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EDUCAÇÃO FÍSICA REVISTA DE Nº 128 ANO DE 2004 1 EDITORIAL Cel JOSÉ RICARDO PASCHOAL Diretor do IPCFEx É com imensa satisfação que apresentamos nosso primeiro exemplar do ano de 2004, de um total de 128 edições, uma caminhada iniciada em 1932, sendo a revista especializada em educação física mais antiga do Brasil. Estamos editando neste ano, pela primeira vez desde sua criação, 02 tiragens sem auxílio de qualquer subsídio estatal ou institucional, mantendo a gratuidade de distribuição desde seu início. Nos tempos atuais, manter uma revista científica de qualidade, periodicidade e com grande circulação e penetração, torna-se um enorme desafio para o Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército, órgão responsável pela edição da revista, sendo um motivo de extremo orgulho para a nossa instituição. Procuramos nesta edição trazer artigos nas áreas de treinamento, da ética, da antropometria, da história desportiva, culminando com um artigo sobre as Olimpíadas de Atenas, motivo maior neste ano olímpico. Os artigos estão apresentados de acordo com as Normas Nacionais de Redação, apresentando sempre cientificidade como fator primordial. Nossa Revista possui o código indexador ISSN e estamos em processo de indexação. Será também, a partir de sua primeira publicação em 2004, uma revista eletrônica, podendo ser acessada no site www.revistadeeducacaofisica.com.br o qual conterá todas as edições anteriores, desde 1932, constituindo-se no maior acervo na área de educação física do Brasil. Estes indicadores nos motivam, dentro do nosso planejamento de gerência empresarial empreendido por esta instituição de pesquisa, e nos impulsionam a novas e perenes conquistas.

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REVISTA DE EDUCAÇÃO FÍSICA - Nº 128 - ANO DE 2004 - PÁG.

EDUCAÇÃO FÍSICAREVISTA DE

Nº 128 ANO DE 2004

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EDITORIAL

Cel JOSÉ RICARDO PASCHOALDiretor do IPCFEx

É com imensa satisfação que apresentamos nosso primeiro exemplar do ano de 2004, de um

total de 128 edições, uma caminhada iniciada em 1932, sendo a revista especializada em educação

física mais antiga do Brasil. Estamos editando neste ano, pela primeira vez desde sua criação, 02

tiragens sem auxílio de qualquer subsídio estatal ou institucional, mantendo a gratuidade de distribuição

desde seu início.

Nos tempos atuais, manter uma revista científica de qualidade, periodicidade e com grande

circulação e penetração, torna-se um enorme desafio para o Instituto de Pesquisa da Capacitação

Física do Exército, órgão responsável pela edição da revista, sendo um motivo de extremo orgulho para

a nossa instituição.

Procuramos nesta edição trazer artigos nas áreas de treinamento, da ética, da antropometria,

da história desportiva, culminando com um artigo sobre as Olimpíadas de Atenas, motivo maior neste

ano olímpico. Os artigos estão apresentados de acordo com as Normas Nacionais de Redação,

apresentando sempre cientificidade como fator primordial.

Nossa Revista possui o código indexador ISSN e estamos em processo de indexação. Será

também, a partir de sua primeira publicação em 2004, uma revista eletrônica, podendo ser acessada

no site www.revistadeeducacaofisica.com.br o qual conterá todas as edições anteriores, desde 1932,

constituindo-se no maior acervo na área de educação física do Brasil.

Estes indicadores nos motivam, dentro do nosso planejamento de gerência empresarial

empreendido por esta instituição de pesquisa, e nos impulsionam a novas e perenes conquistas.

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NORMAS DE PUBLICAÇÃO

Formas de Envio

Os artigos deverão ser enviados via e-mail “atachados” em processador Microsoft Word 6.0, ou superior, endereçados ao diretor da revista para o e-mail

[email protected]

ou em material impresso em três cópias acompanhadas de disquete, com o nome do trabalho, para o endereço:

Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército Revista de Educação Física Av. João Luís Alves S/Nr Fortaleza de São João, Urca Rio de Janeiro – RJ – CEP 22291-090

Documentos para Publicação

Serão considerados para publicação investigações originais, artigos de revisão, cartas do leitor, pontos de vista e ensaios, sob condição de serem contribuições exclusivas para esta Revista, ou seja, que não tenham sido, nem venham a ser publicadas em outros periódicos.

Os trabalhos poderão ser aceitos, devolvidos para correção ou rejeitados na forma que foram apresentados. Os trabalhos não aceitos para publicação ficarão à disposição do autor.

A responsabilidade pelas afirmações e opiniões contidas nos trabalhos caberá inteiramente ao autor.

Página Título

A página título deverá conter o título na fonte Arial 14, em caixa alta, o(s) nome(s) do(s) autor(es), sem qualificação ou titulação, o nome da(s) instituição(es) e o endereço para correspondência na fonte Arial 12. O título do trabalho não deve exceder 15 palavras. Idealmente, o mesmo deve conter informações suficientes para que o leitor já possua boa noção sobre o que está sendo abordado no texto em si. Deve-se dar preferência a títulos mais específicos, deixando-se de lado títulos genéricos. Assim, respeitando-se o conteúdo do texto, títulos como “VO

2 max e a Prática de Exercícios” são

pouco apropriados, já que dificilmente o texto será capaz de contemplar todos os aspectos que envolvem a relação entre a prática de exercícios físicos e o consumo máximo de oxigênio. Títulos como “Influência da Prática Regular de Exercícios Físicos Aeróbios sobre o Consumo Máximo de Oxigênio” ou “Influência da Prática Regular de Corrida sobre o Consumo Máximo de Oxigênio”, e ainda “ Influência de 30 Minutos Diários de Corrida abaixo do Limite Anaeróbio sobre o VO2 max”, “ Influência de 30 Minutos

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Diários de Corrida abaixo do limite Anaeróbio sobre o VO2 max

”, são mais coerentes com a

capacidade de abordagem de textos curtos como o são os artigos. Resumo e Abstract

O resumo juntamente com o título do artigo consistem na apresentação inicial do material escrito ao leitor e, portanto, devem ser redigidos elegantemente, sendo um convite à leitura. Assim, o resumo deve ser o mais claro possível. Não se deve economizar informações, respeitando, no entanto, o limite de palavras permitido.

A página de resumo deverá conter o título do trabalho e um resumo. Esse deve ter no máximo 250 palavras, num único parágrafo, especificando o objetivo do trabalho, um breve histórico da situação problema, descrição da metodologia, principais achados, conclusões. Ao final devem ser apontados entre três e seis unitermos, ou seja, palavras que facilitem a identificação do artigo em um indexador de periódicos, de acordo com a área de interesse. Preferencialmente, os resumos não devem conter tabelas ou figuras e devem ser auto-suficientes. Logo, não são encorajadas alusões a informações que se encontram no corpo do trabalho como: “As diferenças no comportamento das curvas de consumo de oxigênio serão apresentadas no texto”.

A página de “abstract” deverá conter a versão do resumo em inglês, observando-se as mesmas orientações para o resumo em português. Os unitermos também deverão ser traduzidos.

Forma (texto)

Os trabalhos deverão ser digitados em espaço duplo, na fonte Arial 12, em lado único da folha tamanho A4, com todas as margens em 2,5 cm. O título, o resumo e o abstract devem ser em folhas independentes, nessa ordem. As páginas devem ser numeradas no canto superior direito, a partir da folha de resumo, iniciando pelo número 2.

Os artigos de investigações originais deverão conter, em princípio, Introdução (pequena revisão da literatura, apresentação da situação problema e objetivos do estudo), Metodologia, Resultados, Discussão, Conclusões e Referências.

Os títulos deverão conter caracteres maiúsculos, centralizados e em negrito, enquanto os subtítulos deverão também estar em negrito, alinhados à esquerda, e apenas com o primeiro caracter maiúsculo.

As notas de rodapé deverão ser evitadas. As comunicações pessoais deverão ser referenciadas no texto como fonte de consulta normal: último nome e data. Deverão constar, nas referências, o nome, data e a expressão “Comunicação Pessoal”.

Como regra geral, só deverão ser utilizadas abreviaturas e símbolos padronizados. Mesmo assim, recomenda-se a definição das mesmas no momento da primeira aparição no texto.

As tabelas serão numeradas com algarismos arábicos na seqüência da apresentação. O mesmo é previsto para os quadros. Os títulos das tabelas e quadros serão apresentados na parte superior, centralizados e em caracteres maiúsculos.

As figuras constituem os gráficos, ilustrações, fotografias, etc. Serão também numerados com algarismos arábicos na seqüência da apresentação, entretanto a legenda será alinhada na distância do parágrafo na base da figura. Os conteúdos das informações não deverão aparecer de duas formas, como por exemplo: texto e tabela, ou tabela e figura. Tabelas, quadros e figuras devem ser apresentados em caracteres maiúsculos e o número, sem indicar o local, indicando sucintam ente os seus conteúdos, explicitando a ilustração por exemplo: “os dados iniciais estão apresentados na TABELA 1”. A posição aproximada no texto, deverá ser indicada na margem esquerda. Linhas horizontais deverão ser traçadas

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acima das tabelas ou quadros, logo abaixo dos títulos das colunas e abaixo das tabelas ou quadros. Portanto, não deverão ser usadas linhas verticais em tabelas e quadros. Se necessário, espaço entre as colunas podem ser usados, ao invés de linhas verticais. Anotações nas tabelas deverão ser indicadas por asteriscos. Para atender às necessidades de diagramação ou paginação, todas as ilustrações poderão ser reduzidas. A utilização ou emprego de tabelas, quadros ou figuras de outros autores, devem ter a fonte citada.

As unidades de medida utilizadas devem estar de acordo com o Sistema Internacional de Medidas.

Agradecimentos

Poderão ser incluídos: a) agradecimentos àqueles que contribuíram de forma significativa para a elaboração do artigo; b) informações sobre equipamentos; c) endereço atual do(s) autor(es) e; d) indicação da(s) entidade(s) e/ou empresas financiadoras do estudo ou qualquer tipo de colaboração para o estudo.

Referências

As referências no texto devem ser citadas da seguinte maneira: Diniz e Ribas (1994). Em caso de três ou mais aparições no texto, na primeira aparição no texto: Diniz, Martins e Ribas (1996); nas demais aparições, apenas Diniz et al. (1996). Quando o nome do autor não fizer parte do texto usar (Diniz, 1996). No caso de diversas obras serem citadas, deverão aparecer na ordem alfabética do último nome dos primeiros autores. Nas citações de livros, as páginas devem ser explicitadas: Ribas (1996, p. 38).

Para a elaboração de referências, observar os exemplos que se seguem:

AMERICAN ASSOCIATION FOR HEALTH, PHYSICAL EDUCATION, AND RECREATION. Research methods in health, physical education, and recreation. Washington, 1979. BRENER, J. Energy, information, and the control of heart rate. Trabalho apresentado no meeting of the Society for Psychophysiological Research. Cincinnati, OH, Oct. 1979. CAMPBELL, D. T. STANLEY, J. C. Delineamentos experimentais e quase experimentais.São Paulo: E.P.U.EDUSP, 1979. CLARKE, K.B. (Locutor). Problems of freedom and behavior modification. Gravação em cassete n. 7612. Washington, DC: American Psychological Association, 1976. DEVINS, G. M. Helplessness, depression, and mood in end-stage renal disease. Tese de doutorado não publicada. McGill University, Montreal, 1981. MAAS, J. B. (Produtor), GLUCK, D. H. (Diretor). Deeper into hypnosis. Filme. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall, 1979. SJODIN, B., SVEDENHAG, J. Applied physiology of marathon running. Sports Med, n.2, p. 83-99, 1985. STAINSBY, W. N. Biochemical and physiological bases for lactate production. Med Sci Sports Exerc, v. 8, n.3, p.341-343, 1986.

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REVISTA DE EDUCAÇÃO FÍSICA - Nº 128 - ANO DE 2004 - PÁG.

EDUCAÇÃO FÍSICAREVISTA DE

Nº 128 ANO DE 2004

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PARTICIPAÇÃO DO BRASILNOS JOGOS OLÍMPICOS

Resumo

O presente artigo tem por objetivo levantar osaspectos históricos das participações do Brasil nasOlimpíadas da Era Moderna, desde 1920, assim comodestacar o recebimento de medalhas por militaresnessas olimpíadas e apresentar a relação dos atletasbrasileiros participantes das Olimpíadas de Atenas,em 2004, incluindo modalidades, quadro de medalhase recordes olímpicos atualizados.

Introdução

Embora não seja possível precisar comexatidão quando os Jogos Olímpicos foram criados,acredita-se que os jogos já eram celebrados emOlímpia, um vilarejo da Grécia, sendo os primeirosregistros oficiais de sua existência encontradosdatando de 776 A.C. Estes Jogos duraram até o anode 394 D.C., quando, por questões religiosas, foramextintos pelo Imperador Teodósio, de Roma (MundoAntigo, 2004).

Em função destas proibições, os JogosOlímpicos ficaram inativos por aproximadamente 1500anos. Somente graças ao esforço do pedagogo eesportista francês Barão Pierre de Coubertin pode-sever ressurgir, já na Era Moderna, o espírito olímpico.Em 23 de junho de 1894, o Barão Coubertin defendeua criação de um órgão internacional, o COI, ComitêOlímpico Internacional, que unificasse os diversosesportes e que promovesse a realização, a cada quatroanos, de uma competição de porte internacional entreatletas amadores, revivendo o que já havia acontecidona Grécia Antiga(Mundo Antigo, 2004).

Assim, os I Jogos Olímpicos da Era Modernaforam realizados no ano de 1896, após dois anos dacriação do Comitê Olímpico Internacional, em Atenas,na Grécia, tendo a abertura dosJogos sido realizada pelo ReiGeorge I, da Inglaterra, contandocom a participação de 285atletas. A primeira olimpíada tevecompetições em apenas 9esportes(Jogos Olímpicos,2004).

A participação do Brasil sóse deu a partir de 1920, nos VIIJogos Olímpicos da Antuérpia,Bélgica, atendendo a um convitedo Comitê Olímpico Interna-cional.

Marcelo Salem1 & Edison Alves de Azevedo2

1- Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército2- Editora Faer

Jogos Olímpicos de Atenas em 1896

Barão de Cobertin

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EDUCAÇÃO FÍSICAREVISTA DE

Nº 128 ANO DE 2004

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– 1920 –VII JOGOS OLÍMPICOSANTUÉRPIA - BÉLGICA

Início: 20 de abril de 1920Término: 12 de setembro de 1920

Foi nos Jogos de Antuérpia que, pela primeiravez, foi hasteada uma bandeira especialmenteconfeccionada para a competição, a bandeiraolímpica, com cinco anéis representando oscontinentes, entrelaçados sobre um fundo branco, osímbolo da integração dos povos. Ela traz o lemaolímpico “Citius, Altius, Fortius” (Mais Rápido, MaisAlto, Mais Forte). Foi, ainda, na Antuérpia, que osparticipantes tiveram de fazer o juramento do atletapela primeira vez, salientando a importância doverdadeiro espírito esportivo (Comitê OlímpicoBrasileiro, 2004).

As competições contaram com a participaçãode 29 países e 2.606 atletas. Coube à

Confederação Brasileira dos Desportos (CBD)organizar um grupo de 29 atletas para participar,pela primeira vez, da competição. A equipebrasi leira competiu em cinco modalidades:natação, salto ornamental, remo, tiro e póloaquático (Portal da Educação Física, 2004).

A equipe de tiro brasileira conquistou trêsmedalhas: bronze, na categoria pistola livre, comAfrânio Costa, Sebastião Wolf, Fernando Soledade,Dario Barbosa e Guilherme Paraense; prata, comAfrânio Costa, na prova individual; e o primeiro ouroolímpico brasileiro, com o Tenente do ExércitoGuilherme Paraense, na prova individual de tiro rápido25m(Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Comitê Olímpico Brasileiro (2004)

Comitê Olímpico Brasileiro (2004)

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QUADRO DE MEDALHASPaís Ouro Prata Bronze Total

_________________________________________________________________________________________

1º Estados Unidos 41 27 27 952º Suécia 19 20 25 643º Grã-Bretanha 15 15 13 4315º Brasil 11 11 11 13

MEDALHAS BRASILEIRASModalidade Prova Atleta(s) Resultado

_________________________________________________________________________________________

Tiro Esportivo tiro rápido(25m) Guilherme Paraense Ouromasculino Militar do Exército

_________________________________________________________________________________________

Tiro Esportivo pistola livre(50m) Afrânio Costa Pratamasculino

________________________________________________________________________________________

Tiro Esportivo pistola livre por Afrânio Costa, Dario Bronzeequipe masculino Barbosa, Fernando

Soledade, GuilhermeParaense, Sebastião Wolf

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EDUCAÇÃO FÍSICAREVISTA DE

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– 1924 –VIII JOGOS OLÍMPICOS

PARIS - FRANÇA

Início: 4 Maio de 1924Término: 27 de Julho de 1924

QUADRO DE MEDALHASPaís Ouro Prata Bronze Total_________________________________________________________________________________________

1º Estados Unidos 45 27 27 992º Finlândia 14 13 11 383º França 13 16 10 394º Grã-Bretanha 19 13 12 34

– 1928 –IX JOGOS OLÍMPICOS

AMSTERDÃ - HOLANDA

Início: 17 de Maio de 1928Término: 12 de Agosto de 1928

Devido à crise financeira pela qual passava aConfederação Brasileira de Desportos (CBD), aFederação Paulista assumiu a responsabilidade pelaconvocação e envio da delegação que iria participardos Jogos de Paris (Comitê Olímpico Brasileiro,2004).

Participaram destes Jogos Olímpicos 44 paísescom 3.029 atletas. O Brasil enviou 11 desportistas,competindo em três modalidades: remo, tiro e

atletismo (Portal da Educação Física, 2004).O melhor resultado brasileiro, sem ter

conseguido medalhas, foi dos irmãos Edmundo eCarlos Castelo Branco, em quarto lugar no remo,classe double sculls (Comitê Olímpico Brasileiro,2004).

Os Jogos Olímpicos de Paris foram osprimeiros a terem vários eventos transmitidos ao vivopor rádios da Europa e EUA.

Os IX Jogos Olímpicos tiveram 46 países e3.015 atletas participantes. O Brasil esteve ausenteem Amsterdã, em virtude de não dispor de recursos

para enviar uma delegação que o pudesserepresentar (Portal da Educação Física, 2004).

Pela primeira vez, após o início dos Jogos da

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EDUCAÇÃO FÍSICAREVISTA DE

Nº 128 ANO DE 2004

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QUADRO DE MEDALHASPaís Ouro Prata Bronze Total_________________________________________________________________________________________

1º Estados Unidos 22 18 16 562º Alemanha 10 7 14 313º Finlândia 8 8 9 254º Suécia 7 6 12 25

– 1932 –X JOGOS OLÍMPICOS LOS ANGELES - EUA

Início: 30 de Julho de 1932Término: 14 de Agosto de 1932

Era Moderna, foi acesa a Tocha Olímpica. O eventoaconteceu nas ruínas de Olímpia, local ondeocorriam os Jogos Olímpicos da Antiguidade, tendoa tocha sido, depois, transportada para a Holanda.

Assim, a primeira pira olímpica manteve o fogoaceso durante todos os IX Jogos Olímpicos,tornando-se uma tradição (Comitê OlímpicoBrasileiro, 2004).

Ainda em função da falta de recursosfinanceiros, o Brasil teve dificuldades em participardos Jogos de Los Angeles. O governo brasileiro,porém, encontrou uma maneira bastante original paraenviar os seus 69 atletas: eles deveriam trabalhar nonavio Itaquecê, da Marinha Mercante, transportandoe comercializando, em todos os portos do caminho,50 mil sacas de café, a fim de amealharem recursosque os possibilitasse participar das competições(Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

O resultado desse trabalho, entretanto, nãoobteve completo êxito financeiro, o que obrigou osChefes da Delegação a escolher, dentre os 69 atletasembarcados, 45 atletas que, tecnicamente, tinhammelhor preparo. Estes 45 atletas desembarcaram noPorto de São Pedro, a 19 km de Los Angeles, onde,mais tarde, iriam se juntar a outros 13 atletas, queviajaram por conta própria, formando, assim, adelegação brasileira. Da delegação original, portanto,ficaram 24 atletas embarcados no navio, semparticiparem dos Jogos (Portal da Educação Física,2004).

Os 58 esportistas que chegaram ao estado daCalifórnia competiram em seis modalidades: natação,pólo aquático, atletismo, saltos ornamentais, remo etiro. Apesar do Brasil não conquistar medalhas,alguns atletas e equipes se destacaram, terminandoas provas com bons resultados: Lúcio de AlmeidaCastro classificou-se em sexto lugar no atletismo, nosalto com vara; e as duas equipes de remo,compostas, a primeira, por Durval Bellini FerreiraLima, João Francisco de Castro, Osório AntônioFerreira, Olivério Kosta Popovitch e Américo GarciaFernandes e, a segunda, por Estevan João Strata,José Ramalho, Mário Augusto P. Cunha e FranciscoCarlos de Bricio, terminaram as provas em quartolugar (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Dos X Jogos Olímpicos participaram 1.408atletas, de 37 países.

Foi em Los Angeles que, pela primeira vez, umamulher latino-americana participou dos JogosOlímpicos: a nadadora brasileira Maria Emma H. LenkZigler, que competiu nos 100m costas e 200m peito,sem conseguir, entretanto, classificação.

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QUADRO DE MEDALHASPaís Ouro Prata Bronze Total_________________________________________________________________________________________

1º Estados Unidos 41 32 30 1032º Itália 12 12 12 363º França 10 5 4 194º Suécia 9 5 9 23

– 1936 –XI JOGOS OLÍMPICOSBERLIM - ALEMANHA

Início: 1 de Agosto de 1936Término: 16 de Agosto de 1936

QUADRO DE MEDALHASPaís Ouro Prata Bronze Total__________________________________________________________________________________________

1º Alemanha 33 26 30 892º Estados Unidos 24 20 12 563º Hungria 10 1 5 164º Itália 8 9 5 22

No ano anterior aos Jogos de Berlim, em 1935,passa a existir efetivamente o Comitê OlímpicoBrasileiro (COB), fundado pela segunda vez (suacriação data de 1914) por Federações e esportistasque há muito vinham almejando que o Brasil tivesseuma representação oficialmente reconhecida peloComitê Olímpico Internacional (COI) (Comitê OlímpicoBrasileiro, 2004).

Os XI Jogos Olímpicos tiveram a participaçãode 49 países e 4.069 atletas. O Brasil participou dosJogos com um grupo formado por 95 atletas, dentreeles cinco mulheres, competindo em dezmodalidades: atletismo, basquete, boxe, ciclismo,esgrima, natação, pentatlo moderno, remo, tiro e vela(Portal da Educação Física, 2004).

O grupo feminino que, pela primeira vez,participava com um número maior de atletas,conquistou um honroso quinto lugar nos 100m livres,com a nadadora Piedade Coutinho.

No atletismo, Sílvio Magalhães Padilha, quedepois viria a ser presidente do COB, classificou-seem quinto lugar nos 400m com barreiras (ComitêOlímpico Brasileiro, 2004).

Nas provas de tiro, o destaque foi José SalvadorTrindade, também quinto lugar na prova de carabina(Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

O grande destaque internacional dos Jogos deBerlim foi Jesse Owens, atleta negro norte-americano,que conquistou quatro medalhas de ouro, nos 100m,200m, salto em distância e no revezamento 4x100m.

Utilizando as competições como uma forma depropaganda nazista, os alemães se esforçaram porpreparar uma festa grandiosa. Assim, nestes Jogossurgiu a tradição do revezamento da Tocha Olímpica,que foi acesa em Olímpia e trazida até Berlim, por cercade 3000 corredores que se alternavam, culminandocom a chegada do fogo olímpico no momento daabertura dos Jogos (Mundo Antigo, 2004).

Comitê Olímpico Brasileiro (2004)

Comitê Olímpico Brasileiro (2004)

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– 1948 –XIV JOGOS OLÍMPICOS

LONDRES - GRÃ-BRETANHA

Início: 29 de Julho de 1948Término: 14 de Agosto de 1948

QUADRO DE MEDALHASPaís Ouro Prata Bronze Total_________________________________________________________________________________________

1º Estados Unidos 38 27 19 642º Suécia 16 11 17 443º França 10 6 13 2936º Brasil 0 0 1 1

MEDALHAS BRASILEIRAS

Modalidade Prova Atleta (s) Resultado_________________________________________________________________________________________

Basquete masculino bronze

Em função do conflito mundial, a SegundaGrande Guerra, não foram realizados os Jogos de1940 e de 1944, apesar de, na contagem dos Jogos,os mesmos serem computados como XII e XIII JogosOlímpicos. Após esta interrupção, é realizada acompetição em 1948, em Londres, ainda sob oimpacto do conflito mundial. Destes jogosparticiparam 59 países e 4.468 atletas (Portal daEducação Física, 2004).

A delegação brasileira era formada por 79atletas, dos quais 11 mulheres, competindo nasmodalidades: atletismo, basquete, boxe, esgrima,hipismo, natação, saltos ornamentais, pentatlomoderno, remo, tiro e vela (Comitê Olímpico Brasileiro,2004).

O time de basquete masculino conquistou sua

primeira medalha de bronze, vencendo a equipe doMéxico por 52 a 47. Esta equipe fez uma belacampanha, contando com 7 vitórias e apenas umaderrota para a França (Comitê Olímpico Brasileiro,2004).

As melhores classificações, sem medalha,entretanto, ficaram com a natação e o atletismo. Nanatação, Piedade Coutinho, nos 400m livre, a equipecomposta por Eleonora Margarida J. Schimidt, MariaAngélica Leão Costa, Piedade Coutinho e TalitaAlencar Rodrigues, na prova de 4x100m livre, bemcomo o nadador Willy Otto Jordan, nos 200m peito,terminaram a competição em sexto lugar. Noatletismo, Geraldo Silveira obteve o quinto lugar nosalto triplo (Jogos Olímpicos, 2004).

Comitê Olímpico Brasileiro (2004)

Comitê Olímpico Brasileiro (2004)

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– 1952 –XV JOGOS OLÍMPICOS

HELSINQUE - FINLÂNDIA

Início: 19 de Julho de 1952Término: 3 de Agosto de 1952

QUADRO DE MEDALHASPaís Ouro Prata Bronze Total_________________________________________________________________________________________

1º Estados Unidos 40 19 17 762º União Soviética 22 30 19 713º Hungria 16 10 16 4225º Brasil 1 0 2 3

MEDALHAS BRASILEIRASModalidade Prova Atleta(s) Resultado

_________________________________________________________________________________________

Atletismo salto triplo Adhemar Ferreira da Silva Ouromasculino

_________________________________________________________________________________________

Atletismo salto em altura José Telles da Conceição Bronzemasculino

_________________________________________________________________________________________

Natação 1.500m livre Tetsuo Okamoto Bronze

Os XV Jogos Olímpicos tiveram a participaçãode 69 países e 5.867 atletas. O Brasil enviou paraestes Jogos a maior delegação, até então, desde sua1ª participação, contando com 108 atletas,competindo em 15 modalidades: atletismo, basquete,boxe, esgrima, futebol, hipismo, levantamento depeso, natação, pólo aquático, saltos ornamentais,pentatlo moderno, remo, tiro, vela e vôlei (Portal daEducação Física, 2004).

O Brasil conquistou uma medalha de ouro como atleta Adhemar Ferreira da Silva, que superou o seupróprio recorde mundial no salto triplo, de 16,01m,por quatro vezes numa mesma prova: 16,05m,16,09m, 16,12m, e 16,22m (Comitê Olímpico

Brasileiro, 2004).José Telles da Conceição classificou-se em 3º

lugar no salto em altura, atingindo 1,98m, ganhandoa medalha de bronze (Comitê Olímpico Brasileiro,2004).

