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Evolução do SistemaFinanceiro
Negócio Próprio, Emprego Próprio
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O Microcrédito
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Instituto de Formação BancáriaIFB – The Portuguese Bank Training Institute
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Commoditiescomo Activos Financeiros
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CADERNOS DEMERCADOS
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Actividade do SectorBancário em Portugal
O MICROCRÉDITO
O Controlo Estatísticodo Processo (SPC)
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SumárioEvolução do Sistema Financeiro
Divulgando ...
O MICROCRÉDITO
Citando...
CADERNOS DE MERCADOS
Actividade do Sector Bancário em Portugal no Ano de 2004
"When The World Zigs, Zag."
Notícias Breves da Banca
Correio Electrónico
Instituto Superior de Gestão Bancária
Formação Profissional
IV Rally Paper do IFB/ISGB
Formação em Alternância na Banca para Jovens
Dr. Miguel Pacheco
Secção
e-Learning
O Controlo Estatístico do Processo (SPC)
Conferência do Engº Jardim Gonçalves
História BreveO Microcrédito em PortugalO Microcrédito é uma Maneira de Cada Um se Ajudar a Si Próprio ...
Cinco Anos de Microcrédito em Portugal
– Modelo Formativo Desafiante
A Oportunidade e a Consistência como Factores de Construção dasMarcas
Um Falso Dilema Ético...
– Dedicação ao IFB e à Formação em África
Commodities
A Sua Aplicabilidade em Serviços Financeiros
Manuel Brandão Alves
Jorge Wemans
João Cantiga Esteves
Caetano Ferreira
Jaime Mourão-Ferreira
Ricardo Fortes da Costa
Rogério Puga Leal
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Ficha Técnica – • Out > Dez 200566inforBANCA
Director: Redacção:Capa, Fotografias e Ilustrações: Design Gráfico e Paginação:Impressão e Acabamento:
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Tiragem: Depósito Legal:
Manuel Ferreira Helena FontesRui Vaz Gracinda Santos
(4 números): € 5,00. Distribuição gratuita aos empregados bancários, quandofeita para o seu local de trabalho.
13 000 exemplares 15 365/87
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LISGRÁFICA – Impressão e Artes Gráficas, SA – Casal deSanta Leopoldina – QUELUZ DE BAIXO
A responsabilidade pelas opiniões expressas nos artigos publicados na , quando assinados, competeunicamente aos respectivos autores.
Inforbanca
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de Formação
BancáriaPropriedade:Sede: Av. 5 de Outubro 164, 1069-198 LisboaTel.: 217 916 200 • Fax: 217 972 917 • e-mail: [email protected]
Evolução doSistema Financeiro
3inforBANCA 66Out > Dez 2005�
Editorial
Manuel Ferreira
1. As Nações Unidas declararam 2005 o Ano Internacional do Microcrédito. Estenúmero da procura levar aos seus leitores uma reflexão sobre umtema que, não sendo propriamente novo, tem vindo a ganhar crescente atençãonos meios económicos e políticos mundiais mais preocupados com os aspectossociais do desenvolvimento económico.
A partir da crença e do entusiasmo do Prof. Muhammad Yunus, um economistado Bangladesh, fundador no seu país do Grameen Bank – o Banco da Aldeia –,que obteve resultados extraordinários no combate à pobreza através do apoio aopequeno empreendorismo, a ideia do Microcrédito ganhou reconhecimento aosníveis mais elevados, incluindo o do próprio Banco Mundial.
Em Portugal, a Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC) desenvolvehá anos, com o apoio de outras instituições e voluntários, um trabalho pioneiro emuito meritório. Alguns dos nossos bancos estão sensibilizados para o tema atéporque, como nos diz o Presidente da ANDC, “O Microcrédto pode ser umavantagem para as instituições financeiras, na medida em que lhes dá uma imagemde responsabilidade social, cria clientes potenciais......”.
2. Publicamos nesta edição algumas ideias-chave da visão do Engº JardimGonçalves, Presidente do Conselho Superior do Millennium bcp, sobre o nossosistema financeiro. Depois de uma análise estratégica da banca internacional, dassuas tendências mais recentes e do seu impacto no nosso país, propõe trêsalternativas para mitigar a vulnerabilidade da banca portuguesa a ofertas debancos estrangeiros: reforçar a consolidação doméstica através de negociaçõesamigáveis entre os nacionais, enfoque no e ou aabordagem de oportunidades de crescimento mesmo com um núcleo deaccionistas mais diversificado.
3. Chamamos a atenção dos leitores para a síntese que fazemos nesta Revista dealguns dados sobre a evolução do Sistema Bancário no ano transacto, extraídosdo da APB. Em matéria de recursos humanos, há trêstendências particularmente importantes: o número de empregados bancárioscontinua a diminuir (são hoje menos 8930 do que há cinco anos), 58% dos novosempregados têm formação superior e, terceiro aspecto, o investimento emformação profissional aumentou de novo, atingindo 24 milhões de euros.
Notamos, no entanto, que, de acordo com o relatório referido, a formaçãopresencial representou 81% das participações e o apenas cerca de10%, muito abaixo, portanto, daquilo que já se verifica na banca europeia.Embora, já em 2005, tenhamos verificado no nosso Instituto um crescimentoacentuado da utilização dos serviços da WebBanca – Formação Bancária Online,a verdade é que há ainda muito terreno a percorrer e muitas oportunidades aexplorar através de um tipo de formação sempre disponível, que chega a todose a todo o lado e que, sobretudo, é muito mais barata!
InforBANCA
players core-business go for growth
Boletim Informativo
e-learning
Out > Dez 2005�Out > Dez 2005�4 inforBANCA 66
Evolução doSistema Financeiro
Desenvolvimento do Sistema Financeiro Português1985-1990
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Abertura do sectorfinanceiro à iniciativaprivadaLançamento de instituiçõesfinanceiras especializadas
1990-1995�
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Nova legislação para o sectorbancárioAbolição dos limites de crédito, taxasfixadas administrativamente eobstáculos à abertura de sucursais
1995-2000� Enfoque no
e em produtosfinanceiros inovadores
cross-
-selling
2000- ...�
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Internacionalização da oferta suportadapor avanços tecnológicosDesenvolvimento de novos modelos denegócio com uma filosofia multi-produto,multi-canal, multi-segmento
1985-1990 1990-1995 1995-2000 2000- ...
Implicações Estratégicas Resultantes do Enquadramento Competitivo
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Oportunidades para conquistarquota de mercadoReduzida importância dadimensão dada a regulação e oproteccionismo do mercadoDiferenciação das propostas devalorExpansão das redes dedistribuição
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Menor facilidade na obtenção deganhos de quota de mercadoReforço da importância deobtenção de dimensão críticaapropriadaEnfoque no e emprodutos financeiros inovadoresComunicação agressiva daspropostas de valor
cross-selling
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Menores oportunidades paraconquistar quota de mercadoImportância da dimensão críticapara obter economias de escala,ganhos de eficiência, sinergias ecomplementaridadesUso intensivo de bases dedados e telemarketing
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Importância determinantede dimensão crítica e deuma sólida e rendível redede no mercadodomésticoImportância dos novoscanais de distribuiçãoremotos baseados nasnovas tecnologias deinformação
franchising
O , Presidente do Conselho Superior do Millennium BCP, fez uma apresentação, no passado dia 22 deJulho, intitulada “Tendências de Evolução do Sistema Financeiro”, ao Curso Avançado de Gestão Bancária do Instituto Superior deGestão Bancária.
Os que tiveram a oportunidade de participar na conferência puderam, numa primeira parte, ouvir falar do desenvolvimento do SistemaFinanceiro Português; nas implicações estratégicas resultantes do enquadramento competitivo; das tendências estruturais do sectorfinanceiro internacional; da consolidação do sector bancário europeu e da situação do sector bancário português na sua generalidade.Numa segunda parte, foi dada ênfase à estratégia de consolidação e desenvolvimento do Millennium BCP.
Pela pertinência das ideias transmitidas a revista partilha com os seus leitores alguns dos conteúdos ali apresentados.
Sr. Eng. Jorge Jardim Gonçalves
InforBanca
Conferência do Engº Jardim Gonçalves
5inforBANCA 66Out > Dez 2005�
Tendências Estruturais do Sector Financeiro Internacional
Concorrênciae Estruturado Sector
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Vaga de operações de M&A trans-fronteiriças iminentesConsolidação doméstica continua em alguns países, especialmente envolvendo bancos de média dimensão e deoutros segmentos bancáriosTendência de crescimento de longo prazo dos activos do sector bancárioEmpresas não financeiras concorrem como fornecedores de serviços financeiros
EnquadramentoRegulamentar
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Acordo de Capital Basileia II a partir de 2007Novas regras contabilísticas (IFRS) desde o início de 2005Crescente atenção a , contabilidade, transparência, disciplina de mercado, papel dos auditores eagências de
corporate governance
rating
Internacio-nalização
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Solução estratégica para bancos de países onde o nível de concentração do sector é já elevadoInteresse nos mercados de elevado potencial de crescimento, embora decrescente devido à intensidade do nível deconcorrência actual
EstruturaOrganizacional
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Maior concentração emMaior eficiência na organização das actividadesAtenção a práticas de , ao papel dos auditores externos, bem como às práticas desustentabilidade social
core businesses
corporate governance
Controlo eGestão
dos Riscos
Canais deDistribuição
Portfolio deProdutos e
Serviços
Infra-estruturados MercadosFinanceiros
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Melhoria das técnicas de controlo e gestão do risco, em linha com as exigências das novas normas de Basileia IIIntrodução do conceito de risco operacional e desenvolvimento de práticas e princípios que garantam a sua gestãoeficiente
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Preferência dos clientes pela distribuição multi-canalCrescimento contínuo da utilização da InternetDesenvolvimento de novos canais remotos – SMS e PDA – e aperfeiçoamento dos canais existentes –
e atendimento telefónicoOptimização dos espaços de atendimento físico no sentido de maior automatização
Internet
banking
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Forte inovação na oferta de produtos, permitindo a adaptação a alterações de regulamentaçãoProcura crescente por produtos estruturados, produtos/serviços de gestão de activos e cartões de crédito commúltiplas capacidadesForte diversidade de produtos disponível, incluindo produtos não financeiros, capitalizando nas redes dedistribuição física
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Consolidação internacional de sistemas de ePrivatização e concentração de bolsas de valores“Internalização” de transacçõesElevada fragmentação dos negócios de e
front back office
clearing settlement
Consolidação do Sector Bancário Europeu: Evolução Recente
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Os processos de consolidação trans-fronteiriça no sectorbancário europeu são ainda insignificantes, uma vez que oenfoque das operações de concentração tem sido até agorapredominantemente de âmbito doméstico
Na Europa, a banca é um dos sectores que ainda nãopassaram por uma forte reestruturação, permanecendo comoum dos mais fragmentados à escala continental
As oportunidades de consolidação doméstica estão a esgotar--se na Europa, com excepção de países como a Alemanha e aItália
O sector bancário europeu é aindafortemente influenciado por critérios de
protecção das instituições locais
Consolidação por Sector de Actividade*
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Fonte: McKinsey; *Percentagem de M&A trans-fronteiriços no total de operações M&A nos países daOCDE (1990-99).
inforBANCA 66 Out > Dez 2005�6
Consolidação do Sector Bancário Europeu: Evolução Recente
Obstáculos a M&A Trans-fronteiriços na Europa
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Resistência e desincentivo por parte dos agentesreguladores, que têm vindo a fomentar a visãoproteccionista de empresas campeãs nacionais
Ideia generalizada de que os M&A trans--fronteiriços não acrescentam valor, uma vez que opotencial de racionalização de custos é menor quandocomparado com operações domésticas
Preocupações ao nível do efeito de diluição devido adiferentes avaliações e existência de activos
Número limitado de potenciais alvos devido àestabilidade das estruturas accionistas e de algumarigidez de governo corporativo
non-core
M&A no Sector Bancário da UE-15
Reduzidas operações de M&A trans-fronteiriçoverificadas na Europa até hoje
Fonte: BCE; *1º Semestre de 2004.
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01994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004*
Trans-fronteiriço (valor em mil milhões de euros)Doméstico (valor)Trans-fronteiriço (número de operações)Doméstico (número)
Sector Bancário Português: Análise SWOTPontos Fortes
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Sector bancário moderno, desenvolvido e inovador
Sector competitivo e eficiente
Sector sólido
– ofertaalargada de produtos e serviços inovadores satisfazendo um lequediversificado de necessidades de clientes e com redes dedistribuição modernas
– grau moderado deconsolidação e sucesso dos esforços de racionalização eoptimização
– beneficiando de normas regulamentaresexigentes e de regras internas de controlo dos riscos
Pontos Fracos
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Recuperação lenta da actividade económica em PortugalRisco de divergência persistente da economia portuguesa face àmédia da União EuropeiaNível de endividamento das famílias e empresas ainda elevadoCusto de superior a outros sectores europeusMenor flexibilidade no acesso a mercados de capitais quandocomparado com outros sectores europeus
funding
Oportunidades
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Alargamento da União Europeia
Exportação de experiência e de
, proporcionando novosmotores de crescimento
para mercadosinternacionaisEsforço de enfoque nos negócios
know-how
core
Ameaças
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Vulnerabilidade do sector
Intensificação da concorrência internacional
face a operações de M&A trans--fronteiriço na Europa
no negócio debanca de investimento e de private banking
Sector Bancário Português: Principais Desafios
Estratégia
Governo dasSociedades
Negócios
Operacional
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Enfrentar a crescente concorrênciaManutenção de autonomia estratégicaEnfoque no negócio e optimização do capital
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Relacionamento comHarmonização da regulamentação
stakeholders
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Desenvolvimento de novos motores decrescimentoInternacionalização
� Produtividade e eficiência operativa
7inforBANCA 66Out > Dez 2005�
Produtividade na Banca de Retalho:Portugal Face a Melhores Práticas Europeias
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Mudanças na estrutura da indústria, com maior peso da bancaprivada, consolidação e presença crescente de operadoresemergentes e especializadosOptimização dos canais de distribuição e das operaçõesMelhoria da oferta de produtos e ajustamento do pricing
Gap Estrutural:�
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Níveis estruturalmente mais baixos da procuraPadrões históricos das transacções (maior peso dosinstrumentos com suporte em papel)Dimensão do mercado
Produtividadeda Banca de Retalho em Portugal
Fonte: McKinsey; Produtividade do trabalho (Valor acrescentado bruto por hora de trabalho) ajustada paraeliminar diferenças estruturais (ex.: activos mais reduzidos).per capita
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1998 1999 2000 2001 2001Portugal Holanda
(o mais produtivo dossectores europeus)
Gap nãoestruturalCrescimento
anual de 16%
Sector Bancário Português: EficiênciaO sector bancário português é um dos sectores mais desenvolvidos e eficientes da Europa.
