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Página 2 Sexta-feira, 10 de março de 1950 O GLOBO SPOPJIVO

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Nas horas de repouso, nada como um b om livro para distrair o espirito ]

marca tentos.BALTAZAR... PO RHERANÇA

Em H de janeiro de 1926, na cidade de Santos,leiro jogava "pelada" na» ruas. nos gramados de »rano Juvenil Guarani, em companhia de um irmão,São Paulo, já naquele tempo, atuava na meia-direicontra um adversário mais forte, em classe e tamaperna Desde esse dia não mais Jogou football, desseu irmão do quadro, nasceu o extraordinário cabezar E isto porque o irmão do situai crack, que e qudo team, passaram a chamar o mei.i. mijo verdadeque deixara de praticar o football. Devia forma surno Jabaquara. num trio central dos maf" notáveistransformado em centro-avante e conquistar a poa

(Conclui na

nasceu Baltazar. Como todo bom moleque brasl-<-as públicas e na escola. Aos 14 «nos passou a jogarme atuava como centro-medio O artilhem* do Rio-ta sua primitiva posição. Em determinada peleja,nho seu irmão sofreu um acidente, fraturando umafalcando sensivelmente o juvenil Com B r-ürada deeeador dos pramados paulistas <• brasileiros: Balto-em se chama Baltazar, era "o tal" e com sua retiradar« nome e Osvaldo, de Baltazar, em homenagem ao•Sn aquel- oue ms>ís (arde viria a formar, em 1944,íRaltazar-Baía-Lconaldo) — e que posteriormentecão de melhor comandante de ataque do momento.

página 1 r;v

Após o término do jogo com o Vasco, assim saiu Baltazar decampo lama, lama c lama, mas satisfeito por ter assinalado,

de cabeça, o tento da vitoria

S. PAULO, fevereiro (De J. P. Frank, especial para O GLO-BO SPORTIVO) ¦— Indiscutivelmente o centro-avante do Espor-fe Clube Corintians Paulista, vencedor do Torneio Rio-São Pau-Io, o solerte Baltazar, é o erack mais falado do momento, entre osaficionados do football. Os torcedores do Corintians servem-se deseu nome para justificar poderio, classe, vantagem sobre qualqueradversário Os fãs em geral d oesporte bretão falam do famosocabeceador com respeito, reconhecendo-lhe os méritos e justifi-cando as derrotas de seus quadros favoritos. Assim, o "colorcd"simbátieo. que "apareceu*1 no cenário footballístico paulista atu-ando na meia direita e depois tornou-se o melhor cenro avanedos campos paulistas, fazendo sombra ao velho sempre moço Leo-«idas da Silva, é o tema central de todas as palestras sobre •campeonato brasileiro e a Copa do Mundo. Nos jogos de várzea,nos prélíos intermunicipais, nos interestaduais, sejam quais fo-rem os quadros em campo, a todo momento e sob os mais varia-dos pretextos o nome "Baltazar" é citaod como exemplo, comoreefréncia. Se um avante cabeceia acert?.«íamente e coloca a pe-

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"Na piscina do Pacaembú, durante uma das concentrações do Corintians, Baltazarpalestra com d uas fãs

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 10 de março de 1950 Página 3

DA PRIMEIRA F1U

O IOR SOFREDMARIO FILHO

"Sr. Mário Filho. Outra linha: Respeitosa»

saudações. Outra linha: Espero que esta vi

encontrá-lo gozando perfeita saúde. Ponto". Aí co--1.-o; a história de um torcedor que

"torce" mais

rio que os outros, sem dar na vista. Escondendo-se. nue

cançam a satisfação íntima do descontentamento.Achando tudo ruim. Protestando por qualquer coi-

sa. Chegando à conclusão de que estão sendo expio-rados, que estão pagando os jogadores em campo,

estão construindo sede para os clubes. Enfim,

BI LA C e_____* _¦_____ __ffi__. _______ _¦_____!o SPORT

Quase com medo de aparecer. "O senhor não me

conhece. Como havia o senhor de me conhecer? Eu

não grito. Eu não gesticulo. O senhor, naturalmente,

eu não o culpo por isso — olha para os "outros".

Para que negar? Às vezes saio de casa disposto a

tudo. Escolho um grande match, vou cheio de co-

ragem. No meio da multidão eu desapareço, eu me

anulo. Fazendo questão de não "aparecer". Enco-

!hendo-me. Eu nunca me esqueci de um dia em que

eu tentei gritar pênalti. A voz saiu tímida. Pedindo

desculpas de "quase" romper o silêncio. E, então,

de todos os lados, as vezes dos "outros" me esma-

garam: "Cala a boca, bobo!" Calei a boca. Baixan-

do ¦ds olhos, E o coração parecia querer saltar-me

do peito".

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"O senhor falou naquele torcedor que conse-

gue parar o jogo com um grito. Todo mundoconcorda com êle. O juiz nem discute a or-

dem. Apita logo. Com a impressão de que falou o

aito-falante da Internacional Board. Agora, veja:

basta que eu abra a boca para que surjam protes-tos de todos os cantos. E eu não quero ofender nin-

guém. Apenas acho que tenho o direito de dar uma"deixa" também. De ser um dos vinte mil ou dostrinta mil espectadores. A multidão, porém, assus-ta-me. Por mais força que eu faça não consigo fa-zer parte dei 4. Sou um corpo estranho. Com umtr.êdo baita de ser posto para fora".

que eles são tudo. Que sem eles.

"Eu, pelo contrário, acho que o futebol sem

mim passaria muito bem. Quem não pode

passar sem o futebol sou eu. Todo. domingo

faço uma experiência. Digo que "é hoje". Traço um

plano. Lembro-me de chaves que nunca falharam.

Por exemplo: a da invasão de campo. O senhor re-

parou que quando um torcedor salta em campo, se-

ja êle qual fòr, alto ou baixo, gordo ou magro, for-

te ou fraco, todo mundo sai atra.' ! Èle não frita.

Ele só faz uma coisa: pular a cerca. Dar o sinal. No

instante, porém, da decisão suprema, eu fico onde

estou. Saltando só por dentro. É que me passou pelacabeça uma idéia aterrorizadora. Eu me "vejo" sal-

tando, correndo em direção ao juiz. E aí eu "ouço"

vozes de todos os cantos do estádio: "Pega êle!".•'Palhaço!". Então eu "olho" para trás. A multidão

não se mexeu. Eu estou só. E tenho de voltar. De

cabeça baixa. Nem a Polícia me prende..."

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"Eu,

às vezes, tenho a impressão de que o

senhor vai falar de mim. Um dia o senhor ci-

tou o caso de um marinheiro, torcedor do São

Cristóvão, que ia para a arquibancada de navalha

no bolso. Antes do fim do primeiro tempo êle pu-xnva a navalha. Os "outros" tomavam a navalha

dele e davam nele. Oito dias depois lá estava èle

de novo, com outra navalha no bolso. E a cena se

repetia durante todo o campeonato. Eu fiquei cheio

de esperanças. Porque aquele marinheiro era um eu

mais aperfeiçoado. Èle conseguia levar uma nava-

lha para o campo. Tinha a coragem de tirar a na-

valha. De ameaçar todo mundo. Depois de tirar a

navalha é que êle virava eu. Perdia a iniciativa.

Não fazia mais nada".

"Veja bem: eu salto para dentro do campo e

ninguém me acompanha. Quer maior prova

de que eu não pertenço à multidão, de que

eu sou, dentro da multidão, um corpo estranho?. O

senhor disse que havia torcedores privilegiados. Tor-

cedores que se davam ao luxo de torcer sozinhos.

Que não se integravam na multidão. O senhor, po-

rém, não explicou a coisa direito. Tais torcedores

são os portavozes da multidão. São a multidão. Eles

representam o papel de uma batuta de maestro. Bas-

ta qus eles abram a boca, para que todos abram a

boca. E quando eles resolvem saltar em campo, mas-

secrar um juiz. levam cauda. Atrás deles vêm os"outros", dezenas, centenas, milhares. A multidão,

enfim".

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4

"Eu não tenho a vaidade de ser um caso uni-co. Deve haver uma porção de gente comoeu. E era pensando nisso, que havia uma por-

cão de gente como eu, que eu estava esperando umareferência, e nada. O senhor não tomou conheci-mento de mim. Ignorou-me. E ignorou-me de umamaneira que me feriu, pois me ignorou falando nos"outros", citando os "outros". Eu também pago en-

trada. Apenas não acho que dez cruzeiros dão di-

reito a "tudo". Ou por outra, acho que os dez cru-

zeiros dão direito a t"udo". Cadê coragem, porém?"

-o-

"E eu não salto, nem antes nem depois. Fico

parado. Em um conflito intimo, danado. Haiti-

letiano. Saltar ou não saltar — eis a quês-

tão. Tudo em mim fica pela metade. Eu não esbra-

vejo, eu não sacudo os braços. Dentro de mim, po-

rém, há gritos e gestos. De longe em longe eu tenho

uma contração nervosa. Um espasmo. A coisa fica

por ai, Há gente importante que também não grita,

que também não gesticula. Porque não fica bem ser

multidão. Mas eu não sou importante. Eu sou igual

aos "outros". Isto é: queria ser igual aos "outros".

Pertencer à maior família do mundo, ã família que

se reúne nos estádios. Pais, mães, filhos, irmãos, so-

brinhos e primos pelo parentesco do grito, da lou-

cura coletiva. Por isso eu digo que se eu saltasse em

campo para dar no juiz nem a Polícia me prende-

ria".

5"E

mais grave é que eu continuo indo a to-

dos os jogos, sem perder um, apesar de sairde cada um deles pior do que entrei. O fu-

tebol arrasta-me como uma promessa de evasão.

Como um meio de desafogo. A gente chega e grita,

e solta tudo o que a gente tem cá dentro. Eu, po-

rém, nâo me desabafo. Acumulo recalques. E, um

10 SeLU teru

a Polícia me prendesse, vá lá. Eu não

fracassado de todo. Gozaria o farrapo

de glória do "Alemão", aquele torcedor do

Fluminense. Quando o Fluminense faz um goal a

torcida do "outro" lado mete o braço no "Alemão",

dia, quando menos se esperar, eu explodirei. Arre- g(e apanria com uma satisfação que só eu compre-

bentando em um Fla-Flu qualquer. Porque na hora endo Um dja eu o vi levando bordoada. E a fisio-

de gritar fiquei calado". nomia dele briihava. Êle sentia-se um herói, um

mártir, qualquer coisa de grandioso. Por isso êle~~°~~ não

tentava reagir. Não tentava sequer cobrir a ca-

beca com as mãos, como os macacos dentro dágua.

Reagir, mesmo para apanhar mais, qualquer um rea-

Apanhar gritando: "Fluminense! Fluminense!"

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"O senhor devia escrever algumassobre um torcedor assim como eu.

o merece. Principalmente porque ostêm a recompensa natural das expansões,para gritar e gritam. Vão para brigar e brigam. Al

palavrasÈle bem"outros"

Eles vão ge.só o

E' impossível escrever ou ler essas duas palavras,sem evocar a idade de ouro da humanidade, no berçodaquela Grécia divina, cuja misteriosa e indizivelsaudade arde perpétua, por um milagre psiquico, naalma de todo o homem que pensa. Tal é o prestigioda Helade antiga, que cada um de nós, fechando osolhos, vê reproduzirem-se todo o cenário, toda a gente,toda a historia, todos os costumes dessa remotíssimaidade. E' que cada um de nós, artistas e poetas, sem-pre temos dentro da própria alma um pouco da almada gente do Peloponeso.

Jogos Olímpicos da velha Helade! O céu azul en-curvava-se, amoroso e alegre fúlgido de sol, sobre aarena que se dilatava, numa imensa elipse cercada depórticos alvos. Fora da área dos jogos ficavam as pis-cinas de mármore. O barulho da água corrente can-tava perto. Homens de carne moça, de fortes mús-culos endurecidos pelo exercício violento — gente só-bria, que se alimentava com um punhado de azeito-nas, uma sardinha e um pouco dágua pura, — saiamnús do banho, dando aos beijos do sol os corpos apo-líneos, esfregavam-se com almofaças de pêlos ásperos,untavam a pele com óleos aromáticos, e em três sal-tos felinos chegavam à arena. Sobre os degráos de pe-dra do anfiteatro, a multidão esperava em silencio,a cabeça descoberta, os pés em sandálias de couro,com uma simples túnica sobre o corpo. No centro osjuizes, coroados de louro e carvalho, numa atitude dedeuses, deixavam cair, arrastados no pó, os largosmantos de púrpura. E um arauto perto deles espe-rava o nome do vencedor para o anunciar, pela fan-farra da sua voz retumbante, à assembléia, ao país eà gloria.

Era, primeiro as corridas a pé, derredor do es-tadio. Os pés firmes batiam a terra numa cadênciatriunfal. Uma nuvem de poeira dourada cobria, iri-zando-se ao sol, a massa humana, que voava. Depois,eram as corridas de carros: as leves bígas e as pesadasquadrigas, tiradas por cavalos em pêlo, disparavam,num estrelar de patas e ferragens. .. Depois, a multi-dão agitava-se, esmagava-se, pisava-se ansiosa e oexercício do pentatlo começava.

