P curricular dos 2 anos borboletas

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CENTRO BEM ESTAR INFANTIL DE MONTE REAL PROJECTO CURRICULAR DE SALA SALA DOS DOIS ANOS AS BORBOLETAS ANO LECTIVO 2009 / 2010

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CENTRO BEM ESTAR INFANTIL DE MONTE

REAL

PROJECTO CURRICULAR DE SALA

SALA DOS DOIS ANOS

AS BORBOLETAS

ANO LECTIVO 2009 / 2010

MARIA DE LURDES VALENTIM GERARDO

INDICE

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1. INTRODUÇÃO

2. CARACTERÍSTICAS DAS CRIANÇAS DOS 2 AOS 3 ANOS

3. CARACTERIZAÇÃO DO GRUPO

4. CARACTERIZAÇÃO DA SALA DOS 2 ANOS

5. ROTINA DIÁRIA DA SALA

6. OS MOMENTOS DA ROTINA

7. OBJECTIVOS GERAIS

8. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

9. ÁREA DE FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL –

10.OBJECTIVOS ESPECIFICOS

11.PROCEDIMENTOS/ ACTIVIDADES

12.ÁREA DO CONHECIMENTO DO MUNDO

13.OBJECTIVOS ESPECIFICOS

14.PROCEDIMENTOS/ ACTIVIDADES

15.ÁREA DE EXPRESSÃO E COMUNICAÇÃO

16.OBJECTIVOS ESPECIFICOS

17.PROCEDIMENTOS E ACTIVIDADES

18.DOMÍNIO DA EXPRESSÃO DRAMÁTICA

19.PROCEDIMENTOS/ACTIVIDADES

20.DOMÍNIO DA EXPRESSÃO PLÁSTICA

21.PROCEDIMENTOS / ACTIVIDADES

22.DOMÍNIO DA EXPRESSÃO MUSICAL

23.PROCEDIMENTOS/ ACTIVIDADES

24. DOMÍNIO DA MATEMÁTICA

25.PROCEDIMENTOS/ ACTIVIDADES

26. DOMÍNIO DA LINGUAGEM ORAL

27.PROCEDIMENTOS E ACTIVIDADES

28. EDUCAR PARA A CIDADANIA

29.EDUCAR PARA A AUTONOMIA

30. EDUCAR PARA OS VALORES:

31. PLANO ANUAL DE ACTIVIDADE

32.PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJECTO PEDAGÓGICO

CONCLUSÃO

BILIOGRAFIA

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1 - INTRODUÇÃO

O Projecto curricular de sala é uma proposta educativa. para dar resposta à

educação das crianças, às necessidades dos pais e características da comunidade.

Através do projecto educativo procuramos explicitar, de forma coerente valores e

intenções educativas, formas previstas para concretizar esses valores e intenções

(estratégias globais, horários, actividades colectivas, etc.) e os meios da sua

realização .

“O projecto do educador é um projecto educativo/pedagógico que diz

respeito ao grupo e contempla as opções e intenções educativas do educador e

as formas como prevê orientar as oportunidades de desenvolvimento e

aprendizagem de um grupo. Este projecto adapta-se às características de cada

grupo, enquadra as iniciativas das crianças, os seus projectos individuais, de

pequeno grupo ou de todo o grupo” ( orientações curriculares ,Ministério da

Educação, 1997:p.44).

Os adultos têm um papel vital na sociabilização dos bebés até aos três anos.

Relações calorosas entre o adulto e as crianças ajudam – nas a ganhar uma

sensação de confiança no mundo e em si própria e ainda a ganhar sentimentos de

competência.. Durante os 3 primeiros anos de vida se forem dadas às crianças as

condições óptimas , elas vão adquirindo competências importantes sobretudo ao

nível da linguagem, é por meio de uma troca de sons com o adulto que a criança

associará uma palavra a um objecto, para depois estruturar a palavra e finalmente

chegar à linguagem.

As informações facultadas às crianças devem ser de toda a espécie.

Nomeadamente, cores, formas, movimentos, palavras, sentimentos. Assim através de

meios e materiais adequados à sua faixa etária serão facultadas ao grupo de

crianças actividades estratégias de modo a desenvolver-lhes as suas

potencialidades. Nomeadamente: Organização física do espaço , sala de actividades,

materiais diversos, actividades propostas diariamente, bem como oportunidade de se

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exprimirem livremente. Nesse sentido ,o Projecto Curricular de sala representa o

conjunto de objectivos a atingir, ao longo do ano lectivo.

A forma de alcançar estes objectivos será através das rotinas diárias (refeições,

higiene, …), dos momentos de brincadeiras livres e ainda pelas actividades orientadas

pela educadora.

Estes objectivos estão organizados em três grandes áreas de desenvolvimento,

definidas pelas ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO NO PRÉ-

ESCOLAR, e que ajudam o educador a orientar o seu trabalho. São elas: a Área do

Conhecimento do Mundo, a Área da Formação Social e Pessoal e a Área de

Expressão e Comunicação.

“As Orientações curriculares para a educação no pré-escolar (…)

constituem um conjunto de princípios destinados a apoiar os educadores nas

decisões sobre a sua prática, ou seja, a conduzir o processo educativo a desenvolver

com as crianças.

Os referidos princípios constituem uma referência comum para todos os

educadores da Rede Nacional de Educação Pré-Escolar, destinando-se à

organização da componente educativa…

O desenvolvimento curricular é da responsabilidade do educador. É ele o

principal gestor do currículo…

Estamos conscientes de que a metodologia na Educação Pré-Escolar não

deve adoptar os princípios rígidos do ensino formal, mas também não pode

sujeitar - se ao mero improviso, nem à atitude de deixar que as coisas simplesmente

aconteçam.

Na planificação não deverão ser ignorados os seguintes aspectos:

1. Continuidade educativa, processo que parte do que as crianças já

sabem e aprenderam, criando condições para o sucesso nas aprendizagens

seguintes;

2. Intencionalidade educativa, processo reflexivo de observação,

planeamento, acção e avaliação desenvolvido pelo educador, de formar a

adequar a sua prática às necessidades da criança…

Por outro lado, a planificação deve ser entendida como uma actividade conjunta

entre o educador, pais e crianças, deverá ter em consideração o resultado da

observação de cada criança e do grupo, no sentido de permitir uma diferenciação

pedagógica e de garantir a adequação do trabalho a realizar ao grupo das crianças

envolvidas.

