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ANDRADE, Jorge (1922/1984) Os Ossos do Barão Comédia urbana/3 atos/12 personagens/8 fem. 4 masc./Atual/Aristocracia urbana decadente/Classe ascendente de imigrantes enriquecidos SINOPSE Egisto Ghirotto, imigrante italiano e antigo colono das fazendas de café do barão de Jaraguá, enriquecido com o trabalho no campo e, posteriormente, no ramo da tecelagem, comprou, ao longo de quarenta anos, todas as terras que pertenceram ao antigo patrão, além da capela com os ossos do mesmo. Resolve anunciar a venda da capela e dos móveis da família do barão com o único objetivo de aproximar Izabel, bisneta do barão, de seu filho Martino. Logo no início são apresentados os dois grupos de personagens: de um lado a aristocracia decadente, representada por Miguel e sua família, e de outro, Egisto Ghirotto, sua mulher e filho. O texto celebra, pelo casamento da jovem aristocrata empobrecida e do jovem filho de imigrante enriquecido, a união da tradição e do trabalho, do nome e da ânsia de progresso, construindo, na perspectiva das classes dominantes, o movimento desenvolvimentista de São Paulo. Essa é a biografia imaginária de muitas riquezas famosas da metrópole. Com o casamento, nasce o primeiro filho, a quem Izabel quer dar o nome de Egisto Ghirotto Neto, ao mesmo tempo que o avô imigrante dá de presente ao neto uma réplica da caravela de Martim Afonso de Souza que teria trazido para nossa terra todos os dezesseis sobrenomes presentes na tradicional família do barão. Com a união das famílias, Egisto atinge seu objetivo, o de ver sua família enterrada junto aos restos mortais da família do barão.

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ANDRADE, Jorge (1922/1984)

Os Ossos do Barão

Comédia urbana/3 atos/12 personagens/8 fem. 4 masc./Atual/Aristocracia urbana decadente/Classe ascendente de imigrantes enriquecidos

SINOPSE

Egisto Ghirotto, imigrante italiano e antigo colono das fazendas de café do barão de Jaraguá, enriquecido com o trabalho no campo e, posteriormente, no ramo da tecelagem, comprou, ao longo de quarenta anos, todas as terras que pertenceram ao antigo patrão, além da capela com os ossos do mesmo.

Resolve anunciar a venda da capela e dos móveis da família do barão com o único objetivo de aproximar Izabel, bisneta do barão, de seu filho Martino.

Logo no início são apresentados os dois grupos de personagens: de um lado a aristocracia decadente, representada por Miguel e sua família, e de outro, Egisto Ghirotto, sua mulher e filho.

O texto celebra, pelo casamento da jovem aristocrata empobrecida e do jovem filho de imigrante enriquecido, a união da tradição e do trabalho, do nome e da ânsia de progresso, construindo, na perspectiva das classes dominantes, o movimento desenvolvimentista de São Paulo. Essa é a biografia imaginária de muitas riquezas famosas da metrópole.

Com o casamento, nasce o primeiro filho, a quem Izabel quer dar o nome de Egisto Ghirotto Neto, ao mesmo tempo que o avô imigrante dá de presente ao neto uma réplica da caravela de Martim Afonso de Souza que teria trazido para nossa terra todos os dezesseis sobrenomes presentes na tradicional família do barão.

Com a união das famílias, Egisto atinge seu objetivo, o de ver sua família enterrada junto aos restos mortais da família do barão.