Custos Administrativos/Produto Bancário (Europa)
Número de Sucursais porMilhão de Habitantes (2003)
Fonte: Banco de PortugalNota: ( ) – número de bancos considerados para cada país.
Fonte: Banco Central Europeu
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Sector Bancário Português: PerspectivasA vulnerabilidade do sector bancário português a operações de M&A trans-fronteiriços na Europa é actualmente elevada.
Alternativas para mitigar a vulnerabilidade dos bancos a ofertas de bancos estrangeiros
Reforçar aConsolidação Doméstica
Enfoque no core-business
Go for Growth
� Aproveitamento do potencial de consolidação doméstica ainda existente, através de negociações amigáveisentre os nacionais.players
� Eliminação do potencial de reestruturação ainda existente no sector em Portugal, pelo reforço do enfoquenos negócios e pela optimização dos recursos existentes.core
� Abordagem de oportunidades de crescimento, mesmo enfrentando o de um núcleo de accionistasmais diversificado.
trade-off
8 inforBANCA 66 Out > Dez 2005�
Sector Bancário Português: Factores Críticos para a Manutenção deAutonomia Estratégica
AutonomiaEstratégica
Performance
Qualidade dos activos intangíveis
Dimensão
� Estabilidade da estrutura accionista– parcerias– participações cruzadas entre empresas nacionais e/ou internacionais
Sector Bancário Português: Sumário
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O sector bancário é actualmente uma das indústrias mais fragmentadasda Europa, dado que o enfoque das operações de concentração tem sidoaté agora predominantemente de âmbito doméstico
Os principais obstáculos a M&A trans-fronteiriços estão a desaparecer,pelo que a intensificação da consolidação do sector bancário europeu éiminente e inevitável
Espera-se que os bancos europeus iniciem uma nova onda de M&A trans--fronteiriços na Europa, se bem que os bancos americanos disponham derecursos suficientes para financiarem aquisições de dimensão relevante
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Em mercados cada vez mais competitivos, agressivos e turbulentos, em que a sobrevivência ésistematicamente posta à prova sob a batuta da logística sistémica, várias mudanças de
paradigma estão em marcha no sentido de transformar organizações orientadas para produtos em organizaçõesorientadas para clientes. , de , das
, equaciona os novos desafios que se colocam aos actuais sistemas logísticos e aos do futuro parase chegar a práticas esclarecidas e maximizantes dos recursos envolvidos.
Como compatibilizar em Portugal a tradição com uma economia que só poderá sobreviver em nichos de mercadosofisticados, com produtos que incorporem muita inovação e alto valor acrescentado e em que a economia de
gama e a diversificação, o , a entrega porta-a--porta e a resposta pronta são condições essenciais para a conquista de novos clientes em novos mercados?
Logística Global e Macrologística João Carlos Quaresma DiasEdições Sílabo
just-in-time
Divulgando
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O sector bancário português é atractivo evulnerável, pelo que os riscos deconsolidação por entrada de umestrangeiro são bastante elevados
Reforçar a consolidação doméstica, a parda criação sustentada de valor para osaccionistas, poderá mitigar avulnerabilidade dos bancos portugueses aofertas de bancos estrangeiros
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Num envolvimento total com o mundo,1,3 mil milhões de chineses desejam melhorar as suas vidas. , editado pelo ,
vem preencher a lacuna que existia sobre a explicação do progresso avassalador de um país, muitas vezes descritode forma limitada ou partindo de ideias feitas. Uma série de crónicas sobre as conquistas dos chineses desde o iníciodas reformas até aos nossos dias, contadas por um , proporcionam-nos uma visão realista e uma reflexãoimportante sobre valores universais que são de todos nós. é um intelectual chinês e estratega financeiro,com um profundo conhecimento sobre a China e o mundo ocidental, onde estudou e trabalhou, conseguindo “omelhor da visão de dois mundos”, ao aceitar o desafio de escrever um livro dirigido ao mundo latino.Gu pretende reflectir, neste livro, as três lições que a China oferece ao mundo:
Primeiro – são as iniciativas individuais que estão por detrás deste crescimento económico;Segundo – uma sociedade aberta ao mundo é um requisito essencial para o acesso de qualquer nação aoverdadeiro desenvolvimento;Terceiro – um crescimento sustentado implica um desenvolvimento global do país.
Assim, e ainda segundo o autor, a palavra “progresso” já não é desconhecida na China.
Made in China Centro Atlântico
Zhibin Guinsider
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9inforBANCA 66Out > Dez 2005�
O microcrédito define-se como sendo um financiamento de baixo montante, dirigido a pessoas que
não encontram resposta no mercado de trabalho e que pretendem criar o seu próprio emprego ou
pequeno negócio. Constitui um instrumento cada vez mais utilizado no combate à pobreza,
estimando-se que existam no mundo cerca de 12 mil instituições que já concederam microcréditos a
perto de 50 milhões de pessoas. A Organização das Nações Unidas (ONU) designou como o
, e foram pensadas inúmeras iniciativas, em todo o mundo, sobre
um processo que poderá ajudar à redução da pobreza e à inclusão social.
2005
Ano Internacional do Microcrédito
O MicrocréditoNegócio Próprio, Emprego Próprio
A primeira manifestação de microcrédito ocorreu no sul daAlemanha em 1846, criada pelo pastor Raiffeinsen, e foidenominada Associação do Pão. A região passou por um rigorosoinverno, que levou os fazendeiros locais a contraírem dívidas e aficarem na dependência de agiotas. O pastor cedeu-lhes farinhade trigo para que pudessem fabricar e comercializar o pão,obtendo, assim, . Com o passar do tempo, aassociação cresceu e transformou-se numa cooperativa decrédito para a população pobre.
Em 1900, um jornalista da Assembleia Legislativa de Quebeccriou as Caisses Populaires e reuniu, com a ajuda de 12 amigos, omontante inicial de 26 dólares canadianos para emprestar aosmais pobres. Actualmente, estão associados às Caisses Populairescinco milhões de pessoas, em 1 329 agências.
Nos Estados Unidos, em 1953, Walter Krump, presidente deuma metalúrgica de Chicago, criou os fundos de ajuda nosdepartamentos das fábricas, onde cada operário participantedepositava mensalmente 1 dólar, destinado a atender aosassociados necessitados. Posteriormente, os fundos de ajudaforam consolidados e transformados numa Liga de Crédito. Apósesta iniciativa, outras se sucederam, existindo actualmente aFederação das Ligas de Crédito, operando nacionalmente enoutros países.
Entre 1846 e 1976, devem ter ocorrido, provavelmente,muitas outras manifestações pontuais e isoladas comcaracterísticas de microcrédito; no entanto, o grande marco quepermitiu desenvolver, difundir e que serviu de modelo parapopularizar o microcrédito foi a experiência iniciada em 1976, noBangladesh, pelo Professor Muhammad Yunus. Ele observou queos pequenos empreendedores das aldeias próximas dauniversidade onde leccionava eram reféns dos agiotas, pagandojuros extorsivos. O professor Yunus começou, então, a emprestara essas pessoas pequenas quantias com recursos pessoais, quedepois ampliou, contraindo empréstimos. Posteriormente,obteve ajuda de bancos e instituições privadas, criando, em 1978,o Grameen Bank e o de microcrédito.
Este modelo pode ser definido como um sistema de créditodirectamente relacionado com o combate à pobreza através do
capital de investimento
modelo actual
financiamento aos microprodutores, via grupos solidários queprestam garantia mútua, dispensando a garantia tradicional dosbancos. O crédito é evolutivo, podendo iniciar-se com 10 dólares;porém, a média de empréstimo é de 100 dólares. As mulheresrepresentam 96% dos clientes do banco. A experiência doGrameen gerou a revolução do microcrédito no mundo,existindo, hoje em dia, programas similares em 60 países,incluindo alguns considerados ricos, como o Canadá, França eE s t a d o sUnidos.
Em Portugal, este conceito foi introduzido há cinco anos,através da Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC),que estabeleceu uma parceria com o Instituto de Emprego eFormação Profissional e um banco privado. Desde então, aANDC aprovou 349 microcréditos, no montante global de 1,5milhões de euros. Para o efeito, basta a um proponente, semhipótese de acesso ao crédito bancário tradicional, apresentar oseu projecto à ANDC, que o analisa e decide da sua viabilidadeatravés de um dos seus agentes de microcrédito. Posteriormente,prepara a proposta de financiamento, que apresenta à banca.Cabe à ANDC a organização do processo, a cobertura do risco deincumprimento e o acompanhamento da execução do projecto.No nosso país, cada empréstimo tem um montante máximo decinco mil euros e uma taxa de juro igual à Euribor, acrescida deuma margem de 2,5 por cento (cerca de 5 por cento no total).
“O acesso ao microcrédito é o golpe de asa que devolveautonomia financeira e integração social a uma centena deportugueses excluídos por ano.” ( , 30 de Maio de2005).
“Há pessoas que têm ideias de negócio muito tímidas, épreciso fazer-lhes ver que estas têm pernas para andar”, diz MariaAdelaide Ruano, membro da direcção da ANDC. Até porque aexperiência da associação demonstra que “mesmo quandoenfrentam sérias dificuldades, as pessoas que mudaram de vidapor terem recebido um microcrédito fazem tudo paracorresponderem à confiança depositada nelas e honram os seuscompromissos.” Depositada a confiança nos candidatos, o risco é
Diário de Notícias
História Breve
O Microcrédito em Portugal
> Microcrédito
10 inforBANCA 66 Out > Dez 2005�
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O que é?
Para quem?
A parte menos visível, a parte submersa do microcrédito, émuito mais importante do que a concessão do crédito financeiro,embora não seja possível sem este. A parte submersa domicrocrédito não é um microcrédito; é, antes, um macrocréditoque é atribuído às pessoas que dele beneficiam; não tem naturezafinanceira, mas tem o sentido do muito crédito, que significaacreditar, dar confiança às capacidades que possuem muitos dosque a sociedade bem estabelecida tende a rotular comomarginais. Não está muito longe de nós o tempo em que se dizia, apropósito de uma pessoa digna, “aquele sr. é uma pessoa decrédito”, isto é, uma pessoa em quem se pode confiar, uma pessoapara quem o crédito não tem limites. Queremos que todos osbeneficiários do microcrédito sejam pessoas de crédito. Significaisto que o segredo do microcrédito, mais do que no pequenocrédito financeiro, reside na confiança ilimitada que, de formacontinuada, se vai atribuir a pessoas que dele necessitam, porquepodem, sabem e querem desenvolver um negócio, que lhespermitirá deixarem de ser dependentes, tornarem-seconstrutores do seu próprio emprego, passarem a serconsideradas pessoas dignas de respeito, tornarem-se maisfelizes, serem contribuintes líquidos para a sociedade, que atéaqui apenas dava e deles nada recebia.
São várias as condições que devem ser preenchidas para sepoder ter acesso ao microcrédito. Elas não devem, no entanto,ser entendidas como condições de elitismo, mas antes como
O microcrédito é uma maneira decada um se ajudar a si próprio...
... diz-nos ,Presidente da Associação Nacional de Direito ao Crédito.
Manuel Brandão Alves*
garantias de que pessoas em determinadas circunstâncias podemter uma outra vida. Dirige-se a pessoas que se encontram, ouestão, em risco de se poderem vir a encontrar em situação demarginalidade económica e social (exclusão), sendo a situaçãomais corrente a do desemprego; pessoas que têm vontade decriar o seu próprio emprego, por sua iniciativa; que pretendemdesenvolver um negócio para que possuem aptidões ecapacidades resultantes quer da sua aprendizagem, quer da suaexperiência profissional anterior, isto é, possuem uma “boa ideia”;pessoas que necessitam apenas de um pequeno montante decrédito financeiro para o arranque do negócio, que pode, ou não,ser complementado com financiamentos ou activos que têmoutras origens.
Um dos maiores desafios que hoje se colocam aos que podemter alguma responsabilidade no grande desafio da luta contra apobreza é o de serem capazes de eliminar a mentalidade, muitasvezes ainda dominante, do pronto-a-vestir. Teremos deconsiderar, cada vez mais, que cada pessoa é um caso e que cadacaso exige uma solução específica, um fato por medida.
Dos micronegócios financiados, cerca de 80% foram bemsucedidos.
Os que julgam que o risco é muito elevado não prestamsuficiente atenção à circunstância de que em Portugal, como aliásna maioria dos outros países da Europa dita avançada, 75% dosestabelecimentos (até 10 trabalhadores) desapareceram cincoanos após terem sido criadas. Isto quer dizer que a percentagemde sucesso é apenas de 25%, enquanto no microcrédito é de80%.
Nas sociedades mais progressivas, nos primeiros anos de vidadas empresas o insucesso é muito elevado. Tal como com acriança que, para começar a andar, tem de cair muitas vezes,também o insucesso é condição de aprendizagem. A únicacondição para que o insucesso possa ser aceite como caminho deaprendizagem é que não tenha sido fraudulento ou consequênciade falta de empenhamento. Crédito malparado não significa,necessariamente, insucesso; do mesmo modo que insucesso nãosignifica, inevitavelmente, crédito malparado.
Uma outra forma de apreciarmos o nível de actividade daANDC é olharmos o comportamento das solicitações quechegam até nós.
Não sabemos como é que esta taxa poderá evoluir no futuro,mas gostaríamos que pudesse vir a aumentar. Para que talaconteça, é necessário que possam ser criadas condições para que
> Que sucesso?
11inforBANCA 66Out > Dez 2005�
casos que nos são sujeitos para apreciação já venham convenien-temente enquadrados pelo objecto do microcrédito.
Com pequenos passos se pode ir passando da sociedade dodesespero para a sociedade da esperança, que tem aqui o nomede sociedade empreendedora.
Protege-se mais o desemprego do que o empreendedorismoou, ainda, o desemprego quando associado ao empreendedoris-mo. Porque é que há-de ser assim?
Estamos a pugnar por que seja reconhecido o estatuto domicroempresário, em que estas situações possam ser protegidas,não para que se gaste mais dinheiro, mas porque se considera que,todas as contas feitas, a sociedade ainda fica a ganhar. Fica maisbarato promover a iniciativa do que sustentar pela subsidiaçãoaqueles que tinham condições para daí poderem sair.