Firmavam-se os atletas em pontas de pés, encm-tavam o corpo aprestando-se para o salto, contraiamtodos os músculos; e, de repente, como arcos dobradosque se distendem violentamente, rompiam do solocom a impetuosidade de molas e aço e arrojavam-segloriosamente para o ar. E essa ascensão entusias-mava a multidão; os espectadores viam ali a subidavitoriosa da raça para a perfeição divina, para o seiodo Olimpo, para a gloria da imortalidade. Os escra-vos traziam então os discos e os dardos. Biceps d»bronze inchavam em braços de mármore. As garro-chás finas e agudas partiam, silvando, zunindo e era-vam-se fundo no alvo, com uma palpitação em todasas suas plumaa, e o rumor claro dos discos entrecho-cados cantava no ar.

E, subitamente, dois moços, grandes e belos, me-diam-se com os olhos, estirando os braços apertadosem braços de ouro e amplexavam-se. Um silencio an-sioso pairava sobre o circo: e nessa nudez completa damultidão, soava alto o resfolego dos lutadores, cujoscorpos, estreitamente unidos, oscilavam. Os seus ossosestalavam; o chão da -arena tremia ao peso do com-bate de semi-deuses. E quando um deles caia, ofe-gando sob o joelho do ouro — para o claro azul docéu deslumbrante subia, como o bramir de uma tem-pestade, a aclamação da assembléia.

O nome do herói, repetido por vinte mil bocas,voava a todos os confins da Gecia, e o vencedor, em-punhando um ramo de oliveira, caminhava em triurfo para a sua cidade Natal.

OLAVO BILAC"Alemão" pode fazer

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OLÍMPICOSDE INVERNO

Os próximos Jogos Olímpicos de In-

verno realizar-se-ão em Oslo em 1952 e a

sua organização já se acha em andamen-to. A famosa pista de saltos de esqui clc

Holmenkollen nos subúrbios da capital está

eendo desmantelada, pois é feita de ma-

deira e a nova será de concreto. Na parte

interna de sua estrutura, haverá espaço

para escritórios, cafés, vestiários e tambem

para um museu. Novas arquibancadas paraos espectadores acha-se em construção. Es-

pera-se que 125.000 pessoas assistirão às

competições durante os Jogos de Inverno.

Oslo tambem está preparando uma pistade "bobsleigh" para os jogos. Será a única

de sua espécie localizada numa grandecidade, e provavelmente se tornará numa

atração turística de valor permanente. A

pista começará nos cimos de Frognerseter

precisamente ao norte da cidade e descera

em ladeira até dentro de Oslo percorrendouma distancia de 1.000 metros.

Está sendo projetada em combinaçãocom os peritos suíços Dr. Cattani e en-

genheiro Ingold. Até agora, esta espécie de

esporte não tem sido muito comum na No-

ruega.

Asseguram que os indianos jogam foot-bali sem chuteiras, e que a seleção que viráao Campeonato do Mundo exibirá essa pito-resca e curiosa característica. Seus jogado-res surgirão em campo como se fossemdisputar uma "pelada". E' de se supor queusarão turbantes, em vez de gorros. Basea-do nessa notícia, uni jornal francês faz esta

pergunta: Joga-se mais bem o football semchuteiras? Itefcrent-sc ao caso da equipe daíndia, como tambem a chuteira leve queusam os sul-americanos, e que lhes permiteuma maior destreza com a bola. A chuteirados europeus é pesada, como a do tipo in-

glcs.Há fundamento para essa pergunta dos

franceses. Sabe-se de um jogador, "crack

de peladas" que jamais castigou os pés avan-tajados em chuteiras, mesmo nos jogos de"festival", e tão duros ficaram os seus pés,com o correr do tempo, que certa vez que-brou a perna de uni adversário com um pon-ta-pé. E' o que reza a historia, pelo menos.(D. Pampa).

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Março, 8 — O Flamengo inscreve-senas regatas internacionais do Tigre. — Do-mingos segue para Buenos Aires pelo"Caiçara", da Condor. — Comenta-se adiferença de renda entre o campeonatode football argentino e o brasileiro em1934; argentinos 16.000 contos, brasileiro.1500 contos. — 10. Jogando em Belo Ho-rrizonto. com o Atlético, o Flamengo ederrotado por 4 a 0 — Em Sao Paulo,empatam o Palestra e o Sáo Paulo dc 3 a2 _- O Sporting Club, do Uruguai, (bas-ket-ball) estreando nesta capital, vence oVasco por 43 a 26 — 11: Benevenuto Nu-nes bate outro "record" sul-americano.400 metros de costa, que pertencia a Zor-rila. Tempo: 5'44" e 115. — Max Schme-ling derrota Steve liamos, em Hamburgo,no 9." assalto, por abandono — Anuncia-se que Floriano (Marechal da Vitoria )deixará o Atlético Mineiro para ingressarno Botafogo, como técnico. — Plano doBoca Juniors para a construção do seuestadio cada sócio ou torcedor pagara 50centavos por goal, no campeonato --13:Estuda-se a vinda de um team dc basket-bali norte-americano à Amenea do Sul.As despesas seriam divididas entre Brasil,Argentina e Uruguai. 14: O Flamengo eproclamado campeão carioca de basketball,sem derrota.

Março, 8: "Fatores de ordem moral —

causa primordial, do rracasso do footballbrasileiro. E' como se comenta a derrotados nossos cm Buenos Aires por 6 a 1, dian-te dos argentinos, em disputa da "Copa

Roca" — 10: No segundo jogo com os ar-gentinos, vencem os brasileiros por 3 a 2.Leônidas fez o goal da vitoria. Renda su-perior a 250 contos. — 12: Hercules e No-rival são assediados com propostas por clu-bes argentinos. — 13: Cogita-se, em SãoPaulo, da organização de uma "lista negra"de jogadores visando "o soerguimento moralc disciplinar" — 14: O boxeur argentino Va-lentim Campolo assina contrato para en-frentar Joe Louis, desde que vença BuddyBaer. — O São Cristóvão embarca para oParaná — Preparando-se para a terceirapartida, em Buenos Aires, Romeu perde trêsquilos em noventa minutos. Refere-se a elea crônica argentina "Gordito, Gordito, peroés un fenômeno".

A MARCHA DO TEMPO

Há trinta anos eles brilbanram no remo. voces conhecem vários nomes <i».compunham, então, a guarnição da yole "Natação \ vencedora do CampeonatoKio de Janeiro — Patrão. Rodolpho Povoas; voga. José de Lima Filho,.SOU-voga. Salvador Laviola; contra-voga. Augusto da Silva: I." .-entro Mano. I 1..-xeira Novaes; 2." centro, Fuclides F. Machado: eontra-proa. Abrabao Sall-

ture; sota-proa..loaquim C. Cardoso; proa. Domingos F. da Cesta

EXPULSO DO FOOTBALL COLOMBIANOUM JOGADOR PERUANO —

Barbadillo — foi expulso do fòotbali colombiano porque seu ren-dimento, segundo "Estádio", doChile, baixou notoriamente, de-vido à vida desregrada que le-vava. Mas não ficaram ai as coi-sas, já que, além de ser elimina-do do team em que atuava, Bar-badillo fica praticamente oxpul-so do país, pois vê cancelada asua licença de permanecer naColômbia.

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Ano1898 —-1899 -1899 —1899 —1899 —1899 —1902 —1902 —1902 —1902 —1903 —1903 —1904 -1904 —1904 -1904 -1904 -1905 -1905 -1906 -1910 -1911 -1919 -1920 -1922 -1924 -1924 -1924 -1924 -1925 -1926 -1926 -1926 -1927 -1927 •1928 -1928 -1929 -1931193219331935193519371938

,'olantu VelocidadeLaubat 63,14

66,6570,3179,5393.74

ChasseloupJenatzy Chasseloup LaubatJenatzy Chasseloup LaubatJei.al-.iy 105.92Serpohet 120,70Vanuerb.lt 122,31Fhürmer 123.17Auièrs 124,12jDurav 135.52Henry Ford 147 04Vanderbilt 148.54

.Tligt-;_y l'tü 58De Cateis 156.52Rigollv 149,48Barras 168.22Henicrv 176.46Bowcleii 176,62Mariot 195.30Oldfield 211,97Burman 228,08De Palma 241.18Milton 251.06Guinness 207.87Thomas 208.22R. Thomas 230.61Eldridge 234.80Campbell 237,53Campbell 242.78Segrave 245.14Thomas 272. 4Thomas 275.19Campbell 281.43Segrave 327.96Campbell • 332,74Keeck 334.01Segrave 372.46

—- Campbell 396.03Campbell 408.70Campbell 438.47Campbell 445,49

—- Campbell 484.61Eyston 502.42Eystnn 556.104

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 10 de março de 1950 Página 5

ola Velhfll/l èVC/f>w

Um milionário, numa praia particular, deixou a esposa entregueàs ondas por alguns minutos. Ao voltar, viu uma multidão agitada emredor de uma banhista que jazia estendida na areia. — Que houve? per-guntou o ricaço ao mais próximo.

— Acabam de retirar alguém da água — foi a resposta.

M T EST" SPORTIVOO homem investigou e ven-

ficou qc-u a pessoa salva era suaesposa.

Que vão fazer com ela?perguntou a um banhista que securvara sobre o corpo imóvel.

Vamos lhe dar respiraçãoartificial. E sem perda de tempo:

Artificial? Não senhor!Dê-lhe mesmo da verdadeira! Eupagarei, seja quanto fôrl

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áÊÊT\ tm*\ ""* f. **^ ''•"¦""v ' Itlk^Uf^+m

— Não se impressione com amodificar a tendência das apostas.

'encenação v: apenas um truque para '

Ei-lo em 1923. a caminho cia con-quisla da fama mundial. Quem é*

a) Jess WHIardb) (íenc Tunneyc) Jack Dempsey,d) Firpo.

(Solução na páeina t.r»i

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,"> — Joe Louis já sr exibi»Am»'"-' ¦» do Sul?

Respostas na página 15j

la-ou

refere-se a

Ken-Arca-<;iís-

na

EM LONDRES, a Fe-dêração Internacional deBox selecionou três fran-ceses para representar aEuropa na competição•'Luvas de Ouro" previs-ta para o mês de abril, emChicago, contra pugilis-tas amadores norte-ame-ricanos. Os escolhidossão Jacques Bataille(peso pi uma), RobertVallet (peso médio) eDegi Innocenti (peso pe-sado).

shall bateu hoje o "re-cord" de nado livre em440 j a idas com 4'35" e610.

EM PRINCENTON, Oaustraliano John Mar-

EM BOLOGNA. a Ita-lia venceu a Bélgica por3 goais a 1, no matchinternacional disputadonesta cidade. Milaharesde pessoas assistiram aoencontro de que saiu ven-cedora a esquadra "Azur-ra", depois que o primei-ro tempo terminou empa-tado por 1 a 1.

sua última apresentação jna capital do Paraguai, >a equipe militar brasilei-ra de basket-ball venceuo Olimpia, campeão pa- \raguaio por 67x53.

EM ASSUNÇÃO, em

NA GUATEMALA, a <equipe de football de \Honduras derrotou, ines- ;peradamente, a Col<}n- \bia por 2x0, enquanto a \República do Salvador \abateu o Haiti, por 1x0.

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EM NOVA YORK, opeso pesado Joe Walcott,de 36 anos, tornou-se ocandidato de maiorespossibilidades ao titulomundial, depois de terderrubado, por "knock-out" o cubano OmelioAgramonti, no sétimo"round" da luta dispu-tado nesta cidade. Wal-cott levou Agramonte va-rias vezes à lona, sendoque 4 no quarto "round"e duas no sétimo.

Existe na localidade deLlangefni, Inglaterra, umcurioso museu. Trata-se deuma coleção — avaliada emcinco mil libras esterlinas —reunida durante vinte e seisanos por Glyn Jones, carni-ceiro de profissão e grandeentusiasta do box. Jones co-meçou, quando menino, ajuntar recordações de seusport favorito. Entre ospreciosos objetos que mos-tra o colecionador aos visi-tantes de seu museu — ins-talado em uma casa pré-fa-bricada — figuram um cin-turão de prata lavrada quefoi obsequiado em 1860 aJem Mace, as luvas que per-tenceram a Peter Kane, JoeLouis, Billy Comi, Eroie Ro-derick e Pedlar Palmer;mais de 25.000 metros defilmes sobre encontros debox, 1.400 livros sobre otema, centenas de gravaçõesdos mais famosos pugilistas,e cartazes de propagandados grandes encontros. En-tre esses há alguns deverascuriosos; o mais antigo datade 1741.

A marcha é consideradacomo o mais são dos exerci-cios físicos, ativa a respira-ção c leva ao organismo aquantidade de oxigênio ne-cessaria: provoca contraçõesmusculares úteis e facilita aeliminação das toxinas au-mentando a força dos mús-culos. Aconselha-se a cami-nhar uma hora pela manhãe algo mais pela tarde, apasso regularmente ligeiro.

