Painel 6

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I SEMANA DE PEDAGOGIA – CAMPUS SOROCABA I SEMANA DE PEDAGOGIA – CAMPUS SOROCABA Ana Cristina Villafranca*, Eliza Ayako Mukai, Fábio Beserra, Lívia Lucy Fontão Nardy Ribeiro e Noemi Silva Soares Curso de Pedagogia, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho/Universidade Virtual do Estado de São Paulo, Sorocaba, SP. Orientadoras de Disciplina: Profa. Ms. Ana Cristina da Silva e Profa. Ms. Maria Cristina P. Vilas. Orientadora de Turma: Profa. Dra. Lourdes Marcelino Machado. *[email protected] PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES ALFABETIZADORES E SISTEMAS DE AVALIAÇÃO NA REDE PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO No Brasil a tarefa de ensinar a ler e a escrever, pertencente à família até o final do século XIX, passa a ser responsabilidade do Estado Republicano, com a criação de escolas públicas e adoção de vários métodos para alfabetização durante século seguinte (MORTATTI, 2006). No estado de São Paulo foram adotados desde as cartilhas, passando pelos métodos mistos (analítico-sintético) e chegando à desmetodização com a adoção das teorias do construtivismo no final do século XX. Assim, a formação de professores tornou-se uma necessidade e um desafio, juntamente com a adoção de métodos para alfabetização de forma institucionalizada. Porém, surge também a demanda de cursos de formação continuada para os professores que já se encontravam em exercício, principalmente voltados para a alfabetização. A utilização das avaliações institucionais a partir de meados da década de 1990, como SARESP, PROVA BRASIL, PISA, entre outras, evidencia que as políticas públicas adotadas anteriormente pouco responderam às necessidades de alfabetização da população. INTRODUÇÃO OBJETIVOS REFERÊNCIAS BRASIL, 2001. Programa de formação de professores alfabetizadores. Apresentação. Brasília: SEF/MEC, 2001, 24 p. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Profa/apres.pdf>. Acesso em: 08 dez. 2010. MORTATTI, M. R. L. História dos métodos de alfabetização no Brasil. In: Seminário Alfabetização e letramento em debate, 1, 2006. Brasília, Conferência.., Brasília: DPEIEF/SEB/MEC, 2006. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me03178a.pdf>. Acesso em: 03 dez. 2010. SOARES, M. B.. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. Revista Brasileira de Educação, jan/fev/mar/abr, n. 25, 2004, p. 5-17. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/ rbedu/n25/n25a01.pdf> . Acesso em: 26 nov. 2010 SOARES, Magda. Letramento: Um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998. A metodologia a ser utilizada no desenvolvimento do presente projeto será exploratória/explicativa através de levantamento documental, seguida da análise dos dados e, comparação dos mesmos sobre o desempenho dos alunos nas avaliações SARESP e PROVINHA BRASIL e a participação de professores nos programas Letra e Vida e Bolsa Alfabetização. METODOLOGIA Alfabetização e Letramento Programas de Formação de Professores Alfabetizadores Magda Soares (1998) classificou e enumerou três tipos de conceitos para alfabetização. O primeiro se refere à alfabetização como processo de representação de fonemas em grafemas e vice-versa, e, portanto, estaria alfabetizado aquela pessoa que pudesse reconhecer o alfabeto, ler silabas ou palavras isoladas. O segundo diz que alfabetização seria o processo de expressão/compreensão de significados, e por conta disso, uma pessoa seria considerada alfabetizada somente se pudesse compreender o que escrevia e pudesse interpretar o seu significado. Por último, vem o conceito de que a alfabetização dependia de características culturais, econômicas e tecnológicas, ou seja, para um lavrador a alfabetização teria fins e objetivos bem diferentes do que para um operário da região urbana. No artigo “Letramento e alfabetização: as muitas facetas” (2004) a mesma autora diz que letramento é o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever, o estado ou condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como conseqüência de ter-se apropriado da escrita, desse modo, letramento seria resultado ou conseqüência do processo de alfabetização. Avaliações Nível federal: MEC Existem poucas avaliações que tem o foco na alfabetização, entre elas destacamos o SARESP em nível estadual paulista, e a PROVINHA BRASIL, em nível federal. E nelas não há menção da eficácia dos programas de formação de professores alfabetizadores nos resultados obtidos. Resultados estes divulgados somente para as escolas, que a partir deles devem propor ações de melhorias em seus projetos político-pedagógicos. Entretanto, os resultados globais são conhecidos apenas pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (SARESP) e pelo Ministério da Educação (PROVINHA BRASIL), que orientam as reformas nas políticas educacionais. A crescente discussão sobre a qualidade na Educação mostra que em nossas escolas, as capacidades leitoras e de escrita de nossos alunos estão aquém do desejável para um país em desenvolvimento e, ainda, denominado emergente. As políticas educacionais mostram um descompasso com o desenvolvimento econômico e não respondem às necessidades e anseios da sociedade. E isto tem sido frequentemente demonstrado pelos resultados obtidos pelo Brasil em avaliações sobre a aprendizagem de nossos alunos. Este trabalho propõe-se a analisar as políticas públicas de alfabetização da rede pública de ensino do Estado de São Paulo a partir dos referencias teóricos que orientam os programas de formação docente. Nesse sentido, a análise se restringe aos cursos de formação levadas a cabo pelos programas Letra e Vida e Bolsa Alfabetização. Espera-se assim, identificar a relação entre os conteúdos ideológicos destes programas frente às linhas que os orientam, a partir dos resultados do SARESP e da PROVINHA BRASIL das escolas estaduais da cidade de Sorocaba que possuem classes desde o 1º. Série e professores que participaram dos programas acima. JUSTIFICATIVA 2003 2008 2001 Nível estadual: SEE/SP

