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OS RECURSOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS COMO MEDIADORES DO PROCESSO ENSINO – APRENDIZAGEM.

Autor: Luís Fernando Mariano da Silva

Orientador: Regina Taan

Resumo

Os Recursos Didáticos Pedagógicos, embora sejam ferramentas importantes do trabalho docente, não são utilizados de forma a oferecer todos os benefícios possíveis para tornar as aulas mais atraentes e ajudar na aprendizagem dos conteúdos. Este trabalho apresenta os elementos que constituem um Recurso Didático Pedagógico, bem como de forma geral, quando, como e com qual finalidade deverá ser utilizado em sala de aula pelo professor regente. Pretendemos com isso contribuir para que a utilização de tais Recursos evidenciem a formação teórica do professor de forma que a Prática Pedagógica reflita a interação entre as ideias Pedagógicas e o fazer docente. Considerando que os conhecimentos acadêmicos são essenciais na sociedade atual para o exercício da cidadania, devemos utilizar os Recursos Didáticos Pedagógicos como mediadores do Processo de Ensinar e Aprender favorecendo assim a construção de novos conhecimentos pelos educandos, fortalecendo suas personalidades e dando-lhes condições de atuar na sociedade como verdadeiros cidadãos.

PALAVRAS – CHAVE: Recurso Didático Pedagógico, Professor, Aluno, Escola.

PROFESSOR PEDAGOGO – COLÉGIO ESTADUAL “ OLAVO BILAC “ ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

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1. INTRODUÇÃO

Este Artigo tem como finalidade, discutir os Recursos Didáticos Pedagógicos,

seu uso e utilidade.

Sendo eu professor pedagogo da Rede Pública de Educação a mais de vinte

anos, tenho sentido na pele todos esses anos a insuficiência do uso dos Recursos

Didáticos Pedagógicos em sala de aula, seja por resistência do professor regente

em utilizá – los ou por falta dos mesmos nas Instituições de Ensino Público .

Ainda tem a agravante que durante anos se popularizou o Livro Didático

Pedagógico como único recurso a ser utilizado pelo professor, passando assim uma

falsa imagem de que o Livro Didático Pedagógico era absoluto, não necessitando de

outros complementos para uma Prática Pedagógica eficiente e completa .

As discussões aqui realizadas serão de forma geral, abrangendo o uso dos

Recursos Didáticos Pedagógicos nas diversas áreas do conhecimento, tentando

ajudar o professor a sanar problemas de aprendizagem, com a mudança de postura

frente a tais Recursos .

O maior objetivo desta discussão será tentar definir e ilustrar a importância

desses Recursos no Processo Ensino – Aprendizagem .

Outra contribuição do nosso trabalho são : as indicações bibliográficas para os

que pretendam se aprofundar no assunto aqui abordado, destacamos entre as

referências e justificativas autores como: ADORNO (1996), FREIRE (1987),

LORENZATO (2006), MIRANDA (2007), NITZKE (1999), NOGUEIRA (2005),

PIAGET (1998) , SALAS (2004), SAVIANI (1994) e TOMLISON (2004), VILAÇA

(2002), WEISS (1994), ZUNINO (1995), que dedicaram parte de suas obras na

discussão sobre o uso dos Recursos Didáticos Pedagógicos na prática diária do

professor em sala de aula.

Foi nossa intenção oferecer aos professores da Rede Pública de Ensino

condições de elaborar, reelaborar, compreender e aprimorar seus saberes e suas

Práticas Pedagógicas, de maneira que as mesmas possam fazer sentido para os

alunos, mediante a utilização de Recursos Didáticos Pedagógicos variados, saindo

assim da mesmice do Livro Didático Pedagógico.

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2. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

A compreensão da natureza humana é fundamental, para, que se entenda a

natureza da Educação. Para SAVIANI (1985), Os homens se diferenciam dos

demais seres vivos por não ter sua existência garantida, por necessitar produzi –la

continuamente, adaptando a realidade natural a si mesmo, transformando-a.

