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e os complementos

alimentares

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Ficha técnica:

Direitos cedidos a:(2001) Biotop Import/Export, S.A.

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NOTA IMPORTANTENOTA IMPORTANTE

Esta obra não visa substituir o papel do médico,

mas apenas fornecer informações Científicas aos

médicos e aos profissionais de Saúde.

O conteúdo desta obra, engloba substâncias

que cumprem com os critérios de qualidade

da indústria farmacêutica, quer ao nível da

qualidade das matérias-primas, quer ao nível dos

meios e técnicas de produção, quer ao nível da

embalagem.

Informações para uso estritamente profissional.

À atenção exclusiva de médicos e profissionais de Saúde.

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INTRODUÇÃO

Conforme já afirmamos anteriormente, esta obra é essencialmente destinada aos médicos e profissionais de Saúde. As informações que se seguem, apenas se referem a substâncias que estejam sob controle farmacêutico total e reconhecido. O referido controle, deve ser obrigatoriamente realizado por laboratórios farma-cêuticos devidamente reconhecidos pelas entidades competentes de Saúde Pública de um país do espaço da União Europeia.

Existem normas muito estritas que regulamentam as indústrias farmacêuticas produtoras de medicamentos: GLP (Good Laboratory Practice) – para o controle laboratorial; GMP (Good Manufactory Practice) – para controle da produção.

Até ao corrente ano de 1999, essas normas não eram obrigatórias para a fabrica-ção de suplementos alimentares. Por essa razão, desenvolveu-se um mercado paralelo, dentro do qual proliferaram produtos que, contendo a indicação de suplemento alimentar, são fabricados com matérias-primas recusadas pelas indústrias farmacêuticas.

Para esses produtos, não são exigidos boletins de análise e de controle de qualidade. Podemos encontrar muitos desses produtos, cujos fabricantes não possuem condições mínimas de fabrico, de embalagem, de armazenamento, nem sequer condições mínimas de higiene. Por estas razões, o grande número de pseudo-fabricantes de suplementos alimentares que proliferaram por vazio de legislação, têm trazido uma péssima reputação às terapias ortomoleculares, a todos os níveis.

Aconselhamos todos os prescritores, distribuidores e retalhistas de suplementos alimentares, a exigirem protocolos de análise de todas as matérias-primas, assim como do produto final. Os originais desses protocolos, devem ser exe-cutados por um laboratório farmacêutico acreditado sob as normas GLP, assim como o protocolo de controle do produto final deverá ser de acordo com as normas GMP, única forma de haver garantias mínimas de respeito aos princípios terapêuticos, de normalização do produto final e da sua higiene.

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

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PREFÁCIO

A fonte principal de nutrientes indispensáveis ao bom funcionamento do nosso organismo, é a alimentação. Mas, cada vez mais, mesmo quando a alimentação é equilibrada e variada, não consegue cobrir as necessidades integrais do orga-nismo, no que concerne a nutrientes.

Com efeito, os maus hábitos alimentares (fast-food; congelados; micro-ondas, etc.), as alterações constitucionais dos próprios alimentos (refinação; pesticidas; aditivos, etc.), para além de muitos outros factores de entre os quais destacamos a poluição e o meio-ambiente que, conforme tem vindo a ser profusa e cabal-mente demonstrado cientificamente, induzem carências no aporte diário em vitaminas, enzimas, oligoelementos, etc., e cujas carências são absolutamente verificáveis na maioria das patologias.

Através de diversos estudos, nasceu a expressão “Aporte Diário Recomendável”: – quantidade de um nutriente que uma pessoa adulta e normalmente saudável, deverá consumir por dia. O primeiro estudo sobre este assunto, foi realizado e definido pelas entidades do governo norte-americano durante a Segunda Guerra Mundial, relativamente às rações de combate dos soldados em campanha.

Um estudo executado no Val de Marne (França 1991), revelou que algumas deficiências em situações meramente précarenciais, podem atingir proporções surpreendentes. Esses resultados estão conforme a grande maioria dos resul-tados de dois outros grandes estudos realizados: – o de Heidelberg (Alemanha 1982) e o Inquérito Nacional da Grã-Bretanha (Londres 1990).

• 100% dos franceses absorvem menos vitamina E do que o A.D.R. (Aporte Diário Recomendável);

• 80%, não atingem o A.D.R. em Zinco e vitamina B6;• 60%, têm uma alimentação deficitária em vitamina B1.

Estas carências, assim como os estudos desenvolvidos por vários investigado-res, de entre os quais destacamos o tri-laureado com o Prémio Nobel, Linus Pauling, acabaram por desenvolver uma nova disciplina médica: A Medicina Nutricional ou Ortomolecular.

Seria do maior interesse científico e clínico, que toda a classe médica se dedi-casse a estudar e propor a sua incorporação nas futuras Directivas Europeias para a Medicina, sobre a prescrição de complementos alimentares cujas qua-lidades sejam idênticas às dos produtos farmacêuticos, quer ao nível analítico das matérias-primas, quer dos produtos acabados.

PREFÁCIO

PREFÁCIO

1 GENERALIDADES

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PREFÁCIO

2 APORTE DIÁRIO RECOMENDÁVEL (A.D.R.)

Actualmente, as dosagens dos A.D.R. estão definidas numa Directiva da Comu-nidade Europeia (Dir 90/496, de 24 de Setembro de 1990), já ratificada e que deverá ser a base para todos os Estados Membros.Embora a harmonização entre Estados ainda não seja perfeita, já existe alguma base de trabalho em comum, podendo traçar-se com alguma exactidão alguns A.D.R.:

Na gravidez: Os A.D.R. duplicam para o Fe, aumentados em 50% para o Ca, e ligeiramente aumentados para o I, Cu, Mn, Zn e Se. O défice de um destes elementos pode provocar uma diminuição do peso normal do recém-nascido, assim como um aumento do risco de complicações durante o parto. Uma suple-mentação de largo espectro é aconselhável na gravidez, porque as carências em minerais estão associadas também a uma carência das vitaminas B1, B2, B6, B12, A, C e, principalmente, à da B9 (ácido fólico).

No desporto: A suplementação em Fe, Zn, Cr e Cu, devem ser relativamente importantes, visto a sua eliminação através do suor e da urina, ser elevada.

Em geriatria: Após os 60-70 anos de idade, as substâncias antioxidantes desempenham um papel fundamental. Nos EUA, a “Alliance for Research on Aging”, em 1994, recomendou uma suplementação sistemática em vitaminas C, E, e β-caroteno, em doses muito superiores às dos A.D.R.. Está comprovado que esta suplementação retarda as patologias ligadas ao envelhecimento. Se o regime alimentar é pobre em carne e peixe, recomenda-se uma suplementação em Fe e Zn, assim como em Cu, Cr, Se, e Li, cuja absorção e utilização dimi-nuem com a idade.

Na criança: Antes dos 4 anos de idade, é desaconselhada qualquer suplemen-tação numa criança saudável. Dos 4 aos 10 anos, as doses deverão correspon-der, quando necessário, a 60% das A.D.R. do adulto. No adolescente, as doses deverão corresponder, quando requerido, a 80% das A.D.R. do adulto.

Sublinhamos que num estudo recente, feito na Holanda, se demonstrou que mesmo em pessoas que consomem peixe 3 vezes por semana, cereais inte-grais, fruta e legumes todos os dias, não atingem os níveis dos A.D.R..

Os oligoelementos, devem ser absorvidos em jejum, contrariamente às vitaminas que são melhor absorvidas durante as refeições.

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PREFÁCIO

3 TRAVAR O ENVELHECIMENTO

De uma forma geral, existem hoje duas teorias que tentam explicar os fenóme-nos ligados ao envelhecimento:

• A teoria imunológica, que se baseia no aparecimento de anomalias no sis-tema imunitário durante o decurso do envelhecimento, por acumulação de modificações ao nível do código genético (ADN), especialmente nos linfócitos T;

• A teoria dos radicais livres, que postula que os efeitos dos radicais livres originados da oxidação dos metabolitos orgânicos (particularmente a pero-xidação dos lípidos e dos ácidos gordos polinsaturados), que conduziriam à ruptura do equilíbrio entre os peroxidantes e os antioxidantes, a favor dos peroxidantes.

Actualmente, muitos investigadores pensam que uma baixa da capacidade imunitária e os danos fisiológicos provocados pelos radicais livres, são com-plementares, agindo sinergicamente no sentido de alterarem as funções vitais durante o envelhecimento.

A diferença entre um processo de envelhecimento normal e o envelhecimento patológico cheio de afecções degenerativas (cancro, problemas cardiovascu-lares, diabetes, reumatismos, artrites, etc.) apenas reside na velocidade, no número ou na precocidade do aparecimento das referidas patologias.

É ao nível alimentar que deveremos agir, no sentido de aumentar os aportes em antioxidantes naturais como as vitaminas A (β-caroteno), C, E, e certos oligoele-mentos (Se, Cr, Cu e Zn).