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Painel apresentado na I Semana de Pedagogia Unesp/Univesp, Pólo Sorocaba, realizada de 06 a10 de dezembro de 2010 no campus Unesp Sorocaba

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I SEMANA DE PEDAGOGIA – CAMPUS SOROCABAI SEMANA DE PEDAGOGIA – CAMPUS SOROCABA

 

Ana Cristina Villafranca*, Eliza Ayako Mukai, Fábio Beserra, Lívia Lucy Fontão Nardy Ribeiro e Noemi Silva Soares

Curso de Pedagogia, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho/Universidade Virtual do Estado de São Paulo, Sorocaba, SP.Orientadoras de Disciplina: Profa. Ms. Ana Cristina da Silva e Profa. Ms. Maria Cristina P. Vilas.

Orientadora de Turma: Profa. Dra. Lourdes Marcelino Machado.*[email protected]

PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES ALFABETIZADORES E SISTEMAS DE AVALIAÇÃO NA REDE PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

No Brasil a tarefa de ensinar a ler e a escrever, pertencente à família até o final do século XIX, passa a ser responsabilidade do Estado Republicano, com a criação de escolas públicas e adoção de vários métodos para alfabetização durante século seguinte (MORTATTI, 2006).

No estado de São Paulo foram adotados desde as cartilhas, passando pelos métodos mistos (analítico-sintético) e chegando à desmetodização com a adoção das teorias do construtivismo no final do século XX.

Assim, a formação de professores tornou-se uma necessidade e um desafio, juntamente com a adoção de métodos para alfabetização de forma institucionalizada.

Porém, surge também a demanda de cursos de formação continuada para os professores que já se encontravam em exercício, principalmente voltados para a alfabetização.

A utilização das avaliações institucionais a partir de meados da década de 1990, como SARESP, PROVA BRASIL, PISA, entre outras, evidencia que as políticas públicas adotadas anteriormente pouco responderam às necessidades de alfabetização da população.

