seja bom ou mau. Quero me tornar uma pessoa que se empenha em cultivar

a coragem de perdoar, a paciência e a generosidade; uma pessoa que consegue

pensar “será que haveria algo para o qual mesmo alguém como eu poderia ser útil?”

Se, mais do que conter a ira, eu conseguir desejar aprender sobre a causa do seu

surgimento, sobre sua origem, talvez consiga perceber minha postura prepotente e arrogante em pensar que a razão está do meu lado.

Ao mesmo tempo que devemos agradecer por termos sido, e ainda estarmos

sendo criados juntos, eu e o outro, sendo utilizados [por Deus], precisamos

também dizer [a Ele]: “gostaria de ter a permissão de ser utilizado para concretizar o Vosso Propósito”.

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Estou orando para que o sentimento de Meishu-Sama, o Messias, torne-se no nosso sentimento e que Suas bençãos estejam sempre presentes em todos.

Muito obrigado!

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Saudação do Líder Espiritual

Igreja Messiânica Mundial

Oração de Comunicação de Novembro - 28 de novembro de 2008

Local: Templo Komyo

Bom dia a todos! Muito obrigado por mais um mês.

Neste momento nós viemos a este mundo visível e estamos sendo mantidos vivos

como, recipientes, utensílios para manifestar e projetar no plano terrestre a obra do paraíso.

Isto porque, no nosso interior existe o paraíso.

Acredito que era por ter essa convicção que Meishu-Sama escreveu o poema

“Com o desejo de salvar as pessoas deste mundo e levá-las ao paraíso que

primeiro eu me torno uma pessoa do paraíso” para nos ensinar a ter essa compreensão.

A respeito dessa obra do paraíso, em outras palavras, a Obra Divina no mundo

espiritual Meishu-Sama disse “O paraíso veio a mim” e fez o salmo “Mesmo

sendo invisível aos olhos humanos a Obra Divina se realizou em mim no mundo

espiritual” ensinando a nós que no paraíso a obra já se concretizou, ou seja, a Obra Divina já está pronta no mundo espiritual.

Eu acho que o mundo que é chamado de paraíso ou mundo espiritual é o nosso Sonen, o mundo invisível da consciência.

A Obra Divina já está pronta no mundo espiritual significa que no mundo da

consciência nós já fomos perdoados, purificados, salvos e ganhamos vida nova

para nascermos novamente, em outras palavras, será que já não está definido que

ganhamos a vida eterna para morar no Paraíso junto com Meishu-Sama? E, por

estar definido dessa maneira que nós estamos sendo mantidos vivos agora neste plano terrestre?

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O paraíso é constituído pela Verdade de Deus, ou seja, por padrões rigorosos que

ninguém pode interferir. A Obra Divina no mundo espiritual é dirigida pelos critérios de Deus e não pode ser compreendida por nós seres humanos.

Acho que é por isso que Meishu-Sama referiu-se a respeito da forma de realizar a

Obra Divina no Plano Terrestre, ou seja, a respeito da forma de projetar o Paraíso

no Plano Terrestre com as expressões SENPENBANKA (sempre mudando),

OUHENJIZAI (adequar-se livremente de acordo com a ocasião) e JIYUMUGUE (livre e desimpedido).

Entretanto, nós seres humanos, apesar de sermos em essência seres espirituais,

por estarmos sendo mantidos vivos neste plano terrestre com um corpo carnal

temos a mania de imaginar a obra do paraíso com os mesmos padrões de trabalho deste mundo da forma, com os critérios humanos.

Assim, na ânsia de receber bênçãos, acabamos tendo idéias e motivações que

priorizam as obras humanas, baseando-se em ideologias e pensamentos fixos

construídos pelas nossas próprias aspirações, isto é, estamos fazendo o contrário,

sinto que não estamos percebendo que nos esforçamos grandemente para

projetarmos as nossas próprias conveniências num paraíso imaginado por nós mesmos, rezando na expectativa dessa realização.

Ainda por cima, caímos na ilusão de que essa é a fé verdadeira e utilizamos isso

para justificar nossas ações, e tentamos impor isso aos outros gerando conflito

entre as religiões; criando-se facções até mesmo dentro de uma mesma religião que acabam rivalizando-se entre si, não é mesmo?

Desta forma, precisamos procurar pensar se não estamos achando que estamos

sendo espiritualistas (de acordo com a lei do espírito precede a matéria), mas na

verdade estamos tendo uma postura materialista (onde a matéria precede o espírito).

Olhando para dentro de mim mesmo, sinto que realmente o interior do ser humano é algo que não podemos descuidar nem por um instante.

Eu mesmo imaginava o Paraíso com critérios humanos e chamava isso de

Vontade Divina, e senti que precisava me arrepender dessa presunção e servir com mais humildade.

Só temos mais um mês até o fim do ano.

Estou orando agradecendo as bênçãos divinas e pedindo para que o Messias

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Meishu-Sama que está dentro do nosso pensamento possa nos iluminar e nos guiar.

Muito obrigado.

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ORIENTAÇÃO DE KYOSHU-SAMA Culto do Natalício de Meishu-Sama

Atami, dezembro de 2008

Minhas sinceras felicitações a todos pelo Culto do Natalício de Meishu-Sama.

Com imenso e profundo respeito digo-lhes que o desejo do Único e Supremo

Deus, vivo por toda a eternidade, é fazer de nós filhos que correspondam à Sua

Divina vontade. Com base em Seu plano, Ele, no Mundo Celestial, nos preparou

de antemão como partículas divinas dotadas de Sua vida e consciência. Ao

chegar o momento de nos fazer descer ao plano terrestre, Ele realizou a sagrada

obra de nos legar o sopro da vida e fez com que nascêssemos através de nossos pais.

É por isso que podemos servir na divina obra de “construção do Paraíso

Terrestre”, que é a projeção do mundo celestial – terra natal de nossas vidas –

sobre o plano terrestre.

Meishu-Sama nasceu há 126 anos, no dia 23 de dezembro. Obedecendo à ordem

do Supremo Deus e servindo de acordo com Sua vontade, Meishu-Sama

percebeu que uma partícula do espírito do Supremo Deus estava viva dentro de si

atuando neste mundo. Desejando retribuir a essa bênção divina, Meishu-Sama se entregou a Deus como uma forma de demonstrar seu makoto1.

Eu acredito que é justamente porque Deus recebeu esse makoto que

Meishu-Sama nasceu novamente como filho do Supremo Deus, ou seja, como o Messias.

O Culto do Natalício representa um dia muito especial e de profundo significado,

um dia que nos enche de gratidão, pois foi nessa data que Meishu-Sama recebeu

a vida no plano terrestre para renascer como filho do Supremo Deus, ou seja, como Messias. Sendo assim, gostaria de comemorá-lo com muita alegria.

No Culto de hoje, compreendendo que nós somos uma prova de que as partículas

do Supremo Deus estão vivas e atuantes e objetivando retribuir essa grandiosa

bênção divina, comprometi-me a entregar, juntamente com todos os senhores, meu corpo e minha alma a Deus, através de Meishu-Sama.

Agradecendo por estarmos sendo formados para, unidos ao Messias

Meishu-Sama, nascermos mais uma vez, orei pedindo para ser utilizado junto

1 Makoto é uma palavra japonesa, na qual estão implícitos os seguintes sentidos: sinceridade, fé, amor, lealdade, honestidade, fidelidade, cordialidade, verdade, devoção, lisura, constância, altruísmo e etc.

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com todos os senhores na consumação do propósito divino, louvando do fundo do meu coração, o Supremo Deus que se encontra junto a Meishu-Sama.

Estou profundamente agradecido pelo empenho de todos os messiânicos em

cultivar a fé fortemente ligada ao Messias Meishu-Sama, buscando compreender,

através da “Prática do Sonen” e da “Prática do Sonen de Gratidão” o significado

da verdadeira felicidade e do amor altruísta pregados por Ele. Ao mesmo tempo,

esta prática está gerando uma “Corrente da Salvação” que conduz à “Corrente da

Felicidade”, levando assim, a verdadeira felicidade a muitas pessoas. Pude com-

preender como os senhores estão sendo guiados por estas práticas, por meio das

inúmeras experiências de fé enviadas pelos messiânicos do Japão e de todo o mundo e, com muita gratidão, compartilho do seu aprendizado e alegria.

Agradeço, ainda, por se empenharem diariamente, alicerçados nessas práticas

relacionadas ao Sonen, no desenvolvimento da obra divina de construção do Solo

Sagrado de Kyoto e das três colunas de salvação – Johrei, Agricultura (Alimentação) Natural e Salvação através do Belo.

Sobre esta última, aprendendo com o dia-a-dia de Meishu-Sama, os senhores

estão se empenhando em contatar com obras de arte de alto nível, em estreitar o

relacionamento com a Natureza e em tocar o sentimento das pessoas,

dedicando-se, assim, em cultivar a beleza do próprio sentimento, que é o sentido

mais amplo da Prática do Sonen. Estou profundamente emocionado em saber que,

através dela, os senhores estão se empenhando para se tornarem transmissores da vibração da beleza do coração, ou seja, “obras de arte vivas” do Supremo Deus.