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2- CARACTERÍSTICAS DAS CRIANÇAS DOS 2 AOS 3 ANOS

- Desenvolvimento Físico

• À medida que o seu equilíbrio e coordenação aumentam, a criança é capaz de saltar,

andar ao pé-coxinho ou saltar de um pé para o outro quando está a correr ou a andar;

• É mais fácil manipular e utilizar objectos com as mãos, como um lápis de cor para

desenhar ou uma colher para comer sozinha;

• Começa gradualmente a controlar os esfíncteres (primeiro os intestinos e depois a

bexiga);

- Desenvolvimento Intelectual

• Fase de grande curiosidade, sendo muito frequente a pergunta "Porquê?";

• À medida que se desenvolvem as suas competências linguísticas, a criança começa

a exprimir-se de outras formas, que não apenas a exploração física - trata-se de juntar

as competências físicas e de linguagem (por ex., quando faço isto, acontece aquilo), o

que ajuda ao seu desenvolvimento cognitivo;

• É capaz de produzir regularmente frases de 3 e 4 palavras. A partir dos 32 meses, é

já capaz de conversar com um adulto usando frases curtas e de continuar a falar sobre

um assunto por um breve período;

• Desenvolvimento da consciência de si: a criança pode referir-se a si própria como

"eu" e pode conseguir descrever-se por frases simples, como "tenho fome";

• A memória e a capacidade de concentração aumentaram (a criança é capaz de voltar

a uma actividade que tinha interrompido, mantendo-se concentrada nela por períodos

de tempo mais longos);

• A criança está a começar a formar imagens mentais das coisas, o que a leva à

compreensão dos conceitos - progressivamente, e com a ajuda dos pais, vai sendo

capaz de compreender conceitos como dentro e fora, cima e baixo;

• Por volta dos 32 meses, começa a apreender o conceito de sequências numéricas

simples e de diferentes categorias (por ex., é capaz de contar até 10 e de formar

grupos de objectos - 10 animais de plástico podem ser 3 vacas, 5 porcos e 3 cavalos);

- Desenvolvimento Social

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• A mãe é ainda uma figura muito importante para a segurança da criança, não

gostando de estranhos. A partir dos 32 meses, a criança já deve reagir melhor quando

é separada da mãe, para ficar à guarda de outra pessoa, embora algumas crianças

consigam este progresso com menos ansiedade do que outras;

• Imita e tenta participar nos comportamentos dos adultos: por ex., lavar a loiça,

maquilhar-se, etc.;

• É capaz de participar em actividades com outras crianças, como por exemplo ouvir

histórias;

- Desenvolvimento Emocional

• Inicialmente o leque de emoções é vasto, desde o puro prazer até à raiva frustrada.

Embora a capacidade de exprimir livremente as emoções seja considerada saudável, a

crianças necessitará de aprender a lidar com as suas emoções e de saber que

sentimentos são adequados, o que requer prática e ajuda dos pais;

• Nesta fase, as birras são uma das formas mais comuns da criança chamar a

atenção, podem dever-se a mudanças ou a acontecimentos, ou ainda a uma resposta

aprendida (as birras costumam estar relacionadas com a frustração da criança e com a

sua incapacidade de comunicar de forma eficaz);

Após os 2 anos a criança começa a descobrir o prazer em brincar com o outro.

O egocentrismo começa a sair de cena e então começa o processo de socialização ,

Até os 2 anos e ½ a criança assimila centenas de palavras em pouco tempo.

Já é capaz de construir frases simples completas. Reconhece cores e formas.

Compreende perfeitamente o significado da palavra "NÃO". Classifica formas, cores e

espessuras.

idade: 3 a 4 anos

- Encontra livro específico, quando lhe pedem

- Aponta para figuras simples, quando nomeadas.

- Combina texturas.

- Utiliza molde.

- Corta com tesoura.

- Aponta para 10 partes do corpo seguindo uma

ordem verbal.

- Diz quais os objectos que se usam juntam,

por imitação.

- Junta 2 partes para formar um todo (figuras).

-Combina um a um, três ou mais objectos.

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- Constrói uma ponte com cubos, imitando.

- Junta quebra-cabeças de 3 peças.

- Pega o lápis entre o polegar e o indicador, descansando o 3º dedo.

- Copia linha ondulada.

- Desenha uma cruz, imitando.

- Acrescenta perna e ou braço ao desenho incompleto de uma pessoa.

-Fase lúdica e predomínio do pensamento mágico;

-Aumenta, rapidamente, seu vocabulário;

-Faz muitas perguntas. Quer saber "como" e "por quê ?";

-Egocentrismo - narcisismo;

-Não diferenciação entre a realidade externa e os produtos da fantasia infantil; ( até aos

6 anos)

-Desenvolvimento do sentido do "eu";

-Tem mais noção de limites (meu/teu/nosso/certo/errado);

-Tempo não tem significação - não há passado nem futuro, a vida é o momento

presente;

-Consolidação da linguagem, onde as palavras devem corresponder às figuras;

-Para Piaget, etapa animista, pois todas as coisas são dotadas de vida e vontade;

- elemento maravilhoso começa a despertar interesse na criança.

Nesta fase, é preciso ter bastante disponibilidade para responder a todos os

questionamentos da criança - Como? Quando? E a preferida: Por quê? - Apesar da

linguagem ainda estar em desenvolvimento, o seu vocabulário já é bastante extenso.

Consegue comunicar-se com perfeição. A sua coordenação fina está mais segura. É

nesta fase que a lateralidade (destra ou canhota) normalmente se define.

3- DOS 2 AOS 3 ANOS sinais de alerta

• Adaptabilidade excessiva: retirada, passividade;

• Medo excessivo;

• Falta de interesse pelos objectos, pelo meio ou pelo jogo;

• Alterações de humor excessivas, bater ou morder de forma incontrolável;

• Birras prolongadas, com muito pouca tolerância aos limites impostos pelas

figuras cuidadoras;

• "Consciência de si" muito frágil, que se pode traduzir na: Dificuldade de tomar

decisões:

• Aceitação passiva das imposições dos outros;

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• Incapacidade de se identificar como "eu";

• Atraso significativo ao nível da linguagem: por exemplo, não é capaz de

produzir frases simples (3, 4 palavras);

• Sono:

• Dificuldade em adormecer sozinho;

• Insónias.

4- CARACTERIZAÇÃO DO GRUPO

O grupo da sala dos 2 anos é constituído por 20 crianças, sendo 9 do sexo

feminino e 11 do sexo masculino, em que 17 destas crianças já frequentaram o

Infantário no ano anterior e 3 pela primeira vez.

É um grupo bastante activo e heterogéneo em idades, uma vez que as crianças

mais nova fazem 2 anos em Dezembro e as mais velhas faz 3 anos no início do ano,

em Janeiro .

A nível do domínio Cognitivo, as crianças da sala, encontram-se no estádio

pré-operacional, que compreende crianças desde os 2 até aos 7 anos, e é marcada

pela modalidade simbólica.