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GENERALIDADES

OS APORTES DIÁRIOS RECOMENDÁVEIS

1 O β-caroteno, pró-vitamina A

1. A vitamina B1 (Tiamina)

2. A vitamina B2 (Riboflavina)

CA

PÍT

ULO

1GENERALIDADES

OS APORTES DIÁRIOS RECOMENDÁVEIS

1 O β-caroteno, pró-vitamina A

2 As vitaminas do complexo B

1. A vitamina B1 (Tiamina)

2. A vitamina B2 (Riboflavina)

3. A vitamina B3 (Nicotinamida)

4. A vitamina B5 (Ácido pantoténico)

5. A vitamina B6 (Piridoxina)

6. A vitamina B8 (Biotina)

7. A vitamina B9 (Ácido fólico)

8. A vitamina B12 (Cianocobalamina)

3 A vitamina C (Ácido ascórbico)

4 A vitamina E (α-Tocoferol)

AS VITAMINAS

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CAPÍTULO 1: AS VITAMINAS

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Nos finais do século XVIII princípios do século XIX, diversos investigadores chegaram à conclusão de que os animais cuja alimentação não comportava mais do que três elementos energéticos de base, proteínas, gorduras e açú-cares puros, esses animais acabavam por morrer sem se reproduzirem. Mas se, se complementava esse regime alimentar com gema de ovo ou leite, o de-senvolvimento dos referidos animais retomava o seu curso normal. Mais tarde, veio a descobrir-se que uma substância (a que se chamou vitamina A), cuja presença, mesmo que em doses infinitesimais, era indispensável nos regimes alimentares.

Hoje em dia, agrupamos sob o título de vitaminas, diversas substâncias orgâni-cas que podem ter uma constituição química muito diferente umas das outras, mas das quais o organismo tem necessidade, em proporções muito variáveis, desde o micrograma, a centenas de miligramas, e até mesmo a algumas gra-mas. A maior parte das vitaminas são assimiladas pelo organismo a nível do intestino delgado, outras a nível gástrico, sendo algumas mesmo fabricadas pelo próprio organismo como as do complexo B, no intestino, pela flora intesti-nal. É portanto fácil compreender que os sinais e sintomas de carência podem ser observados após a verificação de um défice de aporte alimentar, de um problema de absorção intestinal, ou ainda por interacção de medicação.

A principal função bio-fisiológica das vitaminas, reside no seu desempenho como coenzimas, indispensáveis a todo o organismo vivo para catalisar os pro-cessos bioquímicos. Os investigadores têm vindo a descobrir cada vez mais substâncias que se enquadram no grupo das vitaminas. Nos últimos 50 anos, as vitaminas passaram de uma dúzia, para mais de 20 vitaminas actualmente classificadas.

As vitaminas estão classificadas em 2 grandes grupos:

• Hidrossolúveis: Vitamina C e as do complexo B, que não são armazenadas no organismo e o seu excesso é excretado por via renal;

• Lipossolúveis: Vitaminas A, D, E e K, que podem ser armazenadas no organismo e que por isso podem provocar efeitos secundários por hiperdo-sagem.

AS VITAMINASGENERALIDADES

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CAPÍTULO 1: AS VITAMINAS

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Durante a gravidez, as vitaminas lipossolúveis, A, E e D, são indispensáveis ao bom desenvolvimento do feto. No entanto, as megadoses destas vitaminas são nefastas e podem ser teratogénicas (indutoras de malformações do feto). Como precaução, a vitamina A deve ser substituída pelo β-caroteno que é a sua pro-vitamina.

Estudos recentes, concluíram pela necessidade de suplementar todas as mulhe-res em idade de procriar, em vitamina B9 (ácido fólico) e em vitamina B12 (cia-nocobalamina), se existem hábitos tabágicos, regime dietético hipocalórico, ou abuso de alguns medicamentos. A FDA (Food and Drug Administration – USA), acabou de recomendar oficialmente a suplementação em vitamina B9, a todas as mulheres em risco de engravidar.

1 β-CAROTENO, PRÓ-VITAMINA A

As vitaminas do grupo A, são substâncias lipossolúveis que se podem apresen-tar sob duas formas: os carotenóides (pró-vitaminas A), α-caroteno, β-caroteno, etc…, presentes no reino vegetal; o retinol ou axeroftol (vitamina A propriamente dita), presente no reino animal.

A vitamina A é fabricada pelo próprio organismo, pela oxidação das pró-vitami-nas (carotenos, α e β), acumulando-se no fígado essencialmente. O β-caroteno, fornece 2 vezes mais vitamina A do que o α-caroteno.

As funções principais do β-caroteno

• Entra na constituição do tecido retiniano, tendo um papel capital na adapta-ção da visão à obscuridade (visão noturna);

• Intervém no processo de formação e crescimento dos ossos e das cartila-gens;

• Favorece a cicatrização das feridas, por contribuir para a nutrição e reconsti-tuição das mucosas e epitélios de revestimento;

• Auxilia muito em certas doenças da pele: acne, impetigo, psoríase, etc.;• Complemento fundamental na luta contra as infecções, em particular as res-

piratórias, por estimulação do sistema imunitário;• Tem uma função importante antioxidante, permitindo o retardamento dos

fenómenos de envelhecimento, que se caracterizam pela acumulação de substâncias oxidadas, chamadas radicais livres.

AS VITAMINASOS APORTES DIÁRIOS RECOMENDÁVEIS

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CAPÍTULO 1: AS VITAMINAS

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As fontes naturais

Sob a forma de retinol: fígado, gorduras lácticas, gema do ovo;Sob a forma de carotenóides: cenoura, espinafre, tomate, alface, espargos, milho, melão, laranja, etc.O conteúdo de vitamina A, é mais elevado nos frutos secos do que nos frutos frescos. Uma alga, a “spirulina”, é extremamente rica em β-caroteno.

As carências

A carência em vitamina A, pode ser:Por falta de aporte – estados de malnutrição ou desnutrição importante; bebés submetidos a um regime sem leite;Por má absorção – afecções digestivas causadores de problemas do meta-bolismo e/ou da absorção das gorduras, como as hepatopatias em geral e as diarreias em particular.A alimentação das populações ditas civilizadas é, em geral, deficitária em várias vitaminas e especialmente em β-caroteno, porque a cozedura dos ali-mentos provoca a degradação molecular das vitaminas. O abuso do álcool, o tabagismo ou um défice em Zn em β-caroteno, assim como um excesso de gorduras alimentares implica um aumento das necessidades em β-caroteno, vitaminas C e E, e de todos os antioxidantes específicos dos lípidos.

Sintomas de carência

• Diminuição da acuidade noturna• Secura do globo-ocular• Pele e cabelo secos• Paragem do crescimento• Perda de solidez óssea

As sobredosagens

A origem de uma hipervitaminose A, é geralmente de origem medicamentosa. A administração de doses superiores a 100 000 UI (34,4 g) durante várias semanas, poderá desenvolver, sobretudo em crianças, descalcificação óssea, problemas cutâneos e das mucosas, e astenia com sonolência ou insónias.

Os medicamentos anticolesterolémicos, diminuem a assimilação das vitaminas do grupo A, pelo que convém compensar.As vitaminas do grupo A, facilitam a síntese da progesterona. É recomendável proceder a uma suplementação em β-caroteno, se se detectar uma deficiência desta hormona.

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CAPÍTULO 1: AS VITAMINAS

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Principais sintomas de sobredosagem

• Cefaleias;• Problemas da visão;• Náuseas;• Queda do cabelo.

O emprego do β-caroteno nos suplementos alimentares, é preferível, a fim de evitar uma sobredosagem de vitamina A, estabilidade limitada e uma rápida oxidação pelo contacto com o ar, do β-caroteno, indicam a utilização de uma forma galénica inoxidável como a dos microgrânulos.

Não se conhecem quaisquer sintomas de sobredosagem quando se utiliza o β-caroteno sob a forma de microgrânulos.

Os A.D.R. da vitamina A

Alguns autores, exprimem as doses de vitamina A em Unidades Internacionais (UI). No entanto, de acordo com a Directiva Europeia 90 devem ser expressas em microgramas (µg), para a vitamina A pura (Retinol).

1 UI = 0,344 µg de vitamina A pura (Retinol)1 UI de vitamina A = 6 µg de β-caroteno

Os A.D.R. da vitamina A, são

Em RetinolMínimo de 120 µgMáximo de 1.200µg

Em β-carotenoMínimo de 720 µgMáximo de 7.200 µg

É de notar que os suplementos alimentares de β-caroteno sob a forma galénica de microgrânulos, contêm o equivalente a 50% de Retinol, pelo que se deverá sempre ter em conta a relação.

Associações aconselháveis

Em associação com as vitaminas C e E, para potenciar a resposta a agressões microbianas. Em associação com Zinco e as vitaminas do complexo B, para um melhor equilíbrio funcional da pele e epitélios de revestimento. Em hiperdoses, paralelamente a Enzimoterapia Sistémica, nas doenças oncológicas, especial-mente do foro pulmonar.

