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Ano XXV Nº 305 janeiro de 2015 Xavier Rua Adriano Nogueira O Prefeito do Município de Piracicaba Gabriel Ferrato dos San- tos assinou, sancionou e promulgou a Lei nº 8098, de 5 de dezembro de 2014, que institui a Rua Adriano No- gueira no Bairro Água Santa de Piracicaba. O Projeto de Lei Nº 213/14, que denomina de “Adriano Nogueira” - ci- dadão prestante -, a Rua 5 do Leteamento Industrial Uninorte H, foi apresentado pelo Vereador Pedro Luiz da Cruz. Lei Nº 8.098, de 05 de dezembro de 2014. Dispõe sobre denominação de via pública no Loteamento Industri- al Uninorte II, no Bairro Água Santa, neste Município. GABRIEL FERRATO DOS SANTOS, Prefeito do Município de Piracicaba, Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições, faz saber que a Câmara de Vereadores de Piracicaba aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei Nº 8098: Art. 1º Fica denominada de “Rua Adriano Nogueira”, Cidadão Prestante, a Rua 05 (cinco) do Loteamento Industrial Uninorte II, no Bairro Água Santa,neste Município. Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Prefeitura do Município de Piracicaba, em 05 de dezembro de 2014. GABRIEL FERRATO DOS SANTOS Prefeito Municipal MAURO RONTANI Procurador Geral do Município MARCELO MAGRO MAROUN Chefe da Procuradoria Jurídico- administrativa Autor do Projeto: Vereador Pedro Luiz da Cruz. Publicada no Diário Oficial do Município de Piracicaba, em 16 de dezenbro de 2014. divulgação Projeto de Lei Nº 213/14 Denomina de “Adriano Noguei- ra” - cidadão prestante, a Rua 5 do Loteamento Industrial Uninorte II, lo- calizado no Bairro Água Santa, neste Município. Art. 1º Fica denominada de “ADRIANO NOGUEIRA”, Cidadão Prestante, a Rua 5 do Loteamento Industrial Uninorte II, localizado no Bairro Água Santa, neste Município. Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICATIVA Adriano Nogueira, advogado, intelectual e escritor, nasceu em Piracicaba, Estado de São Paulo, a 8 de setembro de 1928. Estudou no Instituto de Educa- ção Sud Mennucci, onde foi presi- dente do Grêmio Normalista, secre- tário do jornal O Estudante e cola- borador d’O Castro Alves. No Colégio Piracicabano foi secretário do Grêmio Humberto de Campos e na Escola de Comércio colaborador do jornal Crist vão Colombo. Na Faculdade de Direito, em Piracicaba, editou o jornal Thesis e foi Presidente do Diretório Acadêmi- co. Na Escola Superior de Agricul- tura Luís de Queiroz (USP), como funcionário, editou o jornal O Arau- to, fundou e foi Presidente da Asso- ciação dos Servidores da ESALQ, sendo eleito, em 1968, representan- te dos funcionários na Comissão Paritária (professores e alunos) para reforma dos estatutos da USP. Recebeu o troféu Mirante, des- tinado ao destaque cultural do ano de 1990, em Piracicaba. Atuou como secretário da Academia Piracicabana de Letras e diretor da União Brasileira de Escritores em várias gestões. Exer- ceu também o cargo jurídico em uma das gestões. Colaborou, desde 1948, em jor- nais de Piracicaba e Limeira. Editou, com a poeta e jornalis- ta Rosani Abou Adal, durante 15 anos, desde a fundação, o jornal li- terário mensal Linguagem Viva, agraciado com diploma de Mérito Cultural, pela União Brasileira de Escritores, do Rio de Janeiro, em 1997. O jornal literário Linguagem Viva foi escolhido, em 1996, o Me- lhor Jornal Literário do Brasil - IWA - International Writers and Artists - Buffton College. Em 1987, os editores do mes- mo jornal receberam, Moção Hon- rosa da Câmara dos Vereadores de Piracicaba, pelos Serviços Prestados à Cultura. Adriano Nogueira é autor do li- vro Registros Literários, editado em 1998, pela Scortecci Editora, de São Paulo. Ocupou a cadeira nº 34 da Aca- demia Piracicabana de Letras. Adriano era, na verdade, uma gran- de alma, dessas almas grandes que dignificam o substrato de humani- dade que existe em cada um de nós; e como convém às almas dessa natureza, era um homem simples, em todos os aspectos: no modo de ser, de falar, de vestir, de convier. Piracicabano apaixonado por sua terra, não economizava home- nagens aos grandes valores morais e intelectuais que aqui pontificam, culminando por publicar o seu “Re- gistros Literários”, divulgando no- mes e obras de poetas e escritores locais que, ao longo do tempo, dig- nificaram as letras piracicabanas. Não pode, contudo, concluir o pro- jeto de publicar outras edições des- sa obra, com que ampliaria o regis- tro do panorama da Arte Literária de Piracicaba. Faleceu, vítima de problemas coronários, a 23 de junho de 2004. Sala das Reuniões, 14 de agosto de 2014. (a) Pedro Luiz da Cruz Adriano Nogueira

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Ano XXV Nº 305 janeiro de 2015

Xavier

Rua Adriano NogueiraO Prefeito do Município de

Piracicaba Gabriel Ferrato dos San-tos assinou, sancionou e promulgoua Lei nº 8098, de 5 de dezembro de2014, que institui a Rua Adriano No-gueira no Bairro Água Santa dePiracicaba.

O Projeto de Lei Nº 213/14, quedenomina de “Adriano Nogueira” - ci-dadão prestante -, a Rua 5 doLeteamento Industrial Uninorte H, foiapresentado pelo Vereador PedroLuiz da Cruz.