Ary Façanha de Sá conquistou o quarto lugarna prova de salto em distância, com um excelenteresultado de 7,23m (Comitê Olímpico Brasileiro,2004).

O nadador Tetsuo Okamoto ganhou a medalhade bronze nos 1.500m livre, com o tempo de18min51s3, passando a ser conhecido pelo apelidode “Peixe Voador” (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Comitê Olímpico Brasileiro (2004)

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– 1956 –XVI JOGOS OLÍMPICOS

MELBOURNE - AUSTRÁLIA

Início: 22 de Novembro de 1956Término: 8 de Dezembro de 1956

QUADRO DE MEDALHASPaís Ouro Prata Bronze Total_________________________________________________________________________________________

1º União Soviética 37 29 32 982º Estados Unidos 32 25 17 743º Austrália 13 8 14 3525º Brasil 1 0 0 1

MEDALHAS BRASILEIRASModalidade Prova Atleta(s) Resultado

_________________________________________________________________________________________

Atletismo salto triplo Adhemar Ferreira da Silva Ouro

Destes Jogos Olímpicos participaram 3.184atletas de 67 países. O grupo brasileiro era composto,apenas, de 48 atletas, sendo, destes atletas, apenasum do sexo feminino: Mary Dalva Proença, quecompetiu nos saltos ornamentais (plataforma) econseguiu classificar-se em 16º lugar (Portal deEducação Física, 2004).

A delegação brasileira competiu em 12modalidades: atletismo, basquete, boxe, ciclismo,hipismo, levantamento de peso, natação, saltosornamentais, pentatlo moderno, remo, tiro e vela(Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Mais uma vez, Adhemar Ferreira da Silvasuperou-se, ultrapassando o recorde olímpico de

salto triplo, com a marca de 16,35m, conquistando,assim, sua segunda medalha de ouro nas Olimpíadas(Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

O grupo brasileiro, embora não tenha obtidomais nenhuma outra medalha, conseguiu boasclassificações em outras modalidades: a seleçãomasculina de basquete ficou em sexto lugar; o atletaJosé Telles da Conceição chegou em sexto lugar nafinal dos 200m rasos; o ciclista Anésio Argentonconquistou o sétimo lugar na prova de contra o relógio;e o atirador Severino Moreira, na prova de carabinadeitado, conseguiu a oitava colocação (ComitêOlímpico Brasileiro, 2004).

Comitê Olímpico Brasileiro (2004)

Comitê Olímpico Brasileiro (2004)

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– 1960 –XVII JOGOS OLÍMPICOS

ROMA - ITÁLIA

Início: 25 de Agosto de 1960Término: 11 de Setembro de 1960

QUADRO DE MEDALHASPaís Ouro Prata Bronze Total_________________________________________________________________________________________

1º União Soviética 43 29 31 1032º Estados Unidos 34 21 16 713º Itália 13 10 13 3640º Brasil 0 0 2 2

MEDALHAS BRASILEIRASModalidade Prova Atleta(s) Resultado_________________________________________________________________________________________

Basquete masculino Bronze_________________________________________________________________________________________

Natação 100m livre Manuel dos Santos Júnior Bronzemasculino

Os Jogos de Roma encantaram o público e osatletas pela beleza dos locais onde se realizavam ascompetições, como o Estádio de Mármore, cercadopor 60 esculturas brancas que representavam asmodalidades esportivas, bem como pelosinvestimentos, astronômicos para época, que foramrealizados para estes Jogos Olímpicos (ComitêOlímpico Brasileiro, 2004).

Tomaram parte das competições 5396 atletas de84 diferentes países ( Portal de Educação Física, 2004).

Da delegação brasileira faziam parte 82 atletas,que competiram em provas de 14 modalidades:atletismo, basquete, boxe, ciclismo, futebol, hipismo,levantamento de peso, natação, pólo aquático, saltosornamentais, pentatlo moderno, remo, tiro e vela(Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Somente uma mulher, Wanda dos Santos, doatletismo, fez parte da equipe, sem, no entanto,conseguir se classificar para as finais dos 80m combarreiras (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

A equipe de basquete masculino conquistou suasegunda medalha de bronze em Jogos Olímpicos,tendo obtido seis vitórias em oito jogos, perdendosomente para os EUA e União Soviética (ComitêOlímpico Brasileiro, 2004).

Já na natação, Manuel dos Santos Júnior obtevea medalha de prata nos 100m livre, deixando deconquistar o 1º lugar por apenas 2 décimos desegundo (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Outros bons resultados foram os do ciclistabrasileiro Anésio Argenton, que chegou em sexto lugarna prova contra o relógio, e do velejador ReinaldConrad, que obteve a quinta colocação na classe finn(Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Vale destacar, também, a belíssima participaçãode Adhemar Ferreira da Silva que, apesar de não terobtido classificação para participar das finais do saltotriplo, foi ovacionado por todo o público presente aolocal de competição, já que este atleta havia reabilitadoa prova de salto triplo que fora ameaçada de serretirada dos Jogos Olímpicos antes de suasperformances (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Comitê Olímpico Brasileiro (2004)

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– 1964 –XVIII JOGOS OLÍMPICOS

TÓQUIO - JAPÃO

Início: 10 de Outubro de 1964Término: 24 de Outubro de 1964

QUADRO DE MEDALHASPaís Ouro Prata Bronze Total_________________________________________________________________________________________

1º Estados Unidos 36 26 28 902º União Soviética 30 31 35 963º Japão 16 5 8 2939º Brasil 0 0 1 1

MEDALHAS BRASILEIRASModalidade Prova Atleta(s) Resultado

_________________________________________________________________________________________

Basquete masculino Bronze

Participando um país asiático pela primeira vezcomo sede dos Jogos, o Japão primou por colocar aalta tecnologia a serviço das competições, sendoutilizado o primeiro computador que coordenava asprovas, registrava tempos com precisão decentésimos de segundos, dirimia dúvidas e ofereciaos resultados das provas em pouco tempo. O mundopode, ainda, graças ao lançamento do satéliteamericano Telstar, em 1962, assistir, quase que emtempo real, às competições (Comitê OlímpicoBrasileiro, 2004).

Deste Jogos participaram 94 países, com 5565atletas. A delegação brasileira era formada por 70atletas, disputando em 11 modalidades: atletismo,basquete, boxe, futebol, hipismo, judô, natação, póloaquático, pentatlo moderno, vela e vôlei (Portal deEducação Física, 2004).

Da equipe brasileira, participava apenas umamulher, Aída dos Santos, que se caracterizou peladeterminação, já que, mesmo sem treinador,classificou-se para a 2ª etapa da competição,conquistando o 4º lugar no salto em altura (ComitêOlímpico Brasileiro, 2004).

O basquete obteve sua terceira medalha de

bronze, perdendo somente 3 partidas das 9 quedisputou. A equipe, composta por Amaury AntônioPassos, Wlamir Marques, Ubiratan Pereira Maciel,Carlos Domingos Massoni (o Mosquito), FriedrichWilhelm Braun, Carmo de Souza ( o Rosa Branca),Jathyr Eduardo Schall, Edson Bispo dos Santos,Antônio Salvador Sucar, Victor Mirschawka, Sérgio deToledo Machado e José Edvar Simões, aliava aexperiência dos veteranos à garra dos novos atletas(Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Nestes Jogos, duas novas modalidades foramincorporadas: o vôlei e o judô.

Competindo no vôlei, o Brasil obteve o 7º lugarcom o time formado por: João Cláudio França, JoséM. Schwartz da Costa, Hamilton Leão de Oliveira,Newton Emanuel de Victor, Carlos E. Albano Feitosa,Marco Antonio Volpi, Carlos Arthur Nuzman (atualpresidente do Comitê Olímpico Brasileiro - COB), Joséde Oliveira Ramalho, Décio Viotti de Azevedo e VictorM. Barcelos Borges (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Destaque também para Nelson Pessoa Filho(pai de Rodrigo Pessoa, medalha de bronze emAtlanta, EUA, em 1996) que se classificou em quintolugar no hipismo (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Comitê Olímpico Brasileiro (2004)

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– 1968 –XIX JOGOS OLÍMPICOSCIDADE DO MÉXICO -

MÉXICO

Início: 12 de Outubro de 1968Término: 27 de Outubro de 1968

QUADRO DE MEDALHAS

País Ouro Prata Bronze Total_________________________________________________________________________________________

1º Estados Unidos 45 28 54 1072º União Soviética 29 32 30 913º Japão 11 7 7 2535º Brasil 0 1 2 3

Contando com a participação de 6082 atletasde 109 diferentes países, estes foram os primeirosJogos a serem disputados em um país da AméricaLatina, sendo marcados pela condução da tochaolímpica até a pira, também pela primeira vez, poruma mulher, Norma Enriqueta Basílio (Portal deEducação Física, 2004).

Para o México, o Brasil levou 84 atletas, dosquais três mulheres, competindo em 13 modalidades:atletismo, basquete, boxe, esgrima, futebol, hipismo,levantamento de peso, natação, pólo aquático, remo,tiro, vela e vôlei (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

O atletismo continuou sendo destaque com oatleta Nelson Prudêncio, medalha de prata, que obtevea marca de 17,27m, recorde mundial no salto triplo,sendo logo após superado pelo soviético VictorSaneyev, com a marca de 17,39m. Aída dos Santos,apesar de não ter obtido uma expressiva classificação,já que conquistou o 20º lugar na prova de pentatlo,superou o recorde sul-americano, com 4.578 pontos.Maria da Conceição Cypriano chegou a alcançar 1,74mno salto em altura nas provas de classificação,terminando, entretanto, com a marca de 1,71m, em11º lugar (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

No boxe, o peso mosca Servílio de Oliveiraclassificou-se em 3º lugar, conquistando a medalha

de bronze, assim como os iatistas Reinald Conrad eBurkhard Cordes, na classe flying dutchmann,ganharam o honroso bronze (Comitê OlímpicoBrasileiro, 2004).

Mais uma vez, o basquete brasileiro saiu-sebem, conquistando um 4o lugar, saindo vitorioso deseis das noves partidas que disputou, perdendoapenas duas vezes para a União Soviética e umapara os EUA (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Na natação, José Sylvio Fiolo, recordistamundial nos 100m peito e campeão nos Jogos Pan-Americanos, disputou a final, obtendo o quarto lugar,ficando a apenas um décimo de segundo do terceirocolocado, com o tempo de 1min8s1 (Comitê OlímpicoBrasileiro, 2004).

Algumas alterações foram introduzidas nestesJogos Olímpicos: as atletas do sexo feminino foramobrigadas a se submeter a testes de feminilidade, nãosendo nenhuma reprovada; e as pistas de atletismopassaram a ser recobertas por tartan, um materialsintético que possibilitava uma maior equilíbrio evelocidade para os atletas (Mundo Antigo, 2004).

Com os avanços das redes de comunicaçãoamericanas, os Jogos puderam ser transmitidos pelaprimeira vez a cores para mais de 400 milhões detelespectadores pelo mundo afora (Tecepe, 2004).

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MEDALHAS BRASILEIRAS

Modalidade Prova Atleta(s) Resultado_________________________________________________________________________________________

Atletismo salto triplo Nelson Prudêncio Bronzemasculino

_________________________________________________________________________________________

Boxe mosca Servílio de Oliveira Bronze_________________________________________________________________________________________

Vela flyving dutchman Burkhard Cordes, Reinaldo BronzeConrad

– 1972 –XX JOGOS OLÍMPICOSMUNIQUE - ALEMANHA

OCIDENTAL

Início: 26 de Agosto de 1972Término: 11 de Sembro de 1972

Contando com a participação de 8500 atletasde 121 países, os Jogos Olímpicos de Munique serão,infelizmente, lembrados pela ação terrorista doMovimento Setembro Negro, responsável pelaexecução de 11 participantes da Delegação de Israel(Portal de Educação Física, 2004).

Também será recordado por uma das maisbonitas manifestações do espírito desportivo, quandoos atletas participantes da competição uniram-se a80 mil pessoas, presentes ao Estádio Reichsportfield(o maior complexo esportivo visto até então), emhomenagem aos desportistas mortos neste bárbaroatentado (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Da delegação brasileira, participavam 89atletas, dentre estes cinco mulheres, competindo emtreze modalidades: atletismo, basquete, boxe,ciclismo, futebol, hipismo, judô, levantamento de peso,natação, remo, tiro, vela e vôlei (Comitê OlímpicoBrasileiro, 2004).

Destaques, para Nelson Prudêncio e o judocabrasileiro Chiaki Ishii que, honrosamente,conquistaram medalhas de bronze no salto triplo ena categoria meio pesado, respectivamente (ComitêOlímpico Brasileiro, 2004).

Na vela, o Brasil garantiu dois quartos lugares,com Reinaldo Conrad e Burkhard Cordes, na classeflying dutchmann, e, na classe star, com osvelejadores Jan Willen Aten, Joerg Bruder e PeterWolfgang Metzner (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Na natação, conquistamos mais dois quartoslugares, na prova de revezamento 4x100m e 4x400m,com os atletas José Roberto Diniz Aranha, PauloBecskehazy, Paulo Zanetti e Ruy Tadeu A. de Oliveira(Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Já as equipes de vôlei e basquete terminarama competição em sétimo e oitavo lugares (JogosOlímpicos, 2004).

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QUADRO DE MEDALHASPaís Ouro Prata Bronze Total

_________________________________________________________________________________________

1º União Soviética 50 27 22 992º Estados Unidos 33 31 30 943º Alemanha Oriental 20 23 23 6641º Brasil 0 0 2 2

MEDALHAS BRASILEIRASModalidade Prova Atleta(s) Resultado_________________________________________________________________________________________Atletismo salto triplo Nelson Prudêncio Bronze

masculino_________________________________________________________________________________________Judô meio-pesado Chiaki Ishii Bronze

masculino

– 1976 –XXI JOGOS OLÍMPICOSMONTREAL - CANADÁ

Início: 17 de Julho de 1976Término:1 de Agosto de 1976

As Olimpíadas de Munique foram marcadas pordesorganização, por obras incompletas, por falta deacomodações para as equipes jornalísticas e pordesvios de verbas. Não houve, no entanto, problemasque gerassem incidentes maiores, fora a sensaçãodo comprometimento do brilhantismo da festa(Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Participaram desta competição 9564 atletas, de89 países. O Brasil formou sua equipe com 93 atletas,sendo sete deles mulheres, competindo em 13modalidades: atletismo, basquete, boxe, esgrima,futebol, judô, levantamento de peso, natação, remo,tiro, vela, vôlei, e saltos ornamentais (Portal deEducação Física, 2004).

No atletismo, João Carlos de Oliveira, o Joãodo Pulo, conquistou medalha de bronze no salto triplo

e o quarto lugar no salto em distância. Ruy da Silvaconseguiu a mesma colocação, o quarto lugar, nos200m rasos (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Na vela, obtivemos a terceira colocação comos velejadores Reinaldo Conrad e Peter Ficker, naclasse flying dutchmann (Jogos Olímpicos, 2004).

Na natação, Djan Garrido Madruga ficou emquarto lugar duas vezes: na prova de 400m livre, com3m57s18, e nos 1.500m livre, com o tempo de15min19s84 (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

No futebol, acabamos a competição em quartolugar, pois, respeitando as regras, enviamos somenteatletas amadores, apesar de a esta época sermostricampeões do mundo, levando desvantagem emrelação aos atletas de equipes como Alemanha Oriental,Polônia e URSS (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Comitê Olímpico Brasileiro (2004)

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QUADRO DE MEDALHASPaís Ouro Prata Bronze Total

_________________________________________________________________________________________

1º União Soviética 49 41 35 1252º Alemanha Oriental 40 25 25 903º Estados Unidos 34 35 25 9436º Brasil 0 0 2 2

MEDALHAS BRASILEIRASModalidade Prova Atleta(s) Resultado

_________________________________________________________________________________________

Atletismo salto triplo João do Pulo Bronzemasculino Militar do Exército

_________________________________________________________________________________________

Vela flying dutchaman Peter Ficker, Reinaldo BronzeConrad

– 1980 –XXII JOGOS OLÍMPICOS

MOSCOU - UNIÃOSOVIÉTICA

Início: 19 de Julho de 1980Término: 3 de Agosto de 1980

Em plena Guerra Fria, os Estados Unidos senegaram a participar dos Jogos Olímpicos de Moscou,não diminuindo, entretanto, o sucesso da festa. Delaparticiparam 81 países e 5748 competidores (Portalde Educação Física, 2004).

Pela primeira vez, foi incorporado um mascoteàs Olimpíadas com a criação do Urso Misha, símbolode afetividade e de alegria, passando a fazer parte datradição olímpica a existência de um mascote (JogosOlímpicos, 2004).

Desde a participação do Brasil nos Jogos de

1920, esta foi a maior delegação brasileira até então:foram 109 atletas, sendo 15 mulheres, competindoem 14 modalidades: atletismo, arco e flecha,basquete, boxe, ciclismo, ginástica artística, judô,levantamento de peso, natação, saltos ornamentais,remo, tiro, vela e vôlei (Portal de Educação Física,2004).

A equipe feminina de vôlei participou, pelaprimeira vez, dos Jogos Olímpicos, terminando acompetição em sétimo lugar (Comitê OlímpicoBrasileiro, 2004).

Comitê Olímpico Brasileiro (2004)

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QUADRO DE MEDALHAS

País Ouro Prata Bronze Total_________________________________________________________________________________________

1º União Soviética 80 69 46 1952º Alemanha Oriental 47 37 42 1263º Bulgária 8 16 17 4118º Brasil 2 0 2 4

MEDALHAS BRASILEIRASModalidade Prova Atleta(s) Resultado

_________________________________________________________________________________________

Vela tornado Alex Welter, Lars OuroBjörkström

_________________________________________________________________________________________

Vela 470 masculino Eduardo Penido, Marcos BronzeSoares

_________________________________________________________________________________________

Atletismo salto triplo João do Pulo Bronzemasculino Militar do Exército

_________________________________________________________________________________________

Natação revezamento Cyro Delgado, Djan Bronze4x200m livre Madruga, Jorge Fernandes,masculino Marcus Mattioli

Foi, também, em Moscou, que trouxemos omaior número de medalhas até então: duas de bronzee duas de ouro (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Destaque para o iatismo, com Alexandre Weltere Lars Sigurd Björkström, competindo na classetornado, chegando em primeiro lugar, e com MarcosPinto Rizzo Soares e Eduardo Henrique Penido, pelaclasse 470, garantindo a outra medalha de ouro(Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Na natação, ficamos com a medalha de bronzenos 4x200m livre, graças aos atletas Djan GarridoMadruga, Marcus Laborne Mattioli, Ciro Marques Delgadoe Jorge Luiz Leite Fernandes. Djan Madruga classificou-se, ainda, em quarto lugar nos 400m livre e quinto nos400m medley ( Portal de Educação Física, 2004).

No salto triplo, João Carlos de Oliveira, o João

do Pulo, obteve a terceira colocação, recebendo obronze olímpico, com a marca de 17,22m, apesardos veementes protestos de seu técnico contra aanulação de um salto do atleta, com a marca de17,40m, o que lhe garantiria a medalha de ouro(Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Em quarto lugar, na prova de 800m rasos,classificou-se o corredor Agnaldo ConceiçãoGuimarães. A equipe de revezamento 4x400m,também do atletismo, formada por Paulo RobertoCorreia, Antônio Dias Ferreira, Agberto ConceiçãoGuimarães e Geraldo José Pegado, classificou-se emquinto lugar (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

As equipes masculinas de basquete e de vôleificaram em quinto lugar (Comitê Olímpico Brasileiro,2004).

Comitê Olímpico Brasileiro (2004)

Comitê Olímpico Brasileiro (2004)

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QUADRO DE MEDALHAS

País Ouro Prata Bronze Total_________________________________________________________________________________________

1º Estados Unidos 83 61 30 1742º Romênia 20 16 17 533º Alemanha Ocidental 17 19 23 5919º Brasil 1 5 2 8

Sediando pela segunda vez os Jogos Olímpicos,Los Angeles não contou com os participantes daUnião Soviética em represália ao boicote dos EUAaos Jogos de Moscou (Comitê Olímpico Brasileiro,2004).

Os XXIII Jogos Olímpicos tiveram cerca de7.800 atletas participantes e um número recorde de140 países. A delegação brasileira era formada por151 atletas, dos quais 22 mulheres, aumentando,assim, gradativamente a participação feminina (Portalde Educação Física, 2004).

Competimos em 18 modalidades: arco e flecha,atletismo, basquete, ciclismo, futebol, ginásticaartística, ginástica rítmica, hipismo, judô, natação,nado sincronizado, pólo aquático, saltos ornamentais,remo, tênis, tiro, vela e vôlei. Conquistamos 8medalhas, a maior quantidade até esta data, emJogos Olímpicos de Verão (Comitê OlímpicoBrasileiro, 2004).

No atletismo, Joaquim Carvalho Cruzconquistou a medalha de ouro nos 800m rasos,estabelecendo um novo recorde para a prova com otempo de 1min43s, marca que perdurou até 1996,quando foi derrubada pelo norueguês Vebjoern Rodal,com o tempo de 1min42s58 (Jogos Olímpicos, 2004).

João Batista Eugênio da Silva disputou a finaldos 200m rasos, classificando-se em quarto lugar

– 1984 –XXIII JOGOS OLÍMPICOS

LOS ANGELES - EUA

Início: 28 de Julho de 1984Término: 12 de Agosto de 1984

(Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).Conquistamos, ainda, as medalhas de prata no

futebol e no vôlei masculino. O time de futebol tinhacomo base os jogadores do Sport ClubeInternacional, já que o Comitê Olímpico Internacional(COI) havia permitido a inclusão de atletasprofissionais no futebol, desde que estes atletas nãotivessem participado de Copas do Mundo (ComitêOlímpico Brasileiro, 2004).

Também no judô conquistamos 3 medalhas:uma de prata, com Douglas Vieira (meio pesado) eduas de bronze, com Walter Carmona (médio) e LuísOnmura (peso leve) (Tecere, 2004).

Na vela, Torben Grael, Ronaldo Senfft e DanielAdler, com excelentes desempenhos, conquistarama medalha de prata na classe soling (Comitê OlímpicoBrasileiro, 2004).

O nadador Ricardo Prado foi destaque,conseguindo a segunda colocação nos 400m medleye quarto lugar nos 200m costas (Comitê OlímpicoBrasileiro, 2004).

No tiro, mesmo não conquistando medalha,Delival da Fonseca Nóbrega, classificou-se em quartolugar na prova de tiro rápido ( Jogos Olímpicos, 2004).

No remo, Walter Hime Soares, Ângelo RossoNeto e Nilton Silva Alonso como timoneiro, obtiveramquarto lugar na prova dois com timoneiro.

Comitê Olímpico Brasileiro (2004)

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MEDALHAS BRASILEIRAS

Modalidade Prova Atleta(s) Resultado_________________________________________________________________________________________

Atletismo 800m masculino Joaquim Cruz Ouro_________________________________________________________________________________________

Futebol masculino Prata_________________________________________________________________________________________

Judô meio-pesado Douglas Vieira Pratamasculino

_________________________________________________________________________________________

Natação 400m medley Ricardo Prado Pratamasculino

________________________________________________________________________________________

Vela soling Daniel Adler, Ronaldo, PrataSenfft, Torben Grael

_________________________________________________________________________________________

Vôlei masculino Prata_________________________________________________________________________________________

Judô leve masculino Luís Onmura Bronze_________________________________________________________________________________________

Judô médio masculino Walter Carmona Bronze

– 1988 –XXIV JOGOS OLÍMPICOSSEUL - CORÉIA DO SUL

Início: 17 de Setembro de 1988Término: 2 de Outubro de 1988

Em Seul, mais de 9600 atletas participaram,vindos de 160 diferentes países. A delegaçãobrasileira era composta por 174 atletas, entre eles 35mulheres, competindo em 21 modalidades: arco eflecha, atletismo, basquete, boxe, ciclismo, esgrima,

futebol, ginástica artística, hipismo, judô, levantamentode peso, luta, natação, natação sincronizada, saltosornamentais, remo, tênis, tênis de mesa, tiro, vela evôlei (Portal de Educação Física, 2004).

Conquistamos medalha de ouro com o atleta

Comitê Olímpico Brasileiro (2004)

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QUADRO DE MEDALHAS

País Ouro Prata Bronze Total_________________________________________________________________________________________

1º União Soviética 55 31 46 132

2º Alemanha Oriental 37 35 30 102

3º Estados Unidos 36 31 27 94

24º Brasil 1 2 3 6

MEDALHAS BRASILEIRASModalidade Prova Atleta(s) Resultado_________________________________________________________________________________________Judô meio-pesado Aurélio Miguel Ouro

masculino_________________________________________________________________________________________Atletismo 800m masculino Joaquim Cruz Prata________________________________________________________________________________________Atletismo 200m masculino Róbson Caetano Bronze_________________________________________________________________________________________Futebol masculino Prata_________________________________________________________________________________________Vela star Nelson Falcão, Torben Bronze

Grael_________________________________________________________________________________________Vela tornado Clínio de Freitas, Lars Bronze

Grael

Aurélio Fernandes Miguel, no judô, competindo nacategoria meio pesado. Já o judô feminino classificouem quinto lugar as atletas Mônica Angelluci e SoraiaAndré (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

A equipe de futebol ficou com a prata, pelasegunda vez, perdendo para a União Soviética, por 2a 1, na prorrogação (Comitê Olímpico Brasileiro,2004).

Na vela, conquistamos mais duas medalhas debronze: na classe star, com Torben Grael e Nelsonde Barros Falcão; e na classe tornado, com LarsGrael e Clínio Freitas.

Nos 800m rasos, Joaquim Cruz, com o tempode 1min43s90, obteve a medalha de prata, enquantoRóbson Caetano da Silva ficou com o bronze nos200m rasos, com o tempo de 20s4, classificando-se, também, em quinto lugar nos 100m rasos, com10s11. José Luís Barbosa, o Zequinha, terminou os800m rasos em sexto lugar numa disputadíssimaprova (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

No basquete, a equipe brasileira se classificouem quinto lugar e no vôlei, a equipe masculina obtevea quarta colocação e a feminina, o sexto lugar (ComitêOlímpico Brasileiro, 2004).

Comitê Olímpico Brasileiro (2004)

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– 1992 –XXV JOGOS OLÍMPICOSBARCELONA - ESPANHA

Início: 25 de Julho de 1992Término: 9 de Agosto de 1992

Os Jogos de Barcelona contaram com 9959atletas, de 172 países (Portal de Educação Física, 2004).

Houve uma grande mobilização, coordenadapelo Comitê Organizador dos Jogos, e todos oshabitantes de Barcelona viram-se envolvidos com ospreparativos e durante as competições (Mundoantigo, 2004).

Para a realização dos Jogos, a prefeitura dacidade construiu no alto do monte Montjuic, local deraríssima beleza, o Monumental Estádio Olímpico(Jogos Olímpicos, 2004).

Com o fim da União das Repúblicas SocialistasSoviéticas (URSS), vários países que compunhamesse bloco compareceram às Olimpíadas deBarcelona. Muitos, por falta de tempo para prepararuma equipe própria, criaram a Comunidade dosEstados Independentes (CEI) para competirem,participando dessa Comunidade, inclusive, a Rússiae a Ucrânia (Jogos Olímpicos, 2004).