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1 AS VITAMINAS DO COMPLEXO B

Poderá parecer curioso o facto de baptizar algumas vitaminas para as poder-mos classificar dentro do complexo B. Como é o caso da vitamina PP (Pellagra Preventing Vitamin) ou vitamina B3, enquanto que o ácido pantoténico se apeli-dou de vitamina B5, e a Biotina (ou vitamina H), se chama hoje vitamina B8.

Esta nova classificação, corresponde a uma realidade: Todas estas vitaminas não se encontram geralmente isoladas, mas em associação entre elas, com propriedades físico-químicas e biológicas análogas. Estas diferentes vitaminas são encontradas nos mesmos vegetais ou nos mesmos produtos animais, agindo no mesmo sentido, são sinérgicas, completam-se e fazem parte de um todo indissociável. Daqui deriva a noção de “complexo”, chamado complexo B, que se revelou indispensável ao metabolismo celular (respiração, nutrição, assimilação, etc.…).

1. A Tiamina – vitamina B1

É uma vitamina hidrossolúvel, tal como todas as do complexo B. Esta vitamina não forma reservas orgânicas, pelo que se deve tomar diariamente.

As funções principais da vitamina B1

• Tem uma função benéfica para o sistema nervoso e combate os efeitos ne-fastos do stress.

• Possui uma acção antidepressiva e ansiolítica.• Favorece a absorção do oxigénio ao nível das células cerebrais, melhorando

a capacidade de aprendizagem e a concentração.• Melhora a digestão dos glúcidos.• Intervém na síntese das gorduras, a partir dos glúcidos.• Protege o sistema cardiovascular e as artérias.• Combate a intoxicação por metais pesados (chumbo, mercúrio, cádmio,

etc.…).As fontes naturais

CAPÍTULO 1: AS VITAMINAS

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As necessidades em vitamina B1, estão aumentadas nos fumadores, nos habituais consumidores de bebidas alcoólicas e de açúcar.As necessidades em vitamina B1, também estão aumentadas nas grávidas, durante o período de aleitamento e nas mulheres que tomam contraceptivos orais.Aumentadas também nas pessoas que tomam anti-ácidos após as refeições. A vitamina B1, quando ingerida durante as refeições, é destruída.As pessoas idosas devem tomar suplementos de vitamina B1, como meio protector cardiovascular.

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As fontes principais de vitamina B1, são gérmen de trigo, os cereais integrais e as leveduras.

O conteúdo de vitamina B1, nos cereais descascados, não existe.Podemos encontrá-la nas nozes, no leite e todos os seus derivados, na carne de porco, na gema do ovo e, em menor quantidade, na parte verde dos legumes e vegetais.

As carências

A carência em vitamina B1, pode ser:

• Por falta de aporte – alimentação à base de produtos refinados (ar-roz refinado e pão branco, abuso de conservas e alimentos exclusi-vamente cozinhados ou esterilizados, a desnutrição do alcoólico);

• Por má absorção – afecções digestivas causadores de problemas do metabolismo, vómitos, diarreia, gastroectomia, abuso de antibió-ticos, sulfamidas e pílula contraceptiva.

Sintomas de carência

• Fadiga, anorexia, cefaleias, irritabilidade, perda da memó-ria, palpitações, vertigens, atonia intestinal, obstipação;

• Edema e derrame das serosas;• Modificação do traçado do ECG, derrame pericárdico;• Nevrites.

As sobredosagens

Os excessos são normalmente eliminados por via urinária, sendo raro o risco de hipervitaminose. A vitamina B1 só é tóxica com doses muito elevadas (acidente de medicação por injecção endovenosa).

Os A.D.R. da vitamina B1

Adultos Mínimo de 0,21 mg Máximo de 4,2 mg

Crianças Mínimo de 0,1 mg Máximo de 1,0 mg

CAPÍTULO 1: AS VITAMINAS

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Associações aconselháveis

Em associação com todas as outras vitaminas do Complexo B, em particular com as B2, B3 e B9.

2. A Riboflavina – vitamina B2

É uma vitamina hidrossolúvel, tal como todas as do complexo B. Esta vitamina, também conhecida como a vitamina da beleza, tem uma acção muito favorável para a pele. Tem uma grande resistência ao calor, à oxidação e à acidez. Por outro lado, altera-se com facilidade com a luz, por essa razão, a vitamina B2 contida no leite, perde-se, quando este é embalado em embalagens trans-parentes. Embora seja sintetizada no organismo pelas bactérias intestinais, esta síntese natural não é suficiente para atingir as necessidades orgânicas normais.

As funções principais da vitamina B2

• Tem um papel capital nas reacções de oxi-redução tecidulares, permitindo a formação do glutatião, captador de radicais livres;

• Intervém nos metabolismos: lipídico, glucídico e proteico, particularmente no do aminoácido triptofano;

• Existe na retina, no seu estado livre, onde joga um papel importante na visão, especialmente na obscuridade;

• Tem um importante papel, no bom estado da saúde da pele;• Tem um efeito cicatrizante nas afecções da boca, dos lábios e da língua;• Participa no metabolismo das bases purínicas, componentes do DNA e do

RNA (ácidos nucleícos).

CAPÍTULO 1: AS VITAMINAS

1�

A vitamina B2 é destruída pelo álcool, pela pílula anticoncepcional, pelos antibióticos e pelos efeitos do “stress”.As pessoas que consomem poucos produtos animais, ou leite e seus derivados, como os vegetarianos, têm carência de vitamina B2.Nas grávidas, as necessidades em vitamina B2, aumentam.

As fontes naturais

As fontes principais de vitamina B2, são os “miúdos” animais (fígado, e ovas de peixe), gérmen de trigo, queijos, peixe gordo, nozes e gema do ovo.

As carências

A carência em vitamina B2, pode ser:• Por falta de aporte – alimentação muito rica em açúcares e gorduras, assim

como o aleitamento exclusivamente artificial no bebé;

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• Por má absorção – afecções digestivas causadores de problemas do metabolismo, enterocolites, destruição da flora intestinal por an-tibióticos de largo espectro.

Sintomas de carência• Lesões oculares, cataratas;• Problemas gastrintestinais diversos (enterites e insuficiên-

cia de absorção dos lípidos);• Lesões da pele e das mucosas (fissuras na comissura da

boca, atrofia das papilas da língua);• Fraqueza do cabelo e unhas;• Astenia, anorexia e cãibras musculares.

As sobredosagens

A vitamina B2 não é tóxica, sendo rapidamente eliminada pela via re-nal (dá uma coloração amarela forte e cheiro característico à urina).

Os A.D.R. da vitamina B2

Adultos Mínimo de 0,24 mg Máximo de 4,8 mgNas grávidas – Dose média de 2,0 mg

Associações aconselháveis

Em associação com todas as outras vitaminas do Complexo B, em particular com as B1 e B6, assim como ao Fósforo, que facilita a sua assimilação.No síndrome do canal cárpico, B3 + B6.

3. A Nicotinamida – vitamina B3

É também conhecida por vitamina PP, derivando esta terminologia do inglês «Pellagra Preventing». A pelagra, é uma doença de pele, por carência em vitamina B3.O nome de vitamina B3 também se aplica ao seu percursor, o Ácido Nicotínico (ou Niacina), que pode ser sintetizado pelo organismo hu-mano, a partir do aminoácido Triptofano.

As funções principais da vitamina B3

• Tem um papel capital na Pelagra, (doença que se caracteriza por dermatoses, diarreias e sinais de demência senil).

• Em doses elevadas, baixa a taxa de LDL (colesterol “mau”), agindo

CAPÍTULO 1: AS VITAMINAS

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sobre os seus transportadores.• Tem um papel preventivo nas doenças cardiovasculares, por provocar o

aumento do ratio de HDL.• É importante na luta contra os problemas mentais (instabilidade emocional,

mania da perseguição, insegurança).• Intervém nos processos da digestão.• Participa na síntese de diversas hormonas (estrogénio, progesterona, testos-

terona), assim como nas hormonas de regulação da função da Tiróide e da Insulina.

• Funciona como transportador do ião Hidrogénio em certas reacções de oxi- -redução, assim como no metabolismo glucídico, proteíco e lipídico.

• Apresenta também um efeito vasodilatador a nível das arteríolas.

CAPÍTULO 1: AS VITAMINAS

1�

As fontes naturais

De uma forma geral, a vitamina B3 existe na maioria dos alimentos, no entanto, existe em maiores quantidades no fígado animal, nos cereais integrais, no peixe, nas carnes brancas, nos ovos, nos figos e nas amêndoas.

As carências

A carência em vitamina B3, pode ser:• Por falta de aporte – alimentação pouco variada e à base de milho e arroz;• Por má absorção – afecções digestivas causadores de problemas do me-

tabolismo, efeitos cruzados com medicação antituberculosa (Isoniazida) e medicamentos anti-parkinsonianos.