Por exemplo, a linguagem é a forma mais comum de representação simbólica:

as palavras representam objectos e eventos que não têm semelhança física.

Os desenhos das crianças desta idade caracterizam-se pela garatuja em leque e

em novelo. Quando completarem três anos as crianças começam a fazer as suas

representações através do girino, isto quer dizer que passaram a entrar na fase

Ideoplástica, e é a partir da figura humana que as crianças irão pintar casas, animais,

flores, etc.

A maior parte das crianças do grupo gosta de imitar os adultos, os sons,

experimentar e dizer muitas palavras diferentes; sendo esta uma aprendizagem

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intuitiva. Este tipo de aprendizagem permite à criança fazer associações livres,

fantasias e ser criativa; não sendo de admirar que estas falem com as bonecas como

se fossem reais ou mesmo que criem os seus amigos imaginários.

È possível constatar que entre as crianças são patentes laços de amizade que

se vão reforçando e que sobressaem nas relações que se estabelecem na dinâmica

da sala. No entanto, denota-se no modo como agem e/ou reagem, que são crianças

egocêntricas, muito ligadas ao seu "Eu" (o que é natural nesta fase de

desenvolvimento).

É um grupo de crianças muito espontâneas, que têm diferentes formas de

demonstrarem os seus sentimentos. Riem intensamente se algo lhes agrada muito ou,

rapidamente choram, ou fazem birras se algo lhes desagrada, ou não corresponde à

sua vontade momentânea. É um grupo que reclama muita atenção dos adultos

necessitando de se sentir aceite.

Aos dois anos existe uma maior capacidade de armazenamento de memória. A

maioria das crianças fixam pequenas canções, lenga-lengas, sabem os nomes uns

dos outros, normalmente sabem quem falta e o nome dessas crianças.

Aos poucos e poucos já conseguem perceber as rotinas diárias e a distinção das

partes do dia.

No que diz respeito ao domínio da linguagem, a maior parte das crianças

deste grupo gosta de comunicar: dirigem-se espontaneamente aos adultos da sala,

colegas e a uma pessoa que veja pela primeira vez, estabelecendo diálogo ou então

pedindo para chamar pela "mamã".

Compreendem o que se lhes diz e executam ordens ou pedidos, mas na

verbalização, apresentam algumas dificuldades.

É inútil corrigir a criança e exigir a perfeição quando esta se expressa

incorrectamente; basta dizer correctamente depois dela. Designam-se, na maioria dos

casos na terceira pessoa ("o João" em vez de "eu"), o que próprio desta idade.

Relativamente ao domínio Sócio – Afectivo, Neste grupo de crianças o controlo

dos esfíncteres já aconteceu com as crianças mais velhas, no entanto as mais novas

ainda não o conseguem, devido à diferença da faixa etária.

A forma como as crianças se relacionam é por vezes de maneira agressiva:

querem um lugar para o seu EU. Quando não conseguem o que querem (um

brinquedo) batem ou tiram à força, para de seguida dar um beijo ao agredido. Esta

agressividade é um processo de crescimento. O jogo do faz de conta já começa a

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aparecer nas brincadeiras na área da casinha. As crianças deste grupo são

afectuosas e buscam afecto com frequência, pedindo colo.

Ao nível do domínio Psicomotor, são crianças muito activas e gostam e tudo o

que implica movimento, correm, saltam, sobem e descem escadas.

Na área do desenho pude constatar que as crianças seguram no lápis perto da

extremidade e enquanto umas fazem força outras carregam muito suavemente no

lápis. Ainda durante o desenho pude constatar que há crianças que comentam as

suas garatujas. Esta atitude é muito significativa, pois é, indício de que o pensamento

da criança mudou.

As palavras são o seu instrumento para explorar e compreender o Mundo

circundante; o vocabulário é cada vez mais variado e expressivo. Nesta idade, a

criança dá inicio à exploração e descoberta do mundo que a rodeia, no sentido de que

se apercebe da sequência dos acontecimentos, apreende as noções e conceitos de

grandeza, classe, gradação, cores.

É também nesta idade que começam a adquirir já uma certa independência

alguns vão sozinhos à casa de banho (solicitando ajuda somente quando o botão das

calças é difícil de apertar ou desapertar). Lavam e secam as mãos nos toalhetes de

papel mas normalmente são supervisionados

No almoço, quando terminam, arrancam a babete de papel e ficam radiantes

quando o conseguem fazer. A maior parte das crianças utilizam correctamente a

colher.

Demonstram também grande interesse por puzzles e jogos de encaixe. A água é

sem dúvida um elemento que origina muitas alegrias. A maior parte das crianças

quando vão à casa-de-banho dirigem-se logo para os lavatórios e brincam com a

água. Se os deixarmos ficavam ali tempo infinito. "A água permite o chafurdar, as

lavagens, os mergulhos, o ensaboar-se, os banhos da boneca, etc."

(BOUFFARD,1982: 178). A água e a lavagem excitam-lhe a curiosidade.

No que diz respeito ao esquema corporal, a maior parte das crianças conhecem as

partes do corpo. Nomeiam-nas e/ou apontam: cabelo, cara, olhos, nariz, boca, orelhas,

barriga, maminhas, pernas, braços, pés, mãos.

Quanto ao domínio sensorial, nota-se uma gradual aprendizagem em

distinguir: tamanhos - grande/pequeno; cheiros - bons/maus; sons - altos/baixos.

Em relação à estruturação espacial, conhecem relativamente bem o espaço em

que se movimentam; vão buscar material que necessitam; sabem qual o trajecto para

o refeitório.

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É um grupo de crianças muito activo, Gostam de correr, saltar, jogar, rebolar,...

são crianças cheias de energia, pelo que as actividades motoras são planeadas de

uma forma lúdica e constante

É a brincar, só ou em grupo, que a criança aprende, liberta tensões, canaliza

conflitos, convive e partilha actividades e interesses.

Gostam também de cantar, ouvir pequenas histórias, cheias de entoações e de

sons.

O trabalho será orientado no sentido da auto-regulação das crianças e

desenvolvido tendo em atenção as características de cada uma, estimulando assim

uma maior autonomia, criatividade e confiança em si mesmas.

5 - CARACTERIZAÇÃO DA SALA DOS 2 ANOS

“Necessitamos de um ambiente sadio e seguro que encoraje

interacções positivas e que desperte nas crianças o desejo de explorar...”

(Cryer, 1996)

Há diferentes factores que influenciam o modo próprio de funcionamento de um

grupo, tais como: as características de cada criança, o maior ou menor número de

crianças de cada sexo, a diversidade de idades, a dimensão do grupo e para além

destes factores podemos, igualmente, apontar a organização do tempo e do espaço.