O Brasil mandou 178 atletas, sendo 51 do sexofeminino, competindo em 23 modalidades: arco eflecha, atletismo, basquete, boxe, canoagem,ciclismo, esgrima, ginástica artística, ginástica rítmicadesportista, hipismo, judô, levantamento de peso, luta,natação, natação sincronizada, saltos ornamentais,hóquei sobre patins, remo, tênis, tênis de mesa, tiro,vela e vôlei, a equipe masculina obteve a quartacolocação e a feminina, o sexto lugar (ComitêOlímpico Brasileiro, 2004).

O judoca Rogério Sampaio Cardoso, conquistoua medalha de ouro na categoria peso meio leve, com

QUADRO DE MEDALHASPaís Ouro Prata Bronze Total

_________________________________________________________________________________________1º Comunidade dos 45 38 29 112

Estados Independentes2º Estados Unidos 37 34 37 1083º Alemanha 33 21 28 8225º Brasil 2 1 0 3

uma belíssima campanha, sem perder nenhuma luta(Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

A seleção de vôlei masculina conquistou amedalha de ouro, vencendo as oito partidas quedisputou. A equipe era composta pelos seguintes atletas:Alexandre Ramos Samuel (Tande), Amauri Ribeiro,André Felipe Falbo Ferreira, Antônio Carlos AguiarGouveia (Carlão), Douglas Chiarotti, Giovane FarinazzoGavio, Janelson dos Santos Carvalho, Jorge Edson deBrito, Marcelo Negrão, Maurício Lima, Paulo AndréJukoski (Paulão) e Talmo de Oliveira. Já a seleçãofeminina terminou as competições em quarto lugar.

Na natação, Gustavo Borges conquistou osegundo lugar nos 100m livre (Comitê OlímpicoBrasileiro, 2004).

Pela primeira vez, a equipe de basquete femininoparticipou dos Jogos Olímpicos, terminando acompetição em sétimo lugar. O time masculino, ficouem quinto lugar, disputando com seleções de alto nível,como a seleção dos EUA “Dream Team”, consideradaimbatível (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Como esporte demonstração, o hóquei sobrepatins foi inserido, ficando a equipe brasileira em quintolugar (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Róbson Caetano da Silva, no atletismo,conquistou a quarta colocação nos 200m rasos, eJosé Luiz Barbosa, o Zequinha Barbosa, terminou os800m rasos na mesma posição. No revezamento4x100m, Edielson R. Tenório, Sérgio Mathias F.Menezes, Róbson Caetano da Silva e Sydney Tellesde Souza, também terminaram na quarta colocação(Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

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MEDALHAS BRASILEIRASModalidade Prova Atleta(s) Resultado_________________________________________________________________________________________Judô meio-pesado Rogério Sampaio Ouro

masculino_________________________________________________________________________________________Vôlei masculino Ouro_________________________________________________________________________________________Natação 100m livre Gustavo Borges Prata

masculino

– 1996 –XXVI JOGOS OLÍMPICOS

ATLANTA - EUA

Início: 19 de Julho de 1996Término: 4 de Agosto de 1996

Os Jogos Olímpicos de Atlanta tiveram umnúmero recorde de participantes: 10750 atletas de197 países ( Portal de educação Física, 2004).

Fruto de um novo planejamento do COB, osatletas brasileiros tiveram a chance de se prepararcom 15 meses de antecedência, treinando, inclusive,no exterior em campos de treinamento maisadequados para suas modalidades. Essa nova formade encarar o esporte permitiu que a delegaçãobrasileira tivesse sua melhor atuação, obtendo 15medalhas: 3 de ouro, 3 de prata e 9 de bronze, alémde boas classificações no boxe, tênis e futebolfeminino (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

O Brasil enviou 225 atletas, entre eles 66mulheres, competindo em 19 modalidades: atletismo,basquete, boxe, canoagem, ciclismo, futebol,ginástica artística, handebol, hipismo, judô,levantamento de peso, natação, remo, tênis, tênis demesa, tiro, vela, vôlei e vôlei de praia (Comitê OlímpicoBrasileiro, 2004).

Em Atlanta, o vôlei de praia e futebol femininoQUADRO DE MEDALHAS

País Ouro Prata Bronze Total____________________________________________________________________________________________1º Estados Unidos 44 32 25 1012º Rússia 26 21 16 633º Alemanha 20 18 27 6525º Brasil 3 3 9 15

foram incluídos nos Jogos Olímpicos.Na vela, os atletas brasileiros Robert Scheidt,

na classe laser, e, na classe star, Marcelo Ferreira eTorben Grael, conquistaram medalhas de ouro. Naclasse tornado, Kiki Pelicano e Lars Graelconquistaram medalha de bronze (Comitê OlímpicoBrasileiro, 2004).

No vôlei de praia, a dupla Jacqueline Silva e SandraPires obteve a primeira colocação e a dupla MônicaRodrigues e Adriana Samuel ganhou medalha de prata.

No vôlei e no basquete feminino, pela primeiravez, as mulheres conquistaram o seu espaço nopódio olímpico, conseguindo medalhas de prata(Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Já no futebol, a equipe feminina obteve a quartacolocação e no hipismo, na prova de saltos porequipe, com os atletas Rodrigo Pessoa (filho deNelson Pessoa, um dos maiores cavaleiros do Brasil),Álvaro Affonso de Miranda Neto, André Johannpeter eLuiz Felipe Azevedo, conseguimos a medalha debronze (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

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MEDALHAS BRASILEIRASModalidade Prova Atleta(s) Resultado_________________________________________________________________________________________Vela laser masculino Robert Scheidt Ouro_________________________________________________________________________________________Vela star Marcelo Ferreira, Ouro

Torben Grael_________________________________________________________________________________________Vôlei de Praia feminino Jacqueline Silva, Ouro

Sandra Pires_________________________________________________________________________________________Basquete feminino Prata_________________________________________________________________________________________Natação 200m livre Gustavo Borges Prata

masculino_________________________________________________________________________________________Vôlei de Praia feminino Adriana Samuel, Prata

Mônica Rodrigues_________________________________________________________________________________________Atletismo revezamento André Domingos, Bronze

4x100m Arnaldo Oliveira,masculino Edson Luciano Ribeiro,

Róbson Caetano_________________________________________________________________________________________Futebol masculino Bronze

_________________________________________________________________________________________Hipismo saltos por equipe Álvaro Affonso de Bronze

Miranda Neto (Doda)André Johannpeter,Luiz Felipe Azevedo,Rodrigo Pessoa_________________________________________________________________________________________

Judô meio-leve Henrique Guimarães Bronzemasculino Militar do Exército_________________________________________________________________________________________

Judô meio-pesado Aurélio Miguel Bronzemasculino_________________________________________________________________________________________

Natação 100m livre Gustavo Borges Bronzemasculino_________________________________________________________________________________________

Natação 50m livre Fernando Scherer (Xuxa) Bronzemasculino_________________________________________________________________________________________

Vela tornado Kiko Pelicano, BronzeLars Grael_________________________________________________________________________________________

Vôlei feminino BronzeComitê Olímpico Brasileiro (2004)

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– 2000 –XXVII JOGOS OLÍMPICOS

SYDNEY - AUSTRÁLIA

Início: 15 de Setembro de 2000Término: 1 de Outubro de 2000

A delegação brasileira foi composta por 205atletas, sendo 111 homens e 94 mulheres,aumentando, sobremaneira, a participação femininanos jogos. Embora não tenhamos conseguido omesmo desempenho de Atlanta, alcançamos o 2ºmelhor resultado olímpico, revelando vários atletasnovatos. A delegação brasileira recebeu, comoreconhecimento, mensagem do então presidente doComitê Olímpico Internacional (COI), o espanhol JuanAntonio Samaranch (Portal de Educação Física,2004).

No judô, os novatos Tiago Camilo (peso leve) eCarlos Honorato (peso médio), mesmo não sendoconsiderados favoritos, conseguiram medalha deprata (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Daniele Hypólito, então com 16 anos,conquistou o melhor resultado da história da ginásticaartística brasileira nos Jogos, o 20º lugar geral. Naginástica rítmica desportiva, em nossa primeiraparticipação olímpica por equipe, o Brasil foi até a final,ficando com a oitava colocação (Comitê OlímpicoBrasileiro, 2004).

A seleção de basquete feminina, apesar de nãocontar com as experientes presenças das jogadorasPaula e Hortência, conseguiu um ótimo resultado,obtendo a terceira colocação (Comitê OlímpicoBrasileiro, 2004).

Na prova de revezamento 4x100m, Vicente

QUADRO DE MEDALHASPaís Ouro Prata Bronze Total_________________________________________________________________________________________

1º Estados Unidos 40 24 33 972º Rússia 32 28 28 883º China 28 16 15 5952º Brasil 0 6 6 12

Lenilson, Edson Luciano, André Domingos e ClaudineiQuirino, conquistaram medalha de prata, perdendosomente para os favoritos da prova, os atletasamericanos (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

No vôlei de praia, conquistamos três medalhas:As duplas Zé Marco / Ricardo e Adriana Behar /Shelda, ficaram com prata, Adriana Samuel / SandraPires, levaram a de bronze (Comitê OlímpicoBrasileiro, 2004).

No iatismo, como já se tornou tradição naconquista de medalhas olímpicas, Robert Scheidtganhou medalha de prata na classe star, e TorbenGrael e Marcelo Ferreira ficaram com a de bronze(Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

Na natação, Fernando Scherer, GustavoBorges, Carlos Jayme e Edvaldo Valério,conquistaram a medalha de bronze no revezamento4x100m livre (Comitê Olímpico Brasileiro, 2004).

O cavaleiro Rodrigo Pessoa, considerado omelhor do mundo, devido ao inesperado refugo deseu cavalo, não conseguiu conquistar a medalha deouro para o hipismo. Mas conseguimos o bronze porequipe, através de Álvaro Miranda Neto, AndréJohannpeter, Luiz Felipe de Azevedo e RodrigoPessoa, e o quarto lugar individual, com Johannpeter,representando o melhor desempenho do Brasil, namodalidade saltos, na história dos Jogos Olímpicos(Jogos Olímpicos, 2004).

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MEDALHAS BRASILEIRAS

Modalidade Prova Atleta(s) Resultado_________________________________________________________________________________________

Atletismo revezamento André Domingos, Prata400m masculino Claudinei Quirino,

Edson Luciano Ribeiro,Vicente Lenilson

_________________________________________________________________________________________

Judô leve masculino Tiago Camilo Prata_________________________________________________________________________________________

Judô médio masculino Carlos Honorato Prata_________________________________________________________________________________________

Vela laser masculino Robert Scheidt Prata_________________________________________________________________________________________

Vôlei de Praia feminino Adriana Behar, PrataSheida

_________________________________________________________________________________________

Vôlei de Praia masculino Ricardo , PrataZé Mário

_________________________________________________________________________________________

Basquete feminino Bronze_________________________________________________________________________________________

Hipismo saltos por equipe Álvaro Affonso de BronzeMiranda Neto (Doda)André Johannpeter,Luiz Felipe Azevedo,Rodrigo Pessoa

_________________________________________________________________________________________

Natação revezamento Carlos Jayme, Bronze4x100m livre Edvaldo Valério,masculino Fernando Scherer (Xuxa)

Gustavo Borges_________________________________________________________________________________________

Vela star Marcelo Ferreira, BronzeTorben Grael

_________________________________________________________________________________________

Vôlei feminino Bronze_________________________________________________________________________________________

Vôlei de Praia feminino Adriana Samuel, BronzeSandra Pires

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XXVIII JOGOS OLÍMPICOSATENAS – GRÉCIA

Início: 13 de Agosto de 2004Término: 29 de Agosto de 2004

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Contando com a participação de 201países, e cercada de grande expectativa, a Gréciaorganizou com grande estilo, o seu XXVIII JogosOlímpicos da Era Moderna.

O Brasil apresentou em Atenas o melhordesempenho qualitativo em participaçõesOlímpicas, entrando no seleto clube dos vintemaiores vencedores.

No iatismo, Robert Scheidt na classe lasermasculino , e a dupla Marcelo Ferreira / TorbenGrael na classe star, conquistaram pela segundavez as suas medalhas de ouro.

No vôlei, o time de Bernardinho conquistoupara o Brasil, a segunda medalha de ouro, e adupla Emanuel / Ricardo no vôlei de praia tambémconquistaram o tão honrado ouro.

Adriana Behar e Shelda, no vôlei de praia,ganharam medalhas de prata, assim como asmeninas do futebol, que pela primeira vezchegaram a uma final. O nosso cavaleiro RodrigoPessoa, recebeu a sua medalha de prata, semcometer nenhuma falta.

No judô, Leandro Guilheiro (peso leve) eFlávio Canto (meio-médio), conquistaram amedalha de bronze, modalidade brasileiratradicionalmente presente nos pódios olímpicos.

Já no atletismo o nosso maratonistaVanderlei Cordeiro, chegou em terceiro lugar,

prejudicado por um torcedor fanático, que osegurou quando ele estava na primeira colocação,com grande chance de ganhar a medalha de ouro.Reconhecendo o prejuízo ao nosso atleta, oComitê Olímpico Internacional – COI conferiu-lhealém da sua medalha de bronze, a significativamedalha Pierre de Coubertin. O Comitê OlímpicoBrasileiro está recorrendo à AssociaçãoInternacional das Federações de Atletismo – IAAF,antes de recorrer a Corte Arbitral do Esporte, naSuíça para que Vanderlei Cordeiro recebatambém a medalha de ouro.

Pela conquista da sonhada medalha deouro, nossos atletas foram finalistas em trintacompetições, comprovando que o esportenacional, está tendo um desenvolvimento a nívelmundial, e, que em breve, estaremos competindoem igualdade de condições com os países maisdesenvolvidos.

Apresentamos a seguir os paísesparticipantes, modalidades disputadas, recordesolímpicos atualizados e a relação completa deatletas brasileiros – 246 – sendo 124 homens e122 mulheres (a maior delegação enviada aolimpíadas) que ajudaram o Brasil a conquistaros excelentes resultados nesses XXVIII JogosOlímpicos de Atenas.(Comitê Olímpico Brasileiro,2004)

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PAÍSES PARTICIPANTES

América (42 países)

Antigua e BarbudaAntilhas HolandesasArgentinaArubaBahamasBarbadosBelizeBermudaBolíviaBrasilCanadá

ChileColômbiaCosta RicaCubaDominicaEl SalvadorEquadorEstados UnidosGranadaGuatemalaGuiana

HaitiHondurasIlhas CaymanIlhas VirgensIlhas Virgens BritânicasJamaicaMéxicoNicaráguaPanamáParaguai

Europa (48 países)

AlbâniaAlemanhaAndorraArmêniaÁustriaAzerbaijãoBelarusBélgicaBósnia e HerzegovinaBulgáriaChipreCroácia

DinamarcaEslováquiaEslovêniaEspanhaEstôniaFinlândiaFrançaGeorgiaGrã-BretanhaGréciaHolandaHungria

PeruPorto RicoRepública DominicanaSão Cristóvão e NévisSão Vicente e GranadinasSanta LúciaSurinameTrinidad e TobagoUruguaiVenezuela

IrlandaIslândiaIsraelItáliaLetôniaLiechtensteinLituâniaLuxemburgoMacedôniaMaltaMoldáviaMônaco

NoruegaPolôniaPortugalRepública TchecaRomêniaRússiaSan MarinoSérvia e MontenegroSuéciaSuíçaTurquiaUcrânia

África (53 países)

África do SulAngolaArgéliaBeninBotsuanaBurkina FasoBurundiCamarõesCabo VerdeChadeComorosCongoCosta do Marfim

DjibutiEgitoEritréiaEtiópiaGabãoGâmbiaGanaGuinéGuiné-BissauGuiné EquatorialLesotoLibériaLíbia

MadagascarMalawiMaliMarrocosMauritâniaMauritiusMoçambiqueNamíbiaNígerNigériaQuêniaRepública Centro-AfricanaRepública Democrática doCongo

RuandaSão Tomé e PríncipeSeichelesSenegalSerra LeoaSomáliaSuazilândiaSudãoTanzâniaTogoTunísiaUgandaZâmbiaZimbábue

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Oceânia (15 países)AustráliaFijiGuamIlhas Cook

Ilhas SalomãoKiribatiMicronésiaNauru

Ásia (44 países)

AfeganistãoArábia SauditaBahrainBangladeshBruneiButãoCambojaCazaquistãoChinaCingapuraCoréia do Norte

Coréia do SulEmirados Árabes UnidosFilipinasHong-KongIêmenÍndiaIndonésiaIrãIraqueJapãoJordânia

KuwaitLaosLíbanoMalásiaMaldivasMianmarMongóliaNepalOmãPalestinaPaquistão

QatarQuirguistãoSíriaSri LankaTadjiquistãoTailândiaTaiwanTimor-LesteTurcomenistãoUzbequistãoVietnã

Nova ZelândiaPalauPapua Nova GuinéSamoa

Samoa AmericanaTongaVanuatu

MODALIDADESAtletismo Mountain BikeBadminton Nado SincronizadoBasquete NataçãoBeisebol Pentatlo ModernoBoxe Pólo AquáticoCanoagem RemoCiclismo Saltos OrnamentaisEsgrima SoftbolFutebol TaeKwonDoGinástica TênisHandebol Tênis de MesaHipismo Tiro com ArcoHóquei na Grama Tiro EsportivoIatismo Trampolim AcrobáticoJudô TriatloLevantamento de Peso VoleibolLuta Livre e Greco-Romana Vôlei de Praia

Observação: O Brasil ficou de fora das seguintes competições:

– Tiro com Arco – Ginástica Trampolim– Badminton – Futebol masculino– Softbol – Pólo Aquático masculino e feminino– Beisebol – Luta Greco-romana– Hóquei sobre Grama – Ciclismo pista– Levantamento de Peso – Canoagem slalom– Basquete masculino – Tiro Pistola– Hipismo Adestramento

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ATLETAS BRASILEIROS QUE COMPETIRAM NASOLIMPÍADAS DE ATENAS

Atletismo (37 atletas)

Maratona masculinoAndré Luíz RamosVanderlei Cordeiro de LimaRômulo Wagner da Silva_____________________________________________________________________________________________________Maratona femininoMarlene TeixeiraMárcia Narloch_____________________________________________________________________________________________________4x100m rasos masculinoEdson Luciano RibeiroJarbas Mascarenhas JúniorCláudio Roberto SouzaVicente LenilsonAndré Domingos da SilvaBasílio Emídio de Moraes Júnior_____________________________________________________________________________________________________100m rasos masculinoJarbas Mascarenhas JúniorVicente LenilsonAndré Domingos da Silva_____________________________________________________________________________________________________200m rasos masculinoCláudio Roberto SouzaAndré Domingos da SilvaBasílio Emídio de Moraes Júnior_________________________________________________400m rasos masculinoAnderson Jorge de Oliveira________________________________________________

800m rasos masculinoOsmar Barbosa dos Santos_________________________________________________1500m rasos masculinoHudson de Souza______________________________________________________________________________________________________110m com barreiras masculinoMárcio Simão de SouzaRedelen Melo dos SantosMatheus Facho Inocêncio______________________________________________________________________________________________________Salto triplo masculinoJadel Gregório______________________________________________________________________________________________________Salto em distânciaJadel Gregório______________________________________________________________________________________________________

Salto em alturaJessé Farias de Lima_________________________________________________Marcha 20kmJosé Alessandro Bagio__________________________________________________Marcha 50 kmSérgio GaldinoMário José dos Santos Júnior_________________________________________________Arremesso de peso femininoElisângela Maria Adriano_________________________________________________Arremesso do disco femininoElisângela Adriano_________________________________________________100m rasos femininoRosemar Maria Coelho_________________________________________________400m rasos femininoGeisa Aparecida CoutinhoMaria Laura Almirão_________________________________________________800m rasos femininoLuciana de Paula Mendes_________________________________________________100m com barreiras femininoMaíla Machado_________________________________________________4x100m femininoRosemar Maria CoelhoLucimar Aparecida de MouraKátia Regina SantosLuciana Alves SantosThatiana Inácio_________________________________________________4x400m femininoLuciana de Paula MendesMaria Laura AlmirãoGeisa Aparecida Coutinho

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Josiane TitoMaria Magnólia FigueiredoLucimar Teodoro_________________________________________________Marcha 20kmAlessandra Piccgevicz______________________________________________________________________________________________________Salto em distância femininoKeila Costa_______________________________________________

Basquete (12 atletas)Equipe femininaAdriana Moisés Pinto (Adrianinha)Helen LuzKarla Cristina da CostaIziane MarquesVivian LopesJaneth ArcainSílvia Cristina Rocha (Silvinha)Leila SobralÉrika Cristina de SouzaKelly da Silva SantosAlessandra OliveiraCíntia Silva dos Santos (Tuiú)________________________________________________

Boxe (5 atletas)até 57kgEdvaldo de Oliveira________________________________________________________________________________________________________até 60kgMyke Carvalho______________________________________________________________________________________________________até 64kgAlessandro Matos__________________________________________________________________________________________________________até 75kgGlaucélio Abreu_________________________________________________________________________________________________________até 81kgWashington Silva_______________________________________________

Canoagem (2 atletas)Velocidade – K1Sebastian Cuattrin__________________________________________________________________________________________________________

Velocidade – K2Sebastian CuattrinSebastian Szubski_______________________________________________

Ciclismo (4 atletas)Estrada equipe masculinaLuciano PagliariniMurilo FischerMárcio May___________________________________________________________________________________________________________Estrada femininoJanildes Fernandes Silva________________________________________________

Mountain Bike (1 atleta)Cross Country femininoJaqueline Mourão________________________________________________

Esgrima (3 atletas)Sabre masculinoRenzo Agresta________________________________________________________________________________________________________Florete femininoMaria Júlia Herklotz_________________________________________________Sabre femininoÉlora Pattaro_________________________________________________

Futebol (18 atletas)GoleirasAndreia SuntaqueMarlisa Wahlbrink (Maravilha)ZagueirasAline PellegrinoJuliana CabralTânia MaranhãoMônica de PaulaLateraisRosana dos SantosGrazielle NascimentoVolantesRenata CostaDaniela AlvesApoiadorasMiraildes Maciel Mota (Formiga)Elaine EstrelaAndréia dos Santos (Maycon)

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AtacantesMarta VieiraDelma Gonçalves (Pretinha)Kelly CristinaCristiane RozeiraRoseli de Belo________________________________________________

Ginástica (13 atletas)Artística – individual masculinaMosiah Rodrigues_____________________________________________________________________________________________________Artística – Equipe femininaDaiane dos SantosDaniele HypólitoCamila CominAna Paula RodriguesCaroline MolinariLaís Souza__________________________________________________________________________________________________________RítmicaAna Maria MacielDayane CamiloFernanda CavalieriJennifer OliveiraLarissa BarataTayanne Mantovaneli_________________________________________________

Handebol (30 atletas)Equipe masculinaAdalberto Pereira da SilvaAgberto MatosAlexandre MorelliVasconcelosBruno SouzaBruno Felipe SantanaDaniel BaldacinEduardo Henrique dos Reis (Mineiro)Gustavo Henrique Silva (Guga)Hélio Lisbota Justino (Helinho)Ivan Bruno Mazieiro (Macarrão)Jair Henrique Alves JuniorJaqson KojoroskiJosé Ronaldo do Nascimento (SB)Marcos Paulo dos Santos (Marcão)Renato Tupan___________________________________________________________________________________________________________Equipe femininaAlexandra Priscila do Nascimento (Alê)Aline da Conceição da Silva (Chicória)Aline Silva dos SantosAline Lopes Rosas (Pará)

Ana Carolina AmorimChana MassonDaniela de Oliveira Piedade (Dani)Darly Zogbi de PaulaFabiana Carvalho Carneiro (Dara)Fabiana KuestnerIdalina Borges Mesquita (Dali)Lucila Vianna da SilvaMargareth Lobo Montão (Meg)Milene Bruna FigueiredoViviane Jacques________________________________________________

Hipismo (9 atletas)Conjunto Completo de EquitaçãoAndré ParoRafael GouveiaRaul SennaRemo TelliniSérgio Marins_________________________________________________________________________________________________________SaltosRodrigo PessoaÁlvaro Affonso de Miranda Neto (Doda)Bernardo Resende AlvesLuciana Diniz Knippling_________________________________________________

Judô (12 atletas)Masculino ligeiro (até 60kg)Alexandre Lee__________________________________________________________________________________________________________Masculino meio-leve (até 66kg)Henrique Guimarães_________________________________________________________________________________________________________Masculino leve (até 73kg)Leandro Guilheiro_________________________________________________________________________________________________________Masculino meio-médio (até 81kg)Flávio Canto__________________________________________________________________________________________________________Masculino médio (até 90kg)Carlos Honorato_________________________________________________________________________________________________________Masculino meio-pesado (até 100kg)Mário Sabino_____________________________________________________________________________________________________Masculino pesado (acima de 100kg)Daniel Hernandes_________________________________________________Feminino ligeiro (até 48kg)Daniela Polzin________________________________________________________________________________________________________

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Feminino meio-leve (até 52kg)Fabiane Hukuda_________________________________________________________________________________________________________Feminino leve (até 57kg)Danielle Zangrando__________________________________________________________________________________________________________Feminino meio-médio (até 63kg)Vânia Ishii_________________________________________________________________________________________________________Feminino meio-pesado (até 78kg)Edinanci Silva________________________________________________

Luta (1 atleta)Luta livre (até 96kg) masculinoAntoine Jaoude_________________________________________________

Natação (23 atletas)50m livre masculinoFernando Scherer__________________________________________________________________________________________________________100m livre masculinoGustavo Borges_________________________________________________________________________________________________________200m livre masculinoRodrigo Castro___________________________________________________________________________________________________________Revezamento 4x100 medley masculinoPaulo Maurício MachadoJáder SouzaEduardo FischerGabriel Mangabeira_________________________________________________Revezamento 4x100m livre masculinoCarlos JaymeGustavo BorgesJáder SouzaRodrigo Castro__________________________________________________________________________________________________________Revezamento 4x200m livre masculinoBruno BonfimCarlos JaymeRafael MóscaRodrigo Castro_________________________________________________________________________________________________________200m costas masculinoRogério Romero_________________________________________________________________________________________________________200m medley masculinoThiago PereiraDiogo Yabe___________________________________________________________________________________________________________

400m medley masculinoThiago PereiraLucas Salatta_____________________________________________________________________________________________________100m borboleta masculinoKaio MárcioGabriel Mangabeira________________________________________________________________________________________________________200m borboleta masculinoKaio Márcio________________________________________________________________________________________________________100m peito masculinoEduardo Fischer_________________________________________________________________________________________________________50m livre femininoFlávia DelaroliRebeca Gusmão________________________________________________________________________________________________________400m medley femininoJoanna Maranhão___________________________________________________________________________________________________________Revezamento 4x100 livre femininoRebeca GusmãoTatiana LemosRenata BurgosFlávia Delaroli_________________________________________________Revezamento 4x200m livre femininoJoanna MaranhãoMariana BrochadoMonique FerreiraPaula Baracho Ribeiro_________________________________________________

Nado Sincronizado (2 atletas)DuetoIsabela de MoraesCarolina de Moraes_________________________________________________

Pentatlo Moderno (2 atletas)MasculinoDaniel Santos (Militar do Exército)_________________________________________________________________________________________________________FemininoSamantha Harvey_________________________________________________

Remo (4 atletas)Single Skiff masculinoAnderson Nocetti

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Nº 128 ANO DE 2004

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________________________________________________________________________________________________________Single Skiff femininoFabiana Beltrame__________________________________________________________________________________________________________Double Skiff peso leve masculinoThiago GomesJosé Carlos Sobral Junior_________________________________________________