E isso se dá através do trabalho, que é sempre uma ação intencional no

sentido de extrair da natureza os meios de sua subsistência. Ao iniciar esse

processo, o homem cria o mundo humano, o mundo da cultura. SAVIANI (1984.p.2.),

“Portanto, o que não é garantido pela natureza tem que ser produzido historicamente

pelos homens”. Podemos, pois dizer que a natureza humana não é dada ao homem,

mas é por ele produzida sobre a base da natureza bio–física. Consequentemente, o

trabalho educativo é o ato de produzir, direta e indiretamente, em cada indivíduo

singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos

homens.

A Educação caracteriza–se por ser um trabalho não material, pois refere–se à

produção de conhecimentos, ideias, valores, símbolos, atitudes, habilidades, que os

homens necessitam assimilar.

Para SAVIANI ( 1994.p.1–2), “O ato de dar aula é inseparável da produção

desse ato e de seu consumo. A aula é; pois, produzida e consumida ao mesmo

tempo, produzida pelo professor e consumida pelos alunos.” Trata–se de selecionar

o conteúdo clássico, objetivo e universal disponível em determinada época histórica,

distinguindo–o de conteúdos menos relevantes, bem como de se organizar os meios

“Recursos Pedagógicos,” através dos quais tais conteúdos serão assimilados,

passando a constituir uma segunda natureza humana. A socialização do saber

sistematizado, a transmissão dos instrumentos de acesso ao saber elaborado

constituem, pois, a especificidade da Educação. FREIRE (1987), coloca que: A

inconclusão do homem e sua vocação ontológica por ser mais, sustentam a validade

do Processo Educacional, processo esse onde o homem deve ser o sujeito e nunca

o objeto de sua própria educação.

Porém as ideias só movem o mundo na medida em que estão envolvidas por

sua prática, ou seja, na medida em que se materializam numa prática social é que

as ideias podem transformar a realidade. O objeto do conhecimento não é posse

exclusiva do professor, pelo contrário ele media tanto o professor quanto o aluno no

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Processo Ensino – Aprendizagem.

2.1 A APRENDIZAGEM ESCOLAR COMO ELA OCORRE?

A aprendizagem escolar segundo WEISS (1994), pode ser explicada de

acordo com as perspectivas e motivações do sujeito que podem ser internas ou

externas ao sujeito.

- Externas : São todas aquelas que exercem influência direta ou indiretamente

sobre o sujeito, mas independem de sua vontade, estando entre elas a influência da

sociedade na ação escolar, com sua cultura, oportunidades Políticos Sociais e

Econômicas, Ideológicas e a influência da própria Escola, ao longo do Processo

Ensino-Aprendizagem com suas Concepções Metodológicas, conteúdos culturais e

recursos empregados.

A perspectiva interna se encontra ligada diretamente ao aluno, ou seja, à sua

predisposição e motivação, internas para a aprendizagem como por exemplo:

interesse pelo curso, vontade de aprender etc.

Quanto a perspectiva da Educação em si, SAVIANI (1984), entende que ela

diz respeito, de um lado à identificação dos elementos culturais que precisam ser

assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se tornem humanos

e, de outro lado concomitantemente, à descoberta das formas mais adequadas para

atingir esse objetivo.

Para ele do ponto de vista da Educação, o que significa, então, promover o

homem, o educando? Significa tornar o homem cada vez mais capaz de conhecer

os elementos de sua situação social, para intervir nela no sentido de garantir sua

liberdade individual de comunicação e colaboração entre os seus semelhantes.

FREIRE (1987), entende que o motor do conhecimento é o interesse do

próprio indivíduo aliado à suas necessidades que, além de biológicas são também

econômicas.

Por esse motivo não podemos conceber a motivação como um momento

preparador para a prática.

