palavra jesus cristo, ontem, hoje e sempre fraterna · Estava tudo acabado. Seus discípulos se...

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Jesus nasceu pobre, no meio dos pobres, sem conforto, sem luxo, num casebre destinado aos animais. Tudo ao contrário do que se pensaria para o nasci- mento de um Rei. Mas, Jesus realmente é um rei diferente. Ele veio justamente para quebrar os paradigmas, e fez isso muito bem. Aliás, Ele fez e faz tudo muito bem! Ele é a semente do bem! Nasceu num lugar improvável, e foi modestamente enrolado em paninhos e deitado num cocho. Cresceu no anoni- mato, sem deixar de cuidar das coisas de seu Pai e de falar com firmeza aos grandes. Tornou-se homem e partiu para a vida pública, convicto de sua missão e ciente do futuro que o aguardava. Enfrentou as intempéries, caminhou sobre a água, alimentou os famintos, transformou a água em vinho, pediu água à mulher samaritana, curou em dia de sá- bado, sentou-se à mesa para tomar refeição com os pecadores, expulsou vendilhões, valorizou as mulheres, os pobres e os discriminados, repreendeu os poderosos, rar, e o ar não lhe abasteceu os pulmões, levando-o à morte por asfixia. Ele morreu. Estava tudo acabado. Seus discípulos se fecharam em casa, afinal, se o líder, o mestre, foi morto da forma que foi, o que poderia acontecer aos seus seguidores? Mas antes de partir Ele prometeu que estaria junto de seu povo até o fim dos tempos. A semente cai na terra escura e lá fica até que o tempo propício para o brotamento chegue. E assim foi. Após três dias Jesus ressuscitou, contrariando a expectativa de seus algozes. Ele venceu a morte! A esperança renasceu! E nós, seu povo escolhido recebemos por herança os frutos de nossa redenção. Daí, então a realeza de Jesus Cristo. Ele vence todas as barreiras!. Ele supera todos os desafios! Ele é maior do que qual - quer obstáculo que possa tentar impedir nos- sa caminhada! Ele é Rei! Ele é o nosso Rei! Jesus Cristo, ontem, hoje e sempre! Aleluia! Rosa Cimino PALAVRA FRATERNA E stamos para concluir mais um Ano Li- túrgico. A liturgia nos convida a avaliar a nossa caminhada de fé, contemplando a realidade do Reino de Deus na sua dimensão escatológica, ou seja, com o olhar de espe- rança para a vida plena e feliz que o Senhor nos garantiu. Nesta perspectiva é que celebramos neste mês de novembro o dia de todos os Santos e a páscoa definitiva dos fiéis falecidos. A celebração de todos os Santos nos convida a tomar consciência da nossa vocação universal à santidade. Veneramos os santos, contemplando suas virtudes. Ser santo não é ser perfeito, mas é ser profundamente huma- no, consciente das próprias fraquezas. Já dizia Santa Terezinha do Menino Jesus: “Humilhar- -se e aceitar com doçura as próprias imperfei- ções consiste a verdadeira santidade”. A santidade se vive no seguimento de Jesus, assumindo as exigências de seu dis- cipulado, pois quem segue Jesus Cristo, o homem perfeito, cresce em humanidade (Cf. Constituição Pastoral Gaudium et Spes, 41). No final do Ano Litúrgico, devemos nos perguntar: os mistérios que celebramos da vida de Jesus têm nos ajudado a viver a santidade e a amadurecer nossa fé? A nossa fé tem tido uma implicação no nosso agir moral, tornando-nos pessoas mais humanas, solidárias, fraternas e amáveis nas relações interpessoais e sociais? Além disso, ao celebrarmos a páscoa definitiva dos fiéis falecidos, a liturgia nos exorta a reavivar a nossa esperança na res- surreição do Senhor. Essa esperança nos vem da fé fundamentada no mistério pascal de Cristo que nos garante um novo horizonte de sentido para nossa vida. Iluminados pela fé, enxergamos mais longe o sentido da vida que ultrapassa até mesmo a triste realidade da morte. De fato, a morte já não mata mais, por- que ela foi vencida pela ressurreição de Jesus. Na verdade, todos nós vamos passar pela morte e no final de nossa vida seremos julgamos pelo amor, através das obras de misericórdia que vivemos ou deixamos de viver. Os santos encaravam a morte com esperança, reconhecendo que a vida é dom de Deus e pertence a Deus, como disse Santo Agostinho: “criaste-nos para ti, Senhor (...) e o nosso coração está inquieto, enquanto não repousa em ti”. Enfim, no coroamento deste Ano Litúrgi- co, celebraremos com alegria e esperança a Solenidade de Cristo Rei, tendo Jesus como o único Senhor de nossa vida, nesta ocasião pedimos a Deus que abençoe e ilumine o “Ano do Laicato”, que se inicia nesse dia (26/11/17 a 25/11/18) com o tema “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino” e o lema: “Sal da Terra e Luz do Mundo”, Mt 5,13-14. Pe. Danival Milagres Coelho Pároco PARÓQUIA E SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DA PIEDADE Ano 12 - nº 151 Novembro de 2017 Barbacena - MG JORNAL JESUS CRISTO, ONTEM, HOJE E SEMPRE foi tentado, anunciou o Reino de Deus e tinha a oração como ponto de partida para tudo. As pessoas creram nele, ficaram es- perançosas numa vida digna, num mundo melhor, e o seguiram. Ele fez tanto, e incomodou tanto que foi perseguido, preso, humilhado, e covardemente assassinado. Sim, Ele foi assassinado. Da pior forma possível, da mais humilhante, daquela que era desti- nada aos criminosos mais infames. Foi açoitado, carregou sua própria cruz, e nela foi afixado com pregos que lhe rasgaram a carne e arrebentaram-lhe os nervos. A posição de crucifixão o impediu de respi- Com alegria nos unimos à Igreja no Brasil para celebrar o “Ano do Laicato”, no período de 26 de novembro de 2017, Solenidade de Cristo Rei, à 25 de novem- bro de 2018.Com o tema “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino” e o lema: “Sal da Terra e Luz do Mundo”, Mt 5,13-14. Vivemos tempos difíceis: perca total de direitos, corrupção, poder com privilégios, fragilidade das instituições, intolerância, desmatamento, violência, dentre outras situações que nos inco- modam e como cristãos leigos e cristãs leigas comprometidos(as) com nosso Batismo, não podemos deixar passar despercebido todas essas mazelas de nossa sociedade. O Ano Nacional do Laicato que tem como objetivo geral: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualida- de e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”, vem exatamente nos relembrar o que nos diz Puebla “o leigo é o homem da Igreja no coração do mundo, e o homem do mundo no coração da Igreja”. Homens e mulheres compro- metidos com a Igreja nunca se podem esquecer que seu testemunho maior é no mundo. Estão inseridos na sociedade como fermento e sal. Jamais os leigos poderão se esquivar de seus deveres na família e na sociedade, com desculpa de estarem ocupados nos serviços da comunidade de fé. Sem testemunhar a fé no mundo seu discipulado se torna vazio. Portanto já se percebe que o ano é de grande importância para nossa caminhada laical. É o que diz o presidente do Conselho do Laicato da Arquidiocese de Mariana (CLAM), Fábio Antonio da Silva, “o ano do laicato vem para celebrar a alegria de nossa vocação de leigos e leigas e mais, conscientizar sobre o nosso papel como agentes transformadores da sociedade, sendo sal e sendo luz, num contexto cada vez mais desafiador para nós.” Segundo o bispo de Caçador (SC), dom Severino Clasen, presidente da Comissão Episcopal Especial para o Ano do Laicato, “com este tema pretende-se trabalhar a mística do apaixona mento e seguimento a Jesus Cristo: isto leva o cristão leigo a tornar-se, de fato, um missionário na família e no trabalho, onde estiver vivendo”, disse o bispo. Deseja-se também aproveitar a moti- vação deste ano para dinamizar o estudo do documento 105 “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade”, além de colocá-lo em prática, de demais do- cumentos do Magistério, em especial do Papa Francisco, sobre o Laicato; e esti- mular a presença e a atuação dos cristãos leigos e leigas, como verdadeiros sujeitos eclesiais’ (DAp, n. 497a), como “sal, luz e fermento” na Igreja e na Sociedade. Dentre a programação destaca-se: -Abertura do Ano em cada Diocese e Paróquia (Solenidade de Cristo Rei – 26/11/17); - Na Arquidiocese de Mariana muitas atividades estão programadas, destaca- mos: -Abertura do Ano Nacional do Laicato na Arquidiocese - Dia: 25/11/17; às 10h – Mariana; -Abertura do Ano Nacional do Laicato nas paróquias - 26/11/17; Tema: Cristãos leigos e leigas, sujeitos na Igreja em saída, a ser- viço do Reino. Lema: Sal da terra e luz do mundo (Mt,5,13-14). Esperamos que o Ano do Laica- to ajude os cristãos leigos e leigas a compreenderem a sua missão no mundo, a serem verdadeiramente sujeitos eclesiais, protagonista de uma sociedade do bem viver. Ajudar os cristãos leigos e leigas a construir uma nova história, formar um laicato cada vez mais maduro, não esquecendo o que diz o refrão do Hino do Ano Nacional do Laicato: Vós sois o sal da terra, vós sois a luz do mundo, levai aos povos todos o amor, meu dom fecundo! Teu Reino, ó Jesus Cristo, queremos propagar, seguindo o teu exemplo, o mundo transformar! Leci Conceição do Nascimento ANO NACIONAL DO LAICATO

