Os teores e a avaliação econômica de mineração
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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE MARABÁ
FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS E MEIO AMBIENTE
Os teores e a avaliação econômica de mineração
Marabá
03 / 2015
Os teores e a avaliação econômica de mineração
Trabalho apresentado como requisito
parcial de conceito na disciplina Pesquisa
Mineral II do Curso Engenharia de Minas
e Meio Ambiente.
Docente: Msc. Dennin Tomás Quispe
Arapa
Marabá
2015
Os teores e a avaliação econômica de mineração
Avaliado em ____/_____/______
__________________________________________
Prof. Msc. Dennin Tomás Quispe Arapa
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................5
2 OBJETIVO................................................................................................................5
3 TEOR........................................................................................................................5
3.1 DEFINIÇÃO........................................................................................................5
3.2 TEOR ECONÔMICO..........................................................................................6
3.3 TEOR LIMITE.....................................................................................................6
3.4 TEOR DE CORTE..............................................................................................6
3.5 TEOR MÍNIMO OPERACIONAL.........................................................................6
3.6 TEOR DE UTILIZAÇÃO......................................................................................7
3.7 EXEMPLOS........................................................................................................8
4 GLOSSÁRIO............................................................................................................8
5 CONCLUSÃO...........................................................................................................8
REFERÊNCIAS...........................................................................................................9
1. INTRODUÇÃO
Recursos minerais são um bem suprimento finito e não-renovável, de
utilização crescente. A aplicação mineral encontra-se nas mais diversas áreas:
alimentação, moradia, agricultura, construção civil, entre outros.
A reserva mineral representa volumes rochosos com determinadas
características indicativas de seu aproveitamento econômico. O estudo detalhado de
um recurso ou reserva mineral pode levar à viabilidade técnica-econômica de um
depósito mineral (massa ou volume rochoso no qual substâncias minerais estão
concentradas de modo anômalo, quando comparadas com sua distribuição na crosta
terrestre, e em quantidade com um potencial mineral econômico).
Quanto maior for o teor, que é um grau de concentração das substâncias em
um depósito mineral, mais valioso ele será, pois somente a partir de um valor
mínimo de teor é que suas substâncias úteis poderão ser extraídas com lucro. A
análise econômica de mina varia com o tempo, mercado e tecnologia.
2. OBJETIVO
O objetivo do presente trabalho pode ser divido nas seguintes partes
complementares:
Objetivo principal: Analisar teor mínimo operacional.
Objetivos específicos:
Definir teor;
Analisar teor econômico;
Exemplificar teor mínimo operacional na região;
Demonstrar o clarque, fator de enriquecimento e cut off para alguns
elementos: Au, Fe, Cu, Nb, Mn, Zn e Pb.
Analisar as informações obtidas e registrar conclusões.
3. TEOR
3.1. DEFINIÇÃO
O TEOR é uma relação entre a quantidade de mineral minério e minério, ou
seja, T = MM / M, onde MM= Mineral-Minério, M=Minério e T = Teor (se o teor é
dado em percentagem multiplica-se o resultado por 100). As unidades de teor mais
utilizadas em Pesquisa Mineral são: %, g/ton, ppm, ppb, Kg/ton.
1.1. TEOR ECONÔMICO
Considera-se Teor de Equilíbrio Econômico (Te) aquele que torna
economicamente atrativo o aproveitamento de um determinado bloco de lavra. A
comparação entre o teor real do bloco (ti) (a partir de alguns parâmetros,como custo de
remoção do estéril, capacidade da usina de beneficiamento de retirar a substância útil) , ou seja, o
teor médio, e o teor de equilíbrio econômico, calculado a partir das demais
características do bloco, permite decidir se o bloco deve ou não ser lavrado. Assim,
se: ti > Te: o bloco deve ser lavrado, pois gerará um Benefício Líquido (BL), no
mínimo, nulo; ti < Te: o bloco não deve ser lavrado, pois gerará um BL negativo,
se computados os custos de extração (Ca).
Teor de Equilíbrio Econômico serve principalmente para definir os limites da
reserva lavrável, ou seja, da própria cava.
1.2. TEOR LIMITE
Segundo Neto e Rocha, é o menor teor que se pode misturar (BLENDAGEM)
com o teor de uma camada que está sendo desmontada, de tal forma que, dessa
mistura a média seja coincidente com o teor de corte.
Segundo Nery, é o teor que compensa economicamente realizar a lavra
subterrânea ou a céu aberto. Todo bloco com teor acima do teor limite, sempre será
lavrado, pois gerará sempre um BL positivo.
1.3. TEOR DE CORTE (TEOR CRÍTICO + LUCRO)
Segundo Neto e Rocha, o CUT-OFF ou TEOR DE CORTE é o teor mínimo da
substância útil que permite a sua extração econômica, varia em função do preço de
mercado do bem mineral.
Segundo Yamamoto, o teor de corte é o menor teor ao qual compensa lavrar
economicamente um bloco de minério que tenha relação de mineração nula.