A motivação está na própria ação, faz parte dela .

O indivíduo se motiva enquanto atua, não antes de o fazer.

Para FREIRE em PEDAGOGIA DO OPRIMIDO (1987), a educação inicia–se

com a preparação dos Recursos Didáticos Pedagógicos a serem utilizados no

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Processo Ensino–Aprendizagem.

A segunda fase do processo corresponde ao uso dos Recursos e a sua

aplicação como mediadores da Aprendizagem.

A aprendizagem deve ocorrer a partir do uso de materiais concretos, daí a

importância do uso dos Recursos Didáticos Pedagógicos como mediadores .

2.2 A ESCOLA E OS RECURSOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS

A função da Escola é a de socializar conhecimentos científicos produzidos

pela humanidade ao longo de sua história, nas diferentes áreas do conhecimento, de

maneira que os educandos não apenas acumulem informações, mas consigam

codificá–las, trazendo para suas vidas, de forma a ampliar o seu senso crítico e a

capacidade de transformar a realidade e melhorar a sua atuação na sociedade como

cidadão ativo e participante do momento histórico em que vive.

Nesse sentido para que o Processo Escolar seja eficiente, se faz necessária

uma aprendizagem satisfatória pelos alunos.

Ao longo desse processo, o professor usará métodos e práticas variadas e

lançará mão de recursos os quais convencionamos chamar de Recursos Didáticos

Pedagógicos.

PIAGET (1998. p. 68), “Ele argumenta que todo e qualquer crescimento

cognitivo só ocorre a partir de uma ação, concreta ou abstrata, do sujeito sobre o

objeto de seu conhecimento”. Para que esses conhecimentos sejam elaborados,

compreendidos e utilizados pelos educandos em suas práticas cotidianas será

necessária uma Ação Pedagógica eficiente por parte do professor .

Não temos a pretensão de criar algo novo ou inusitado, no campo das

Ferramentas Didáticas, mas sim aperfeiçoar o uso do que já existe, fazendo sua

prática mais eficiente em seus propósitos Pedagógicos.

2.3 A EDUCAÇÃO E AS NOVAS TECNOLOGIAS

Com o crescente progresso cultural e os avanços tecnológicos que nos dias

de hoje acontecem tão rápidos, a tecnologia é uma realidade que não pode ser

ignorada pela Educação.

Estamos na era digital onde a mídia tem um papel fundamental na vida das

pessoas e a Educação não pode ficar à margem dessa verdadeira revolução tecno–

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cultural .

Conforme o tempo passa e a tecnologia avança e se populariza, os Recursos

Didáticos Pedagógicos tomam uma nova forma, se adaptando a essa nova realidade

vivida por nós.

Segundo Lorenzato (2006), as atuais demandas educativas requerem um

ensino voltado para a promoção do desenvolvimento da autonomia intelectual,

criatividade e capacidade de reflexão crítica pelo aluno.

Para tanto a introdução de novos recursos baseados na concepção de que o

aluno deve ser o centro do processo Ensino–Aprendizagem, reconhecendo,

identificando e considerando seus conhecimentos prévios é fundamental para que

ele possa realizar–se como cidadão em uma sociedade em constante mudanças.

Os professores contam hoje com Recursos que até pouco tempo, eram

inimagináveis, as possibilidades da internet, dos jogos interativos e do computador

em si, são inesgotáveis e estão aí a serviço de quem quiser fazer uso deles,

inclusive a Educação.

NOGUEIRA (2005), reforça as vantagens dos dispositivos da informática e

novas tecnologias, como apoios que fornecem as funções intelectuais,

exteriorizando e modificando numerosas funções cognitivas como a memória, a

simulação e a percepção, além de possibilitar, experimentar, realizar conjunturas,

visualizar e fazer verificações e o mais importante, incentiva o aluno a pensar, uma

vez que o computador, nada faz sozinho, apenas obedece às ordens emitidas pelos

usuários.

