oxi-red-nos seres vivos ppt - FMUPruifonte/PDFs/PDFs_arquivados_anos... · Exemplos de nomes...

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1 Reacções de redox nos seres vivos nutrientes 2 As reacções de oxi-redução costumam definir-se como reacções em que há transferência de electrões. Zn + Cu 2+ Zn 2+ + Cu ...mas também se podem definir como reacções em que há variação do número de oxidação em cada um dos pares redox envolvidos na reacção. Zn Zn 2+ + 2 e - Cu 2+ + 2 e - Cu Zn Zn 2+ Cu 2+ Cu 2 e - 3 Nas reacções de oxi-redução há variação no número de oxidação de um ou mais elementos dos reagentes. Para determinar o número de oxidação (n.o.) de um elemento: 1- Atribuem-se os electrões envolvidos na ligação ao elemento mais electronegativo. 2- Um determinado átomo terá um n.o. negativo se “recebe” electrões dos átomos vizinhos: o valor numérico corresponde ao número de electrões que “recebeu”; no caso inverso o n.o. é positivo... 1- o C é mais electronegativo que o H atribuem-se os electrões envolvidos na ligação ao C. 2- o C “recebe” 4 electrões n.o. do C = - 4. 3- cada um dos átomos de H “perdeu” 1 electrão para o C n.o. do H = +1. 4 No dióxido de carbono o n.o. do C é +4 e o do oxigénio –2. No monóxido de carbono o n.o. do C é +2 e o do oxigénio –2. O n.o. do carbono do formol (metanal) é zero: “perde” 2 electrões para o O mas “ganha” 2 dos H.

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Reacções de redox nos seres vivos

nutrientes2

As reacções de oxi-redução costumam definir-se como reacções em que há transferência de electrões.

Zn + Cu2+ Zn2+ + Cu

...mas também se podem definir como reacções em que há variação do número de oxidação em cada um dos pares redox envolvidos na reacção.

Zn Zn2+ + 2 e-

Cu2+ + 2 e- Cu

Zn Zn2+

Cu2+ Cu2 e-

3

Nas reacções de oxi-redução há variação no número de oxidação de um ou mais elementos dos reagentes.Para determinar o número de oxidação (n.o.) de um elemento:

1- Atribuem-se os electrões envolvidos na ligação ao elemento mais electronegativo.

2- Um determinado átomo terá um n.o. negativo se “recebe” electrões dos átomos vizinhos: o valor numérico corresponde ao número de electrões que “recebeu”; no caso inverso o n.o. é positivo...

1- o C é mais electronegativo que o H ⇒atribuem-se os electrões envolvidos na ligação ao C.

2- o C “recebe” 4 electrões ⇒n.o. do C = - 4.

3- cada um dos átomos de H “perdeu” 1 electrão para o C ⇒n.o. do H = +1.

4

No dióxido de carbono o n.o. do C é +4 e o do oxigénio –2.

No monóxido de carbono o n.o. do C é +2 e o do oxigénio –2.

O n.o. do carbono do formol (metanal) é zero: “perde” 2 electrões para o O mas “ganha” 2 dos H.

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Quando, na glicólise, a glicose se converte em ácido pirúvico,dizemos que a glicose se oxida...

n.o.= +1n.o.= 0n.o.= 0n.o.= 0n.o.= 0n.o.= -1

n.o. médio = 0

n.o.= +3n.o.= +2n.o.= -3

n.o. médio = + 2/3

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Regra simples para calcular, a partir da fórmula molecular,

o número de oxidação médio dos carbonos da maioria dos compostos orgânicos

Caso ácido pirúvico

n.o. médio =(O X 2) + (N X 3) + (S X 2) – H + carga da molécula

C

Caso ião piruvato

C3H4O3

C3H3O3-

carga negativa ⇒número negativo

n.o. médio = [3 X 2 – 4]/3 = + 2/3

n.o. médio = [3 X 2 – 3 - 1]/3 = + 2/3

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As reacções de dissociação protónica (ácido-base) não são reacções de oxi-redução.

No ácido pirúvico o electrão que “pertencia” ao hidrogénio já estava atribuído ao oxigénio onde se ligava.

Quando o protão sai, o electrão que fica no anião piruvato continua atribuído ao oxigénio.

ac. pirúvico piruvato + protão

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Pelo contrário, quando uma substância perde átomos de hidrogénio (os electrões e os protões) diz-se que se oxida...