Sintomas de carência• Astenia muscular e anorexia.• Tristeza e depressão.• Pirose e diarreia.• Eritema por fotosensibilização e inflamação das mucosas digesti-

vas.• Pelagra (síndrome dos 3Ds: Dermite-Diarreia-Demência), sobretudo

se há regime alimentar pobre em produtos animais, particularmente Triptofano.

Aconselha-se uma suplementação em vitamina B3, às pessoas muito sensíveis aos raios solares. Aconselha-se uma cura de suplementação, antes da exposição solar.A vitamina B3 é um suplemento importante para os problemas cardiovasculares e de memória.É de ter sempre presente que o consumo de álcool, diminui a absorção das vitaminas do Complexo B.

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As sobredosagens

Os sintomas de sobredosagem, traduzem-se geralmente por problemas cutâ-neos (vermelhidão por vasodilatação). Embora a toma de doses altas de vita-mina B3 permita a redução da taxa sanguínea do colesterol, ela é geralmente mal tolerada, devendo tomarem-se precauções, especialmente em caso de insuficiência renal. A prescrição de doses altas de vitamina B3, está contra-indicada em casos de úlcera péptica ou de diabetes.

Os A.D.R. da vitamina B3

Adultos Mínimo de 2,7 mg Máximo de 54,0 mg

Nas crianças < 10 anos – Dose média de 2,0 a 8,0 mg

Associações aconselháveis

Em associação com todas as outras vitaminas do Complexo B, em particular com as B1, B2 e B6, que auxiliam à síntese da vitamina B3, a partir do Trip-tofano.

CAPÍTULO 1: AS VITAMINAS

19

4. O Ácido Pantoténico – vitamina B5

É sintetizada no organismo humano pelas bactérias intestinais, a partir do D-Pantotenato de Cálcio. É altamente degradável pelo calor das cozeduras e pelos tratamentos industriais dos alimentos.

As funções principais da vitamina B�

• Transforma-se em Coenzima A nos glóbulos vermelhos, que é um catalisador indispensável para o normal funcionamento do Ciclo de Krebs, produtor de energia a nível das mitocôndrias.

• Tem um papel essencial no metabolismo bioquímico, na transformação dos lípidos e glúcidos, em energia.

• Intervém como factor de crescimento nas crianças.• É importante na luta contra a fadiga e o stress, por estimular a produção

de hormonas cortico-supra-renais (glucocorticoides) que, para além disso, também possuem uma acção anti-inflamatória.

• Intervém nos processos de formação de anticorpos.• É indispensável em doenças de pele (micoses, herpes) e favorece os pro-

cessos de cicatrização em conjunto com a vitamina A.• Previne a queda do cabelo, em conjunto com a Biotina.• Em doses elevadas, previne os processos de envelhecimento.

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As fontes naturais

De uma forma geral, a vitamina B5 existe na maioria dos alimentos, no entanto, existe em maiores quantidades, por ordem decrescente, na couve, ostras, mel, leite, ovos, soja, tomate, girassol, carne vermelha, cereais, espinafre, geleia real, fígado, coração, rins e levedura de cerveja.

As carências

A carência em vitamina B5 , pode ser:• Por falta de aporte – estados de grande desnutrição;• Por má absorção – abuso do álcool.

Sintomas de carência• Fadiga;• Problemas digestivos (náuseas, vómitos, diarreias, dores abdomi-

nais);• Problemas cutâneos (queda de cabelo, unhas fracas, má cicatriza-

ção);• Problemas neurológicos (cefaleias, cãibras, pés e mãos ardentes).

As sobredosagens

Os sintomas de sobredosagem são muito raros, podendo no entanto dar diar-reia.

Os A.D.R. da vitamina B�

Adultos Mínimo de 0,9 mg Máximo de 18,0 mg (as doses podem ser elevadas até 100 mg, sem qualquer perigo)

Associações aconselháveis

Em associação com todas as outras vitaminas do Complexo B, em particular com as B6, B8 (Biotina) e B9 (Ácido Fólico), e a vitamina A.

CAPÍTULO 1: AS VITAMINAS

20

A vitamina B5 é destruída pelo álcool, pela cafeína, pela pílula contraceptiva, pelos soníferos e pelas sulfamidas.Uma suplementação de vitamina B5, está indicada para todos os problemas de pele, mas a sua principal indicação terapêutica é contra a queda do cabelo, em associação com a Biotina.

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É sintetizada no organismo humano pelas bactérias intestinais, mas em quan-tidades insuficientes. Agrupa 3 substâncias aparentadas que, em quantidades decrescentes são (Piridoxina, Piridoxamina e Piridoxal). É a vitamina dos car-nívoros, pois é indispensável ao metabolismo dos aminoácidos (quanto mais carne se come, mais B6 é necessária).

Serve de coenzima a mais de 60 enzimas que sintetizam, transferem e/ou ca-talisam os aminoácidos. É muito resistente ao calor, mas é muito instável aos ultravioletas, para além de se alterar junto do Ferro e dos agentes oxidantes (radicais livres).

As funções principais da vitamina B�

• Intervém no metabolismo proteico e dos aminoácidos.• Indispensável para a absorção do Magnésio e para a transformação do

Triptofano em vitamina B3.• Intervém no metabolismo dos esteróides e da hemoglobina.• Entra na síntese da Queratina (junto com o Zinco e a vitamina A), indispen-

sável à boa saúde da pele, cabelos e unhas.• Tem um papel importante na sintomatologia ligada ao síndrome pré-mens-

trual e gravidez.• É útil contra alguns problemas nervosos e cutâneos (acne).• Por intervir no metabolismo do glicogénio, pode ajudar a equilibrar alguns

casos de diabetes.• Estimulante geral do sistema imunitário.

CAPÍTULO 1: AS VITAMINAS

21

�. A Piridoxina – vitamina B6

A vitamina B6 é destruída pelo álcool, pela pílula contraceptiva e por certas formas de cozedura.O leite materno é uma importante fonte de vitamina B6, pelo que os leites artificiais devem ser enriquecidos com vitamina B6.No síndrome pré-menstrual (nervosismo, aumento de peso por retenção de líquidos, seios dolorosos, cefaleias, fadiga), é aconselhável uma cura à base de vitamina B6 mais óleo de Onagra, 10 dias antes do período menstrual.Na mulher grávida, uma carência em vitamina B6 pode induzir uma toxémia gravídica e provocar a morte do feto.

As fontes naturais

De uma forma geral, a vitamina B6 está muito disseminada pela natureza. Po-demos encontrá-la nos cereais em geral, nas leveduras, na gema do ovo, no fígado de boi, na mioleira, nos legumes verdes, nos frutos frescos, na batata, no tomate, etc.

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As carências

A carência em vitamina B6 , pode ser:• Por falta de aporte – alimentação do bebé com leite esterilizado em auto-

clave;• Por má absorção – abuso de medicação como a isoniazida, a etionamida,

IMAO e penicilamina .

Sintomas de carência• Problemas neuropsíquicos (polinevrite, convulsões, irritabilidade e

diminuição da capacidade de concentração).• Problemas cutâneo-mucosos (dermatite seborreica, aftas).• Problemas do trato digestivo (glossite, estomatite).• Anemia, fraqueza muscular.

As sobredosagens

Além de 1,5 g/dia (dose muito alta), os estudos clínicos demonstraram o apa-recimento de problemas nervosos. A vitamina B6, anula os efeitos terapêuticos da medicação antiparkinsoniana (Levodopa, Carbidopa e Fenitoina).

Os A.D.R. da vitamina B�

Adultos Mínimo de 0,3 mg Máximo de 6,0 mg(as doses podem ser elevadas até 250 a 500 mg, sem qualquer perigo, nos casos de síndrome pré-menstrual, consumo excessivo de carne e gravidez.)

Associações aconselháveis

Síndrome do canal cárpico: B6 + B2.Fadiga e stress: B6 + B5 + Zinco.Síndrome pré-menstrual: B6 + Ácido g-linolénico.Problemas nervosos: B6 + Magnésio.Para a pele e na diabetes: B6 + Zinco.

CAPÍTULO 1: AS VITAMINAS

22

�. A Biotina – vitamina B8

Como a B6, a vitamina B8 ou Biotina, é a vitamina da pele e dos cabelos. É muito resistente ao calor, desde que não se lhe junte água.

As funções principais da vitamina B�

• Intervém sobretudo contra a queda do cabelo (alopécia, peladas, calvice).

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• Ajuda na luta contra o acne, a dermatite seborreica, o eczema e a furuncu-lose.

• Intervém também como factor essencial no metabolismo das proteínas, dos lípidos e dos glúcidos.

CAPÍTULO 1: AS VITAMINAS

23

A vitamina B8 ou Biotina, para além do seu efeito benéfico para os cabelos e a pele, pode ser recomendada às pessoas que perderam o apetite.