Creio que, no que concerne às instituições financeiras, elas nãosão receptivas nem desconfiadas; são objectivas face às condiçõesde rendibilidade do ramo de negócio em que se encontram.
A ANDC existe também para tornar possível e visível que ocompromisso com o microcrédito pode ser uma vantagem paraas instituições financeiras, na medida em que lhes dá uma imagemde responsabilidade social, cria clientes potenciais de muito maiordimensão, abre perspectivas de inserção em mercados de outrosterritórios, possibilita a inserção num movimento internacional depromoção da microfinança, etc. Ninguém duvida de que muitomais do que há cinco anos estão hoje curiosas e disponíveis paraestudar a questão.
O microcrédito não se insere numa nova filosofia social alter-nativa. Pode ser considerado como uma ajuda aos que dela preci-sam, mas não é uma esmola: todo o crédito concedido apela àconstrução da responsabilidade de parceiros contratantes e, porisso, terá de ser reembolsado.
O que o microcrédito cria é uma janela de oportunidades paraque cada um se possa ajudar a si próprio. Àqueles que quiseremdar o passo em frente e assumir um compromisso firme, a ANDCgarante acompanhamento e apoio nas fases de lançamento,desenvolvimento e consolidação do negócio, através de técnicosespecializados, os agentes de microcrédito, que, sempre quenecessário, poderão pedir o envolvimento de apoios específicos,normalmente assegurados através de actividades de voluntariadode associados da ANDC.
Não poucas vezes temos ouvido dizer que mais importante doque o crédito concedido foi a palavra amiga que o acompanhou.
Estamos muito satisfeitos com o trabalho realizado, não parapararmos e ficarmos extasiados a olhar para trás, mas antes por-que consideramos que os resultados obtidos constituem um exce-lente incentivo para intensificarmos o nosso empenhamento.
Nos primeiros cinco anos foram criados cerca de 350 negóci-os. No ano de 2005 já foram financiados mais de 75.
>
>
>
>
>
E os que falharam?
Que resistências em Portugal?
Uma filosofia social alternativa?
Projectos acompanhados? Como? E por quem?
Que balanço de cinco anos?
>
>
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A implantação no terreno exigiu a formação de técnicos e a con-cepção de procedimentos. Em nenhum dos casos nos podíamossocorrer de experiências anteriores. As universidades não forma-vam nem formam, ainda, gente com perfil adequado ao tratamentodos casos de pobreza abordados pelo microcrédito.
Depois, os últimos anos têm sido muito mais de retracção doque de expansão, pelo que foram pouco incentivadores para aque-les que queriam ter iniciativa, sobretudo quando saídos do mundoda pobreza. Os que o fizeram podem ser considerados verdadeirosheróis.
É verdade que se pensa, em geral, que, em qualquer instituição,quando há mudança de órgãos directivos se pretende sempre adivi-nhar o que é que vai acontecer de novo, nomeadamente em ter-mos de linhas estratégicas. Devo começar por dizer que não seimuito bem o que seja isso de linhas estratégicas e duvido muito deque os que delas mais falam também o saibam. Sei o que são estra-tégias para atingir objectivos (organização de meios para os atingir);se por linhas estratégicas se pretendem designar objectivos, entãoé preferível continuar a designá-los simplesmente como objectivos.
No que concerne aos grandes objectivos do microcrédito, aADNC adquiriu um património suficientemente sólido para quenão nos pareça que algo de substancial deva mudar. No entanto,cada tempo tem o seu tempo e, por isso, a nova direcção pretendesublinhar alguns aspectos de organização do microcrédito, criandocondições para que:
Se intensifique, em termos operacionais, a nossa parceriacom as instituições de solidariedade social que, no terreno,conhecem e acompanham as situações dos que mais preci-sam;Possa ser mais reconhecido pelas várias administrações públi-cas o papel que o microcrédito pode ter, não apenas na erra-dicação da pobreza, mas também na criação de condições decompetitividade e sustentabilidade da sociedade portuguesa;O voluntariado possa vir a assumir uma parte mais interven-tora e sistematizada na organização do microcrédito;A actividade da ADNC apareça, face aos nossos parceiros,como cada vez mais profissionalizada, tendo em conta osprincípios que afirma;As parcerias com as instituições financeiras se possam alargar,tanto em termos de número como em diversidade de conteú-dos.
Não descansaremos um momento para que estes objectivosinstrumentais possam ser alcançados, mas estamos conscientes deque eles são o resultado de um caminho em comum e não apenasnosso.
Adaptado de: http:/www.solidariedade.pt
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Que dificuldades?
Que linhas estratégicas?
> Microcrédito
* Presidente da Direcção da Associação Nacional de Direito ao Crédito(ANDC) e professor catedrático de Economia na Universidade Técnicade Lisboa, Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG); lecciona edesenvolve a sua actividade científica na área da economia regional e urba-na. Dirige e participa em numerosos estudos de concepção e avaliação deprojectos no âmbito da economia regional e urbana, sendo também o ac-tual presidente do Centro de Investigações Regionais e Urbanas (CIRIUS).
12 inforBANCA 66
> Microcrédito
Out > Dez 2005�
3
Cinco Anos deMicrocrédito emPortugal
1
2
Resultados
Número de microcréditos concedidos
Número de postos de trabalho criados
Valor total crédito concedido
349
420
€ 1,5milhões
O Microcrédito
�
�
�
Um conceito inovadorUma prática construídaUm dispositivo criado
�
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dirigido aos excluídos do créditona base da confiança e da responsabilidadea favor da integração e da autonomiaindividualatravés da iniciativa económica
1,5%
23,8%
21,6%
21,6%
22,0%
9,5%
Quatro anos de escolaridade
Sem instrução
Seis anos de escolaridade
Nove anos de escolaridade
12º Ano
Superior ou universitário
Resultados
Homens45% Mulheres
55%
... são mulheres ...
... têm baixa taxa de escolarização ...
Os micro-empresários ...
... têm entre 26 e 46 anos ...
5,8%
22,3%30,9%
26,0%
15,0%
26 36 46 55
“Cinco anos de microcrédito em Portugal”,do , “fala-nos” de umaforma brilhante deste conceito inovador e
da construção da sua prática.
Dr. Jorge Wemans*
13inforBANCA 66
> Microcrédito
Out > Dez 2005�
Resultados
Os micronegócios têm graus de sucesso diversos…
17%
19%
12%
29%
23%
Fecharam
Actividade residual ou secundária
Atravessam algumas dificuldades
Crescimento moderado
Acima do esperado
Resultados
… que se reflecte na amortização dos empréstimos
59,9%
24,5%
15,6%
Empréstimos activos
Empréstimos amortizados
Empréstimos compagamentosproblemas de
Resultados
… que se reflecte na amortização dos empréstimos
49,2%
37,8%
13,0%
Crédito amortizado
Crédito activo
Crédito em mora
Resultados
A Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC)
Número deassociados
Fundo degarantia
Custo suportado peloIEFP por posto detrabalho criado (2003)
307
€ 2 871
€ 81 600
ConstruçãoEnvolvimento dos parceiros (I)
ANDC
Conhecimento das pessoasConhecimento do microcrédito
Potencialmicro-empresário
Instituições locais Banco IEFP
Microcrédito
Aceitar propostas ANDCRapidez na concessão de créditoReporte à ANDC
Integrar microcrédito nas políticas de empregoAcompanhar acção da ANDCDivulgar microcrédito
Resultados
... estão espalhados pelo Continente ...
Vestuário, couro e calçado
Restauração e comércio alimentar
Oficinas, reparações e limpezas
0% 5% 10% 15% 20% 25%
Artesanato e bijuteria
Cabeleireiros
Construção civil
Comércio diverso
Agricultura, pescas
Jardinagem e flores
Porto50
62
Braga1
297
91Covilhã
14Faro
1
32Setúbal
36
Lisboa129
Leiria25
Aveiro19
Viana doCastelo
Resultados
... estão espalhados pelo Continente ...
4 5
6 7
8 9
10
14 inforBANCA 66
> Microcrédito
Out > Dez 2005�
ConstruçãoEnvolvimento dos parceiros (II)
ANDC
Conhecimento das pessoasConhecimento do microcrédito
Potencialmicro-empresário
Instituições locais Banco IEFP
Microcrédito
Aceitar propostas ANDCRapidez na concessão de créditoReporte à ANDC
Integrar microcrédito nas políticas de empregoAcompanhar acção da ANDCDivulgar microcrédito
Obstáculosao Crescimento
1. Crise económica “Como as coisas estão, é muito arriscado meter-me num negócio meu”Não podemos fazer muito…
2. Envolvimento Sociedade civil Maior apoio e atenção ao microcréditoEsta Conferência Outros promotores de microcrédito O Ano Internacional do Microcrédito
3. Eficiência da ANDC É para a melhorarmos que aqui estamos
4. Espírito empreendedor e obstáculos à iniciativa económica5. Custo de empreender a partir de situações de exclusão Ver mais de perto
ConstruçãoDivulgação e acompanhamento (0)
ANDC
Potencialmicro-empresário
Instituiçõeslocais
Banco
IEFP Microcrédito
NãoSim
Sim
Voluntário(acompanhamento)
Sim
Análise do negócio
" " da pessoaAvaliação
NãoComissão de
crédito ANDCAgente da
ANDC
11
ConstruçãoDivulgação e acompanhamento
Agente de crédito
Responsável por um território
DivulgaçãoActores locaisDinâmica económica
Micro-empresário
Instituiçõeslocais
BancoIEFP
Microcrédito
Análise do negócio" " da pessoaConfiança no sucesso do negócioAcompanhamento do negócio
Avaliação
Comissão decrédito
Associadosvoluntários
ANDCRejeição Aprovação
RejeiçãoAprovação
Coordenação de associados voluntários na divulgaçãoe acompanhamento de negócios maduros
12
13
14
15inforBANCA 66
> Microcrédito
Out > Dez 2005�
Obstáculos ao Crescimento
Na prática
Micro--empresário
Desemprego
Pagar Segurança Socialenquanto empregado e empregador
Manter conta de IVAPagar IRS e/ou IRC colecta mínima
Receber subsídio de desemprego ou RMIReceber formação profissional gratuita
Não pagar Segurança SocialNão pagar impostos directos
Convicção
Obrigações
Expectativas
O microcrédito é necessário, é importante e tem futuro.
Aumentar eficiência e qualidade da nossa actuação.Reforçar relação com os nossos parceiros.
Surjam outros promotores do microcrédito.Grande impacto do Ano Internacional do Microcrédito.Maior envolvimento da sociedade civil.Mais investigação sobre impacto do microcrédito.Maior atenção do pensamento económico e dos decisores políticos àrealidade das micro-empresas.Reforço da Rede Europeia de Microfinanças.Criação do estatuto do micro-empresário.
Obstáculos ao Crescimento
4. Espírito empreendedor eobstáculos à iniciativa económica
cultura“Antes ser empregadoordeiro do que empresáriomanobreiro”
ensino
Forma jovens para inserçãoem empresasNão estimula criadores deempresas
apoios
Às empresas paracontrataremQuase nenhuns aos criadoresde empresas
insucessoSubsídio de desemprego eformação profissionalNenhuma atenção particular
5. Custo de empreender apartir de situações de exclusão
InactividadePoucos recursos económicos
Baixa auto-estimaRedução de laços sociais
Em teoria
Iniciativaeconómica
própriaDesemprego
Aumentar rendimento familiarNão depender de ofertas de empregoFazer o que sei e gostoSer autónomo e independenteReforço dos laços sociais
15
16
* É diplomado pela Escola Superior de Paris e possui uma carreira profissional ligada ao jornalismo.Entre 1985/89, foi sub-director do semanário ; esteve ligado à fundação do jornal ,no qual foi director adjunto entre 1990/96 e provedor do leitor entre 1997/98. Exerceu ainda asfunções de director de informação da Agência Lusa entre 1998 e 2002 e foi presidente da ANDCentre 1999 e 2004. É ainda professor da Faculdade de Ciências Humanas da UniversidadeCatólica Portuguesa e em 2001/02 foi também docente do curso de pós-graduação em JornalismoEconómico organizado pela Universidade Lusófona e pelo Observatório de Imprensa.
Expresso Público
Informação retirada e adaptada de http://www.microcredito.com.ptLisboa, 5 de Novembro 2004
Citando ...
"O aborrecimentonasceu um dia dauniformidade."
"Especialista: um homemque conhece cada vezmais sobre cada vezmenos."
"A liderança é acapacidade de conseguirque as pessoas façam oque não querem fazer egostem de o fazer."
"Nem sempre convémvirarmos a página, porvezes é preciso rasgá-la."
"Para estarmos aptos aenfrentar novospúblicos, devemos sercapazes de enfrentarcadeiras vazias."
Antoine Houdar de laMotte
W. L. Mayo
Harry Truman
Achille Chavée
Peter Brook
16 inforBANCA 66 Out > Dez 2005�
Quando se analisam os principais produtos paraaplicação das poupanças dos cidadãos e empresas,verificamos que as ainda permanecemdesconhecidas para a grande generalidade dosinvestidores e encontramos as clássicas acções eobrigações ainda a dominar esmagadoramente acomposição das carteiras de investimento.
Sendo certo que o investimento directo pode nãoser muito funcional, devido a questões dearmazenagem e transporte, a existência dederivados sobre torna bem maisacessível o investimento em diversas e variadasmercadorias.
Apesar de já serem transaccionados futuros sobrehá mais de 150 anos em dezenas de
mercados específicos espalhados pelo globo, averdade é que ainda não se reconhece, a estasmercadorias, o seu enorme potencial enquantoveículo de investimento.
Ora, o que se constata é que, cada vez mais, assão e devem ser consideradas como uma nova “classe de activos financeiros” e, como tal, passarem a integrar
todas as carteiras de títulos, com claro benefício para os respectivos investidores, dado que estudos recentes revelam eidentificam as principais vantagens associadas ao investimento em .