Os electrões dos H ligados ao carbono 1 do etanol “estavam atribuídos” a esse carbono. Quando esses hidrogénios saem formando-se o etanal, esses electrões “deixam de pertencer” a esse carbono.

n.o. = -1

n.o. = + 1

2 e- 2 H+

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Na reacção em que o etanal passa a ácido acético pode parecer que quem se oxida (perde os hidrogénios) é a água...

...mas o n.o. dos átomos do O e do H não varia.

2 e- 2 H+

n.o. = + 3n.o. = +1

O elemento que sofre aumento no n.o. é o C1 do etanal

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As reacções de hidrólise também não são reacções de oxi-redução.

n.o.= +2 n.o.= +1

n.o.= +1n.o.= +2

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A transformação 2-fosfoglicerato → fosfoenolpiruvato + H2O evidencia o carácter convencional da classificação das reacções.

O C2 oxida-se (0 → +1) ⇒ haveria uma oxidação

O C3 reduz-se (-1 → -2) ⇒ haveria uma redução

O n.o. médio dos carbonos (2/3) não varia ⇒ não é reacção redox

H2On.o. = 0

n.o. = +1

n.o. = -1 n.o. = -212

O2• - n.o. = - ½

O2

n.o. = - 1

n.o. = 0

e-

H2O2

e-

n.o. = - 2OH-

e-

OH•

O n.o. do oxigénio é zero no O2 e -2 na maioria dos casos mas...

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As enzimas que catalisam reacções de oxi-redução classificam-se como oxi-redútases:Embora a nomenclatura que se aplica às enzimas não siga normas rígidas algumas ideias podem ser úteis.

Exemplos de nomes associados a oxi-redútases:

Desidrogénases

Redútases

Oxídases

Oxigénases

Peroxídases

Catálase

Dismútases

dinucleotídeos são substratos

catalisam reacções de dismutação

O2 é o oxidante directo

o H2O2 é reduzido a água...

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1) As desidrogénases catalisam reacções do tipo:

AH2 +

NAD+

NADP+

FADFMN

A +

NADHNADPHFADH2FMNH2desidrogénase de AH2

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Exemplo: desidrogénase da glicose-6-P

2 e-

NADP+ NADPH

H+

H+

n.o. = +1n.o. = +3

Glicose-6-P + NADP+ 6-fosfogliconolactona + NADPH + H+16

mas há uma excepção...

NADH + Q

desidrogénase do NADH

NAD+ + QH2

desidrogénasedo lactato

Dissemos que, independentemente do sentido – directo ou inverso – em que a reacção ocorre, quando um composto orgânico (AH2) é oxidado pelo NAD+

a enzima que catalisa a reacção chama-se desidrogénase do AH2.

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2) A maioria das redútasescatalisa reacções do mesmo tipo das desidrogénasesmas o redutor é o NADPH...

AH2 +

NAD+

NADP+FADFMN

A +

NADH

NADPHFADH2FMNH2

redútase do A

NADPH NADP+

2 e- H+

H+

Exemplo: redútase do glutatião

n.o. = -1 n.o. = -2

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3) As oxídases catalisam reacções em que o O2 é um dos reagentes que se reduz a H2O, a peróxido de hidrogénio (H2O2) ou a superóxido (O2

• -).

2 cyt. c (Fe2+) + ½ O2 2 cyt. c (Fe3+) + H2Ooxídase do citocromo c

protoporfirinogénio + O2 protoporfirina + H2O2oxídase do protoporfirinogénio

NADPH + 2 O2 NADP+ + 2 O2• -

oxídase da NADPH

n.o. = -2

n.o. = -1

n.o. = - ½

Em qualquer dos casos o n.o. do O2 que era zero diminui...

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2 2 Fe3+Fe2+

2 e-

2 H+

½ O2 H2On.o. = 0 n.o. = -2

A oxídase mais conhecida é a oxídase do citocromo c, uma enzima da cadeia respiratória também conhecida como complexo IV.

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84%

16%

Firefly luciferase produces H2O2 as a coproduct in dehydroluciferyl-adenylate formationHugo Fraga, Diogo Fernandes, Jiri Novotny, Rui Fontes and

Joaquim C.G. Esteves da Silva

A oxídase menos conhecidaé a luciférase do pirilampo.

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4) As monooxigénases (também chamadas oxigénases de função mista) catalisam reacções em que o O2 é o oxidante directo, sendo que um dos átomos de oxigénio se vai incorporar num composto orgânico que é oxidado e o outro vai formar água.