Lei Nº 8.098, de 05de dezembro de 2014.

Dispõe sobre denominação devia pública no Loteamento Industri-al Uninorte II, no Bairro Água Santa,neste Município.

GABRIEL FERRATO DOSSANTOS, Prefeito do Município dePiracicaba, Estado de São Paulo, nouso de suas atribuições, faz saberque a Câmara de Vereadores dePiracicaba aprovou e ele sancionae promulga a seguinte Lei Nº 8098:

Art. 1º Fica denominada de“Rua Adriano Nogueira”, CidadãoPrestante, a Rua 05 (cinco) doLoteamento Industrial Uninorte II, noBairro Água Santa,neste Município.

Art. 2º Esta Lei entra em vigorna data de sua publicação.

Prefeitura do Município dePiracicaba, em 05 de dezembro de2014.

GABRIEL FERRATO DOS SANTOSPrefeito Municipal

MAURO RONTANIProcurador Geral do Município

MARCELO MAGRO MAROUNChefe da Procuradoria Jurídico-

administrativa

Autor do Projeto:Vereador Pedro Luiz da Cruz.

Publicada no Diário Oficial doMunicípio de Piracicaba, em 16 dedezenbro de 2014.

divulgação

Projeto de Lei Nº 213/14Denomina de “Adriano Noguei-

ra” - cidadão prestante, a Rua 5 doLoteamento Industrial Uninorte II, lo-calizado no Bairro Água Santa, nesteMunicípio.

Art. 1º Fica denominada de“ADRIANO NOGUEIRA”, CidadãoPrestante, a Rua 5 do LoteamentoIndustrial Uninorte II, localizado noBairro Água Santa, neste Município.

Art. 2º Esta Lei entra em vigorna data de sua publicação.

JUSTIFICATIVAAdriano Nogueira, advogado,

intelectual e escritor, nasceu emPiracicaba, Estado de São Paulo, a8 de setembro de 1928.

Estudou no Instituto de Educa-ção Sud Mennucci, onde foi presi-dente do Grêmio Normalista, secre-tário do jornal O Estudante e cola-borador d’O Castro Alves.

No Colégio Piracicabano foisecretário do Grêmio Humberto deCampos e na Escola de Comérciocolaborador do jornal CristóvãoColombo.

Na Faculdade de Direito, emPiracicaba, editou o jornal Thesis efoi Presidente do Diretório Acadêmi-co.

Na Escola Superior de Agricul-tura Luís de Queiroz (USP), comofuncionário, editou o jornal O Arau-to, fundou e foi Presidente da Asso-ciação dos Servidores da ESALQ,sendo eleito, em 1968, representan-te dos funcionários na ComissãoParitária (professores e alunos)para reforma dos estatutos da USP.

Recebeu o troféu Mirante, des-tinado ao destaque cultural do anode 1990, em Piracicaba.

Atuou como secretário daAcademia Piracicabana de Letrase diretor da União Brasileira de

Escritores em várias gestões. Exer-ceu também o cargo jurídico emuma das gestões.

Colaborou, desde 1948, em jor-nais de Piracicaba e Limeira.

Editou, com a poeta e jornalis-ta Rosani Abou Adal, durante 15anos, desde a fundação, o jornal li-terário mensal Linguagem Viva,agraciado com diploma de MéritoCultural, pela União Brasileira deEscritores, do Rio de Janeiro, em1997.

O jornal literário LinguagemViva foi escolhido, em 1996, o Me-lhor Jornal Literário do Brasil- IWA - International Writers andArtists - Buffton College.

Em 1987, os editores do mes-mo jornal receberam, Moção Hon-rosa da Câmara dos Vereadoresde Piracicaba, pelos ServiçosPrestados à Cultura.

Adriano Nogueira é autor do li-vro Registros Literários, editado em1998, pela Scortecci Editora, deSão Paulo.

Ocupou a cadeira nº 34 da Aca-demia Piracicabana de Letras.Adriano era, na verdade, uma gran-de alma, dessas almas grandes quedignificam o substrato de humani-dade que existe em cada um de nós;e como convém às almas dessanatureza, era um homem simples,em todos os aspectos: no modo deser, de falar, de vestir, de convier.

Piracicabano apaixonado porsua terra, não economizava home-nagens aos grandes valores moraise intelectuais que aqui pontificam,culminando por publicar o seu “Re-gistros Literários”, divulgando no-mes e obras de poetas e escritoreslocais que, ao longo do tempo, dig-nificaram as letras piracicabanas.Não pode, contudo, concluir o pro-jeto de publicar outras edições des-sa obra, com que ampliaria o regis-tro do panorama da Arte Literária dePiracicaba.

Faleceu, vítima de problemascoronários, a 23 de junho de 2004.

Sala das Reuniões,14 de agosto de 2014.

(a) Pedro Luiz da Cruz

Adriano Nogueira

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Página 2 - janeiro de 2015

Voto de Júbilo

A Câmara dos Vereadores de São Paulo, por intermédio da VereadoraEdir Sales, apresentou Voto de Júbilo e Congratulações ao jornalLinguagem Viva, em comemoração ao 25º aniversário.

Publicamos cópia do ofício do Presidente da Câmara Municipal JoséAmérico que comunica o referido júbilo.

O Requerimento RDS 1819/2014, assinado pela Vereadora EdirSales, foi deferido no dia 4 de novembro. O voto de jubilo e congratulaçõesao jornal Linguagem Viva foi concedido no dia 5 de novembro e assinadopelos vereadores Abou Anni, Alfredinho, Arselino Tatto, Atílio Francisco,Aurélio Moura, Calvo, Claudinho de Souza, Conte Lopes, Coronel Camilo,Donato, Edemilson Chaves, Edir Sales (autora), Eliseu Gabriel, GeorgeHato, Gilson Barreto, Jean Madeira, Marquito, Marta Costa, Natalini, NeloRodolfo, Noemi Nonato, Ota, Patrícia Bezerra, Reis, Ricardo Nunes,Senival Moura, Toninho Vespoli e Vavá.