Agradeço também, de coração, a todos aqueles que, imbuídos do sentimento de

Meishu-Sama, que reuniu, com todo amor, inúmeras obras de arte consideradas

tesouros da humanidade, tornaram-se “amigos do Museu MOA” por

reconhecê-lo como museu de Meishu-Sama e, hoje, apoiam suas atividades com muito amor e presteza.

Atualmente, temos a oportunidade de apreciar a exposição dos trabalhos da

Terceira Líder Espiritual, presidente da Fundação Cultural e Artística MOA, intitulada “Pequenos Esboços”.

Eu também apreciei esta mostra e, realmente, suas obras possuem um estilo

original que confortaram meu coração, graças à beleza e à suavidade de suas cores.

Expresso todo meu respeito e admiração pela postura da Terceira Líder Espiritual

em tomar a liderança de desenvolver a Salvação através do Belo, herdando o

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sentimento de Meishu-Sama que disse que o “Paraíso é o Mundo da Arte”.

Todas as vezes em que eu participo de um Culto, noto a constante presença de

muitos membros e ministros vindos de vários países do exterior, que, apesar de terem feito uma longa viagem, têm um olhar sempre brilhante.

A pureza com que os membros do exterior buscam Meishu-Sama, sua docilidade e alegria me impressionam e me emocionam profundamente.

Graças a este contato com os membros do exterior, consegui compreender que os

membros de Meishu-Sama não estão apenas no Japão, mas sim em várias regiões

e países do mundo. Por isso, estou consciente de que preciso me empenhar para

compreender e praticar os Ensinamentos de Meishu-Sama de maneira universal,

para que eles se tornem alimento espiritual de pessoas do mundo inteiro, ensinamentos que permaneçam vivos para todo sempre.

Neste sentido, é muito importante aprofundar o intercâmbio entre os membros do Japão e os membros do exterior.

Bem, nós desejamos servir à Divina obra de projeção do Paraíso no plano

terrestre chamada “Construção do Paraíso Terrestre”.

Sendo assim, onde estará este Paraíso, que é a parte essencial? Quando penso

nele, logo imagino um lugar muito alto e distante, que indico apontando para cima, como se fosse no Céu.

Porém, Meishu-Sama escreveu a seguinte caligrafia: “O Paraíso está dentro do

meu coração”. Ele compreendia claramente que o Paraíso estava dentro do seu coração, ou seja, no mundo da consciência.

Não consigo deixar de pensar que, se Meishu-Sama escreveu sua forma de

compreender o Paraíso em uma caligrafia e a outorgou aos membros, foi para nos incentivar a ter a mesma compreensão.

Eu preciso tornar-me uma pessoa que acredita firmemente estar unida a Meishu-Sama e que é capaz de dizer: “O Paraíso está dentro do meu coração”.

Meishu-Sama nos ensinou que a alma é o centro do ser humano. Como nossa

alma foi preparada de antemão no Paraíso como uma partícula do Supremo Deus,

e nós a recebemos para ter a permissão de vivermos neste mundo, será que não poderíamos afirmar com toda certeza que “o Paraíso está dentro de nós”?

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Meishu-Sama também diz em um de seus poemas: “Apesar de não poder ser visto pelos olhos humanos, o Plano de Deus já está pronto no Mundo Espiritual.”

Nesse poema Meishu-Sama está nos ensinando que, apesar de ser invisível aos olhos humanos, o Plano de Deus já foi concluído no Mundo Espiritual.

Sendo assim, para nós, onde está o Mundo Espiritual?

O Mundo Espiritual é o mundo da nossa consciência, o mundo do Sonen; portanto, o Mundo Espiritual também não estaria dentro de nós?

Se o Plano Divino está concluído no Mundo Espiritual, isso não significaria que o Plano Divino está concluído dentro do mundo da nossa consciência?

Para mim, o ponto mais importante do Plano de Deus é o que Meishu-Sama

chama de “Transição da Era da Noite para a Era do Dia”, ou seja, a grande tran-

sição realizada no Mundo Espiritual, onde nosso coração passou do mundo

encoberto pelas trevas, que é o mundo da noite, para um mundo radiante de luz, que é o mundo do dia.

O avanço do Plano de Deus tem o mesmo sentido que o transcorrer da projeção

da “Transição da Era da Noite para a Era do Dia” realizada pelo Supremo Deus no mundo material, que é uma dimensão onde existem tempo e espaço.

Dentre as inúmeras caligrafias de Meishu-Sama, podemos ver as caligrafias “Claridade sobre o Céu e a Terra” e “Renascimento do Céu e da Terra”.

Isto significa que, dentro de sua consciência, Meishu-Sama já havia intuído e

adquirido a convicção de que a atuação da “Transição da Era da Noite para a Era

do Dia”, realizada pelo Supremo Deus, já havia sido completamente renovada

desde o Paraíso, que é o mundo da essência, até o plano terrestre, que é o mundo

da matéria, permeando todas as dimensões, renovando também o Céu e a Terra.

Por isso, Meishu-Sama pôde dizer que iria “construir” o Paraíso sobre a Terra.

Eu acredito que existe uma grande diferença entre esperar e “construir” o Paraíso Terrestre.

Caso o Paraíso não existisse dentro de nós, nossa vida não seria resumida a uma simples espera pelo advento do Paraíso Terrestre?

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Se nós aceitarmos, em nosso Sonen, que o Paraíso existe dentro de nós mesmos e

reconhecermos que, com a “Transição da Era da Noite para a Era do Dia”, o Céu

e a Terra estão completamente renovados, conseguiremos ser utilizados

verdadeiramente na Obra Divina de “construir” o Paraíso Terrestre, ou seja, na construção do Paraíso Terrestre.

No entanto, nós acabamos achando que é difícil aproximar-nos dessa compreensão adquirida por Meishu-Sama.

Por que será que nós pensamos dessa maneira?

Para nós, o mundo das atividades humanas, aqui incluindo as atividades da

Natureza e de todos os seres da Criação, é o mundo que nos rodeia, que está fora de nós.

Sentimos também que tanto os fatos próximos a nós quanto os diversos

acontecimentos do mundo se sucedem no mundo visível, que se desdobra fora de nós.

Assim, alternando alegria e tristeza, esperança e decepção, chegamos a pensar:

“Quando será que o Paraíso Terrestre vai ficar pronto?” ou “Parece que o Paraíso Terrestre não passa de um sonho”.

Porém, quem reconhece os acontecimentos que foram vistos, ouvidos e sentidos,

e manifesta diversas reações em relação a eles, não é o nosso lado de fora, mas sim, nosso lado de dentro, não é mesmo?

Sendo assim, no final das contas, nós não deveríamos reconhecer que tanto o Céu

como a Terra, e até mesmo a sociedade humana, não estão fora, mas sim, dentro de nós?

Como os cinco sentidos, responsáveis por esta percepção, e a consciência, gerada

com base nesta percepção, estão voltados apenas para o mundo visível dos

fenômenos, temos a tendência de julgar as pessoas com base nos critérios de bem

e mal do plano terrestre. Nós não estaríamos sendo levados pela atuação de um

mundo desordenado, onde entramos em conflito uns com os outros? E, devido a

isso, não conseguimos pensar que o Paraíso existe dentro do nosso coração e

muito menos pensar que o Plano de Deus já foi concluído no Mundo Espiritual, ou seja, dentro do nosso coração, que é o mundo do Sonen?

O mundo do Sonen, que é o coração, ou seja, a autoconsciência, que existe junto

ao nosso corpo material na condição de recipiente [da alma, da vontade divina], é

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responsável pelo mundo onde se realiza a etapa final da Criação, em outras palavras, pela parte mais externa da Criação realizada pelo Supremo Deus.

Esta é a noção de “EU” que percebemos constantemente.

A consciência [do Supremo Deus], enquanto partícula divina que existe junto ao

nosso corpo espiritual, é responsável pelo mundo onde se realiza o início dessa Criação.

Podemos dizer que temos dentro de nós o início e o fim da Criação.

Fomos preparados para fazer constantemente, dentro de nós, o retorno e o

intercâmbio com o “eu inicial” e o “eu final” junto com o ar que inspiramos e expiramos.

Nossa essência se encontra na partícula divina, que é o mundo inicial. Nela existe

o que poderíamos chamar de a nossa “semente”. Esta “semente” não seria o

Paraíso dentro de cada um de nós? Esse Paraíso não é um jardim limitado por

fronteiras como geralmente o ser humano imagina, mas sim, uma dimensão eterna e ilimitada repleta de verdade e de amor.

Portanto, mesmo que nós não consigamos perceber o mundo dessa dimensão

através de nossa autoconsciência atual, precisamos voltar continuamente nosso

sentimento para o “eu inicial”, pois nele está a atuação do Paraíso que devemos

herdar. Será que nós não deveríamos nos esforçar para inspirar o sopro da vida do

Supremo Deus em meio ao ar que inspiramos e expiramos, junto com Meishu-Sama?

Será que a realização do intercâmbio com o Supremo Deus desta forma não seria a prática básica para sermos utilizados na “Construção do Paraíso Terrestre”?

