OS SENTIDOS.pdf

11
OS SENTIDOS – BRILLAT-SAVARIN

description

Aula sobre os sentidos, capítulo do livro de Savarin

Transcript of OS SENTIDOS.pdf

  • OS SENTIDOS BRILLAT-SAVARIN

  • Os sentidos so os rgo por meio dos quais o homem se pe em relao com os objetos exteriores

  • Nmero dos sentidosA viso nos informa por meio da luz a existncia de cores dos corposque nos cercam;

    A audio, que recebe por intermdio do ar, as vibraes causadaspelos corpos ruidosos e sonoros;

    O olfato, percebemos os odores dos corpos que deles so dotados;

    O gosto, apreciao do que spido ou esculento (bom para secomer)

    O tato, percepo da consistncia e a superfcie dos corpos

  • Ao dos sentidos possvel que as primeiras sensaes do homens tenham sidopuramente diretas:

    viu sem preciso,

    ouviu confusamente,

    cheirou sem discernimento,

    comeu sem saborear

  • Ao dos sentidosMas como essas sensaes tm por centro comum a alma, elas foram refletidas,comparadas, julgadas

    Os sentidos passaram a ajudar uns aos outros, para a utilidade e o bem estar do eusensitivo/ indivcuo

    O tato retificou o erro da viso

    O gosto buscou auxlio do olfato e da viso

    Audio comparou os sons

  • Aperfeioamento dos sentidos

    A esfera do gosto teve importantes extenses: a descoberta do acar, as especiarias,

    as bebidas alcolicas, os glaces, a baunilha, o ch, o caf...

    Tato poder ser fonte de novas satisfaes? Na medida em que o tato existe

    por todo o corpo, consequentemente pode ser excitado por toda parte.

  • O poder do gostoComparecer a um banquete suntuoso, numa sala ornadas de espelhos,flores, pinturas, esculturas, aromatizadas de perfumes, enriquecidas debelas mulheres, repleta de sons de uma suave harmonia

    Todas essas cincias foram convocadas para realar e enquadraradequadamente os prazeres do gosto

  • A influncia do olfato sobre o gosto

    Se o olfato no se constitui como constituinte do gosto, ao menos como acessrio

    indispensvel.

    Todo corpo spido odorfero se coloca tanto no imprio do olfato, como no

    imprio do gosto

    Nada se come sem que se tenha uma conscincia maior ou menor do seu cheiro; e

    para alimentos desconhecidos, o nariz cumpre sempre a funo de sentinela

    avanada.

  • A influncia do olfato sobre o gostoQuando se intercepta o olfato, paralisa-se o gosto:

    1 experincia: constipao nasal gosto obliterado

    2 experincia: tapando o nariz, sente-se o gosto apenas de umamaneira obscura e imperfeita

    3 experincia: no momento em que ingerimos e pressionarmos alngua contra o palato , interceptamos a circulao de ar, o olfato no sensibilizado e a gustao mo ocorre

  • Supremacia do homem

    Ao comermos experimentamos um certo bem estar indefinvel e particular

    Os animais so limitados em seus gostos: uns vivem apenas de vegetais, outros s comem

    carne; h os que se alimentam exclusivamente de gros; nenhum deles conhece os sabores

    compostos

    J o homem onvoro. Tudo o que comestvel submete-se ao seu vasto apetite, o que

    implica em poderes de degustao proporcional ao extenso uso que far desses poderes.

  • REFERNCIASAVARIN, Brillat. A fisiologia do gosto. So Paulo: Companhia das Letras, 1995.