As fontes naturais

Fígado, gema do ovo, chocolate, nozes e cajú, levedura de cerveja, ervilhas secas e, em pequenas quantidades, nos tecidos animais e nos vegetais.

As carências

A carência em vitamina B8 , pode ser:• Por falta de aporte;• Por má absorção.

Sintomas de carência• Queda do cabelo e dos pelos.• Lesões cutâneas (dermatite seborreica).• Atrofia das papilas linguais.• Pele seca.

As sobredosagens

Até ao presente, não se verificou toxicidade em doses terapêuticas.

Os A.D.R. da vitamina B�

Adultos Mínimo de 100,0 mcg Máximo de 300,0 mcg

Associações aconselháveis

Todas as outras do Complexo B.Para todos os problemas de pele, com o β-caroteno.

�. O Ácido Fólico – vitamina B9

A vitamina B9 ou Ácido Fólico, é o ácido Pterol-monoglutâmico, relativamente pouco abundante na natureza (folhas verdes, leveduras e fígado), é também

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sintetizada pelas bactérias intestinais. É muito sensível ao calor e à luz. A sua absorção é melhorada pelo Zinco, mas o inverso não se verifica.

As funções principais da vitamina B9

• Em conjunto com a vitamina B12, tem um papel fundamental na síntese das purinas, indispensáveis à formação do ácidos nucleícos DNA e RNA.

• Intervém na prevenção e luta contra as anemias e suas consequências, pois é necessária à formação dos eritrócitos.

• Tem um efeito protector contra os parasitas intestinais e os envenenamen-tos.

• Retarda o embranquecimento do cabelo, em conjunto com a vitamina B5.• Está implicada na síntese de alguns aminoácidos, especialmente da Metio-

nina, a partir da Homocisteína.

CAPÍTULO 1: AS VITAMINAS

24

A vitamina B9 ou Ácido Fólico, é destruída pelas sulfamidas, pela pílula anticoncepcional e por certos metais (Ferro, Cobre e Magnésio).A carência em vitamina B9 é a principal carência nas mulheres grávidas, o que pode induzir malformações congénitas ou problemas neurológicos no feto.

As fontes naturais

O Ácido Fólico é muito abundante na natureza. Existe sobretudo nos espina-fres, na levedura de cerveja, no gérmen de trigo, nos brócolos, no fígado, no amendoim e nas amêndoas.

As carências

A carência em vitamina B9 , pode ser:• Por falta de aporte – alimentos muito cozinhados, micro-ondas;• Por má absorção – problemas digestivos, sulfamidas, antibióticos, anti-infla-

matórios não esteróides, anticonvulsivos. (Um défice em Zinco, diminui a absorção de B9 que, por sua vez, diminui a da vitamina B1).

Sintomas de carência• Anemia microcítica, megaloglástica sem problemas neurológicos.• Problemas digestivos (vómitos, diarreia).• Astenia, problemas psíquicos.

As sobredosagens

Até ao presente, não se verificou toxicidade em doses terapêuticas.

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Os A.D.R. da vitamina B9

Adultos Mínimo de 30,0 mcg Máximo de 400,0 mcgNos casos de gravidez, pode ir-se até 400,0 mcg + multivitamínicos

Associações aconselháveis

Todas as outras do Complexo B.Para todos os casos de anemia (sem problemas neurológicos), com a vitamina B12.

CAPÍTULO 1: AS VITAMINAS

2�

�. A Cianocobalamina – vitamina B12

Trata-se de uma substância que combina o Ácido Cianídrico ao Cobalto. O Ácido Cianídrico pode ser substituído por outros grupos químicos, o que leva à formação de diversas Cobalaminas (como a Hidroxicobalamina), que tem as mesmas propriedades da vitamina B12. A vitamina B12 tem a capacidade de agir em doses ínfimas. É sensível ao calor e destruída pela luz. É absorvida a nível da terceira parte do intestino delgado (ílion), apenas na presença do “factor intrínseco”, uma glicoproteína produzida pela mucosa gástrica.

As funções principais da vitamina B12

• Em conjunto com a vitamina B9, tem um papel fundamental na síntese das purinas, indispensáveis à formação do ácidos nucleícos DNA e RNA.

• Intervém na prevenção e luta contra as anemias e suas consequências, pois é necessária à formação dos eritrócitos.

• Como factor extrínseco, é indispensável para o crescimento e divisão celu-lar.

• Está implicada no metabolismo das proteínas, dos lípidos e dos glúcidos.

A vitamina B12 ou Cianocobalamida, é destruída pelo álcool, pela pílula anticoncepcional e pelos soníferos.A carência em vitamina B12 é a principal carência dos vegetarianos, pois ela não existe nos vegetais.

As fontes naturais

Encontra-se fundamentalmente em todas as carnes, no leite e seus derivados, na gema do ovo e nas ostras. Não existe nos vegetais.

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As carências

A carência em vitamina B12 , pode ser:• Por falta de aporte – alimentação vegetariana, alcoolismo crónico;• Por má absorção – recessão do intestino delgado e/ou ausência do “factor

intrínseco” por gastrectomia, gastrite atrófica de Biermer, défice congénito.

Sintomas de carência• Anemia macrocítica.• Fadiga geral e perda do apetite.• Problemas neuropsiquiátricos (irritabilidade, depressão, perda da

memória, sensação de queimadura cutânea, nevrite óptica);

As sobredosagens

Nos jovens, uma sobredosagem pode provocar acne benigno.

Contra-indicações

A vitamina B12 está absolutamente contra-indicada na presença de um tumor maligno, por aumentar a resistência à radioterapia

Os A.D.R. da vitamina B12

Adultos Mínimo de 0,15 mcg Máximo de 3,0 mcg

Nos casos de gravidez, pode ir-se até 50,0 mcg.Em doses fortes, pode ser empregue como analgésico.Injecções endovenosas de Hidroxicobalamina podem ser utilizadas.Nos casos de intoxicação por Cianeto (substituição do grupo Cianeto pelo grupo Hidroxil).

Associações aconselháveis

Todas as outras do Complexo B.Para todos os casos de anemia (sem problemas neurológicos), com a vitamina B9 (Ácido Fólico).

CAPÍTULO 1: AS VITAMINAS

2�

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A vitamina C, é também uma vitamina hidrossolúvel. Por essa razão, uma boa parte desta preciosa vitamina é perdida nos líquidos que ficam nas panelas após as cozeduras.

A vitamina C não é armazenada no organismo, é muito frágil e a sua suplemen-tação deve ser diária e ser suficiente.

As funções principais da vitamina C

• Por impedir a oxidação das moléculas do colesterol, impede a sua acumula-ção nas paredes arteriais.

• Aumenta as resistências às infecções, por activar as reacções imunitárias (a nível dos linfócitos e neutrófilos).

• Activa a síntese do colagénio, auxiliando a cicatrização das feridas, assim como na regeneração dos tecidos (luta contra os efeitos do envelhecimento da pele).

• Tem uma importante acção antioxidante contra os radicais livres derivados da oxidação dos metabolitos, quer nos processos de envelhecimento precoce tecidular, como nos processos degenerativos (cancro, diabetes, artrites, afecções cardiovasculares).

• Intervém na síntese das hormonas esteróides supra-renais e das catecola-minas;

• Diminui a sensibilidade à histamina, responsável por afecções alérgicas com formação de edema.

• Possui uma acção preventiva e de tratamento anticancerosa (em doses muito elevadas >10 g – estudos que deram o Prémio Nobel a Linus Pauling).

• Em conjunto com as vitaminas B2 e E, participa na actividade da glutatião-redutase, que assegura o metabolismo dos eritrócitos.

CAPÍTULO 1: AS VITAMINAS

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3 A VITAMINA C (ÁCIDO ASCÓRBICO)

A vitamina C, é facilmente destruída pelo calor e pelo tabaco (um cigarro, destrói aproximadamente 25 mg de vitamina C), pela pílula aspirina e pelos corticóides.A carência em vitamina C é acrescida: • Em fumadores.• Em casos de “stress” e “surmenage”.• Durante a gravidez e o aleitamento.• Em idosos sedentários.• Em mulheres com terapêutica contraceptiva.• Em pessoas sob medicação (aspirina, cortisona).

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As fontes naturais

Encontra-se fundamentalmente em todos os frutos frescos, especialmente nos citrinos, na groselha, na acerola e no kiwi. O teor em vitamina C, é muito ele-vado também na salsa, na couve-flor, na couve de Bruxelas, nos brócolos, nos pimentos e na batata.

O escorbuto, que se julgava resultado de uma avitaminose C, é na realidade o resultado de uma dupla avitaminose: C e P, sendo esta última um factor de resistência capilar e de diminuição da permeabilidade dos vasos sanguíneos.A abundância desta vitamina P na natureza, permitiu isolar mais de 150 molécu-las diferentes, a que chamamos Bioflavonóides, ou “factores vitamínicos P”.