O Supremo Deus apiedou-se da humanidade, que inevitavelmente caminhava

rumo à extinção, perdoando-a. Com a realização da “Transição da Era da Noite

para a Era do Dia”, Ele se encontra presente no plano terrestre através da “Força

Absoluta”, que consumou a divina obra de perdoar, purificar, salvar e dar nova vida a toda humanidade.

Ainda mais, sinto que Ele está procurando nos ensinar sobre a Obra que está realizando para nos treinar e criar como Seus “representantes”.

Será que o Deus Supremo não estaria atuando para que nós possamos perceber,

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com nosso corpo e nossa consciência, que tanto os acontecimentos próximos a nós como os diversos acontecimentos de âmbito mundial são obras Suas?

Ao nos fazer experimentar situações de destruição, o Supremo Deus não estaria nos treinando para que reconheçamos nelas Sua obra de construção e criação?

Será que Ele não está querendo receber, através de nós, a Obra que Ele próprio realizou, utilizando nosso corpo espiritual e material e todos os demais seres?

Por conseguinte, colocando em nosso peito a lembrança de nossos antepassados e

muitas outras pessoas, precisamos anunciar para o nosso interior que a “Tran-

sição da Era da Noite para a Era do Dia” já se consumou e, ao mesmo tempo, por intermédio de Meishu-Sama, entregar ao Supremo Deus a obra já realizada.

Aqui eu gostaria de falar um pouco sobre a questão de “entregar”.

É possível que estejamos selecionando o que vamos entregar, de acordo com nossa conveniência.

A cada instante surgem dentro de nós inúmeros pensamentos e sentimentos.

Dentre os primeiros, não existem apenas os bons pensamentos, mas também os

maus: “Estou preocupado, acho que não estou bem de saúde”, “Meu trabalho não

vai bem por culpa daquela pessoa”, “Eles não me entendem”, “Por que será que

aquela pessoa é tão cabeça dura e não muda nunca?”, “Por que será que eu sou

tão azarado? Eu devo ter cometido muitos pecados”, entre outros. Revolta contra

Deus, ódio, desprezo, julgamento e presunção ou, ao contrário, autodepreciação, são os vários tipos de pensamentos/sentimentos que surgem em nós.

Nesse momento, determino, segundo meus critérios, ou que estes sentimentos são

naturais a qualquer pessoa ou que eu não posso pensar desta maneira. Assim,

acabo guardando em meu coração coisas importantes que deveriam ter sido

entregues e, deste modo, tenho a impressão de que estou cultivando as sementes da lamúria e da insatisfação.

Na verdade, o simples fato do nosso coração ficar preso a certas coisas gerando

vários pensamentos já não seria uma prova de que Deus nos perdoou com seu grande amor, consumando assim, Sua divina obra com Sua força absoluta?

Seria melhor aceitar com gratidão o fato de Deus estar procurando receber Sua obra, exatamente agora, como manifestação de Sua glória.

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Ao nos fazer saborear sensações que somente a pessoa que vivenciou certa

experiência é capaz de sentir, levando-nos a vivenciá-las na prática e voltarmos

nossa consciência a elas, Deus está nos ensinando a olhar para toda a

humanidade através da ação de olharmos para os antepassados e para um grande número de pessoas com quem nos relacionamos.

Portanto, da mesma forma que Deus, com Seu ilimitado amor, olhou para mim e

me salvou, eu devo me esforçar para receber, no Paraíso que existe dentro de

mim, um grande número de pessoas, a começar pelos meus antepassados, todos

os seres vivos e todos os elementos confiando-os ao Messias Meishu-Sama e

entregando-os ao Supremo Deus para que todos possam ser perdoados, purificados, salvos e contemplados com uma nova vida.

Deus conhece todos os nossos pensamentos e está presente em qualquer um deles .

Gostaria que todos tivessem o cuidado para não se apropriarem desses

pensamentos, guardando-os em seu coração ao invés de devolvê-los a Deus. Isto

acabaria interrompendo o fluxo de retorno a Deus, tornando-se um empecilho para Ele, gerando assim, sofrimento físico e espiritual para nós.

Ao invés disso, o que mais corresponde à Vontade Divina não seria lembrar que

somos uma partícula divina ligada a Meishu-Sama? Será que a partir dessa

posição não seria ideal encararmos, como se fôssemos uma terceira pessoa, a real

situação da nossa autoconsciência e comunicar a conclusão da “Transição da Era

da Noite para a Era do Dia” aos nossos antepassados e demais pessoas que estão

presentes na nossa autoconsciência, entregando-nos por completo ao Supremo

Deus?

Certamente o Céu, a Terra e o mundo transbordarão de alegria quando nossos

antepassados forem informados dessa bênção, a qual poderíamos chamar de

Evangelho do Paraíso, e conseguirem retornar ao Supremo Deus onde se encontra Meishu-Sama.

É essa alegria que eu gostaria de sentir, junto com os senhores, de corpo e alma.

Além do mais, quando dizemos “entregar”, temos a tendência de pensar em

entregar como se estivéssemos jogando algo para bem longe de nós. Entretanto,

como Meishu-Sama e o Supremo Deus estão vivos dentro do meu “EU”, talvez

seja melhor desejar cultivar o pensamento de que o local de entrega é sempre o centro do meu “EU”.

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Baseando-se na atuação de um novo Paraíso que concretizou a “Transição da Era

da Noite para a Era do Dia”, é importante dizer: “Utilize-me juntamente com as demais pessoas para partilhar as bênçãos divinas com toda a criação”.

Dessa forma, gostaria que todos nós trabalhássemos na dedicação de semear pela superfície terrestre a “semente” chamada Paraíso.

Deus recebe e utiliza este meu “eu do presente” que está sendo “entregue”.

Isso acontece porque tudo está dentro do presente, determinado por cada um de nós.

Como nós medimos o fluir do tempo, determinamos os períodos e percebemos

sua duração, acabamos separando o passado e o futuro do presente com expres-sões como “acontecimentos passados”ou “futuro que ainda está por vir”.

Porém, será que tanto o passado como o futuro não estariam ligados ininterruptamente dentro da linha do tempo?

Quem ri ou chora ao se lembrar de acontecimentos do passado não é o “eu do

presente”? Quem pensa no futuro que está por vir, preocupa-se ou fica na expec-tativa também não é o “eu do presente”?

Da mesma forma que os antepassados estão vivos dentro do “eu do presente”, o passado também está ligado a este “eu do presente”.

Portanto, o “momento presente” é tudo para o “EU”.

Acredito que, se ao invés de continuarmos sem entregar, conseguirmos entregar a

Deus tudo o que sentimos e pensamos no presente – inclusive pensamentos como

“vou deixar para entregar depois que entender melhor” ou “um dia, mais tarde,

entregarei” –, Ele certamente receberá tudo o que existe dentro do presente determinado por cada um de nós e concretizará Sua Vontade.

Gostaria que todos tomassem cuidado para não deixar passar cada chance em que Deus nos ensina e nos faz sentir algo.

No início deste mês, foi celebrado o Culto de Agradecimento pela Colheita.

E, agora, estamos agradecendo todas as grandiosas bênçãos recebidas, refletindo sobre todos os acontecimentos e resultados alcançados durante o ano.

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Podemos cultivar diversos produtos, colher seus frutos e oferecê-los a Deus.

Porém, por mais que nós, seres humanos, nos esforcemos, nunca conseguiremos criar tais produtos.

Todas as bênçãos da Grande Natureza também são preparadas por Deus.

Será que, neste mundo, existe alguma coisa criada por nós, seres humanos?

Todas as criações não teriam sido obras de Deus?

Sendo assim, qual será o fruto mais importante para Deus dentro de tudo que Ele criou?

Será que este fruto em questão não seríamos nós mesmos, ou seja, nossa autoconsciência?

Deus nos legou uma partícula divina, que é a nossa “semente”, que resultou no fruto chamado consciência.

Será que nosso dever não seria oferecer este fruto a Deus?

Gostaria que nos tornássemos a própria oferenda, um fruto que, oferecido a Deus, Ele se alegre e aprecie.

Com este objetivo, não deveríamos dedicar pedindo a Meishu-Sama para sermos

criados e educados mais e mais como filhos que correspondam ao sentimento de Deus?

Quando oferecemos a Deus os alimentos produzidos no campo ou relatamos os

resultados alcançados com nosso esforço, deveríamos também entregar junto

com estas oferendas nossa consciência, que está sendo criada e educada neste

presente momento, para que ela seja recebida por Deus. Esta seria a verdadeira oferenda que Deus receberia de nós, não é?

Para encerrar, vou orar para que, com a chegada de mais um novo ano, a força e a

luz ilimitada do Supremo Deus possam ser partilhadas a todos os seres vivos

através de cada um dos senhores, unidos ao Messias Meishu-Sama. Oro também para que seus dias sejam repletos de prosperidade.

Muito obrigado.

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Culto do Início da Primavera

Saudação de Kyoshu-Sama Templo Messiânico de Atami

4 de fevereiro de 2009

Felicitações a todos pelo Culto do Início da Primavera.