Saltos Ornamentais (4 atletas)Plataforma 10m masculinoCassius DuranHugo Parisi_____________________________________________________________________________________________________Trampolim 3m masculinoCassius DuranCesar Castro_______________________________________________________________________________________________________Plataforma 10m femininoJuliana Veloso________________________________________________________________________________________________________Trampolim 3m femininoJuliana Veloso________________________________________________

TaeKwonDo (3 atletas)até 58kg masculinoMarcel Wenceslau_________________________________________________até 68kgDiogo Silva_________________________________________________________________________________________________________acima de 67kg femininoNatália Falavigna_________________________________________________

Tênis (3 atletas)André Sá (Duplas)Gustavo Kuerten (Simples)Flávio Saretta (Simples e Duplas)_________________________________________________

Tênis de Mesa (5 atletas)Simples masculinoHugo HoyamaThiago Monteiro______________________________________________________________________________________________________Simples femininoLígia Silva______________________________________________________________________________________________________Duplas masculinoHugo HoyamaHugo Hanashiro

_________________________________________________________________________________________________________Duplas femininoMariany NonakaLígia Silva_________________________________________________

Tiro Esportivo (1 atleta)Fossa Olímpica masculinoRodrigo Bastos_________________________________________________

Triatlo (6 atletas)MasculinoLeandro MacedoJuraci MoreiraPaulo Miyasiro_________________________________________________________________________________________________________FemininoCarla MorenoMariana OhataSandra Soldan__________________________________________________

Vela (14 atletas)FinnJoão Signorini_________________________________________________________________________________________________________LaserRobert Scheidt_________________________________________________________________________________________________________StarTorben GraelMarcelo Ferreira__________________________________________________________________________________________________________49erAndré FonsecaRodrigo Duarte_________________________________________________________________________________________________________470 masculinoAlexandre ParadedaBernardo Arndt__________________________________________________________________________________________________________470 femininoFernanda OliveiraAdriana Kostiw___________________________________________________________________________________________________________TornadoMaurício Santa CruzJoão Carlos Jordão____________________________________________________________________________________________________________Mistral masculinoRicardo Winicki________________________________________________________________________________________________________Mistral femininoCarol Borges

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Nº 128 ANO DE 2004

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Voleibol (24 atletas)Equipe masculinaAnderson de Oliveira RodriguesAndré HellerAndré NascimentoDante AmaralGilberto Godoy Filho (Giba)Giovani GavioGustavo EndresMaurício LimaNalbert BitencourtRicardo GarciaRodrigo SantanaSérgio Dutra dos Santos_________________________________________________Equipe femininaAna Beatriz Chagas (Bia)Arlene de QueirozElisângela de OliveiraErika Coimbra

Fabiana ClaudinoFernanda VenturiniHélia de Souza (Fofão)Marianne Steinbrecher (Mari)Valeska Menezes (Valeskinha)Virna DiasWalewska OliveiraWelissa de Souza Gonzaga (Sassá)__________________________________________________

Vôlei de Praia (8 atletas)MasculinoRicardo e EmanuelMárcio e Benjamin_________________________________________________________________________________________________________FemininoAdriana Behar e SheldaAna Paula e Sandra_________________________________________________

Tecepe (2004)

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QUADRO DE MEDALHASPaís Ouro Prata Bronze Total_________________________________________________________________________________________

1º Estados Unidos 35 39 29 1032º China 32 17 14 1633º Federação Russa 27 27 38 0924º Austrália 17 16 16 0495º Japão 16 09 12 03718º Brasil 04 03 03 010

Comitê Olímpico Brasileiro (2004)MEDALHAS BRASILEIRAS

Modalidade Prova Atleta(s) Resultado_________________________________________________________________________________________ Vela laser masculino Robert Scheidt Ouro

Vela star Marcelo Ferreira, Torben Grael Ouro

Vôlei masculino Ouro

Vôlei de Praia masculino Emanuel, Ricardo Ouro

Futebol feminino Prata

Hipismo saltos Rodrigo Pessoa Prata

Vôlei de Praia Feminino Adriana Behar, Shelda Prata

Atletismo maratona masculino Vanderlei Cordeiro Bronze

Judô leve masculino Leandro Guilheiro Bronze

Judô meio-médio masculino Flávio Canto BronzeComitê Olímpico Brasileiro (2004)

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Nº 128 ANO DE 2004

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ATLETISMORECORDES OLÍMPICOS MASCULINO

Prova Marca Nome Nacion. Local Data_______________________________________________________________________________________________________100 metros 9.84 Donovan Bailey CAN Atlanta 27.07.1996______________________________________________________________________________________________________200 metros 19.32 Michael Johnson USA Atlanta 01.08.1996______________________________________________________________________________________________________400 metros 43.49 Michael Johnson USA Atlanta 29.07.1996_____________________________________________________________________________________________________800 metros 1:42.58 Vebjorn Rodal NOR Atlanta 31.07.1996_____________________________________________________________________________________________________1500 metros 3:32.07 Noah Ngeny KEN Sydney 29.09.2000_____________________________________________________________________________________________________5000 metros 13:05.59 Saïd Aouita MAR Los Angeles 11.08.1984_____________________________________________________________________________________________________10000 metros 27:07.10 Kenenisa Bekele ETH Atenas 20.08.2004______________________________________________________________________________________________________Maratona 2:09.21 Carlos Lopes POR Los Angeles 12.08.1984______________________________________________________________________________________________________3000 metros obstáculos 8:05.51 Julius Kariuki KEN Seoul 30.09.1988_____________________________________________________________________________________________________110 metros barreiras 12.91 Xiang Liu CHN Atenas 27.08.2004______________________________________________________________________________________________________400 metros barreiras 46.78 Kevin Young USA Barcelona 06.08.1992____________________________________________________________________________________________________Salto em altura 2.39 Charles Austin USA Atlanta 28.07.1996_____________________________________________________________________________________________________Salto com vara 5.95 Tim Mack USA Atenas 27.08.2004_______________________________________________________________________________________________________Salto em comprimento 8.90 Bob Beamon USA México 18.10.1968______________________________________________________________________________________________________Salto Triplo 18.09 Kenny Harrison USA Atlanta 27.07.1996_____________________________________________________________________________________________________Peso 22.47 Ulf Timmermann GER Seoul 23.09.1988_____________________________________________________________________________________________________Disco 69.89 Virgilijus Alekana LTU Atenas 23.08.2004_____________________________________________________________________________________________________Martelo 84.80 Sergey Litvinov RUS Seoul 26.09.1988______________________________________________________________________________________________________Dardo 90.17 Jan Zelezny CZE Sydney 23.09.2000______________________________________________________________________________________________________Decatlo 88.93 Roman Sebrle CZE Atenas 24.08.2004______________________________________________________________________________________________________20000 metros marcha 1:18:59 Robert Korzeniowski POL Sydney 22.09.2000______________________________________________________________________________________________________50000 metros marcha 3:38:29 Vyacheslav Ivanenko URS Seoul 30.09.1988_____________________________________________________________________________________________________4 x 100 metros 37.40 Estados Unidos USA Barcelona 08.08.1992______________________________________________________________________________________________________4 x 400 metros 2:55.74 Estados Unidos USA Barcelona 08.08.1992

Olympic.Org (2004)

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Nº 128 ANO DE 2004

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ATLETISMORECORDES OLÍMPICOS FEMININO

Prova Marca Nome Nacion. Local Data_______________________________________________________________________________________________________100 metros 10.62 Florence Griffith-Joyner USA Seoul 24.09.1998________________________________________________________________________________________________________200 metros 21.34 Florence Griffith-Joyner USA Seoul 29.09.1998_________________________________________________________________________________________________________400 metros 48.25 Marie-José Pérec FRA Atlanta 29.07.1996_______________________________________________________________________________________________________800 metros 1:53.43 Nadezhda Olizarenko URS Moscow 27.07.1980_________________________________________________________________________________________________________1500 metros 3:53.96 Paula Ilie-Ivan ROM Seoul 26.09.1988_______________________________________________________________________________________________________5000 metros 14:40.79 Gabriela Szabo ROM Sydney 25.09.2000______________________________________________________________________________________________________10000 metros 30:17.49 Derartu Tulu ETH Sydney 30.09.2000______________________________________________________________________________________________________Maratona 2:23:14 Naoko Takahashi JPN Sydney 24.09.2000_______________________________________________________________________________________________________100 metros barreiras 12.37 Joanna Hayes USA Atenas 24.08.2004_______________________________________________________________________________________________________400 metros barreiras 52.77 Fani Halkiá GRE Atenas 22.08.2004_____________________________________________________________________________________________________Salto em altura 2.05 Stefka Kostadinova BUL Atlanta 03.08.1996______________________________________________________________________________________________________Salto com vara 4.91 Yelena Isinbayeva RUS Atenas 24.08.2004______________________________________________________________________________________________________Salto em comprimento 7.40 Jackie Joyner-Kersee USA Seoul 29.09.1988_____________________________________________________________________________________________________Salto Triplo 15.33 Inessa Kravets UKR Atlanta 04.08.1996________________________________________________________________________________________________________Peso 22.41 Ilona Slupianek-Briesenick GDR Moscow 24.07.1980_____________________________________________________________________________________________________Disco 72.30 Martina Opitz-Hellmann GDR Seoul 29.09.1988_____________________________________________________________________________________________________Martelo 75.02 Olga Kuzenkova RUS Atenas 25.08.2004______________________________________________________________________________________________________Dardo 71.53 Osleidys Menéndez CUB Atenas 27.08.2004_____________________________________________________________________________________________________Heptatlo 72.91 Jackie Joyner-Kersee USA Seoul 24.09.1988______________________________________________________________________________________________________20000 metros marcha 1:29:05 Liping Wang CHN Sydney 28.09.2000_____________________________________________________________________________________________________4 x 100 metros 41.60 German Democratic Republic GDR Moscou 01.08.1980_____________________________________________________________________________________________________4 x 400 metros 3:15.17 URSS URS Seoul 01.10.1988

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Olympic.Org (2004)

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EDUCAÇÃO FÍSICAREVISTA DE

Nº 128 ANO DE 2004

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COMITÊ OLÍMPICO BRASILEIRO, 2004. http://www.cob.org.br acessado em 30 de agosto de 2004.

JOGOS OLÍMPICOS, 2004. http://www.jogosolimpicos.com acessado em 03 de julhode 2004.

MINISTÉRIO DO ESPORTE, 2004. h t t p : / /www.esporte.gov.br acessado em 20 de julho de2004.

MUNDO ANTIGO, 2004. http://www.tg3.com.bracessado em 10 de julho de 2004.

REFERÊNCIAS

PORTAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 2004. http://www.birafitness.com acessado em 01 de julho de2004.

SITE OFICIAL DOS JOGOS OLÍMPICOS DEATENAS, 2004. http://www.athens2004.comacessado em 02 de julho de 2004.

TECEPE, 2004. http://www.tecepe.com.br acessadoem 01 de julho de 2004.

OLYMPIC.ORG, 2004, http/www.olympic.orgacessado em 30 de agosto de 2004.

ANÚNCIO

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Nº 129 ANO DE 2004

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ALTERAÇÕES NA FREQÜÊNCIA CARDÍACA E NA AMPLITUDEDA PASSADA IMPOSTAS PELO EQUIPAMENTO E ARMAMENTO

DURANTE A MARCHA

Mário Vilá Pitaluga Filho, André V. Siqueira Rodrigues e Eduardo Camillo Martinez

Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército

[email protected]

INTRODUÇÃO

Alguns equ ipamentos , comof reqüencímet ros e pedômet ros , tem s idoutilizados em pesquisas relacionadas à atividadefísica, já que proporcionam uma boa descriçãoda in tens idade, f reqüênc ia e duração daatividade, sendo, portanto, um indicador diretoda resposta fisiológica ao esforço. As marchasmilitares são realizadas em terreno variado eexigem considerável esforço físico, entretanto,pouco se conhece sobre a demanda metabólicanecessária para a realização das mesmas, dasobrecarga imposta pe lo equ ipamento earmamento e da influência dos mesmos sobrea mecânica da marcha.

OBJETIVO

Ver i f icar a sobrecarga na f reqüênciacardíaca (FC) e na ampli tude da passada,impostas pelo terreno e pelo uso de fardamento,equipamento e armamento durante uma marcha.

METODOLOGIA

Dezesseis militares realizaram, de formacontra-balanceada, três deslocamentos de milmetros. Dois dos percursos foram realizadosem pista de atletismo, sendo que em um destesos sujeitos vestiam uniforme 5o A (calção,camiseta, tênis e meia) e no outro usavam o

uniforme camuflado (Calça, camiseta, gandola,co turno, meia e gor ro) , fuz i l (±5kg) eequipamento (20kg). Na terceira forma dedeslocamento os sujeitos usavam, também,uniforme camuflado, equipamento e armamento,mas realizavam o mesmo em terreno variado,através mata, com declives e acl ives, comlargada e chegada no mesmo ponto . Osdeslocamentos foram realizados em um ritmoauto-selecionado e, durante os mesmos, todosusaram um freqüencímetro Polar , modeloS610, para medição da FC e um pedômetroBiotrainer para avaliar a amplitude da passada.Foi uti l izada a ANOVA 3X1 para verif icar aex is tênc ia de d i fe renças causadas pe losproced imentos na FC e na ampl i tude dapassada. Foi adotado o nível de significância de0,05 em todas as análises.

RESULTADOS

As FC foram significativamente diferentes(p<0,01) nas diversas formas de execução damarcha, caracterizando uma sobrecarga médiade 24,8% pelo uso do equipamento e armamentoe de 61,1% pelo terreno, quando comparadoscom a marcha realizada com 5o A na pista (Figura1). Com relação à amplitude da passada, sóhouve diferença significativa entre a marcharealizada em terreno variado na mata e as demaisformas de marcha, sendo que nessas aamplitude da passada foi 16,3% maior (Figura 2).

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EDUCAÇÃO FÍSICAREVISTA DE

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RELAÇÃO ENTRE O PERÍMETRO DA COXA E OS TORQUESMÁXIMOS FLEXORES E EXTENSORES DO JOELHO NA

AVALIAÇÃO ISOCINÉTICA DE ALUNOS DA EsEFEx

Alvaro Andreson de Amorim 1,2,3, Thaís Telma Silva de Souza2,,Almir Pinheiro do Nascimento2,, Paulo Rodrigues Frade2,

Felipe Augusto Belfort Almeida dos Santos2, Marcelo Barbosa Monteiro2,Leonardo Santos Gomes Ferreira2, Flávio da Silva Pereira1, Rodrigo Carvalhal de Carvalho2,

Paulo Roberto Campos Figueiredo2,4

1.Escola de Educação Física do Exército2.Universidade Federal do Rio de Janeiro: Grupo de Iniciação Científica em

Educação Física (GICEF)3.Universidade Castelo Branco: Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciência

da Motricidade Humana4.Clube de Regatas Flamengo

Resumo

Atualmente, valores estéticos vêmconquistando um espaço cada vez maior na culturada sociedade brasileira. Isto implica diretamente emuma preocupação maior em cuidar de sua saúde,sendo, portanto, a manutenção do corpo um dosgrandes vetores para tais fins, especialmente setratando da musculatura. Seriam os músculos“maiores” necessariamente os mais “fortes”?Baseado neste questionamento, este trabalho tevepor objetivo verificar se há correlação significativaentre o torque máximo gerado pelos músculos queestendem e flexionam os joelhos, e os perímetros decoxa. A obtenção dos dados se deu por uma avaliaçãode torque máximo no joelho utilizando o dinamômetro

isocinético, marca CIBEX NORM 1996, do Clube deRegatas Flamengo, e uma posterior mensuração doperímetro já corrigido sem as medidas de dobrascutâneas e da coxa. A amostra foi de 29 dos 52sargentos alunos do curso de Monitor da EsEFEx2004. Os resultados apresentaram uma correlaçãosignificativa com validade aceitável, (p<0,0001 er=0,751), entre o perímetro de coxa corrigido (média=54,7cm ± 4 ) e o torque máximo da extensão no joelho(média=237,41Nm ± 54). Como conclusão, verificou-se, para esta amostra, que os músculos de maiorperímetro realmente geram mais força, ainda que ocoeficiente de correlação não seja tão alto.Palavras-chave: avaliação isocinética, perímetrocrural, torque máximo, dinamômetro isocinético,joelho, EsEFEx

Abstract

Nowadays, aesthetic values are conqueringbigger space in Brazilian society’s culture. It directlyimplies in bigger concern on personal healthy. Body

fitness is the most visible part of it. Some questionsarise from it. Would “bigger” muscles be necessarily“the strongest”? This work tries to answer thisquestion by verifying if there is correlation betweenmaximum torque from the muscles that extend and

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EDUCAÇÃO FÍSICAREVISTA DE

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INTRODUÇÃO

Atualmente, a sociedade brasileira vematribuindo um valor questionavelmente elevado àbeleza de seus corpos. Aqui, no Brasil, a beleza, tantomasculina quanto feminina, dentre outros atributos,tem se tornado sinônimo de corpos com percentuaisde gordura (%G) cada vez menores e musculaturasde tronco e de membros superiores e inferiores cadavez mais desenvolvidas. Este estudo está focalizadonos membros inferiores, especialmente nasmusculaturas que geram os movimentos de extensãoe flexão da articulação do joelho, sendo a coxa a regiãomais estudada, já que a grande maioria destesmúsculos lá estão localizados.

Além deste enfoque estético, é comum aassociação do perímetro de coxa (ou crural) com aeficiência que esses músculos podem apresentar, ouseja, de que coxas com maiores perímetros ou mais“grossas”, podem gerar uma eficiência maior nosmovimentos de extensão ou flexão na articulação dojoelho. Wilmore & Costil (2001) melhor esclarecemesta relação:

“(...) os ganhos de tamanho muscular geralmenteocorrem paralelamente aos ganhos de força e asperdas de tamanho muscular estão altamentecorrelacionadas a perdas de força. Assim, somostentados a concluir que existe uma relação de causa eefeito entre o tamanho muscular e a força muscular.No entanto, a força muscular envolve muito mais doque simplesmente o tamanho muscular.” (p. 86)

Sabe-se, no entanto, que, além do perímetrode coxa, fatores como um indivíduo em uma situaçãode força sobre-humana, o controle neural do ganho

de força, entre outros, podem afetar o desempenhodessa valência física. Porém, neste estudo, estesfatores não foram considerados, tendo sido focados,exclusivamente, no comportamento das variáveis:perímetro e torques gerados na extensão e flexão dosjoelhos.

Neste trabalho foi considerado torque sendo oefeito giratório criado por uma força. É uma grandezavetorial calculada pelo resultado da multiplicação daforça em Newtons (N) pelo comprimento do braçode alavanca em metros (m) (McGinnis, 2002).Segundo Ramalho (2003), grandezas vetoriais sãograndezas que necessitam, além da magnitude eunidade, de direção e sentido para serem definidas.O torque , segundo o Sistema Internacional deUnidades (SI) seria a forma de expressão dosmovimentos angulares, neste caso, de flexão eextensão.

A avaliação da força muscular realizadanormalmente por fisiologistas, fisioterapeutas,profissionais de educação física etc, é umamensuração do torque máximo gerado por um grupomuscular inteiro em uma articulação. Assim sendo,a força muscular é medida como uma função dacapacidade coletiva de gerar força para determinadogrupo funcional (Hall, 2000). Neste trabalho, buscou-se focalizar a avaliação de força muscular somentedos músculos responsáveis pelos movimentos deflexão e extensão no joelho.

O joelho é a articulação intermédia do membroinferior. É, principalmente, uma articulação com sóum grau de liberdade, a flexão e a extensão, mesmosabendo que existe uma combinação respectiva derotação medial e rotação lateral. (Kapandji, 2000).

A flexão no joelho é o movimento que aproximaa face posterior da perna à face posterior da coxa.

bend the knees and the perimeters of thigh. Knee’smaximum torque was measured by means of aisokinetic dynamometer, CIBEX NORM 1996, fromClube de Regatas Flamengo. Perimeter of thigh wascorrected by subtracting skin folds. 29 volunteers,sergeants enrolled on the course of Monitor ofEsEFEx 2004, were studied. The results showedsignificant correlation with acceptable validity,

(p<0,0001 and r=0,751), between corrected perimeterof thigh (54,7 ± 4cm), and maximum torque of kneeextension (237,41 ± 54Nm). We concluded that kneemuscles of bigger perimeter really generate moreforce although correlation coefficient was not high.Word-key: isokinetic evaluation, thigh perimeter,maximum torque, isokinetic dynamometer, knee,EsEFEx

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EDUCAÇÃO FÍSICAREVISTA DE

Nº 128 ANO DE 2004

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Os flexores do joelho formam parte do comprimentoposterior da coxa; se trata dos músculos ísquio-tibiais:bíceps crural, semitendinoso, semimembranoso, osmúsculos da pata de ganso, reto interno, sartório e osemitendinoso. O poplíteo e os gêmeos não sãorealmente flexores do joelho, mas sim extensores dotornozelo (Kapandji, 2000).

A extensão no joelho é o movimento que afastaa face posterior da perna da face posterior da coxa.O quadríceps crural é o músculo extensor do joelho,3 vezes mais potente do que os flexores. Oquadríceps é constituído, como o seu nome indica,por 4 corpos musculares que se inserem por umaparelho extensor, na tuberosidade tibial anterior. São3 músculos monoarticulares, o crural (reto femural),o vasto externo e o vasto interno (intermédio); e ummúsculo biarticular o reto anterior (Kapandji, 2000).

Uma vez obtido dados fidedignos sobre comose comportariam os chamados torques flexores e ostorques extensores na articulação do joelho, pôde-severificar se haveria ou não correlação entre operímetro da coxa destes mesmos sujeitos. Paraobtenção de tais dados, verificou-se que a melhormaneira seria, além da perimetria, realizar umaavaliação isocinética.

A avaliação isocinética permite o estudo dafunção dos músculos através da avaliaçãoquantitativa do arco de movimento, da força e devariáveis do desempenho muscular (Nelson, 2001).Esta avaliação consiste na aplicação de umaresistência variável denominada comodativa, a umacontração muscular voluntária máxima durantevelocidade angular constante (Kannus, 1992). Avelocidade do movimento é fixa, controlada e pré-selecionada. Esta avaliação mensura a forçamuscular desenvolvida pelos grupos muscularesatravés do pico de torque, da capacidade do músculoem desenvolver força ao longo do arco de movimento(potência); e a resistência muscular através do índicede fadiga (capacidade em manter determinadaatividade). Esta avaliação ainda pode ser aplicada noeixo das articulações de joelho, quadril, punho,cotovelo,ombro e coluna. (Dvir,2002). Portanto, oobjetivo deste estudo foi verificar se há correlaçãosignificativa entre o torque máximo na extensão eflexão na articulação dos joelhos, em alunos daEscola de Educação Física do Exército (EsEFEx) eos seus perímetros de coxa.

METODOLOGIA

Este estudo se caracterizou como sendo demodelo descritivo e correlacional, pois descreveucaracterísticas antropométricas de massa corporal,estatura, perímetro e dobra cutânea crural (coxa) daamostra em questão, que foram correlacionadas coma avaliação isocinética da flexão e da extensão dosjoelhos, utilizando um dinamômetro isocinético,aparelho considerado “Gold Standard “ namensuração de força máxima (Nelson, 2001).

Através de testes estatísticos de Correlação dePearson, da análise dos Parâmetros de Normalidadee Diagramas de Dispersão, buscou-se verificar sehavia correlação entre o resultado dos torquesmáximos gerados pelos músculos que atuam naextensão e na flexão do joelho e os perímetros decoxa, subtraídos das suas respectivas medidas dedobras cutâneas. Procurou-se investigar, também, sehaveria um aumento da força muscularcorrelacionado a um aumento no perímetro de coxa,subtraído das dobras cutâneas.

Participaram do estudo 29 militares do sexomasculino, da Marinha, Exército, Aeronáutica e Corpode Bombeiros, todos alunos da Escola de EducaçãoFísica do Exército, selecionados aleatoriamente deum universo de 53 pessoas. No momento do estudo,todos eram sargentos do Curso de Monitor deEducação Física 2004 e apresentavam médias de:idade de 27,5 + 3 anos, massa corporal total de 70,33+ 9,2 Kg e estatura de 1,73 + 0,07 m. Todosvoluntários, aptos às suas atividades diárias e atletasmilitares de diversas modalidades desportivas (paraser aluno de tal estabelecimento de ensino militar énecessário ser atleta).

Foram usados, para obtenção dos dados, osseguintes instrumentos: para a medida da massacorporal foi utilizada uma balança digital de marcaFilizola, de fabricação Brasileira, com capacidadepara 150 kg e precisão de 100g; para as medidas dedobras cutâneas foi utilizado um adipômetro da marcaLange, de fabricação Finlandesa, com escala de 1mm, com precisão de 0,5 mm e pressão constanteem todas as aberturas de 10 g/mm2; para as medidasdos perímetros foi utilizada uma fita métrica metálicada marca Sanny, de fabricação brasileira, com largura

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de 0,5 cm e com precisão de 0,1 cm (Foto 1); e paraa avaliação isocinética da força foi utilizado odinamômetro isocinético da marca CIBEX, modeloNORM 1995/1996, acoplado a um microcomputador.

FOTO 1

A seqüência da coleta de dados foi a seguinte:1º Passo - conduziu-se o sujeito até a balança onde,após a retirada do calçado e de ter sido colocado decostas para o mostrador da mesma, teve sua massacorporal registrada. Ainda na balança, utilizando-se atoesa, foi medida sua estatura. Os testes na balançaforam realizados pelos alunos do grupo aplicador. 2ºPasso – Aquecimento: o sujeito, após sair da balança,foi conduzido a uma bicicleta ergométrica para umaquecimento com duração de cinco minutos comvelocidade e carga constantes. 3° Passo – AvaliaçãoIsocinética da Força: O sujeito foi colocado na cadeira,fixado ao assento e ao encosto com um cinto de 4(quatro) pontas e 1 (uma) cinta de velcro. Em seguida,foram registrados no computador todos os dadosrelativos a identificação e a seu ajuste pessoal aoaparelho. Após alinhar o eixo do dinamômetro com ojoelho do sujeito, registrar as amplitudes demovimento e anuladas a força da gravidade nosegmento que foi avaliado, procedeu-se, então,realização efetiva do teste. Foram realizadas cinco(5) flexões e extensões máximas com velocidadeangular de 60º/seg, pois esta é a mais indicada para

avaliar força máxima (Tidswell, 2001) após trêsrepetições experimentais para a familiarização dosujeito com o equipamento (Foto 2). Ao final do teste,foi impresso um relatório contendo dados numéricose gráficos com todos os torques, o torque máximo, otrabalho, as diferenças entres direito e esquerdo eentre anterior e posterior.

FOTO 2

Três dias depois, todos os sujeitos tiveram seusperímetros de coxa mensurados utilizando-se umprocedimento onde o perímetro da coxa foi medidade 5 em 5cm, ao longo do eixo longitudinal destesegmento, tendo-se feito a primeira medidaimediatamente acima do bordo superior da pateladireita. Todos os sujeitos foram mensurados emdecúbito dorsal, com quadril e joelhos estendidos (Foto3). Após essa primeira medida, 5cm acima, foi feitauma nova medida em seguida mais outra, e, assimsucessivamente, até no máximo seis medidas,dependendo do tamanho longitudinal de cada coxa.

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O maior perímetro encontrado foi o considerado paraa análise estatística. Neste mesmo dia, também,foram realizadas as medidas de dobras cutâneasde coxa.

Convencionou-se que todos os dados para essetrabalho foram extraídos do membro inferior direito.