ROLLER DERBY - Nestes últimos tempos ganhou jrande ^^"V"1.^1;^!^ o"ín^'^k^Í^^ ^. -r" -.T4. de resistência em P^ins de

^ e^ do (,catch<,

bue-se á televisão a rápida popularidade desses espetáculos.

EM FILADÉLFIA, KidGavilan, o pugilista cuba-no pretendente ao títulomáximo dos pesos-me-dios, venceu aos pontos onorte-americano O t i sGranam. Graham sur-preendeu a assistênciapor sua aparen V con-fiança e falta de re.spei-to pelo soco notoriamen-te violento de Gavilan.

Num programa de per-guntas, numa estação radio-fônica de Nova York, apre-sentaram a vários cândida-tos ao prêmio de uma gela-deira, esta questão: Qual ea menor contagem por quepode vencer um team derugbv (football norte-ame-ricano)? Todos responde-ram: 2 a 0. A geladeira fi-cou para ser disputada nnprograma seguinte. Na ver-dade, o score pode ser de1 a 0, ainda que em condi-ções especiais.

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Página 6 Sexta-feira, 10 de março de 1950 O GLOBO SPORTIVO

CARLOS XAVIER DOS SANTOS— BELO HORIZONTE —• 1) — O»impeões brasileiros de 1936 no cer-

tame oficializado pela C. B. D..su istas tendo os gaúchos

-orno vice-campeões. 2) — Não foidisputado nesse ano o campeonatobrasileiro das entidades profissiona-lizadas, que promoveram tm seu lu-gar um torneio entre os teams cam-peões do Rio, Minas, São Paulo e E"-

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Mirim, crack do Bangú, ainda coma camisa do Fluminense, de Vitoria

— Espirito Santo

pirito Santo, a saber: Fluminense,Atlético Mineiro, Portuguesa de Des-portos e Rio Branco. Esse torneiofoi ganho pelo Atlético que ficouassim com o título de "campeão doscampeões". 3) — Os baianos foramcampeões em 1934.

'SMAEL BARRETO ANTUNA —BELO HORIZONTE — MINAS —1) — Os resultados do Botafogo nocampeonato que conquistou em 1948foram estes: América 1 x 0 e 2 x 1.Bangú 0 x 0 e 3x0. Bonsucesso3 x 0 e 2 x 1. Canto do Rio 4x2e 4 x 1. Flamengo 2 x 1 e 5 x 3.Fluminense 5 x 2 e 2 x 2. Madurei-ra 6 x 0 e 2 x 0. Olaria 6 x 1 e 4x 3. São Cristóvão 0x4 (única der-rota, no primeiro match do certa-me) e 3 x 1. Vasco da Gama 2 x1 e 3 x 1. 2) — Quanto à propôs-ta escreva para a secretaria do clu-be alvi-negro, à Avenida Wences-lau Braz, 72 — Rio de Janeiro

EROS MORAIS — JUIZ DE FORA— MINAS — Cremos ser o Vasco••a Gama o clube que está nas con-dições a que o senhor se refere em•eu bilhete.

ADY LOPES DE SOUZA — ES-.ACIO DE SA' — RIO — Desculpe,

mas o seu desenho de Santo Cris-to foi rejeitado.

ARNALDO SANTOS — S. GON-CALO — EST. DO RIO — Rejeita-dos os seus desenhos do Biriba, deCastilho e índio.

MÁRCIO CARVALHO FERREI-RA — DIVINÓFOLIS — MINASGERAIS — 1) — O Botafogo foicampeão da cidade nos anos de 1910,1930, 1932, 1934, 1935 e 1948. 2) —

Os teams campeões foram estes: —1910 — Coggin — Pullen e Dinorah— Rolando — Lulu Rocha e Le-fevre — Emanuel — Abelardo —Decio — Mimi e Lauro. 1930 —Germano — Benedito e Otacilio —Burlamaqui — Martim e Pamplona

BILHE 1ES DO LEI10RCARLOS ARÊAS

Ariza — Paulinho — CarvalhoLeite — Nilo e Celso. Reservas quetambém jogaram: Orlando Pessoa —Jucá — Canalli — Povoas — Roge-rjo — Alkindar e Álvaro. 1932 —Vítor — Benedito e Rodrigues —Afonso — Martins e Canalli — Al-varo — Paulinho — Carvalho Lei-te — Nilo e Celso. Reservas quelambem jogaram: Mourinha Costa

Alvir — Ariel — Padula, — Ro-gerio e Cartolano. 1933 — Victor

— Rogério e Vicente — Afonso —Ariel e Pamplona — Cartolano —Nilo — Carvalho Leite — Jaime ePirica. Reservas que também joga-ram: Badu — Canali — Moura Cos-ta — Atila — Waldir — Tété — Lu-dovico — Eloy — Mosqueira —Dondon e Hermes. 1934 — Vitor —

Albino e Vicente — Ferreira — Ro-gerio e Long — Moura Costa —Beijinho — Nilo — Franklin e Jai-me. Reservas que também jogaram:Carvalho Leite — Eloy — Gustavo

Pedrosa — Pamplona — MouraCosta li — Atila — Afonso — Wal-dir — Pirica e Germano. 1935 —Alberto — Albino e Nariz — Afon-so — Martim e Canalli — Álvaro

Leonidas — Carvalho Leite —Rússinho e Patesko. Reservas quetambém jogaram: Luciano — Nilo —

Arthur — Rogério — Silvio Hofí-man _ Caldeira — André e Vivei-ros. 1948 — Oswaldo — Gerson eSantos — Rubinho — Ávila e Ju-venal — Paraguaio — Geninho —

Pirilo — Otávio e Braguinha. Tam-bem jogaram: Sarno — Marinho —Nilton e Zezinho. 3) — Rejeitadasas caricaturas de Leonidas, Biriba,Ademir e Fiavio Costa.

THOMAZ H. FERNANDES —BAÍA — 1) — Rejeitados os seusdesenhos de Lero, Russo, Helvio,Luiz Borracha. Canhotinho e Cas*i-

7ip ^^> ,-**e;

^WM I

QRiNnn

Gringo, visto pelo nosso leitorFiavio Viero, de Erechim — Rio

Grande do Sul

lho. 2) — Vamos responder a suapergunta com um exemplo positivo.O penalty de Domingos em Piola,no jogo Brasil x Itália, em 1938 foimarcado com a bola fdra de jogo.

WILSON FURTADO DO VALE —SÃO JOÃO NEPOMUCENO — MI-NAS — O endereço do Fluminenseé rua Álvaro Chaves, 41, Laranjei-ras. 2) — Lelé continua no SãoPaulo F. C, na reserva. 3) — OBotafogo jogou em 1936 duas par-tidas na América do Norte, em SaintLouis, vencendo o Shamrock por 1a 0 e empatando com uma seleção

tiAClÚlÜPORaingahi&, o saudoso arqueiro doTorino, num desenho de GilsonPassos, de Vitoria - Espírito Santo

norte-americana por 3 a 3. Em 1941o alvi-negro voltou a jogar nos Es-tados Unidos, em Nova York, per-dendo para uma seleção norte-ame-cicana por 3 a 1.

PEDRO KALABAIDE — MAFRA— SANTA CATARINA — Rejeita-dos os seus desenhos de Joe Louis,Ademir, Ely e Pinhegas.

"WALDEMAR B. LAGO — ES-TACIO DE SA' — RIO — 1) — Aclassificação dos clubes no campeo-nato de 1946 foi a seguinte: 1.° Flu-minense, 2.° Botafogo, 3." Flamengo,4.° América (esses quatro definiramas suas posições num super-campeo-"ato, pois terminaram empatados ocampeonato regularmentar), 5.° Vas-co, 6.° São Cristóvão, 7.° Canto doRio, 8.° Bangú, 9.° Madureira e 10.°Bonsucesso. 2) — Waldemar deBritto jogou em São Paulo pelo Si-rio, São Paulo F. C, Estudante eIndependente. No Rio jogou peloBotafogo, Flamengo e Fluminense.E no estrangeiro jogou pelo San Lo-renzo de Almagro. 3) — O Bota-fogo jogou com o São Paulo, depoisdo campeonato de 48, no dia 30 dejaneiro de 1949, perdendo para ocampeão paulista por 2 a 1

ELMO ALMEIDA FABRES —ALEGRETE — R. G. SUL — 1) —A renda do jogo S3o Paulo x Ar-senal foi de Cr$ 964.184,00. 2) —O São Paulo F. Clube tem seis cam-peonatos bandeirantes, conquistadosnos anos de 1931, 1943, 1945. 1946,1948 e 1949. 3) — O deca-campeo-nato do América Mineiro foi con-quistado no tempo do amadorismo,de 1916 a 1926. Não temos maioresdetalhes. 4) — Luizinho jogou pe-lo São Paulo desde a sua funda-ção, em 1930. 5) — Kafunga jogano Atlético Mineiro desde 1935.

o m i

DJALMA BURGOS — CACHOEI-RA — BAÍA — 1) — No ano de1944, quando o Vasco perdeu parao Flamengo por 1 x 0 no match fi-nal do campeonato, os dois teamsestavam em igualdade de condições.Com a vitoria o Flamengo sagrou-se campeão com a vantagem de doispontos sobre os cruzmaltinos queterminaram empatados no segundolugar com o Botafogo. 2) — O Flu-minense foi o último oolocado docampeonato da cidade, no ano de1921. Disputou a eliminatória como Vila Isabel e venceu. 3) — OBotafogo foi o último colocado nocampeonato da cidade em 1923. 4)— O Fluminense foi campeão da cl-dade nos anos de 1906, 1908, 1909,1911, 1917, 1918, 1919, 1924, 1936,1937, 1938, 1940, 1941 e 1946. E cam-peão do torneio initium nos anos de1916, 1924, 1925, 1927, 1940, 1941 e1943.

JOÃO GUEDES NETO — RECI-FE — PERNAMBUCO — 1) — Noreturno do campeonato de 1944 oVasco venceu o Bangú por 4 a 3.Os goals foram marcados por Moa-cir (B), Ademir (V), Otacilio (B),Chico (V), e Isaias (V) na primei-ra fase e Otacilio (B) e Ademir (V)na segunda. Os teams formaram as-sim: Vasco: Barqueta — Rubens eRafanelli — Filola — Berachochéae Argemiro — Djalma — Lelé —Isaias — Ademir e Chico. Bangú:Robertinho (depois Baleiro) — Bi-lulu e Paulo — Souza — Moacir Ja-nuario e Adaulo — Moacir Bueno —Baleiro — Massinba — Otacilio eMenezes. Baleiro improvisado emarqueiro defendeu um penalty de Bi-lulu, cobrado por Lelé. 2) — Asidades pedidas são estas: "109", 22anos, Silas 27 anos, Waldir 19 anos,Lima (do Vasco) 27 anos, Sorriso24 anos. 3) — Vamos transmitir aosdemais leitores o seu interesse emmanter correspondência com os mes-mos, principalmente sobre o foot-bali pernambucano. O endereço é:João Guedes Neto, rua Tamoios 110,Santo Amaro, Recife, Pernambuco.

GERALDO ANTUNES — JUIZDE FORA — MINAS — 1) — Ipo-jucan nasceu em Maceió (Alagoas)a 3 de junho de 1926. Está no Vascodesde juvenil. 2 )— Pacheco vol-tou ao Rio Grande do Sul, Vitorinoparece ter abandonado o footbail e.Moacir, depois de uma temporada noMadureira e Bangú, foi para o in-terior paulista no ano passado.

D. C. COSTA — ITATIAIA —ESTADO DO RIO — Rejeitados osseus desenhos d? Didi, do Flumi-nense e Danilo, do Vjsco..

HUGO MARTINS — RIO DE JA-NEIRO — Rejeitado o seu desenhodo presidente Vargas Neto, da Fe-deração Metropolitana de Footbail.

Zezinho, do Botafogo, feito por Ge-raldo Pereira, de Pouso Alegre —

Minas

JOSÉ PAULO ROSA — ITAJU-BA' — SUL DE MINAS — Rejei-tado o seu desenho do meia esquer-da Jair.

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 10 de março de 1950 Página 7

AS LUTAS INESQUECÍVEIS

42 ou s De ViolênciaRclenthrando uma dasmais sensacionais bata-lhas do ring — A revan-<•#*<_, fiais anos mais tar-cfe, eom um dos adversa'rias atacado de tubcr-

culose pulmonar

I UM III II LI j"Enquanto o mundo existir, e por muito importante e evo-luido que se torne o box nos Estados Unidos, haverá semprelutas que jamais deixarão de ser relembradas pelos afficionadosdo pugilismo."

Assim começa a crônica da popular revista norte-americana'Tolice Gazette" sobre a luta de Joe Gans e Battling Nelson,em disputa do titulo de campeão mundial dos pesos leves, em2 de setembro de 1906.

Não podiam ter sido mais certas essas palavras proféticas.._ luta, em que Gans, o campeão, ganhou por desclassificaçãono 42.° round. permanece hoje como uma das clássicas da his-toria do ring.

Esses dois homenzinhos bateram-se violentamente porquase três horas em Goldfield, Nevada, num espetáculo sangui-uolento om que Tex Rickard se consagrou como promotor. Cin-co mil torcedores esbravejantes apertaram-se no agora histó-rico estádio enquanto SOO policias armados preservavam a or-deni em meio do tumulto de voxes exaltadas.