Aplicando-se o teor de corte ao depósito em estudo, delimita-se a zona
mineralizada, economicamente lavrada.
1.4. TEOR MÍNIMO OPERACIONAL (CRÍTICO)
Segundo Neto e Rocha, é o teor em que a operação de lavra não dá lucro e
nem prejuízo. É uma espécie de limiar entre lucro versos prejuízo. Matematicamente
calcula-se como sendo uma relação entre os custos para se produzir uma tonelada
do concentrado e o preço de venda de 1 tonelada do concentrado.
Segundo Nery, é o extremo inferior da faixa que, comumente, se
classifica como minério, pois tem viabilidade econômica, ainda que a sua lavra seja
paga pelo Te. É o teor que viabiliza o aproveitamento do conteúdo útil, com custos
de lavra e relação de mineração nulos, tendo-se apenas as despesas com as
operações subsequentes à extração/remoção. É possível exemplificar, citando um
determinado bloco pouco mineralizado, localizado dentro da cava, que terá que ser
removido na condição de estéril, para efeito dos custos de lavra, para liberar a face
livre de outros blocos mais ricos, e que posteriormente poderá vir até ser enviado à
usina.
Quadro 01 – Teor crítico – mina de ferro de Carajás
Projeto/Empresa Localização MinérioCusto de
Produção (t)
Preço de
Venda (t)
Teor
Critico (%)
Carajás/ValeSerra dos
CarajásFe U$$ 21,6* U$$ 38** 57
*Fonte: http://www.zedudu.com.br/?cat=778;** Fonte: http://www.geologo.com.br/MAINLINK.ASP?VAIPARA=Vale,%20amiga%20ou%20inimiga
1.5. TEOR DE UTILIZAÇÃO
É o teor médio mínimo de alimentação da usina de beneficiamento. Deve
localizar-se numa faixa entre o teor de corte e o teor mínimo operacional. Na
eventualidade de ter-se de reduzir a faixa de teor de minério que será enviado à
planta de tratamento, tal teor não poderá atingir valores inferiores ao TMO ou poder-
se-ia estar gerando um BL negativo e, consequentemente, obtendo prejuízo.
O propósito do teor de corte é limitar, portanto, a inclusão de material
considerado mineralizado no inventário dos recursos. Para uma dada tonelagem de
material mineralizado, haverá um teor mínimo que irá ao encontro desse critério.
Como, na prática, a maioria dos depósitos são heterogêneos, para se obter as
possibilidades de determinação do teor de corte, torna-se necessário o
conhecimento da curva tonelagem-teor do depósito em estudo.
1.6. EXEMPLOS
Quadro 02 – Clarque, fator de enriquecimento, cutt off graus e teor mínimo
operacional de alguns elementos.
Legenda: Valores em vermelho - Neto e Rocha, 2010.
Valores em azul - Damasceno, 2006.
Valores em verde – Catique.
2. GLOSSÁRIO
BENEFÍCIO LÍQUIDO (BL): é a receita suficiente para cobrir os custos de produção,
o pagamento de royalties e remunerar o capital investido proporcionada por uma
tonelada produzida de minério.
RELAÇÃO DE MINERAÇÃO NULA: O bloco tem teor que paga as operações de
produção, mais não paga a remoção de qualquer material estéril.
3. CONCLUSÃO
A avaliação econômica no setor mineral através de análises de parâmetros
permite a tomada de decisões em projetos de mineração, calcadas em objetivos
corporativos, como: lucro, rentabilidade, sobrevivência e crescimento; permitindo
assim que recursos geológicos sejam convertidos em produtos comercializáveis em
mercado.
A análise dos teores estudados torna-se, portanto parte integrante desta
avaliação, dado o fato de serem um destes parâmetros mencionados anteriormente.
Desta forma, verificou-se a importância do conhecimento e análise dos
teores estudados no presente trabalho para a avaliação econômica no âmbito da
mineração, área de estudo das graduandas.
REFERÊNCIAS
Catique, J. A (s.d). Prospecção II – Universidade Federal do Amazonas. Acesso em
26 de março de 2015, disponível em:
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABJugAA/prospeccao-ii-conceitos-basicos.
Damasceno EC. Disponibilidade, suprimento e demanda de minérios para
metalurgia. Série Estudos e Documentos. 1a. ed. Rio de Janeiro: CETEM/MCT;
2007.
YAMAMOTO, J. K. Avaliação e Classificação de Reservas Minerais. São Paulo:
ed. da Universidade de São Paulo, 2001.
NETO, M.T.O.C; ROCHA, A.M.R. Noções de Prospecção e Pesquisa Mineral
para técnicos de Geologia e Mineração. Rio Grande do Norte: IFRN, 2010.
NERY, M. A. C. O problema da estimativa de recursos minerais no estudo da
exequibilidade de lavra. Brasil 1995. 97 f. Dissertação (Mestrado em Geociências)
– Pós Graduação em Geociências: Área de Administração Política de recursos
Minerais, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1995.