Agradecemos ao Presidente da Câmara Municipal José Américoque nos enviou o ofício SGP-23, nº 02526/2014, à autora do requerimentovereadora Edir Sales e aos vereadores que assinaram o mesmo.

Não podemos deixar de agradecer ao Prefeito do Município dePiracicaba Excelentíssimo Senhor Gabriel Ferrato dos Santos queassinou, sancionou e promulgou a Lei nº 8098, de 5 de dezembro de2014, que institui a Rua Adriano Nogueira e ao Vereador Pedro Luiz daCruz que apresentou o Projeto de Lei.

Também não podemos deixar de agradecer ao Centro Literário dePiracicaba, Aracy, Darcy Libardi, Ivana França de Negri e Célia Nogueiraque foram fundamentais para que uma rua em Piracicaba tivesse o nomedo editor do Linguagem Viva. Sua memória estará sempre viva com aRua Adriano Nogueira.

Rosani Abou Adal

Xavier

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Página 3 - janeiro de 2015

Caio Porfírio Carneiro éescritor, contista, romancista,

historiador e membro doInstituto Histórico e Geográfico

de São Paulo.

Caio Porfírio Carneiro

Era um rapaz simpático.No vigor da idade. Seustrinta e tantos anos,

marchando para os quarenta, setanto. Trabalhava no mundopublicitário. Muito ligado ao meiointelectual, em particular aoRicardo Ramos.

Ficamos amigos em 1961,quando ele publicou o livro decontos Arcanjos em Patrulha, nacoleção “Alvorada”, da EditoraFrancisco Alves, a mesma quelançou o meu livro de estreia -Trapiá - pouco antes do dele.

Geraldo Santos não era umapromessa literária: era um escritorda melhor qualidade, primeiro time,aplaudidíssimo pela crítica.

Desempenado, cabelocortado curto, de óculos, saudavaa todos com muita alegria. Sempreque ele aparecia no restaurante daUnião Brasileira de Escritoresalmoçávamos juntos. Conversavacom desembaraço e queriasempre saber dos meuspropósitos literários futuros.Opinava, fazia-me sugestões.

Eu soube, um dia, que ele eraalérgico a anestesia. Perguntei-lhe,de forma inconveniente, se eraverdade que quase morrera de umchoque anafilático. Desconversou:

- Não foi nada. Quem lhecontou?

Alguém me falara e eu nãolembrava quem. Voltou, o que fezmuitas vezes, a elogiar o meuromance O Sal da Terra, lançadopela Editora Civilização Brasileira,do Rio, em 1965. Não sei se oselogios eram verdadeiros ouvinham da sua cortesia amiga erefinada. Eu é que não me cansavade elogiar os seus romancesLoucos, Poetas, Amantes e OVento do Mar Aberto, publicadosantes do de contos. Parecia atétroca de figurinhas.

- Quem sou eu diante de você,Geraldo? Você é titular e eu sou umreserva que não sai do banco. Vocêganhou um monte de prêmios.

- Deixe de ser modesto.

GERALDO SANTOS(Caminhada interrompida)

Conversávamos tambémbastante nos coqueté is delançamentos de livros, sempreconcorridos naquela década, commuita bebida e salgadinhos, naslivrarias centrais de São Paulo, emespecial na Livraria Teixeira, naqueladécada de sessenta.

Parece que o estou vendo:apessoado, enxuto, mais para alto,alvo, bem penteado, óculos que lhecompletavam o tipo acabado de umintelectual cordato, gentil e de boasmaneiras.

Um dia, voltamos a almoçarjuntos, como de hábito, norestaurante da UBE. Outraspessoas, entre elas, lembro-mebem, o poeta Judas Isgorogota, otambém poeta e bom declamadorDécio Bittencourt, que além depublicar suas poesias em livros,gravava-as também, com a própriavoz, em long-plays, e EurícledesFormiga, poeta mais popular,inteligentíssimo, cérebro decomputador: capaz de decorar,ouvindo uma vez apenas, todo umpoema com várias estrofes ou umdiscurso em várias laudas. E outrasmais, nas várias pequenas mesasjuntas. Os almoços na UBE, nos

anos sessenta e setenta, eram umafesta.

Depois, na descida doelevador, falei para o GeraldoSantos que estava organizando umnovo livro de contos e perguntei seele se interessaria em ler alguns.Prontificou-se imediatamente emarcamos um dia, na semanaseguinte, para ele receber cópiados trabalhos.

Mal poderia julgar eu datragédia que o aguardava. Dois outrês dias depois, vim a saber,precisou ir ao dentista, parece quepara uma extração dentária. Ocerto é que se submeteu a umapequena anestesia, a reação foifulminante e ele não suportou.

Filho de Jundiaí, cidade aquiperto da capital, onde nascera em1924. Mais velho do que eu quatroanos. Faleceu naquele fatídico 13de julho de 1967. Contava 43 anos.O mês e dia do seu falecimento eunão me lembrava. Vejo-os aqui nosseus dados biobibliográficos.Quanto ao ano, este me ficougravado na memória.

Não leu os contos inéditos domeu livro Os Meninos e o Agreste.Certamente, dado o seu jeito tãocortês, os elogiaria. E quem sabea sua aura benfazeja ajudou-me acompor bem o livro, porque com eleganhei o prêmio Afonso Arinos daAcademia Brasileira de Letras.