Vozes ululantes que subiam num crescendo aos céus, acom-panhíUido os dois famosos gladiadores enluvados que se casti-garam por três horas até que Nelson, arrasado pelos pulsos re-lâmpagtts de Gans, mandou o negro de üaltimore à lona semum golpe ilícito que lhe custou a vitoria provável.

Era nurnsa a expectativa aa mumoao quando os auversa-rios, acompanhados de um grito uníssono, deixaram os seus"corners" para iniciarem a batalha. Gans colocou o primeiromurro. Nelson parecia desorientado na sua fúria, mas em poucoambos trocavam com acerto golpes ferozes.

No segundo round Joe tingiu pela primeira vez o match de *sangue, ao acertar um direto no nariz de Nelson. Nelson in- jvestiu nos dois rounds seguintes animado de espírito de vin- jgança e levou-os às cordas, mas sua boca sangrava abundante-mente ao terminar o sexto round, em conseqüência de outrosoco do negro.

Gans concentrou o seu ataque na cabeça no sétimo rounde uma vez mais o rosto do dinamarquês tornou-se numa pastavermelhada. No oitavo, Nelson começou a praticar pequenosfouls e viu-se advertido pela primeira vez pelo árbitro. Ganscontinuou colocando golpes no seu queixo.

No 32.° round, Gans transformou o rosto de Nelson em algomuito semelhante a unia geleia rubra, submetendo-a a cons-tantes murros, o último dos quais foi seguido de um está-lido.

Disse Joe mais tarde que quebrará nesse momento o pulso.Ele emitiu apenas um ligeiro grito de dor, mas ninguém, nemmesmo seus "segundos^, souberam do que tinha acontecid_____r_

Ao 33" round, Gans fraturouo pulso, mas foi hábil bas-tante para ocultar a situa-ção desvantajosa ao adver-sario, Battling Nelson (à

direita)

Gans contava então 32 anos e achava-se no apogeu da suacarreira. Nelson, o confiante e rude rapaz da Dinamarca, aindatinha muito que aprender antes de se ver capacitado para der-rotar, dois anos mais tarde, o mesmo Gans, já então tuber-culoso, ao põ-lo a K. O. ao 17.0 round de uma luta realizada emSão Francisco. Em Goldfield, Nelson tinha 24 anos.

Nao obstante, contava então com maiores vantagens. Aboba era de 34.000 dólares, mas, segundo os termos do contra-to, ele recebeu 23.000 dólares, importância que lhe caberia mes-mo que empatasse ou perdesse, deixando ao campeão apenasU 000 dólares. 1

Assim foi que Nelson pouco tinha a perder quando, cansa-do a tal ponto que mal podia erguer os braços, o rosto comvários cortes e os olhos quase cerrados pela inchação, mandouBin goipe na virilha do negro e perdeu a luta por foul. deixan-do o centro do ring enquanto Gans ainda se contorcia emdores.

Pouca dúvida havia que até esse momento Gans vencia porpontos, se assim se pode dizer, já çue naquela época era umacontagem desconhecida. E vinha vencendo corajosamente, semrevelar que lutara nos últimos nove rounds com um osso dopulso direito fraturado, sofrendo dores tremendas quando usavaa mão.

Ambos pugilistas exibiram uma fereza de primeira gran-deza, mas J«e Gans mostrou extrema habilidade ocultando oestado do seu pulso — e a opinião dos que cercavam o ring foide que teria posto Nelson a K.O. se não fosse a fratura.

Ao subir o ring. o campeão tinha razão para denotar con-fiança; como registou então a referida revista:

"As apostas, na manhã do encontro, eram de 10 a 7 a favordo negro Gans. Na hora da luta, ascenderam para 10 a «.diminuindo o número de apostadores. Gans propôs a Nelsonuma aposta de 2.000 dólares como ganharia Ele próprio tinhana mão essa soma, ao subir ao ring, mas Nelson era miope enão esteve suficientemente perto do negro para ver o dinheiro,nheiro.

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somente depois da luta. Gans manteve-se no ataque, empre-gando quase sempre a mão esquerda, já que a direita se achavapraticamente inutilizada.

Felizmente para Gans, o ritmo da luta arrefecera agora,devido á fúria constante que quase tinha esgotado nos roundsanteriores os dois homens.

Gans passou então a lutar mantendo-se à distancia, cal-culando que contava ainda com um pouco mais de resistênciaque Nelson, e que podia continuar castigando o seu rival coma esquerda, empregando a direita inutilizada em simples amea-ça para manter Nelson em movimento, visando aumentar o seucansaço,

Ao 40.° round, o campeão queixou-se ao juiz, como já fizeraantes, que o adversário lhe dava cabeçadas. E tão enraivecidoestava Gans que por vezes esquecia-se da dor e administravarudes golpes no rosto do dinamarquês com a própria mão fra-turada.

Ambos boxeurs mal podiam manter-se de pé quando apre-sentaram-se ao centro do ring para o 42.° round, o último.

Nelson pendeu para cima de Gans, ambas mãos caídas. Ede súbito, enviou uma serie de socos baixos no negro. Por fim,recuou o mais que pôde a direita e colocou um soco em cheiona virilha de Gans. O campeão caiu de joelhos, tombou denovo de frente e virou-se de costas, em caretas de sofrimento.E cs forcava-se valentemente por se ergur quando o árbitro,sem um momento de hesitação, conferiu a vitoria ao negroJoe Gans.

Ao ser levado para o vestiário, Gans viu-se aplaudido fre-neticamente. Também o árbitro foi alvo de tremenda tempes-tade de aplausos, mas quando Nelson passou pela multidão, acaminho do vestiário, a ovação transformou-se em ruidosavaia.

Contudo, a despeito do final, foi uma grande luta — umadaquelas batalhas que viverão para sempre na historia do ringe de seus imortais heróis.

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VENCERAM

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^ta.ue carioca ao arco de C/ifco. Duflfue procura coníer zfórto e o outro Chico (o carioca). Zé do Monte^tuyue %. acompanha o desenvolvimento do lance

BELO HORIZONTE (Especial para O GLOBO

SPORTÍVO) — A expectativa em torno do jogo mi-

rteiros e cariocas, na capital montanhesa, foi tal-

vez superada. O encontro foi movimentado e fer-

til em lances de boa feitura técnica, destacando-se

a exibição do scratch mineiro, certamente a mais

apreciável do atual certame nacional. De fato, o

já tradicional adversário dos metropolitanos nas

semi-finais, realizando uma das mais fracas "per-

formances", classificou-se com dificuldade, derro-tando fluminenses e paraenses, ficando mesmo a

impressão de ser essa uma das mais fracas forma-

cães de Minas.O jogo de agora veio desfazer essa impressão,

pois que os mineiros estimulados ao extremo porsua torcida, enfrentaram com bravura os cariocas;

conseguiram um empate no primeiro tempo e ape-nas cederam à maior classe do adversário.

INICIALMENTE INDECISOS OS CARIOCAS

Com a arrancada fulminante dos mineiros, o

quadro carioca pareceu surpreender-se. O goal re-lâmpago certamente descontrolou um pcuco os

guanabarinos, agindo a defesa de forma indecisaem alguns lances.

Aos poucos, a maioria dos cracks conseguiureentrar nas habituais características de jogo, e,conquanto Eli e Danilo' não conseguissem acertarem toda linha, os senões foram remediados e aequipe pôde fazer frente a situação sem inferiori-dado. No segundo tempo, o acerto foi maior equando a classe se fez valei, o placard inclinou-s>3

& , Ademir impensado tâLDuque.fi Afonso, enquanto Zé do Monte guarda Maneca.;sK*4 .^*g»**; **-¦ i —"* §&_$£ E o juiz nao marcou a falta

•¦ss» ¦ .j... . .. ..._;,¦•*•• ¦*«** y- __^ - I -_________«_________________eM^^_________»___^_aii"««0^

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quando a classe se fez valei, o placard inclinou-so

MINEIROS

Os mineiros entraram em campo com Ceei noása media esquerda, no lugar de Negrinhão. Con-forme já escrevemos, a atuação dos mineiros foidas mais elogiaveis. O trio final coeso, na quasetotalidade da partida. Duque, o jovem zagueiro

que já havia deixado boa impressão no Rio, apa-receu bem, a despeito de ser o marcador de Ade-mír. A intermediária agiu bem. Zé do Monte foi

o mais acertado, secundado por um Afonso melho-rado. Ceei não comprometeu. O ataque contoucom três elementos perigosos: Lauro, Aloisio e Al-vinho. Aloisio lutou bastante, tendo ao final evi-denciado sinais de cansaço, razão de sua troca de

posição com Lucas. Este e o ponteiro Murilinho,agiram regularmente.

Entre os cariocas há a destacar a "performan-

ce" de Barbosa, pelas suas duas defesas especta-culares do primeiro tempo, e ainda pela firmeza e

precisão demonstrada*; durante toda a partida.Santos e Juvenal não se entenderam bem. Indivi-dualmente, estiveram num mesmo plano, razoável,

sendo que o back bofafoguense progrediu muito no

período final. Eli e Danilo, -egulares. Bigode foi omelhor da retaguarda, jamais superado em qual-quer lance, mercê de suas jogadas espetaculares.

Tesourinha e Zizinho formaram uma grandgala, aparecendo o ponta com maior produção téc-

nica. Maneca foi a figura máxima do ataque, co-mo armador de grande parte das ofensivas. Ade-

mir foi grande como artilheiro, e Chico trabalhando-egularmente

para o conjunto. <

RELATO DOS GOALS

Com um minuto de jogo, já estava o selecio-nado mineiro em vantagem. Duque desarmou

Ademir, lançando à frente. Alosio dá a Murilinho,

que cruza alto para Lucas entrar de cabeça, assi-nalando o tento. Aos 21 minutos uma bola deChico, em

"pucheta" de sensação, surpreendendoa defesa mineira, vai a Ademir que completa. Seteminutos depois Zizinho e Ademir combinam até à

área, cabendo ao cruzmaltino arrematar, marcan-

do. O segundo goal mineiro nasceu de um penalty.Lauro sofreu

"foul" de Juvenal. Ceei transformou

em tento, isso aos 33 minutos. Zizinho após com-

binar com Maneca, atira em goal. O goleiro Chi-

co defende mal e o ponta esquerda carioca termi-na por colocar a bola nas redes. Foi o goal quedecidiu a partida. Por fim, Ademir confirmou a

vitoria, conquistando um goal, fruto de lance abso-

lutamente inesperado, que colheu de surpresa a

retaguarda mineira.Quando o placard era de 3x2, um comer con-

tra o arco carioca resultou em goal. Acontece

que Lauro impulsionou a bola de soco, invalidan-

do-o. A marcação de Mario Viana provocou demo-rodos protestos dos mineiros. m>

EMPATARAM GAÚCHOS E PAULISTAS

¦0. Em Porto Alegre os paulistas empataram com

os gaúchos. Hermes abriu a contagem no primei-ro tempo, e somente nos últimos minutos é oue &¦"' *

te\zar igualou.*\ renda foi de Cr$ 378.664,00.Os teams eram estes iPAULISTAS: — Oberdan ; Saverio % Mauro ;

Touguinha, Rui e Noronha : Friaça, Pinga, Balto-

zar, Antoninho e Teixeirinha.

GAÚCHOS: - Sérgio; Ciarei e Bedeu ; Hu-

go, John e Heitor; Gita, Hermes, Adãozinho, Mo-

Hea • Oeoda.

É uma bebida tão agradável a todos porque

(m(M só emprega o puríssimo açúcar brasileiro

Um requinte de pureza! A industria local de Coca-Cola

só emprega o puríssimo açúcar brasileiro. Milhares e

milhares de toneladas de açúcar, consumidas porCoca-Cola nestes últimos anos, destacam sua contribuição

para o desenvolvimento de nossa industria açucareira.

Dessa íntima correlação da industria local de Coca-Cola

com outras industrias locais, evidencia-se sua importan-

cia para nossa economia. Coca-Cola mantém um inter-

cambio de interesses tão vasto e com tantas pessoas que

todos podem dizer: é a nossa industria de Coca-Cola!

Novos Empregos e Oportunidadesnova fábrica de Coca-Cola abrem-sede empregos ou negócios, para umásoas. Industria local, Coca-Cola prefstijmeios, os elementos locais.

i

Quando surge umanovas perspectivas,

infinidade de pes-por todos os

Caixas aos Milhares I A preferencia do público porCoca-Cola deu margem a que centenas de milhares de cai-xas de pinho feitas por fabricantes paranaenses, saídas deserrarias paranaenses, fossem produzidas para Coca-Colanos últimos três anos l

Perfeitas e Uniformes ¦ aos milhões! Graças ao riesen-

volvimento da industria brasileira do vidro, que hoje

possue instalações modelares, milhões de garrafas foram

produzidas para a industria local de Coca-Cola, nestes

últimos três anos!

Toda a comunuiacíe se beneficia,quando uma industria local prospera!