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1JORNAL VOz dA PAdROeiRA • NOVeMBRO / 2017

Jesus nasceu pobre, no meio dos pobres, sem conforto, sem luxo, num casebre destinado aos animais. Tudo ao contrário do que se pensaria para o nasci-mento de um Rei. Mas, Jesus realmente é um rei diferente. Ele veio justamente para quebrar os paradigmas, e fez isso muito bem. Aliás, Ele fez e faz tudo muito bem! Ele é a semente do bem!

Nasceu num lugar improvável, e foi modestamente enrolado em paninhos e deitado num cocho. Cresceu no anoni-mato, sem deixar de cuidar das coisas de seu Pai e de falar com firmeza aos grandes. Tornou-se homem e partiu para a vida pública, convicto de sua missão e ciente do futuro que o aguardava.

Enfrentou as intempéries, caminhou sobre a água, alimentou os famintos, transformou a água em vinho, pediu água à mulher samaritana, curou em dia de sá-bado, sentou-se à mesa para tomar refeição com os pecadores, expulsou vendilhões, valorizou as mulheres, os pobres e os discriminados, repreendeu os poderosos,

rar, e o ar não lhe abasteceu os pulmões, levando-o à morte por asfixia.

Ele morreu. Estava tudo acabado. Seus discípulos se fecharam em casa, afinal, se o líder, o mestre, foi morto da forma que foi, o que poderia acontecer aos seus seguidores? Mas antes de partir Ele prometeu que estaria junto de seu povo até o fim dos tempos.

A semente cai na terra escura e lá fica até que o tempo propício para o brotamento chegue. E assim foi. Após três dias Jesus ressuscitou, contrariando a expectativa de seus algozes. Ele venceu a morte! A esperança renasceu! E nós, seu povo escolhido recebemos por herança os frutos de nossa redenção.

Daí, então a realeza de Jesus Cristo. Ele vence todas as barreiras!. Ele supera

todos os desafios! Ele é maior do que qual-quer obstáculo que possa tentar impedir nos-sa caminhada! Ele é Rei! Ele é o nosso Rei!

Jesus Cristo, ontem, hoje e sempre! Aleluia!

Rosa Cimino

palavra fraterna

Estamos para concluir mais um Ano Li-túrgico. A liturgia nos convida a avaliar

a nossa caminhada de fé, contemplando a realidade do Reino de Deus na sua dimensão escatológica, ou seja, com o olhar de espe-rança para a vida plena e feliz que o Senhor nos garantiu.

Nesta perspectiva é que celebramos neste mês de novembro o dia de todos os Santos e a páscoa definitiva dos fiéis falecidos.

A celebração de todos os Santos nos convida a tomar consciência da nossa vocação universal à santidade. Veneramos os santos, contemplando suas virtudes. Ser santo não é ser perfeito, mas é ser profundamente huma-no, consciente das próprias fraquezas. Já dizia Santa Terezinha do Menino Jesus: “Humilhar--se e aceitar com doçura as próprias imperfei-ções consiste a verdadeira santidade”.