FOTO 3

RESULTADOS

Com base nas correlações foram verificadasa normalidade das variáveis torque máximo naflexão no joelho direito (Nm), torque máximo naextensão no joelho direito (Nm), perímetro da coxadireita (cm), dobra cutânea da coxa direita (mm),perímetro corrigido da coxa direita (cm). Todasapresentaram distribuição normal. A Tabela 1mostra a estatística descritiva dos 29 sujeitos desteestudo, com seus valores mínimos, máximos,média e desvio padrão.

– Tabela 1 –Estatística descritiva dos sujeitos do estudo( N=29 )

Mínimo Máximo Média Desvio PadrãoMassa corporal (Kg) 52,10 94,50 70,33 9,21Estatura (m) 1,64 1,92 1,74 ,068Torque Max Flexão Dir (Nm) 87,00 204,00 128,62 27,77Torque Max Ext. Dir (Nm) 179,00 436,00 237,41 53,86Perímetro Coxa Direita (cm) 46,50 65,00 55,59 4,07Dobra Cutânea Direita (mm) 5,10 19,50 9,40 3,21Perímetro – DC (cm) 45,91 63,55 54,65 3,94

A Tabela 2, demonstra as Correlações dePearson e significância entre Torque Extensão ePerímetro Corrigido.

– Tabela 2 –Correlações de Pearson e índices de significância

entre as variáveis do estudo

– FIGURA 1–DIAGRAMA DISPERSÃO DO TORQUE

MÁXIMO NA FLEXÃO

Diagrama de Dispersão

da Flexão no Joelho

Perímetro Corr igido (cm)

70605040

Tor

que

de F

lexã

o (N

/m)

220

200

180

160

140

120

100

80

Torqueextensão

Torqueflexão Perímetro

DobraCutânea

Períme.Corrigid

Torque extensãoCorrelação dePearson 1 ,853 ,684 ,068 ,751

Significância . ,001 ,001 ,726 ,001

Torque flexão Correlação dePearson ,853 1 ,583 -,005 ,603

Significância ,001 . ,001 ,981 ,001

Perímetro Correlação dePearson ,684 ,583 1 ,442 ,997

Significância ,001 ,001 . ,016 ,001

Dobra Cutânea Correlação dePearson ,068 -,005 ,442 1 ,375

Significância ,726 ,981 ,016 . ,045

PerímetroCorrig.

Correlação dePearson ,751 ,603 ,997 ,375 1

Significância ,000 ,001 ,000 ,045 .

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– FIGURA 2 –DIAGRAMA DISPERSÃO DO TORQUE

MÁXIMO NA FLEXÃO

Diagrama de Dispersão

para Extensão no Joelho

Perímetro corr igido (cm)

70605040

To

rque

de

Ext

ensã

o (N

/m)

5 00

400

300

200

100

As duas figuras supracitadas demonstram adiferença que houve com relação a dispersão dostorques máximos gerados pelos sujeitos durante aflexão e a extensão respectivamente. A linha diagonalcentral de ambas as figuras representa a média, eas colaterais, o seu desvio padrão. Cada pontosignifica um dos sujeitos e sua distribuição comrelação a média. Quanto mais disperso, mais distantedo valor mediano. Notou-se que os sujeitos, na Figura2, se mantiveram bem menos dispersos, o que fezaumentar a sua correlação em relação aos sujeitosrepresentados na Figura 1. Foi observado que osalunos que apresentaram os maiores perímetrostambém conseguiam atingir torques máximosmaiores, fato também observado na flexão, porémcom maior dispersão e que pôde ser confirmado pelaCorrelação de Pearson, onde flexão e extensãoapresentaram coeficientes de correlação de 0,653 e0,751, respectivamente.

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DISCUSSÃO

Observou-se que, entre todas as correlaçõesdemonstradas na Tabela 2, a que apresentou ocoeficiente mais alto foi a obtida entre o perímetrocorrigido de coxa e a média dos torques máximos daextensão do joelho que, mesmo com um coeficientede correlação de 0,751, apresenta uma validadeaceitável e uma confiança fraca, porém significativa.

CONCLUSÕES

O estudo pôde concluir que existe umacorrelação significativa para um nível de confiança(p<0,01) entre o perímetro e o torque máximo geradopelas musculaturas extensoras e flexoras do joelho,para esta amostra. O N deste trabalho constituiu cercade 56% dos alunos do Curso de Monitor de EducaçãoFísica em 2004, logo, além de homogênea, essapopulação representa um grupo de sargentos quepraticam atividades físicas freqüentemente. À luz doque foi estudado, é possível afirmar que sargentoscom uma musculatura mais desenvolvida,principalmente na região dos quadríceps, tendem adesenvolver uma maior força na extensão do joelho,ou seja, são mais fortes para movimentos que exijamesta musculatura, que é uma musculatura motoraprimária para as principais atividades militares eatléticas, como correr, caminhar, saltar, etc.. Noentanto, este trabalho não levou em consideraçãoaspectos neurológicos, nem especificamentefisiológicos em relação às qualidades de contração,nem os diferentes tipos de fibras musculares.Portanto, acredita-se que essas afirmações sejamcabíveis especialmente quando se tratar de atletasmilitares. Podemos, também, afirmar que existeganho de força da musculatura extensora, quandoverificamos e registramos o aumento de perímetroda coxa, subtraído da dobra cutânea crural.

Recomenda-se que novos estudos sejamrealizados, se possível, controlando variáveis que nãoforam controladas neste estudo, como por exemploa predominância dos tipos de fibra, o esporteespecífico que cada um pratica, e característicasmorfológicas genéticas. Isto para que seja possívelanalisar com mais detalhes, as suas interferênciasnos resultados.

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DVIR, Z. Isocinética: Avaliações musculares,interpretações e aplicações clínicas. Barueri: Manole,2002.

HALL, S. J. Biomecânica Básica. 3. ed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2000.

KANNUS, P. Normality, Variability and Predicability ofWork, Power and Torque Acceleration Energy withRespct to Peak Torque in Isokinetic Muscle Testing.Int. J. Sports Med. 13, 1992.

KAPANDIJI, A. I. Fisiologia Articular - MembroSuperior. 5.ed. São Paulo: Panamericana, 2000.

McARDLE, W. D; KATCH, F. I; KATCH, V. L. Fisiologiado Exercício: Energia, Nutrição e DesempenhoHumano. 5. ed. p. 507. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan, 2003.

McGINNIS, P. M. Biomecânica do Esporte e Exercício.Porto Alegre: Artmed, 2002.

REFERÊNCIAS

Indicamos aos profissionais de EducaçãoFísica, principalmente aos que atuam na área militar,observarem que é possível obtenção de dadosrelevantes com relação a qualidades físicas, aptidãodesportiva específica e, até mesmo, os efeitos dotreinamento, em termos de perdas e/ou ganhos de

força, somente utilizando um compasso de dobrascutâneas e uma fita métrica.

Endereço para correspondência:[email protected]

R. César , 343Realengo – Rio de Janeiro

CEP 21750 - 400

NELSON, A.G. GUILLORY,I. K. CORNWELL, A.KOKKONEN, J. Inhibition of maximal VoluntaryIsokinetic Torque Production Following Stretching isVelocity-specific. Journal of Strength and ConditioningResearch. 15(2), 241-246, 2001.

RAMALHO, F; FERRARO, N. G; SOARES, P. A. T.Os Fundamentos da Física: Mecânica vol. 1.8. ed.p.101. São Paulo: Moderna, 2003.

THOMAS, J. R. & NELSON, J. K. Métodos dePesquisa em Atividade Física.3.ed.portoAlegre:Artmed, 2002.

TIDSWELL, M. Dinamometria Isocinética. Ortopediapara Fisioterapia: 263-272. São Paulo: EditorialPremier, 2001.

WILMORE, J. & COSTIL, D. Fisiologia do Esporte edo Exercício.2.ed. Barueri: Manole, 2001.

ANÚNCIO

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PERFORMANCE DE MILITARES DO EXÉRCITO BRASILEIRONO ARMY PHYSICAL FITNESS TEST.

Gustavo Monteiro Muniz Costa1, Antônio Augusto Barboza Machado1,Daniel Bernardi Annes1, Marcelo Mattos Mathias Pereira1, Orlando Pacheco Neto1, LeonardoFernandes Carvalho1, Michel Moraes Gonçalves1 & Marcelo Eduardo de Almeida Martins1,2

1. Escola de Educação Física do Exército – Rio de Janeiro – RJ – Brasil.2 - Universidade Castelo Branco. Rio de Janeiro – RJ - Brasil.

Resumo

O Exército Brasileiro, através do Instituto dePesquisa da Capacitação Física do Exército (IPCFEx),encontra-se realizando pesquisas para atualizaçãoe adequação dos índices do Teste de Avaliação Física(TAF), visando atender às conveniências e àsnecessidades da tropa para sua operacionalidade.Sabe-se também que o Exército dos E.U.A., país quemais participou de conflitos bélicos mundiais no séculoXX, é considerado a maior potência militar mundial(Clark, 2001), possui também um teste físico que visamensurar a aptidão física de seus militares, o ArmyPhysical Fitness Test (APFT). O objetivo destapesquisa foi verificar se um grupo de militares, aptosno TAF, seria apto no APFT. Participaram do estudo14 voluntários, com três meses de serviço aoExército, fisicamente ativos, do sexo masculino, comidade entre 18,6 ± 0,6 anos, com o peso corporal entre68,9 ± 7,4 Kg e com estatura entre 170 ± 6,7 cm.Inicialmente, todos foram submetidos às provas doTAF. Após uma semana, os mesmos indivíduos, aptosno teste brasileiro, foram submetidos às provas doAPFT. Comparando-se as provas afins, foram obtidosos seguintes resultados para o TAF: 2982,1 ± 327,3

Abstract

The Brazilian Army, through the Institute ofResearch of Physical Capacity in the Army (Institutode Capacitação Física do Exército – IPCFEx), iscurrently doing research to update and adequate therate of its PHYSICAL FITNESS TEST (Teste de

m na corrida de 12 minutos (padrão mínimo 2300 m),76,3 ± 17,8 repetições no abdominal (padrão mínimo28 repetições), 41,5 ± 12,2 repetições na flexão debraço na horizontal (padrão mínimo 20 repetições),para o APFT; 13,1 ± 1,5 minutos na corrida de 2 milhas(padrão mínimo 15,9 min), 57,5 ± 11,0 repetições noabdominal (padrão mínimo 52 repetições) e 50,0 ±11,6 repetições na flexão de braço na horizontal(padrão mínimo 42 repetições). Foi utilizada adiferença entre duas percentagens (para p < 0,05)para comparar os resultados dos dois testesanalisados. O percentual de militares aptos, tanto noTAF quanto no APFT, foi de 100% (p = 1,0). Noexercício abdominal 100% dos militares cumpriramo prescrito no TAF, mas apenas 57% atingiram o índicemínimo no APFT (p = 0,01). No exercício de flexão debraço 100% dos militares cumpriram o prescrito noTAF, mas apenas 79% atingiram o índice mínimo noAPFT (p = 0,08). Da análise dos resultados, concluiu-se que os militares brasileiros analisados, sesubmetidos ao APFT, poderiam ser inaptosfisicamente devido à falta de rendimento nos testesde flexão de braço e abdominal.Palavras Chave: Abdominal; Flexão de Braços;Corrida; Militar.

Avaliação Física – TAF) aiming at better responsesfor the needs of the troop for it to be operative. It isalso known that the Army of the USA, which morefrequently took part in wars and military conflicts duringthe twentieth century and, nowadays, according toClark ( 2001), the USA is still the biggest military powerin the world. It also has a physical test to rate the

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INTRODUÇÃO

Conhecer o nível de aptidão física do seupessoal sempre foi uma preocupação do ExércitoBrasileiro (Silva, 1999). O conhecimento dacapacidade física de seus homens e da quantidadede inaptos fisicamente para desempenhar tarefasmais árduas é fundamental para o processo detomada de decisão de um comandante.Conseqüentemente, a aptidão física dos integrantesde uma Força Terrestre deve ser avaliadasistematicamente.

Corroborando com o que é ressaltado nadoutrina brasileira, estudos evidenciam que osindivíduos aptos fisicamente são mais resistentes adoenças e se recuperam mais rapidamente delesões do que pessoas não aptas fisicamente. Alémdisso, indivíduos melhores aptos fisicamente têmmaiores níveis de autoconfiança e motivação(O’Connor, Bahrke & Tetu 1990). A importância daaptidão física para o sucesso nas operações militaresfoi confirmada nos relatórios sobre as ações doExército Americano em Granada (Dubik & Fullerton,1987).

O Exército Americano, a partir do insucesso naGuerra da Coréia, em 1950 (USA, 1992), e pelaexperiência vivida em diversos combates, passou a

physical performance of its members – the APFT.The objective of this research was to check if a groupof army men, considered capable in the Brazilian test,would also be considered capable in the Americantest. Fourteen volunteers took part in the research.They had been in the army for three months, they hadnot any experience in the tests, they are physicallyactive, male, age varying from 18.6 to ± 0.6 years,body weight around 68.9 ± 7.4 Kg, height around 170± 6.7 cm. Firstly all of them had to perform the tasksfor the TAF. After one week, the same volunteers, whowere capable in the Brazilian test, had to do the APFTtasks. Comparing the similar tasks between the tests,the following results were obtained: 2982.1 ± 327.3 min the 12-minute running (minimum rate: 2300 m), 76.3± 17.8 sit-ups (minimum: 28 repetitions) and 41.5 ±12.2 push-ups in horizontal position (minimum: 20repetitions) in the TAF, and 13.1 ± 1.5 minutes in the2-mile running (minimum rate: 15.9 minutes), 57.5 ±

11.0 sit-ups (minimum: 52 repetitions) and 50.0 ± 11.6push-ups in horizontal position (minimum: 42repetitions) in the APFT.It was used the differencebetween two percentages (to p < 0.05) to comparethe results in the two tests analyzed. The percentagesof apt military had been 100% for running (p = 1,0) insuch a way in the TAF as with in the APFT. Inabdominal exercise 100% of the military had fulfilledthe prescribed one in the TAF, but only 57% hadreached the minimum index in the APFT (p = 0.01). Inthe push ups exercise 100% of the military had fulfilledthe prescribed one in the TAF, but only 79% hadreached the minimum index in the APFT (p = 0,08).Having analyzed the results, we may conclude that ifBrazilian army men who participated this study tookthe APFT, they might be considered incapable, due tothe bad results in the push-ups and sit-up tests.

Key words: Sit-ups, Push-ups, Running, Military.

valorizar a preparação física de seus integrantescomo condição básica necessária ao sucesso emCampanha (USA, 1992).

Em 1993, uma equipe de estudos do U. S. ArmyResearch Institute of Environmental Medicine (Institutode Pesquisa Militar de Medicina Ambiental do Exércitodos E.U.A.) pesquisou 2578 militares de 12 postos egraduações diferentes, durante 5 anos, com afinalidade de atualizar os índices do APFT, os quaisforam recentemente publicados no novo Field Manual21-20 Physical Fitness Training (USA, 2002). Frutodesta pesquisa, houve a atualização do Army PhysicalFitness Test - APFT, no qual todo militar da ativa,reserva (quando reconvocado) e da Guarda Nacionaldeve ser submetido semestralmente (USA, 1992).

O Exército Brasileiro, preocupado em otimizara execução do Treinamento Físico Militar (TFM) eadequar o Teste de Avaliação Física (TAF) às suasnecessidades atuais, vem realizando, desde o anode 1998, pesquisas científicas, através do Institutode Pesquisa da Capacitação Física do Exército(IPCFEx), no intuito de verificar e adequar os índicesexigidos pelo TAF e atualizar a execução dosexercícios, visando preservar e melhorar a saúde deseus executores e promover uma melhoria dacondição física geral da Força Terrestre (Brasil,1998).

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O Teste de Avaliação Física (TAF) é umamaneira simples de avaliar a condição físicaneuromuscular e cardiorespiratória dos integrantesda Força Terrestre de forma compatível com aoperacionalidade funcional desejada (BRASIL, 1990).Para avaliar estes parâmetros, realiza-se o TAF trêsvezes por ano, conceituando os militares nasmenções, E (excelente), MB (muito bem), B (bem),R (regular) e I (insuficiente), conforme o desempenhofísico individual nas provas de corrida de 12 minutos(Cooper, 1968), abdominal e flexão de braço nahorizontal. Nas provas de flexão na barra fixa, meiosugado e Pista de Pentlato Militar, observa-se apenasse o militar atingiu o índice de suficiência exigido(Brasil, 1997).

Diferentemente do TAF, o APFT não utilizaconceitos para a classificação dos índices, mas simuma pontuação variante entre zero e 100 pontos, paracada exercício realizado. A pontuação mínima a seratingida pelos avaliados deve ser de 60 pontos emcada prova. As provas componentes do APFT são:corrida de 2 milhas, flexão de braço na horizontal em2 minutos e abdominal “Ama Seca” em 2 minutos. Apontuação atingida por cada militar será variante deacordo com a sua idade e a performance obtida.

Sabedor da necessidade do bomcondicionamento físico para o combate e utilizandocomo parâmetro de teste físico a maior potênciamilitar atual (Clark, 2001), o objetivo desta pesquisafoi verificar a performance de militares, aptos no TAFdo Exército Brasileiro, no Army Physical Fitness Test(APFT), do Exército Americano. Espera-se, com estetrabalho, contribuir com os estudos do IPCFEx.

METODOLOGIA

Sujeitos

Os sujeitos deste estudo foram escolhidos demaneira intencional. Foram excluídos do estudo osindivíduos que não concordaram com os termos deconsentimento assumidos com os pesquisadores,que não foram voluntários para participar da pesquisa,que apresentaram alguma enfermidade ou lesão pré-existente que os impossibilitariam de realizar ostestes, e os que não atingiram o índice de suficiênciano TAF do Exército Brasileiro. Todos foram informadossobre a natureza da pesquisa e assinaram o Termo

de Participação Consentida de acordo com asNormas para a Realização de Pesquisas em SeresHumanos, do Conselho Nacional de Saúde.

O objeto teórico e formal desta pesquisadescritiva (Flegner & Dias, 1995) estava centrado nossoldados da Bateria Estácio de Sá, da Diretoria dePesquisa e Estudo de Pessoal, residentes no Estadodo Rio de Janeiro, com características culturaissemelhantes, do sexo masculino, todos incorporadosno ano de 2003. A amostra foi probabilísticaestratificada e foram selecionados aleatoriamente,dentro do universo da população, quatorze soldadoscom apreciação de suficiência no TAF do Exército doBrasil. Os militares avaliados observaram todos osprocedimentos indicados por este estudo eapresentaram idade de 18,6 + 0,6 anos, peso de 68,9+ 7,4 Kg e estatura de 170 + 6,7 cm.

Procedimentos

Os dados foram coletados na Escola deEducação Física do Exército, situada no Rio de Janeiro(RJ). As atividades foram desenvolvidas no períododa manhã.

No primeiro dia, os indivíduos receberam umaexplicação de como seriam os procedimentos dacoleta e sobre o objetivo da pesquisa. Após talesclarecimento, os sujeitos da amostra assinaram oTermo de Consentimento e foram medidos quanto àmassa corporal e à estatura. Por conseguinte, apopulação foi conduzida para a pista de atletismo (400metros), de piso sintético, onde foi aplicado ao TAFdo Exército Brasileiro.

Uma semana após a aplicação do primeiroteste, os indivíduos foram conduzidos para a mesmapista de atletismo, onde foi inicialmente ensinado ogestual específico de cada exercício do APFT doExército Americano e, após a adaptação, aplicado.

Cabe ressaltar que os dois testes foramrealizados em condições meteorológicassemelhantes, mensurada com um Termohigrômetrodigital.

Protocolos

O Teste de Avaliação Física (TAF) do ExércitoBrasileiro é composto das provas de corrida de 12minutos (Cooper, 1968), flexão de braço na horizontal,

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abdominal, flexão na barra fixa, pista de pentatlo militare meio sugado (Brasil, 1997). Os valores referentesà suficiência encontram-se destacados nas TABELAS1, 2, 3.

O Army Phisical Fitness Test (APFT) doExército Americano é composto das provas de corridade 2 milhas, flexão de braço na horizontal em 2minutos e abdominal “Ama-Seca” em 2 minutos (USA,1992), similar ao abdominal feminino do TAF. Osvalores referentes à suficiência encontram-sedestacados nas TABELAS 1, 2, 3.

– TABELA 1 –FLEXÃO DE BRAÇOS DO TAF e APFT

TAF (18 a 25 anos) APFT (17 a 21 anos)Conceito Repetições Repetições Pontuação

I 19 ou menos 28 41R 20 a 23 42 60B 24 a 30 49 70

MB 31 a 33 57 81E 34 ou mais 71 100

* Existem valores intervalares de pontuação entre asclassificações do APFT.

– TABELA 2 –ABDOMINAL DO TAF e APFT

TAF (18 a 25 anos) APFT (17 a 21 anos)Conceito Repetições Repetições Pontuação

I 27 ou menos 41 41R 28 a 36 53 60B 37 a 53 59 70

MB 54 a 61 66 81E 62 ou mais 78 100

* Existem valores intervalares de pontuação entreas classificações do APFT.

– TABELA 3 –CORRIDA DO TAF e APFT

TAF 12 min (18 a 25anos) APFT 2 milhas (17 a 21anos)Conceito Distância Tempo Pontuação

I 2299m ou menos 17m18s 41R 2300m a 2599m 15m54s 60B 2600m a 3099m 15m12s 70

MB 3100m a 3299m 14m24s 81E 3300m ou mais 13m00s 100

* Existem valores intervalares de pontuação entre asclassificações do APFT.

Análise dos Dados

Foi utilizado o teste estatístico “diferença entreduas percentagens” para o nível de significância de0,05.

RESULTADOS

As médias dos valores obtidos, referentes aoTAF e ao APFT, estão representadas na TABELA 4.

– TABELA 4 –VALORES MÉDIOS PARA O TAF e APFT

CorridaTAF (m); APFT (min)

Abdominal(repetições)

Flexão de braço(repetições)

TAF 2982,1 ± 327,3 m 76,3 ± 17,8 41,5 ± 12,2APFT 13,1 ± 1,5 min 57,5 ± 11,0 50,0 ± 11,6

A diferença de percentuais entre os resultadosdos dois testes (TAF e APFT) está representada naTABELA 5.

– TABELA 5 –PERCENTUAL DE EFICIÊNCIA DOS SUJEITOS

NOS DOIS TESTESn Corrida Abdominal Flexão de braço

TAF 14 100% 100% 100%APFT 14 100% 57% 79%

DISCUSSÃO

Há uma grande probabilidade dos militaresbrasileiros, aptos no TAF, conseguirem atingir apontuação mínima exigida pelo Exército Americanona prova de corrida de 2 milhas, já que o percentualde militares aptos foi de 100% (p = 1,0). No exercícioabdominal há uma grande chance dos militares, aptosno TAF, não conseguirem atingir a pontuação mínimaexigida pelo APFT, pois 100% dos militarescumpriram o prescrito no TAF, mas apenas 57%atingiram o índice mínimo no APFT (p = 0,01). Noexercício de flexão de braço 100% dos militarescumpriram o prescrito no TAF, e apenas 79%atingiram o índice mínimo no APFT (p = 0,08).

A suficiência nos dois testes de corrida égerada pela semelhança do gesto motor, dotreinamento específico e pela velocidade de percursodos testes em questão, já que o TAF tem a velocidademínima para suficiência de 11,5 Km/h e o APFT de12,08 km/h.

No teste abdominal verificamos umaprobabilidade grande de insucesso no APFT devidoà diferença entre os exercícios abdominal remador eabdominal “Ama-Seca”, pois o primeiro exige uma

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REFERÊNCIAS

BRASIL, Estado Maior do Exército. Portaria doDepartamento de Ensino e Pesquisa n.º 007, de 19de maio de 1998.

BRASIL, Estado Maior do Exército. C 20-20 –Treinamento Físico Militar. 2. ed. 1990.

BRASIL, Estado Maior do Exército. Portaria n.º 739,de 16 de setembro de 1997. Diretriz para oTreinamento Físico Militar e sua Avaliação. 1997.

CLARK, W. K. Waging Modern War. New York:PublicAffairs. 2001.

COOPER, K.H. A means of assessing maximaloxygen intake. JAMA, n. 203, p. 135-138, 1968

DUBIK, J. M. & FULLERTON, T. D. SoldierOverloading in Grenade. Military Review n. 67, p. 38-47, 1987.

FLEGNER, A. J. & DIAS, J. C. Pesquisa & Metodologia– Manual Completo de Pesquisa e Redação. Rio deJaneiro. 1995.

contribuição maior dos músculos da coxa (sartório,reto anterior, íleo-psoas e pectíneo) e o segundo;concentra o esforço sobre a região muscularabdominal, anulando parcialmente a ação do íleo-psoas e dos flexores da coxa (Rodrigues, 1999,p.131). O treinamento e o gestual específico para cadateste, provavelmente, tenha influenciado no resultado.

O teste de flexão de braço apresentou uma altadiferença (aprox 9%) entre o número de flexões dosdois testes (TAF = 41,5 ± 12,2 repetições e APFT =50,0 ± 11,6 repetições), devido à diferença entre aexecução da flexão de braço do TAF, onde, na flexãonos cotovelos, os mesmos devem passar a linha dascostas; com a flexão de braço do APFT, onde o militardeve apenas atingir o ângulo de 90º de flexão nocotovelo a cada repetição. Apesar do teste americanoexigir fisicamente menos do indivíduo, uma parcelanão significativa (p = 0,08) de militares brasileiros nãoatingiu a suficiência no APFT, devido ao número de

repetições exigido pelo teste americano ser de 42repetições e no Exército Brasileiro ser de apenas 20para suficiência.

CONCLUSÃO

Da análise dos resultados, concluiu-se que osmilitares brasileiros, se submetidos ao APFT,poderiam ser inaptos fisicamente devido à falta derendimento nos testes de flexão de braço e abdominal.

Sugere-se novos estudos que utilizem umaamostra de militares com mais tempo de serviço ecom diversos níveis de condicionamento físico.

Endereço para correspondência:e-mail: [email protected]

Rua Ramon Franco, 78 apto 302Urca – Rio de Janeiro – RJ

CEP: 22.290-290 - Brasil

KNAPIK, J. The Army Physical Test (APFT): A Reviewof the Literature. Military Medicine, n. 154, p. 326-329.1989.

O’CONNOR, J. S., BAHRKE, M. S., TETU, R.G. 1988Active Army Physical Fitness Survey. MilitaryMedicine, n. 155, p.579-585, 1990.

SILVA, E. B. Freqüência semanal de treinamento, tipode pegada, ritmo de execução e força muscular demembros superiores na puxada na barra. UGF. 1999.[dissertação não publicada]

RODRIGUES, C.E.C & COSTA, P.E.C.P.Musculação, Teoria e Prática. 23 ed. Rio de Janeiro:SPRINT, 1999.

USA, U. S. ARMY. FM 21-20 – Physical FitnessTraining. 1992.

USA, U. S. ARMY. FM 21-20 – Physical FitnessTraining. 2002.

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RELAÇÃO DA PERFORMANCE NA BARRA FIXA COM AFORÇA DE PREENSÃO MANUAL E TEMPO DE

SUSTENTAÇÃO NA BARRA FIXAMarcelo Eduardo de Almeida Martins1,2; Fernando Martins dos Santos1;

Rodrigo Pace Arantes1; Claudiney Silvestre Alves1; Lester Bulbarelli Miguel1;Jaime Flores de Araújo Bastos1; Sandro Alex Araújo da Silva1; Ricardo Vieira Guilarducci1;

Marco Antônio de Mattos La Porta Jr1 & Elirez Bezerra da Silva1,3

1. Escola de Educação Física do Exército – Rio de Janeiro – RJ – Brasil.2 - Universidade Castelo Branco – Rio de Janeiro – RJ - Brasil.