C"*). COt*-COA»

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REFRESCOS S.A1' ^^^&Smmmm»f '.:'-.STn

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Página 10 Sexta-feira, 10 de março de 1950 O GLOBO SPORTIVO

JL fÔ* JaTaHaA "SQUADSUA CENTÉSIMA VITORIA DURA

De AJLBERT LAUREiXCEUNDO

EXTRAORDINÁRIO CARTAZ DO SELECIONADO ITALIf.NO FICA BASEADO NUMA IMPRESSIONANTE SERIE DE ÊXITOS INTEERNACIONAIS

Vencendo domingo próximo passado apequena mas sempre valente Bélgica pelacontagem nítida de 3x1 apesar dos comen-tarios pouco entusiastas da imprensa ita-liana, a prestigiosa

"squadra azzurra", bi-campeã do mundo de football, registou sua97.ft vitoria desde que começou, há qua-renta anos (em 15 de maio de 1910 exata-mente), disputar jogos internacionais.

A Federação Italiana não tem mais.agora, senão um único match programadoaté o fim da presente temporada. O Sele-cionado de Roma deverá jogar nesta oca-sião, a 2 de abril próximo, em Viena con-tra o scratch austríaco. Em toda a suahistoria, a "squadra azzurra" conheceuuma única vez a vitoria na capital da-nublana (2x0. em 24 de março de 1935. efoi a estréia internacional do famosocentro-avante Piola, que fez aliás os doisgoals).

Uma nova vitoria dos italianos seria afl8.a no balanço geral das suas façanhasinternacionais. Mas de qualquer modo,vencido ou vitorioso em Viena, o quadronacional comandado de Parola embarcaráem junho, de navio ou de avião ("chi Iosá"?...>, para o Rio, e será no Brasil,durante a disputa da Copa Jules Rimet(Copa do Mundo), que o scratch de camisaazul terá oportunidade de conquistar sua100.» vitoria.

"Cabeça de chave" de oficio, nas semi-finais, como detentor do titulo mundial, aItália deve à sua fama de chegar até achave final. Cada chave semi-final in-cluindo quatro paises, será preciso vencertrês vezes (ou pelo menos duas vezes, con-tando com muita sorte) para sair vitoriosodesta primeira fase da competição mun-dlal.

Uma 100." vitoria dos italianos no Rioou em São Paulo não significaria portantoobrigatoriamente uma terceira vitoria con-

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Eles vão fazer falta à "aznrra" ,no certame de 3'inho-julho. O Torino, desa-parecido em Superga, que tantas saudades deixou entre os torcedores

—— italianos •

secutiva na Copa do Mundo. E as coisasserão mais dificeis na chave final. Poderiaapenas constituir uma ficha de consola-ção, algo amarga, se a "squadra azzurra"deixar na América do Sul a mog-nííica Taça de ouro maciço que um novotriunfo, pouco provável contudo, na Copado Mundo, lhe ganharia definitivamente,segundo o Regulamento oficial da máximacompetição.

UM BALANÇO EXTRAORDINÁRIOEm quarenta anos. a Itália jogou 174

matches internacionais. Venceu 97 (comojá ditoL empatou 39 e perdeu somente 38vezes

/C/af-F* l

Poucas nações se podem ufanar de umbalanço parecido, no Velho Mundo pelomenos.

Limitando as contas aos últimos 20 anos,isto é, entre o dia 1 de janeiro dc 1930 ehoje mesmo, o Selecionado A da Itáliajogou 90 vezes.

Venceu 62 jogos, empatou 17 e perdeu.somente 11 vezes, entre as quais apenas3 vezes "em casa", em território Italiano,

No mesmo prazo, é conheeido que ositalianos venceram duas Copas do Mundo(1934 e 1938). um Torneio dos Jogos Olím-picos (1936, em Berlim), uma Copa Inter-nacional da Europa Central (cuja disputacomportou 24 jogos com a Áustria, aTchecoslovaquia. a Hungria e a Suiça, es-calados em oito anos) e muitos outros tro-féus de importância meivr,

coce"**

Um conjunto de êxitos verdadeiramenteimpressionante, e que implica para a "Fe-derazione Ginaco Cálcio" e para o trio dosseus maiores "responsáveis": Barassi —Mauro — Novo, a necessidade imperiosade não "fazer feio" em junho e julho pró-ximos no Brasil.

Poderá então a Itália ser consideradao concorrente europeu "número um" daIV Copa do Mundo? Não é possível res-ponder afirmativamente, quer deixando fa-lar o raciocínio, quer apelando para osalgarismos.

A Inglaterra ainda possue um carta»maior e nos confrontos oficiais com a Ita-lia beneficia de um balanço nitidamentepositivo.

A "AZURRA-TORINO"

A "azurra" renovada depois de 1940,isto é, a que ficará estreitamente ligadaao nome do Torino por causa -Io grandenúmero de jogadores deste clube com osquais contou, não jogou mais de dozematches por culpa da guerra mundial, en-tre 1942 e a terrível catástrofe de Super-ga, a 4 de maio de 1949. Venceu novevezes, empatou uma vez e sofreu duasderrotas, clamorosas aliás, frente aos doismais temíveis, adversários europeus dositalianos: Áustria e Inglaterra. (Em Vie-na. em novembro de 1947, a Itália perdeupor 5x1 e. coincidência ou explicação, sótrês jogadores do Torino formavam no se-lecionado. Em Turim, em maio de 1948.a Inglaterra derrotou a força máxima daItália por 4x0».

O novo e Ultimo selecionado italiano, re-constituído depois da desaparição de Maz-zola e dos seus companheiros, jogou atehoje quatro vezes «duas vitorias um em-pat e? uma derrota).

Venveu a Áustria em Floreuca «.3x1 > a22 de maio cie 1949, empatou com a Run-gria em Budapeste (lxl) em 12 de junhofoi derrotado pda Inglaterra em Londre-

(2x0) em 30 de novembro e venceu a Bél-gica em Bolonha (3x1 r, em 5 de marçode 1950.

SO* A INGLATERRAE' aliás contra os ingleses que os italia-

nos obtiveram sempre os resultados me-nos lisonjeiros.

Houve até hoje apenas 5 jogos entreos dois maiores Selecionados europeus, e aInglaterra ficou invicta, empatando duasvezes e vencendo nas três outras ocasiões.

Dois matches foram em Londres, am-bos vencidos pelos ingleses (o match "his-tórico" de 1934 e o recente de 30 de no-vembro último ainda presente na memóriade todos os leitores d*0 GLOBO SPOR-TIVO). Em campos italianos, os inglesesempataram em 1933 em Roma (lxl) e em1939 em Milão (2x2) e venceram de modoinesquecível em 1948 em Turim (4x0),quando a "squadra azzurra" ainda contavacom sete jogadores do saudoso Torino.

Depois da Inglaterra, foi a Áustria que,durante os 40 anos de vida internacionaldo "cálcio", constituiu seu adversário maistemível. Sobre um total de 20 jogos, houve9 vitorias dos austríacos. 5 empates e so-mente 6 vitorias dos italianos. Infelizmen-te, n guerra enfraqueceu muito o footballde Viena e aliás a Áustria declarou "for-fait'* pouco esportivamente na Copa Ju-les Rimet. 1950.

Com os outros paises da Europa Cen-trai, a Itália tem um balanço lndiscuti-velmente favorável.

Com a Tchecoslovaquia. jogou 15 vezes,venceu 7 e empatou 4. Com a Hungria,jogou 22 vezes e conta com 11 vitorias e7 empates contra apenas 4 derrotas. Coma Suiça. conheceu 15 vitorias, 9 empates e4 derrotas em 28 jogos.

Balanço também muito favorável nos jo-gos contra a Espanha (6 vitorias dos ita-lianos e 5 empates em 14 jogos) e aindamais contra a França <T2 vitorias do cal-cio e 3 empates em 18 jogos), contra a Ale-manha «6 vitorias e 1 empate em 9 jogos)cont.ro Pnrhisral '4 vitorias em S iogos).

-A-^squadra azzurra" encontrou-uma-úni-ca vez a Escócia e venceu por 3x0. aliásem 1931. em Roma. E sua vitoria de do-mingo. 5 de março, sobre a Bélgica, foi asexfcn em seis loeos.

Com selecionados sul-americanos, asocasiões do cálcio medir suas forças forampouquíssimas. Ou melhor, houve um únicoconfronto, o do ^oeo ínpsoueelvel de Mar-selha <lfi de junho de 1938). auando o se-lecionado orientado magistralmente norvittnrin posto eonseiruiu derrotar o scratchbrasileiro infelizmente desf»lca«V) de Leô-nidn.s Em 1f«34. também, n Itália elimi-nara com grandes dificuldades em doisintro« «lxl e 1x0). a Esoanha que tinhavimHdo o scratch d*» C.B.D. na segundafio*-,., -'r, vtntirin

Se Brasil e Itália vencerem ambos nasu» "hn«f semi-final respectiva em junhonróvimn "omo ó nrovavel o novo jogoentre os dois grandes selecionados deveráconstituir portanto um acontecimento deextraordinário interesse nara rodos os des-portistas brasileiros que sofreram tantoem 1938 Um interesse superado apenaspelo provável jogo Brasil x Inglaterra,confronto máximo do football sul-ameri-cano e do football eurooeu

li GLOBO SPORTIVODiretores'. Roberto Marinho eMario Rodrigues Filho. DiretorSuperintendente: Henrique Tava-res. Gerente: Rubens de Olivei-ra. Secretário: Ricardo Scrran. Re-dacâo. administração e oficinas:Rua Bethencourt da Silva. 21, L°andar. Rio de Janeiro. Preço donúmero avulso para todo o Brasil'Cr$ 0,80 Assinaturas: anual. <"""40,00; semestral. Cr& 25,0n.

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 10 de março de 7950 Página 11

wí 9% V* 4© Wk-' § Jí ft| Ir, i C<kw W lb> &'% < R A SUmíMACtACarlos Bonacich, atualmente o famoso Bonacich, ba-

nhava-se calmamente numa das piscinas do Ginasia yEsgaima. O clube portenho tem três tanques aquati-cos: um no centro, outro em Palermo, e o terceiro emMaldonado. Mas não é tudo, porque o projeto para cons-trução de mais outra piscina, para vinte mil pessoas,já está em vias de realização. Presentemente referimo-nos à piscina localizada em Maldonado.

Voltando a Bonacich, esse nome era absolutamentedesconhecido das lutas aquáticas antes de 1949. Mas foiele que decidiu o Sul-Americano do ano passado, em.Montevidéu, ele e Mancuso, em dupla nos 400, 800 e1.500 metros, decidindo, por fim, o relay de 4 x 200.

Neste fim de ano, Bonacich esteve parado algumtempo. O motivo dessa inatividade foi o seu preparo pa-ra a admissão à Escola de Engenharia, o que afinal, con-seguiu com brilho.

UMA VISITA AO BRASIL

O público brasileiro ainda não teve oportunidade deconhecer o "ás" que ainda não tem um ano de estrela-to. Mas não por falta de vontade do nadador, que terágrande satisfação em visitar o Rio de Janeiro, o quetalvez venha a ser possível com a vinda ao Brasil, doGinásia y Esgrima. Essa temporada do grêmio plati-no, foi iniciativa do Fluminense e a sua consumação es-tá dependendo ainda de entendimentos. A data dessatemporada seria o mês de abril que se aproxima.

Atualmer«»e, Bonacich está empenhado em apurara sua forma, pois, conforme esclarecemos, esteve eleafastado das piscinas por algum tempo.

O nadador-revelação alimenta grandes esperançaspara um futuro que ele espera, seja bastante próximo.Mais precisamente: seu sonho maior é ganhar um Pan-Americano ou os Jogos Olímpicos. No terreno dos re-cords, seu sonho maior é chegar próximo aos 19 minutosnos 1.500 metros. Aliás, não se pode classificar essaambição como um sonho, visto que já andou a caminhopróximo dessa meta.

ü transcurso do ano que vai em inicio, emprc-gado para um preparo que aproveite em atingir o má-ximo de sua forma. O preparador Castano, notório jácomo lançador de valores, não tem a seu cargo apenasCarlos Bonacich, mas também os renomados Eileen Holte Mario Cha vez.

Todo esforço está concentrado não como se poderia

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Carlos Bonacich, digno sucessor de va-lores como Dibar, Duranona e Yantomoconfia-nos suas aspirações. Seu sonhosupremo é o de baixar os 19 minutos

nos 1.500 metros

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supor, no próximd~Sul-AmeiicaiKrde 51. E' que-esse certame ainda não tem sua realização do-finitiva, inicialmente programado para Lima,transferido depois para Guaiaquil. De qualquerforma, a natação argentina concentra todo seuinteresse no Pan-Americano de Buenos Aires,com data marcada para janeiro do ano próximo,certame que contará com a presença dos na-dadores norte-americanos.