INTRODUÇÃO

OBJETIVOS

REFERÊNCIASBRASIL, 2001. Programa de formação de professores alfabetizadores. Apresentação. Brasília: SEF/MEC, 2001, 24 p. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Profa/apres.pdf>. Acesso em: 08 dez. 2010.

MORTATTI, M. R. L. História dos métodos de alfabetização no Brasil. In: Seminário Alfabetização e letramento em debate, 1, 2006. Brasília, Conferência.., Brasília: DPEIEF/SEB/MEC, 2006. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me03178a.pdf>. Acesso em: 03 dez. 2010.

SOARES, M. B.. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. Revista Brasileira de Educação, jan/fev/mar/abr, n. 25, 2004, p. 5-17. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n25/n25a01.pdf> . Acesso em: 26 nov. 2010

SOARES, Magda. Letramento: Um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.

A metodologia a ser utilizada no desenvolvimento do presente projeto será exploratória/explicativa através de levantamento documental, seguida da análise dos dados e, comparação dos mesmos sobre o desempenho dos alunos nas avaliações SARESP e PROVINHA BRASIL e a participação de professores nos programas Letra e Vida e Bolsa Alfabetização.

METODOLOGIA

Alfabetização e Letramento

Programas de Formação de Professores Alfabetizadores

Magda Soares (1998) classificou e enumerou três tipos de conceitos para alfabetização.

O primeiro se refere à alfabetização como processo de representação de fonemas em grafemas e vice-versa, e, portanto, estaria alfabetizado aquela pessoa que pudesse reconhecer o alfabeto, ler silabas ou palavras isoladas. O segundo diz que alfabetização seria o processo de expressão/compreensão de significados, e por conta disso, uma pessoa seria considerada alfabetizada somente se pudesse compreender o que escrevia e pudesse interpretar o seu significado. Por último, vem o conceito de que a alfabetização dependia de características culturais, econômicas e tecnológicas, ou seja, para um lavrador a alfabetização teria fins e objetivos bem diferentes do que para um operário da região urbana.

No artigo “Letramento e alfabetização: as muitas facetas” (2004) a mesma autora diz que letramento é o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever, o estado ou condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como conseqüência de ter-se apropriado da escrita, desse modo, letramento seria resultado ou conseqüência do processo de alfabetização.

Avaliações

Nível federal: MEC

Existem poucas avaliações que tem o foco na alfabetização, entre elas destacamos o SARESP em nível estadual paulista, e a PROVINHA BRASIL, em nível federal.

E nelas não há menção da eficácia dos programas de formação de professores alfabetizadores nos resultados obtidos. Resultados estes divulgados somente para as escolas, que a partir deles devem propor ações de melhorias em seus projetos político-pedagógicos.

Entretanto, os resultados globais são conhecidos apenas pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (SARESP) e pelo Ministério da Educação (PROVINHA BRASIL), que orientam as reformas nas políticas educacionais.

A crescente discussão sobre a qualidade na Educação mostra que em nossas escolas, as capacidades leitoras e de escrita de nossos alunos estão aquém do desejável para um país em desenvolvimento e, ainda, denominado emergente.

As políticas educacionais mostram um descompasso com o desenvolvimento econômico e não respondem às necessidades e anseios da sociedade. E isto tem sido frequentemente demonstrado pelos resultados obtidos pelo Brasil em avaliações sobre a aprendizagem de nossos alunos.

Este trabalho propõe-se a analisar as políticas públicas de alfabetização da rede pública de ensino do Estado de São Paulo a partir dos referencias teóricos que orientam os programas de formação docente. Nesse sentido, a análise se restringe aos cursos de formação levadas a cabo pelos programas Letra e Vida e Bolsa Alfabetização. Espera-se assim, identificar a relação entre os conteúdos ideológicos destes programas frente às linhas que os orientam, a partir dos resultados do SARESP e da PROVINHA BRASIL das escolas estaduais da cidade de Sorocaba que possuem classes desde o 1º. Série e professores que participaram dos programas acima.

JUSTIFICATIVA

2003 20082001

Nível estadual: SEE/SP