3. Universidade Gama Filho (PPGEF) – Rio de Janeiro – RJ - Brasil

Resumo

O Exército Brasileiro utiliza a flexão de braçosna barra fixa (FBF) para avaliar as qualidades físicas,força e resistência muscular localizada de membrossuperiores de seus integrantes. O objetivo desteestudo foi relacionar a Força de Preensão Manual(FPM) e o Tempo de Sustentação na Barra Fixa (SBF)com o desempenho da FBF. Participaram do estudo33 militares, voluntários, do sexo masculino, comidade 27,1 ± 2,0 anos, massa corporal 71,6 ± 6,5 Kge estatura 176,0 ± 6,9 cm. Foi utilizado o dinamômetrode mão T18, SMEDLEY III, Takei Physical FitnessTest, a fim de realizar o teste de FPM, verificando omelhor resultado para cada mão, entre 3 tentativas(Adams, 1994). A diferença entre a FPM do lado direito52,9 ± 7,1 Kg e esquerdo 51,0 ± 6,5 Kg foi significativa(t = 3,76, para p = 0,001). A média da FPM dos doisbraços foi de 52,0 ± 6,7 Kg. No segundo dia, todosrealizaram o teste de FBF. O resultado deste teste(15 ± 3 repetições) foi dividido pelo peso corporal paraanular a influência da massa corporal (FBF/massa =

0,22 ± 0,05 repetições/kg). Após 48 horas, foimensurado o tempo de sustentação na barra fixa comos braços estendidos (156,48 ± 72,09 s). O mesmoprocedimento de anular o peso corporal foi realizadoneste teste (SBF/massa = 2,23 ± 1,14 s/kg). Ocoeficiente de correlação de Pearson (r) entre ostestes de FBF (rep) e FBF/massa (rep/Kg) foi 0,87,entre FBF (rep) e SBF (s) foi 0,23, entre FBF (rep) eSBF/massa (s/Kg) foi 0,25, entre FBF (rep) e FPM(Kg) foi 0,40, FBF/massa (rep/Kg) e SBF (s) foi 0,34,FBF/massa (rep/Kg) e SBF/massa (s/Kg) foi 0,45,FBF/massa (rep/Kg) e FPM (Kg) foi 0,00, SBF (s) eSBF/massa (s/Kg) foi 0,97, SBF (s) e FPM (Kg) foi0,04, SBF/massa (s/Kg) e FPM (Kg) foi de - 0,11. Daanálise dos resultados, conclui-se que houve umafraca correlação da Força de Preensão Manual e doTempo de Sustentação na Barra Fixa com aperformance do Teste de Flexão de Braços na BarraFixa.

Palavras Chaves: Dinamometria, Militares, Teste deAvaliação Física.

Abstract

Brazilian army makes use of pull - upexercises (PUE) to evaluate the physical qualities,force and located muscular resistance of superiormembers of its personell. The purpose of this studywas to relate Force of Manual Hold (FMH) and theTime of Sustentation in Fixed Bar (SFB) with the pull -

up performance. Thirty three volunteer male militarysubjects aged 27,1 ± 2,0 years, body mass 71,6 ± 6,5kg and stature 176,0 ± 6,9 cm took part in this study.Hand dynamometer T18, SMEDLEY III, Takei PhysicalFitness Test, was used in order to carry out the test ofPMH, verifying the best result for each hand, in 3attempts (Adams, 1994). The difference between theFMH of the right side 52,9 ± 7.1 kg and the left one 6,5

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INTRODUÇÃO

O Exército Brasileiro, juntamente com aMarinha e a Aeronáutica, “são instituições nacionaispermanentes e regulares, organizadas com base nahierarquia e disciplina, sob a autoridade suprema doPresidente da República, e destinam-se à defesa daPátria, à garantia dos poderes constitucionais e, poriniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”(Brasil, 2000).

Para que este dever constitucional sejacumprido da melhor forma possível, torna-senecessário que os militares possuam um nível decondicionamento físico condizente com suasatividades, pois “a importância da aptidão física parao sucesso nas operações militares foi confirmada nosrelatórios sobre a campanha do Exército Britânico nasilhas Falkland e sobre as ações do Exército Americanoem Granada” (Dubik & Fullerton, 1987). Destaca-se,nesta aptidão física, que a força muscular demembros superiores é essencial para as ações decombate (Knapik, 1990 apud Silva, 1999), poispropicia ao militar autonomia para suportar e erguero peso do próprio corpo que, em atividades simuladas,ou reais, podem transformar-se em situações degrande risco de vida (Silva, 1999).

O instrumento utilizado para avaliar ocondicionamento físico dos militares é o Teste deAvaliação Física (TAF) (Brasil, 2002). Dentre osexercícios que constituem esta avaliação,encontramos a Flexão na Barra Fixa (FBF), que “pode

ser considerada um instrumento de medida de campoconfiável para testar uma grande quantidade desujeitos” (Silva, 1999). A importância da FBF, nos diasatuais, estende-se também ao meio civil, visto quealguns concursos públicos, em seus editais, comopor exemplo o da Escola Preparatória de Cadetes doExército (EsPCEx) e da Polícia Federal, vêm exigindoum número mínimo de flexões na barra para oingresso na profissão, além de estar diretamenteligada a esportes como alpinismo e ginásticaolímpica.

Vários estudos foram realizados no sentido deprecisar as variáveis que influenciam diretamente nodesempenho da Flexão na Barra Fixa (Silva, 1999 eKollath et al, 1991) e na Força da Preensão Manual;(Hanten et al, 1999; Sporrong et al, 1996, Desrosierset al, 1995 e Su et al, 1994), visando direcionar ostreinamentos, respeitando o Princípio da Especificidade(Tubino, 2003; Dantas, 2003).

Atualmente vem sendo enfatizada a importânciada força e da resistência muscular localizada (RML) demembros superiores nos planos de preparação física emgeral (Kollath et al, 1991), destacando a importância daaptidão muscular, que é “o estado integrado de força eresistência muscular” (ACSM, 1998).

Sabemos que as articulações envolvidas napuxada da barra fixa são as interfalangeanas, asmetacarpofalangeanas, do punho, do cotovelo, rádio-ulnar (conforme o tipo de pegada) e do ombro (Rasch& Burke, 1987, apud Silva, 1999) e que o movimentode execução da Flexão na Barra Fixa requer

51,0 ± kg was significant (t = 3,76, for p = 0.001). Theaverage of the FMH of the two arms was 6,7 52,0 ±kg. On the second day the PUE test was carried out.The result of this test (15 ± 3 repetitions) was dividedper the body weight to annul the influence of the bodymass (PUE/mass = 0,22 ± 0,05 repetitions/kg). After48 hours, the time of sustentation in the fixed bar withextended arms (156,48 ± 72,09 s) was measured.The same procedure of annulling the body weight wascarried through in this test (SBF/mass = 2,23 ± 1,14s/kg). The coefficient of correlation of Pearson (r)between the PUE tests (rep) and PUE/mass (rep/Kg)was 0,87, between PUE (rep) and SFB (s) was 0,23,

between PUE (rep) and SFB/mass (s/Kg) was 0,25,between PUE (reps) and FMH (Kg) was 0,40, PUE/mass (rep/Kg) and SFB (s) was 0,34, PUE/mass (rep/Kg) and SFB/mass (s/Kg) was 0,45, PUE/mass (rep/Kg) and FMH (Kg) was 0,00, SFB (s) and SFB/mass(s/Kg) was 0,97, SFB (s) and FMH (Kg) was 0,04,SFB/mass (s/Kg) and FMH (kg) it was of - 0,11. Fromthe analysis of the results, it is possible to concludethat there was a weak correlation of the Force ofManual Hold and the Time of Sustentation in a FixedBar with the performance of pull ups in a Fixed Bar.Key words: Dinamometry, Military, Physical EvaluationTest

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sucessivas flexões dos cotovelos, extensão dosombros, força de preensão manual e sustentação docorpo, pois cinesiologicamente, os principaismúsculos envolvidos são: o Bíceps Braquial,Braquiorradial, Trapézio (parte ascendente),Rombóides, Grande Dorsal e Redondo Maior (Uchida,2003).

Desta forma, para que se possa desenvolverum treinamento específico, torna-se imprescindívelconhecer a influência das partes componentes docorpo humano, articulações, musculaturas e ossos,responsáveis pela execução do movimento, e asprincipais qualidades físicas que influenciam nodesempenho. Há estudos sobre a influência doscotovelos e dos ombros na execução da flexão nabarra (Antinori et al, 1988), mas pouco se sabe sobrea contribuição da força de preensão manual esustentação do corpo na execução do exercício.

Visando buscar esclarecimentos sobre aimportância da musculatura do antebraço e punho,unida às qualidades físicas força e resistência, oobjetivo deste estudo foi relacionar a Força dePreensão Manual (FPM), o Tempo de Sustentaçãona Barra Fixa (SBF) e suas componentes corrigidaspela massa corporal, com o desempenho da Flexãona Barra Fixa (FBF).

METODOLOGIA

Participaram do estudo 33 (trinta e três)indivíduos, voluntários, integrantes do Curso deMonitores da Escola de Educação Física do Exército(EsEFEx), com idade de 27,1 ± 2,0 anos, massacorporal de 71,6 ± 6,5 Kg e estatura de 176,0 ± 6,9cm. Todos os participantes eram fisicamente ativos(ASCM, 1998), do sexo masculino e nãoapresentaram nenhuma patologia que pudessecontra-indicá-los para a execução de exercício intensode força e RML de membros superiores.

Foram excluídos do estudo os indivíduos quenão concordaram com os termos de consentimentoassumidos, que não foram voluntários para participardo estudo e que apresentaram patologias demembros superiores e tronco que não permitissema realização de exercícios intensos de força eresistência muscular.

Procedimentos

No primeiro dia, foi realizado o teste de Forçade Preensão Manual (FPM) com o dinamômetro demão; no segundo dia, vinte e quatro horas após oteste anterior, foram mensuradas a massa corporal,a estatura e a idade, além da Flexão na Barra Fixa;no terceiro dia, quarenta e oito horas após o testeanterior, foi realizado o Teste de Sustentação na BarraFixa. Todos os testes foram realizados das sete àsnove horas e trinta minutos da manhã.

A massa corporal (71,6 ± 6,5 Kg) foi mensuradacom os indivíduos em trajes de banho, utilizando-seuma balança digital da marca FILIZOLA, modeloPersonal, ano 2001, com precisão de 100 gramas eaferida pelo INMETRO sob o registro 0.003.604, parao ano de 2003. A estatura (176,0 ± 6,9 cm) foimensurada utilizando-se um estadiômetro metálico,modelo profissional da marca Sanny.

Força de Preensão Manual

Para medir a força de preensão manual, foiutilizado o aparelho Hand Dynamometer T 18,SMEDLEY III - CREATIVE HEALTH PRODUCTS, inc.Takei Physical Fitness Test, 1999. O protocoloutilizado foi o de Adams (1994).

O indivíduo estava em pé, os membrossuperiores estendidos ao lado do corpo e as falangesmediais dos dedos realizaram a pressão na haste doaparelho. Foram executadas 3 (três) tentativas comcada uma das mãos alternadamente, realizadas comintervalo de 30 segundos entre cada uma (FernandesFilho, 2003). Para fins de análise, foi considerada amédia obtida entre os resultados de ambas as mãos.

Tempo de Sustentação na Barra Fixa

O tempo de sustentação foi mensurado nasmesmas condições físicas da execução do teste deflexão na barra fixa. Os indivíduos estavam vestidoscom o uniforme de Educação Física da EsEFEx. Paramensurar o tempo de sustentação foram utilizadoscronômetros da marca Casio, modelo HS 1000, comprecisão de centésimos de segundo.

O teste foi realizado com o indivíduo suspensona barra com os braços estendidos e empunhando-a com as mãos em pronação. Inicialmente, dava-seo comando de ligar. No momento do toque das mãos

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na barra iniciou-se a cronometragem e encerrou-seno momento em que o indivíduo soltou a barra. Osuor nas mãos foi controlado pela aplicação de “breuvegetal” nas mãos de todos os indivíduos da amostra.

Flexão na Barra Fixa

O Teste de Flexão na Barra Fixa foi realizadode acordo com o protocolo a seguir descrito. Aocomando de “ligar”, o militar empunhou a barra comos punhos em pronação. Ao comando de iniciar,executou o máximo de repetições elevando seu corpoaté ultrapassar a barra com o queixo e estendendoos cotovelos ao abaixar. Não foram permitidosmovimentos abdominais (“galeios”) e pedaladas paraimpulsionar o tronco (Brasil, 2003).

Foi demonstrado o protocolo para a flexão nabarra fixa à amostra, a fim de padronizar osprocedimentos de execução e avaliação. Toda aamostra era familiarizada com o teste, poisexecutavam-no, obrigatoriamente, no treinamentofísico militar. O suor nas mãos também foi controladoneste teste, aplicando-se “breu vegetal” nas mãos detodos os indivíduos da amostra.

Análise dos dados

Para verificar a normalidade utilizou-se o testede Kolmogorov-Smirnov – K-S e, para verificar acorrelação, utilizou-se o Teste de Correlação dePearson (r), para um nível de significância igual a 0,05,do programa SPSS for Windows, versão 10,0.

RESULTADOS

A comparação da Força de Preensão Manualda mão direita 52,9 ± 7,1 Kg com a da mão esquerda51,0 ± 6,5 Kg, apresentou diferença significativa comt = 3,76, para p = 0,01 e uma correlação forte esignificativa com r = 0,91, para p = 0,00.

Foi verificada a normalidade das variáveis peloteste de Kolmogorov-Smirnov – K-S, as quaisapresentaram distribuição normal (FPM = K-S – z=062 para p = 0,84; FBF = K-S – z= 0,77 para p = 0,60;SBF = K-S – z= 1,20 para p = 0,11).

Os resultados de média e desvio-padrão da

FBF, SBF e FPM estão apresentados na TABELA 1abaixo.

– TABELA 1 –

RESULTADOS DOS TESTES DE FBF, SBF E FPM

Mínimo Máximo Média DP

FBF (rep) 11,0 23 15,8 2,9

FBF / massa (rep) 0,15 0,34 0,22 0,05

SBF (s) 1,0 6,0 2,6 1,2

SBF / massa (s) 0,8 5,9 2,2 1,1

FPM (Kg) 40,5 69,5 52,0 6,7

FPM – Dir (Kg) 41,0 72,0 52,9 6,5

FPM – Esq (Kg) 39,0 67,0 51,0 6,7

α < 0,05

* FBF: Flexão na Barra Fixa;FBF/massa: Flexão na BarraFixa Relativa;SBF: Sustentação na Barra Fixa;SBF/massa:Sustentação na Barra Fixa Relativa;FPM: Força de PreensãoManual.

Os resultados das correlações entre os testesde FBF, SBF e FPM estão listados na TABELA 2.

– TABELA 2–

CORRELAÇÕES ENTRE OS TESTES DE FBF,SBF E FPM

FBF/massa (rep) SBF (s) SBF/massa (s) FPM (Kg)

FBF (rep) 0,87* 0,23 0,25 0,40*

FBF / massa (rep) - 0,34 0,45* 0,00

SBF (s) - - 0,97* 0,04

SBF / massa (s) - - - - 0,11

α < 0,05

* FBF: Flexão na Barra Fixa;FBF/massa: Flexão na BarraFixa Relativa;SBF: Sustentação na Barra Fixa;SBF/massa:Sustentação na Barra Fixa Relativa;FPM: Força de PreensãoManual

Os diagramas a seguir de dispersão referentesàs relações entre FBF, SBF e FPM estãoapresentados na FIGURA 1.

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FPM x SBF

SBF (s)

400350300250200150100500

FPM

(Kg)

70

65

60

55

50

45

40

FPM x SBF/massa

SBF/massa (s/Kg)

6543210

FPM

(Kg)

70

65

60

55

50

45

40

FBFx FBF/massa

FBF/massa (rep/Kg)

,4,3,2,1

FBF

(rep)

24

22

20

18

16

14

12

10

FBF x SBF

SBF (s)

400350300250200150100500

FBF

(rep)

24

22

20

18

16

14

12

10

FBF x SBF/massa

SBF/massa (s/Kg)

6543210

FBF

(rep)

24

22

20

18

16

14

12

10

FBF/massa x SBF/massa

SBF/massa (s/Kg)

6543210

FBF/

mas

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FIGURA 1 – DIAGRAMAS DE DISPERSÃO DAS CORRELAÇÕES DOS TESTES DE FBF, SBF E FPM.

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DISCUSSÃO

Visando respeitar o Princípio Básico daEspecificidade (Tubino, 2003; Dantas, 2003),utilizamos a média da Força de Preensão Manualdas mãos direita e esquerda, visto que o protocolodo teste de Flexão na Barra Fixa amarra que oexercício deve ser executado com ambas as mãos.A comparação da Força de Preensão Manual da mãodireita com a da mão esquerda, apresentoudiferença significativa com t = 3,76, para p = 0,01 euma correlação forte e significativa com r = 0,91,para p = 0,00. Este resultado aproxima-se doencontrado na literatura estudada r = 0,93 (Hantenet al, 1999). Sabe-se, também, que o tamanho damão, em homens, não influencia no resultado doteste de força no dinamômetro (Ruiz-Ruiz et al,2002).

Quanto ao teste de dinamometria, não há umconsenso sobre a posição ideal do antebraço parase medir a Força de Preensão Manual. A força dopunho mensurada com o cotovelo em extensão, semlevar em conta a posição do ombro, ésignificativamente mais alta do que com o cotoveloflexionado a 90º com o ombro posicionado a 0º deflexão (Su et al, 1994). Por outro lado, Desrosiers etal (1995), conclui que não há diferença no resultadoentre os testes de dinamometria com o cotoveloflexionado a 90º ou completamente estendido,utilizando-se a mão dominante. Este impasse nãonos permite definir qual a angulação ideal dosantebraços para comparar a Força de PreensãoManual, com a Flexão na Barra Fixa, já que arealização, desta última, engloba vários ângulos deposição.

As correlações apresentadas entre o tempode Sustentação na Barra Fixa e da Força dePreensão Manual com o desempenho na execuçãoda Flexão na Barra Fixa foram fracas. Este resultadodivergiu dos estudos de Sporrong et al (1996), paraquem a atividade de Força de Preensão Manual deveser levada em consideração, pois assessora asustentação de carga pelo ombro em trabalhos

manuais. Além disso, existe uma associação entrea Força de Preensão Manual estática e as atividadesdos músculos do ombro, principalmente quando emposições de flexão com o braço elevado.

O desempenho na Flexão na Barra Fixa éconstituído de sucessivas flexões dos cotovelos,extensão dos ombros, força de preensão manual esustentação do corpo. Isto posto, era de se esperaruma associação forte entre Flexão na Barra Fixa,Sustentação na Barra Fixa e Força de PreensãoManual. Todavia, os momentos de força musculardas articulações do ombro e cintura escapular, naexecução do exercício, são iguais a 80% e 50%,respectivamente, sendo negligenciáveis osmomentos de força muscular dos cotovelos epunhos.

A fraca correlação deveu-se ao nível deimportância que a força do antebraço exerce sobreo movimento da barra, já que, tanto em pronaçãocomo em supinação, a influência da articulação doombro é 4 (quatro) vezes maior que a influência daarticulação do cotovelo (Antinori et al, 1988). Destaforma, a fraca correlação encontrada deve-se a umafadiga antecipada da musculatura dos ombros emrelação à musculatura do antebraço, não permitindoa exigência máxima da articulação do cotovelo e dopunho durante o exercício na barra.

CONCLUSÕES

Analisando os pressupostos teóricos e osresultados apresentados, concluiu-se que ascorrelações da Força de Preensão Manual e doTempo de Sustentação na Barra Fixa, absolutas erelativas, com o desempenho no Teste de Flexão deBraços na Barra Fixa, foram fracas, devido a umafadiga antecipada da musculatura da articulação dosombros em relação às musculaturas dasarticulações do cotovelo e punho.

Endereço para correspondênciae-mail: [email protected]

Rua Ramon Franco, 78 apto 302Urca – Rio de Janeiro – RJ

CEP: 22.290-290 - Brasil

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A segunda metade do século XX marca oprogressivo interesse científico em áreas que viriama compor o escopo da Engenharia Biomédica.Inicialmente motivado pelo estudo de sistemasbiológicos complexos, este processo, induzido pelaevolução tecnológica e miniaturização de sensorese componentes eletrônicos, tomou forma nodesenvolvimento de instrumentos para uso emambiente médico-hospitalar.

A Engenharia Biomédica consiste na aplicaçãodos métodos de distintas áreas das Ciências Exatase de Engenharia no campo das Ciências Médicas eBiológicas. A descrição de estados fisiológicos pormeio de sinais não invasivos e a proposição de modelosmatemáticos capazes de descrever o funcionamentosistêmico são abordagens recorrentes. Ascaraterísticas dos sistemas fisiológicos, como nãolinearidade, multiplicidade de variáveis relevantes,impossibilidade de controlar as variáveisindependentemente e informações freqüentementeindisponíveis diretamente, tornam necessário odesenvolvimento de abordagens específicas emrelação a sistemas físicos convencionais, como osencontrados em outras áreas da Engenharia.

Inicialmente, foi designado um Oficial do Quadrode Engenheiros Militares (o autor do presente artigo)para um Curso de Doutorado na área, visando à suacapacitação. Dois artigos, de autoria do autor, já naSeção de Engenharia Biomédica do Instituto dePesquisa da Capacitação Física do Exército, foramsubmetidos e aceitos pelo III Congresso Latino-Americano de Engenharia Biomédica.

Estabelecimento da Injúria Pulmonar por ÁcidoOleico descrito pela Mecânica Respiratória (Quelhaset alii) propõe e compara diversos modelosmatemáticos para descrever a evolução da pressãoparcial de oxigênio dissolvido no sangue (paO2)durante processo de indução de SARA (Síndrome daAngústia Respiratória Aguda). A abordagem se valedo estudo de variáveis descritivas da mecânica

PERSPECTIVAS DA INTEGRAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO FÍSICAE ENGENHARIA NO EXÉRCITO BRASILEIRO

André Domingues Quelhas

Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército

pulmonar (elastância e resistência respiratórias),obtidas não invasivamente, para avaliar indiretamenteo paO2 (uma grandeza só obtida de modo invasivo).

Sistema Portátil para Processamento eTelemetria de Sinais Fisiológicos (Jandre e Quelhas)apresenta um protótipo de sistema de monitoração àdistância, em tempo real, de sinais fisiológicosquaisquer. O protótipo desenvolvido consistia de 4módulos componentes: Sensor (volume respiratório)-condicionador de sinal; digitalizador micro-processadodo sinal medido; unidade de processamento (palm-top + ‘software’ para extração de característicasrelevantes) e unidade de telefone celular. Este últimomódulo, em conexão direta com o palm-top, transmiteo sinal para o endereço IP do computador-base. Nestemódulo receptor, um programa escrito em Labview éresponsável pela decodificação, visualização earmazenamento do sinal recebido. Desta forma,dados fisiológicos de um ou mais indivíduos, mesmoque muito remotamente localizados, podem serinstantaneamente monitorados.

Desta forma, estão lançadas as bases de umaprofícua integração entre a consolidada excelênciatécnica do Instituto Militar de Engenharia e o pioneirismodo Instituto de Pesquisa da Capacitação Física doExército na proposição de diagnósticos e soluçõescientíficas para a garantia da prontidão da tropa e para amais alta eficiência do desempenho desportivo militar.

A Fundação Ricardo Franco de apoio ao InstitutoMilitar de Engenharia é peça importante na viabilizaçãode projetos conjuntos que envolvam órgãos públicosou a iniciativa privada, antevendo uma parceriaimportante, para uma maior integração entre a áreade Ciência e Tecnologia do Exército e os órgãossubordinados ao Departamento de Ensino e Pesquisa.

Endereço para correspondê[email protected]

Av. João Luiz alves s/n – Fortaleza de São JoãoInstituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército

CEP 22291-150

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ANÁLISE DE CONDUTAS ÉTICAS E ANTI-ÉTICAS NAPRÁTICA DESPORTIVA

José Maurício Capinussu

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Resumo

O presente trabalho trata da ética e da anti-éticaaplicadas ao desporto, relacionando-se estas duassituações com estudos de casos ocorridos na práticadesportiva. Aborda-se também a contribuiçãoprestada pelo “fair-play” à ética desportiva, enfatizandoque certas atitudes próprias da prática honesta e sadiado esporte vem reforçar a luta incessante contra aanti-ética, principalmente quando esta se manifestaatravés de uma forma científica, representada peladopagem do atleta. Neste particular, vale analisar aprofundidade do problema e sua conseqüentegravidade, capaz de merecer atenção especial de umorganismo de magna importância como o Conselhode Ministros da Europa.Palavras-Chave: Ética, anti-ética, dopagem.

Abstract

The present work addresses the ethics and theanti-ethics applied to the sport, relating these twopractice. The work also focuses on fair-playcontribution to sport ethics, emphasizing that attitudescharacteristic of honest practice are a reinforcementfor incessant fight against the anti-ethics. It is speciallyvalid to avoid scientific cheating, represented bydoping. Probably today’s biggest problem in sports, itdemanded special attention from the EuropeanCouncil of Ministers.

Keywords: Ethics, anti-ethics, dopping.

INTRODUÇÃO

Segundo Ferreira (1986), ética significa o“estudo dos juízos de apreciação referentes à condutahumana suscetível de qualificação do ponto de vistado bem e do mal, seja relativamente à determinadasociedade, seja de modo absoluto”. Dentro destaconceituação, quando Ferreira se refere adeterminada sociedade, podemos direcioná-la parao caso específico do esporte, possibilitando-nos umaabordagem sob o aspecto ético.

Os sociólogos colocam a ética como umatributo indispensável à prática das atividadesesportivas de forma limpa, honesta e bonita, chegandomesmo ao extremo de considerar que o esportepraticado sem os postulados da ética mais se parece

com as manifestações “esportivas” da Roma antiga.Naturalmente que não chegamos a tanto, porém,dentro de uma ordem normal, a falta de ética naprática esportiva representa um passo em direçãoao delito, ou seja, a ocorrência da transgressão. Esta,à luz da sociologia, traduz-se num misto de desvio,desobediência civil e crime, mas, no meio esportivo,primeiramente se constitui numa desobediência àsregras, um desvio, para, posteriormente, serenquadrada igualmente como desobediência civil eaté crime, dependendo de sua gravidade.

Após analisar uma série de pressupostosteóricos, ao fazer um trabalho sobre o olimpismo e aética esportiva, Tubino (1992) a conceitua como:“Ciência de conduta moral das pessoas nas práticasesportivas”.

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EXEMPLOS DE ÉTICA ESPORTIVA

A ética esportiva moderna nasceu com aprópria concepção pedagógica de esporte modernode Thomas Arnold, na década de vinte do século XIX.Na concepção daquele pedagogo inglês, que naEscola de Rugby, aos poucos, codificou os jogosentão existentes na cultura inglesa, transformando-os em modalidades esportivas, o “rugby” foi apoiadonum sólido associacionismo, que viria a tornar-se oprimeiro pilar da ética esportiva.

Referenciado nesse princípio ético doassociacionismo, surgiram os clubes e as federaçõesnacionais e internacionais, que viriam a consolidar ainstitucionalização esportiva. Essa ética esportiva,baseada apenas no associacionismo nascido dasconcepções pedagógicas de Arnold, permaneceu atéo final do século XIX, quando renasceu o movimentoolímpico, através do humanista Pierre de Coubertin,que viria a enriquecer a ética esportiva.