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José Azevedo PereiraCoordenador da Secção
João Cantiga Esteves*
Cadernos de Mercados
Commodities
Investir numa Nova Classe de Activos
17inforBANCA 66Out > Dez 2005�
Quadro 1 – Futuros sobre Commodities
SojaMilhoTrigoCacauCafé
AçúcarArroz
Borracha
OuroPrata
PlatinaPaládio
CobreAlumínio
ZincoChumboNíquelLatão
PetróleoGás Natural
GasolinaPropanoCarvão
Electricidade
Agrícolas MetaisPreciosos
MetaisIndustriais
Energia
Quadro 2 – Principais Bolsas de Derivados de Commodities
Bolsas País Tipo
CMECBOTEURONEXT-LIFFENYMEXDALIANTOCOMNSE INDIALMEZHENGZHOU EXCHANGESHANGAIIPEOMX EXCHANGESTOKYO GRAIN EXCHANGENYBOT
EUAEUA
LondresEUAChinaJapãoÍndiaUK
ChinaChinaUK
EscandináviaJapãoEUA
Financeira/Agrícolas/Metais
Financeira/AgrícolasMetais/Energia
Financeira/Metais
CommoditiesMetaisEnergia
Financeira/AgrícolasAgrícolas
Commodities
Commodities
Commodities
Commodities
Commodities
O veículo natural para investir em são osfuturos, ou seja, produtos derivados que consistem emtransaccionar, a prazo, as diversas mercadorias. Para oefeito, existem dezenas de mercados específicos (bolsas)para negociar os grandes grupos de mercadorias:
Produtos agrícolas;Metais preciosos;Metais industriais;Produtos energéticos.
Alguns dados recentes revelam a força dos derivadossobre .
Por exemplo, em 2004, enquanto o aumento do volumede todos os derivados negociados a nível mundial foi de8,9%, as transacções dos derivados sobre metais indus-triais subiram 16,4%, tendo subido 11,9% sobre produtosenergéticos.
Por outro lado, existem cada vez mais activos a serempromovidos a este estatuto de o que, no fundo,significa que se trata de uma mercadoria que setransformou, também, num “produto financeiro/veículo deinvestimento”, para além dos seus usos tradicionais para aindústria e para o consumo.
Como ilustração, apresentam-se diversas ,repartidas pelos grupos referenciados e que são negociadasem mercados com liquidez aceitável (ver Quadro 1).
Em termos de locais para transaccionar futuros sobrec , constata-se um enorme crescimento,salientando-se ainda a existência de um número crescentede bolsas, com a abertura de mercados em novas zonas doglobo, como a China e a Índia.
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Como Investir em ?Commodities A título de exemplo, no CBOT – Chicago Board ofTrade, o volume de derivados sobre os produtos agrícolascresceu 17% em 2004, no TGE – Tokyo Grain Exchange18% e na EURONEXT – LIFFE 21%.
Entretanto e de forma surpreendente, a chinesaDALIAN Commodity Exchange aparece já como a 8ª bolsamundial de derivados e a National Stock Exchange da Índiaé a 10ª. Aliás, a bolsa chinesa é detentora dos dois maiorescontratos agrícolas transaccionados (soja), a nível mundial.
No sector dos metais, continuam a pontificar o NYMEX– New York Metal Exchange, TOCOM – TokyoCommodity Exchange e o LME-London Metal Exchange.
Quanto à energia, o NYMEX e o IPE – InternationalPetroleum Exchange – Londres disponibilizam uma grandevariedade de produtos que integram o designado“complexo energético” num quadro de grandeconcorrência mundial, pois o NYMEX abriu recentementeuma subsidiária na Irlanda. De salientar ainda a OMX –Escandinávia que é a 19ª bolsa de derivados a nível mundial(ver Quadro 2).
Têm sido produzidos vários estudos recentes que vêmfundamentar a utilização dos futuros sobrecomo novo veículo de investimento, ilustrando asvantagens da sua integração em carteiras de outros títulos
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Porquê Investir em ?Commodities
"Ora, o que se constata é que, cada vez mais, as
são e devem ser consideradas como
uma nova “classe de activos financeiros ..."
commodities
18 inforBANCA 66 Out > Dez 2005�
financeiros.Assim, observa-se que o investimento em futuros de
proporciona:Elevada rendibilidade;Risco proporcionalmente baixo;Excelente diversificação em carteiras de acções eobrigações;Antídoto positivo face à inflação.
Um estudo recente e muito aprofundado que incidiusobre o período de 1959-2004 (Dezembro) , evidenciouque o prémio de risco anualizado médio e ponderado dosfuturos sobre neste período de 45 anos(medido através de um índice, composto por 36 futuros,representativo dos quatro grupos referenciados e cons-truído com base em informação do CRB – CommodityResearch Bureau) foi de 5,23%, que compara com 5,65%das acções (S&P500 Index) e 2,22% das obrigações(Ibbotson Corporate Bond Index).
Significa isto que as , em termos derendibilidade, se aproximaram das acções e ultrapassaram,em muito, as obrigações.
Se, adicionalmente, fizermos a análise do riscocorrespondente, medido pelo desvio-padrão das
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1
rendibilidades, observamos que as acções apresentaram ovalor de 14,85%, comparado com 12,10% das
e 8,47% das obrigações.Face aos valores apresentados, podemos ainda apelar a
uma medida clássica da avaliação da , emambiente de risco-rendibilidade, o rácio de Sharpe, paraconcluir que os futuros sobre apresentam ovalor de 0,43, as acções 0,38 e as obrigações 0,26.
Significa que as e acções têm sensivelmenteas mesmas rendibilidades médias anualizadas, mas o risco(desvio-padrão) é razoavelmente superior nas acções, oque demonstra que as apresentamefectivamente características interessantes, enquantoinstrumentos de investimento (ver Quadro 3).
Por outro lado, ao fazer a análise das correlações dasrendiblilidades entre , acções e obrigaçõesnaquele período de 45 anos (e diversos sub-períodos),obtêm-se conclusões igualmente interessantes e muitorelevantes. Para todos os sub-períodos, constata-se que acorrelação dos futuros sobre é negativa, quercom as acções (S&P500), quer com as obrigações.
Esta observação confirma que asapresentam qualidades excepcionais enquantoinstrumento de diversificação para carteiras de acções eobrigações, evidência reforçada nas observaçõesrespeitantes a períodos mais longos (ver Quadro 4).
Como se sabe, os investidores, em termos derendibilidades, preocupam-se com o “poder de comprareal” dos seus investimentos; daí que a inflação, emparticular, a sua subida, está habitualmente presente notopo das suas prioridades.
Ora, sabemos que a grande maioria dos activosfinanceiros é vulnerável às subidas dos níveis de inflação, emparticular no curto e médio prazos. Significa isto, porexemplo, que as acções e obrigações têm uma correlaçãonegativa com as taxas de inflação, implicando que aquelesprodutos não proporcionem grande cobertura, em par-ticular, face às suas variações inesperadas.
Pelo contrário, observa-se que os futuros sobreapresentam uma correlação positiva com as
taxas de inflação, podendo afirmar-se que, deste ponto devista, são um melhor antídoto para a inflação.
Dado que subidas inesperadas de inflação provocamuma deterioração do poder de compra real dosinvestimentos em acções e obrigações, os futuros de
, devido à correlação positiva que apresentam,
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performance
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Elevada Rendibilidade e Baixo Risco
"Em termos de locais para transaccionar
futuros sobre , constata-se um
enorme crescimento, salientando-se ainda a
existência de um número crescente de bolsas,
com a abertura de mercados em novas zonas
do globo, como a China e a Índia."
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Quadro 3 – Risco e Rendibilidade: Comparativo 1959-2004
Futuros sobreCommodities
Acções Obrigações
Prémio de Risco MédioMensal AnualizadoDesvio-PadrãoRácio de Sharpe
5,6514,85
0,38
2,228,470,26
5,2312,10,43
Quadro 4 – Correlação das Rendibilidades dos Futuros sobreCommodities: Comparativo 1959-2004
TrimestralAnual5 anos
– 0,06– 0,1
– 0,42
– 0,27– 0,3
– 0,25
Acções Obrigações
Commodities comoGrande Diversificador
Antídoto para a Inflação
19inforBANCA 66Out > Dez 2005�
Investimento em
– “Os Fundamentais”Commodities
Um sinal de maturidade dos mer-cados é o surgimento de índicesrepresentativos; fornecem um refe-rencial importante para fazer o acom-panhamento dos produtos neles tran-saccionados, permitindo ainda a cons-trução de estratégias com uma visãoglobal desses mercados e não depen-dente da escolha individualizada deactivos concretos. É também o casodas . De facto, existemvários índices de , poden-do-se identificar alguns mais repre-sentativos, tais como:
CRB – Commodities ResearchBureau Index;GSCI – Goldman Sachs Commo-dities Index;RRMI – Rogers Raw MaterialsIndex;DJ-AIG – Dow Jones-AIG Com-modities Index.
O CRB Index foi criado em 1986 eintegra 17 , o GSCI Indexnasceu em 1992 e engloba 22, o RRMIsurge em 1998 com 35 e o maisrecente é o DJ-AIG Index, que come-çou em 1999, com 20 (ver Quadro 6).
commodities
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No Quadro 6 pode ver-se a compo-sição de cada índice, com a repartiçãopor cada grupo de .Observa-se que o RRMI é o maisabrangente e é o que apresenta melhordesempenho na última década.
Em termos dos futuros de merca-dorias individuais, no período em análi-se (1959-2004), observamos que osprodutos energéticos apresentam, deforma generalizada, rendibilidadesmédias anualizadas francamente positi-vas. Nos metais preciosos, destaquepara o paládio e platina, nos metaisindustriais salienta-se o cobre e oníquel e nos agrícolas a soja, café e açú-car (ver Quadro 7).
Os mercados de , nosdois últimos anos (2003 e 2004), carac-terizaram-se por uma subida quasegeneralizada de preços, seja na áreados metais preciosos, industriais, nos
commodities
commodities
Quadro 5 – Correlação dos Activos com a Inflação:Comparativo 1959-2004
– 0,19– 0,19– 0,25
TrimestralAnual5 anos
Acções
0,140,290,45
– 0,22– 0,32– 0,22
ObrigaçõesFuturos sobreCommodities
Quadro 6 – Índices de Commodities
CRB GSCI RRMI DJ-AIG
CriaçãoNúmero deComposição
EnergiaMetais PreciososMetais Industrais
Agrícolas (cereais)Alimentação e FibrasProdutos Pecuários
Rendibilidade Anual média: 1994-2004Desvio-Padrão: 1994-2004Rácio de Sharpe: 1994-2004
Commodities1986
17
18%6%
18%18%28%12%2,9%8,8%0,03
199222
50%2%
10%18%10%10%
7,1%19,9%
0,30
199835
44%3%
18%21%11%
3%12,0%15,4%
0,63
199920
31%9%
20%21%10%
9%8,2%
12,9%0,45
Commodities “Picking”
"Do lado da procura, a
China e a Índia aparecem
como um dos principais
factores que condicionam a
evolução dos preços."
Os Índices deCommodities
20 inforBANCA 66 Out > Dez 2005�
dor. Praticamente nos últimos 20anos, não houve investimentos emnovas explorações petrolíferas ou naabertura de novas unidades mineirase, em simultâneo, as instalações e equi-pamentos existentes começaram aficar progressivamente obsoletos.
Ainda do lado da oferta, observam--se também maiores dificuldades eminiciar novas explorações mineiras,por razões ambientais, com as popula-ções mais atentas às questões ecológi-cas.
Ora, partindo de níveis tão baixoshá dois/três anos atrás, continuando aprocura a apresentar-se a níveis bemelevados e com a oferta a demorar aresponder, fica a convicção de que seirá manter a forte pressão de subidanos preços da generalidade das
.com-
modities
*EPHI – CIÊNCIA FINANCEIRA –
ISEG/UTL – Docente UniversitárioISGB – Colaborador
Managing Partner
1Gorton, G. & Rouwenhorst, K.G. –(2005)
Facts and
Fantasies about Commodity Futures
produtos agrícolas ou produtos ener-géticos.
Em termos fundamentais, importarelembrar que, por detrás das tran-sacções de mercadorias, há uma liga-ção à chamada “economia real”, emparticular na sua componente indus-trial. Mas os volumes negociados nãopermitem esconder a realidade deque as foram já desco-bertas, por alguns, como veículos deinvestimento decisivo na composiçãode carteiras diversificadas e eficientes.Um rácio interessante é dado pelarelação entre as transacções de deri-vados sobre com as reali-zadas nos mercados físicos dessesprodutos e que se situa habitualmenteentre os extremos de 5 por 1 até 50por 1. No primeiro caso, temos as
ainda muito ligadas à suafunção industrial, enquanto no segun-do, temos aquelas que já são pratica-mente activos financeiros “quasepuros”. Como exemplo do primeiro,temos alguns produtos agrícolas,como a soja, enquanto o ouro tipifica osegundo caso.
Ao analisarmos os “fundamentais”das , temos que voltar àbásica lei da oferta e procura.
Do lado da procura, a China e aÍndia aparecem como um dos princi-pais factores que condicionam a evo-lução dos preços. O crescimento eco-nómico que se tem verificado nestes
commodities
commodities
commodities
commodities
países faz pura e simplesmente comque os tempos que atravessamos nãotenham qualquer paralelo com a histó-ria recente. A necessidade das princi-pais matérias-primas agrícolas, metaisindustriais e energéticas é gigantesca eacresce que a lógica de mercado setem propagado rapidamente a toda aChina, fazendo com que esses produ-tos e mercados se tornem muitoatractivos também para os investido-res.
Por outro lado, contrariamente aoque se poderia imaginar, este cresci-mento "está para ficar". Não parecesustentada a ideia de na econo-mia chinesa! A caminhada chinesa nes-tas lides de mercados e finanças é lon-ga, mas parece ser segura!
Ainda do lado da procura, tambémse detecta que os , para muitosdos recursos naturais, se encontramem níveis muito baixos, sobretudodevido a um abrandamento do merca-do que foi vivido nos últimos 20 anosdo século XX.
Quanto ao lado da oferta, observa--se uma grande estagnação no seuaumento. Em particular, na área dosmetais industriais e preciosos, como ocobre e a platina, não se assistiu a umaumento da capacidade produtivainstalada, pois os preços não seriamsuficientemente atractivos, criandodesequilíbrios quando a procura come-ça a emergir com todo o seu esplen-
crash
stocks
Quadro 7 – Rendibilidades Médias Anualizadas de Futuros Individuais de Commodities
Futuro sobreCommodity Rendibilidade Desvio-padrão Correlação
com Índice
PropanoGasolinaPetróleoNíquelCobreCafé
Gás NaturalSoja
AçúcarPlatinaPaládioCacauZincoPrata
AlumínioOuro
30,25%24,29%20,67%16,28%15,83%15,11%14,50%13,53%11,28%10,02%10,02%8,95%8,41%7,53%6,44%4,48%
49,40%34,49%33,59%36,83%27,40%39,95%51,93%31,28%44,58%28,49%36,24%31,59%22,11%31,60%24,07%19,34%
0,420,490,450,350,420,220,410,550,370,510,490,290,450,470,410,47
Notas Bibliográficas:Erb, Claude & Harvey Campbell (2005),
Duke University.Gorton, G. & Rouwenhorst, K.G. (2005), "Factsand Fantasies about Commodity Futures"(2005) –Jensen, G.R. & Mercer. J.M. & Johnson, R.R.(2002), "Tactical Asset Allocation andCommodity Futures" –
(summer)Nash, Daniel (2001), "Long-term Investing inCommodities" – ,Morgan Stanley Global Pensios Group 4.Weiser, S. (2003),
–Commodities Now.