A sala dos dois anos é acompanhada por uma educadora e uma auxiliar.

A sala de actividades dos dois anos é a “Sala das borboletas”, nome escolhido

para o grupo no ano anterior. Situa-se no 1º andar do edifício do Centro Bem-Estar

Infantil de Monte Real. É uma sala ampla e bem iluminada com luz natural vinda das

três janelas envidraçadas. O chão é forrado a linóleo e de limpeza fácil. Como é uma

sala virada ao sol, torna-se quente na época de calor e agradável na época de frio.

No que respeita á decoração da sala, procura-se que proporcione um ambiente

agradável e alegre, integrando trabalhos realizados pelas crianças e vários motivos

decorativos realizados pela educadora. Está equipada com materiais e mobiliário

adequado à faixa etária das crianças, procurando satisfazer as necessidades do grupo.

A sala encontra-se dividida, de uma forma pouco estanque, em áreas de

interesse: área das actividades do grande grupo (almofadas),área dos jogos . área do

jogo simbólico (casinha) e área das mesas.

A área das actividades do grande grupo ou a área das almofadas é o local

escolhido para conversar, ouvir histórias e ver livros.

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Na área dos jogos as crianças podem fazer construções com legos, executar

pequenos puzzles ou jogos de encaixe.

A área do jogo simbólico permite às crianças iniciar as dramatizações, nas

quais imitam o mundo dos crescidos e recriam experiências vividas dentro e fora do

infantário.

Na área das mesas as crianças exploram a expressão plástica e todo o tipo

de actividades que requeiram que permaneça sentada à mesa. No entanto, nada

impede que ao longo do ano lectivo surjam outras áreas ou sub-áreas, cujo interesse

se manifeste no grupo de crianças

À hora da sesta, a sala é escurecida e transforma-se em dormitório para

acolher o grupo de crianças durante o seu repouso. Cada criança tem o seu colchão e

cobertor devidamente identificados, e estes são distribuídos (sempre pela mesma

ordem) pelo chão da sala, enquanto as crianças almoçam. Nos corredores de acesso

à sala de actividades, estão expostos os cabides devidamente identificados com

símbolo representado por uma borboleta, diferente para cada criança, que transitou

do ano anterior e nome de cada criança,.

Existem também duas casas de banho – equipados respectivamente com 2

lava mãos a outra com 4 e ainda 3 sanitários cada casa de banho. adequados às

idades das crianças. Numa das casa de banho existe uma estante para arrumar

fraldas, outra para os bacios, uma banca de mudas e uma banheira para dar o banho

quando necessário, que serve de apoio às salas intermédia e 2 anos.

As refeições principais (almoço e lanche) são realizadas no refeitório do rés-

do-chão, na mesa reservada à sala dos dois anos, na qual as crianças se sentam

sempre no mesmo lugar. Ainda no exterior do rés-do-chão, podemos encontrar o

parque e a sala polivalente (espaço amplo utilizado para actividades de grande

movimento . È de referir que o espaço educativo vai para além do espaço sala

(interior) e jardim(exterior) e aplica-se a um domínio mais alargado – o

estabelecimento educativo(Instituição) – onde a criança se relaciona com outras

crianças e adultos, que por sua vez é englobado pelo meio social.

O desenvolvimento da criança é assim encarado como uma responsabilidade colectiva,

onde a aprendizagem deve ocorrer num contexto social. Deste contexto fazem parte

todos aqueles que contribuem para o desenvolvimento global harmonioso da criança,

nomeadamente os pais, os educadores e os seus pares, ea sociedade onde estão

inseridos.

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6- ROTINA DIÁRIA DA SALA

O tempo educativo tem, regra geral, uma distribuição flexível, embora

corresponda a momentos que se repetem com uma certa periodicidade.

A sucessão de cada dia tem um determinado ritmo existindo uma rotina que e

educativa porque e intencionalmente planeada pelo educador e é conhecida pelas

crianças que sabem o que podem fazer nos vários momentos e prever a sua sucessão.

As referencias temporais estabelecidas pela rotina transmitem segurança á

criança e servem como fundamento para a compreensão do tempo e simultaneamente,

fomentam a sua autonomia e iniciativa. A rotina diária determina o funcionamento da

sala, do grupo e dos adultos e deve estar intimamente relacionada com a organização

do espaço, pois a utilização do tempo depende das experiencias e oportunidades

educativas que se podem retirar dos espaços; a articulação entre tempo e espaço deve

ser planeada pelo educador e ter em conta as características do grupo e as

necessidades das crianças.

A rotina, segundo Zabalza “é um instrumento que enquanto

estrutura organizacional pedagógica permite ao educador promover

actividades educativas diferenciadas de acordo com as experiencias

que pretende promover. Uma rotina diária consistente permite a

criança a realização dos seus interesses, fazer escolhas, tomar

decisões e resolver problemas a sua dimensão no contexto dos

acontecimentos que vão surgindo”

Ainda para o referido autor a rotina baseia-se na repetição de actividades e

ritmos, na organização espácio-temporal da sala e desempenha importantes funções

na configuração do contexto educativo. Vejamos o papel importante desempenhado

pelas rotinas no quotidiano de um infantário:

1. Marco de Referência – após ser apreendida pela criança

proporciona-lhe grande liberdade de actuação.

Prevê-se que a criança demore 2 a 3 semanas para concretizar essa estruturação

mental permitindo-lhe, posteriormente, a sua interiorização, que a criança dedique as

suas energias ao que esta a fazer sem se preocupar como que vira; assim sendo, a

rotina enquanto marca permite ao educador introduzir qualquer temática, mesmo que

esta surja inesperadamente;

2. Segurança – para as crianças mais pequenas as rotinas têm o papel

importante de lhes proporcionar segurança. Uma vez que ao saberem realizar essas

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rotinas diárias, terão menos ansiedade e sentem-se “donas” do seu tempo e mais

seguras, pois sabem o que fazer;

3. Captação Temporal – a criança aprende a existência de fases,

(o antes, o depois, o inicio, o final. o que lhe permite uma bagagem essencial para

enfrentar a realidade quotidiana;

4. Captação Cognitiva – durante as rotinas estabelecidas as crianças são

confrontadas com actividades planificadas e orientadas para o seu processo educativo

(o contacto sensorial com experiencias e materiais ricos e diversificados favorece a sua

percepção do mundo que as rodeia). Por outro lado, o estabelecimento da rotina ajuda-

a a perceber o que pode fazer e quando e confere-lhe autonomia e segurança; estes

dois factores incentivam-na a explorar e a interagir com o mundo favorecendo, deste

modo, o conhecimento que tem do mesmo;

5. Actividades – cabe ao educador, tendo em conta a faixa etária, as

necessidades do grupo e o seu projecto educativo estabelecer nas suas rotinas

actividades: individuais (em pequeno ou em grande grupo), realizadas

independentemente pela criança ou com o apoio do adulto, e contemplem tanto o

espaço interior como o exterior

.Em suma e importante realçar que as rotinas são aprendizagens, são algo que as

crianças devem aprender, dai a importância da sua planificação e esquematização

cuidadas.