Com imenso e profundo respeito, digo-lhes que o Supremo Deus, Criador de todas as coisas, ao dar início à criação, preparou inúmeras partículas do Seu Espírito para criar o ser humano como Seu ―representante‖, ou seja, para fazer nascer os filhos que dariam continuidade à Sua sagrada obra. Uma vez que essas inúmeras partículas divinas contêm de maneira plena o ideal da criação do Supremo Deus, creio que elas, que são a essência da existência, podem ser chamadas de Messias. Por isso, ―Messias‖ é a palavra que expressa a essência da existência denominada Partícula Divina.

A alma, ou seja, a Partícula Divina, que é o corpo original de nós, seres humanos, não pertence a nós, mas sim ao Supremo Deus. Por isso, será que ―Messias‖ não seria um nome sagrado que pertence ao Supremo Deus e não ao ser humano?

Meishu-Sama afirma que ―Deus é um e muitos ao mesmo tempo‖, ou seja, a partícula divina do Supremo Deus é uma só e, simultaneamente, representa o todo. Sendo assim, creio que todos nós, toda a humanidade, estamos unidos à sagrada palavra Messias.

Foi-nos revelado que, obedecendo ao ideal da criação do Supremo Deus, Meishu-Sama nasceu novamente como o Messias.

Será que isto não significa que nós, ou seja, nossa consciência, unida a Meishu-Sama, está sendo criada e educada, para nascer novamente tendo como modelo Meishu-Sama, que concretizou a essência denominada Messias?

Como essa essência pertence ao Supremo Deus, na condição de veículo da realização do plano divino de salvação da humanidade e de estabelecimento do Paraíso na Terra, ela tem a capacidade de manifestar toda sabedoria e força do Supremo Deus. Não seria por isso que nós, seres humanos, chamamos de ―Salvador‖ a existência que consumou a essência denominada Messias?

O fato de termos, dentro de nós, uma partícula do espírito do Supremo Deus significa que somos realmente existências únicas e estamos recebendo uma bênção grandiosa e indescritível.

Entretanto, como o ser humano nunca teve consciência de que a partícula divina existente dentro de si possui o propósito Divino chamado Messias, ele veio até hoje ignorando a existência do Supremo Deus.

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Apesar disso, será que o Supremo Deus não estaria nos perdoando, mantendo-nos vivos, criando-nos e educando-nos para fazer de nós, Seus filhos, Seus ―representantes‖?

Em 1935, Meishu-Sama escreveu o seguinte poema:

“Arrependi-me do pecado de ter voltado as costas a Deus e, hoje, prosto-me diante d’Ele.”

Em 1952, ele escreveu o seguinte poema:

“É a força do Messias que vivifica o mundo de pecado que está prestes a extinguir-se.”

Sei que não chego aos pés do nobre sentimento de Meishu-Sama que, como um ser humano, ignorou o Supremo Deus, arrependeu-se do pecado de ter voltado as costas para Ele e, por fim, prostrou-se diante d‘Ele.

Ao mesmo tempo, não existe alegria maior do que ter a permissão de conhe-cer Meishu-Sama, que foi alguém que conseguiu vivenciar e adquirir a con-vicção de que a humanidade, apesar de ter dado as costas para Deus e encon-trar-se em iminente destruição, está sendo perdoada e acolhida como ser vivo pela força do Supremo Deus, ou seja, pela ―força do Messias‖.

Se até Meishu-Sama reconheceu abertamente que estava virando as costas para o Supremo Deus, será que nós também não precisamos nos empenhar ao máximo para, enquanto tivermos a permissão de viver neste mundo, perceber, por pouco que seja, e reconhecer, do fundo do coração, quais atitudes nossas demonstram que estamos ignorando a Deus?

Se eu não me conscientizar de que eu era uma existência que precisava ser perdoada, como poderei saber que estou sendo perdoado e que estou tendo a permissão de viver? Se eu não tiver essa consciência, poderei agradecer por tudo isso?

Será que não é a partir daí que nasce a verdadeira gratidão?

A nossa alma é realmente uma brilhante partícula do espírito do Supremo Deus. Isto é uma realidade. Caso contrário, seria mera fantasia. Eu acredito que não existe meio-termo para isso.

Se a partícula do espírito do Supremo Deus não tivesse sido confiada a nós, como poderíamos nos tornar Seus representantes?

O Supremo Deus faz parecer que as partículas do Seu espírito sejam nossas.

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Apesar da autoconsciência também Lhe pertencer, Ele permite que nós a sintamos e a utilizemos como se fosse nossa. Desta forma, ao permitir que Sua vida, alma e consciência aparentem ser nossas, o Deus Supremo, em um eterno processo de formação, nos ensina e nos guia.

Ele se empenha sem cessar para que, como filhos que poderão herdar a vida eterna, ou seja, como Seus verdadeiros filhos, possamos nascer novamente no Mundo Celestial.

Será que o amor do Supremo Deus, que faz com que o que é Seu pareça ser nosso, não é a essência, a verdadeira face do que chamamos de amor?

Será que o nosso ser já não está suficientemente preenchido pelo imenso perdão e amor de Deus?

Será que a prática do amor altruísta não seria um treinamento para reconhecermos que esse amor existe plenamente em tudo e, juntos a Meishu-Sama, recebermos a permissão de retornarmos para junto do Supremo Deus?

E mais: será que não passaremos a compreender e a praticar, cada vez mais, o ensinamento de Meishu-Sama ―Não julgueis‖, ao nos darmos conta de que julgar o outro é julgar a nós mesmos?

Bem, estou profundamente agradecido a todos os messiânicos por estarem se empenhando diariamente, com base na diretriz ―cultivar a fé que liga ao Messias Meishu-Sama‖, visando ao aperfeiçoamento do indivíduo e à transfor-mação do seu redor em paraíso.

Eu suponho que, este ano, de acordo com as palavras do Revmo. Watanabe em sua saudação de Ano-Novo, os senhores já começaram a se empenhar no sentido de expandir o círculo de transformação do seu interior em paraíso, estendendo-o à família, à localidade onde vivemos e à sociedade. Mesmo sendo um pequenino modelo, isso se dará conforme cada pessoa conseguir acreditar que dentro de si existe o paraíso, o qual deverá ser manifestado através de palavras e ações perfeitamente coesas à trilogia Verdade-Bem-Belo. Para que isso se torne possível, é necessário dar continuidade à ―Prática do Sonen‖, que se completa com o amor altruísta, começando pelo próprio lar, que é a menor unidade da sociedade. Desejo que as infinitas bênçãos de Meishu-Sama possam se manifestar nessas práticas dos senhores.

O primeiro salmo de Meishu-Sama entoado no Culto de hoje foi:

“Chegou a hora da minha Obra florescer como as flores que desabrocham e exalam sua fragrância com a passagem do inverno e a chegada da

primavera.”

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Neste salmo, Meishu-Sama está expressando toda a sua alegria pela chegada do momento de evolução da Obra Divina, assim como as flores exalam sua fragrância com a chegada da primavera.

O terceiro salmo de Meishu-Sama entoado no Culto de hoje é:

“ Povos de todas as nações!

Abram os olhos, pois chegou a hora da verdadeira salvação tão esperada por todos.”

Como que comprovando o conteúdo deste poema, recebi o relatório que, atualmente, existem mais de 1.000.000 de messiânicos no exterior.

No Culto do Início da Primavera realizado hoje, nós temos a presença de messiânicos vindos da Tailândia e de mais 10 países.

Desta forma, pessoas não só do Japão, mas de diversos países, despertaram para a ―verdadeira salvação‖ e vêm descansar no Solo Sagrado construído por Meishu-Sama. Tenho certeza que Meishu-Sama, como se estivesse observando seus amados filhos que retornam ao Paraíso, se alegra ao ver membros de todo o mundo que se reúnem para orar ou para aprimorar juntos.

Há poucos dias, eu atendi um pedido especial para consagração de 50.000 Ohikaris que serão outorgados no continente africano este ano.

A fé cultivada pelos membros da África, uma fé dócil e pura, torna-se uma grande força de concretização da ―verdadeira salvação‖ preconizada por Meishu-Sama, pois tem algo de novo e emocionante, sendo um grande aprendizado para mim.

Lembrando a história, Meishu-Sama instituiu a nossa igreja com o nome de Dai Nippon Kannon Kai em 1º de janeiro de 1935. Posteriormente, para acom-panhar o desenvolvimento da Obra Divina, por ocasião do início da primavera de 1950, fundou a Igreja Messiânica Mundial, ―sob uma nova concepção‖.

Creio que a palavra ―mundial‖ colocada no nome da nova igreja tem um grande significado.

Existem muitos povos, religiões, idiomas e costumes em todo o mundo.

Creio que Meishu-Sama fundou a Igreja Messiânica Mundial para levar a verdadeira salvação para os povos do mundo inteiro.

No momento presente, estou renovando minha maneira de pensar, pois acredito que preciso me empenhar para compreender e esclarecer de maneira universal os Ensinamentos de Meishu-Sama, bem como sua aplicação e prática,

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uma vez que eles também incluem Ensinamentos de diversas religiões do mundo e conseguem vivificar estes últimos verdadeiramente.