The
Tactical and Strategic Value of Commodity Futures
–
National Bureau of Economic Research.
Journal of Portfolio
Management
Global Pensions Quarterly
The Strategic Case for
Commodities in Portfolio Diversification
Em conclusão, o início doséculo XXI veio trazer para aribalta toda a temática dosrecursos naturais e a sua escassez,e esta realidade significa um vastoleque de oportunidades deinvestimento no universo das
, seja na área daenergia, metais ou produtosagrícolas.
commodities
�
21inforBANCA 66Out > Dez 2005�
Actividade doSector Bancário
Caracterização Geral do Sector
em Portugal no Ano de 2004A Associação Portuguesa de Bancos apresentou no seu , a exemplo dos anos anteriores, uma análiseda actividade bancária em Portugal relativa ao ano de 2004.Dessa análise, destacamos aqui alguns aspectos que consideramos mais significativos.
Boletim Informativo
Estrutura do Balanço (Actividade Global)A estrutura do balanço sectorial tem-se mantido relativamente
estável ao longo dos últimos anos, verificando-se um aumento daimportância relativa do crédito concedido a clientes em mais de 3p.p., representando agora a carteira de crédito mais de 60% doactivo total.
Para esta evolução terá contribuído a influência da crescenteimportância das operações de titularização, a representar 11,9%do activo, acima dos 10% verificados no ano anterior. Também nopassivo se registam algumas alterações na estrutura. O peso doscapitais próprios e equiparados mantém-se todavia estável, emcerca de 11% do activo líquido (Quadro 2).
O mapa das origens e aplicações de fundos construído a partirdo balanço sectorial reflecte as mesmas linhas condutoras deevolução, com os três principais vectores de aplicações de fundosa serem constituídos pelo crédito a clientes, investimento emtítulos e ainda os débitos para com instituições de crédito.
APLICAÇÕES E RECURSOS(Quadro 2)
Estrutura (%)2003 2002 � (p.p)
DisponibilidadesCréditos s/Instituições de CréditoCréditos s/Clientes (bruto)Aplicações em TítulosImobilizações e ParticipaçõesOutros Activos
Débitos p/c/Instituições de CréditoDébitos para com ClientesDébitos Representados por TítulosOutros PassivosCapitais Próprios e Equiparados
TOTAL
– 2,0– 2,7
3,31,9
– 0,50,0
– 3,72,91,3
– 0,2– 0,3
3,614,860,211,9
4,25,3
100,026,446,713,1
2,711,1
5,617,556,910,0
4,75,3
100,030,143,811,8
2,911,4
A análise desenvolvida pela APB,abrangendo um total de 48 instituições,incluindo o Sistema de Crédito AgrícolaMútuo, evidencia os aspectos maisrelevantes da evolução do sector bancárioportuguês no exercício de 2004,caracterizada pelo crescimento moderadoda actividade, por novos avanços no querespeita aos níveis de produtividade, porligeiras melhorias na solvabilidade e porum comportamento positivo dosresultados (Quadro 1).
No que respeita à actividade,identificam-se três grandes vectores deevolução:
1. O crescimento da actividade, visívelna evolução das variáveis de volume;destaca-se o aumento de 3,3% do créditoconcedido e dos débitos para comclientes, que aumentaram a um ritmo umpouco superior (4,1%);
2. A sustentação dos níveis de
produtividade e eficiência, que temcons t i tu ído uma das pr inc ipa i spreocupações da gestão no sector, com adevida estabilização do número deempregados por balcão em torno das 10pessoas e do nível de custos por activo
financeiro (CA/AF), bem como a reduçãodo indicador (CO/PB) paracerca de 55,5%;
3. Uma evolução menos favorável dosindicadores de rendibilidade, já que seassistiu a uma descida da rendibilidade dos
cost to income
CARACTERIZAÇÃO GERAL DO SECTOR EM 2004(Quadro 1)
Activo LíquidoCrédito sobre ClientesDébitos para com ClientesDébitos Representados por TítulosNº de BalcõesNº de EmpregadosResultado Bruto TotalResultados do ExercícioSolvabilidade Bruta (FP/AL)Nº de Empregados por Balcão (NP/NB)Relevância dos Custos no Produto (CO/PB)Custos Administrativos/Act. Financeiros (CA/AF)Rendibilidade dos Capitais Próprios (RL/KP)
Dezembro Variações
20032004 Absolutas Relativas(%)
310 300186 907144 852
40 5735 487
52 7554 8841 71311,26
9,655,47
1,448,73
317 724180 914139 128
37 6525 431
54 0895 1681 88511,23
10,055,97
1,419,35
– 7 4235 9935 7242 921
56– 1 334
– 283– 1720,03
– 0,40– 0,51
0,03– 0,62
– 2,33,34,17,81,0
– 2,5– 5,5– 9,1
1.DadosGerais(em milhõesde euros)
2. Indicadores(em %)
22 inforBANCA 66 Out > Dez 2005�
ResultadosO resultado bruto de exploração do sector bancário no ano de
2004 atingiu 3 985 M.€, que representa uma redução de 1,2%relativamente ao ano anterior.
A síntese da conta de exploração sectorial traduz sobretudo oimpacto negativo do resultado da intermediação financeira que aevolução positiva dos resultados de operações financeiras, dosserviços bancários e dos custos administrativos foi incapaz deinverter. Assinala-se ainda o comportamento desfavorável dosresultados extraordinários, o qual também contribuiu para aredução do resultado líquido do exercício de 2004 em cerca de9,1% (Quadro 3).
O produto bancário de exploração apurado para 2004evidencia o esforço do peso relativo dos serviços prestados aclientes para 31,1% e o das operações de mercado para mais de12%; o que contrasta com a evolução do resultado financeiro, quepassou a representar apenas 56,7% do produto bancário(Quadro 4).
A margem financeira continua a seguir uma linha evolutivadecrescente, tendo experimentado nova redução, agora de 7 p.b.contra os 28 p.b. do exercício anterior (Quadro 5).
Cobertura Geográfica e Bancarização
Em 2004, o total de balcões da redebancária no território nacional ascendia a5 312 unidades, o que representa umacréscimo de 56 novos balcões face a2003, com uma distribuição que privilegiaa região norte do país, destacando-se osdistritos do Porto (+15), Braga (+10),Aveiro (+8) e a Região Autónoma daMadeira (+9) – Quadros 6 e 7.
O índice de concentração continua arevelar um claro predomínio dos distritosde Lisboa e Porto na distribuiçãogeográfica dos balcões (com índices deconcent ração de 24% e 16%,respectivamente).
Quanto à rede de POS e ATM, conti-nuamos a assistir ao aumento da suainstalação, a par da crescente emissão de
EVOLUÇÃO DO RESULTADO BRUTO DE EXPLORAÇÃO(Quadro 3)
3 186
2000 2001
3 593
2002
3 860
2003 2004
4 034 3 985
milhões de Euros
0500
1 0001 5002 000
2 5003 0003 5004 0004 500
Resultado Financeiro
Serviços Bancários
Resultados Operações Financeiras
EVOLUÇÃO DO PESO DAS COMPONENTES DO PRODUTO(Quadro 4)
2000 2001 2002 2003 20040,0
25,0
50,0
75,0
100,0 %
65,4
23,7
10,8
66,6
24,8
8,6
63,4
26,1
10,511,0
59,9
29,1
12,2
31,1
56,7
EVOLUÇÃO DA MARGEM FINANCEIRA(Quadro 5)
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5%
2,03 1,99 1,97
1,69 1,63
2002 2003 20042000 2001
TOTALAveiroBejaBragaBragançaCastelo BrancoCoimbraÉvoraFaroGuardaLeiriaLisboaPortalegrePortoSantarémSetúbalViana do CasteloVila RealViseuAçoresMadeira
Distritos Dez. 04 Dez. 03 Índice de Concentração (%)�%
5 312368
81313
84107214104274
96248
1 27877
845222330112112172150125
100,06,91,55,91,62,04,02,05,21,84,7
24,11,4
15,94,26,22,12,13,22,82,4
5 256360
81303
84108208106269
96245
1 27279
830223331114111169151116
5680
100
– 16
– 25036
– 215– 1– 1– 2
13
– 19
10,0 20,00,0 30,0
NÚMERO DE BALCÕES(Quadro 6)
23inforBANCA 66Out > Dez 2005�
A população bancária conta com 52 755 elementos, dos quais51 523 ao nível da actividade doméstica (Quadro 9).
Mantém-se em 2004 a tendência registada nos anos maisrecentes, com uma nova diminuição de colaboradores (menos1 334 relativamente ao ano anterior) quer na actividade doméstica,quer externa.
Salientam-se, no entanto, algumas alterações qualitativas:
Em termos de entradas, registaram-se, em 2004, 2 816
� Melhoria nos níveis de escolaridade – crescimento signi-ficativo do número de colaboradores com nível de for-mação superior (mais de 37% do total), conjugado comredução do universo dos que têm níveis de escolaridademais baixos;Redução do número de colaboradores com funçõesadministrativas (registando-se as maiores diminuiçõesessencialmente nas áreas de apoio), a par de um aumentoconsiderável do número daqueles que se encontram adstritosa funções específicas.
�
Recursos Humanos
NÚMERO DE EMPREGADOS(Quadro 10)
2004Mulheres
Homens
41,6%58,4%
2003Mulheres
Homens
40,9%59,1%
NÍVEIS DE ESCOLARIDADE POR TIPO DE FUNÇÃO(Quadro 11)
FunçõesNíveis de Escolaridade/Ensino
ChefiasEspecíficasAdministrativasAuxiliares
TOTAL
12 52214 59523 453
953
51 523 (100%)
Total
5 1328 1275 644
11
18 914(37%)
Superior
5 5625 436
13 045121
24 164 (47%)
Secundário
(16%)
1 8281 0324 764
821
8 445
BásicoNº Empregados
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE EMPREGADOSAFECTOS À ACTIVIDADE DOMÉSTICA
(Quadro 9)
60 453
56 85455 375
53 62352 866
51 523
48 000
50 000
52 000
54 000
56 000
58 000
60 000
62 000
2003 20041999 2000 2001 2002
Variações20032004 Absolutas Relat. (%)
POS
ATM
Cartões Rede Multibanco (milhares)
149 614
10 085
16 189
125 456
9 521
14 688
19,3
5,9
10,2
24 158
564
1 501
POS, ATM E CARTÕES DA REDE MULTIBANCO(Quadro 8)
Porque não esgotámos os aspectos analisados no da Associação Portuguesa de Bancos, recomendamos a sualeitura integral, já que revela de uma forma clara e completa aquilo que foi a actividade da banca portuguesa no exercício de 2004 e omodo como tem evoluído.
Boletim Informativo
�
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE BALCÕES DOMÉSTICOS(Quadro 7)
4 6004 7004 8004 9005 0005 1005 2005 3005 400
5 2585 328
5 167 5 1405 256
5 312
2003 20041999 2000 2001 2002
admissões, maioritariamente de elementos do sexo masculino(52%) e de pessoas com formação superior (58%) – Quadro 10.
Igualmente importante de realçar é a manutenção do nível deconhecimentos dos colaboradores de um sector prestador deserviços cada vez mais especializados (Quadro 11).
Esta exigência tem motivado, aliás, um permanenteinvestimento em formação – 24,0 M€ –, tendo abrangido umamédia de 39% do total de colaboradores, com um total de 8 306acções de formação, das quais 2 003 realizadas em entidadesexternas às instituições (Quadro 12). Continua a serpreponderante o recurso a métodos de formação maistradicionais, com cerca de 81% das acções de formação aexigirem a frequência presencial dos colaboradores, sendo aformação via ainda relativamente incipiente (cerca de 10%de ).
Quanto aos regimes de horários, não se verificaram grandesalterações face aos anos anteriores, mantendo-se apreponderância do horário integral, que abrange cerca de 87%
online
e-learning
INVESTIMENTO EM FORMAÇÃO(Quadro 12)
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0 29,0
21,724,0
15,0
2001 2002 2003 2004
milhões de Euros
24 inforBANCA 66 Out > Dez 2005�
Caetano Ferreira*
e-LearningModelo Formativo Desafiante
Numa conferência recentementeorganizada em Lisboa pela Accenture,foram apresentados como principaisdesafios para a área de recursos huma-nos de qualquer organização o alinha-mento com a estratégia, a redução decustos, o suporte aos grandes processosde mudança, a retenção de talentos, agestão do desempenho individual, odesenvolvimento do capital humano e ainovação e partilha de conhecimento.
Transversal a todos esses desafiosque se colocam à função RH, encontra--se a formação, que desenvolverá cadavez mais um papel fundamental comespecial incidência na inovação, na parti-lha do conhecimento e, consequente-mente, na melhoria do desempenhoindividual e colectivo. Sendo o processode aprendizagem contínua um dos maio-res desafios à mudança, a grande ques-tão é saber como criar/adoptar novasformas e modelos que facilitem e flexibi-lizem essa aprendizagem.
Neste contexto, o conceito de for-mação ganha cada vez maissignificado, tornando-se um elementocrítico e que pressiona a necessidade de
just-in-time
se encontrarem modelos de distribuiçãode conhecimento, de conteúdos forma-tivos a destinatários geograficamentedispersos e que possibilitem o acesso auma formação “personalizada”, querdizer, em que seja dada a possibilidade acada pessoa de aprender de acordo comas suas necessidades, o seu próprio rit-mo, em qualquer hora e em qualquerlugar.
O – formação a distância– enquadra-se e responde perfei-
tamente a este conjunto de premissas,devendo ser encarado e utilizado comomais um modelo de organização da for-mação, uma nova metodologia ao servi-ço da aprendizagem. Uma forma com-plementar e não alternativa, já que aadopção deste instrumento não substi-tui as aprendizagens tradicionais. Antesas complementa e reforça.
Consciente desta realidade e indo aoencontro das disposições legais em vigorsobre a necessidade de ministrar forma-ção certificada, o Conselho de Adminis-tração do Finibanco decidiu celebraruma parceria com o Instituto de Forma-ção Bancária no sentido de implementara formação .