O técnico Castano, durante a palestra quetambém manteve com o repórter, assegurou quejustos motivos para esperar que a natação fe-minina argentina volte a deter a hegemonia nocontinente, perdida pelo Brasil no último cam-peonato.OS ÜLTIMOS GRANDES RESULTADOS DA

NATAÇÃO MUNDIAL

Publicamos em seguida os melhores resulta-dos dos ultimamente registados nas competiçõesde todo o mundo, que são os seguintes: 100 metroslivres: — 1 Jany — França — 57,0; 2 Kadas —Hungria — 57.4; 3 Gibe — EE. UU. — 57,5; 4Dropi — URSS — 59.0; 5 Riss — EE. UU. —5,3; 6 Djapj — URSS — 58,3; 7 Hamaguchi —Japão — 58,3; 8 Sknata — Yugoslavia — 58,4; 9Olsson •- Suécia — 58,7; 10 Meshkov — URSS

58,7: 200 metros livres — 1 Jany — França —2.06.4; 2 — Smith — EE. UU. — 2.08.2; 3 Girdes

EE. UU. — 2.08.4; 4 Matt Mann — EE. UU.2 09.3 5 Riss — EE. UU. — 2.09.7; 6 Verdeur —EE UU. — 2.09.8: 7 Meshkov — URSS — 2.09.8;8 MacLane — EE. UU. — 2.09.9: 9 Heusner -EE. UU. — 2.10.4; 10 Gibe — EE. UU. — 2.10.6;400 metros livres: — 1 Furuhashi — Japão —4.33.3: 2 MacLane — EE. UU. — 4.41.0: 3 Hashl-zume — Japão — 4.42.6- 4 Smith — EE. UU. —4.42.6; 5 Heusner — EE. UU. — 4.43.1: 6 Ousha-kov — URSS — 4.43.8; 7 Thomas — EE. UU. —4.44.1; 8'Janv — Franca — 4.44.9: 9 Csordas «—Hungria — 4.45.4; 10 Matt Mann — EE. UU. —4.46.0; 1.500 metros livres, em piscina de 50 me-tros: — 1 Furuhashi — Japão — 18.19.0; 2 Hashl-zume — Japão — 18.32.6: 3 Tanaka — Japão —19.15.4; 4 Kawaguchi — Japão — 19.16.8; 5 Csoi-das — Hungria — 19.21.8; 6 Bernardo — França

19.24.8; 7 Murayama — Japão — 19.27.0; 8 Ml-'Conclui na página seguinte)

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Página 12 Sexta-feira, IO de março de 1950 O GLOBO SPORTIVO

MTUYCLIIIN 0 ATP Ali < MjW iDe César Seara

Mesmo quem não seja ou te-nha sido rotariano, por certosaberá que tal instituição tempor principio a realização dumalmoço semanal, no qual osassociados — homens das di-versas profissões dum centropopuloso — trocam idéias arespeito de problemas sociais.X, por iniciativa do Sr. FábioCarneiro de Mendonça, tal prá-tica vem de ser instituída en-tre os grandes clubes da me-trópole, cujos presidentes, àguisa dum Rotary Club, vêmprocurando reunir-se semanal- jmente num almoço ou jantar, |para discussão de assuntos ati- jnentes aos interesses das atire- jmiações que dirigem.

* *Tais ocorrência.-;, todavia, têm

despertado os mais vivos co-mentarios, de vez que, Üisppn-do de organismos apropriadospara o traço ern comum dos in-teresses dos clubes e entidadesa que os mesmos se filiam, co-mo o sejam as assembléias ge-rais e o Conselho Arbitrai daFederação Metropolitana deFootball, arrepelam-se os ob-servadores contra o que de pri-vado e quase maçônico encon-tram nos tais afcnoços, que ai-guns cronistas mais irreveren-tes passaram a taxar como re-uniões clandestinas.

* *E, por terem acesso ao rega-

bofe presidencial, somente os"big-shots" das grandes poten-cias footballísticas — ou sejaos chamados grandes clubes —dada,, outrossim, a reservamantida pelos comensais que opresidente do Fluminense P. C.tem conseguido reunir, a talempreendimento tem sido em-prestado caráter de verdadei-ra "maffia" contra tudo e con-tra todos, objetivando os dis-cutidos almoços, o movimentode rebelião com que os "gran-des" pretende—opor-—paradeiroao atual estado de coisas nofootball metropolitano, que pa-rece não ser o por eles sonhado,nhado.

* *Numa oportunidade, entre-

tanto, que tivemos de conver-sar longamente com o Sr, Fa-bio Carneiro de Mendonça —•por sinal também num jantarpelo Fluminense F. C. ofereci-do a diretores da Federação deFootball da Guatemala queaqui -se encontravam deleouvimos considerações a res-peito dos tão falados almoços,que até certo ponto nos con-verteram às razões alegadas emfavor de tal prática pelo pre-sidente tricolor.

* *Assim, a par da indignação

que manifestou o ilustre me-dico e esportista que dirige osdestinos fio aristocrático gre-mio das Laranjeiras, pela mal-versão que estava dando a im-prensa a respeito de sua mi-ciativa, externou ele com ve-emencia o seu entusiasmo pelosresultados que estavam sendocolhidos nos ágapes preslden-ciais, a seu ver, empreendimen-to que. se encontrar apoio dosdemais, é intenção sua conver-ter em prática regular, com arealização dum almoço se-manai.

* *E' que, no seu entender, em-

bora todos os assuntos atinen-èes aos interesses dos clubes eentidades possam normalmenteser discutidos em reuniões ofi-

ciais, o formalismo imposto emtais ocasiões aos elementoscredenciados para tal, não per-mite maior intimidade entre osque nas mesmas tomam parte,como igualmente as ordens dodia e demais exigências legaisinduzem a inflexibilidades edefesa de pontos de vista, qua-se sempre para ali levados "apriori".

# * *Na culinária convivência dos

almoços semanais, entretanto,frisou o Sr. Fábio Carneiro deMendonça, que as formalidadesdesapareciam para ceder lugara uma amistosidade que já es-táva a tardai entre os que mi-litam nas altas esferas do foot-bali carioca. E colegas sobre osquais havia adquirido conceitoapenas superficial, vieram a re-velar-se para ele como excelen-tes camaradas, pelo que. aná-logo seria que '.auto também sepassasse a seu respeito com osdemais. Só isto, para o diri-gente tricolor já valeria pelodesprezar que lhes têm causa-do os injustos conceitos emiti-dos a respeito dos almoços pre-sidenciais.

:>: * *Mais adiante, porem, entran-

do no mérito das matérias ver-sadas nas citadas reuniões, des-mentiu o dirigente tricolor setivesse tratado de expurgar doseio da divisão principal qual-quer companheiro de lutas. Fo-ra seu intuito precipuo. istosim, declarar "guerra à boti-

nada", tal a expressão por cieusada literalmente. Não eramais concebivel, na opinião doDr. Fábio,, que em pleno Riode Janeiro, com o adiantamen-to tático e técnico logrado pelonosso football, profissionais detal esporte fossem ainda capa-zes de atentar contra a inte-gridade «Wica de colegas seus,muitos dos quais de alto preçoe de insubstituível valor tantopara clubes como para o pro-prio "soccer" patrício _ istosomente poderia num ambienteíntimo e cordial, tal a tnagni-tude e a delicadeza do assim-to. cuja discussão, antes domais. devia cercar-se da má-xima boa vontade aerai e sõ-bretudt de acendrado espiritode "fair-play".

* * +físta havia sido a finalidade

! pi uicipaí dos agapes do.v res-! pÒnsaveis pelos maiores ciuoes! ua Metrópole. Nada obstante,• versava-se igualmente outrasi matérias relativas a tudo o quedissesse respeito aos interessesdaqueles, como era o caso na —no seu entender — excessivacontribuição que lhes impunhaa manutenção da entidade aque estavam filiados. E exibiu-do-nos o último relatório doFluminense- tivemos entãooportunidade de verificar que30% das rendas de bilheterialogradas pelo football — numtotal de cerca de dois milhões

jde cruzeiros —- a F.M.F. con-' sumia, ou seja. aproximada-

mente 600.000 cruzeiros. Quan-do sabemos que na Argentinanão vão alem dos 16% o que

! os clubes contribuem para aAFA, e que na Inglaterra essadespesa representa apenas 8%das rendas de bilheteria, temosque convir que é deveras exces-sivo o que a mentora metropo-litana grava os seus filiados.Como, porem, isto é assunto

! que diz respeito tão só aos que

j nele se encontram envolvidos.! parecenfio-nos que será preva-; ricar contra a ética jornalís-

tica o dele tratarmos, não po-: deríamos finalizar, entretanto.; sem ressaltar que só por terí declarado -guerra à botinada"| fará jus a novo Rotary Club

do football carioca, à benemerenda de todos os esportistado pais.

A ARGENTINA ESPERA MANTEA SUPREMACIA QUE OSTENTNA AQUÁTICA CONTINENTAL

(Conclusão da página anterior-tro — Hungria — 1.28.0; 9 St-ipetic — Iugoslávia — 10.32.7;10 Fujino — Japão — 19.34.4; 100 metros de castas: 1 — Stack

Estados Unidos -1.03.6; 2 — Vallerey — França -- 1.04.9;3 — Kievit _ Holanda — 1.07.7; 4 — Kopelstater —• Áustria

1.07.8; 5 — Brockway — Inglaterra —- 1.08.0; 6 PirolleyFrança — 1.08.1; 7 — Fetterman — Estados Unidos — 1.02.2;

8 — Chaves — Argentina — 1.08.3; 9 — Zins — Franca —j ns.7: 10 — Cowell ¦— Estados Unidos — 1.08.8; Kriokov —

|0 R.S.S. - 1.03.8; e 200 metros, nado de peito: 1 — CarterEstadas Unidos — 2.30.7; 2 — Verdeur — Estados Unidos —

2.31,4; 3 Klein — Alemanha — 2.35.0; 4 — Kiinge -- Ale-manha - - 2 35.9; 5 — Jordan - Brasil 2.36.1; K — Liusien

França — 2.37.8; 7 — Szegedy — Hungria — 2.38.2: 8 —Brawner — Estados Unidos - 2.39.2; 9 - Seibold — EstadosUnidos — 2.39.5; 10 — Skipchenko — U. R.S.S. — 2.39.8.

O scratch portuguêsJ>a pa

I &„*/•> num kúmlf

CORTA os RESFRIAD05,

LISBOA, março — Iniciaram-Se o.s tra-bathos de preparação do "onze" nacionalde football, com vista aos, jogos elimina-tortos Portugal-Espanha rv.ra o Campe©-nato do Mundo. Os jogadores portuguesesforam concentrados no F.storil. onde es-tão em regime de estagio. O-s jogadoresselecionados que não conseguiram dispen-sas_das suas ocupações profi limais.,_iê__diariamente a Lisboa, depois dos treinosefetuados pela manhã, regressando à tar-dinha para jantar e dormir.

O regime de preparação compreende,alem da sessão diária de ginástica, váriosexercícios e passeios destinados a evitaruma vida sedentária, trabalho individualcom a boia e treino de conjunto uma ouduas vezes por semana. O estagio duraráaté a data da partida da equipe par.tMadr», em principio fixada para Jl demarço (o encontro está marcado para 3de abril). A lista dos selecionados com-preende vinte jogadores e que são:

Sporting Barrosa, Canário, Jesus C9r-reia, Vasques, Travassos e Albano; Ben-fica — Felix, Francisco Ferreira e Roge-rio; F. C. Porto — Barrigama, Virgílio eCarvalho; Acadêmica — Capela Castelae Pacheco Nobre; Boa vista -— Serafim;Olhanense — —Cabrita; Atlético — BenDavid.

Não se sabe todavia quem são os efe-tivos e suplentes, o que só virá a conhe-cer-se depois dos treinos e dos jogos docampeonato a efetuar-se durante o rnêscorrente. Os jogadores em questão dis-tribuem-se da seguinte forma:

GUARDA-REDES — Barrigana e Cape*Ia; DEFESAS — Virgílio, Carvalho, Barro-sa e Serafim: MÉDIOS — Canario.FelixtFrancisco Ferreira, Castela e Serafim;AVANÇADOS — Jesus Correia. Pacheco.Nobre, Vasques, Cabrita, Ben David. Tra-vassos, Caiado. Albano e Rogério

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 10 de março de 1950 Página 73

REMIiMISCÊNCIAS HISTÓRICAS

III) Sllülll li MM ij-se o moMS CURIOSASSOBRE I ORIGEMDESSE POPULAR

ESPORTEAS FAMOSAS REGATAS DEYALE HAWEND, 00S ESTA-DOS UNIDOS, E CAMDRIDGEE OXFORD, DA INGLATERRA

Uma das famosasguarnições de

Cambridge

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Remar trowing) é a arte de impulsionar um barco pormeio de remos. Desconhece-se quem tenha remado o pri-melro barco e também quando elta arte foi praticada pelaprimeira vez. Os primeiros barcos manejados à mão foramas canoas, as quais datam de muitos séculos. Os primeirosbotes nos quais se usaram remos foram aqueles movidos pe-los escravos dos egípcios ou dos romanos, muito antes daera cristã.

Quando os monarcas queriam ir a algum lugar, poriiRiia, os barcos eram colocados no rio, ou no lago, e osescravos entravam em ação, manejando os remos. O nú-mero de escravos usados nessas ocasiões dependia do ta-manho da embarcação. Se era um barco grande, o númerode remadores era de 50 a 80, dois em cada banco, cadaqual manejando um remo. Nos barcos menores o númerode remadores era bem menor.