Tanto a vitamina C como a vitamina P, podem produzir as mesmas acções vasculares ou sanguíneas, mas com intensidades diferentes. Na ausência da vitamina P, o Ácido Ascórbico torna-se menos eficaz, o que demonstra a capacidade sinergética destas duas vitaminas. Na presença dos Bioflavo-nóides, a acção da vitamina C é potencializada. De entre os Bioflavonóides com actividade de vitamina P, são de destacar a Citrina (extraída do limão), a Rutina ou Rutoside (extraída de numerosos vegetais, tomate, sabugueiro, trigo mourisco, etc.), a Esculoside (extraída da castanha da Índia), a Hesperidina e a Diosmina.

Aspectos positivos da vitamina C natural de Acerola

1. No extracto da baga de Acerola, a vitamina C está junta a numerosos Biofla-vonóides (Rutina, Hesperidina, Diosmina, etc.), que diminuem a fragilidade dos vasos sanguíneos, aumentam a resistência capilar, prevenindo a forma-ção de eventuais hematomas.

2. Na presença dos referidos Bioflavonóides, a biodisponibilidade da vitamina C aumenta, suprimindo-se o “pico” de absorção que é responsável por ocor-rências de irritabilidade, excitação, insónia, diarreia, etc., o efeito terapêutico da vitamina C é prolongado.

3. O pó de Acerola é extraído do sumo fresco das bagas e tem um sabor ligeiramente açucarado (frutose). Nenhum outro tipo de açúcar deve ser acrescentado. Portanto, esta vitamina C natural é absolutamente compatível com os diabéticos.

CAPÍTULO 1: AS VITAMINAS

2�

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As carências

A carência em vitamina C, pode ser:• Por falta de aporte – alimentação composta exclusivamente por conservas

e bebés alimentados por leite fervido e farinhas sem suporte vitamínico, por excesso de consumo (gravidez, aleitamento, infecções).

• Por má absorção – destruição da vitamina C no intestino.

Sintomas de carência• Um bom número de infecções nosocomiais (hospitalares).• Escorbuto.• Fadiga, emagrecimento, mal-estar, cefaleias, dores ósseas.• Menor resistência às infecções.• Edema dos membros inferiores.• Sangramento das gengivas e nariz.(Pensa-se hoje que pode existir uma relação entre uma deficiência em vitamina C e determinadas doenças como o cancro, e as cardio-vasculares.)

As sobredosagens

Sob uma forma natural, grandes doses de vitamina C não se revelam tóxicas e os excessos são normalmente eliminados por via renal. O mesmo não se passa com a de síntese, já que apresenta “picos” de absorção extremamente elevados e ter uma eliminação demasiado rápida.

CAPÍTULO 1: AS VITAMINAS

29

Taxa plasmática por horas

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Os A.D.R. da vitamina C

Adultos Mínimo de 9 mg Máximo de 180 mgNos casos de stress ou de terapêuticas específicas (p. ex., cataratas), os A.D.R. podem ir de 500 mg a 2.000 mg.

Associações aconselháveis

Todas as outras do Complexo B, as vitaminas A e D, assim como o Magnésio para acção anti-stress, a vitamina E e o Selénio para acção antienvelhecimento tecidular.

CAPÍTULO 1: AS VITAMINAS

30

A vitamina E, é uma vitamina lipossolúvel. Agrupa 4 substâncias químicas cha-madas tocoferóis: α-tocoferol que é a substância mais activa, β- e γ-tocoferol que têm uma menor acção vitamínica e o δ-tocoferol que é praticamente inac-tivo. A vitamina E apresenta-se como um óleo viscoso de cor amarelo-pálido. É extremamente sensível ao calor, ao ar e à luz.

A vitamina E é armazenada no organismo a nível do fígado (estimada em algu-mas gramas). Também existe em quantidades significativas nos tecidos gordos, na hipófise e nas supra-renais.

As funções principais da vitamina E

• Tem um desempenho antioxidante muito importante, a nível das células e dos tecidos.

• É indispensável à actividade dos enzimas implicados no metabolismo lipí-dico.

• Tem um efeito protector do miocárdio e da circulação sanguínea, por possuir um efeito vasodilatador.

• Intervém na gametogénese masculina e feminina.• Melhora a microcirculação da pele, em aplicação tópica.• Tem um efeito protector contra as doenças coronárias, o cancro e as cata-

ratas.

4 A VITAMINA E (α-TOCOFEROL)

Pelas suas qualidades antioxidantes, deve ser tomada no período da menopausa e na terceira idade.As mulheres sob terapia anticoncepcional, as grávidas e as que amamentam, devem tomar um suplemento de vitamina E.

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As fontes naturais

Encontra-se fundamentalmente no gérmen de trigo, nas avelãs, amêndoas, nos vegetais de folhas verdes, especialmente alface e espinafres, nos cereais integrais e no óleo de fígado de bacalhau.

As carências

A carência em vitamina E, pode ser:• Por falta de aporte – excesso de gorduras saturadas na alimentação, excesso

de gasto por esforço físico intenso.• Por má absorção – doença de Crohn, mucoviscidose, lipoproteinémia, cirrose

alcoólica, pancreatite, laxantes à base de óleos minerais.

Sintomas de carência• Problemas circulatórios.• Problemas neuromusculares (falta de força muscular, miopatias).• Problemas hematológicos (anemias).• Problemas oftalmológicos (alterações retinianas).• Problemas do cabelo e unhas.

As sobredosagens

A vitamina E não apresenta toxicidade, mesmo em doses elevadas.

Os A.D.R. da vitamina E

Adultos Mínimo de 1,5 mg Máximo de 30 mgAconselha-se a sua toma no final de refeições ricas em gorduras.

Associações aconselháveis

Com as vitaminas A, C e Selénio, é um dos principais factores antienvelheci-mento.

O aporte em ácidos gordos polinsaturados (linoléico, linolénico e araquidónico), presentes nos óleos de Borragem e de Onagra, aumenta as necessidades de consumo de antioxidantes: vitamina E, vitamina C e β-caroteno. Efectivamente, no organismo, a peroxidação dos ácidos gordos polinsaturados dá origem à formação de radicais livres, implicados em diversas patologias (cancro, doença de Alzheimer, cardiovasculares, etc.).

A vitamina E, em conjunto com o Zinco, é aconselhada para o tratamento do cabelo e unhas.

CAPÍTULO 1: AS VITAMINAS

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AS VITAMINASGENERALIDADES

OS APORTES DIÁRIOS RECOMENDÁVEIS

1 O β-caroteno, pró-vitamina A

1. A vitamina B1 (Tiamina)

2. A vitamina B2 (Riboflavina)

CA

PÍT

ULO

OS MINERAIS E OS OLIGOELEMEN-TOS

GENERALIDADES

OS TRANSPORTADORES

1 Os minerais

1. O Cálcio

2. O Ferro

3. O Magnésio

4.O Potássio

2 Os oligoelementos

1. O Crómio

2. O Cobre

3. O Lítio

4. O Manganês

5. O Selénio

6. O Zinco

7. O Enxofre

2

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CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

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OS MINERAIS E OS OLIGOELEMENTOS

GENERALIDADES

Os sais minerais e os oligoelementos, são indispensáveis ao bom funcionamento do organismo, como catalisadores das reacções enzimáticas e reguladores dos processos vitais. São eliminados pelo organismo de forma regular e as suas percas devem, por essa razão, ser compensadas por reposições devidamente harmonizadas.

Recordemos que a catálise é a acção que exercem certos elementos no seio das reacções bioquímicas, por mero efeito da sua presença. Eles participam nessas reacções como meros intermediários ou excitadores, permanecendo intactos no seu final. Os metais combinam-se com os radicais enzimáticos, ditos “metalo-dependentes”, para formarem os “metalo-enzimas”, existentes em grandes concentrações no interior das células.

De entre todos os enzimas conhecidos até hoje, aproximadamente 10% têm na sua constituição uma molécula metalóide. Os metais, também activam as vita-minas e as hormonas, como, por exemplo, o Cobalto activa a Cianocobalamina, e o Iodo activa as hormonas tiroideias.

Constatam-se algumas interacções, sinergéticas e/ou antagonistas, conforme as circunstâncias do meio, entre todos os elementos intervenientes no metabolismo celular: minerais, vitaminas, prótidos, glúcidos e lípidos.

Desde há já muitos anos que as ciências da Medicina conhecem a importância do Cálcio, do Magnésio, do Iodo, etc., para a manutenção ou o restabelecimento da saúde e que estes minerais actuam através de doses ponderais. Por outro lado, os oligoelementos, apenas parecem ter actuação terapêutica em doses infinitesimais.

Para além dos metais específicos de algumas reacções bioquímicas, existem metais cuja actividade depende de outros metais. São conhecidas as associa-ções Cobre-Zinco, Cobre-Cobalto, Cobre-Magnésio, Magnésio-Cálcio, etc. O enzima possui então uma dupla ligação metálica que irá permitir reacções em cadeia, realizando transferências de energia de um metal para o outro.