No Ensinamento ―Pragmatismo‖, lido hoje, Meishu-Sama afirma que o religioso deve ser polido, eliminando o ranço da fé. Creio que, conforme vamos dominando e compreendendo claramente o fato de que os Ensinamentos de Meishu-Sama abrangem os Ensinamentos de diversas religiões do mundo e os vivifica, o ranço de nossa própria fé vai desparecendo naturalmente.

Hoje é o dia 4 de fevereiro, dia do início da primavera. Meishu-Sama preconizou que o início da primavera não indica somente uma mudança da Natureza, mas também uma ―mudança do mundo‖, sendo um importante nó que se forma no ano.

A maioria dos anúcios e eventos importantes dentro da Obra Divina foi feita por ocasião do início da primavera. Há também muitos poemas de Meishu-Sa-ma que se referem a esta ocasião. Dentre eles, temos o seguinte:

“A alegria pela tão esperada expansão da Obra Divina aumenta a cada início da primavera.”

Assim, Meishu-Sama comemorava o início de cada primavera, todos os anos, como um importante marco para a Obra Divina. O que será que Meishu-Sama quer nos mostrar através dessa alegria renovada sentida a cada primavera?

O Supremo Deus, com o passar do tempo, está constantemente preparando para cada um de nós uma nova atividade, fazendo com que evoluamos constantemente e nos formando para que amadureçamos. Será que Meishu-Sama não estava tentando fazer com que confirmássemos que estamos aqui para correspondermos a tal formação e sermos utilizados?

Por exemplo, a afirmação de que o Sol nasce no leste e se põe no oeste é uma verdade aceita por todas as pessoas.

Mesmo admitindo tal afirmação como verdade, esta não passa da visão que os seres humanos têm do Sol a partir da Terra. De forma objetiva, sabemos que a Terra gira ao redor do Sol.

Hoje em dia, este fato é aceito com naturalidade. Entretanto, para as pessoas da antiguidade, que acreditavam que o Sol girava ao redor da Terra, ele causou uma grande reviravolta na visão de universo, de mundo.

Atualmente, não ficamos presos apenas à maneira de ver o Sol tendo a Terra como centro, mas também podemos ver a Terra tendo o Sol como centro. Podemos ainda, pensar que é possível uma visão mais ampla partindo do imenso espaço sideral.

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O fato de conseguirmos desenvolver novas maneiras de ver algo pode parecer que estamos explorando mundos desconhecidos e fazendo novas descobertas. Porém, na verdade, não estaríamos relembrando a época em que, ainda no Mundo Celestial, tivemos a permissão de participar da criação de todas as coisas?

Desta forma, creio que viemos trilhando o caminho da evolução e do desenvolvimento, enquanto relembramos as tarefas do Mundo Celestial.

Meishu-Sama nos ensinou que, neste exato instante, o mundo está passando por um período de grande transição.

O segundo salmo de Meishu-Sama entoado no Culto de hoje é:

“Apesar de invisível aos olhos humanos,

a grandiosa mudança do mundo avança dia após dia.”

Este poema foi escrito por Meishu-Sama no dia do Culto do Início da Primavera de 1952.

Ele nos mostra que estamos vivendo o exato momento da importante mudança do mundo, ou seja, um momento de grande transição, apesar de invisível aos olhos humanos.

Não posso deixar de pensar que Meishu-Sama está estimulando a mudança de nosso padrão de pensamento e concepção para que nossa mente não fique presa a noções e preconceitos que dizem respeito não só à relação Deus e homem, mas também aos mais diversos temas e, assim, sejamos capazes de continuar evoluindo.

Eu acredito que realizar esta grande transformação dentro de si salva cada um de nós, síntese de nossos antepassados, e nos guia ao aperfeiçoamento. Creio que essa expansão conduzirá à salvação e ao aperfeiçoamento do mundo.

Tomando o Ensinamento de Meishu-Sama sobre o processo de purificação, por exemplo, sinto que Ele me orienta e me faz evoluir: através deste Ensi-namento, Ele faz com que nossa visão abandone o preconceito de que tanto a doença quanto qualquer sofrimento ou angústia são meros acontecimentos destrutivos e negativos e, assim, poderemos ter verdadeira noção de que tais fatos são maravilhosas ações purificadoras de criação, que o Supremo Deus, através de Seu imenso perdão, está realizando. Na minha opinião, este Ensi-namento sobre o ―processo de purificação‖ nos impõe uma grande mudança em nossa maneira convencional de ver, pensar e viver, idêntica à mudança do geocentrismo para o heliocentrismo.

Por isso, meu desejo é amadurecer o suficiente para que, ao ler os Ensinamentos ou ao tomar conhecimento ou vivenciar os diversos

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acontecimentos que me rodeiam, possa me libertar das concepções que tinha até agora e aceitá-los de maneira mais evoluída.

Meishu-Sama vem mostrar os diversos ―becos sem saída‖ com que as mais diversas áreas vêm se deparando, no decorrer do progresso da civilização até os dias de hoje. Ele também proclama veementemente o caminho e a solução para aqueles. Será que esses ―becos sem saída‖ não são, em resumo, a manifestação da postura adotada pela humanidade de colocar a matéria precedendo o espírito, ao invés do espírito precedendo a matéria, isto é, a manifestação da postura que não coloca Deus como elemento principal mas o ser humano? Desta forma, por mais que nos empenhemos desejando o progresso e a elevação, se continuarmos como até agora, vivendo a ilusão de que nosso ―eu‖ nos pertence, e seguirmos levando uma vida baseada na natureza humana centralizada no ―eu‖, não poderemos ansiar pela evolução do ser humano no verdadeiro sentido da palavra.

Meishu-Sama nos ensina: “Minha missão é retirar a natureza animal dos seres humanos animalescos, fazendo-os evoluir ao nível de verdadeiros seres humanos. Como a condição fundamental para isso é vencer o pensamento ateísta, em outras palavras, trata-se da obra de reforma do ser humano”.

Nós, que chegamos a um beco sem saída, não temos outro meio para evoluir e chegar a ser ―verdadeiros seres humanos‖ que não seja entrando em contato com a dimensão do ―eu do início‖, que é nosso corpo original. Em outras palavras, devemos voltar à dimensão da partícula divina e entrar em contato com a ―existência real‖ que Meishu-Sama denominou ―existência real de Deus‖. Acredito que ―evoluir e tornar-se um verdadeiro ser humano‖ é evoluir para chegarmos a ser verdadeiros filhos do Deus Supremo.

O Supremo Deus, que é a vida eterna e Criador de todas as coisas, que a tudo vivifica; o Supremo Deus, que tudo realiza e tem poder sobre tudo, o Supremo Deus, que é a origem de todas as bênçãos – haverá alguma maneira do ser humano evoluir sem adorar esse Supremo Deus como pai de toda a vida?

Será que o beco sem saída ao qual nosso dia-a-dia chegou, não se deve ao fato de, por falta desta postura básica, estarmos impedindo o fluxo da vida eterna, fazendo com que todas as coisas – inclusive nosso corpo e mente – acabem se esgotando?

Será que não foi para nos fazer ganhar o perdão e a salvação que o Supremo Deus realizou a grande transição do mundo das trevas para o mundo da luz, ou seja, a ―transição da noite para o dia‖, previamente, na dimensão do Mundo Celestial?

Creio que a força que realizou a Transição da Era da Noite para a Era do Dia é o poder do Messias, mencionado por Meishu-Sama.

Esse poder atua incessantemente na nossa autoconsciência, que traz em si a dimensão do mundo em que vivemos e vem nos ensinando e guiando para

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que nós, a humanidade, sejamos igualmente acolhidos como filhos do Supremo Deus. Assim, será que o caminho para nossa evolução não consistiria em nos lembrar do Mundo Celestial, que é a fonte da vida, e retornar à consciência original, ao invés de continuar no caminho que vem sendo trilhado pela humanidade até hoje?

Não será esta a nossa evolução, o nosso progresso, o nosso desen-volvimento e o nosso crescimento, para que consumamos o propósito de criação do Deus Supremo, ou seja, para que toda a humanidade seja filha de Deus?

Nós não evoluímos e crescemos para sermos reconhecidos pelos outros, para nos orgulharmos, para nos gabarmos ou para sermos melhor que os de-mais. Será que nosso esforço em evoluir e crescer não seria para conseguirmos nos tornar pessoas que, ao aprender algo ou conseguir realizar algo e, até mesmo, ao praticar o amor altruísta, consigam voltar-se para o Supremo Deus e dizer: ―Foi o Senhor que realizou tudo, não foi? Muito obrigado‖?

Será que estas palavras não seriam palavras para nos tornarmos filhos que alegram o Supremo Deus?

Será que ―retornar‖ e ―entregar‖ também não se traduzem nestas palavras?

Não será por isso que nós estamos sendo formados diariamente, passando por várias experiências e aprendizados, vivendo as mais variadas emoções?

Gostaria que, confiando no propósito divino, cuidassem para não negligenciar esse treinamento.