Essa parceria está consubstanciadana utilização da plataforma WebBancado IFB e de quatro dos cursos especifi-camente formatados para formaçãosobre diversas vertentes da actividade
e-learning
online
online
bancária, em sistema de(através da Internet e pre-
sencial).Comunicados os parâmetros basila-
res à estrutura directiva dos balcões dobanco, foram seleccionados 180 empre-gados para testar de forma consolidadaeste modelo formativo; esses emprega-dos foram distribuídos por curso e pordirecção comercial de acordo com oQuadro 1.
Trata-se de um projecto-piloto queainda não está fechado e que tem vindo aser desenvolvido de uma forma equili-brada e sem repercussões negativas naactividade normal dos balcões envolvi-dos. Nesta perspectiva, a sua descriçãorevela-se simples, mas as suas implica-ções internas, em toda a sua extensão,demorarão a estar concluídas e total-mente definidas, existindo sempre anecessidade de desenvolver um acom-panhamento permanente das suas dife-rentes vertentes, no sentido de não com-prometer o seu sucesso. Este não pode-rá ser conseguido, ainda que bem supor-tado organizativa e tecnologicamente,sem que se continue a assegurar a ade-são dos empregados – os destinatáriosdesta formação. É neste campo quereside o seu principal desafio!
blended-
-learning
�
*FinibancoDirecção de Recursos Humanos
Formação (Porto)
Meios de PagamentoProdutos Bancários e FinanceirosCréditoDireito Bancário
Total
132813
6
60 43 59 18 180
92013
1
92425
1
210
51
3382569
CentroNorteCursos
Quadro 1
Participações por Direcção Comercial
TotalSulNorteLisboa
A Experiência do
25inforBANCA 66Out > Dez 2005�
�
�
�
São permanentes, i.e., a sua presença faz-se sempresentir;Têm origem em muitas fontes, cada uma delas comum peso relativamente pouco significativo;O seu comportamento colectivo é semelhante aolongo do tempo, o que torna possível fazer previsõesrelativamente ao processo.
Contudo, por vezes, a variação num processo éexcessiva para que possa ser considerada, simplesmente,devida à presença de causas aleatórias. Imagine-se, porexemplo, que alguns clientes do crédito à habitação, queutilizavam a Internet para entrega da sua declaração de IRS,não tinham, por norma, um duplicado da mesma. Verificar--se-iam, por certo, atrasos sensíveis na preparação doprocesso, decorrentes desta situação. Dir-se-ia, então, que
O ponto de partida passa pelo reconhecimento de que aestá presente em tudo o que nos rodeia.
Considerem-se, por exemplo, os tempos de resposta apedidos de crédito à habitação. Ainda que se verifiquempedidos de natureza semelhante e condições normais defuncionamento, facilmente se constatará que o tempo deresposta ao cliente não é igual em todos os casos. Ainda quepouco significativa, haverá por certo alguma variação nostempos de resposta, que diremos atribuível à existência decausas comuns ou aleatórias.
As principais características destassão as seguintes:
variação
causas aleatórias
O Controlo Estatísticodo Processo (SPC)A Sua Aplicabilidade em Serviços Financeiros
Rogério Puga Leal*
O Controlo Estatístico do Processo (SPC –
) constitui uma referência incontornável no domínio da
Ciência da Qualidade. Trata-se de um assunto de enorme
abrangência e profundidade. No entanto, não obstante a
complexidade de que se pode revestir, assenta, no essencial,
num conjunto de ideias relativamente simples que adiante se
explicitarão.
Contudo, tratando-se de uma ferramenta de ampla
utilização em ambientes industriais, tarda em estabelecer-se de
forma consistente no domínio da prestação de serviços. Ainda
que surjam, aqui e ali, algumas utilizações bem sucedidas, há
que reconhecer que tais utilizações estão longe de representar
um procedimento habitual neste sector de actividade.
Neste artigo, procura-se trazer à colação alguma da
fundamentação associada ao controlo estatístico e discutir os
contornos da sua aplicabilidade no âmbito dos serviços, em
particular no domínio dos serviços financeiros.
Statistical Process
Control
Fundamentos doControlo Estatístico
26 inforBANCA 66 Out > Dez 2005�
(limites de controlo) colocados acima e abaixo de uma linhacentral. A linha central representa o valor esperado dacaracterística em estudo (Figura 1), sendo que os limites decontrolo se encontram afastados desta linha central em trêsdesvios-padrão da distribuição do parâmetro amostral emcausa. A título de exemplo, tal significa que, se a caracterís-tica a estudar corresponder às médias amostrais, os limitesde controlo deverão situar-se a uma distância da linhacentral correspondente a três desvios-padrão da distribui-ção de médias amostrais ( ).
Dir-se-á que uma característica se mantém sob controloenquanto as suas representações se forem mantendodentro dos limites estabelecidos .
Faz-se a distinção entre cartas de controlo para variáveise para atributos, dependendo do tipo de características quepretendemos controlar.
Quando a característica em causa é um tempo, um peso,ou qualquer outra que possa ser medida numa escalacontínua, estaremos no domínio das cartas de controlopara variáveis. Será este o caso se estivermos interessados,por exemplo, em controlar o tempo de acesso dos clientesà do banco.
Na perspectiva simplificada que temos vindo a adoptar,tal significará que a monitorização destes tempos de acessose fará através da observação e representação gráfica deamostras periódicas dos tempos de acesso de algunsclientes. O facto de tais registos se irem mantendo dentrodos limites calculados, ainda que alguns deles sejam
1
homepage
a indisponibilidade das declarações de IRS constituía, poroposição às anteriores, uma causa especial de variação.
As principais características destas sãoas seguintes:
São devidas a poucas fontes, mas cada uma delas comum efeito significativo;Podem ser irregulares, i.e., nem sempre estarempresentes;Reaparecerão, se não forem tomadas medidas correc-tivas.
O do Controlo Estatístico é,precisamente, o de distinguir a variação que é devida acausas naturais daquela que ocorre por se terem verificadocausas especiais. Por outras palavras, o SPC recorre aosprincípios da estatística para, através da análise da evoluçãode um processo, permitir identificar a ocorrência de causasespeciais de variação, de uma forma tão precoce quantopossível, para que possam ser desencadeadas acçõescorrectivas.
Esta distinção é de capital importância. Na realidade, seinterpretarmos erradamente que existe uma variação“anormal” e nos dispusermos a actuar sobre qualquerprocesso, alterando-o, estaremos, então sim, a provocaruma causa especial de variação. Imagine-se, por exemplo,que um determinado tempo de resposta no crédito àhabitação é entendido como revelador de alguma deficiên-cia no processo quando, na realidade, se encontra dentrodo que será estatisticamente aceitável. Tornar-se-iapossível que, para fazer face a este “problema”, se desvias-sem, desnecessariamente, recursos humanos ou materiaisde outras unidades do banco que, porventura, começarão aenfrentar reais problemas na prestação do serviço.
Por outro lado, é também evidente que ignorar apresença de uma causa especial contribuirá para a suaperpetuação, com os potenciais danos daí decorrentes.
A questão que se coloca é, então, a deque permitam monitorizar qualquer
processo, avisando-nos de que determinada variação éexcessiva para que possa ser considerada aceitável. Nestedomínio, as ferramentas mais utilizadas são as denominadas
.Em termos muito simplificados, podemos dizer que uma
carta de controlo é constituída por limites simétricos
causas especiais
objectivo fundamental
conceberferramentas
Cartas de Controlo de Shewhart
�
�
�
Figura 1– Representação esquemática de uma carta de controlo
Limite Superior de Controlo
Linha Central
Linha Inferior de Controlo
3 x n/�
"
"
O objectivo fundamental do
Controlo Estatístico é,
precisamente, o de distinguir a
variação que é devida a causas
naturais daquela que ocorre por se
terem verificado causas especiais.
27inforBANCA 66Out > Dez 2005�
Sendo certa a enorme divulgação do Controlo Estatísti-co em ambiente industrial, a verdade é que o SPC não temvindo a encontrar no sector dos serviços um “solo tãofértil” como aquele que permitiu o seu rápido crescimentonaquele ambiente.
Não obstante, existem autores (Woods, 1994) a defen-der que a utilização das técnicas associadas ao SPC poderáter, no sector dos serviços, resultados ainda mais benéficosdo que os registados no âmbito industrial.
Não existirá uma causa única, fundamental e decisiva,para justificar a dificuldade na transposição de técnicas econceitos. Ao invés, parece existir um conjunto alargado derazões a concorrer para este fenómeno.
Montgomery (1991) reconhece que a aplicação dastécnicas associadas ao SPC, no âmbito dos serviços, carecede algum engenho adicional face ao que é requerido pelasaplicações tradicionais no âmbito industrial. Segundo esteautor, existem duas razões fundamentais na génese destadiferença:
Não existe, muitas vezes, nos serviços um sistema demedição que permita a definição dos parâmetros aavaliar;Enquanto num ambiente industrial é geralmente visí-vel o sistema a melhorar, nos serviços, por outro lado,pode ser muito difícil a "observabilidade" do processo.
Roes & Dorr (1997) defendem que a questão é particu-larmente difícil de abordar nas circunstâncias em que oserviço fornecido é essencialmente determinado pelocontacto directo com o cliente. Por outro lado, e um poucona linha do que expressa Montgomery, referem que umadiferença fundamental reside na dificuldade de diagnósticodos processos. Este facto é potenciado pela necessidade defazer participar os clientes na determinação de prioridadesrelativamente a acções de melhoria.
Finalmente, Roes & Dorr (1997) evidenciam a necessi-dade de fazer intervir dos clientes na avaliaçãorotineira dos processos.
Será interessante notar, então, que a problemática secentra na necessária articulação entre medidas internas eexternas.
No que diz respeito às primeiras, incidentes sobrecaracterísticas de natureza operacional, a abordagem autilizar, em termos de SPC, pouco difere da que caracterizaas aplicações no âmbito industrial. Desta forma, encon-tram-se na literatura, com alguma frequência, aplicações decartas de controlo para análise destas características (e.g.,Stamatis, 1996; Rosander, 1985; Wood, 1997). Os exem-plos apresentados incidem sobre medidas tão variadas
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inputs
O Controlo Estatísticoe os Serviços
díspares, constituirá uma indicação de normalidade nofuncionamento da e permitirá, desta forma, quese vá simplesmente mantendo o necessário acompanha-mento. Contudo, se começarem a ocorrer registos forados limites de controlo, tal denunciará a ocorrência dealguma situação inesperada, que deverá, desde logo, seraveriguada.
Se, no caso anterior, a característica em análise era umtempo de acesso, também é possível desenvolver idênticaabordagem no domínio da simples classificação comodefeituoso ou não defeituoso ou, ainda, se estivermosnuma situação de contagem do número de defeitos.Estaremos, nestes casos, no âmbito das cartas de controlopara atributos. Repare-se que, neste tipo de caracte-rísticas, estamos sempre perante uma classificação biná-ria, defeituoso/não defeituoso ou ausência de defeito//presença de defeito. Assim acontecerá se pretendermoscontrolar a fracção de extractos enviados para moradaincorrecta ou o número de imperfeições na emissão decheques.
No que diz respeito às cartas de controlo, Montgomery(1991) explicita aquelas que são, em sua opinião, asprincipais razões para o sucesso associado à sua utilização:
Quando bem utilizadas, permitirão reduzir os níveisde desperdício e reprocessamento, aumentando, poresta via, a produtividade, medida em termos deunidades conformes, e diminuindo os custos;A manutenção de um processo sob controlo estatísti-co é consistente com a filosofia do “fazer bem àprimeira”, constituindo, desta forma, um bommecanismo para prevenção de não conformidades;Ao permitir distinguir a variação causada por causascomuns daquela que é devida a causas especiais,contribuem para que não se efectuem ajustamentosdesnecessários nos processos;Quando analisadas por técnicos experientes, pro-porcionam valiosíssima informação em matéria dediagnóstico;Ao acompanharem a evolução e estabilidade tempo-rais de parâmetros relevantes do processo, podemproporcionar importantes indicações sobre a suacapacidade.
homepage
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Medidas Internas
"A questão que se coloca é,
então, a de conceber ferramentas
que permitam monitorizar
qualquer processo ..."
Vantagens doControlo Estatístico
28 inforBANCA 66 Out > Dez 2005�
como o tempo para atendimento de chamadas telefónicas,o número de “gralhas” por edição de determinada revistaou o tempo de indisponibilidade de terminais ATM.
Contudo, afigura-se menos transparente a utilização docontrolo estatístico no âmbito das medidas com origemdirecta no cliente (externas) e, por consequência, no âmbi-to de procedimentos que busquem a articulação de ambosos tipos de medida.
Deve referir-se, contudo, a publicação de alguns traba-lhos interessantes incidindo sobre a utilização de cartas decontrolo na análise de medidas externas, mais concreta-mente na análise de resultados de inquéritos.
Valerá a pena referir, neste contexto, o trabalho deHayes (1992), no qual o autor ilustra a utilização de diferen-tes tipos de cartas de controlo, por variáveis e atributos, namonitorização da satisfação de clientes.
Uma outra questão, com bastante interesse e pertinên-cia, é apresentada por Wood (1994) e tem a ver com aquestão da variabilidade. Segundo este autor, na generalida-de das aplicações industriais, o principal objectivo do SPC
Medidas Externas
*Professor universitárioDocente do ISGB.
BibliografiaHAYESMONTGOMERYROES DORR
ROSANDERSTAMATISWOOD
, Bob E. (1992) – , American Society for Quality Control., Douglas C., (1991) – , 2ª ed., John Wiley & Sons Inc.
, Kit C. B., , D. (1997) – "Implementing Statistical Process Control in Service Processes", , Vol. 2, Nº 3, pp.149-166.
, A. C. (1985) – , Marcel Dekker – ASQC Quality Press., D. H. (1996) – , St. Lucie Press
, Michael (1994) – "Statistical Methods for Monitoring Service Processes", , Vol. 5, Nº 4, pp. 53-68.
Measuring Customer Satisfaction: Development and use of questionnaires
Introduction to Statistical Quality Control
International Journal of Quality Science
Applications of Quality Control in the Services Industries
Total Quality Service: Principles, Practices and Implementation
International Journal of Service Industry Management
está associado à redução da variabilidade.Por outro lado, no caso dos serviços, em que se verifica
uma crescente preocupação de evidenciar o ajustamento acada cliente individual , poderá resultar muito prejudicial aimagem de uniformidade, por contradizer, no essencial, aimagem que se pretende transmitir.