Usa sete saiasA mulher de Nazaré:Uma branca de crochê,Uma de renda,Uma de plissê,Uma azul de chita,Uma de seda amarela,Uma de flanela,Outra de barra preta.

Sobre todas as saiasUm avental de borboleta,Um chapéuDe quem respeitaAs coisas do céu.

Lá vai a mulher de NazaréPara a beira da praia,Senta,Olhando o mar,Esperando o marido chegar.

Faz tanto frio,Ela quase desmaia...Sobe a primeira saiaE começa a contá-las :São sete ondas,Sete virtudes,Sete cores,Sete selos,Sete estrelas altas,Sete nuvens em taças.

Dorme na areiaA mulher de Nazaré,De manhã,O sol, ou outra força que atraia,Beija seus lábios;Ela não é feia,Embora cubra o rostoCom a saia de cambraia.

SETE SAIASa Djalma Allegro

Raquel Naveira

Raquel Naveira é escritora, poetae membro da Academia Sul-Mato-

Grossense de Letras.

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Página 4 - janeiro de 2015

Ronaldo Cagiano

Camiseta 25anos LV

criada por XavierR$ 50,00

Inclusas taxas PAC - correio

[email protected]

No balanço das leituras de2014, em meio ao cipoalde contradições, para-

doxos e obviedades que marcaramo cenário requentado da produçãoliterária brasileira, chamou-me aatenção a força poética e ficcionalque vem das pequenas editoras,sobretudo quando os mais impor-tantes prêmios literários do Paísvêm reconhecendo qualidade e vi-gor em autores publicados fora doeixo tradicional do mercado editori-al.

Os editores dessas pequenascasas – entre as quais Confraria doVento, Dobra Idéias, Patuá, Oito eMeio, Scriptum, Móbile –, apenaspara citar alguns exemplos dequixotismo e resistência, vêm tra-balhando com afinco e dignidade,sem dever favor algum ao merca-do e às diatribes do círculo viciadoe vicioso das grandes editoras, parapublicar autores de talento e valorestético, cujas obras, inclusive, vêmdesbancando pesos pesados dabibliografia nacional, como é ocaso, nos últimos anos, de SuzanaMontoro, Paula Fábrio, JacquesFux, Guilherme Gontijo Flores,Everardo Norões, Gastão Cruz, AnaLuísa Escorel, vencedores dos cer-tames pelo valor incontestável desuas obras e não pela blindagem deseus nomes.

As pequenas editoras têmexercido papel fundamental ao darvez e voz a alguns nomes, tantosdeles rejeitados pelo imperdoávelsilêncio e a indesculpável indiferen-ça do oligopólio editorial. Este, cadavez mais suscetível às relações so-ciais e políticas de seus editados doque verdadeiramente movidos pelointeresse na descoberta de valorese novos talentos ou resgate de ou-tros autores que, por uma ou outrarazão caíram no anonimato, comofaziam no passado um JoséOlympio e um Ênio Silveira. Bastaver que o lixo literário vem adquirin-do, de forma avassaladora, statusde boa literatura no mercado.Exemplo cabal desse nivelamentopor baixo é o deboche e a fraudepoética de poetas e prosadores dealgibeira, que ganham páginas in-teiras na grande imprensa, enquan-

Mercado editorial: a luta de David contra Goliasto autores verdadeiramente comtutano criativo são esmagados pelamáquina apodrecida do mundo cul-tural e literário, onde prevalecemhegemonicamente o estrelismo, onarcisismo, a “vida literária” (feiras,patotas, igrejinhas, grupelhos,máfias, gangues, cozinhas, vitrinespara todos os gostos, onde sãosempre os mesmos os convidados)e não a literatura.

Exemplo deprimente edesalentador desse cenário é o os-tracismo a que foi relegado o escri-tor brasileiro Julio César MonteiroMartins, recentemente falecido naItália, onde vivia há mais de vinteanos como professor de literaturabrasileira na Universidade de Pisa.As novas gerações, tributárias daliteratura de Philip Roth, Paul Auster,Thomas Pynchon, Roberto Bolaño,Coetze, Amós Oz, Enrique Villa-Mattas etc e toda a bibliografia in-ternacional imposta goela abaixopelo acachapante sistema editorial,ignoram solene edespudoradamente um autor comoesse, que nos anos 70 e 80 pontifi-cou no cenário editorial brasileiro,além de ter sido proprietário da edi-tora carioca Anima, que traduziu al-guns clássicos.

A negligência se generaliza nãoapenas no meio editorial e na mo-nopolizada rede de livrarias (cujo pe-culiar espírito judaico apenas vê li-teratura como negócio, mercado elucro), mas também entre escrito-res e crítico, entre os quais não háo mínimo interesse em (re)conhecero que produziu não apenas um Ju-lio Cesar Monteiro Martins, mas es-ses que enchem os pulmões ementrevistas para declinarem suasinfluências (e afluências) e seuscréditos a gurus literários estrangei-ros, pretensamente alimentandouma dicção que seja absorvida pe-las editoras internacionais, tambémdesconhecem que no País há tan-tos escritores completamentealijados não só do mercado, masdas bibliotecas, entre os quaisCornélio Penna, Lucio Cardoso,Rosario Fusco, Samuel Rawet,Dantas Motta, Ricardo GuilhermeDicke, Geraldo Maciel, JoséAgripino de Paula, Renato Pompeu,Ewelson Soares Pinto, EugêniaSereno, Orides Fontela, MauraLopes Cançado, Osman Lins, Dora

Ferreira da Silva,Jaime Rodrigues,Antonio Fraga,Lupe Cotrim, GilkaMachado, JoaquimCardozo, DyonélioMachado, MoreiraCampos etc (a lis-ta da proscrição égrande, entre vivos& mortos) comple-tamente relegadosao anonimato, porculpa e obra deuma cultura literá-ria que avaliza es-quemas e paneli-nhas, alberga opornô chic, respal-da a modernidadevazia e despótica(porque semh u m a n i s m o ) ,aceita a badalaçãocomo literatura erejeitam o que é lin-guagem e densi-dade, para incensar a mediocrida-de, lançar holofotes na estupidez,legitimar modismos. São falsos cri-adores que vampirizam a vida lite-rária, dissimulados em seus altaresmercenários.