Hoje em dia, podemos constatar, infelizmente, que mesmo com a dieta alimentar mais variada e equilibrada, não conseguimos responder de forma satisfatória às exigências nutricionais de cada indivíduo.

Algumas doenças, aumentam consideravelmente as necessidades em deter-minados minerais (as doenças infecciosas elevam as necessidades de Cobre, assim como as perturbações endocrinológicas requerem uma suplementação em Zinco e Cobalto).

Uma suplementação judiciosamente calculada, em minerais e oligoelementos, poderá muitas vezes permitir a prevenção de um número significativo de pro-blemas, quer crónicos quer agudos. A melhoria da sintomatologia, por vezes espectacular, permite evitar os inconvenientes da maioria das medicações terapêuticas convencionais.

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CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

3�

OS MINERAIS E OS OLIGOELEMENTOS

OS TRANSPORTADORES

As substâncias orgânicas, não incorporam os minerais ou os oligoelementos na sua molécula, mas transportam-nos para as células alvo com uma biodisponibilidade muito elevada e excelente tolerância.

O mais importante para o protocolo terapêutico, é a identificação das moléculas transportadoras dos minerais e oligoelementos, já que são essas moléculas que vão determinar se os minerais e/ou oligoelementos se dirigem para a membrana celular ou para o interior das células alvo do tratamento. Só assim poderemos ob-ter uma utilização correcta dos minerais e oligoelementos, com fins terapêuticos objectivos e eficazes. De forma não dirigida, estaremos certamente a provocar alterações não desejáveis.

De uma forma bastante simplista, poderemos partir do seguinte princípio: os sais inorgânicos (cloretos, sulfatos, carbonatos, citratos, gluconatos, etc.), são sais hidrosolúveis ou solúveis na água, porque são ionisados. Logo, não têm a capacidade de atravessar a membrana celular, por três razões:

• A parede externa da membrana celular tem uma carga positiva, o que torna impossível a entrada dos minerais e oligoelementos, porque, como também são carregados positivamente, e as cargas eléctricas iguais se repelem mutu-amente, tal penetração é impossível.

• A membrana celular é essencialmente formada por ácidos gordos, logo, só as substâncias liposolúveis ou solúveis nas gorduras, poderão atravessar a membrana celular.

• Por outro lado, para que um mineral seja absorvido a nível do intestino del-gado, não se pode dissociar do seu transportador abaixo do pH do intestino delgado (7 a 7,2), mas os complexos de sais inorgânicos precipitam em pH inferior a 7, formando complexos insolúveis que são eliminados pelas fezes.

Os sais orgânicos (etil-amino-fosfatos, aspartatos, orotatos, etc.), não preci-pitam abaixo do pH intestinal. São absorvidos e assimilados para a circulação sanguínea, indo depositar-se a nível da membrana celular ou após o seu atravessamento, sem se dissociarem. Por outro lado, são reconhecidos pelo próprio organismo como moléculas orgânicas, logo como elementos nutritivos, semelhantes aos encontrados na alimentação.

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Especialmente durante a década de 60, os Drs. Laborit e Nieper, estudaram os sais transportadores orgânicos seguintes:

• Os EAP (etil-amino-fosfatos), que jogam um papel fundamental por serem componentes da membrana celular, possuindo ao mesmo tempo a capaci-dade de formarem complexos com os minerais como, o Cálcio, o Magnésio e o Potássio. Os EAP reagem na superfície da membrana celular, à entrada dos poros lipídicos, onde se decompõem, se integram e depositam o catião que transportam. Os EAP, podem ser considerados como factores de protec-ção celular, por possuírem a capacidade de reparação das paredes celulares lesadas, impedindo a intrusão de substâncias tóxicas.

• Os aspartatos (sais do ácido aspártico), atravessam a membrana celular e reagem sobre a camada interna da mesma, onde libertam o catião. Os áci-dos L-aspártico e DL-aspártico, são aminoácidos que existem no organismo humano, na sua forma natural.

• Os orotatos (sais do ácido orótico), existem no leite materno. Pela sua estrutura molecular, a tendência para se dissociarem é muito fraca, o que explica a sua capacidade de atravessarem a membrana celular, penetrarem o citoplasma e libertarem o catião a nível das estruturas citoplasmáticas (mito-côndrias e lisosomas). Por outro lado, os aniões orotáticos possuem um efeito benéfico sobre a função hepática, reforçando a protecção do hepatócito.

Desde então, as pesquisas sobre novas moléculas transportadoras, nunca mais parou.

Os hidrolisados de proteínas têm apresentado excelentes resultados quanto à fixação dos minerais e à capacidade de ultrapassar as barreiras fisiológicas até às células alvo. Actualmente, utilizam-se proteínas extraídas do arroz e da soja que são hidrolisadas em aminoácidos de grande qualidade, por serem hipoalér-gicos e dotados de uma excelente biodisponibilidade.

Ao complexo aminoácido + mineral, chamamos quelato. O processo de fabri-cação dos quelatos faz-se por precipitação dos aminoácidos com o mineral. O mineral não reage com as moléculas do aminoácido, porque é “aprisionado” pela molécula orgânica. Sob esta forma, o quelato permanece solúvel a nível do intestino, atravessa a barreira intestinal e entra na circulação sanguínea sem se dissociar.

Estes quelatos (aminoácidos + mineral), têm as seguintes vantagens:

• Não precipitam a nível intestinal e não causam perturbações gastrointesti-nais.

• São muito bem absorvidos a nível intestinal.

CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

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• Têm uma excelente biodisponibilidade.• São muito eficazes porque são reconhecidos pelo organismo como substân-

cias nutritivas.• Não apresentam reacções cruzadas com outras substâncias da alimentação.

CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

3�

1 OS MINERAIS

O Cálcio é um constituinte essencial dos ossos e dos dentes (98% do Cálcio orgânico encontra-se no esqueleto). É o mineral mais importante do organismo e representa 2% do peso corporal

O Cálcio dos alimentos, é absorvido no intestino. A vitamina D (sob a forma de 1,25 di-hidro-calciferol, fabricada nos rins), é indispensável à sua assimilação. No entanto, apenas 40% do cálcio de origem alimentar é assimilado.

As funções principais do Cálcio

• Tem um desempenho evidente na mineralização óssea e dentária.• É activador de numerosos enzimas.• Exerce uma série de acções em conjunto com o Magnésio e o Potássio sobre

o sistema nervoso central, activando numerosas reacções enzimáticas que regem a actividade neuronal (libertação de neurotransmissores e o impulso eléctrico nervoso), assim como a tonicidade muscular (efeito espasmolítico e anti-stress).

• Intervém na activação dos enzimas pancreáticos, novamente com o Magnésio e o Potássio, desempenhando um papel regularizador na lipólise, que contri-bui para o equilíbrio da taxa lipídica sérica.

• Permite o transporte da vitamina B12 nas células intestinais do íleon, onde ela é absorvida (factor intrínseco).

• Indispensável à regularização do ritmo cardíaco e à manutenção da tensão arterial.

• Intervém na coagulação sanguínea.• Possui uma actividade anti-inflamatória e analgésica.• Tem, em conjunto com o Magnésio e o Lítio, um papel protector e reconsti-

tuinte do tecido hepático (prevenção e convalescença nos casos de hepatites tóxicas e infecciosas).

1. O Cálcio

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As fontes naturais

Encontra-se fundamentalmente no leite e seus derivados, amêndoas, nozes, frutos secos, cenouras, ervilhas, moluscos e mariscos.

As carências

A carência em Cálcio, pode ser:• Por falta de aporte – insuficiência de produtos lácteos na alimentação, regime

alimentar hiperproteico, deficiência em vitamina D.• Por má absorção – diarreia prolongada, hipoparatiroidismo, insuficiência renal

crónica, metásteses ósseas, terapêuticas anticonvulsivas e anti-leucemicas, excesso de uso de laxantes.

• Por gasto excessivo – gravidez repetitiva, aleitamento prolongado, catabolismo acelerado na menopausa e nas pessoas idosas.

Sintomas de carência• Problemas neuromusculares (tetania, espasmofilia).• Problemas cutâneos, dos dentes e unhas.• Problemas oculares (cristalino).• Problemas ósseos (osteomalácia no adulto e raquitismo na criança).• Cefaleias violentas, devido a descalcificação dos discos interverte-

brais cervicais.

O Ácido Fítico que existe no farelo, nos cereais, nas leguminosas e nas nozes, pode combinar-se com o Cálcio no intestino e formar o Fitato de Cálcio que não é absorvível. Isto poderá resultar numa carência mas, num regime alimentar normal, tal não é significativo. O Ácido Fítico, conforme podemos ver na figura da página seguinte, poderá formar ligações com minerais, especialmente com o Cálcio, o Ferro e o Zinco, reduzindo a sua biodisponibilidade ao diminuir a sua absorção.