A rotina assume assim um papel importante no desenvolvimento das competências

cognitivas, sociais e pessoais da criança, uma vez que a sua estabilidade e

consistência promovem uma previsibilidade que predispõe a criança para novas

aprendizagens. Esta previsibilidade, permite que a criança se aproprie da sequência

dos acontecimentos e adquira um sentimento de segurança e estabilidade ao saber

o que a espera em cada parte do dia. Com o passar do tempo, a criança vai estando

cada vez menos dependente do adulto, tornando-se cada vez mais autónoma e

independente. Cabe ao educador organizar o tempo de forma a constituir uma

experiência interessante, afectuosa e de aprendizagem, tanto para si, como,

principalmente, para as crianças.

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7 - OS MOMENTOS DA ROTINA

08.30h – 10h Acolhimento (brincadeira livre, troca de informação com os pais, conversa

com as crianças, … vestir os bibes dar colo, acalmar as crianças )

10h – 10h30

Higiene das crianças , ida á casa de banho e aos bacios , retirar

algumas fraldas lavar as mãos .

Comer uma bolacha

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10h30 – 11h15

Reunião na área das actividades receptivas (canção dos bons dias,

canções, caixa dos brinquedos, histórias, conversas dirigidas pelo adulto,

jogos, apresentação das actividades …)

Realização das actividades planeadas (actividades de expressão

plástica, jogos de movimento/calma, actividades de carácter individual ou

dirigidas ao grande/pequeno grupo, as actividades poderão ser realizadas

na sala ou no exterior…)

Eventual ida ao parque

11h15 – 11h30Higiene (preparação para o almoço com ida à sanita, lavar as mãos e

colocar os babetes)

11h30 – 12h30 Almoço

12h30 – 13h

Higiene (muda de fraldas, ida ao bacio e á sanita , lavar as mãos e caras.

No regresso à sala, cada criança dirige-se à sua cama, descalça-se – caso

já consiga – e prepara-se para dormir).

13h – 15h

Adormecer as crianças

Repouso

Acalmar algumas que o necessitem, acompanhar á casa de banho. Ir

calçando.

15h – 15h50

Levantar (à medida que as crianças vão acordando trocam-se as fraldas,

vão ao bacio, e à sanita calçam-se. Desenvolvendo actividades livres,

brincando . Após estarem todas organizadas, reúnem-se na área das

almofadas onde se retorna á calma com jogos de descontracção.

15h50 – 16h

Preparar para o lanche (pequeno momento de encontro na área das

actividades receptivas ,almofadas calma/concentração. Colocação dos

babetes

16h – 16h30 Lanche

16h30 – 18h30

Higiene , ida á casa de banho troca de fraldas , lavar as mãos e a cara.

Saída (brincadeira livre – no parque ou na sala de actividades, troca de

informação com os pais aquando a entrega das crianças, …)

As rotinas são momentos privilegiados que devem ser flexíveis e individualizados,

baseados nas necessidades das crianças, relativizando-se a importância das

actividades. Os tempos de cuidados (alimentação, higiene...) emergem como

momentos privilegiados de relação e de afecto, momentos de trocas intensas e de

aprendizagem, em que a independência e autonomia se podem exercer. O trabalho

com as famílias e outro dos aspectos fundamentais para este contexto educativo, uma

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vez que, quanto mais pequena e a criança maior e a necessidade de estabelecer

relações intimas com as famílias de modo a contribuir para o bem-estar e

desenvolvimento saudável da criança. Tendo em conta a faixa etária do grupo

procurou se elaborar um plano de actividades que contemple o tempo de concentração,

a necessidade de movimento, de experimentação e a realização de actividades simples

e lúdicas. porque se brinca! Brinca-se a vida toda!

No Principio VII da Declaração dos Direitos da Criança,

aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1959, pode

ler-se: “A criança deve desfrutar plenamente de jogos e recriações...”.

Através do brincar, a criança

aprende a conhecer-se a si própria e a compreender os outros. A

brincadeira infantil e uma espécie de miniatura, da vida futura em

comunidade, com todas as suas esperanças, as suas alegrias, as suas

frustrações. Através do jogo, a criança conhece as suas possibilidades

reais, as suas limitações, o seu grau de altruísmo e a sua capacidade

de acção individual ou de equipa. Acima de tudo, aprende a

desenvolver estratégias para contornar obstáculos e

superar/ultrapassar dificuldades, aprendizagens estas que serão

tomadas com exemplo ao longo da vida.

Segundo Winnicott, o acto de brincar desenvolve-se numa área

intermédia entre o mundo real e imaginário, num estado de suprema

concentração entre o sonho e a realidade.

Na realização e escolha dos temas a abordar tive em

conta que e necessário desenvolver actividades que permitam a

exploração dos sentidos, dos objectos e dos materiais de forma a

fomentar o desenvolvimento e autonomia da criança.

Mais importante do que transmitir conhecimentos e noções e

possibilitar a criança a exploração e participação activas em

actividades simples e adequadas a sua faixa etária e com recurso a

ludicidade. “Crescer a brincar” significa dar a criança a oportunidade

de experimentar novas situações e vivências, retirando destas as

suas próprias conclusões. Assim, a creche e um espaço onde

se aprende brincando, explorando, questionando..., e onde os princípios

da acção pedagógica não se baseiam em ministrar conhecimentos,

mas sim num proporcionar de situações diversificadas em que a

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criança aprenda ou se enriqueça de um modo natural e que dai lhe

venha o gosto e a curiosidade por saber mais, por partilhar as suas

experiências, partir para outras situações.

Cabe ao educador encontrar e apresentar actividades diversificadas e simples que

despertem na criança o interesse em aprender mais sobre o que a rodeia e encontrar

respostas para as suas inúmeras perguntas e incertezas. Nesse sentido as temáticas

abordadas neste tais como: as cores, os animais, a alimentação, o corpo humano, a

higiene, o vestuário e as profissões, entre outras que serão desenvolvidas durante o

ano lectivo. O contacto com estas áreas do saber será acompanhado e ilustrado por

actividades orientadas para o desenvolvimento da criança, tendo por base uma

componente pratica, simples e lúdica.