A gentileza do atleta, numa competição deesporte coletivo, como o futebol, o basquetebol ou ohandebol, ao estender a mão para auxiliar umadversário a se levantar, após este se projetar ao soloem virtude da disputa de um lance mais acirrado; nofutebol, a atitude de um jogador lançando a bola forade campo – antes mesmo da intervenção do árbitro– ao notar que um adversário está prostrado ao solovitima de uma jogada mais ríspida, e o cumprimentodo vencedor ao vencido ou vice-versa, geralmentemanifestado por um aperto de mão, ao término dacompetição, situam-se como exemplos significativosde ética esportiva. Entretanto, a correção, a lealdadee a elegância do atleta ao disputar um jogo de futebol,uma corrida de fundo no atletismo, uma prova develocidade em natação ou uma luta de judô,representam ações em que a ética estápermanentemente presente no campo esportivo.Enfim, quando a competição se desenvolve sem aocorrência de transgressões e, conseqüentemente,isenta de desvios, equivale dizer que a ética estevepresente em toda sua plenitude.

Por outro lado, determinadas atitudes que emalgumas modalidades esportivas poderiam serconsideradas altamente delituosas, em outras sãoregulamentarmente normais, como por exemplo, osoco em uma luta de boxe; o pontapé numa disputade caratê ou até a manobra de um automobilista ao

tentar manter a dianteira de uma corrida, postando-se à frente de seu perseguidor imediato, “fechando-lhe a porta” para a ultrapassagem, sem que estaatitude cause algum dano físico ou material ao seuoponente.

ANTI-ÉTICA

Quando qualquer ato cometido contra a éticana prática esportiva pode ser definido como umaconduta anti-ética?

No futebol, a presença do homem da mala, éexemplo característico do comportamento anti-ético.Objetivando estimular a equipe “A” para que obtenhaum resultado capaz de indiretamente favorecer aequipe “B”, dirigentes desta oferecem umacompensação financeira à equipe “A” para que derrotea equipe “C”, o que poderá redundar até na conquistade um título. O dinheiro será transportado, muito bemacondicionado em uma mala, para ser entregue aopessoal da equipe que colaborou pelo “Malaquias”,nomenclatura atribuída pela gíria futebolística aocarregador da valiosa mala.

No boxe, um lutador perde propositalmente emtroca de alguma vantagem – o que caracteriza osuborno – ou até mesmo para não se expor aosgolpes do adversário, com receio de sofrer lesões, épassível de punição. Entretanto, como comprovaresta conduta anti-ética? No caso do suborno, quefere frontalmente os mais comezinhos princípios daética esportiva, ainda pode haver comprovação daocorrência, a partir do instante em que a partesubornada denuncie a manobra e prepare umaarmadilha para o transgressor.

Coagir o adversário, dentro do campo decompetição, com atitudes grosseiras representadaspor gestos obscenos, pelo ato de molestarfisicamente e por palavras de baixo calão, tambémsão exemplos de comportamentos anti-éticos.

Tempos atrás, num Fla x Flu disputado noMaracanã, quando o Flamengo se avantajou no placar,a equipe do Fluminense teve três jogadores expulsose recebeu a orientação no sentido dos demaissimularem contusões até o momento em que, apenascom seis integrantes, provocasse da parte do árbitroa suspensão da partida. Configurou-se, portanto, umaconduta anti-ética.

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Ainda no futebol, quando uma equipe estávencendo e pretende ganhar tempo, utiliza o recursode dar “olé” no adversário: fazer uma troca de passesentre seus componentes, sem permitir que qualquerjogador adversário toque na bola. O “olé” originou-sedo grito uníssono dado pela torcida no instante emque o endiabrado e saudoso Garrincha driblava umoponente por diversas vezes. Da parte da equipeque assim age é um comportamento anti-ético,porque, inclusive, humilha o adversário, porém, éperfeitamente legal.

No automobilismo, quando um piloto obstrui porlongo tempo a passagem de outro que claramentereúne mais condições de ultrapassá-lo, é advertidocom a bandeira verde. Caso não atenda à estasinalização e cause prejuízos ao outro corredor, alémde evidenciar uma conduta anti-ética, estará sujeitoa sofrer sanções por ter cometido uma ação delituosade fácil comprovação pelas autoridades controladorasda competição.

As atitudes do ex-lutador Muhammad Ali(Cassius Clay), objetivando diminuir o valor de seusadversários e dar expansão a uma exagerada vontadede aparecer, também se constituía emcomportamento anti-ético, quase idêntico às atitudesdo tenista norte-americano John Mc Enroe, contumazem ofender os árbitros durante as partidas. Porém,há os que justificam tais procedimentos como partede uma tática usada por Mc Enroe para manter-seem evidência quando as partidas eram transmitidaspela televisão. Representava uma estratégia de“marketing” orientada por patrocinadores.

Em competições de xadrez, onde o silêncio éum fator de máxima importância para que o raciocíniodos participantes se desenvolva de uma forma rápidae serena, possibilitando a ocorrência de grandeslances, o ato de um jogador constantemente emitiralgum som é considerado uma conduta anti-éticapassível até de punição por parte do árbitro da partida.

FAIR-PLAY

Na última década do século XIX, a teimosiasaudável e o idealismo do Barão de Coubertin fizeramcom que o Olimpismo fosse restaurado, com aconstituição do Comitê Olímpico Internacional (COI),em 1894, e a realização das Primeiras OlimpíadasModernas (Antenas/1986). Os estudiosos do

movimento olímpico afirmam que Coubertin sofreugrande influência de Thomas Arnold, e até dizem que,se este não tivesse existido, não teria ocorrido ainspiração do Olimpismo pelo Barão, fazendoressuscitar os Jogos Olímpicos da Grécia Antiga,celebrados antes de Cristo. Mas, é justamente narecriação dos Jogos Olímpicos que surgiu o segundocomponente da ética esportiva, o “fair-play”.

Pierre de Coubertin, preocupado em reviver oque existia de melhor nas Olimpíadas, introduziu naconcepção filosófica do Olimpismo um referencial,denominado “fair-play”, que logo incorporou-se à éticaesportiva.

O “fair-play” pode ser entendido como aquelapostura cavalheiresca dos participantes de umacompetição esportiva, na qual insere-se o respeito ea aceitação das regras e códigos esportivos vigentes,além do entendimento de que os oponentes sãoapenas adversários esportivos e não inimigos. Numarevisão histórica, é possível achar-se parte daconcepção do “fair-play”, e apenas parte, nos JogosOlímpicos da Antiguidade.

A preocupação com a ética esportivamanifestou-se de maneira tão permanente que aUNESCO, motivada por uma publicação feita peloComitê Francês de Fair-Play, deu ao “ConseilInternationale d’Education Physique et Sport”(CIEPS)a missão de redigir um documento de caráterinternacional sobre esse tema. Surgiu, então, o“Manifesto sobre o Fair-Play”, cujo conceito expressaque, em primeiro lugar, é o competidor quem dá otestemunho de “fair-play”. Isto exige, no mínimo, quedê provas de um respeito total e constante pela regraescrita, o que lhe será mais fácil se aceitar o objetivodesse regulamento e se reconhecer que, além desseestatuto, existe um espírito dentro do qual se devepraticar o esporte de competição.

O “fair-play” se manifesta pela aceitação, semdiscussão, das decisões do árbitro, exceto nosesportes nos quais o regulamento autorize umrecurso; pela vontade de jogar para ganhar, objetivoprimeiro e essencial, e pela firme rejeição emconseguir a vitória a qualquer preço. O “fair-play” éuma forma de ser, baseada no respeito a si mesmoe que implica em honestidade, lealdade e atitude firmee digna ante um comportamento desleal; respeito aoadversário, vitorioso ou vencido, com a consciênciade que é o companheiro indispensável; solidariedade

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na camaradagem esportiva, da qual fazem parte oapreço ao companheiro; e o devido respeito ao árbitro.

A ameaça principal que pesa sobre o “fair-play”é a importância excessiva que, em nossos dias, seconcede à vitória, fonte de prestigio para oparticipante, seu clube ou organização esportiva etambém para o seu país, o que pode, além disso,trazer vantagens substanciais. Jogar para ganhar éa essência da competição esportiva, mas apreocupação excessiva pela vitória incita cada vezmais os participantes a violar os regulamentos.Estimulados por multidões excitadas e partidárias,atletas discutem e zombam da autoridade do árbitro.Temendo um fracasso, chegam a considerar osadversários como inimigos que devem ser abatidos,às vezes, com a cumplicidade dos dirigentes etreinadores. Estes excessos se alimentam dacrescente onda de indisciplina e violência que se temdesencadeado em nosso mundo moderno,principalmente no futebol.

O esporte necessita ser mantido de muitasmaneiras e por numerosas organizações, entre outraspelos poderes constituídos pelas autoridades locaise patrocinadores. Mas sua necessidade essencial,atualmente, é a salvaguarda do “fair-play”. Todos osque estão implicados no esporte de competição(participantes, pais, educadores, organizaçõesesportivas, treinadores e diretores, médicos, árbitros,autoridades públicas, jornalistas e espectadores) têmuma responsabilidade especifica na promoção do“fair-play”. A única esperança para o esporte é que oreconheçam e prestigiem por seus incontestáveisméritos, principalmente por meio de uma práticasadia.

O “fair-play” se constitui, portanto, numelemento de apoio à ética esportiva. Carvalho (1985)afirma que “a falta de espírito esportivo e a ética sãoa razão principal da violência”, preconizando anecessidade de campanhas de esclarecimento,objetivando a educação esportiva “em favor doEspírito e da Ética do Desporto”.

Continuando em suas considerações, Carvalhoafirma ser bastante evidente que nem os própriosdefensores desta perspectiva se apercebem o que,na realidade, esses termos querem significar: o queé Espírito e Ética do Desporto? Algo que se possaconceber independentemente da ética em si,isoladamente do comportamento correto (ético)

moralmente, que deve orientar qualquer cidadão? Queconsistência há em apelar para um espírito do esporteque, pela sua ausência, é considerado como a razãoprincipal da violência? Mas este aspecto promissorparece já ter existido em algum lugar, no passado,por exemplo, na Grécia antiga, e o que é mais grave,na fase do surgimento do esporte na Inglaterra, háum século atrás. Então, “o que é feito desse espíritoe ética esportivos?”, questiona Carvalho,acrescentando: “Porque se perderam, visto quecompletamente esquecido esse espírito áureo, gruposde jovens em fúria lançam-se por vezes emgravíssimas desordens nos estádios ingleses”.

Talvez, na pesquisa das razões que levaramos espectadores e praticantes esportivos a perderesse espírito e essa ética, resida, em primeiro lugar,a preocupação em perceber as causas dessamudança para sobre elas atuar.

Os preceitos ético-esportivos não existem emsi próprios desligados da moralidade geral docidadão, que sofre os efeitos da ética social comoum todo. Por outro lado, o esporte não pode serseparado do fenômeno social global.

Mas é interessante a contradição, conformedestaca Carvalho, ao afirmar que se contradizemtambém aqueles que defendem como solução parao problema da violência no esporte, a necessidadede incutir nos praticantes, desde as faixas etáriasmais jovens, os preceitos ético-esportivosadequados, mas na prática defendem os valores, aestrutura e as características de uma sociedade queé a origem da própria violência.

Sérgio (1986), ao falar sobre a ética eDeontologia do Treinador Profissional de Futebol,pergunta: Qual então o treinador que éticamente sedeseja promover? E responde ao seu próprioquestionamento tecendo considerações sobre oconvívio do técnico com os jogadores, com osdirigentes e com os demais técnicos, incluindomédicos e enfermeiros; na relação com os árbitros,com os órgãos de Comunicação Social, com osesportistas e o público, em geral. Trata-se, portanto,de um enfoque da ética, completamente desligadode qualquer ato delituoso, mas sobre a correta formade agir do técnico de futebol. É uma outra visão daética esportiva, sob um ângulo filosófico.

Ainda sobre o anti-ético como possívelinstrumento delituoso, Perry (1981) cita o caso de um

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jogador de pólo-aquático que durante uma disputaatingiu com violência a boca de seu adversário. Nãose tratava de um jogo, mas do treinamento de umaseleção. Embora o jogador vitimado tenha dito que ogolpe foi proposital, motivado por uma rixa antiga entreos dois, constatou-se que a jogada fora típica de pólo-aquático: no lance do tiro a gol, o jogador com a boladominada, leva o braço para trás, objetivando fazer oarremesso. Assim, nessa jogada normal, foraatingido o adversário, razão porque os autos doinquérito foram arquivados na Justiça Criminal do Riode Janeiro. Fica a pergunta: Quem poderá dizer quehouve dolo na atitude do aquapolista, talvez umagressor?

Se anteriormente citamos vários exemplos deanti-ética nos desportos, a maioria sem atingirfisicamente alguém e oferecendo condições parainterpretações dúbias, capazes de causar dúvidassobre a intencionalidade ou não de seus autores, umaspecto merece uma abordagem mais ampla, porse tratar de ocorrência que, uma vez consumada,pode ser facilmente comprovada através da aplicaçãode modernos métodos científicos e, portanto,caracterizada como delito. É a dopagem, definidacomo uma contravenção das leis ou regulamentosdas organizações esportivas competentes. Consisteno emprego de substâncias ou categorias desubstâncias proibidas em qualquer modalidade decompetição esportiva.

A dopagem mina os objetivos do esporte,podendo, igualmente, prejudicar a saúde dosesportistas que se dopam. A dopagem desvirtua osfundamentos éticos e humanos do esporte, recreativoou de alta competição, desrespeitando a condiçãohumana e tornando nulos os potenciais benefícios doesporte. Transforma o atleta num objeto: ele (ou ela)é utilizado, manipulado e instrumentalizado com outroobjetivo, o qual fica aquém do desenvolvimentointegral na liberdade e dignidade, que deve constituiro objetivo real da prática esportiva.

Presentemente, a constatação da dopagem éfeita em bem aparelhados laboratórios, dotados decondições para um programa de investigação básicaem química analítica e bioquímica, a fim de que ostécnicos que lá operam estejam perfeitamentefamiliarizados com os últimos progressos no âmbitode suas atividades.

A esse respeito, nada mais autêntico do que adeclaração do medalhista olímpico inglês, SebastianCoe, ao falar em nome dos atletas, durante oCongresso Olímpico de Baden-Baden:

“Para nós, a dopagem é a mais vergonhosaofensa ao ideal olímpico: exigimos a expulsão vitalíciados atletas que se dopam; reclamamos a exclusãovitalícia de treinadores e médicos que administram ainfelicidade.”

O assunto dopagem é tão importante quemereceu uma recomendação especial do Conselhode Ministros Europeus responsáveis pelo esporte,publicada num documento denominado “CartaEuropéia contra a Dopagem no Desporto”.

Em 1989, na Universidade do Porto, emPortugal, foi realizado um Fórum sobre “Desporto,Ética e Sociedade”, onde extraiu-se a conclusão deque a defesa de uma ética para o esporte deveria sera própria defesa do fenômeno esportivo em toda asua abrangência social. Neste evento, Bento propôspara uma nova Ética Esportiva, além dasespecificidades dos seus contornos, que ela seapresente num quadro de concepções, princípios eteorias, coexistindo com uma Ética geral.

CONCLUSÕES

Ao final desta abordagem podemos estabeleceralgumas conclusões:

– a ética esportiva se confunde com o “fair-play” nadisputa de uma competição. O segundo funcionacomo uma pré-condição para a ocorrência doprimeiro;

– o anti-ético na prática desportiva é umadesobediência às regras, um desvio; é um passoem direção ao delito;

– na competição esportiva, a ética está presentequando não se constata a ocorrência detransgressões às regras pré-estabelecidas;

– a ética esportiva não é privilégio daquele que seempenha duramente no campo de competição,mas, também, daqueles que o preparam:treinadores, médicos, psicólogos, massagistas,enfim, uma dedicada e eficiente equipe de apoio;

– de todas as condutas anti-éticas,a dopagem, já umautêntico delito esportivo, talvez seja o único

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REFERÊNCIAS

comportamento em condições de ser detectadomediante o emprego de modernos métodoscientíficos, devido a um imperativo irreversível: apossibilidade de provocar a morte do atleta dopado;

– a dopagem é a mais vergonhosa ofensa ao idealolímpico, segundo o campeão Sebastian Coe,

BENTO, J. O. À procura de referências para umanova ética do desporto. In: Desporto, Ética eSociedade. Porto: Faculdade de Ciências doDesporto e da Educação Física, Universidade doPorto, 1989.

BERESFORD, H. A ética e a moral social através doesporte. Rio de Janeiro: Sprint, 1994.

CAPINUSSU, J. M. Comunicação e transgressão noesporte. São Paulo; Ibrasa, 1997.

CARVALHO, A. M. Violência no desporto. Lisboa:Livros Horizonte, 1985.

FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da línguaportuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro: Editora NovaFronteira, 1986.

PERRY, V. Direito desportivo – “temas”. Edição doautor. Rio de Janeiro: 1981.

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TUBINO, M. G. Olimpismo ajuda a ética esportiva.Revista Olímpica Brasileira, n.1. Rio de Janeiro:Comitê Olímpico Brasileiro, 1992.

com quem concordam todas as pessoas de bomsenso.

Endereço para correspondência: [email protected]

R. Min Artur Ribeiro, 98 Apto 102Lagoa – Rio de Janeiro

CEP 22461 - 230

ANÚNCIO

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UMA HISTÓRIA COMENTADA DA TRANSFORMAÇÃODO VOLEIBOL: DO JOGO AO DESPORTO ESPETÁCULO

Prof. Guilherme Locks GuimarãesPaulo Emanuel da Hora Matta

Instituto de Educação Física e Desporto da UERJ e UGFInstituto de Educação Física da UERJ

Resumo

Este estudo tem por objetivo contar uma históriasobre a transformação de jogo em desporto derendimento do voleibol - uma história na qual os fatossão mais importantes que os nomes e as datas. Maisque uma pesquisa científica, é uma digressão sobreestes fatos. Para organizar este estudo, nos valemosde informações oriundas de fontes bibliográficas,digitalizadas e de comunicação pessoal. Concluímosque é necessário voltar a jogar mais voleibol nasquadras do que na televisão, como atualmente.Palavras-Chave: História, Desporto, Rendimento,Voleibol.

Abstract

This study describes volleyball’s evolution historyfrom a game to a sport. Facts are more important inthis story than names and dates. More than a scientificresearch, is the reflection upon these facts. In orderto organize this study we used information providedfrom digital bibliographic sources and personalcommunication. We concluded it is necessary topractice volleyball in the courts than just watch it ontelevision, as nowadays.

Key words: History, Sports, Performance andVolleyboll.

1 Congresso Nacional. Lei 8672 de 06/07/1993. Cap. III. Art. 3. Da Conceituação e das Finalidades do Desporto.

INTRODUÇÃO

MOTIVAÇÃO

Este ensaio é o produto do encontro entre doisprofessores de voleibol do Instituto de Educação Físicae Desportos da Universidade do Estado do Rio deJaneiro e da Universidade Gama Filho, desejosos deunir as suas vivências neste desporto e deixar paraoutros profissionais da área uma contribuição para areflexão e compreensão do percurso do jogodesportivo voleibol ao desporto de rendimento daatualidade. Por desporto de rendimento entende-seaquele realizado nas sociedades desportivas filiadas

às federações específicas dos vários desportos,conforme definido na “Lei Zico1 ”.

As citações serão escassas, pois parteconsiderável dos fatos apresentados foi vivenciadapelos autores: alguns de forma ativa no exercício daprofissão de técnico de voleibol, outros apreendidosatravés de relatos de pessoas envolvidas com estedesporto ou, ainda, reflexões ocasionadas pelasmodificações à regra, o que acarreta, geralmente,importantes transformações nos conteúdos didáticose processos pedagógicos do treinamento.

Obviamente, este colóquio chegou aos dias dehoje e lamenta-se a profunda crise que caracteriza,atualmente, este desporto, aparentemente, em nível

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nacional: poucas equipes, dificuldade em organizarcampeonatos adultos, diminuição do número deespectadores. Portanto, por haver dúvidas quanto àextensão desta crise, pensa-se que é mister observarque alguns fatos que nos serviram de motivação,provavelmente, sejam específicos do Estado do Riode Janeiro e espera-se que este motivo não invalideas nossas reflexões a respeito do futuro do voleibolde rendimento em nosso país.

Deste modo, entende-se oferecer à comunidadedesportiva e, sobretudo, àquela do voleibol, algunsrelatos sobre a história da transformação darepresentação social do jogo no desporto voleibol. Umahistória diversa daquela contada por datas e nomes,baseada na análise crítica dos fenômenos que vêmconstruindo este desporto.

NASCIMENTO2

O advento da revolução industrial transformoua vida social dos cidadãos. O camponês que utilizavaa luz do sol e as estações do ano para organizar oseu tempo, transformou-se em cidadão urbano,vivendo de acordo com o tempo imposto pela suajornada de trabalho.

Porém, este novo modo de trabalhar, muitasvezes mecanizado, repetitivo e bastante estressante,originou nas pessoas, que nele atuavam, anecessidade de extravasar as tensões acumuladasdurante a jornada. Assim, próximo ao local do trabalhoe da residência, reunidos em bares, no galpão daprópria fábrica ou oficina das proximidades,organizavam atividades lúdicas com os amigos. Essequadro descreve, de modo aproximado, a sociedadeproduzida pela revolução industrial no continenteamericano, mais precisamente nos Estados Unidosda América do Norte. Portanto, estas atividades eram,entre outras, a luta de boxe (sem luvas), o jogo demalha, e o braço de ferro e o beisebol.

As várias atividades laborais geradas por essefenômeno a necessidade de formar mão-de-obraespecializada para ser utilizada na gestão da formade produção e no aprimoramento dos produtos, levou

2 O texto deste capítulo tem por base o capítulo IX do livro: MANDELL, Richard D. Storia culturale dello Sport. Roma-Bari:Editori Laterza, 1989. Serão encontradas esparsas pelo texto, sem serem citadas literalmente, idéias que poderão serencontradas nos cap. XIII e XIV desta mesma obra.3 A YMCA no Brasil recebeu a denominação de Associação Cristã de Moços (ACM) e é identificada por esta sigla.

esta nova sociedade a preocupar-se com a formaçãodos seus membros. Entenderam que esta nãopoderia se realizar, somente, através da passagemda informação da vivência e da habilidade de algunsespecialistas para outros tantos aprendizes. Assim,investiram na educação de massa para criar os seusfuturos atores (produtores e consumidores). Destemodo, as atividades lúdicas da rua entraram naescola: teatralizadas e normatizadas. Estasatividades foram genericamente denominadas sport.

Ao mesmo tempo, acontecia a expansão dosmeios de transportes, que facilitava a locomoção daspessoas, e o desenvolvimento da imprensa, quetambém contribuiu para a formação do desportocomo fato social. Pois, a produção e a difusão douso de cartazes, almanaques, livros e jornais, amplioue popularizou os feitos esportivos, os recordes e osseus atores. Essa conjunção propiciou aprogramação dos espetáculos desportivos,inicialmente em nível citadino, estendendo-se, após,para outras cidades e regiões, até transformar-se nofenômeno mundial atual.

Estes eventos eram organizados nosmomentos de lazer das pessoas, quase sempre nodomingo, isto é, no dia do Senhor. Portanto, a primeirareação dos puritanos foi de condenar tal prática. Aoentender que a sua crítica e as suas ameaças - oinferno aos pecadores, organizadores, praticantes eassistentes - eram superadas pela nova atividade eignoradas pelos fiéis, estes grupos da sociedadenorte-americana constituíram uma associação, jáexistente na Inglaterra, onde as pessoas poderiamse reunir para reforçar a sua fé, aprender conceitosde higiene e bem-estar físico e praticar as atividadesdesportivas de forma lúdica. Esta associação, comoa inglesa, foi denominada Young Man ChristianAssociation (YMCA)3 .

Em fins do século XIX, um diretor da YMCA,Laurence Linder, deparou-se com a necessidade deuma atividade invernal e solicitou a um dos seusprofessores, James Naismith, que desenvolvesse epropusesse uma atividade para ser realizada emrecinto fechado. Este professor, em 1891, organizou

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um jogo que seria o embrião do hoje denominadobasket-ball4 .

O novo jogo foi bem aceito pelos praticantes,porém, como toda atividade nova, o pouco domíniodas habilidades motoras desportivas e o contato físicotransformaram-no em uma atividade violenta,dificultando ou mesmo alijando da sua prática aspessoas mais fracas fisicamente. Por esse motivo,em 1895, o professor William Morgan5 , instituiu umoutro jogo, no qual eliminava o contato físico, dividindoo campo com uma rede. Este foi denominadominonette. Poucos anos depois, em outra sede damesma Associação, este jogo recebeu adenominação atual de volley-ball. Então, após acertidão de nascimento e o batizado...

INFÂNCIA

O jogo elaborado pelo prof. Morgan utilizava umcampo com dimensões de 15,35 metros decomprimento por 7,625 de largura, dividido em doispor uma rede que media 8,235 metros decomprimento por 61 cm de largura. O jogo eradisputado em 21 pontos e não havia limite departicipantes para cada equipe. Outras modificaçõesseguiram-se:

– em 1918, a entrada do sexto jogador e a introduçãodo rodízio e o aumento da altura da rede para 2,30metros.

– em 1921, apareceu a linha central dando origem àfalta por invasão do campo adversário;

– em 1923, as medidas que são utilizadas até os diasde hoje, ou seja, a rede com 2,43 metros de alturae as medidas do campo em 18 metros decomprimento por 9 metros de largura.6

Julga-se importante recordar que cita-se,somente, uma altura da rede, quando sabe-se queexistem duas: uma para o sexo masculino e outra,para o feminino. Isso não quer dizer que as mulheresutilizavam a mesma rede ou não jogavam voleibol. Éque não havia uma regulamentação para elas, pois,

4 Disponível em: < http//www.cbb.com.br/conheca_basquete/hist.oficial.asp>. Acesso em 21 de abril de 2003, 21: 31:45.5 Disponível em: <http//www.cbv.com.br/cbv/institucional//index.asp?m=historiavoleibol..htm>. Acesso em 20 de abril de2003, 20:26:30.6 Dados recolhidos em: BORROTO Downer, Evelina. y coautores. Voleibol 1. La Habana: Editorial Pueblo y Educación,1992.

nessa época, não existiam competições oficiaisfemininas. Somente ao final da década de 30 deu-seesta regulamentação, com a altura da rede a 2,24metros.

Para ressaltar o caráter de jogo, informa-se que,no Japão, nesta mesma época, o voleibol erapraticado de modo diferente: as equipes eramcompostas de nove jogadores, o jogo era realizadosem o rodízio e com direito a duas tentativas do saque(à semelhança do tênis). A quadra media 24 metrosde comprimento por 10 metros de largura e a redetinha 2,10 metros de altura. Este modo de jogar ovoleibol perdurou até 1950, quando aquele país aderiuàs regras vigentes para os campeonatos daFederação Internacional de Voley-ball.

ADOLESCÊNCIA

A difusão deste jogo, que o transformou nodesporto de rendimento de hoje, deu-se por diversosmodos. Os primeiros difusores foram as missõesprotestantes que iniciaram a sua expansão nasAméricas. Assim, através das YMCAs, o voleibolchegou ao Canadá, em 1900, e, logo após, aos paísesda América Espanhola, próximos aos Estados Unidosda América do Norte (Cuba, México, etc.). Na Américado Sul, o primeiro país que se tem registro é o Peru,em 1910, onde foi introduzido por uma missãogovernamental norte-americana que tinha comoobjetivo organizar o sistema escolar daquele país.Estendeu-se aos outros países, através das ACMs,criadas nestes países após a chegada das missõesevangelizadoras das igrejas protestantes,principalmente a Batista.