Em lúcido artigo publicado naedição nº 816 (16/9/2014) do Obser-vatório da Imprensa, o jornalista Ale-xandre Coslei enfrenta a questão docamelódromo da literatura, apontan-do as mazelas desse setor em queescritor e editor se rendem e se ven-dem cada vez mais ao mercado,num cenário em que não se impor-tam com a qualidade, mas com as

cifras e os holofotes. Conclui ele:“Na rendição do escritor às frivoli-dades do Mercado Editorial é quese dá o encontro entre Fausto eMefistófeles, é quando a literaturaperde a alma.”

A literatura morreu! Julio mor-reu! Viva a Literatura! Viva a verda-deira criação!!!

Vivas aos lúcidos e co-rajosos criadores, que resistem àspancadas e injustiças!

divulgação

Ronaldo Cagiano é escritor,reside em São Paulo.

Julio César Monteiro Martins

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Página 5 - janeiro de 2015

Poemas: II Antologia - 2008 - CANTO DO POETA

Trovas: II Antologia - 2008 - ESPIRAL DE TROVAS

Haicais: II Antologia - 2008 - HAICAIS AO SOL

Débora Novaes de Castro

Opções de compra: Livraria virtual TodaCultura: www.todacultura.com.brvia telefax: (11)5031-5463 - E-mail:[email protected] - Correio:

Rua Ática, 119 - ap. 122 - São Paulo - SP - Cep 04634-040.

Poemas: GOTAS DE SOL - SONHO AZUL - MOMENTOS- CATAVENTO - SINFONIA DO INFINITO –

COLETÂNEA PRIMAVERA - AMARELINHA - MARES AFORA...

Antologias:

Haicais: SOPRAR DAS AREIAS - ALJÒFARES - SEMENTES -CHÃO DE PITANGAS -100 HAICAIS BRASILEIROS

Poemas Devocionais: UM VASO NOVO...Trovas: DAS ÁGUAS DO MEU TELHADO

O primeiro atributo dos relatos enfeixados emContos de Passagem

de Maria Lúcia Simões constitui acriação de um vasto panorama delembranças, evocações e fantasi-as regidas pela atmosfera poética.

Os conteúdos se sucedemdesordenadamente.Compreendem desde amais remota e tenra in-fância até a experiênciaamorosa.

E a forma trans-cende o modelo narra-tivo, marca a presençade uma escrita dequem o escrever é prá-tica de todos os dias, éconquista da arte e dareflexão. Enfim, é cria-ção literária, fruto obtidodo estado e do saber, perpassadopela acurada sensibilidade.

Nos Contos de Passagem dis-tribuem-se emoções passadas,tangidas pela nostalgia dos dias fe-lizes. Mais agudos são os gritos dosdesejos sufocados, sob o impulsoda aventura. Mais aquecidas, ainda,são as fúlgidas aparições do incons-ciente, libertas afinal dos controlesdo universo das relações. O súbitoapelo do amor, sob mil disfarces.

O mais importante vem a sera linguagem, produto de alta qualifi-cação. Distila significados plurais,é polissêmica. Conduz o medo e aesperança que se ocultam na har-monia das palavras.

O tema do trecho “Acontece”conclui-se ao jeito de Maria Lúcia

CONTOS DE PASSAGEM E OPODER DA ESCRITA

Fábio Lucas Simões: “Agora sei que tudo, assimcomo as pessoas e as esquinas,pode resvalar para o inesperado” (p.55).

Há três janelas no conjunto deContos de Passagem. Uma permi-te a leitura, pela autora, do mundoe de seus valores. A outra dá aces-so ao mundo interior, pleno de su-gestões rememorativas. A terceirapertence ao leitor, apto a desvendar

o inconsciente que, por exemplo,intervém no capítulo “Natureza” eintroduz a desgarrada mensagemfinal: “Amor nunca foi fácil” (p. 125).Esse e os outros fragmentos ficamà disposição do intérprete, campolivre, desafiador. A atmosfera líricaconstitui um mar sem praias. A obraconstitui um primor gráfico, enrique-cido com imagens ilustrativas deMarcelo Drummond e MarconiDrummond. Confessional, a obraajuda a dar sentido à vida da autorae estimula a intenção investigativado leitor.

Fábio Lucas é escritor, críticoliterário e membro da Academia

Paulista de Letras e daAcademia Mineira de Letras.

divulgação

Maria Lúcia Simões

O rio São Francisco está secando.É o que acredita Dom Luiz Flávio Cappio, bispo de Barra (a 545 km

de Salvador), que ganhou fama internacional quando, em 2005 e 2007,realizou jejuns cobrando do governo federal empenho na revitalização detoda a bacia hidrográfica.

“É com muita tristeza que vejo o rio São Francisco secando”, afir-mou.

Noticia-se que a nascente do rio, em Minas Gerais, secou – processoque se estende à foz.

“Não se preocupam com a vida do rio”, complementa – como lembramatéria de Miriam Hermes –-, salientando que a nascente do São Francis-co que secou na Serra da Canastra (MG), só foi notícia porque é a maisfamosa.

“Muitas outras que formam esta bacia secaram antes”, insiste o pre-lado.