8 - Objectivos Gerais

Os objectivos gerais correspondem a um conjunto de competências, que ao longo

do ano, o educador procurara incutir nas crianças, tais como:

Contribuir para a segurança e bem-estar da criança, nomeadamente no âmbito

da saúde individual e colectiva;

Ajudar a criança a conhecer-se a si própria, para melhor conhecer as suas

capacidades e superar as suas dificuldades;

Estimular o desenvolvimento global da criança, através da realização de

actividades que favoreçam aprendizagens significativas;

Promover a autonomia, a autoconfiança e o sentido de responsabilidade;

Desenvolver as suas capacidades de expressão e comunicação,

assim como, a imaginação criativa;

Incentivar e incutir nas crianças o espírito de solidariedade/colaboração entre

elas;

Incentivar a criança a interagir com o que a rodeia;

Adquirir a capacidade de confiar nos colegas e nos adultos

Incentivar a participação das famílias no processo educativo;

Proporcionar as crianças oportunidades que facilitem o seu desenvolvimento

afectivo, intelectual e psicomotor.

Favorecer a igualdade de oportunidades entre todas as

crianças, respeitando o seu ritmo e a sua individualidade.

9- Objectivos Específicos

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Page 19: P curricular dos 2 anos borboletas

Os objectivos específicos correspondem a um conjunto de metas que se pretende

que as crianças atinjam, mediante a realização de actividades planeadas ao longo do

ano lectivo, de acordo com as varias áreas do saber nomeadamente a nível:

10- Área de Formação Pessoal e Social -

Construir e desenvolver relações com crianças e adultos;

Respeitar os interesses individuais e colectivos;

Expressar e compreender sentimentos;

Saber ouvir;

Conhecer algumas regras de convívio social;

Compreender rotinas e hábitos;

Assimilar algumas regras da sala (ex. não podemos correr, nem

gritar dentro da sala...);

Esperar pela sua vez;

Participar nas actividades propostas;

Estimular a sensibilidade e o sentido estético;

Proporcionar momentos de convívio e diversão;

Incentivar a criança a ser capaz de tomar decisões.

Saber ouvir e esperar pela sua vez;

Interiorizar regras básicas de convivência, higiene pessoal e de vida

saudável;

Reconhecer as partes constituintes do seu corpo;

Reconhecer a família como estrutura essencial da vida;

Utilizar expressões de agradecimento e saudação;

Ser independente e autónomo;

11- Procedimentos/Actividades

Responsabilizar As crianças para arrumar a sala;

Compreender e realizar as rotinas;

Chamar a atenção sempre que não tenham cuidado com os materiais

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Aprender a falar baixo chamando atenção para o barulho

Diálogos colectivos;

Decoração da sala de forma agradável e em conjunto, adultos / crianças;

Exercícios que impliquem concentração e memoria;

Explorar as diferentes formas de expressão artística (plástica, musica …

Promover visitas ao exterior;

12- Área do Conhecimento do Mundo

13- Objectivos Específicos

Desenvolver a capacidade de observar;

Desenvolver a curiosidade natural das crianças;

Ser capaz de cuidar da sua higiene(ir a casa-de-banho, lavar as mãos e a

cara...);

Identificar e nomear diferentes partes do corpo;

Conhecer normas de higiene alimentar;

Identificar e nomear as cores primárias;

Identificar e nomear as diferentes refeições;

Fortalecer normas de conduta a mesa;

Conhecer algumas normas de prevenção rodoviária (ex. atravessar nas

passadeiras, sempre de mão dada

com o adulto, etc.)

Conhecer os 5 sentidos: paladar,

olfacto, tacto, visão e audição.

Revelar curiosidade e desejo pelo saber (Questionar-se sobre o que rodeia)

Conhecer algumas normas de prevenção rodoviária (ex. atravessar nas

passadeiras, respeitar os semáforos...);

14- Procedimentos/actividades

Contacto directo com os espaços exteriores que circundam o Jardim de-

infância;

Utilizar revista, livros e recortes;

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Page 21: P curricular dos 2 anos borboletas

Confronta-las com situações do dia a dia;

Fazer trabalhos de expressão plástica plástica;

visualizar em DVD filmes relacionados com determinado tema; exemplo os

animais,

as cores ,

o corpo humano,

a estações do ano entre outras direccionadas para esta fase etária. Colecção as

primeiras impressões.

Contar histórias alusivas aos temas e outras;

Trazer objectos de casa para a sala de acordo com assunto a explorar;

Conhecer o co5rpo e suas diferenças (ex. Através de imagens filme );

Explorar imagens sobre animais , e outros temas incentivando a criança a falar

sobre o que vê.

Visualizar filmes sobre temas , como os animais, o corpo humano, as quatro

estações, ou seja a colecção as primeiras impressões do 1 aos 5 anos.

Preenchimento de imagens relacionadas com os temas a explorar

Escutar sons e identificá-los.

Falar e observar sempre que possível o meio circundante , natureza, pessoas…

Visualização de fotografias das crianças e da família e conversar sobre isso

Visualização de imagens alusivas às datas festivas e conversar sobre isso.

Observação de imagens e gravuras para identificação dos alimentos falando da

sua importância para a nossa saúde.

16- Área de Expressão e Comunicação

- Domínio da Expressão Dramática

Participar em situações de jogo simbólico /dramático;

Interagir com outras crianças em actividades de jogo simbólico;

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Criar situações de comunicação verbal e não verbal;

Recriar experiências da vida quotidiana;

Recrear situações imaginárias, usar a expressão do corpo;

Utilizar objectos livremente, atribuindo significados múltiplos;

Utilizar diferentes formas de mimar e dramatizar, canções ,histórias

17 - Procedimentos /actividades

Ouvir histórias;

Utilizar imagens de animais como suporte para a criação de pequenos diálogos,

histórias, etc.;

Dramatizações, imitar alguns animais ,árvores…dramatizar canções, ex:era uma

vez um moinho entre outras

Mostrar figuras para exprimirem as emoções que estas lhes transmitem;

18- Domínio da expressão motora

Movimentar-se de varias formas locomotoras (ex. gatinhar, correr ,saltar...);

Imitar gestos e movimentos;

Experimentar e desenvolver a percussão corporal (batimentos, palmas...);

Tocar as partes do corpo mencionadas ao longo de uma canção;

Desenvolver a motricidade fina e destreza manual.