A santidade se vive no seguimento de Jesus, assumindo as exigências de seu dis-cipulado, pois quem segue Jesus Cristo, o homem perfeito, cresce em humanidade (Cf. Constituição Pastoral Gaudium et Spes, 41).

No final do Ano Litúrgico, devemos nos perguntar: os mistérios que celebramos da vida de Jesus têm nos ajudado a viver a santidade e a amadurecer nossa fé? A nossa fé tem tido uma implicação no nosso agir moral, tornando-nos pessoas mais humanas, solidárias, fraternas e amáveis nas relações interpessoais e sociais?

Além disso, ao celebrarmos a páscoa definitiva dos fiéis falecidos, a liturgia nos exorta a reavivar a nossa esperança na res-surreição do Senhor. Essa esperança nos vem da fé fundamentada no mistério pascal de Cristo que nos garante um novo horizonte de sentido para nossa vida. Iluminados pela fé, enxergamos mais longe o sentido da vida que ultrapassa até mesmo a triste realidade da morte. De fato, a morte já não mata mais, por-que ela foi vencida pela ressurreição de Jesus.

Na verdade, todos nós vamos passar pela morte e no final de nossa vida seremos julgamos pelo amor, através das obras de misericórdia que vivemos ou deixamos de viver. Os santos encaravam a morte com esperança, reconhecendo que a vida é dom de Deus e pertence a Deus, como disse Santo Agostinho: “criaste-nos para ti, Senhor (...) e o nosso coração está inquieto, enquanto não repousa em ti”.

Enfim, no coroamento deste Ano Litúrgi-co, celebraremos com alegria e esperança a Solenidade de Cristo Rei, tendo Jesus como o único Senhor de nossa vida, nesta ocasião pedimos a Deus que abençoe e ilumine o “Ano do Laicato”, que se inicia nesse dia (26/11/17 a 25/11/18) com o tema “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino” e o lema: “Sal da Terra e Luz do Mundo”, Mt 5,13-14.

Pe. Danival Milagres CoelhoPároco

Paróquia e santuário

nossa senhora

da Piedade

Ano 12 - nº 151 Novembro de 2017

barbacena - mg

Jor

nal

jesus cristo, ontem, hoje e semprefoi tentado, anunciou o Reino de Deus e tinha a oração como ponto de partida para tudo. As pessoas creram nele, ficaram es-perançosas numa vida digna, num mundo melhor, e o seguiram.

Ele fez tanto, e incomodou tanto que foi perseguido, preso, humilhado, e covardemente assassinado. Sim, Ele foi assassinado. Da pior forma possível, da

mais humilhante, daquela que era desti-nada aos criminosos mais infames. Foi açoitado, carregou sua própria cruz, e nela foi afixado com pregos que lhe rasgaram a carne e arrebentaram-lhe os nervos. A posição de crucifixão o impediu de respi-

Com alegria nos unimos à Igreja no Brasil para celebrar o “Ano do Laicato”, no período de 26 de novembro de 2017, Solenidade de Cristo Rei, à 25 de novem-bro de 2018.Com o tema “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino” e o lema: “Sal da Terra e Luz do Mundo”, Mt 5,13-14.

Vivemos tempos difíceis: perca total de direitos, corrupção, poder com privilégios, fragilidade das instituições, intolerância, desmatamento, violência, dentre outras situações que nos inco-modam e como cristãos leigos e cristãs leigas comprometidos(as) com nosso Batismo, não podemos deixar passar despercebido todas essas mazelas de nossa sociedade. O Ano Nacional do Laicato que tem como objetivo geral: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualida-de e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”, vem exatamente nos relembrar o que nos diz Puebla “o leigo é o homem da Igreja no coração do mundo, e o homem do mundo no coração da Igreja”. Homens e mulheres compro-metidos com a Igreja nunca se podem esquecer que seu testemunho maior é no mundo. Estão inseridos na sociedade como fermento e sal. Jamais os leigos poderão se esquivar de seus deveres na família e na sociedade, com desculpa de estarem ocupados nos serviços da comunidade de fé. Sem testemunhar a fé no mundo seu discipulado se torna vazio. Portanto já se

percebe que o ano é de grande importância para nossa caminhada laical.