Em nosso país a história não é clara. Existemduas correntes: uma indica que este desporto foiintroduzido em 1915, no Colégio Marista de Recife,capital do estado de Pernambuco. Outra versãoinforma que seria a Associação Cristã de Moços dacidade de São Paulo, em 1917, a responsável pelasua introdução. Tendo em vista a história do voleibolnos países vizinhos, os autores aceitam como maisprovável a segunda hipótese.

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O voleibol chegou à Europa com os soldadosnorte-americanos, durante o conflito historicamenteconhecido como “I Guerra Mundial”, que nos seusacampamentos da retaguarda, nos momentos defolga, utilizavam esta atividade como forma de lazer.O jogo foi assimilado pelos moradores destes locais,sendo, depois, incorporado à sua cultura como jogodesportivo.

Porém, foi no chamado bloco socialista, comoeram conhecidos os países que viviam na esfera deinfluência política da antiga União Soviética, que estedesporto teve a sua maior importância e difusão,identificando-se com a ideologia ali dominante. Erapraticado nas escolas, nas fábricas, cooperativasurbanas e rurais e nas Forças Armadas. No períodode 1960 a 1990, eram internacionalmente conhecidasas equipes do CSKP, da cidade de Moscou (equipedo Exército), e a do Automobilist (cooperativa demotoristas de táxi), da cidade de Leningrado, hoje SãoPetersburgo.

Pensa-se que algumas representações queteriam levado o voleibol a ter tal dimensão, naquelaregião, podem ser assim descritas: ser coletivo,favorecer a interdependência e a cooperação, e ter apossibilidade de ser praticado por qualquer pessoa,independente de idade ou sexo e em virtude dadiminuição da agressividade pela ausência de contatofísico, já que o campo é dividido pela rede. Destemodo, a agressividade é manifesta sobre a bola.

A expansão do jogo por todos os continentesfez com que houvesse interesse em organizar acodificação das diversas maneiras de jogar em umasó. Isso permitiria que a disputa se desse em níveismais amplos que a região ou mesmo o país onde oesporte era praticado. Para tanto, seria necessáriofundar uma federação internacional mediadora queorganizaria um regulamento que representasse ocompromisso entre histórias diversas na aceitaçãode um modo comum de jogar uma partida de voleibol.A fundação da Federação Internacional de Voleibolse deu em 1946, na cidade de Paris.

ADULTEZ

Terminada a fase de estruturação e o jogotransformado em desporto, tentou-se, desde o início,equilibrar as ações entre a defesa e o ataque.Recorda-se que o voleibol, com as regras da época,apresentava uma característica que pode-se dizerúnica entre os jogos desportivos: o ponto era marcadopela equipe que defendia7 .

As regras passaram a ser motivo decontrovérsias entre os integrantes asiáticos eeuropeus, cada grupo procurava modificá-las para darorigem a situações de aplicação das técnicas maispropícias para as suas características físicas. Osexemplos que seguem demonstram que oregulamento8 é muito mais que um simples resultado,é um compromisso.

Inicia-se pelo regulamento mais restritivo emrelação à execução do toque, que propiciou oaparecimento de uma nova habilidade, a manchete.Inicialmente, o saque era recepcionado de toque. Poresse motivo, todos procuravam sacar do modo maispotente possível para criar dificuldade à sua recepçãoe, conseqüentemente, à armação do ataque da equipeadversária.

Os asiáticos, provavelmente, por terem asmãos de dimensões menores, eram penalizados e,por esse motivo, solicitaram que houvesse maior rigorna marcação dos dois toques nesta técnica, no queforam atendidos. Assim, passaram a receber demanchete, o que, em pouco tempo, colocou as suasequipes entre as melhores do mundo. Estapossibilidade de fazer a recepção valendo-se doantebraço diminuiu a importância do saque potente,que passou a ser recepcionado com mais eficácia.

Os japoneses desenvolveram também umatécnica que ficou conhecida como saque flutuante(floting), no qual a bola flutuava em sua trajetória,dificultando, sobremaneira, a recepção. Contra esteartifício deu-se a reação européia e foi permitida ainterceptação do saque, através do bloqueio ou do

7 Antes do atual sistema de pontuação, o denominado rally point sistem, onde cada infração à regra vale um ponto. Vigia umoutro, onde só a equipe que detinha o saque poderia marcar pontos. Este sistema foi substituído pelo atual, em 1999.8 Georges Vigarello (1993, 309) ensina- nos “ o regulamento é um ponto de encontro entre histórias diversas, e é tambémem certa medida, o êxito”. “ Il regolamento è um punto d’incontro tra storie diverse e ne è anche, in una certa misura, l’esito”( T. do A.)

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ataque. Esta permissão diminuiu, consideravelmente,a eficiência do saque e desequilibrou a balança a favordos ataques. Foi revogada no inicio da década de 80e acompanhada de uma maior tolerância por partedos árbitros na execução da manchete. Estaseqüência de modificações é um caso clássico, ondehá mudança do regulamento como compromissoentre tendências contrárias9.

A última modificação da regra relativa ao saquedeu-se por pressão evolutiva: foi ampliada a zona desaque, que era localizada nos três primeiros metrosdo lado direito do campo, e passou a ter a mesmaextensão da linha de fundo da quadra de voleibol (9m).Isso fez com que fossem agregadas outras trajetóriasa essa técnica, que permitiram ao mesmo serutilizado, taticamente, com mais eficiência.

Outra alteração à regra que teve grandeimportância e gerou diversas evoluções no jogo devoleibol, utilizado como desporto de rendimento, foi obloqueio. A partir de 1962, com a permissão de invadiro campo adversário e tocar a bola antes que estaultrapassasse a rede, aumentou a importância destatécnica na constituição do resultado do jogo.

Esta regra deu origem a novas técnicas deataque, desde atacar a bola contra a mão do bloqueio(‘explorar’) com a clara intenção de fazê-la terminarfora da quadra, bem como modos de superar obloqueio com ataques que tomam direçõesinesperadas, realizados com a combinação dasrotações do tronco e da articulação do ombro comos movimentos do membro superior.

O aumento da eficácia na execução do bloqueiodeu origem, também, ao crescente emprego de fintas,utilizando-se um ou mais elementos da equipe naconstrução do esquema de ataque. Chegou-se,inclusive, a empregar um defensor que saltavapróximo a rede e, portanto, impedido de atacar, o que,algumas vezes, enganava bloqueadores menosespertos ou mais afoitos. Atualmente, incorporou-seo ataque com salto a partir da zona de defesa comomais uma ação técnico-tática para tentar dificultar asmanobras do bloqueio e conseguir maior êxito nosataques.

Escreveu-se que a codificação, algumas vezes,visa mediar as tendências contrárias. Então, com ointuito de restabelecer o equilíbrio entre a defesa e oataque, que foi sempre o objetivo do regulamento, apartir de 1976, o contato do bloqueador com a boladeixou de ser contado como o primeiro toque. Istopermitiu à equipe que defendia mais uma possibilidadepara preparar o ataque. Esta modificação à regrapossibilitou maior eficiência do contra-ataque,originando maior número de ações ofensivas,aumentando a importância do sistema defensivo(bloqueio e defesa) na economia do desporto.

Porém, com o desenvolvimento das ciênciasque concorrem para o treinamento desportivo e a suaaplicação na formação do atleta, o ataque ficou maispotente e tornou-se praticamente impossível àexistência dos rallies, que dão beleza e emoção aojogo de voleibol. Deste modo, o jogo de alto nível tendiaà monotonia, com seqüências intermináveis desaque, recepção e ataque. Todavia, recorda-se queuma das características do regulamento do voleibolera o interesse em equilibrar as ações entre o ataquee a defesa.

Por esse motivo, a Federação Internacional deVoley-ball autorizou que a defesa fosse realizada comqualquer parte do corpo, incluindo, também, osmembros inferiores e eliminou os dois toques na açãode defesa (primeiro contato da equipe), procurandoaumentar, deste modo, o tempo de bola em jogo. Aesta permanência da bola em jogo denomina-serally10 .

O DESPORTO ESPETÁCULO

A partir de 1992, com a inclusão do tie-breakno quinto set, a Federação Internacional de Volley-ball (FIV), iniciou, de modo determinado, a modificaçãodo sistema de pontuação da partida, a fim deestabelecer um formato que fosse mais facilmentevendável para a mídia, tentando, assim, atrair ummaior número de pessoas que se interessassem pelodesporto, ainda que de forma passiva, diante de umaparelho de televisão.

9 Vigarello (op. cit. p. 309)10 denomina-se rally no jogo de voleibol, o tempo de movimento da bola decorrente do saque até a sua inatividade por algumainfração à regra.

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Deste modo, o voleibol, como a política e areligião, também foi transformado em espetáculo, emproduto do show business, onde a difusão de umacompetição pelos veículos midiáticos é maisimportante que o número de espectadores no localdo jogo ou os atletas e técnicos. Como exemplo,podemos citar os jogos de futebol iniciando ao meiodia no verão e partidas de voleibol marcadas às 10horas da manhã de sábado.

Na busca do formato ideal para a difusão dosjogos de voleibol pela televisão, foram propostosvários modelos, por exemplo: no Brasil, o“Campeonato da Liga Nacional”, 1997/1998, foidisputado em uma forma híbrida de pontos e tempode jogo, fórmula que ficou conhecida como: “o set de25 minutos”. No inicio de 1998, os campeonatosestaduais foram disputados em jogos de 5 sets sema vantagem (rally point sistem), sendo os quatroprimeiros disputados em 25 pontos e o último em 15.Este é o atual modo de pontuar o desporto, pois foiaprovado pela Federação Internacional de Volley-ballem novembro daquele ano, incluindo-se, também, oatleta denominado libero, que por regulamento tem,exclusivamente, funções táticas defensivas.

Esta regra, bem como as outras realizadas nadécada de 90, foram determinadas pela busca de umespaço televisivo para a difusão do voleibol. Algumasdestas modificações, inicialmente, não foram bemrecebidas pelos praticantes e treinadores, poisaumentavam a solicitação emocional dos sujeitosenvolvidos no jogo, porém, se tornaramregulamentares pela pressão dos veículos midiáticose por licença cultural de uma sociedade, onde atolerância ao estresse e a sua superação sãoconsideradas demonstração de caráter e, portanto,comportamentos desejáveis.

Porém, é mister que se retorne a história dovoleibol. A partir da década de 70 do século passado,motivado por interesses políticos e econômicos eatravés de mudanças radicais nos meiosempregados para a preparação do atleta, observou-se uma transformação do desporto em geral, ojogador deu lugar ao atleta.

DO JOGADOR AO ATLETA

O estado da arte da fisiologia e osconhecimentos da bioquímica do metabolismo

humano permitiram maior cientificidade das práticasenvolvidas no treinamento desportivo, quer atravésda seleção dos estímulos combinados com temposde repouso, quer na utilização de drogas com efeitoanabolizantes. Nessa época, a utilização desubstâncias dopantes, por desconhecimento dosseus efeitos colaterais, não era considerada umatransgressão ética e moral.

Os recordes da natação e do atletismo foramsuperados em uma sucessão como jamais se viraantes. Os atletas, homens e mulheres, setransformaram de pessoas treinadas em protótiposde uma outra espécie, qualquer coisa entre o serhumano e o robô. Os que presenciaram esta épocalembram-se dos corpos volumosos das nadadorasda Alemanha Oriental e da transformação física dosvelocistas do atletismo. Este novo enfoque notreinamento não tardou a influenciar os jogosdesportivos no Brasil. E portanto...

O VOLEIBOL BRASILEIRO:

A CONSTRUÇÃO DA ATUALIDADE

Aproximadamente no fim da década de 70 einício da década de 80, deu-se o advento de doisprocessos que marcariam e influenciariam o voleiboldos dias de hoje no Brasil. Ao primeiro, denomina-seinterno, pois alterou de modo sensível eintrinsecamente o jogo em si. Trata-se da utilizaçãoda preparação física como integrante da formaçãodo atleta com o objetivo de melhorar o seudesempenho. Esta atividade já existia anteriormente,porém era utilizada como aquecimento, entendidoeste como uma preparação cardiovascular e articularpara esforços mais intensos.

A denominada preparação física era umaatividade à parte, sem especificidade com ashabilidades motoras do desporto e com as técnicasde competição. Baseado no estado da arte daquelaépoca, foram importadas máquinas para auxiliar nodesenvolvimento da musculatura e, com isso, darmaior força ao atleta e, portanto, maior eficiência, pormaior potência às habilidades motoras específicasdos mesmos. O trabalho era dirigido ao desempenhodo levantamento de peso. Equivocadamente,pensava-se que o aumento da força, gerado pelahipertrofia das fibras musculares, por si só melhorariaa potência e, portanto, o rendimento da técnica.

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Os conhecimentos à época não eram os dehoje e este tipo de atividade gerou um quadro delesões que encurtaram a vida desportiva de muitosatletas. Modelos importados de outras equipes desucesso, séries de musculação que não levavam emconsideração a relação dos músculos agonistas eantagonistas e as cadeias cinéticas por elessolicitadas foram algumas das causas.

Assim, o corpo do atleta que recebeu estetipo de treinamento, mais que um desenvolvimentosão da musculatura, sofreu a ação, em algunscasos, devastadora dos seus efeitos. Em realidade,era musculação mal apl icada que uti l izavaexercícios que tinham pouca relação com odesporto praticado. Importante também nãoesquecer a “Era Cooper” que transformou nossosatletas em ‘maratonistas’.

A difusão dos conhecimentos nesta área, tornou-se maior com a política da transparência do primeiroministro Gorbatchev, da União Soviética, que liberou osestudos e práticas dos seus cientistas à comunidadeacadêmica internacional, trazendo à discussão diversosconhecimentos ignorados ou pouco estudados atéentão. No ocidente, o desconhecimento dessas técnicasdava asas à imaginação, sendo difusa a idéia que osresultados eram conseguidos através de terrorpsicológico, isto é, ou competir e obter bons resultadosou o gulak11 siberiano.

Assim, os conhecimentos advindos dafisiologia, biomecânica, neurociência, bioquímica,psicologia e outros foram integrados ao atualprocesso de treinamento. Para geri-los foramorganizadas equipes interdisciplinares (comissõestécnicas) nas quais o treinador é o coordenador.

A reunião destes conhecimentos científicossignificou considerável desenvolvimento para o âmbitodo desporto, produzindo modificação radical no ensinoe aplicação dos métodos de treinamento. A era damusculação e dos longos exercícios aeróbios foisubstituída por atividades que tivessem uma relaçãoespecífica com o desporto praticado e quepromovessem o desenvolvimento da maestriadesportiva. Estes conhecimentos, ainda, são pouco

dominados em nosso país, freqüentando mais asreuniões acadêmicas e os institutos de educação físicaque os campos de treinamento. Urge apresentá-los.

A PARCERIA

O segundo processo denomina-se externo, poisnão é diretamente relacionado às habilidades e açõesdo jogo, porém, teve importância crucial nasmudanças ocorridas no desporto: regulamentos,horários de competições, criação e uso da imagemdos mitos e heróis desportivos, e a parceria.

Portanto, junto com a era da musculação,chegou ao nosso país o que não era novidade naAmérica do Norte, Europa e Ásia: a utilização dodesporto como veiculo de publicidade, o que poder-se-ia denominar: “a idade da parceria”, na qual o usopublicitário do desporto não tem relação com aatividade desportiva. A este respeito, Vigarello (1993,p. 227) afirma que:

Neste caso o publicitário desfruta de umoutro tipo de exigência: aquela do espetáculo.Utiliza a prática desportiva para captar aatenção. Introduz-se no cenário, enriquece-o ou,simplesmente, modifica-o de acordo com seusinteresses12.

.Assim, o voleibol teve seus regulamentos e sua

forma de jogar modificadas pela pressão dos veículosmidiáticos. Realizou-se estas transformaçõesvisando seduzir os sedutores (a mídia), tentando fazê-los interessar-se pelo produto voleibol.

Pois, o desporto é um produto excelso àpublicidade, isso se deve ao fato de que, ao sentar-se diante da televisão ou ir ao estádio para assistiruma competição desportiva, o consumidor está emuma situação emocionalmente propícia para receberas mensagens, pois, em geral, assiste-se ao eventodesportivo em momento de lazer e descanso,escolhendo-o voluntariamente. Isso favorece aempatia em relação aos bens e marcas apresentadosdurante o evento.

11 Campos de concentração para prisioneiros políticos da União Soviética.12 “In questo caso l’inserzionista sfutta um altro tipo di esigenza: quella dello spettacolo. Utilizza la pratica sportiva percaptare l’attenzione. Si introduce nello scenario, lo arricchisce o, semplicemente, lo stravolge”. (T. do A.)

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A parceria modificou a relação do atleta com asociedade desportiva. O que era uma atividade paraocupar o tempo de lazer, um hobby, transformou-seem atividade profissional. Assim, este desporto que,no Rio de Janeiro, era jogado às noites de terça ouquinta-feira, após a jornada de estudos ou laboral,passou a ser programado em qualquer dia dasemana, no local e hora que mais conviesse aosparceiros para a difusão dos seus produtos. Destemodo, os atletas para adequarem-se a este novomodo de participar desta atividade, tiveram de adaptaro seu tempo social ao tempo dos treinamentos e dascompetições do voleibol.

Porém, toda modificação, geralmente, faz assuas vítimas e um novo processo para se estabelecerdeve substituir ao antigo. Inicialmente, conviveram asequipes das empresas, como eram denominadas,com as equipes dos clubes desportivos, ostradicionais formadores de atletas. Nos primeirosanos dessa convivência, os clubes levaram vantageme ao final dos campeonatos saíram vencedores, porexemplo: o Fluminense Foot-ball Club, no feminino eo Minas Tênis Clube, no masculino, no CampeonatoBrasileiro de Adultos de 1981. Este fato fez com queas empresas aumentassem os seus investimentospara melhorar as suas equipes, obviamente emdetrimento dos clubes, que não possuíam a mesmadisponibilidade econômica.

Para satisfazer as necessidades dos parceiros,as competições passaram a ser realizadas por todoo país. Isso tornou-as economicamente proibitivaaos clubes desportivos, pois os custos do apoiologístico para uma partida eram, quase igual a umade futebol profissional, com o agravante de não trazernenhum retorno econômico. Para os clubes, competirno voleibol era sinônimo de gastar. É importanterecordar que se escreve sobre o início dos anos 80,época que marca o agravamento da séria criseeconômica que tem assolado o país.

Porém, segundo Debray (1994) está-se vivendoo mundo da ‘videosfera’, onde a imagem toma o valordos fatos, portanto, estes só adquirem valor, existênciaou impacto se forem divulgados pelos veículosmidiáticos, sobretudo a televisão.

O MODELO BRASILEIRO

Assim, o modelo escolhido pela ConfederaçãoBrasileira de Voleibol para a difusão do voleibol em

nosso país foi a formação de uma elite de excelênciamundial, isto é, equipes que tenham a possibilidadede disputar as medalhas nas competições maisimportantes: Jogos Olímpicos, Campeonato Mundial,Liga Mundial (“World League”) e Pan Americano, fatosmidiáticos. Inicialmente, esse modelo funcionou,difundindo o desporto, aumentando o número depraticantes e o interesse das pessoas que não opraticavam como atletas. Ele tornou-se parte dasconversas sociais, os seus eventos foram maisnoticiados pela mídia e os seus praticantes maishábeis tornaram-se personagens públicos.

Porém, em pouco tempo, uma outra face desteprocesso fez-se presente, o boom do voleibol daseleção brasileira foi o crash das associaçõesdesportivas: a “profissionalização” dos atletas, quese disseminou desde as categorias de base, deuorigem a maiores dificuldades para os clubesmanterem as suas equipes. Pois, em virtude dascrises econômicas acima recordadas, estes tiveramdiminuído o quadro social, sua principal fonte de renda.

Então, por terem seus recursos financeiroscombalidos, os clubes começaram a trafegar nacontra-mão do processo do voleibol, extinguindo assuas equipes ou limitando-se a disputar as categoriasinfanto-juvenis, onde não era necessário um grandeinvestimento econômico. Este fato está transformandoo voleibol em um desporto de muitas medalhas epoucos praticantes

Acompanhando esse processo, os clubes deempresa, por força da lei que os regulamentava,deveriam apresentar, nos campeonatos dasfederações a que estavam filiados, uma equipe dadivisão juvenil. Para organizá-las, deu-se uma práticapredatória sobre os atletas das outras equipes, que,seduzidos pela possibilidade de status e ganhoseconômicos, desejavam pertencer a essas equipes,a nova elite do voleibol.

A intenção manifesta na elaboração deste itemda lei era aumentar o número de atletas nas categoriasde base. Porém, o que não foi percebido é que asnovas equipes traziam na sua natureza a utilizaçãodo existente, tornando-as fatais para a formação denovos atletas. Os clubes tradicionais formadores deatletas não mais os faziam, pois alguns dos seusmelhores atletas terminavam no banco de reservasde equipes pertencentes às empresas maisimportantes.

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Esses motivos diminuíram a atividade dovoleibol de rendimento no Estado do Rio de Janeiro,onde, atualmente, em uma cidade com cerca de seismilhões de habitantes, existem seis equipesdisputando o campeonato estadual juvenil masculinoe, para organizar um campeonato adulto, énecessário trazer equipes de outros estados edesdobrar uma equipe em duas, como ocorreu noano de 1998.

PARALELO A DENÚNCIA, O ANÚNCIO13

Assim, o voleibol da televisão, o espetacular, odas medalhas, começa a acusar os reflexos da criseeconômica. A cada ano torna-se mais difícil aconstrução e a manutenção de equipes. Como provadessa hipótese estão: a mudança de sede de equipes,parceria fugaz e o pedido de ajuda ao Estado.

Porém, as crises são cada vez mais próximasuma das outras, é pública e notória a situação deequipes que só terminaram o campeonato da “Liga”,na temporada 2000/01, em virtude da abnegação dosatletas, que continuaram disputando mesmo semreceber a compensação econômica combinada. Natemporada de (2002/03), a “Liga Feminina” conseguiua inscrição de, apenas, 8 equipes.

A estes fatos, pode-se adicionar a volta daemigração dos atletas brasileiros para campeonatosestrangeiros e o interesse cada vez maior da mídia edos dirigentes da Confederação Brasileira e dasFederações Estaduais de Voley-ball pelo vôlei depraia, relegando a razão primária da sua existência,o desporto voleibol, a um plano menor nos seusinteresses e nas suas preocupações. Diante disso,aparenta entrar em crise o sistema que deveria servirpara alavancar todo o desenvolvimento do voleibol noBrasil.

Deste modo, a título de contribuição parafomentar o debate, entende-se que, sem abandonaro desporto espetáculo, os dirigentes do voleibolbrasileiro, especialmente, aqueles da cidade Rio deJaneiro, deveriam dirigir suas intenções para deflagrarum movimento de ressurgimento do voleibol, comodesporto de rendimento, nas tradicionais sociedadesdesportivas. Com esse intuito, ousa-se fazer algumas

sugestões:– organizar cursos para a formação de dirigentes.– facilitar ou isentar do pagamento de taxas relativas

à sua filiação e arbitragens a sociedade desportivaque disputar pelo menos três categorias.

– auxiliar na aquisição de material específico para aprática do desporte.

– organizar clínicas de atualização para ostreinadores, onde não se limitem a receber ‘receitasde bolo’ ou escutar histórias de profissionais bemsucedidos, mas que abordem os vários aspectosque compõem a metodologia do treinamentodesportivo.

DESLIGAR A TELEVISÃO,ENTRAR EM CAMPO

Portanto, o momento pede a construção de ummodelo novo. O antigo foi superado e o atualapresenta sinais de exaustão. A persistência da criseeconômica, que demandará muitos anos para sercontornada a níveis aceitáveis para a população, fazcom que seja necessário a volta ao voleibol de 20anos atrás, no qual vários clubes desportivos,impulsionados por seus técnicos e dirigentes,estimulados, principalmente, pela paixão de executaruma função que lhes agradava, organizavam suasequipes com pequenos custos.

Isto do ponto de vista profissional poderepresentar um retrocesso, porém, em termos de Riode Janeiro, é a única forma de realizar o voleibol nomomento, tal a magnitude do processo que arruinouesse desporto nessa cidade, nesse estado.

Assim, procurou-se apresentar uma história datransformação do jogo voleibol no desporto derendimento atual. Porém, entende-se que a ênfasedada ao desporto de rendimento pelos meiosmidiáticos possa diminuir a importância do jogo, quepelas suas características permite ser empregadocomo atividade física em diferentes manifestações,sexo e idades. .

Deste modo, conclui-se este ensaio comalgumas certezas e alguns anseios. Por entender-se que a prática do desporto é educativa, por ser uma

13 Expressão atribuída a Paulo Freire por Paulo Roberto Padilha no prefácio da obra (p. 12): Demo, Pedro. Saber Pensar. SãoPaulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2001. (Guia da escola cidadã; v. 6)

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atividade na qual podem ser exercitados váriosprincípios éticos (Beresford, 1994). Por entender-seque é necessário recuperar a alegria de jogar voleibolem nível competitivo. Por entender-se que existeespaço para um voleibol onde a motivação intrínsecade treinar-se, de superar-se e de relacionar-se emcondições de antagonismo com pessoas de outrassociedades desportivas deva ser maior que a

14 parafrase de um texto de Régis Debray. A frase original é: “Economia procura projeto de sociedade. Funcionários procuramdiretrizes. Presente procura história. Horizontais pedem verticais. Menos física, por favor, e um pouco de metafísica! Estamosasfixiados. Derrubai os muros de imagens, reabram com as palavras as janelas do espaço!”. “ Gestione economica cercaprogetto di società. Funzionari cercano legenda. Presente cerca Storia. Orizontali chidono verticale. Meno fisica, per favore,e un po’ più di metafisica! Siamo asfissiati. Sfondate i muri di immagini, riaprite con le parole le finestre dello spazio!” p. 198,(T. do A.)

motivação ao salário no fim do mês ou o prêmio dapartida. Por pensar-se assim, solicita-se a todos osenvolvidos com a prática do voleibol, por estar-seasfixiados, que se abata o muro da imagem14 , quese desligue a televisão e se volte ao campo para jogar.

Endereço para correspondência:[email protected]

R. São Francisco Xavier, 524 Sala 9131/1 FCEP 20550 - 013

REFERÊNCIAS

BERESFORD, H. A Ética e a moral social : atravésdo esporte. Editora Sprint Ltda. : Rio de Janeiro,1994. C. X, p. 67-86. ISBN 85-85031-64.6

BORROTO DOWNER, E. y coautores. Voleibol 1.La Habana: Editorial Pueblo y Educación, 1992.

BRASIL. Congresso Nacional. Lei 8672 de 06/07/1993. Cap. III. Art. 3. Da Conceituação e dasFinalidades do Desporto.

DEBRAY, R. Lo Stato seduttore: Le revoluzionemediologiche del potere. Edizioni SISIFO: Roma,1994. 204 p. ISBN-88.86059-08-6

MANDELL, R. D. Storia culturale dello sport. EditoriLaterza : Roma-Bari, 1994. c. IX, XIII e XIV. Títulooriginal: Sport: A cultural history. Columbia UniversityPress, 1984

MATTA, P. E. H. Uma história do voleibol.Comunicação pessoal. Instituto de Educação Físicae Desporto da UERJ, 1999.

VIGARELLO, G. Culture e tecniche dello sport. IlSaggiatore : Milano, 1993. parte 4ª e 5ª . ISBN 88-428-0123-2. Título original: Une histoire culturelle dusport. Éditions Robert Laffont, S. A. : Paris, 1988.

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