19- Procedimentos/actividades

Proporcionar meios onde se faculte a possibilidade de as crianças poderem:

trepar, correr, baloiçar, deslizar, rodopiar, saltar a pés juntos saltar obstáculos,

Realizar exercícios com música, usando-a para controlar os movimentos e como

relaxamento;

Imitar gestos e movimentos;

Exercícios com bolas e balões

Usar o corpo como instrumento rítmico;

Fazer jogos de enfiamentos;

Manipular correctamente diversos objectos;

20- Domínio da expressão plástica

Desenvolver a motricidade global

Desenvolver a motricidade fina

Desenvolver o esquema corporal

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Desenvolver o jogo simbólico

Desenvolver a criatividade

Desenvolver a capacidade de expressão do mundo interior

Favorecer o manuseamento de diferentes materiais

Desenvolver a imaginação e a criatividade

Desenvolver a coordenação visual motora.

Promover o gosto pela descoberta

21 - Procedimentos / actividades

Desenhar e pintar livremente;

Fazer colagens;

Trabalhar com plasticina, massa de cores;

Fazer carimbagem;

Explorar diversos materiais, texturas

Fazer composições utilizando diferentes materiais;

Experimentar a mistura de cores;

Fazer digitinta.

Preenchimento de figuras, sobre os temas a explorar

22- Domínio da expressão musical

Desenvolver o sentido rítmico

Desenvolver a discriminação auditiva

Favorecer a exploração da voz

Desenvolver a memória auditiva

Despertar na criança o gosto pela musica;

Acompanhar canções com gestos;

Explorar e identificar sons;

Explorar a intensidade dos sons (mais alto, mais baixo);

Cantar canções

Explorar diferentes sons e ritmos;

Associar músicas às épocas festivas;

Ser capaz de identificar e reproduzir sons, ruídos da natureza e do quotidiano;

Saber fazer silêncio para escutar e identificar sons;

23- Procedimentos/actividades

Acompanhar canções com gestos;

Cantar as canções com intensidades diferentes mais alto mais baixo

Aprender canções relacionadas com as épocas em vivência no momento;

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Page 24: P curricular dos 2 anos borboletas

Ouvir sons gravados e identifica - los seja a escutar seja a escutar e visualizar

Dançar ao som de vários tipos de musica.

24- Domínio da matemática

Familiarizar-se com a noção pequeno/grande;

Familiarizar-se com as noções de um e muitos;

Familiarizar-se com os conceitos de vazio/cheio;

Familiarizar-se com a numeração;

Familiarizar-se com algumas formas geométricas.

25- Procedimentos/actividades

Utilizar diferentes materiais como: egos, cubos, puzzles, dominós, com

diferentes, tamanhos, cores, formas;

Tentar diferenciar os momentos que sucedem ao longo do dia, sua

sequência temporal;

utilizar imagens para identificar, contar acompanhando o adulto.

Observação de imagens identificando, o número, e ou o tamanho.

Explorar as imagens contando, exemplo quantas patas, quantas orelhas etc.

26- Domínio da linguagem oral

Aprender competências de comunicação e linguagem

Desenvolver o interesse em comunicar e verbalizar o que sente

Favorecer a comunicação verbal e não verbal

Fomentar o diálogo Favorecer a aquisição de vocabulário Desenvolver a articulação de palavras Relacionar palavra/objecto Participar nos diálogos em grande grupo; Enriquecimento do vocabulário; Maior domínio da expressão e comunicação.

27- Actividades/procedimentos

Explorar diferentes tipos de suportes escritos (livros, ,revistas, etc.);

Interpretar imagens ou gravuras;

Expressar e comunicar sentimentos através de gestos ou mímica;

Memorizar e reproduzir oralmente algumas canções;

Leitura de imagens;

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Facultar material para que ponham em prática o sentido de articular as

palavras.

Conversar com as crianças incentivando as respostas.

Possibilitar que todas as crianças tenham oportunidade de falar na área do

grande grupo.

Explorar o carácter lúdico da linguagem, através de canções e historias;

Falar sobre experiências pessoais importantes.

28- EDUCAR PARA OS VALORES: Saber ouvir os colegas nas actividades de grupo. Esperar a sua vez para falar. Respeitar o outro, as suas ideias e decisões. Partilhar materiais de trabalho. Aumentar a auto-estima. Desenvolver o sentido estético.

29 -EDUCAR PARA A AUTONOMIA: Seleccionar, escolher, dar ideias e tomar decisões acerca do projecto ou

situações que decorrem na sala. Responsabilizar a criança pelas suas decisões. Desenvolver hábitos de autonomia e higiene: comer sozinha quando os alimentos estão cortados em pedaços. utilizar os talheres e guardanapo correctamente. vestir-se e despir-se sozinho. utilizar a casa de banho autonomamente.

30- EDUCAR PARA A CIDADANIA: Evoluir no comportamento com interiorização das regras: permanecer algum tempo nas áreas. completar uma tarefa. arrumar a área onde brinca. Educação para a saúde Educação para a prevenção de acidentes.

31- PLANO ANUAL DE ACTIVIDADES

O plano anual apresentado não tem uma ordem especifica paraser abordado, nem datas definidas, dado que ao longo do ano lectivo serão enquadrados e explorados outros temas (ex. Dias Festivos, Estacões do Ano...).

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Page 26: P curricular dos 2 anos borboletas

“CRESCER A BRINCAR E A FAZER” Outono.

Diálogos sobre esta estação

Poesia do Outono.

Preencher com colagem ,figuras de folhas de árvores, com papel de lustro, com

recortes de folhas naturais.

Com figuras sobre o Outono, explorar os conceitos de grande / pequeno. Alto /

baixo.

- As cores Nomear e distinguir as cores Actividades intercalares.

Actividades de pintura (exploração das cores.)

Desenho livre.

Colagem,. Modelagem.

Actividades de linguagem.

Actividades de movimento.

OS ANIMAIS:

Diálogos com as crianças sobre alguns animais. Falar dos animais e da sua

utilidade para as pessoas e ainda como devemos respeitá-los.

Através da observação directa, observação através de imagens, identificar, nomear

alguns animais.

Preencher figuras representando animais, com diversos materiais .

Cantar canções, dizer lengalengas, trava-línguas que falem de animais.

Jogar jogos simples, fazer dramatizações de animais.

Pesquisar em livros, revistas, de animais e identificá-los .

Visualizar alguns DVD sobre animais

Dia do animal escolher uma figura que represente um animal e preenchê-lo para

expor no hall do 1º andar.

Dia de Todos os Santos: Carimbagem num saco de papel ou tecido, para

posteriormente colocar o”bolo” para ser enviado para casa.

Dia de S. Martinho:

Carimbagem com o dedo na Maria castanha

. Realização de um lanche convívio -

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Page 27: P curricular dos 2 anos borboletas

NATAL: Falar desta data festiva de forma adequada a esta faixa etária.

Cantar canções de Natal.

Dizer poesias de Natal.

Preencher figuras alusivas ao Natal tais como: Um pinheiro, um anjo, uma vela, o Pai

Natal, uma estrela.