É o que diz o presidente do Conselho do Laicato da Arquidiocese de Mariana (CLAM), Fábio Antonio da Silva, “o ano do laicato vem para celebrar a alegria de nossa vocação de leigos e leigas e mais, conscientizar sobre o nosso papel como agentes transformadores da sociedade, sendo sal e sendo luz, num contexto cada vez mais desafiador para nós.”

Segundo o bispo de Caçador (SC), dom Severino Clasen, presidente da Comissão Episcopal Especial para o Ano do Laicato, “com este tema pretende-se trabalhar a mística do apaixona mento e seguimento a Jesus Cristo: isto leva o cristão leigo a tornar-se, de fato, um missionário na família e no trabalho, onde estiver vivendo”, disse o bispo.

Deseja-se também aproveitar a moti-vação deste ano para dinamizar o estudo do documento 105 “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade”, além de colocá-lo em prática, de demais do-cumentos do Magistério, em especial do

Papa Francisco, sobre o Laicato; e esti-mular a presença e a atuação dos cristãos leigos e leigas, como verdadeiros sujeitos eclesiais’ (DAp, n. 497a), como “sal, luz e fermento” na Igreja e na Sociedade.

Dentre a programação destaca-se: -Abertura do Ano em cada Diocese

e Paróquia (Solenidade de Cristo Rei – 26/11/17);

- Na Arquidiocese de Mariana muitas atividades estão programadas, destaca-

mos:-Abertura do Ano Nacional

do Laicato na Arquidiocese - Dia: 25/11/17; às 10h – Mariana;

-Abertura do Ano Nacional do Laicato nas paróquias - 26/11/17;

Tema: Cristãos leigos e leigas, sujeitos na Igreja em saída, a ser-viço do Reino.

Lema: Sal da terra e luz do mundo (Mt,5,13-14).

Esperamos que o Ano do Laica-to ajude os cristãos leigos e leigas a

compreenderem a sua missão no mundo, a serem verdadeiramente sujeitos eclesiais, protagonista de uma sociedade do bem viver. Ajudar os cristãos leigos e leigas a construir uma nova história, formar um laicato cada vez mais maduro, não esquecendo o que diz o refrão do Hino do Ano Nacional do Laicato:

Vós sois o sal da terra, vós sois a luz do mundo, levai aos povos todos o amor, meu dom fecundo! Teu Reino, ó Jesus Cristo, queremos propagar, seguindo o teu exemplo, o mundo transformar!

Leci Conceição do Nascimento

ano nacional do laicato

JORNAL VOz dA PAdROeiRA • NOVeMBRO / 20172

“E, se já morremos com Cristo, cremos que também viveremos com Ele” (Rm 6,8). A nossa fé é o sustento da esperança na ressurreição, todos passamos pelo mistério da morte, que é uma experiência pessoal e comunitária, morte é um caminho que todos nós teremos que percorrer hoje, amanhã ou algum dia. É uma verdade que ninguém poderá escapar dela. O destino é certo: Cristo conse-guiu a vitória sobre a morte e levou a criatura a participar da vida incor-ruptível e eterna de Deus. Muitas vezes nos sentimos impotentes diante deste mistério e nossa fé é abalada, questionada diante da dor e da perda de quem amamos. Mas em Cristo a morte ganha novo sentido em nossas vidas, se acreditamos na vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus, na fé, fazemos a experiência da vida nova

Uma das mais belas e desafia-doras parábolas de Cristo é aquela denominada “O Bom Samaritano” (Lc 10, 25-37)

Hoje, na pós-modernidade, com o capitalismo, o neoliberalismo, o po-der, a ganância, a tecnologia, muitas vezes usada para o mal, não se pensa tanto no próximo, mas sim em si mes-mo. As pessoas interiorizam--se em si mesmas, de forma isolada, amedrontadas com a violência e acabam fechando suas casas e seu coração para a humanidade.

O ponto central da pará-bola do samaritano é que ele “moveu-se de compaixão” pelo outro. Um dos grandes desafios para nós é permitir o compa-decimento pelos sofrimentos causados pela fome, injustiças, do sofrimento por causa dos excluídos, dos marginalizados, dos sem voz. O afeto e apreço ao desconhecido que clama por mise-ricórdia, ainda são um desafio e um abismo moral para a nossa sociedade.