Não parece haver dúvida de que foram os romanosque introduziram na Inglaterra os barcas impulsionadospor escravos. Os ingleses, entretanto, em lugar dos escra-vos, preferiram atribuir essa tarefa a homens pagos paraesse fim. Com o tempo, foram construídas outros barcosmenores que podiam ser dirigidos por um ou dois homensT"

No reinado de Henrique VTO (1509-1547). o rio Tâmisa,na Inglaterra, tornou-se uma das vias fluviais mais con-gestionadas do mundo. Era tal o número de acidentes mo-tivados pela impericia de remadores que o monarca resol-veu baixar uma lei estabelecendo que somente os homensmunidos de licença poderiam remar os botes. Isto tevecomo resultado a necessidade de um período de aprendiza-gem para que um homem se tornasse remador. Antes damorte de Henrique VIII havia mais de 3200 remadores li-cenciados operando nas águas do Tâmisa, sendo aindamaior o número de estudantes. Naturalmente, com tantosremadores em ação não tardou que uns se julgassem me-lhores do que os outros, surgindo dai as corridas de barcos,ou seja, as "regatas".

Em princípios do século XIX. universitários inglesesacharam que o principio do remo podia ser convertido numesporte. Daí nasceram as regatas entre classes seguidas,fmalmente, por uma competição entre Oxford e Carnbrid-ge, em 1829. Foi este o primeiro duelo aquático entre asduas famosas universidades e estes duelos continuaramatravés do tempo quase sem interrupção. Esta regata tor-nou-se algo assim como uma '•necessidade" nos anais es-por ti vos da Inglaterra.

A primeira referencia a corridas de barcos a remono que é hoje o território dos Estados Unidos foi feita numanuncio aparecido num jornal de Nova York, em 1811. Talfato serve para indicar que o esporte se originara ali mui-tos anos antes, já tendo em 1811 atingido uma importan-cia capaz de levar os empresários a gastarem dinheiro fa«zendo propaganda de uma competição.

A prova de 1811 foi disputada entre um barco de pro-priedade da Mercantile Advertiser (Publicidade Mercantil»e um outro, cujo proprietário era apenas um "Mr. Sny-der". Ignora-se qual tenha sido o resultado do duelo por-que nessa ocasião ainda não existiam os cronistas espor-ti vos.

Pouco depois realizou-se outra corrida na qual toma-ram parte dois barcos — o "Knickerbocker". de Nova York.

e o "Lnvencible", de Long Island. A prova,disputada com o mar encapelado, foi vencidapelo "Kenickerbocker". Este barco, que setornara propriedade do Museu Scudder, foivendido ao famoso empresário circense P.T. Barnum, tendo sido posteriormente des-truido por um incêndio.

A competição mais famosa dessa época,foi a que se travou entre James Lee, "doNorth River", Nova York" e WilliamDecker, do "East River, Nova York". Elesapostaram 500 dólares, mas calcula-se queantes de ser dada a partida as apostas jáhaviam atingido a elevada cifra de cem mildólares. O trajeto era de cinco milhas, aoredor da ilha Bedloe, e Decker saiu ven-cedor por um quinto de milha.

A medida que o tempo foi passando, osarmadores foram procurando construir bar-cor mais leves e velozes e. em 1838, surgiuum que foi chamado de "furacão".

Eto 1834 foi criado em Nova York oCastie Darden Boat Club, que talvez possaser considerado o primeiro no gênero. Elepromovia regatas anuais. Em 1848, formou-se, também em Nova York, o Atlanta BoatClub, não tardando a surgirem, em outrascidades, agremiações idênticas.

Acredita-se que a primeira regata dispu-tada nos Estados Unidos tenha sido a quese realizou no rio Hudson, em Nova York,em 1848. As inscrições estavam abertas atodos que quisessem tomar parte na prova.Não havia ainda distinção entre amadorese profissionais, mas os profissionais domi-naram a regata e desde então, fizeram doremo uma profissão.

Somente em 1872, é que se tratou de se-parar os profissionais dos amadores, o quepermitiu que os amadores, disputando com-peüções entre si, pudessem obter troféus atéentão monopolizados pelos profissionais.

DUAS REGATAS FAMOSASA primeira regata oficial disputada en-

tre as universidades de Yale e Harvard rea-lizou-se em 1876. Foram realizadas anual-mente até 1917 quando foram canceladosdevido á guerra. Em 1934, 44 e 45 tambémnão honre regatas, devido á segunda guer-ra. Até então, e inclusive 1946, foramdisputadas 64 regatas, tendo Yale vencido34 e Hovard 30.

das quais Cambridge ganhou 9, Oxford 43 e uma terminou em empa-te (1877). A distancia da prova é de 4 milhas e um quarto. Cambridgeobteve 13 vitorias consecutivas (de 1924 a 1936). De 1915 a 1919 nãohouve regatas por cansa da guerra. O mesmo se dando em 1941 e 1D42-.A melhor marca para o trajeto das 4 milhai, e um quarto foi de 18 mi-nutos e 3 segundos, obtida por Cambridge em. 1934.

Thonvas Doggett, ator que morreu em 1715, estabeleceu em seu tes-tamento certa quantia para ser paga, anualmente, ao vencedor deuma corrida da Ponte de Londres a ChelaCa. numa distancia de quatromilhas e meia -Esta regata, é disputada ainda hoje, sendo conhecidapelo nome de corrida Doggctfs Coat e Badge.

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A regata C^or-Cambridge é o maisantigo clássico do remo, pois desde 1889que vem sendo disputada- O número totalde regatas já realizadas, até 1947, é de 93,

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Página 14 Sexta-feira, 10 de março de 1950 O GLOBO SPORTIVO

OS HOIS MAIORES FENÔMENOS NA HISTÓRIA O A NATAÇÃO

ANDRÉ ONOSHIN FURUHASHINYEE CECCKE/UAN DE 4C€, 8€C E 1.5CC M.

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De AIJEXAITORE DJUCKITCIT

E' agora certo: o francês Alex Jany, oRaitador inais veloz de todos os tempos e9 japonês Hironoshin Furuhashi. o nada-dor mais resistente que o mundo jamaisconheceu, estarão frente a frente pela pri-tneira vez no campeonato brasileiro de 23m 26 do corrente, em São Paulo.

O ENCONTRO DO SÉCULO

Geralmente consideramos como o acon-tecunonto maior do esporte aquático, ascompetições dos Jogos Olímpicos. E' nessaocasião que a elite da natação mundial seencontra para "ajustar as contas e "esta-belecer uma hierarquia de valores que,em principio, ficará imutável até aos Jo-gos seguintes, mesmo se depois certos re-sultados pudessem exigir uma mudança declassificação. Mais que em qualquer outroesporte é na natação que os Jogos Olímpi-cos têm o valor e a importância dc umcampeonato do mundo que, como sabe-mos, não existe fora de uma Olimpíada.

Contudo, durante os últimos Jogos Olíra-picos de Londres, tivemos a impressão deque qualquer coisa faltou à essa fase mag-nífica, qualquer coisa que, por sua ausen-cia, diminuiu o valor das disputas e mes-mo o mérito dos vencedores! Os despa-chos procedentes do Japão mostravam cia-ramente que entre os melhores, faltava oMELHOR: um jovem nipão chamado Fu-ruhashsi.

De outro lado, Jany. fora de forma peloexcesso üe exibições que precederam osJogos e logo desmoralizado (ele tinha ape-nas 19 anos) pela alimentação insuficien-te, foi somente um simples figurante dostorneios aquáticos olímpicos. E pensamos,a despeito dos dois fatos mencionados, queninguém, mesmo os americanos, que Wal-ter Ris seja o homem mais veloz do mundo« que o outro campeão Mac Lane se.jao melhor nadador do mundo em longasdistancias. Sabia-se que a questão do me-Ihor seria retardada por algum tempo, liIsso depressa ficou provado. Algumas ses-manas após os Jogos Olímpicos, JANYBATEU REPETIDAS VEZES TODOS OS

CAMPEÕES OLÍM*M€OS AMERICANOSEM 100 E 200 METROS E DEPOIS DELONDRES NAO FOI MAIS SUPERADOPOR QUALQUER NADADOR DO MUN"DO. Alem disso, os tempos que ele marcouao fim de 1949 c nas primeiras semanasdeste ano nos mostram que Jany está empleno nrogresso e que foi simplesmentepor falta de adversários que não bateu«ovos records.

Furuhashi, por seu turno, fez uma dc- ,tnonstração ainda mais importante e maisespetacular, levantando quatro campeona-tos dos Estados Unidos e batendo, ao mes-mo tempo, quatro records do mundo. In-vencivel há três anos, o fenômeno japonêssò espera Alex Jany para se afirmar àscustas do francês como o maior nadadorde todos os tempos. Mas Jany tambémespera por intermédio de uma vitoria sobreFuruhashi, recuperar sua posição de Hderda natação mundial, situação perdida pelaBua desventura dc Londres.

Jany anunciou há um mês — antes quesoubesse que mediria forças com Furuha-shi no Brasil — que se preparia no mêsde março para bater o record do mundodos 400 metros, marca detida atualmentepor Furuhashi, mas que anteriormente lhepertencera. E como Furuhashi declaroutambém que tentaria na mesma época me-JQiorar seu próprio record, NAO TEMOSTODOS OS ARGUMENTOS EM MÃOSPARA CONSTATAR QUE OS DOIS NA-DADORES OSTENTAM UMA FORMAEXCEPCIONAL? E AO MESMO TEMPOTODAS AS RAZOES PARA CONSIDE-RAR O COTEJO DOS DOIS CAMPEO-NIHSIMOS EM S. PAULO, COM OMATCH DO StftCÜLO?

RECORDMAN DO MUNDO AOS 17 ANOS

Alex Jany revelou-se um nadador dcgrande classe internacional em 1943.quando melhorou o record europeu deBjorn Borg dos 200 metros de 2*10"8 paraS'09"8. Ele tinha nesse época 16 anos.

Mas começou a nadar à idade de cincoanos e participou de competições oficiaisjá aos 11 anos. E* verdade que Jany éfilho de um professor dc natação e quelucrava como filho, da orientação de umtécnico para desenvolver suas faculdadesde uma natureza quase perfeita. Mas ja-com a idade de 15 anos foi confiado aAlban Mmvüle, um dos melhores treina-dores da Europa que tem a seu favorgrandes méritos na evolução de seu pu-pilo.

Em 1946, com 17 anos, Jany mede lm86e pesa 90 quilos. Está cm plena posse desuas forças atléticas e bate pela primeiravez um record do mundo, o dc 200 metrosdo americano B«U Smith (2'06"2), conse-guindo 2.05"4. E no ano seguinte Janycomeçou a serie de performances que i'i-zeram a sua gloria. Conquista os títulosdc campeão da Europa sobre os 100 e 400c bate os records mundiais dos 100 metroscom 55 "8 (o anterior era de Alan Fordcom 55"9); dos 300 em 3'2l"5) e, por fim,com Georges Vallerey c Alfred Nakache,o de 3x100 metros, três estilos, com 3*12"3.

O ano dc 1948 foi, como dissemos aci-ma, o mais infeliz dc sua carreira. Já osresultados que precederam aos Jogos Olím-picos foram pouco brilhantes, os da Olim-piada ainda menos c chegou-se a pensai*com inquietude sobre o futuro da sua cai-reira. Felizmente, as perofrmance dc 4Í!nos mostraram que não havia razão parareceio. Jany deu uma *'virada" impres-sionantc: nadou quatro vezes abaixo dc58" e cumpriu com o tempo de 57" empiscina de 50 na Iugoslávia (sem concor-rente), a melhor performance mundial doano. Sobre os 200 metros, com 2'06"4 cs-teve a pique (estando só) de melhorar seurecord, mas estabeleceu sobre as 300 jar-das- um novo record do mundo (oficiosoporque essa distancia não figura mais so-bre a lista dos records desde 1 dc janeirode 49), com 3'03" contra 3,04**4 de Mc-dica.

Seu resultado de 4'44"9 sobre 400 não ébrilhante, mas nadou essa distancia umaúnica vez: quando do campeonato daKrnilri, <M_ _"<* smltoii dagllá E_ d0ÍS..i___ma«;i dí- dez vezes para defender seus di-versos títulos individuais e do sseu clube.Mas sobre esse ponto podemos assegurar,por sua recente declaração, que procurará,antes de tudo, atacar o record do mundonessa distancia. Portanto, é para os 400metros que Jany se prepara com o má.vi-mo cuidado. E isso é uma garantia paraque o encontro de São Paulo nos dc re-sultados de primeira ordem.

FURUHASHSI E O GRANDE RENASCI-MENTO DA NATAÇÃO JAPONESA

Furuhashi ingressou ua cena da nataçãomnndial em 1947, dois anos portanto de-pois de Jany. E Jany, porem, que é maisjovem, twm 21 anos, contra os 22 do japo-nês. Furuhashi c de uma estatura muitosuperior à media de um japonês: lm76 epesa 80 quilos. Não fuma e jamais tomauma gota de álcool. E' estudante na Uni-versidade de Nihon, em Tóquio, e possueum único ideal: içar o maior número dcvezes poasivel a bandeira japonesa no mas-tro olímpico em 1952 e ao mesmo tempoajudar a sua pátria a recuperar a posiçãode Hder na natação mundial.