É inconcebível pensarmos nos dias de hoje em uma Educação voltada para

as práticas do passado, centrada única e exclusivamente na exposição verbal de

conteúdos e no uso do quadro de giz, usando o professor como figura central do

Processo Ensino–Aprendizagem.

Os Recursos Didáticos Pedagógicos não devem e não podem assumir o

papel principal neste processo. Sejam eles manipuláveis ou tecnológicos, devem ser

vistos como instrumentos mediadores da aprendizagem, sendo o professor o

primeiro responsável pela aprendizagem em sala de aula.

Isto depende da postura do professor frente a esses avanços, mudando seus

conceitos e suas Práticas Pedagógicas sem medo de ousar. A história da

humanidade nos ensina que os grandes vitoriosos foram aqueles que mais ousaram,

estando a frente de seu tempo.

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Após pesquisar as inúmeras possibilidades que hoje a tecnologia nos oferece

como aliadas da Educação, percebi ser o computador a mais completa delas.

Acredito que essa ferramenta seja fundamental para alunos e professores.

Penso que deveria haver pelo menos um computador em cada sala de aula,

para que fosse utilizado no momento em que surgisse a necessidade, porque a

partir do momento em que se instalou uma TV PENDRIVE em cada sala de aula,

notamos uma grande mudança no modo do professor ensinar.

Sendo o computador uma tecnologia mais completa, as possibilidades do seu

uso, são bem maiores, abrindo assim um campo totalmente novo a ser explorado,

por alunos e professores.

Posso dizer que o a instalação de TV PENDRIVE nas salas de aula foi um

acontecimento que marcou a Educação no Estado do Paraná, como um divisor de

águas e o computador não será diferente.

A utilização dos Recursos Didáticos Pedagógicos pode contribuir e muito para

a aprendizagem, pois conforme afirma ZUNINO (1995), o Ensino não pode ser

pautado em transmissões verbais, por meio de aulas expositivas e explicações orais.

A Escola deve conduzir o aluno ao raciocínio lógico, ensinando–o a pensar e

interagir no meio em que vive, transformando–o.

De acordo com MIRANDA e LAUDARES (2007), só ocorrem ganhos no uso

de novas tecnologias aliadas ao ensino, pois pode–se conseguir informações de fácil

acesso e comunicação à distância e novas possibilidades para a construção do

conhecimento, mostrando que existe uma nova forma de ensinar a aprender na

Escola.

A Educação deve estar sempre voltada para o futuro e aberta ás novas

tecnologias, pois é dela o papel de formar novos cidadãos para agirem e interagirem

na sociedade, transformando as relações sociais e de trabalho entre os homens.

3. O RECURSO DIDÁTICO PEDAGÓGICO. O QUE É?

Para TOMLINSON (2004, p.1-24) “O Recurso Didático Pedagógico é

qualquer coisa que ajude o professor a ensinar”.

Já para Salas (2004) o Recurso Didático Pedagógico é um instrumento tanto

a serviço do professor quanto do aluno. A serviço, do professor, no que diz respeito

a facilitar a sua tarefa de ensinar, tornando a aprendizagem do aluno mais eficiente

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e prazerosa. Quanto ao aluno o uso do Recurso Didático Pedagógico torna a sua

aprendizagem mais consistente, trazendo a teoria à prática.

Na modalidade Recurso Didático Pedagógico encaixa–se todo e qualquer

material que possa ser utilizado para auxiliar no Processo Ensino–Aprendizagem,

como por exemplo: RESUMOS, TAREFAS, CD RONS, VÍDEOS, CDs, TV

PENDRIVE, como também o LIVRO DIDÁTICO PEDAGÒGICO .

Ao longo da História da Educação no Brasil, vemos que os Recursos

Didáticos Pedagógicos em algumas épocas foram muito explorados e em outras

entrou em desuso, no verdadeiro esquecimento.