Embora interessante, e com alguma pertinência, estaopinião aparenta ser um pouco e, quiçá, algolimitativa. Na realidade, no sentido que lhe vem sendo con-ferido no âmbito da Engenharia da Qualidade, o termo
, nomeadamente no contexto das, pretende evidenciar uma abordagem conducente à iden-
tificação da presença de causas especiais de variação e,quando adequado, à sua correcção.
Por outras palavras, não se pretende apenas uma moni-torização do processo, mas também identificar e actuarsobre desvios inaceitáveis. Assim, se a redução de variabili-dade pode não constituir, em si própria, um fim, há quereconhecer, por outro lado, que desvios consideráveisàquela que pode ser considerada, até, como variação dese-jável, serão provavelmente o reflexo da actuação de causasespeciais que urgirá, em todo o caso, analisar.
2
extremista
con-trolo cartas de contro-lo
1Em rigor, existem vários outros critérios de interpretação. Em todo o caso, este é o mais facilmente perceptível.2A muito mencionada .customização
Sendo certo que os fundamentos do Controlo Estatístico se apresentam como válidos em qualquer sector deactividade, há que reconhecer que a sua real aplicação se vem desenvolvendo, com esmagadora predominância, noâmbito das actividades industriais.
Contudo, parece justo admitir que, de uma maneira geral, as características dos serviços se revelam menos“convidativas” do que as associadas aos processos industriais, relativamente à aplicação do SPC. Tal não significa,porém, que se não possam retirar importantes benefícios da sua utilização no âmbito dos serviços, em particular nodomínio dos serviços financeiros.
Acredita-se que tais benefícios serão mais evidentes nas circunstâncias em que o controlo incida sobre caracterís-ticas de natureza operacional (tempos de resposta, etc.) do que naquelas em que se procura a análise e controlo demedidas externas.
O potencial benefício parece evidente, por exemplo, no controlo da variabilidade de tais características. Defacto, uma menor variabilidade conduzirá sempre a uma maior previsibilidade e, como tal, a um maior controlosobre todos os processos, com os consequentes benefícios em matéria de gestão.
Assim, sem que pareça razoável desejar um aumento exponencial da incidência do SPC em serviços financeiros,acredita-se que uma utilização criteriosa e limitada dos seus princípios poderá trazer importantes melhorias àprestação de serviços, neste domínio.�
Conclusões
29inforBANCA 66Out > Dez 2005�
Jaime Mourão-Ferreira*
Quando em 1997 a W/Portugal pegou na Daewoo – eestamos a falar de automóveis coreanos onde o baixopreço é sem dúvida um dos pontos mais fortes –, defendeuuma estratégia de comunicação arrojada, que aparente-mente secundarizava este argumento de venda. Privilegiá-mos sobretudo fortes ideias criativas combinadas com umposicionamento qualitativo, de forma a que o preço per-cepcionado fosse à primeira vista mais alto do que o real,revelando-se sempre em última instância uma agradávelsurpresa a que seria difícil resistir. Rapidamente o Matiztornou-se líder incontestado do cada vez mais competitivosegmento A do mercado automóvel, caso único no mundo,acrescente-se, ao mesmo tempo que se transformou numproduto de moda (só destronado mais recentemente peloSmart e após quase um ano sem haver publicidade Matiz,devido aos problemas económicos que o grupo Daewoo
“WHEN THE WORLDZIGS, ZAG.”A Oportunidade e a Consistência comoFactores de Construção das Marcas.
Imagens da Campanha Matiz da Daewoo
A preferência do consumidor por
uma marca está intimamente
relacionada com o processo de
identificação verificado entre
ambos, sendo muito mais o
resultado de uma selecção
emocional e psicológica do que de
natureza racional. Se assim não
fosse, os factores de caracterização
objectivos, nomeadamente
o preço, teriam sempre clara
preponderância.
30 inforBANCA 66 Out > Dez 2005�
começou a sentir internacionalmentee que levaram à sua desagregação).Também o Lanos registou um forteacréscimo nas vendas, tendo-se nota-bilizado a famosa campanha do
, largamente premiada no es-trangeiro, onde, de uma forma inédita,a intriga da história era apresentadasegundo a perspectiva naturalmentediversa, senão mesmo antagónica, dosprotagonistas de cada um dos filmes.Ficou assim provado mais uma vez quea publicidade original e prémios criati-vos internacionais são compatíveiscom a notoriedade das marcas e osucesso comercial dos anunciantes.
Convém por isso lembrar que osprodutos constroem-se na fábrica,mas as marcas fazem-se na mente.
A credibilidade de uma marca passacada vez mais pela criação de uma per-sonalidade “humana” à sua volta, im-buída de virtudes e imperfeições, for-ças e vulnerabilidades, não caindo nun-ca na tentação excessivamente
de se construir uma imagem defortaleza inexpugnável capaz de resis-tir a qualquer análise crítica. E é aquique entra a publicidade, a mais eficaz epoderosa ferramenta para a constru-ção de uma marca. Sendo a publicida-de sinónimo de persuasão, e note-seque persuasão não tem nada a ver comsedução, alguém acredita verdadeira-mente naquelas mensagens que osten-tam intermináveis exercícios de auto--elogio e adjectivação qualificativa,como se fosse expectável um pai dizermal de um filho em público?
A melhor definição de publicidadeque alguma vez ouvi vem de Washing-ton Olivetto, de quem tive a honra deser sócio por vários anos, o homemque revolucionou a criatividade brasi-leira elevando-a ao patamar de exce-
Genro
e da Sogra
marke-
teer
"Convém por isso lembrar que os
produtos constroem se na fábrica, mas
as marcas fazem se na mente."
-
-
lência que hoje todos lhe reconhecem.Publicidade, diz ele, “é aquilo que reti-ramos da vida, transformamos empublicidade e devolvemos de novo àvida sob essa forma”. Notável.
É a apologia da comunicação huma-na, concreta, palpável, reconhecível eidentificável nas mais diversas práticase situações do nosso quotidiano,assente em plataformas criativas coe-rentes e duradouras. São célebres assuas campanhas para o Unibanco bra-sileiro, que tiveram o seu epílogo emMarço último, após 18 anos assentesna mesma plataforma de comunica-ção, bem como para a Bombril, ondetodos os produtos da empresa sãopublicitados através do mesmo apre-sentador ao longo de 25 anos, o queconstitui um recorde mundial devida-mente registado no Guiness Book.
Diga-se, a propósito, que um factorfundamental de sucesso para um anun-ciante e para a sólida construção dasua marca passa pela relação de parce-ria duradoura com a agência de publi-cidade, ao invés de promover concur-sos a cada 2 ou 3 anos.
Um caso que nos é particularmentequerido na W/Portugal e bem ilustrati-vo da importância desta continuidadeno tempo é o da Amnistia Internacio-nal, com quem trabalhamos desde anossa fundação, em 1993. Emborarelacionada com a temática dos Direi-tos Humanos, sempre encarámos acomunicação relativa a esta entidadecomo se de uma marca comercial setratasse, conferindo a cada nova cam-panha o papel de mais um tijolo naconstrução de um edifício que nuncaestá concluído, mas que ostenta sem-pre uma arquitectura coerente e har-moniosa. Muitos dos nossos trabalhosconquistaram ao longo dos anos os
maiores troféus nos principais certa-mes mundiais de publicidade, defen-dendo causas tão distintas, mas nanossa óptica igualmente complemen-tares, como os Direitos Humanospara as Mulheres, para os Refugiados,em Timor, na Guerra do Iraque e atémesmo defendendo o seu ensino nasEscolas.
Seleccionar uma agência é poismuito mais do que escolher uma cam-panha. É estabelecer critérios de ava-liação que passam sobretudo porconhecer o seu histórico, os seus tra-balhos, o seu pensamento estratégico,a filosofia criativa, a equipa de atendi-mento, o envolvimento dos quadrosdecisores no quotidiano de trabalho,as instalações, enfim, um sem-númerode parâmetros que, conjugados, per-mitam maximizar o sucesso da selec-
Imagens da Campanha Lanos da Daewoo
Out > Dez 2005� 31inforBANCA 66
ção numa perspectiva de longo prazo.Na década de 90, quando o Festival
de Cannes decidiu passar a atribuir umtroféu especial para anunciantes, emfunção do seu contributo para odesenvolvimento da publicidade e dosníveis de excelência criativa, o primei-ro galardoado
*Presidente eDirector Criativo da W/Portugal
só podia ser a Volkswa-gen, marca que se mantém fiel àmesma agência desde os anos 50,quando Bill Bernbach começou a tra-balhar a conta numa óptica de contra-ciclo, promovendo o conceito “ThinkSmall” para uma sociedade educada apensar em grande.
Claro que a adopção de estratégiasque contrariam ou mesmo afrontam atendência dominante no mercadoenvolve riscos que nunca são comple-tamente calculados. Mas o grande fas-cínio do universo da comunicação é amargem de subjectividade ser directa-mente proporcional à do erro ou dosucesso.
O resto é uma mistura de maior oumenor talento, ambição e adrenalina.
Felizmente os casos de sucesso vãoacontecendo, trazendo consigo oêxito comercial e a notoriedade demarca antes impensável, bem comouma lufada de ar fresco ao mercado,como sucede actualmente com acomunicação que a W/Portugal temdesenvolvido para o Montepio Geral.
A Bartle, Bogle, Hegarty, uma dasmais criativas e conceituadas agênciasde publicidade inglesas, tem por lemaprecisamente este conceito de remarcontra a maré, de avançar contra acorrente: no meio de um rebanho deovelhas brancas, umaprocura romper em sentido contrário.
A acompanhar a sua imagem-tema,aqui reproduzida, surge a legenda ins-piradora que serve de título a esteartigo.
ovelha negra
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NO
TÍC
IAS
BR
EVES
DA
BA
NC
APrémios
Banco Espírito Santo de
Investimento – Prémio de
Excelência
Banif – Premiado por
/Standard & Poor's
BCP – Standard & Poor's de
“Estável” para “Positivo”
Caixa Banco de Investimento
– Premiada pela AQ Research
Santander – Melhor Banco do
Mundo pela Euromoney
Diário
Económico
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O Banco Espírito Santo de
Investimento foi reconhecido
pela Euromoney, em 2005,
como “Best Equities House in
Portugal”.
Banif Euro Tesouraria foi
premiado com o 1º lugar pelo
/Standard &
Poor's para os melhores
fundos de investimento, na
categoria Tesouraria Euro,
durante três anos.
A agência internacional
Standard & Poor's Ratings
Services anunciou, no final de
Março e para 2005, a alteração
ao “ ” de “estável” para
“positivo” e confirmou as
notações de “A” e “A-2”
atribuídas às
responsabilidades de longo
prazo e de curto prazo do
Banco Comercial Português,
SA.
A área de do Caixa
Banco de Investimento foi
premiada pela AQ Research
entre os bancos de
investimento da European
Securities Network (ESN) que
operam nas praças da
Euronext, pelas estimativas
de resultados relativos aos
mercados em 2004.
A Euromoney tornou público o
seu reconhecimento do Grupo
Santander como o melhor
banco do mundo no ano de
2005.
Diário Económico
outlook
research
32 inforBANCA 66 Out > Dez 2005�
Ricardo Fortes da Costa*
No mundo empresarial, coloca-se actualmente o seguintedilema ético:
De facto, esta enunciação parece legítima, uma vez que se colo-cam em confronto: 1) o imperativo da defesada privacidade, enquanto direito inalienável dos indivíduos; 2) oimperativo da defesa do bem comum, por via da procura da máxi-ma produtividade, evitando o uso ilegítimo e inadequado destaferramenta electrónica.
O direito à privacidade quer-se de facto inalienável, pelo queninguém deve aceder ao conteúdo de correio pessoal. Mas será acaixa de e-mail da organização uma ferramenta adequada para rece-ber e enviar correio pessoal? Não estamos a falar de uma ferramen-ta que é propriedade da organização?
Sendo o mail propriedade da entidade empregadora, duas hipó-teses se colocam: a) a mesma não autoriza o seu uso para fins parti-culares, pelo que o problema da privacidade não se coloca; b) esseuso é autorizado, mantendo-se o direito à privacidade.
No entanto, mesmo estipulando que o seu uso deverá ser estri-tamente profissional, nada garante à empresa que assim seja feito; emesmo que autorize o seu uso livre, surgirão preocupações sobre asua razoável utilização, de forma a não perturbar a produtividade.
Neste ponto, urge questionar: será legítimo quebrar a privaci-dade para averiguar usos ilegítimos? Valerá a pena proibir outro usoque não o profissional? Conseguir-se-á maior produtividade?
Diz-me a experiência que proibições “cegas” nunca funcionam.Cortar ou restringir o acesso para fins profissionais é algo que não ébem aceite pelos colaboradores, que não compreendem a razoabi-lidade da medida, uma vez que penaliza todos, independentementeda postura ética que tenham assumido face a esta questão.
até que ponto é legítimo quebrar o direito àprivacidade dos colaboradores para nos certificarmos de que o correioelectrónico está efectivamente a ser usado ao serviço da organização, enão em actividades não produtivas?
dois imperativos éticos
CorreioElectrónicoUm Falso Dilema Ético...
Sejamos práticos: este problema colocou-se há alguns anosatrás com a utilização do telefone, e nem por isso se optou por tiraro telefone às pessoas, porque cada vez mais nas organizações asferramentas de comunicação são críticas para o trabalho desenvol-vido, em que o conhecimento é “o” factor competitivo.
A política restritiva é assim factor de desmotivação e inibidorado potencial intelectual e de inovação que está residente em cadacolaborador da empresa.
Então o acesso deve ser livre e não controlado? Não, porque overdadeiro problema não reside na produtividade, mas sim na
da informação com que a empresa trabalha,ou seja, na
.A Internet trouxe-nos uma enorme vantagem, que reside na
e com que a informação circula/flui. O seu contra-ponto reside no de a informação ser
por terceiros ou ainda de poder ser , vendo oseu conteúdo adulterado ou servindo de meio de transporte eentrada para vírus informáticos.
Neste aspecto específico, o sector financeiro (e o bancário emespecial) vive esta preocupação com particular sensibilidade, umavez que o seu negócio implica, por definição, , ,
e .E é aqui que o verdadeiro dilema ético se coloca: a defesa da
privacidade dos colaboradores justifica correr o perigo de ver ainformação dos clientes ser adulterada/corrompida? Os danos aosclientes são menos graves que os danos que causaria a quebra daprivacidade dos colaboradores?
A solução para este dilema deve assentar no princípio de que oproblema ético se coloca não no acesso às ferramentas web, massim no . A chave da solução chama-seRESPONSABILIZAÇÃO.