Isto também serve para a ―Prática do Sonen‖, que deve ser praticada como um treinamento não para ―minha‖ alegria, mas para que Deus e Meishu-Sama se alegrem.

Na Natureza, tudo é realizado em ciclos. Da mesma forma, será que a nossa autoconsciência – que é o ―eu do presente‖, que partiu da ―dimensão do início da

criação‖ e chegou à ―dimensão do final da criação‖ – não recebeu a ordem de se empenhar para servir à dinâmica da evolução, que consiste em retornar, partindo do final em direção ao início e levando consigo todas as atividades do mundo?

Não consigo deixar de pensar que a ―grande transição‖ e a ―mudança de 180 graus‖, mencionadas por Meishu-Sama, significam servir nas atividades de re-torno ao mundo da nossa origem, ao mundo da causa. Assim como todo o universo, todos os diversos elementos, todas as emoções e todas as atividades humanas estão ligados ao ―eu do presente‖, através da ―Prática do Sonen‖, gostaríamos de ser utilizados para entregar tudo o que levamos conosco a Meishu-Sama e de ter a permissão de que o Supremo Deus, Criador de todas as coisas, receba tudo isso. O que importa neste instante é saber onde, dentro de nós, devemos fazer essa entrega.

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Mesmo que tentemos entregar na nossa autoconsciência, que é o ―eu do presente‖, que pertence à dimensão do final da criação, acabamos sempre favorecendo nossa conveniência uma vez que nosso interior é instável.

A partícula do espírito do Supremo Deus é o nosso corpo original e está unida diretamente a Meishu-Sama. Nós estamos tendo a permissão de estar na dimensão deste mundo em que vivemos, que é a parte mais periférica da Criação, para servirmos aos trabalhos do Mundo Celestial.

Por isso, nós devemos retornar à dimensão do Mundo Celestial onde existe nossa partícula divina, ou seja, ao nosso ―eu do início‖, levando conosco todas as atividades ligadas ao ―eu do presente‖.

Será que não é somente através desse retorno que poderemos entregar tudo a Meishu-Sama, que ali se encontra, e ao Supremo Deus?

Ao invés de entregar nossos sentimentos sozinhos, seria melhor entregá-los acreditando que estamos fazendo junto com Meishu-Sama e com inúmeros an-tepassados. Isto porque Meishu-Sama sempre está entregando ao Supremo Deus o sentimento do exato instante em que retornamos ao Paraíso.

Nesse momento, devemos pensar que, como Meishu-Sama sempre entrega tudo a Deus por nós, não devemos tentar entregar sozinhos. Creio ser melhor entregar com o sentimento de fazê-lo junto com Meishu-Sama e com muitas outras pessoas.

Será que o esforço para servir neste sentido não seria um aprimoramento importante para evoluirmos e nos tornarmos filhos do Supremo Deus?

Com relação à atividade de retornar diante do Supremo Deus e entregar, creio que Ele está utilizando nossa respiração para concretizar Seu propósito.

A respiração a que me refiro, não é a respiração somente da dimensão habitualmente pensada. Como já disse por ocasião do Culto de Natalício do ano passado, nossa respiração é uma atividade muito importante que permite que o ―eu do início‖ e o ―eu do final‖ fluam continuamente entre si, em constante intercâmbio.

Creio que, quando respiramos, deveríamos cuidar para que inspirássemos com o sentimento: ―Estou tendo a permissão de inspirar o ar assoprado pelo Messias Meishu-Sama.‖ E quando expirássemos, pensar: ―Estou tendo a permissão de expirar em harmonia com o ar através do qual o Messias Meishu-Sama tudo recebe.‖

Assim como nas expressões ―tomar fôlego‖ e ―fôlego vivo‖ (que significa ―ser humano‖), o Supremo Deus, através da respiração, está tentando nos unir ao Messias Meishu-Sama, estabelecer um elo de reciprocidade d‘Ele conosco, transmitir-nos Seu propósito e nos fazer herdar a vida eterna.

Nós devemos, sem falta, agradecer por essa grandiosa bênção e corresponder ao desejo divino.

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Encerro minhas palavras orando para que as bênçãos do Supremo Deus possam ser partilhadas a todos os seres vivos através de cada um dos senhores, que estão unidos a Meishu-Sama, e que, como a brisa da primavera, tudo possa revitalizar, retornando a Meishu-Sama através da inspiração e expiração dos senhores. Agradeço do fundo do coração ao Supremo Deus, que está concretizando Seu propósito chamado Messias. Oro também para que os dias de todos os senhores sejam repletos de prosperidade.

Muito obrigado.

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Culto do Início da Primavera

Saudação de Kyoshu-Sama Templo Messiânico de Atami

4 de fevereiro de 2009

Felicitações a todos pelo Culto do Início da Primavera. Com imenso e profundo respeito, digo-lhes que o Supremo Deus, Criador de todas

as coisas, ao dar início à criação, preparou inúmeras partículas do Seu Espírito para criar

o ser humano como Seu “representante”, ou seja, para fazer nascer os filhos que dariam

continuidade à Sua sagrada obra. Uma vez que essas inúmeras partículas divinas contêm de maneira plena o ideal da criação do Supremo Deus, creio que elas, que são a essência

da existência, podem ser chamadas de Messias. Por isso, “Messias” é a palavra que

expressa a essência da existência denominada Partícula Divina. A alma, ou seja, a Partícula Divina, que é o corpo original de nós, seres humanos,

não pertence a nós, mas sim ao Supremo Deus. Por isso, será que “Messias” não seria

um nome sagrado que pertence ao Supremo Deus e não ao ser humano?

Meishu-Sama afirma que “Deus é um e muitos ao mesmo tempo”, ou seja, a partícula divina do Supremo Deus é uma só e, simultaneamente, representa o todo.

Sendo assim, creio que todos nós, toda a humanidade, estamos unidos à sagrada palavra

Messias.

Foi-nos revelado que, obedecendo ao ideal da criação do Supremo Deus, Meishu-Sama nasceu novamente como o Messias.

Será que isto não significa que nós, ou seja, nossa consciência, unida a Meishu-Sama,

está sendo criada e educada, para nascer novamente tendo como modelo Meishu-Sama,

que concretizou a essência denominada Messias? Como essa essência pertence ao Supremo Deus, na condição de veículo da realização

do plano divino de salvação da humanidade e de estabelecimento do Paraíso na Terra,

ela tem a capacidade de manifestar toda sabedoria e força do Supremo Deus. Não seria

por isso que nós, seres humanos, chamamos de “Salvador” a existência que consumou a essência denominada Messias?

O fato de termos, dentro de nós, uma partícula do espírito do Supremo Deus significa

que somos realmente existências únicas e estamos recebendo uma bênção grandiosa e

indescritível. Entretanto, como o ser humano nunca teve consciência de que a partícula divina

existente dentro de si possui o propósito Divino chamado Messias, ele veio até hoje

ignorando a existência do Supremo Deus.

Apesar disso, será que o Supremo Deus não estaria nos perdoando, mantendo-nos vivos, criando-nos e educando-nos para fazer de nós, Seus filhos, Seus

“representantes”?

Em 1935, Meishu-Sama escreveu o seguinte poema:

“Arrependi-me do pecado de ter voltado as costas

a Deus e, hoje, prosto-me diante d’Ele.”

Em 1952, ele escreveu o seguinte poema:

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“É a força do Messias que vivifica o mundo

de pecado que está prestes a extinguir-se.” Sei que não chego aos pés do nobre sentimento de Meishu-Sama que, como um ser

humano, ignorou o Supremo Deus, arrependeu-se do pecado de ter voltado as costas

para Ele e, por fim, prostrou-se diante d’Ele.

Ao mesmo tempo, não existe alegria maior do que ter a permissão de conhecer Meishu-Sama, que foi alguém que conseguiu vivenciar e adquirir a convicção de que a

humanidade, apesar de ter dado as costas para Deus e encontrar-se em iminente destrui-

ção, está sendo perdoada e acolhida como ser vivo pela força do Supremo Deus, ou seja,

pela “força do Messias”. Se até Meishu-Sama reconheceu abertamente que estava virando as costas para o

Supremo Deus, será que nós também não precisamos nos empenhar ao máximo para,

enquanto tivermos a permissão de viver neste mundo, perceber, por pouco que seja, e

reconhecer, do fundo do coração, quais atitudes nossas demonstram que estamos ignorando a Deus?

Se eu não me conscientizar de que eu era uma existência que precisava ser perdoada,

como poderei saber que estou sendo perdoado e que estou tendo a permissão de viver?

Se eu não tiver essa consciência, poderei agradecer por tudo isso? Será que não é a partir daí que nasce a verdadeira gratidão?

A nossa alma é realmente uma brilhante partícula do espírito do Supremo Deus. Isto

é uma realidade. Caso contrário, seria mera fantasia. Eu acredito que não existe

meio-termo para isso. Se a partícula do espírito do Supremo Deus não tivesse sido confiada a nós, como

poderíamos nos tornar Seus representantes?

O Supremo Deus faz parecer que as partículas do Seu espírito sejam nossas.