Nos tempos atuais o uso desses Recursos têm se difundido cada vez mais

entre os profissionais da Educação, pois os avanços tecnológicos são uma realidade

que não podemos ignorar.

Os Governos Federal e Estadual têm investido valores cada vez mais

consideráveis em Recursos Didáticos Pedagógicos nos últimos anos, tais como: TV

PENDRIVE, LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA, SÓLIDOS GEOMÉTRICOS,

MICROSCÓPIOS ÓPTICOS, MAPAS, TABELAS PERIÓDICAS, DATA SHOW, entre

outros. Tudo isso visando a melhoria da Educação nas Escolas Públicas brasileiras.

No entanto alguns professores ainda resistem em utilizar tais Recursos ou até

mesmo fazem uso deles, mais de forma inadequada, no momento errado.

De acordo com Cerqueira e Ferreira (2007) os Recursos Didáticos podem ser

classificados como:

– Naturais: Aqueles que envolvem elementos da existência real na natureza.

Ex: ÁGUA, PEDRA, PLANTAS E ANIMAIS.

– Pedagógicos: Aqueles compostos por QUADRO DE GIZ,

FLANELÓGRAFO, CARTAZES, GRAVURAS, MAQUETES etc.

– Tecnológicos: Aqueles que usam a mídia como: RÁDIO, GRAVADOR,

TELEVISÃO, COMPUTADOR, PENDRIVE, CD ROM, CARTÃO DE MEMÓRIA E

LABORATÓRIO.

– Culturais: Aqueles que abrangem, BIBLIOTECAS, MUSEUS,

CONVENÇÕES E EXPOSIÇÕES.

3.1 PORQUE USAR, OS RECURSOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS?

A função mais ampla dos Recursos Didáticos Pedagógicos é auxiliar o

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Processo Ensino-aprendizagem, facilitando assim tarefa do professor e o bom

desempenho do aluno, tornando assim as suas aulas menos enfadonhas e os

conteúdos mais interessantes.

Sendo assim o professor ao utilizar tais Recursos em sala de aula vai facilitar

e muito o seu trabalho e a aprendizagem de seus alunos.

Para que os objetivos sejam atingidos na sua totalidade, os professores usam

certas estratégias que auxiliam o aluno a pensar mediando assim os conhecimentos.

Para NITZKE (1999), a intervenção do professor, considerando a utilização

destes Recursos Pedagógicos, pode ocorrer de modo a fornecer pistas e questionar

posições e estratégias, promovendo perspectivas de uma análise mais crítica por

parte dos alunos sobre a situação.

Segundo a Lei nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,

no artigo 35, Ia IV, atribui ao Ensino Médio os seguintes objetivos e finalidades:

– A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no

Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento dos estudos;

– A preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para

continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas

condições de ocupação ou aperfeiçoamento, posteriores;

– O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a

formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento

crítico;

– A compreensão dos fundamentos científicos – tecnológicos dos

processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada

disciplina.

Neste contexto o desafio hoje no Ensino Médio é a busca de um ensino que

ofereça ao educando a oportunidade de acesso às novas tecnologias como

ferramentas capazes de ajudá – lo a aprender.

Porém o professor e o aluno, precisam usar tais ferramentas, de forma

consciente e responsável, na hora e no momento, oportunos para estabelecer

relações entre os saberes.

Segundo NITZKE (1999), é preciso criar situações para que esse aluno

estabeleça relações entre relações, que façam com que ele construa e reinvente as

noções, que, se pretende que ele aprenda. Só assim se alcançará a compreensão

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de um conhecimento real.

A Educação deve ter relações com o mundo do aluno, usando como base o

que ele já sabe, partindo desses conhecimentos pré adquiridos é que se constrói

novos conhecimentos, conceitos e noções, as quais chamamos de aprendizagem.