Todos deverão ter acesso a este tipo de ferramentas de traba-lho, para, com elas, terem as condições para desenvolverem umtrabalho produtivo e útil. No entanto, sendo o acesso livre, o seuuso deve estar regulamentado de forma clara. Ao ser claro paratodos como estas ferramentas devem ser utilizadas, passa a ser daexclusiva responsabilidade de cada um dar-lhes o melhor uso.
O terceiro passo da solução consiste, pois, emos nossos actos...As tecnologias de informação já permitem um tratamento relati-
vamente sofisticado deste tema, como, por exemplo: o uso de fil-tros de conteúdo, que bloqueiam a entrada e saída de mensagenscom ficheiros suspeitos (ficheiros executáveis ou imagens, possí-veis portadores de vírus), bem como mensagens com linguageminapropriada (identificada por palavras-chave). As mensagens sãobarradas automaticamente, não havendo quebra de privacidade.Por outro lado, a nível da prevenção e protecção de dados, já hásoluções de encriptação e autenticação de mensagens, com recur-so a infraestruturas de chaves de segurança, que impedem o acessoà informação por terceiros de forma muito eficiente. Por fim, orecurso a técnicas de “engenharia social” para aceder a informaçãode forma ilegítima, através de meios de convencimento enganososjunto dos seus legítimos detentores, é algo que pode (e deve) sercombatido com medidas de divulgação, formação e prevençãojunto de todos os profissionais do sector.
Através deste conjunto de pistas, poderemos, pois, chegar àconclusão de que este dilema ético pode ser um , quemsabe se usado como justificação para não agir de forma respon-sável...
segu-rança e na integridade
defesa da privacidade dos clientes e do seu direito a serembem servidos
facilidade rapidezperigo potencial acedida ilegiti-
mamente corrompida
segurança rigor confi-dencialidade discrição
uso que as pessoas delas farão
tornar consequen-tes
falso dilema
�
*Docente e Especialista deRecursos Humanos no Sector Financeiro
33inforBANCA 66Out > Dez 2005�
Na última semana de Setembro, iniciaram-se novas ediçõesdos cursos abertos nas metodologias de e de
– WebBanca.paper based
e-Learning
Em Outubro, inicia-se um projecto de formação fechado parauma instituição bancária, com a inscrição de cerca de 1050 cola-boradores nos diferentes módulos ministrados através da Web-Banca – Formação Bancária Online, com particular incidência no
Na Formação ProfissionalÁrea de Formação a Distância
�
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Em Setembro, iniciou-se uma nova edição do Curso de Forma-ção de Formadores, possibilitando a aquisição do CAP (Certifi-cado de Aptidão Profissional) aos formandos que concluírem omesmo com aproveitamento. Esta formação tem a duração de96 horas e decorre em horário pós-laboral;Durante o mês de Setembro, decorreram 8 acções de forma-ção sobre “O Acordo Basileia II” para cerca de 180 colabora-dores de uma determinada instituição bancária com funçõesde gerência e coordenação. Estes cursos tiveram lugar emvários pontos do país;
Área de Formação Presencial
Curso de Branqueamento de Capitais e nos Módulos de MicroIn-formática.
Decorre até Dezembro do corrente ano um projecto fechadopara uma instituição bancária com cerca de 200 formandos, adecorrer na área das técnicas bancárias, que conjuga metodologiade com a formação presencial na Área Compor-tamental.
Blended Learning�
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Ao longo do último quadrimestre de 2005, irão decorrer, apro-ximadamente, 20 cursos na Área Comportamental, abrangen-do cerca de 400 colaboradores de diversas instituições bancá-rias;A formação presencial contará ainda com a realização de módu-los intra-empresas destinados ao mercado natural do IFB, nasáreas de “Aconselhamento Financeiro”; “Actividade BancáriaInternacional” e “Mercados Financeiros”.�
ACONTECEU ...
VAI ACONTECER ...
INSTITU
TO
SUPE
RIOR DE GESTÃ
OB
AN
CÁRIA
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No âmbito das actividades curriculares das pós-graduações decorreram as seguintesconferências:
"O Sistema de Informação no Suporte Electrónico (15 de Junho)Orador: Sr. José Granado"Marketing Financeiro: Tendências" (22 de Junho)Orador: Sr. Dr. Jaime Mourão-Ferreira"Tendências de Evolução do Sistema Financeiro" (22 de Junho)Orador: Sr. Engº Jorge Jardim Gonçalves.
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Conferências
A área da formação para executivosdisponibiliza neste momento 9 cursos, ealguns deles tiveram início em Setem-bro/Outubro. �
Cursos para Executivos
> LicenciaturasEm Outubro, tiveram início as licenciaturas
em Gestão Bancária e Gestão e Sistemas deInformação, que funcionarão, pela primeiravez, com novos planos curriculares. �
Estão neste momento a decorrer as candidaturas para as quatro pós-graduaçõesdo ISGB que tiveram início em Outubro – Curso Avançado de Gestão Bancária,Marketing e Gestão Comercial de Serviços Financeiros, Inovação e Sistemas deInformação no Sector Financeiro e Investimentos e Mercados Financeiros.�
> Pós-Graduações
No âmbito das comemorações do 25º Aniversário do IFB,realizou-se no passado dia 18 de Setembro o IV Rally Paper doIFB/ISGB, que contou com a participação de 16 equipas, num totalde mais de 80 participantes. A Prova do Percurso realizou-seentre Lisboa e a Aldeia Galega da Merceana, culminando numalmoço na Quinta da Azenha. O desafio proposto às equipas con-sistia em perguntas de observação e cultura geral e numa prova
IV Rally Paper doIFB/ISGB
temática sobre os 25 anos de actividade do Instituto. Um dosmomentos mais criativos foi o desfile dos chapéus de palha, imagi-nados pelas equipas, em apenas 15 minutos. Todos os concorren-tes receberam prémios, oferecidos pelas 23 instituições que gene-rosamente apoiaram este acontecimento. O prémio institucionalatribuído à equipa classificada em 1º lugar foi uma viagem a Parispara 2 pessoas.�
5anos1980 2005�years
Apoiaram este Rally Paper:Auto-Bocage, Benlei, Caixa Geral de Depósitos, Casino Estoril, Citroën – Sucursal deSacavém, Delta, Eduardo Santos, Fastio, Häagen-Dazs, Império das Plantas, JerónimoMartins, Jorge Fernandes, Madeira & Madeira, Maxinfor, Medialabor, Museu da Farmácia,Pólis, Reprojopa, Saniambiente, Seabra & Tavares, Tivoli Coimbra, Worldtravel BTI e VilaGalé Porto.
34 inforBANCA 66 Out > Dez 2005�
No artigo da edi-ção Nº 65, "É comAgrado que Vejo aInstituição Cele-brar o Seu 25ºAniversário", pági-na 51, a fotografiado Sr. Dr. JoãoFerreira Costa estátrocado com a fo-
tografia do Sr. Dr. Tiago Leite. Aos visados eaos leitores, pedimos desculpa pelo lapso eapresentamos a fotografia correcta.�
No final do mês de Junho dei-xou de colaborar com o IFB o
Dr. Miguel Camolas Pacheco, que de-sempenhava as funções de Coordena-dor para os Projectos em África.
Nos mais de 20 anos de ligação ao
DR. MIGUEL PACHECODedicação ao IFB e à Formação em África
Instituto, o Dr. Miguel Pacheco traba-lhou em todos os países africanos delíngua portuguesa, dedicando-se, comenorme paixão e excelentes resulta-dos, ao apoio à criação de estruturaslocais de formação bancária.
Por força das funções desempe-nhadas, passou parte importante doseu tempo no terreno, trabalhandomuitas vezes em situações difíceis. Noentanto, a sua determinação, o seucarácter e a sua dedicação ao IFB per-mitiram consolidar a imagem de gran-de prestígio de que o Instituto gozanaqueles países.
O Dr. Miguel Pacheco pertenceuanteriormente aos quadros do Bancode Portugal e exerceu uma meritóriaactividade cívica – Presidente do SBSIe da UGT e Deputado à Assembleia
da República – reconhecida através dotítulo de Comendador atribuído peloPresidente da República.
Esperamos que, nesta nova fase dasua vida pessoal, possa concretizartudo aquilo que as exigências da suavida profissional não têm permitido.�
Encerramento do Ano Lectivo 2004/05
Grau de Satisfação dos Formandos com os Cursos
Conclusão de Curso – Diplomados
Reunião Anual de Formadores
O aproveitamento global da formação em sala, no âmbito dostrês Cursos da Formação para Jovens na Banca, em Lisboa e Por-to, atingiu uma taxa de sucesso de 84%.
As médias foram diferentes de Curso para Curso, variandoentre os 70 e os 75%.
Com a conclusão das Provas de Aptidão Profissional, que tive-ram o seu final com as provas orais, nos passados dias 7 e 8 deSetembro, em Lisboa e Porto, saíram diplomados 106 jovens doCurso Geral Bancário, em regime de Alternância.
Depois de muita ansiedade nas provas finais e de um percursode 3 anos, em que muitos ficaram pelo caminho, resta-nos dar--lhes os nossos parabéns.
À semelhança do que tem acontecido em anos anteriores, oInstituto de Formação Bancária promoveu em Lisboa, a 16 e 17
Formação em Alternância na Bancapara JovensDestaques
Setembro, uma Reunião Geral de Formadores, quer do pólo deLisboa, quer do pólo do Porto, que teve como objectivos a refle-xão e balanço da actividade desenvolvida no ano anterior e a pre-paração do ano lectivo de 2005/06.
Constituiu um momento simbólico de recepção e acolhimentoaos novos formandos dos três Cursos, contando com a presençada Direcção do IFB, do IEFP e com algumas palavras dos forman-dos do último ano.
Abertura dos Novos Cursos
�
5anos1980 2005�years
Instituto de Formação BancáriaIFB – The Portuguese Bank Training Institute
Associação Portuguesa de Bancos
Para mais informações:
Formação Profissional
O a Escola da Banca, dirigida às necessidades específicas de todo o Sector Financeiro.Privilegiamos a utilização de diversas metodologias pedagógicas, nomeadamente o Ensino a Distância (incluindo oe o ) e Formação em Sala, na qual recorremos a métodos activos de aprendizagem (estudo de casos, ,
videogramas), sendo a competência técnica e pedagógica dos nossos formadores factor crítico de sucesso.
IFB ée-learning
b-learning role-playing
Aposteno seu
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Av. 5 de Outubro, 164, 1069-198 LISBOATel.: 217 916 200 Fax: 217 977 732
Rua Fernandes Tomás, 352 – 4º, 4000-209 PORTOTelef.: 225 376 405 Fax: 225 102 205
Lisboa
Porto
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ÁREAS/CURSOS
Crédito a Empresas e a ParticularesCrédito à HabitaçãoFinanciamento e Crédito BancárioGestão e Recuperação de Crédito
Branqueamento de CapitaisFalsificação de Meios de Pagamento – DetecçãoMeios de PagamentoOperações InternacionaisProdutos Bancários e FinanceirosO Acordo da Basileia II
Contratos e Garantias do CréditoDireito BancárioFiscalidade – O Impacto da Tributação nos Produtos FinanceirosRegime Jurídico da Letra e da LivrançaRegime Jurídico do ChequeRegistos e Notariado
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ÁREA DE COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
ÁREA DE CONTABILIDADE E ANÁLISE DE EMPRESAS
ÁREA DE MERCADOS FINANCEIROS
ÁREA DE MARKETING E GESTÃO DA ACTIVIDADE COMERCIAL
(P) – Porto
OUT. NOV. DEZ.
17 a 2117 a 1912 a 14
(P)(P)
24 e 25
10 a 12
17 e 1824 a 26
25
(P)
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15 a 1721 a 2303 e 04
22 a 24
07 a 908
(P)(P)
13 a 15
6
07 a 1128 a 3014 a 16
07 e 08
(P)
(P)
12 a 1412 a 14
15 a 1721 a 23
(P)(P)
08 a 10
21 a 23
12 a 14
10 e 11
28 e 29
03 e 04
(P)
(P)
25 e 26
03 e 0420 e 21
24 e 25(P)
0717
09 a 1115 a 17
(P)
15 e 16 (P)12 a 14 (P)
02 e 0302 a 04
10 a 12
03 e 04
14 e 15 (P)24 e 25
16 e 1724 e 25 (P)
ISGB – THE PORTUGUESE SCHOOL OF BANK MANAGEMENT
INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO BANCÁRIA AssociaçãoPortuguesade Bancos
Informações:
Rua Fernandes Tomás, 352 – 4º, 4000-209 PORTO Tel.: 225 376 405 Fax: 225 102 205� �
Av. Barbosa du Bocage, 87, 1050-030 LISBOA Tel.: 217 916 210 Fax: 217 955 234� �
O – criado pela Associação Portuguesa deBancos/Instituto de Formação Bancária e a actuar desde 1991 – é uma Escola de Ensino Superiordirigida às necessidades específicas de todo o Sector Financeiro, em particular da Banca, utilizandoos mais modernos métodos pedagógicos, nomeadamente o Ensino a Distância (incluindo ).
Instituto Superior de Gestão Bancária
e-learning
e-mail: [email protected]
Conferências, Seminários e Workshops sobre diversos temas actuais e importantespara os Executivos do Sector Financeiro
Cursos para Executivos
Pós-Graduações�
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Curso Avançado de Gestão BancáriaInvestimentos e Mercados FinanceirosMarketing e Gestão Comercial de Serviços FinanceirosInovação e Sistemas de Informação
(1 ano lectivo – 300 horas)(1 ano lectivo – 160 horas)
(1 ano lectivo – 180 horas)(1 ano lectivo – 256 horas)
www.isgb.pt
Licenciaturasn
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Gestão BancáriaGestão e Sistemas de Informação
(9 semestres)(9 semestres)
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A Disciplina de Mercado na Banca – As IAS/IFRS e o Acordo de Basileia IIAvaliação da Qualidade dos Sistemas e Tecnologias de Informação e ComunicaçãoProdutos de Capital GarantidoLiderança de Equipas para o Sucesso EmpresarialAs Normas Internacionais de ContabilidadeO Impacto das Normas Internacionais de Contabilidade – NICA Consolidação de Contas de Empresas do Sector Financeiro na Perspectiva das NICO Código do TrabalhoConcepção e Gestão de Projectos
(36 horas)(33 horas)
(18 horas)(25 horas) –
(7 horas)(21 horas) –
(24 horas)(27 horas) –
(35 horas)
[ Outubro ]
[ Outubro ]
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Candidaturasabertas