Decorar a sala com motivos de Natal.

Elaborar com as crianças a prenda, para posteriormente levarem para casa. Um

pequeno arranjo com uma vela e um cartão de Natal

Estações do Ano

Inverno:

Diálogos sobre esta estação , chamando a atenção para as suas características.

Poesia do Inverno.

Preencher figuras alusivas a esta estação: Uma nuvem. Gotas de chuva, guarda

chuvas, vestuário de Inverno,

Os Frutos:

Dialogar sobre os frutos e sua importância para a saúde.

Dar a conhecer o nome de alguns frutos, através da observação directa, de

fotografias, livros, revistas, imagens.

Preenchimento de figuras representando frutos, colorindo, colando.

cantar canções, dizer lenga-lengas, relativas a cada fruta

Primavera:

Diálogos, adequados a esta faixa etária sobre esta estação.

Poesia da Primavera.

Canções sobre a Primavera .

Preencher figuras com motivos da Primavera, flores, andorinhas, borboletas,

Decorar a sala com motivos sobre a Primavera. Elaborar a árvore da Primavera.

Saídas ao exterior para observação do meio imediato.

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Page 28: P curricular dos 2 anos borboletas

O Carnaval:

Preencher algumas figuras relacionadas com a data ,elaborar

máscaras para o rosto,

Elaborar fantasias para as crianças e fazer o desfile com todas as crianças das salas

por algumas ruas de Monte Real.

O Dia do Pai:

Elaborar a prenda para o dia do Pai, um poster em tecido de pano

cru com duas pequenas ripas de madeira, e desenhado pelas crianças.

Páscoa

Preenchimento de figuras relacionadas com a data, um coelho, um ovo, um

pintainho

Decorar um saco para colocar as amêndoas oferecidas pelo jardim.

O ESQUEMA CORPORAL:

Levar a criança a nomear partes do corpo humano em si e nos outros, utilizando

vocabulário relacionado com o tema.

Preencher a figura de um menino e de uma menina.

Analisar separadamente cada parte que constitui o corpo humano, cabeça,

tronco, membros.

Elaborar as figuras de um menino e de uma menina preenchidas com tecido, o

vestuário das imagens, pelas crianças.

Cantar canções, contar histórias, fazer jogos de lateralidade, fazer pequenas

dramatizações.

Dia da Mãe:

Elaborar a prenda para a Mãe. Um arranjo com flores ou de papel ou secas ,

acompanhado do respectivo cartão.

Poesia sobre a Mãe.

Dia mundial da criança:).

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Estação do ano :

Verão:

Diálogos sobre esta estação.

Preenchimento de figuras. Uma árvore, um barco, o Sol, crianças a brincar na

praia.

Época balnear: Conversar com as crianças sobre regras de segurança nas

praias.

Dar a conhecer as cores das bandeiras e seu significado.

Explorar a praia, recolher conchas, pedras para posteriores trabalhos na

sala.

avaliações individuais.

Processo de Implementação do Projecto Pedagógico

Tendo sempre presente o Projecto Pedagógico, em cada sala, com cada grupo etário,

a educadora, em “cumplicidade” com a auxiliar da Sala, vai gerindo e organizando o

plano

de actividades que, em cada momento, e em para cada criança é mais adequado.

O Plano de Actividades de cada sala é composto por.

Plano de rotinas;

Actividades/Brincadeira livres.

-Conclusão

O objectivo deste Projecto de sala é, principalmente, o de mobilizar competências nas

crianças que lhes permitam questionar o seu meio envolvente, os factos e os

fenómenos naturais e questionar-se acerca de si mesmas, como seres que vivem em

sociedade e no comportamento que devem ter face a diversas circunstâncias.

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Page 30: P curricular dos 2 anos borboletas

Todas as crianças são diferentes e a intervenção não pode ser a mesma para todas

elas. A diferenciação pedagógica é fundamental na acção diária.

Segundo Katz e Schard (1994), “o papel do Educador é cultivar a vida da mente

da criança mais nova.” Num sentido mais amplo a palavra mente engloba não só

conhecimentos e capacidades mas também a sensibilidade emocional, moral e

estética, o sentido crítico e a capacidade de opinar sobre questões que lhe são

familiares. Neste sentido, não só conhecemos as crianças enquanto grupo e na sua

individualidade, como também mobilizamos esforços no sentido de proporcionar

uma interacção educativa com as suas famílias e com o contexto que envolve a

Instituição.

A avaliação deste projecto será baseada na observação e análise de

comportamentos das crianças nas diferentes actividades. E ainda na sua evolução

gradual. A par disto estarão sempre as planificações semanais e as fichas de

OBSERVAÇÃO. Observando analisando e avaliando o trabalho que se for

desenvolvendo, reformulando sempre que seja necessário. Procurando que este seja o

mais flexível possível e adequado ao nível etário deste grupo de crianças 2/3 anos até

ao final do ano lectivo,.

Privilegiando a sua forma essencial de aprendizagem o brincar.

B IBLIOGRAFIA

FIGUEIREDO, Manuel, - Um novo olhar sobre as rotinas, Bolade Neve, colecção “inovação”, Lisboa, 2004;

FIGUEIREDO, Manuel, - Projecto Curricular no Jardim deInfância, Bola de Neve, colecção “Pre”, Lisboa, 2001;

GISEL, ARNOLD “ O MUNDO DA CRIANÇA”

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Publicações D. Quixote.

GUIMARÃES, MARIA DULCE / COSTA, ISABEL ALVES“EU ERA A MÃE”Divisão de Educação Pré-escolarDirecção geral do ensino básicoMinistério da Educação e Cultura

MINISTERIO DA EDUCACAO,- Orientações Curriculares para aEducação pré-escolar, Lisboa, 1997;

MINISTERIO DA EDUCACAO, - Qualidade e Projecto naEducação pré-escolar, Lisboa, 1998;

PORTUGAL, Gabriela, - Crianças, Famílias e Creches - umaAbordagem Ecológica da Adaptação do Bebé à Creche, PortoEditora, 1998;

REBELO, DULCE / DINIS,M. AUGUSTA G. SEABRA.“FALAR CONTIGO”Divisão de educação pré-escolarDirecção geral do ensino básicoMinistério da Educação e Cultura

“PARA UMA TROCA DE SABERES”Divisão de Educação Pré-escolarDirecção geral do ensino básicoMinistério da Educação e Cultura.

DOS 3 AOS 5 ANOS NO JARDIM DE INFÂNCIA( 1995)Ministério da EducaçãoDepartamento da Educação básicaNúcleo de educação pré-escolar

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Educadora de Infância - Maria de Lurdes Valentim Gerardo

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