3.2 QUANDO USAR OS RECURSOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS?

O Recurso adequado, adequadamente utilizado, aumenta as chances de êxito

do trabalho docente, mas é preciso estar atento ao momento em que se deve fazer o

uso do Recurso Didático Pedagógico.

O momento adequado e a duração do uso desses Recursos Pedagógicos,

depende muito da necessidade que o professor tiver ao ministrar as suas aulas.

Toda vez que que algo se tornar muito teórico e houver necessidade de

torná–lo concreto na prática, o apoio desses Recursos será bem vindo e de suma

relevância para facilitar a prática docente em sala de aula.

Segundo MIRANDA e LAUDARES (2007), é preciso ensinar a matemática de

modo que a exposição oral e a resolução de exercícios não sejam os únicos meios

empregados no Processo Ensino–Aprendizagem, o professor deve lançar mão de

Recursos como : Materiais Manipuláveis e Mídias Tecnológicas.

Existem várias formas de ensinar e aprender, uma delas é utilizando os

Materiais Didáticos manipuláveis e as mídias tecnológicas, tornando a aprendizagem

mais concreta e menos teórica.

4. CONCLUSÃO

Ao estudarmos a História da Educação no Brasil vemos uma grande

defasagem entre a teoria e a prática, a fama de nossas Escolas é a de serem muito

teóricas e pouco práticas.

Sabemos que o ser humano aprende por imitação, ou seja, vivenciando na

prática suas experiências teóricas, portanto de nada adianta a teoria sem estar

vinculada diretamente à prática. Estamos cansados de ver escolas que priorizam a

teoria se esquecendo de aliá–la à prática.

Durante muito tempo temos vivenciado uma Educação centrada na teoria

totalmente desvinculada da prática, onde o educando aprende muita coisa

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teoricamente sem saber realmente utilizá–las na prática do cotidiano de sua vida

real.

Com o passar dos anos temos visto que os cursos de formação docentes têm

primado mais pela fundamentação teórica do que pela prática. Quando esse

professor recém formado chega na sala de aula, sente muita dificuldade em

ministrar suas aulas, pois uma coisa é, a formação, teórica acadêmica e outra

totalmente diferente é a prática diária de sala de aula.

Grande parte desses professores, nem sabem da existência dos Recursos

Didáticos Pedagógicos que existem na escola e ficam esquecidos, guardados dentro

de armários.

A nossa intenção ao escrever esse Artigo foi resgatar o uso dos Recursos

Didáticos Pedagógicos e chamar a atenção do professor para a sua importância em

facilitar o seu trabalho e o Processo Ensino – Aprendizagem, trazendo a teoria para

a Prática Pedagógica. Nesse sentido, esse Artigo buscou discutir e propor reflexões

auxiliando o professor em sua prática diária em sala de aula.

A Educação para que possa ocorrer, se faz necessária a existência do aluno,

do professor e também dos Recursos Didáticos Pedagógicos para facilitar a

aprendizagem, fazendo o elo de ligação entre professor, aluno e conteúdos. Por

outro lado sabemos que de nada adianta tais Recursos se não forem devidamente

utilizados e direcionados aos fins Pedagógicos a que eles se propõe.

Antigamente a visão que se fazia do aluno é que ele era, uma tábua rasa e

vinha para a escola sem conhecimento nenhum, como um papel em branco onde

podiam escrever oque quisessem.

Hoje essa visão mudou e sabemos que o aluno quando vem para a Escola,

traz consigo suas características próprias, que a partir da influência do meio em que

vive e da interação com as pessoas vai construindo gradativamente seu próprio

modelo de aprendizagem e de mundo, que varia de acordo com a idade, maturidade

e de como explora esses novos conhecimentos através de suas ações.

Desse modo, a Educação vem mudando suas práticas e seus conceitos, a fim

de melhorar a sua qualidade, cumprindo na sociedade o seu papel que é de formar

pessoas humanizando–as.

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5. REFERÊNCIAS

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