PAINEL - ORIENTAÇÃO AO LONGO DA VIDA

Vítor Gamboa,

Departamento de Psicologia - Universidade do Algarve

Centro de Investigação em Ciência Psicológica – Universidade de Lisboa

• Contextualização;

• Apontamentos relativos ao desenvolvimento de Carreira na Adolescência;

• Intervenção de Carreira – necessária atualização das suas finalidades,

modalidades, técnicas e contextos;

• Contributos para a valorização das práticas de Orientação ao Longo da Vida.

Contextualização

• pragmatismo,

• princípios humanistas e progressistas,

• oferecer apoio especializado,

• jovens (mais desfavorecidos).

“No person may decide for another what occupationhe should choose, but it is possible to help him so to

approach the problem that he shall come to wiseconclusions for himself “ (pag. 4)

(1909)

Contextualização

Atualidade e especificidades do desenvolvimento de carreira na adolescência, no

âmbito dos princípios e das práticas da Orientação ao Longo da Vida.

Web of Science – 2000-2018: Adolescence + Career Development

Contextualização

adaptabilidade de carreira,

autoeficácia,

resiliência na carreira,

tolerância à ambiguidade,

tolerância à incerteza,

agência partilhada (co-navigation)

Inovação nos paradigmas e nas intervenções que enquadram o vasto campo da

orientação e do aconselhamento de carreira (Guichard, 2015; Kenny & Di Fabio, 2018).

Desenvolvimento de Carreira na Adolescência;

• As decisões relativas aos domínios escolar e profissional podem ser extremamente

exigentes e desafiantes (Gati & Tal, 2008; Saka & Gati, 2007; Skorikov, 2007);

• Oferecer evidentes impactos no curso de vida dos indivíduos (Germeijs &

Verschueren, 2007; Super, Savickas, & Super, 1996);

• E organizar-se em trajetórias mais ou menos adaptativas (dark ou brigth) (Cordeiro et

al., 2016);

Desenvolvimento de Carreira na Adolescência;

• Crescente complexidade que caracteriza o mundo do trabalho e da formação

(Blustein, 2006; Tricot, 2002; Savickas, 2013);

• Que se apresenta muito frequentemente de forma vaga e subjetiva (Collin & Young,

2000; Gore Jr, Leuwerke, & Kelly, 2013; Schwartz, 2004).

Desenvolvimento de Carreira na Adolescência;

A identidade vocacional e a adaptabilidade de carreira surgem na literatura como

importantes fatores de proteção e de desenvolvimento psicológico positivo dos adolescentes

(Johnston, 2016; Skorikov & Vondraceck, 2007; Vilhjálmsdóttir, 2015):

• bem-estar psicológico (Skorikov, 2007),

• satisfação com a vida (Hirschi, 2009),

• ajustamento aos contextos de aprendizagem (Gamboa et al., 2016; Guan et al., 2013),

• satisfação académica (Duffy, Douglass, & Autin, 2015),

• integração e participação social (Savickas, 2005; Skorikov, 2007; Steinberg, 2011).

Intervenção de Carreira

1. Informação e avaliação (orientação),

2. Educação para a carreira (intervenções

psicopedagógicas)

3. Aconselhamento de carreira

(e.g., NICE, 2014; Savickas, 2011)

1. Autodeterminação,

2. Crenças de autoeficácia

3. Tomada de decisão

4. Exploração e delimitação de alternativas

5. Organização e integração dos diferentes

processos e eventos de carreira

(e.g., Guichard, 2011)

Num contexto de intervenção cada vez mais difícil de interpretar, impõe-se responder à

questão: o que têm os psicólogos para oferecer ? (e.g., Lent & Brown, 2013).

Intervenção de Carreira

• diversidade de estratégias adotadas na resolução das diferentes tarefas e transições decarreira (Gamboa, Paixão, & Jesus, 2014; Paixão & Gamboa, 2017; Hirschi & Valero, 2015; Leeet al., 2016);

• incluirmos aqueles indivíduos que, por razões diversas (ex., classe social, raça, condições desaúde ou etnia, entre outras), têm vindo a ser marginalizados ou esquecidos – Voices of theforgotten half (Blustein et al., 2002; Blustein, 2006);

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Paixão & Gamboa (2017). Motivational Profiles and Career Decision Making of High SchoolStudents. The Career Development Quarterly, 65, 207-221,

Gamboa, Paixão & Jesus (2014). Vocational profiles and internship quality among PortugueseVET students. International Journal for Educational and Vocational Guidance, 14, 221-244.

Contributos para a valorização das práticas de Orientação ao Longo da Vida

• Adotar um referencial comum (ex., Blueprint - McMahon, Patton e Tatham, 2003);

• Selecionar processos ou competências-chave, identificando a importância relativa de cada uma

delas ao longo do ciclo de vida;

• Diversificar as modalidades de intervenção vocacional e demonstrar a eficácia das mesmas;

• Validar um conjunto de novos instrumentos e técnicas de avaliação psicológica;

• Garantir a qualidade dos serviços prestados.

Muito obrigado, Vítor Gamboa (vgamboa@ual.pt)