Trata-se de uma compaixão ver-dadeira, sem interesses e sem a ânsia do reconhecimento. “O samaritano é modelo para toda a vida cristã, na superação da indiferença e insensibi-lidade”, pois o samaritano, rompeu com os paradigmas, barreiras, pre-

conceitos, com as leis impostas pela sociedade de seu tempo.

É tendência do ser humano cuidar somente daqueles que amamos e que estão ao nosso redor, em detrimento do irmão desconhecido, pelo qual não sentimos qualquer dever ou obrigação de ajudar ou cuidar, pois achamos ou pensamos que é dever da

prefeitura, das Ongs, Igrejas e outros. Todavia, aqueles que são seguidores de Cristo devem observar e cumprir um grande mandamento presente nes-ta parábola “amar o próximo como a si mesmo”. Eis aí um grande desafio!

Como amar uma pessoa que não conheço, um marginalizado, sujo, um órfão, um injustiçado, doente soro positivo se não tenho coragem de estender a mão, se tenho medo

os santos de cada dia

E SPECIAL

B Em VIVEr F OrmAÇÃO

desafios de uma vida samaritana

a esperança na ressurreição

até de me aproximar? Como posso amar um drogado ou morador de rua se tenho receio de que possa atentar contra mim?

Essas são perguntas que talvez nós, cristãos, e a sociedade fazemos ao nos depararmos com um irmão em situação de sofrimento. Não é difícil ver as grandes necessidades do nosso

próximo, mas, infelizmente, nossos olhos, muitas vezes, só querem enxergar o que nos agrada e interessa.

Precisamos deixar a nossa zona de conforto e ir ao encontro do desconhecido presente nas várias “periferias” da vida, sem medo, pois o seguidor de Cristo deve ter é “coragem e audácia”.

Outro desafio é termos o cuidado de não nos tornarmos funcionários do sagrado, ou seja, da Igreja, pois somente aumentaria a acomodação, por

exemplo, na típica frase: “já fiz minha pastoral hoje, fui à Missa e fiz o que me foi pedido”, são atitudes de pesso-as que se sentem obrigadas quanto à missão, realizam apenas por realizar, e quando a generosidade e gratui-dade estão distantes do coração. Os pilares da vida cristã fragilizam-se e distanciam-se da verdadeira essência da vida samaritana.

Ir. Lucenir

O calendário registra o dia pri-meiro de novembro como o dia con-sagrado a todos os santos. Santos que por terem vivido em perfeita sintonia com o Pai, receberam a honra dos altares. Esses são os santos canoniza-dos e reconhecidos pela nossa igreja. Porém, existem também, os santos anônimos, são pessoas que vivem em perfeita harmonia com os ensi-namentos de Jesus. Todos nós fomos chamados para uma vida santa, para uma vida em comunhão com Deus, mas é preciso persistência e coragem para o exercício da santidade em tem-pos atuais. O mundo insiste em nos corromper com promessas tentadoras de felicidade, é preciso ter vontade firme, viver em constante vigília para não nos desviarmos do caminho que nos conduz ao nosso santo propósito.

Não é necessário que nos isolemos ou que vivamos enclausurados, a santidade é todo um processo de in-teriorização que reflete nas nossas ati-tudes, no nosso comportamento aqui fora. Basta um coração puro, sem ódio, sem rancor, sem ressentimen-tos, basta querer fazer o bem e viver em coerência com os ensinamentos de Cristo. Os santos canonizados foram pessoas como nós, viveram no mundo, foram tentados, contudo, não sucumbiram às tentações, seguiram firmemente os passos de Jesus.

Que em comunhão com todos os santos e com os nossos irmãos, busquemos também pela nossa san-tidade.

(Áurea Flisch)

em Cristo.No dia 2 de novembro a Igreja

celebra a festa da esperança cristã. Não é dia de luto e tristeza, mas de reflexão, oração e alegria que nos vem da fé, porque não celebramos a morte, mas a vida eterna, daqueles que já estão juntos de Deus, nos precedendo no diálogo mais íntimo com Deus. Jesus foi o primeiro a passar pelo caminho da paixão, morte e ressurreição, através da cruz Ele nos abriu a porta da esperança onde podemos contemplar Deus. A vida em Cristo nos enche de esperança em uma vida em Deus, após a morte.