Para ele, a falta de chuvas é apenas um dos fatores dessa situação.O bispo Cappio disse que se sente como São João no deserto, “pre-

gando para surdos”.Para que não se chegue a um ponto em volta, “é preciso conter o

avanço desenfreado de projetos econômicos e consequentedesmatamento, para garantir a recarga dos aquíferos e a vida dos rios”.

Para o bispo, as futuras gerações vão nos culpar pela sede que sen-tirão.

E continuaremos pregando. Nem que seja no deserto (para os sur-dos, para os que não escutam os gritos da natureza, para os alienados,para os mercantilistas, para todos os que só pensam em cobiça, e paraos só querem destruir a natureza).

Não é, Dom Luiz Flávio Cappio?

MORRE O “VELHO CHICO”?Emanuel Medeiros Vieira

Emanuel Medeiros Vieira é escritor, poeta e crítico literário.

divulgação

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Página 6 - janeiro de 2015

Meu amigo Aloísio Alvesmerecia um réquiemou nênia para o seu

passamento. Mas sei que detesta-ria tanta empolgação. Ele só se con-siderava um repentista cearense,amador. Conhecia tudo de Patativado Assaré, de cego Aderaldo, dasbravatas dos violeiros e repentes doNordeste. Amava a poesia populare a graúda, as músicas caprichadasde Luiz Gonzaga, Adelino Moreira,Ataulfo, ah! e Adoniran.

Quando me telefonava, antesde dizer “Alô!” já mandava um im-proviso: “Meu caro amigo, Djalma/hoje o dia já me irrita/ vou tomar umabirita/ pra consertar a minha alma.”E aí vinha o papo paulistano: “Pô!Meu cabra, precisamos nos encon-trar, levar aqueles assuntos com-pridos.” Porém, como sempre ocor-re em São Paulo, nunca dava cer-to.

Trabalhamos juntos por maisde dez anos. Se não houvesse au-diência na Justiça, infalivelmente, nahora do almoço, íamos para obotecos da redondeza do Largo doArouche e, por trás de uma caipiri-nha e tira-gosto, falávamos de lite-ratura, de cordel, de música popu-lar. Às vezes, frequentamos o res-taurante “Gato que Ri”, ali em fren-te a Academia Paulista de Letras e,quase sempre, lá estava um freguêsfamoso: Adoniran Barbosa. Porduas vezes, sentamos com ele àmesa e nos regalamos com ummonte de indagações. Adoniran nos

RÉQUIEM PARA ALOÍSIO Djalma Allegro

respondia com sua grosseria usu-al, mas, cheia de graça. Aloísio oamava, sabia todo o seu repertóriode mais de cem músicas, desdeSaudosa Maloca até Torresmo àMilanesa.

Agora Aloísio não está maisconosco. Fui visitá-lo por duas ve-zes no hospital alemão e ali,pertinho da morte, ainda demos al-gumas risadas e lembrávamos dosseus repentes, quase em colóquio,sem que sua mulher, a filha e seufilho nos ouvissem. Morreu no últi-mo dia de 2014, não querendoagravar o Ano Novo.

Entanto, em seu resto de vida,lembrávamos que no fim de novem-bro de 1982, Aloísio entrou, silenci-osamente, em minha sala e colo-cou um papel dobrado na mesa.Após atender a um cliente todocheio de dramas, abri a papeleta eli, estarrecido com a notícia e ma-ravilhado com o poeta:

“Foi numa triste manhãQue o rádio anunciou:Morreu o Adoniran... e o ‘Gato que Ri’, chorou...”

De bandeira azul e vermelha,eles chegaram e se apossaramda Terra Prometida.Roubaram a paze nunca mais foram embora.

Roubar a pátria dos outros,um ataque suicidacom início, meio,nunca tem fim,incalculável no ábaco.

Tirar os sapatos,lavar os pés,limpara a alma,entrar na Mesquita,falar com Alá.Ser Deus por um dia.

Sonho perfeito:Amar o próximo como a si mesmo.Homem, bicho,não importa gênero,sexo, raça, espécie.Sonho mais que perfeito:Amar a Deus sobretodas as coisasque nunca foram coisas.

Os poderosos do Ocidente,parentes do catchup,mataram sem piedadeos filhos do shoyo.Furtaram os sete véus da odalisca,sufocaram o som do derbacke violentaram o canto do alaúde.

Terrorismo, sabor de mashmallow.Haha, gosto de infância.

Deserto ermo,estátua da liberdadedeixando marcasentre grãos de areia.Meninas órfãs,escondidas atrás da burca,plantam sonhos.Não colhem ilusões,apenas frutos vermelhosdo adeus dos seus pais.

Era uma criança valente,não tinha medo de nada.Quando escutava bombas,ecoando no assoalho,cobria a cabeça com o lençole sonhava, sonhava, sonhava...

Djalma Allegro é poeta, contista,advogado e diretor da UBE.

Canto do AlaúdeRosani Abou Adal

Rosani Abou Adal é escritora, poeta, jornalista e vice-presidentedo Sindicato dos Escritores no Estado de São Paulo.

divulgação

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Alaúde

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Livros

Após estudos acerca de Carapicuíba, Cotia,Vargem Grande Paulista, Ibiúna e Caucaia do Alto, oescritor João Barcellos debruçou-se sobre a GranjaVianna, uma região na área urbana de Cotia que cha-ma a atenção pela história própria desde o Portinho[fluvial] de Carapicuíba à engenhosidade urbana deNiso Vianna...