WH2

VOH

O2

VH

W

H2O

São frequentemente chamadas hidroxílases; neste caso seria hidroxílase do VH

22

tirosinafenilalanina

tetrahidrobiopterina dihidrobiopterina

Exemplo: a hidroxílase da fenilalanina

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Em geral, as monooxigénases fazem parte de sistemas enzímicosem que uma redútase dependente do NADPH reduz W a WH2permitindo que muitas moléculas de VH sejam oxidadas.

WH2

VOH

O2

VH

W

H2O

NADPHNADP+Redútase do W

Monooxigénase

VHVH

VH

VH

VHVH

VOHVOHVOH

VOHVOH

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tirosinafenilalanina

tetrahidrobiopterina dihidrobiopterina

NADPHNADP+

Redútase da dihidrobioperina

Hidroxílase da fenilalanina

Actividade do sistema enzímico “Hidroxílase da Fenilalanina”:

Fenilalanina + NADPH + O2 Tirosina + NADP+

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5) As peroxídases catalisam reacções em que o H2O2 é o agente oxidante directo de um composto orgânico.

2 e- 2H+

H2O2 2 H2O

Exemplo: a peroxídase do glutatião é a mais conhecida

n.o. = -2

n.o. = -1

n.o. = -1 n.o. = -2 26

7) A dismútase do superóxido catalisa a dismutação do superóxido: 2 O2

• - → O2 + H2O2

O2• -

O2• -

n.o. = - ½

O2

H2O2 n.o. = - 1

n.o. = 0

e-

2H+

6) A catálase catalisa a dismutação do peróxido de hidrogénio: 2 H2O2 → O2 + 2 H2O

H2O2

n.o. = - 1

O2

2 H2O n.o. = - 2

n.o. = 0

2 e-

H2O2

27

n.o. = - 1H2O2

n.o. = - 2

OH-e-

OH•

Fe2+

Fe3+

A reacção de Fenton é uma reacção de oxi-reduçãonão enzímicaque se acredita ter importância na formação do radical hidroxilonos seres vivos

Nem todas as reacções de oxi-redução com interesse biológico são catalisadas por enzimas.

28

OH•

H2O

O2

O radical hidroxilo pode, oxidando moléculas componentes dos seres vivos, originar radicais orgânicos muito reactivos...que estão na origem da formação de peróxidos orgânicos.

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comeringerir substâncias no estado reduzido que vão ser oxidadas a CO2

e respirarinspirar O2, o oxidante último dos nutrientes e expirar o produto da oxidação dos nutrientes

O que os seres vivos sabem fazer melhor é…

30

C6H12O6 + 6 O2 → 6 CO2 + 6 H2O

n.o. = + 4n.o. = 0

n.o. = 0 n.o. = -2

A oxidação dos nutrientes é um processo que, embora ocorra por mecanismos distintos, assemelha-se muito à oxidação da gasolina num automóvel.

Em ambos os casos:

um composto orgânico oxida-se a CO2enquanto o O2 se reduz a H2O.

31

C6H12O6 + 6 O2 → 6 CO2 + 6 H2O

n.o. = + 4n.o. = 0

n.o. = 0 n.o. = -2

Semi-equação de oxidação:

C6H12O6 + 6 H2O → 6 CO2 + 24 e- + 24 H+

Semi-equação de redução:

6 O2 + 24 e- + 24 H+ → 12 H2O

C6H12O6 6 CO2

6 O2 12 H2O24 e-

32

- 0,43 VCO2 / glicose6 CO2 + 24 e- + 24 H+ →glicose + 6 H2O

0 VH+ / H22 H+ + 2 e-→ H2

+ 0,81 VO2 / H2O6 O2 + 24 e- + 24 H+ →12 H2O

potencial redoxpadrão (Eº’)

par redoxforma oxidada / forma reduzida

Semi-equação de redução

Equação de Nernst:

∆ Eº´=0,059

nlog Keq

∆ Eº´= 1,24 V ⇔ Keq ≈ 10 500

24 e-

⇔ log Keq =n ∆ Eº´0,059

Apesar desta Keq a reacção de oxidação da glicose só ocorre nos seres vivos porque ... há oxi-redútases.