Assim como celebramos a Páscoa de Jesus como a coluna luminosa de nossas vidas que ilumina e guia nos-sos passos, em Cristo celebramos a páscoa definitiva de nossas vidas que é estar na presença de Deus onde não

existe, mais trevas, escuridão, medo e dor. A morte não é o fim, pela fé, a morte se torna a esperança de vida eterna que só pode ser vivenciada em Cristo, assim como Jó podemos professar nossa fé e vivermos na esperança: “Sei que o meu redentor está vivo, eu o verei e meus olhos o contemplarão” (Jó 19,25).

Mariana Lopes de Souza

3JORNAL VOZ DA PADROEIRA • NOVEMBRO / 2017

Presentear é próprio do ser humano. Dádivas tem poder de estreitar mais os laços de amor e amizade. Quanto ao dízimo é uma oferta material feita à Deus como gratidão pelos benefícios recebidos da bondade divina. Essa prática mantêm acesa e viva a consciência de que tudo nos vem de Deus. São Marcos diz da oferta generosa da pobre viúva, que tendo deposita-do duas moedas demonstrou sua reverência, gratidão e confi ança em Deus. O que vale é a intenção do coração. Se nós ofertamos pe-queno ou grande dízimo estamos igualmente agradando a Deus. Tantos são os dons que Deus nos cumulou, a vida, família, a nature-za e múltiplos tesouros. Em (Mal 3,10) lemos ...”Fazei a experiência – diz o Senhor dos Exércitos – e vereis se não vos abro os reser-vatórios do céu e se não derramo a minha bênção sobre vós muito além do necessário” , o seu dízimo não é uma simples entrega por puro desprendimento, é reconhecer o valor da partilha e a grandeza de servir o próximo. Deus é fi el à sua palavra. Entramos em sintonia com Ele pelo caminho da caridade. Primeiro amando-o, e aos irmãos que são presenças vivas daquele que é invisível entre nós. A santa palavra nos manda amar e fazer

COmuNIdAdE VIVA A ÇÃO EVANgELIZAdOrA

Fundador: Pe. José Alvim BarrosoResponsável: Pe. Danival Milagres CoelhoRedação: Pe. Isauro Sant´Ana Biazutti, Rosa Cimino, Irmã Lucenir Fernandes, Kleber Camargo, Heloisa Barbosa, Fátima Tostes, Dinair Augusta, Áurea Flisch, Elimar Johann.

R. Vigário Brito, 26 - Centro CEP 36200-004 (32) 3331-6530/0270 [email protected]

Diagramação e impressãoEditora Dom Viçoso 31 3557-1233Tiragem: 1.600 exemplares

Pastoral do Dízimo

Jorn

al

MineiraCantina

gestos concretos de amor. “Eu tive fome e me destes de comer” ... e até ter caridade consigo próprio. Daí tantos fundamentos para que sejamos felizes em partilhar com os irmãos e doar com alegria e re-gularidade o dízimo à nossa Igreja. Ela é o instrumento de Deus para levar o Evangelho da salvação. A íntima satisfação de poder doar, re-vigora nosso interior complementa a alma por esse singelo serviço. A excelência de saber advindo da catequese tem respaldo no dízimo espontaneamente oferecido e o mesmo serve para dar subsídios litúrgicos agregando os cristãos irmanados na fé. Dignifi cante a dimensão missionária e os demais serviços voltados para a prática religiosa tendo a generosidade do doador responsável pela transfor-mação do mundo.

O dizimo deve nascer do cora-ção. Dizimo é oferta de gratidão a Deus e de partilha com a comu-nidade. Com a oferta do dizimo de seus fi éis, a comunidade se torna samaritana. A Igreja tem a missão de socorrer a necessidade das pes-soas pobres. Ela tem a missão de anunciar um Reino de justiça e paz.

O dizimista é um profeta, um samaritano, um transformador da realidade.