No meio de tais estudos está Afonso Sardinha -o Velho [Portugal, Séc. 16 – Pico do Jaraguá / Brasil,1614], o poderoso vereador da Câmara paulista, senhorde navio negreiro, de minas de ouro e prata [Jaraguá eAraçariguama] e ferro [Araçoiaba], dono de Ybitátá[Butantã], Pico do Jaraguá e Carapocuyba, etc. e etc.,personagem estudado por João Barcellos durante cerca de 30 anos eque, para a história de Granja Vianna tem tudo a ver, porque o territóriogranjeiro nasceu das terras carapicuibanas inseridas na sesmariado ´velho´ Sardinha. Pela importância e aferição historiográfica, o autoranexou ao livro o ensaio Gente de Serr´Acima, no qual pormenoriza acolonização gizada na linha luso-católica.

Eis a história granjeira que João Barcellos fixa, agora, no livroque revela, ainda, a importância da região no desenvolvimentosocioeconômico e industrial da municipalidade de Cotia e da Grande SãoPaulo.

Centro de Estudos do Humanismo Crítico [Portugal & América Latina] -TerraNova Comunic & Ed Edicon

Contatos c/ escritor: [email protected]

GRANJA VIANNA - O Livro

5ª Concurso Internacional de Contos Vicente Cardoso, promovidopela Prefeitura Municipal de Santa Rosa, através da Secretaria Municipalde Cultura e Turismo, e Associação Santa-Rosense de Escritores (ASES-RS), está com inscrições abertas até o dia 15 de fevereiro. O tema élivre. Os contos inéditos, de ficção científica ou de aspecto fortementefantástico, em língua portuguesa, deverão ser digitados em fonte Arial,tamanho 12, espaçamento simples, justificado, com no máximo 6 páginasA4 e com margens de 2,5 cm. Os trabalhos poderão ser enviados [email protected]. Assunto: ConcursoInternacional de Contos Vicente Cardoso. É obrigatório o uso depseudônimo. Premiação: diploma e exemplares da antologia. A coletâneaserá lançada na 11ª Feira do Livro de Santa Rosa. Regulamento:www.concursodecontosvicentecardoso.blogspot.com.br/

2° Concurso Internacional de Literatura da ALACIB, promovidopela Academia de Letras, Artes e Ciências Brasil, está com inscriçõesabertas até o dia 20 de fevereiro. Categorias: Infantil, Juvenil e Adulto. Osinteressados poderão inscrever uma Crônica (3 laudas) ou uma Poesia(2 laudas), inéditas, com tema livre. É obrigatório o uso de pseudônimo.Os trabalhos deverão ser enviados para [email protected]ção: certificados, medalhas e livros da Editora Aldrava Letras eArtes. Regulamento: http://www.jornalaldrava.com.br/index_abertura.htmInformações: [email protected].

Prémio Internacional Books&Movies, promovido pela Academiade Letras, Artes e Ciências Brasil e Câmara Municipal de Alcobaça, estácom inscrições abertas até o dia 31 de março para a modalidade do roteiroescrito, com o tema “Dê Lugar ao Amor”. Os interessados poderãoinscrever textos inéditos, em português ou inglês, com no máximo 100páginas (incluindo ilustrações e fotografias), em três vias, papel A4 e umacópia em CD, DVD ou Pen-drive. Premiação: € 5.000 (cinco mil Euros).

Prémio Internacional Books&Movies - Município de Alcobaça - PraçaJoão de Deus Ramos - 2461-501 - Alcobaça - Portugal. http://www.cm-alcobaca.pt/pt/noticias/1849/premio-internacional-booksmovies.aspx

Concursos

Revisão - Aulas Particulares

Profa. Sonia Adal da Costa

Tel.: (11) 2796-5716 - [email protected]

Rainhas da Antiguidade - Elisa, Cleópatra,Zenóbia (ensaio histórico), de Dirce LorimierFernandes, Editora LetraSelvagem, São José dosCampos, SP, 160 páginas.

ISBN: 978- 85-61123-15-4.A autora é escritora, professora, crítica lite-

rária, membro do júri da Associação Paulista deCríticos de Arte e doutora em História Social pelaUnivesidade de São Paulo.

A obra se detém sobre três mulheres quemarcaram a História por sua sagacidade e inteli-gência.

São três mulheres que alcançaram desta-que social e poder num tempo em que a mulherera subalterna, objeto e possessão apenas.

LetraSelvagem: www.letraselvagem.com.br

A Metáfora do Sol, - Ensaios da CríticaDialética, de Dimas Macedo, 5ª edição, EdiçõesPoetaria, Fortaleza, CE, 148 páginas.

ISBN: 978-85-420-0419-9O projeto gráfico e a capa são de Enéas Luiz.O autor é escritor, poeta, jurista, crítico literá-

rio, historiador, Mestre e Livre Docente em Direi-to, professor da UFC, membro da Academia deCiências Sociais do Ceará e da AcademiaCearense de Letras.

A obra reúne ensaios, escritos entre 1984 e1989, inéditos e publicados nos suplementos decultura de O Povo e Diário do Nordeste, e na re-vista Aspectos, de Fortaleza.

Expressão Gráfica e Editora:www.expressaografica.com.br

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Prof. Sonia

Notícias

Indicador Profissional

Pedro Paulo Filho, escritor eadvogado, faleceu no dia 15 de no-vembro de 2014, em Campos doJordão (SP). Exerceu os cargos depresidente da Academia de Letrasde Campos do Jordão, em váriasgestões, de presidente do ConselhoMunicipal de Cultura (2003), de mem-bro da Comissão de Resgate daMemória da Seccional, da Subseçãoda OAB de Campos do Jordão, en-tre outros. Foi Membro da Academiade Letras de Campos do Jordão, daAcademia Pindamonhangabense deLetras, membro correspondente doInstituto Histórico e Geográfico deSão Paulo, entre outras entidades.Autor de História deCampos do Jordão,Campos do Jordão, OBacharelismo Brasileiro -Da Colônia à República,Famosos Rábulas noDireito Brasileiro, entreoutras obras.