33

glicose

gliceraldeído-3-P

2 e-

piruvato

acetil-CoA

2 e- isocitrato

α-cetoglutarato

2 e-

succinil-CoA

succinato

fumarato

oxalacetato

malato

1,3-bisfosfoglicerato

2 e-

2 e-

2 e-

gliceraldeído-3-P

2 e-

piruvato

acetil-CoA

2 e- isocitrato

α-cetoglutarato

2 e-

succinil-CoA

succinato

fumarato

oxalacetato

malato

1,3-bisfosfoglicerato

2 e-

2 e-

2 e-

gliceraldeído-3-P

2 e-

piruvato

acetil-CoA

2 e- isocitrato

α-cetoglutarato

2 e-

succinil-CoA

succinato

fumarato

oxalacetato

malato

1,3-bisfosfoglicerato

2 e-

2 e-

2 e-

gliceraldeído-3-P

2 e-

piruvato

acetil-CoA

2 e- isocitrato

α-cetoglutarato

2 e-

succinil-CoA

succinato

fumarato

oxalacetato

malato

1,3-bisfosfoglicerato

2 e-

2 e-

2 e-

36

No processo intervêm 3 enzimas que se situam na membrana interna da mitocôndria:

Seguindo o trajecto dos electrões desde succinato até ao oxigénio...

2e-

2e-

2e-

1º-Desidrogénase do succinato: oxida succinato reduzindo ubiquinona

2º-Redútase do citocromo c: oxida ubiquinol reduzindo citocromo c

3º-Oxídase do citocromo c: oxida citocromo c reduzindo oxigénio

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1º- Acção catalítica da desidrogénasedo succinato (ou complexo II)A transferência de 2 electrões entre o succinato e a ubiquinina dá-se em duas etapas:

1ª etapa: oxidação do succinato a fumaratocom redução do FAD a FADH2.

FAD FADH2

2 e- 2 H+

38

2 e- 2 H+

forma oxidada = FAD forma reduzida = FADH2

n.o. = +2n.o. = +1

n.o. = +3 n.o. = +2

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2ª etapa: oxidação do FADH2 a FAD com redução da ubiquinona (Q) a ubiquinol (QH2).

FADFADH2

2 e- 2 H+

Forma oxidada = Q Forma reduzida = QH2

Reacção global catalisada pela desidrogénase do succinato

succinato + Q fumarato + QH2 40

2º-Acção catalítica da redútase do citocromo c (ou complexo III)

QQH2

2 e-

2 H+

2 2 Fe2+Fe3+

41

... de facto, a redútase do citocromo c é, simultaneamente,uma enzima (uma oxi-redútase) e um transportador de protões que são bombeados para fora da mitocôndria:

QH2 + 2Cyt c (Fe3+) + 2 H+ (dentro) → Q + 2 Cyt c (Fe2+) + 4 H+ (fora)

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3º-Acção catalítica da oxídase do citocromo c (complexo IV)

2 cyt. c (Fe2+)2 e-

2 H+

½ O2

2 cyt. c (Fe3+)

H2On.o. = 0 n.o. = -2

43

2 Cyt c (Fe2+) + ½ O2 + 4 H+(dentro) → H2O + 2 Cyt c (Fe3+)+ 2 H+(fora)

... de facto, a oxídase do citocromo c é, simultaneamente,uma enzima (uma oxi-redútase) e um transportador de protões que são bombeados para fora da mitocôndria:

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2 e-

O trajecto dos electrões desde succinato até ao oxigénio... somatório das reacções: succinato + ½ O2 → fumarato + H2O

+ 0,81 VO2 / H2O½ O2 + 2 e- + 2 H+ →H2O

potencial redoxpadrão (Eº’)

par redoxforma oxidada / forma reduzida

Semi-equação de redução

+0,03 Vfumarato / succinatofumarato + 2 e- + 2 H+ →succinato

∆ Eº´=0,059

nlog Keq

∆ Eº´= 0,78 V ⇔ Keq ≈ 10 26

Keq =[fumarato]

[succinato] (PO2)1/2

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glicose

gliceraldeído-3-P

2 e-

piruvato

acetil-CoA

2 e- isocitrato

α-cetoglutarato

2 e-

succinil-CoA

succinato

fumarato

oxalacetato

malato

1,3-bisfosfoglicerato

2 e-

2 e-

2 e-

gliceraldeído-3-P

2 e-

piruvato

acetil-CoA

2 e- isocitrato

α-cetoglutarato

2 e-

succinil-CoA

succinato

fumarato

oxalacetato

malato

1,3-bisfosfoglicerato

2 e-

2 e-

2 e-

CO2

CO2

CO2

CO2

CO2

CO2

46

A reacção catalisada pela desidrogénase do piruvato pode ser, conceptualmente, entendida como o somatório de 2 processos:

(1a) Reacção de oxidação do piruvato a acetato + CO2:

n.o. = +3n.o. = +2 n.o. = +3 n.o. = +4

2 e-

(2) Reacção inversa à de hidrólise do acetil-CoA:

2

+

47

O NAD+ é o aceitador de electrões na reacção catalisada pela desidrogénasedo piruvato.

piruvato acetato + CO2

2 e-

NAD+ NADH

(1b) reacção de redução do NAD+ a NADH

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(1b) NAD+ + 2 e- + H+ → NADH

(1a) piruvato + H2O → acetato + CO2 + 2 e- + 2 H+

(2) acetato + CoA → acetil-CoA + H2O

Reacção catalisada pela desidrogénase do piruvato:

piruvato + CoA + NAD+ → acetil-CoA + CO2 + NADH + H+

O destino final dos electrões que reduziram o NAD+ a NADH é o O2.

Que caminho seguem esses electrões?

2 e-

49

No processo intervêm 3 enzimas que se situam na membrana interna da mitocôndria:

Seguindo o trajecto dos electrões desde NADH até ao oxigénio...

2e-

2e-

2e-

1º-Desidrogénase do NADH: oxida NADH reduzindo ubiquinona

2º-Redútase do citocromo c: oxida ubiquinol reduzindo citocromo c

3º-Oxídase do citocromo c: oxida citocromo c reduzindo oxigénio50

A desidrogénase do NADH (ou complexo I)contém como grupo prostético o FMN.

NADH NAD+

FMNH2FMN2 e-

NADH + Q NAD+ + QH2

(forma oxidada)

QH2Q

2 e-FMN

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NADH + H+ + Q + 4 H+ (dentro) → NAD+ + QH2 + 4 H+ (fora)

... de facto, a desidrogénase do NADH é, simultaneamente,uma enzima (uma oxi-redútase) e um transportador de protões que são bombeados para fora da mitocôndria:

52

2 e-

somatório das reacções: NADH + ½ O2 → NAD+ + H2O

+ 0,81 VO2 / H2O½ O2 + 2 e- + 2 H+ →H2O

potencial redoxpadrão (Eº’)

par redoxforma oxidada / forma reduzida

Semi-equação de redução

-0,32 VNAD+/ NADHNAD+ + 2 e- + H+ → NADH

∆ Eº´=0,059

2log Keq

∆ Eº´= 1,13 V ⇔ Keq ≈ 10 38 Keq =[NAD+]

[NADH] (PO2)1/2

No trajecto dos electrões entre NADH e o O2intervêm os complexos da cadeia respiratória I, III e IV.

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Nem todas as reacções redox são fisiológicamente irreversíveis. O sentido em que uma reacção (qualquer reacção) evoluí é determinado pela razão Keq / QR.

aA + bB ↔ pP + qQ

2- A reacção evolui em sentido directo ... A + B → P + Q

se Keq > QR ⇔ Keq/QR >1

3- e evolui em sentido inverso... P + Q → A + Bse Keq < QR ⇔ Keq/QR <1

1- Uma reacção está em equilíbrio...Keq = QR ⇔ Keq/QR =1

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Zn + Cu2+ Zn2+ + Cu

∆E = ∆Eº - 0,0592

log[Zn2+]

[Cu2+]

∆E = 0,0592

log Keq

QR...se Keq = QR ⇒∆E = 0 V

...se Keq > QR ⇒∆E > 0

...se QR=1 ⇒∆E = ∆Eº

Keq ≈ 1037 1,1V

Zn

Cu2+

QR

55 56

57

- 0,19 Vpiruvato / lactatopiruvato + 2 e- + 2 H+ →lactato

potencial redoxpadrão (Eº’)

par redoxforma oxidada / forma reduzida

Semi-equação de redução

-0,32 VNAD+/ NADHNAD+ + 2 e- + H+ → NADH

∆ Eº´= 0,13 V ⇔ Keq ≈ 10 4,4 Keq =[NAD+] [lactato]

[NADH] [piruvato]

Keq ≈ QR

∆E’ = 0,0592

log Keq

QR... se QR>Keq ⇔ ∆E’ <0 ⇒ fluxo invertido de electrões