Apesar da autoconsciência também Lhe pertencer, Ele permite que nós a sintamos e a utilizemos como se fosse nossa. Desta forma, ao permitir que Sua vida, alma e

consciência aparentem ser nossas, o Deus Supremo, em um eterno processo de

formação, nos ensina e nos guia.

Ele se empenha sem cessar para que, como filhos que poderão herdar a vida eterna, ou seja, como Seus verdadeiros filhos, possamos nascer novamente no Mundo Celestial.

Será que o amor do Supremo Deus, que faz com que o que é Seu pareça ser nosso,

não é a essência, a verdadeira face do que chamamos de amor?

Será que o nosso ser já não está suficientemente preenchido pelo imenso perdão e amor de Deus?

Será que a prática do amor altruísta não seria um treinamento para reconhecermos

que esse amor existe plenamente em tudo e, juntos a Meishu-Sama, recebermos a

permissão de retornarmos para junto do Supremo Deus? E mais: será que não passaremos a compreender e a praticar, cada vez mais, o

ensinamento de Meishu-Sama “Não julgueis”, ao nos darmos conta de que julgar o ou-

tro é julgar a nós mesmos?

Bem, estou profundamente agradecido a todos os messiânicos por estarem se empenhando diariamente, com base na diretriz “cultivar a fé que liga ao Messias Mei-

shu-Sama”, visando ao aperfeiçoamento do indivíduo e à transformação do seu redor

em paraíso.

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Eu suponho que, este ano, de acordo com as palavras do Revmo. Watanabe em sua

saudação de Ano-Novo, os senhores já começaram a se empenhar no sentido de

expandir o círculo de transformação do seu interior em paraíso, estendendo-o à família, à localidade onde vivemos e à sociedade. Mesmo sendo um pequenino modelo, isso se

dará conforme cada pessoa conseguir acreditar que dentro de si existe o paraíso, o qual

deverá ser manifestado através de palavras e ações perfeitamente coesas à trilogia

Verdade-Bem-Belo. Para que isso se torne possível, é necessário dar continuidade à “Prática do Sonen”, que se completa com o amor altruísta, começando pelo próprio lar,

que é a menor unidade da sociedade. Desejo que as infinitas bênçãos de Meishu-Sama

possam se manifestar nessas práticas dos senhores.

O primeiro salmo de Meishu-Sama entoado no Culto de hoje foi:

“Chegou a hora da minha Obra florescer como as flores que desabrocham e exalam

sua fragrância com a passagem do inverno e a chegada da primavera.” Neste salmo, Meishu-Sama está expressando toda a sua alegria pela chegada do

momento de evolução da Obra Divina, assim como as flores exalam sua fragrância com

a chegada da primavera.

O terceiro salmo de Meishu-Sama entoado no Culto de hoje é:

“ Povos de todas as nações!

Abram os olhos, pois chegou a hora da verdadeira salvação tão esperada por todos.”

Como que comprovando o conteúdo deste poema, recebi o relatório que, atualmente, existem mais de 1.000.000 de messiânicos no exterior.

No Culto do Início da Primavera realizado hoje, nós temos a presença de messiânicos

vindos da Tailândia e de mais 10 países.

Desta forma, pessoas não só do Japão, mas de diversos países, despertaram para a “verdadeira salvação” e vêm descansar no Solo Sagrado construído por Meishu-Sama.

Tenho certeza que Meishu-Sama, como se estivesse observando seus amados filhos que

retornam ao Paraíso, se alegra ao ver membros de todo o mundo que se reúnem para

orar ou para aprimorar juntos. Há poucos dias, eu atendi um pedido especial para consagração de 50.000 Ohikaris

que serão outorgados no continente africano este ano.

A fé cultivada pelos membros da África, uma fé dócil e pura, torna-se uma grande

força de concretização da “verdadeira salvação” preconizada por Meishu-Sama, pois tem algo de novo e emocionante, sendo um grande aprendizado para mim.

Lembrando a história, Meishu-Sama instituiu a nossa igreja com o nome de Dai

Nippon Kannon Kai em 1º de janeiro de 1935. Posteriormente, para acompanhar o

desenvolvimento da Obra Divina, por ocasião do início da primavera de 1950, fundou a Igreja Messiânica Mundial, “sob uma nova concepção”.

Creio que a palavra “mundial” colocada no nome da nova igreja tem um grande

significado.

Existem muitos povos, religiões, idiomas e costumes em todo o mundo. Creio que Meishu-Sama fundou a Igreja Messiânica Mundial para levar a

verdadeira salvação para os povos do mundo inteiro.

No momento presente, estou renovando minha maneira de pensar, pois acredito que preciso me empenhar para compreender e esclarecer de maneira universal os

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Ensinamentos de Meishu-Sama, bem como sua aplicação e prática, uma vez que eles

também incluem Ensinamentos de diversas religiões do mundo e conseguem vivificar

estes últimos verdadeiramente. No Ensinamento “Pragmatismo”, lido hoje, Meishu-Sama afirma que o religioso

deve ser polido, eliminando o ranço da fé. Creio que, conforme vamos dominando e

compreendendo claramente o fato de que os Ensinamentos de Meishu-Sama abrangem

os Ensinamentos de diversas religiões do mundo e os vivifica, o ranço de nossa própria fé vai desparecendo naturalmente.

Hoje é o dia 4 de fevereiro, dia do início da primavera. Meishu-Sama preconizou que

o início da primavera não indica somente uma mudança da Natureza, mas também uma

“mudança do mundo”, sendo um importante nó que se forma no ano. A maioria dos anúcios e eventos importantes dentro da Obra Divina foi feita por

ocasião do início da primavera. Há também muitos poemas de Meishu-Sama que se

referem a esta ocasião. Dentre eles, temos o seguinte:

“A alegria pela tão esperada expansão

da Obra Divina aumenta a cada início da primavera.”

Assim, Meishu-Sama comemorava o início de cada primavera, todos os anos, como um importante marco para a Obra Divina. O que será que Meishu-Sama quer nos

mostrar através dessa alegria renovada sentida a cada primavera?

O Supremo Deus, com o passar do tempo, está constantemente preparando para cada

um de nós uma nova atividade, fazendo com que evoluamos constantemente e nos formando para que amadureçamos. Será que Meishu-Sama não estava tentando fazer

com que confirmássemos que estamos aqui para correspondermos a tal formação e

sermos utilizados?

Por exemplo, a afirmação de que o Sol nasce no leste e se põe no oeste é uma verdade aceita por todas as pessoas.

Mesmo admitindo tal afirmação como verdade, esta não passa da visão que os seres

humanos têm do Sol a partir da Terra. De forma objetiva, sabemos que a Terra gira ao

redor do Sol. Hoje em dia, este fato é aceito com naturalidade. Entretanto, para as pessoas da

antiguidade, que acreditavam que o Sol girava ao redor da Terra, ele causou uma grande

reviravolta na visão de universo, de mundo.

Atualmente, não ficamos presos apenas à maneira de ver o Sol tendo a Terra como centro, mas também podemos ver a Terra tendo o Sol como centro. Podemos ainda,

pensar que é possível uma visão mais ampla partindo do imenso espaço sideral.

O fato de conseguirmos desenvolver novas maneiras de ver algo pode parecer que

estamos explorando mundos desconhecidos e fazendo novas descobertas. Porém, na verdade, não estaríamos relembrando a época em que, ainda no Mundo Celestial,

tivemos a permissão de participar da criação de todas as coisas?

Desta forma, creio que viemos trilhando o caminho da evolução e do

desenvolvimento, enquanto relembramos as tarefas do Mundo Celestial. Meishu-Sama nos ensinou que, neste exato instante, o mundo está passando por um

período de grande transição.

O segundo salmo de Meishu-Sama entoado no Culto de hoje é:

“Apesar de invisível aos olhos humanos,

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a grandiosa mudança do mundo avança dia após dia.”

Este poema foi escrito por Meishu-Sama no dia do Culto do Início da Primavera de 1952.

Ele nos mostra que estamos vivendo o exato momento da importante mudança do

mundo, ou seja, um momento de grande transição, apesar de invisível aos olhos hu-

manos. Não posso deixar de pensar que Meishu-Sama está estimulando a mudança de nosso

padrão de pensamento e concepção para que nossa mente não fique presa a noções e

preconceitos que dizem respeito não só à relação Deus e homem, mas também aos mais

diversos temas e, assim, sejamos capazes de continuar evoluindo. Eu acredito que realizar esta grande transformação dentro de si salva cada um de nós,

síntese de nossos antepassados, e nos guia ao aperfeiçoamento. Creio que essa expansão

conduzirá à salvação e ao aperfeiçoamento do mundo.

Tomando o Ensinamento de Meishu-Sama sobre o processo de purificação, por exemplo, sinto que Ele me orienta e me faz evoluir: através deste Ensinamento, Ele faz

com que nossa visão abandone o preconceito de que tanto a doença quanto qualquer

sofrimento ou angústia são meros acontecimentos destrutivos e negativos e, assim,

poderemos ter verdadeira noção de que tais fatos são maravilhosas ações purificadoras de criação, que o Supremo Deus, através de Seu imenso perdão, está realizando. Na

minha opinião, este Ensinamento sobre o “processo de purificação” nos impõe uma

grande mudança em nossa maneira convencional de ver, pensar e viver, idêntica à

mudança do geocentrismo para o heliocentrismo. Por isso, meu desejo é amadurecer o suficiente para que, ao ler os Ensinamentos ou

ao tomar conhecimento ou vivenciar os diversos acontecimentos que me rodeiam, possa

me libertar das concepções que tinha até agora e aceitá-los de maneira mais evoluída.