Foi em 1947 que Furuhashi atraiu asatenções dos entendidos da natação. Co-brindo (em piscina de 50 metros) a dis-taneta de 400 metros em 4 "38 "4. bate pelaprimeira vez um record mundial. Em 1948iria melhorar esse tempo para 4,33" e ba-teria na mesma temporada ainda trêsoutros records mundiais: 300 metros em3'20"8. 800 metros, cm 9'41" e 1.500 em18'37". Mas todos os seus records ficaramoficiosos e não oficiais, de vez que o Ja-pão não era filiado, nesta época, à FINA.

Somente a partir do junho de 1949. queFuruhashi começou a colocar as coisas cmordem na lista oficial dos records mun-diais. Primeiramente, em Tóquio, em se-guida a Los Angeles, onde levantou quatrocampeonatos dos Estados Unidos e enfim,em Honolulu. em piscina de 100 metros.

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Furuhashi preparando-se para um treino na piscina do Pacaembu

o fenômeno japonês afirmou-se incontes-tavelmentc como o maior nadador japo-nês que o Japão jamais produziu e prova-velxnente «ambem, o mailor que o mundojá conheceu.

Quais sáo os planos do japonês para esteano? Ele não fez declarações oficiais, massupomos que seu programa de preparaçãopara os Jogos Olímpicos s.pr_ sobretudo ba-seado cm distancias curtas, onde se sentemenos ao abrigo dos adversários do quecm distancias de fundo. Seu resultado de22*07 "4 sobre os 200. marcados na passa-gem de um relay 4x200. o ano passado,indica-nos que Furuhashi tentará certa-mi-ntc cm 1P50 despojar Jany de seu re-cord de 200 metros e. talvez, também ode 300. Os organizadores do campeonatobrasileiro nos declararam que Furuhashiparticipará das provas de 100 a 400. o queconfirma tais suposições.

Apôs fazer uma derrubada de recordsnas distancias de fundo irá Furuhashi var-rer agora os franceses e americanos dalista dos recordmen do mundo em curtasdistancias?

AS MELHORES PER-FORMANCES HE—• _r__.i _r _ ¦

100 metros — 55" 8/10200 metros — 2'05" 4/10300 jardas — 3'03"300 metro* •— 3'2l"400 metros — 4*35" 2/10

AS MELHORES PER-FOR/tf ANCES HE

FUREASSHI200 metros300 metros •400 metros500 metros800 metros

1.500 metros

2*07" 4/103'20" 8/104'33"5*56" 5/109*35" 5/10

18.19"

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O GlOBO SPORTIVO Sexta-feira, 10 de março de 1950 Página 15

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QUEM BEBEÚJiapetteREPETE!

De PIERKE LORMCl

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(Copyright do Serviço Francês de Informação, especial paraO GLOBO ESPORTIVO

De um verão para o outro, a volta à França ciclista nãodtixa de preocupar todos os que, de longe ou de cerca, se inte-ri°ssam pelo desperte de bicicleta.

Enquanto toda a equipe dos organizadores trabalha, no si-lencio, para arranjar os detalhes desportivos, os técnicos e ospráticos da prova, seus atores, auxiliares, comentaristas ou sim-pies espectadores, acumulam as previsões, as hipóteses, as su-gestões.

E tudo se passa assim até o momento em que a Direção deVolta à França, após ponderar maduramente as suas decisões,resolve publicá-das. As antecipações e as sugestões dão entãopasso às críticas e nos comentários.

Chegamos a esse ponto. O Comitê Diretor, incumbido da or-ganização, ja apresentou ao grande público a fisionomia da Voltaa França em 1950, que será a 37.*.

Houve importantes alterações na fórmula de 1948 e 1949.

A VOLTA A FRANÇA E' UM POUCO MAIS TARDEGERA 22 ETAPAS EM VEZ DE 21

ABRAN-

Vejamos, primeiro, o adiamento da data. Até aqui a Voltadava-se inteiramente durante o mês de julho. Este ano, a datade partida foi adiada para 13 de julho. A Volta a Paris estáfixada para 7 de agosto.

Deve-se esse adiamento ao desejo dos organizadores de des-congestionar a estação turística no que respeita a viagens deautomóvel e sobretudo de permitir que a Volta à Suiça possaser interpretada, sem prejuízo para nenhuma das tres provas,entre a Volta à Itália e a Volta à França.

A extensão do percurso é mais ou menos a mesma do anoanterior- 4.812 quilômetros contra 4.813, em 1949. Mas a fisio-nomia do itinerário foi sensivelmente modificada. Compreende22 etapas (contra 21 em 1949), cortadas por quatro dias de des-ci.nso- Dinard, Pau, Nice e Saint Etienne. Mas muitas foram ascidades de etapas do ano último abandonadas este ano em pro-vHto üe outras cidades. Primeiro de tudo, a Volta à França, quepassará pela Bélgica tLiege) e Itália (San Remo), nao passa pelaSuiça.

Antes de nos referirmos a outras alterações, digamos quaisos motivos invocados pela organização para justificar tais inova-ções.

PRIMEIRO PROBILEMA: ALOJAR TODO O MUNDO

Este ano. os cumes de montanha serão distribuídos em seteetapas, em vez de três, o que não determina distancias tão gran-des e dará aos corredores, um dia mal dispostos, a esperança dese desforrarem ao longo das etapas sucessivas.

Por último, quarenta e oito horas antes da chegada a Paris,a etapa Saint-Etienne-Lyon será corrida contra o relógio, e in-cluindo a ascensão do cume de Bessart (1.100 m.), o que podemuito bem alterar a classificação registada em Saint-Etienne.

CINCO PARTES DISTINTAS DA VOLTA À FRANÇA

Vejamos agora o itinerário: de Paris aos Pirineus, por Meta,Liége, Lille, Rouen, Dinard, Saint-Brieuc, Angers, Niort, Bor-deaux, Pau.

Os Pirineus, de Pau a Saint-Gaudens, com os três altos demontanha: Aubisque, Tourmalet, Aspin (Peyresourde não figuraeste ano).

O "Midi" com etapaas de planície, de Síünt-Gaudens a Nicepor Perpignan, Toulon e Nice.

O Sudeste, de Nice a Lyon por San Remo, Nice- Gap, Brian-çon, Saint BUenne, Lyon, com dez altos de montanha repartidosem seis etapas: De Lyon a Paris por Dijon.

Como se vê, o aspecto da volta foi bastante modificado: 13cidades de etapa de 1949 foram abandonadas: Reims. Bruxelas,Boulogne, as Sables-Clonne, La Rochelle, Luchon, Toulouse, Mar-selha, Cannes, Aosta, Lausanne, Colmar e Nancy.

Onze escaladas suprimidas, entre as quais algumas de tra-dição já célebre, como Peyresourde, Allos, llseran, etc.

Esses retoques vigorosos corresponderão a essas perguntas, asintenções dos organizadores? Darão à Volta um interesse reno-vado e constante?

Só o acontecimento em si poderá responder a essas per-guntas. Em todo o caso, a nova fórmula fará correr muita tinta,e suscitará discussões apaixonadas.

Mas o próprio vigor dessas controvérsias, a repercussão, qual-quer que seja o seu aspecto, de tudo o que se refere à grandeprova, não é já em 1950 uma garantia de sucessa para a VelhaVolta, rejuvenescida e revigorada?

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SE NAO SABE...— Não. Bill Gibson— Boxeur— Remo— Steve Brooks, com"Ponder"— Sim

"TEST" ESPORTIVO

(SOLUÇÃO)c) Jack Dempsey

O Sr. Jacques Goddet, diretor da prova, declarou aos jórna-listas, durante uma recente conferência da imprensa:

••í.°) A Volta á França é hoje uma manifestação de tantaenvergadura que o deslocamento, a alimentação e o alojamentocie mais de mil pessoas provocam problemas de dilicil resolução.Ha cidades, cujo equipamento não permite, materialmente, re-céber a caravana da Volta à França; fomos, pois, obrigados aabandoná-las. Há outras, bem equipadas do ponto de vista doturismo, mas aue esperam este ano, em virtude do Ano Santo<um número tal de turistass estrangeiros, que nao é possível alo-iar nelas e gente de Volta à França. O exemplo mais Upico eo de Cannes cujo prestigio aos olhos dos visitantes estrangeiros,cresce de ano para ano. Eis por que os dias de descanso não saomarcados nas mesmas cidades que em 1949."

MANTER ATÉ À CHEGADA O INTERESSE DA VOLTA

••2 o — Desde a criação da Volta à França., uma das princi-pais preocupações de Henri Desgrange foi procurar manter seuinteresse até à hora da chegada a Paris. Era e ainda e difícil,devido à diferença de períil que separa as etapas de planície dasetapas de montanha. A pequena vantagem obtida ao longo denumerosas etapas de planície pelos -pedaüstas" foi muitas vezesganha pelo avanço tomado num só dia pelos -escaladores".

O resultado era que, depois das etapas dos Alpes, quando aVolta se dirigia para Leste, as situações conquistadas pelos es-caladores estavam fora de todo o perigo. A Volta era ganhamuito antes de ser terminada, e perdia assim a maior parte dointeresse que a certeza sempre suscita.

Este inconveniente levou os organizadores: Primeiro, a con-servar a partida na direção Norte (Liége), depois um arranquepara Leste (Metz), e, por último, para Oeste e Sudoeste. A maioroarte das etapas de planície ficam assim situadas no principioda corrida, o que mantém o interesse. Além disso, uma etapacentra o relógio- Dinard-Saint-Brieuc (80 quilômetros) cortara,no meio, essa serie de etapas planas, renovando, portanto, o mte-resse.

Depois a fragmentar as etapas de montanha. As rampasmais pronunciadas eram até aqui franquiadas em tres etapas<uma nos Pirineus e duas nos Alpes). Cada uma dessas etapasdeterminava grandes distancias nas classificações, distancias im-

possíveis de salvar ou de reduzir mesmo parcialmente nas etapas! de planície.

umwMimim«»-

(Conclusão da página 2)

Baltazar, pois, não é Baltazar,mas Osvaldo Silva, com 24 anos ide idade c nada tendo a ver jcom um dos Reis Magos, pois !muitos julgaram que assim se ;chamava em homenagem a umdos bondosos soberanos que sedeslocaram do Oriente para aJutíéia a fim de presentear Je-sus-Menino.

NEM SO DE CABEÇA "MARCA"O HOMEM...

Mesmo não sendo, originaria-mente, Baltazar, o centro-avan-te das cabeçadas maravilhosas,decisivas, Baltazar c um grandejogador e, ao contrario do quese diz a seu respeito, não dis-põe apenas, como recurso paravencer a vigilância dos adver-«•a rios. de seu excelente sensode oportunidade ao cabecear a

, pelota. Baltazar marca tentosi com os pés, na corrida, "viran-i do" o corpo, enfim, como boi**| goleador, aproveita-se de todas

as chances para mandar a pe-lota às redes contrarias. E. deforma diferente da que muitagente pensa, não fica exclusiva-mente à boca da meta, espe-rando que lhe "sobre uma bolaalta para mandá-la, com vi»-íencia, às redes. "Cava" o jogo,recua, alcança, desloca-se paraa esquerda, para a direita, com-pletando a toada de jogo deseus companheiros, sejam eles

do Corintians, da seleção pau-lista, da seleção nacional. Nostreinos da seleção bandeirante,por exemplo, Baltazar vem sen-do marcado e com eficiência,pelo novo e vigoroso zagueiroipiranguisla Homero, uma re-velação do football paulista.Marcação ferrenha, cerrada.Mas mesmo assim, impossibili-tado de marcar com a cabeça,Baltazar vem maveando tentosem todos os ensaios, sendo Oartilheiro nos dois primeirosensaios, com três tentos cm ca-da um.

O fato é que, mesmo sem serBaltazar, e mesmo sem jogarexclusivamente de cabeça, Bal-tazar é um autêntico crack.absoluto em sua posição e alemde jogar de cabeça, joga "coma cabeça".

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Contra a CASPA

QUEDA DÓS CABELOS

JUVENTUDE^ALEXANDREkl JtVlGOSNao tem substitutoi oo*

USE E NÃO MUDE[

Page 16: Página 2 Sexta-feira, 10 de março de 1950 ¦¦ÉfflÉtóSÉtKmemoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1950_00598.pdf · passar sem o futebol sou eu. Todo. domingo faço uma experiência.

WjttMgj^^ ALGUÉM PODE.^ ¦ |

HLrf—f. I fi^MÉ a_^m.*Íf _^t# **^_^ -^*~?S*. ^fc_^P^K^^*^^M^^^Ma»A **¦W**^^^*—"^ ^ "' * -^mf^^^^^W^—^tPt ——4—»^ ' "' ^j^ |, f ¦—*-j** __^-—"7?\ \ —-**—" jw _^L flH^B1^ ^•"*_-^^*^ Zrfffli *J__Bffl_ S^mmÈÊr^ ^f^TÊmW

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