Ariano Suassunaé homenageado pelaCAIXA Cultural com ciclode filmes e com a expo-sição de fotografias O Decifrador, deAlexandre Nóbrega, de 17 de janei-ro a 22 de fevereiro, das 9 às 19 ho-ras, na Praça da Sé, 111, em SãoPaulo. A exibição de filmes de mé-dia e longa metragem de adaptaçõesde obras literárias de Ariano edocumentários sobre o escritor, suavida e sua obra estão em cartaz atéo dia 8 de fevereiro. O valor do in-gresso é R$ 1,00.

Academia Paraibana de Le-tras comemorou os 25 anos da IdeiaEditora, que é dirigida pelo Dr. Mag-no Nicolau, no dia 4 de dezembro.

Alcides Maia (1878-1944),natural do Rio Grande do Sul, escri-tor brasileiro, jornalista, político,membro da Academia Brasileira deLetras e autor do romance Ruínasvivas, está na lista de autores cujasobras entram em domínio público em2015.

Ricardo Bezerrapresidiu a Sessão de Pos-se da nova Diretoria daFundação Fortaleza deSanta Catarina, realizadano dia 19 de dezembro,na Cidade de Cabedelo(PB), na condição de Pre-sidente da APLJ e deinstituidor em 1992 da re-ferida instituição. OsvaldoCarvalho foi empossado

presidente e Ricardo Bezerra comovice.

Cid Gomes, Ex-Governador doCeará, é novo Ministro da Educação.Assumiu o cargo no dia 2 de janeiro.

A Câmara Brasileira do Livroestá com inscrições abertas, parainscrever chapas para as eleições,até o dia 27 de janeiro. As eleiçõesde Diretoria, para o biênio 2015/2017, serão realizadas no dia 26 defevereiro em Assembleia Geral Ordi-nária a ser convocada. A ComissãoEleitoral é composta por CarlosTaufik Haddad, Cosmo Juvela e IsisValéria Gomes. [email protected].

Juca Ferreira foi empossadoMinistro da Cultura no dia 12 de ja-neiro, no Teatro Funarte Plínio Mar-cos, em Brasília. Ele recebeu o car-go da ministra interina Ana CristinaWanzeler. Terá como metas aprimo-rar o sistema de financiamento dacultura, modernizar a legislação dedireitos autorais, buscar a aprovaçãoda PEC da Cultura, reforçar parceri-as culturais com outros países, criaruma política nacional para as artese ampliar o acesso aos bens cultu-rais via ambiente digital.

Gilberto Alves da Silva, ge-rente de marketing do Grupo Ibmec,com o pseudônimo Gilberto Asil, lan-çou Proibições Permitidas, ou não...,pela KDP da Amazon.

Marco Lucchesi, acadêmico,ensaísta, professor e tradutor, lan-çou o livro de poemas Clio, pela Edi-tora Globo.

Gabriel Chalita, deputadofederal (PMDB-SP), tomou pos-se no dia 15 de janeiro como Se-cretário da Educação do Municí-pio de São Paulo.

Gabriel Chalita é o novopresidente da Academia Paulistade Letras. A solenidade de pos-se da nova diretoria, para obiênio 2015/2016, foi realizadano dia 11 de dezembro, no almo-ço de confraternização. Secretá-rio-Geral: Antonio Penteado Men-donça; 1ª Secretária: Anna MariaMartins; 2º Secretário: José Re-nato Nalini; 1º Tesoureiro: RaulCutait; 2º Tesoureiro: D.Fernando Antonio Figueiredo; Co-missão de Contas: José Pastore;Comissão de Biblioteca: JoséFernando Mafra Carbonieri; Comis-são de Publicação: Eros Grau; e Co-missão de Lexicografia: Ives Gandrada Silva Martins.

A Rebra lançou Assim Escre-vem as Brasileiras, obra organizadapela presidente Joyce Cavalccante,pela Scortecci Editora. É a décimaquarta antologia chancelada pelaREBRA – Rede de Escritoras Brasi-leiras.

Julio Cesar MonteiroMartins, professor universitário,advogado de direitos humanos eescritor brasileiro radicado na Itáliahá 20 anos, faleceu no dia 24 dedezembro de 2014, em Lucca, Itá-lia. É autor de Torpalium, A Oestede Nada e O Espaço Imaginário.

A Agência Wylie (The WylieAgency), com escritórios em NovaIorque e Londres, será responsávelpela representação internacional daobra de José Saramago. A notíciafoi divulgada no site da FundaçãoJosé Saramago.

Maria de Lourdes Alba lançaMelodia Íntima no dia 27 de janeiro,das 18h30 às 21h30, na LivrariaMartins Fontes, Av. Paulista, 590, pisotérreo, próximo à estação Brigadeirodo metrô.

O Registro de Obras terá novosoftware e o usuário deverá fazercadastro para acessá-lo. O registro,disponibilizado pelo Escritórios deDireitos Autorais da Fundação Bibli-oteca Nacional, permite o reconhe-cimento da autoria, especifica direi-tos morais e patrimoniais e estabele-ce prazos de proteção tanto para otitular quanto para seus sucessores.O registro de direitos autorais da Bi-blioteca Nacional existe desde 1898.Através do registro de obras intelec-tuais, de acordo com a Lei nº 9.610/98, o registro de direitos autorais tempor finalidade dar ao autor seguran-ça quanto ao direito de criação so-bre sua obra. O EDA também rece-be o depósito legal das obrasregistradas com o objetivo de contri-buir para a guarda e a difusão da pro-dução intelectual brasileira.www.bn.br/eda e

Gabriel Chalita

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Juca Ferreira

Pedro Paulo Filho

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