Meishu-Sama vem mostrar os diversos “becos sem saída” com que as mais diversas áreas vêm se deparando, no decorrer do progresso da civilização até os dias de hoje. Ele

também proclama veementemente o caminho e a solução para aqueles. Será que esses

“becos sem saída” não são, em resumo, a manifestação da postura adotada pela

humanidade de colocar a matéria precedendo o espírito, ao invés do espírito precedendo a matéria, isto é, a manifestação da postura que não coloca Deus como elemento

principal mas o ser humano? Desta forma, por mais que nos empenhemos desejando o

progresso e a elevação, se continuarmos como até agora, vivendo a ilusão de que nosso

“eu” nos pertence, e seguirmos levando uma vida baseada na natureza humana centralizada no “eu”, não poderemos ansiar pela evolução do ser humano no verdadeiro

sentido da palavra.

Meishu-Sama nos ensina: “Minha missão é retirar a natureza animal dos seres

humanos animalescos, fazendo-os evoluir ao nível de verdadeiros seres humanos. Como a condição fundamental para isso é vencer o pensamento ateísta, em outras

palavras, trata-se da obra de reforma do ser humano”.

Nós, que chegamos a um beco sem saída, não temos outro meio para evoluir e chegar

a ser “verdadeiros seres humanos” que não seja entrando em contato com a dimensão do “eu do início”, que é nosso corpo original. Em outras palavras, devemos voltar à

dimensão da partícula divina e entrar em contato com a “existência real” que

Meishu-Sama denominou “existência real de Deus”. Acredito que “evoluir e tornar-se

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um verdadeiro ser humano” é evoluir para chegarmos a ser verdadeiros filhos do Deus

Supremo.

O Supremo Deus, que é a vida eterna e Criador de todas as coisas, que a tudo vivifica; o Supremo Deus, que tudo realiza e tem poder sobre tudo, o Supremo Deus,

que é a origem de todas as bênçãos – haverá alguma maneira do ser humano evoluir sem

adorar esse Supremo Deus como pai de toda a vida?

Será que o beco sem saída ao qual nosso dia-a-dia chegou, não se deve ao fato de, por falta desta postura básica, estarmos impedindo o fluxo da vida eterna, fazendo com

que todas as coisas – inclusive nosso corpo e mente – acabem se esgotando?

Será que não foi para nos fazer ganhar o perdão e a salvação que o Supremo Deus

realizou a grande transição do mundo das trevas para o mundo da luz, ou seja, a “transição da noite para o dia”, previamente, na dimensão do Mundo Celestial?

Creio que a força que realizou a Transição da Era da Noite para a Era do Dia é o

poder do Messias, mencionado por Meishu-Sama.

Esse poder atua incessantemente na nossa autoconsciência, que traz em si a dimensão do mundo em que vivemos e vem nos ensinando e guiando para que nós, a humanidade,

sejamos igualmente acolhidos como filhos do Supremo Deus. Assim, será que o

caminho para nossa evolução não consistiria em nos lembrar do Mundo Celestial, que é

a fonte da vida, e retornar à consciência original, ao invés de continuar no caminho que vem sendo trilhado pela humanidade até hoje?

Não será esta a nossa evolução, o nosso progresso, o nosso desenvolvimento e o nos-

so crescimento, para que consumamos o propósito de criação do Deus Supremo, ou seja,

para que toda a humanidade seja filha de Deus? Nós não evoluímos e crescemos para sermos reconhecidos pelos outros, para nos or-

gulharmos, para nos gabarmos ou para sermos melhor que os demais. Será que nosso

esforço em evoluir e crescer não seria para conseguirmos nos tornar pessoas que, ao

aprender algo ou conseguir realizar algo e, até mesmo, ao praticar o amor altruísta, consigam voltar-se para o Supremo Deus e dizer: “Foi o Senhor que realizou tudo, não

foi? Muito obrigado”?

Será que estas palavras não seriam palavras para nos tornarmos filhos que alegram o

Supremo Deus? Será que “retornar” e “entregar” também não se traduzem nestas palavras?

Não será por isso que nós estamos sendo formados diariamente, passando por várias

experiências e aprendizados, vivendo as mais variadas emoções?

Gostaria que, confiando no propósito divino, cuidassem para não negligenciar esse treinamento.

Isto também serve para a “Prática do Sonen”, que deve ser praticada como um

treinamento não para “minha” alegria, mas para que Deus e Meishu-Sama se alegrem.

Na Natureza, tudo é realizado em ciclos. Da mesma forma, será que a nossa autoconsciência – que é o “eu do presente”, que partiu da “dimensão do início da

criação” e chegou à “dimensão do final da criação” – não recebeu a ordem de se

empenhar para servir à dinâmica da evolução, que consiste em retornar, partindo do

final em direção ao início e levando consigo todas as atividades do mundo? Não consigo deixar de pensar que a “grande transição” e a “mudança de 180 graus”,

mencionadas por Meishu-Sama, significam servir nas atividades de retorno ao mundo

da nossa origem, ao mundo da causa. Assim como todo o universo, todos os diversos elementos, todas as emoções e todas as atividades humanas estão ligados ao “eu do

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presente”, através da “Prática do Sonen”, gostaríamos de ser utilizados para entregar

tudo o que levamos conosco a Meishu-Sama e de ter a permissão de que o Supremo

Deus, Criador de todas as coisas, receba tudo isso. O que importa neste instante é saber onde, dentro de nós, devemos fazer essa entrega.

Mesmo que tentemos entregar na nossa autoconsciência, que é o “eu do presente”,

que pertence à dimensão do final da criação, acabamos sempre favorecendo nossa

conveniência uma vez que nosso interior é instável. A partícula do espírito do Supremo Deus é o nosso corpo original e está unida direta-

mente a Meishu-Sama. Nós estamos tendo a permissão de estar na dimensão deste

mundo em que vivemos, que é a parte mais periférica da Criação, para servirmos aos

trabalhos do Mundo Celestial. Por isso, nós devemos retornar à dimensão do Mundo Celestial onde existe nossa

partícula divina, ou seja, ao nosso “eu do início”, levando conosco todas as atividades

ligadas ao “eu do presente”.

Será que não é somente através desse retorno que poderemos entregar tudo a Mei-shu-Sama, que ali se encontra, e ao Supremo Deus?

Ao invés de entregar nossos sentimentos sozinhos, seria melhor entregá-los

acreditando que estamos fazendo junto com Meishu-Sama e com inúmeros ante-

passados. Isto porque Meishu-Sama sempre está entregando ao Supremo Deus o sentimento do exato instante em que retornamos ao Paraíso.

Nesse momento, devemos pensar que, como Meishu-Sama sempre entrega tudo a

Deus por nós, não devemos tentar entregar sozinhos. Creio ser melhor entregar com o

sentimento de fazê-lo junto com Meishu-Sama e com muitas outras pessoas. Será que o esforço para servir neste sentido não seria um aprimoramento importante

para evoluirmos e nos tornarmos filhos do Supremo Deus?

Com relação à atividade de retornar diante do Supremo Deus e entregar, creio que

Ele está utilizando nossa respiração para concretizar Seu propósito. A respiração a que me refiro, não é a respiração somente da dimensão habitualmente

pensada. Como já disse por ocasião do Culto de Natalício do ano passado, nossa

respiração é uma atividade muito importante que permite que o “eu do início” e o “eu

do final” fluam continuamente entre si, em constante intercâmbio. Creio que, quando respiramos, deveríamos cuidar para que inspirássemos com o

sentimento: “Estou tendo a permissão de inspirar o ar assoprado pelo Messias

Meishu-Sama.” E quando expirássemos, pensar: “Estou tendo a permissão de expirar

em harmonia com o ar através do qual o Messias Meishu-Sama tudo recebe.” Assim como nas expressões “tomar fôlego” e “fôlego vivo” (que significa “ser

humano”), o Supremo Deus, através da respiração, está tentando nos unir ao Messias

Meishu-Sama, estabelecer um elo de reciprocidade d’Ele conosco, transmitir-nos Seu

propósito e nos fazer herdar a vida eterna. Nós devemos, sem falta, agradecer por essa grandiosa bênção e corresponder ao

desejo divino.

Encerro minhas palavras orando para que as bênçãos do Supremo Deus possam ser

partilhadas a todos os seres vivos através de cada um dos senhores, que estão unidos a Meishu-Sama, e que, como a brisa da primavera, tudo possa revitalizar, retornando a

Meishu-Sama através da inspiração e expiração dos senhores. Agradeço do fundo do

coração ao Supremo Deus, que está concretizando Seu propósito chamado Messias. Oro também para que os dias de todos os senhores sejam repletos de prosperidade.

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Muito obrigado.