Heloisa Márcia Horta Barbosa

encontro do eccAconteceu no dia 8 de outubro o reencontro de casais com Cristo,

com a participação de 40 casais. O reencontro com o tema: Família a luz do Evangelho, onde todos puderam refl etir sobre relacionamento com fi lhos e o perdão na família.

festa santa ceciliaAcontece na comunidade de Santa Cecília, padroeira dos músicos

a partir do dia 18 a novena em honra a Santa Cecília. Somos todos convidados.

festa de nossa senhora das graças

Com inicio no dia 30 de novembro, a comunidade celebra sua padro-eira, Nossa Senhora das Graças, com o tema Celebrando Maria, estrela da evangelização. Participemos.

partilhar bens

R. Comendador João Fernandes, 51 • Centro tel.: (32) 3333-7944 / (32) 3331-7656

JORNAL VOz dA PAdROeiRA • NOVeMBRO / 20174

L IturgIA E VIdA I grEJA-mÃE

A palavra mãe nos faz lembrar de amor, de colo, em qualquer tempo em qualquer idade. Sempre necessitamos desse amor e desse colo. Nosso coração se aquece quando temos a certeza de que somos pertença da Igreja Mãe. A mãe cuida quando desviamos do caminho e quando acontece nos toma pela mão e nos traz de volta tem medo de nos perder. E sempre nos abraça forte e nos acarinha no momento de dor e sofrimento. Entende e deixa que tomemos nossas decisões sem nos pressio-nar: é disciplinadora sim; mas, respeitando nossas convicções e nos mostrando a direção que é Jesus. A Igreja Mãe é verdadeira e nos mostra uma palavra viva e imutável. Transmite muito amor mesmo por aqueles que um dia lhe abandonaram e aguardam a cada

“Dia de Finados” é uma data significativa para nós cristãos, pois é o dia oficial de se rezar pelos mortos. Nesse dia, que no Brasil é feriado na-cional, multidões de pes-soas vão aos cemitérios prestar homenagens aos seus familiares falecidos.

O costume cristão de dedicar um dia para recor-dar os mortos, originou-se no século V, mas foi no século XIII que o dia 2 de novembro passou a ser o “Dia de Finados”. Essa prática existe em quase todo o mundo, mas com variantes de acordo com tradições e culturas locais.

O Dia de Finados, ou da comemoração de todos os fiéis defuntos, oferece a oportunidade para se refletir sobre a morte e sobre as circunstâncias que a envolvem. Deparamo-nos com várias questões pertinentes, como:

• Qual o sentido do sacramento da unção dos enfermos?

• Por que rezar pelos mortos?• Qual a posição da Igreja a res-

peito da cremação dos corpos? Tentaremos lançar alguma luz

sobre essas questões:

1. Unção dos EnfermosEsse sacramento foi até algum

tempo atrás relacionado diretamente com a morte. De acordo com a sã doutrina cristã, esse sacramento não deve ser visto tanto como uma preparação para a morte, mas muito mais como um gesto de se colocar o enfermo aos cuidados de Deus.

2. Oração pelos mortosQual o ensinamento da Igreja a

respeito? Seguem duas declarações orientadoras:

A) “A união daqueles que estão

dia de finados: uma reflexão sobre a morte

dia o seu regresso. Igreja Mãe, às vezes como as mães, demonstra braveza, mas com mansidão e por necessidade. Quando chegamos aos seus pés com paciência nos acolhe falando misericordiosa de fé, partilha e compaixão. A Igreja Mãe, como diz o papa Francisco, deve transmitir aos seus filhos ale-gria e esperança. Silencia diante do filho, mas não se cala se for para defendê-lo. Assim é nossa Igreja Mãe - testemunha da obra do Criador preserva no seu interior suas tradições sem, contudo, dei-xar de caminhar com os avanços da humanidade. Igreja Mãe que tem como centro o próprio Cris-to. E onde estiver um filho à sua procura teremos a certeza de que a Igreja Mãe será uma obra que nunca se acabará.

Dinair Augusta

a caminho, com os irmãos falecidos, de maneira alguma se interrompe; antes, vê-se fortalecida pela comun-hão dos bens espirituais”(Gaudium et Spes,49)

B) “A Igreja, desde os primeiros tempos, vem cultivando com grande piedade a memória dos defuntos e oferecendo por eles sufrágios”(Missal Romano página 693).

3. Cremação dos corposA Igreja incentiva o sepultamento,

mas não se opõe à cremação, desde que esta “não tenha sido escolhida por motivos contrários à doutrina católica”(Código Canônico, 1.176, & 3).

Elimar Johann

“Para os que creem em vós, Senhor, a Vida não acaba, apenas se transforma”(Prefácio da Missa dos Fiéis Defuntos).

mãe igreja

Plano de Assistência Familiar

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