Os Fitatos (de Cálcio, de Ferro ou de Zinco), não são degradados pela cozedura nem pelos enzimas digestivos orgânicos, significativamente. Como os Fitatos

CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

3�

As necessidades em Cálcio são mais elevadas nas crianças, nos adolescentes, nas grávidas e nas mulheres que amamentam.As mulheres sob terapia anticoncepcional, devem tomar um suplemento de Cálcio.A osteoporose ligada à menopausa, requer uma suplementação regular de Cálcio.Os fosfatos contidos nas bebidas efervescentes (Soda, Coca-Cola, Limonada, etc.), nos enchidos e queijos fondue, diminuem a absorção do Cálcio.O álcool, a cafeína e a nicotina, aumentam a eliminação do Cálcio.

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não são absorvíveis pelo intestino, é essa a razão pela qual uma alimentação à base de cereais, farelo, leguminosas e/ou nozes, pode contribuir para uma insuficiência de aporte em Cálcio, Ferro e/ou Zinco.

CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

39

As sobredosagens

O Cálcio sérico, provoca um excesso de produção de ácido clorídrico a nível estomacal, pelo que a sua suplementação deverá ser cuidadosa nos casos de úlcera péptica.

Por outro lado, as pessoas que sofrem de pirose (azia) e tomem grandes quanti-dades de Carbonato de Cálcio para neutralizar a hiperacidez, podem sofrer uma hipercalcémia, tendo como resultado um agravamento da sua situação, devido ao descrito no parágrafo anterior.

A toma conjunta significativa de Cálcio e vitamina C, favorece a formação de cálculos biliares e renais.

Uma sobredosagem de Cálcio• Diminui a absorção de Ferro, do Cobre e do Crómio.• Na presença da vitamina C, diminui a absorção do Manganês.• Na presença dos Fitatos ou de Fosfatos, diminui a absorção do

Zinco.

P� P

P

Ca

Fe

Zn

P

P

P

ÁCIDO FÍTICO

P = Grupo FosfóricoZn = ZincoFe = FerroCa = Cálcio

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Os sintomas de um excesso de Cálcio• Sede intensa, com urinas abundantes.• Perca do apetite, com náuseas e vómitos.• Problemas cardíacos e neuropsíquicos.• Calcificação dos tecidos moles.

Os A.D.R. do Cálcio

Mínimo de 120 mgMáximo de 1600 mg

CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

40

Os sais inorgânicos de Cálcio, podem causar problemas no tratamento da oste-oporose quando acompanhada de arteroesclerose. Por sua vez, os quelatos e os orotatos de Cálcio, para além de poderem ser tomados em doses maiores e durante mais tempo, têm um efeito protector contra a arteroesclerose.

Quanto às propriedades anti-inflamatórias e analgésicas do Cálcio, muitos especialistas aconselham os pacientes com esclerose em placas, a tomarem suplementos alimentares de Cálcio (orotato), até 5 gramas/dia. Em reumatologia, também é aconselhável uma suplementação com orotato de Cálcio, já que este sal apresenta uma afinidade particular para as cartilagens.

Associações aconselháveis

Especialmente com o Magnésio que facilita a fixação do Cálcio no organismo e evita um efeito tóxico para o funcionamento cardíaco.Com a vitamina D, indispensável à absorção intestinal do Cálcio.

A suplementação em Cálcio, apenas é desaconselhada quando da suspeita de acumulação pelo organismo. Deve-se acompanhar o Cálcio com o Magnésio, já que este é o melhor regulador orgânico do metabolismo do Cálcio.

2. O Ferro

O Ferro é um constituinte essencial da hemoglobina (mais de 70% do Ferro orgânico está ligado à hemoglobina) que tem um papel indispensável no trans-porte do oxigénio para todo o organismo, através dos eritrócitos.

A absorção do Ferro através dos alimentos não é total, variando entre os 2% e os 20%, sendo melhor pelos alimentos de origem animal.

A absorção do Ferro é aumentada na presença da vitamina C e reduzida pelo ácido Fítico (cereais) e alguns medicamentos como as Tetraciclinas e os antiá-cidos gástricos.

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As funções principais do Ferro

• Intervém na constituição da hemoglobina.• Constitui parte essencial da mioglobina dos músculos (assegurando a respi-

ração do tecido muscular).• É um constituinte de numerosos enzimas.• Aumenta a resistência ao esforço físico e ao stress.

CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

41

É necessária uma suplementação em Ferro nas mulheres com menstruação abundante.Os bebés alimentados a leite de vaca (pobre em Ferro), devem ter uma suplementação, porque as reservas de Ferro esgotam-se rapidamente durante os primeiros meses de vida.Durante a gravidez e o aleitamento, as necessidades em Ferro são acrescidas.Pode-se verificar uma carência em Ferro nos vegetarianos e nos idosos.

As fontes naturais

Os alimentos mais ricos em Ferro são os mariscos, os enchidos, o fígado, a gema do ovo, o cacau e chocolate, os frutos e legumes secos, nozes e amên-doas, carnes vermelhas e peixe. O leite e seus derivados, contêm pouco Ferro.

As carências

A carência em Ferro, pode ser:• Por falta de aporte – insuficiência de carne na alimentação, regime alimentar,

assim como dos produtos acima descritos.• Por má absorção – diarreia prolongada, excesso de chá.• Por gasto excessivo – gravidez, aleitamento, catabolismo acelerado por acti-

vidade desportiva intensa.• Por percas – Problemas hemorrágicos das mais diversas etiologias.

Sintomas de carência• Anemias ferroprivas.• Sensibilidade excessiva às infecções virais e micóticas.• Fraqueza do cabelo e das unhas.

As sobredosagens

As sobrecargas de Ferro podem existir nos casos de ingestão prolongada ou por transfusões de sangue massivas. Pelo seu efeito oxidante, o Ferro em excesso tem um efeito nocivo sobre as células e sobre o sistema imunitário. Os sintomas de um excesso de Ferro

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• Problemas de funcionamento cardíaco.• Agravamento da eliminação renal (gota, artritismo, etc.).• Problemas hepáticos e pancreáticos.

Os A.D.R. do Ferro

Adultos: Mínimo de 2,1 mg Máximo de 28 mg

Dos 4 aos 10 anos: Média de 10 mg Dos 11 aos 15 anos: Média de 12 mg Na gravidez: Média de 25 mg No aleitamento: Média de 14 mg

CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

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Nas mulheres, desde a puberdade até à menopausa, as necessidades em Ferro, são quase duplas das dos homens.

Uma alimentação normal e completa, precede a um aporte diário de Ferro, de 10 a 15 mg. Mas tendo em conta que a sua absorção é reduzida e variável conforme os alimentos, esse aporte não cobre as reais necessidades em Ferro. Os quelatos e o orotato de Ferro, são, praticamente, as únicas formulações que permitem a assimilação do Ferro sem efeitos secundários. Os outros sais transportadores inorgânicos de Ferro, provocam com frequência, problemas intestinais.

É de evitar uma suplementação em Ferro, aos doentes cancerosos, pois as células tumorais aproveitam-no melhor do que as células sãs.

Associações aconselháveis

Nos problemas circulatórios, associado ao Cobalto.Nas anemias, associado às vitaminas B9 (Ácido Fólico) e B12 (Cianocobala-mina).Na insuficiência de fixação do ferro sérico à hemoglobina, com pequenas doses de Cobre e de Manganês.

O Magnésio é o mineral mais abundante no organismo humano, depois do Cál-cio, do Fósforo e do Potássio. Mais de 70% do Magnésio orgânico existem no esqueleto, combinado com o Cálcio e o Fósforo, formando os sais complexos do tecido ósseo. Os restantes 30%, encontram-se nos tecidos moles (músculos, vísceras, tecido nervoso) e nos líquidos orgânicos.

3. O Magnésio

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As funções principais do Magnésio

• Intervém, juntamente com o cálcio, no funcionamento dos neurónios (transmis-são do impulso nervoso) e na contractilidade muscular (efeito espasmolítico, nos casos de hipertonia muscular).

• Assim como o Cálcio e o Potássio, activa os enzimas pancreáticos, favore-cendo a hidrólise lipídica.

• Em conjunto com o Zinco e a vitamina B6, é necessário para a síntese das prostaglandinas, a partir dos ácidos gordos essenciais.

• Condiciona a transformação de todas as vitaminas do Complexo B em coen-zimas.

• Assegura o transporte transmembranar do Cálcio, especialmente no tecido ósseo.

• Tem papel protector do sistema cardiovascular, evitando a formação de placas de ateroma.

• Aumenta a actividade enzimática do fígado.

CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

43

O álcool e o “stress”, provocam percas do Magnésio orgânico.O ácido Fítico (cereais) e o ácido Oxálico (espinafres), formam com o Magnésio sais insolúveis, não absorvíveis pelo intestino.Alguns constituintes alimentares, podem aumentar as necessidades de aporte em Magnésio (Cálcio, proteínas, açúcar, Fosfatos, etc.).Os alimentos refinados, perderam a maior parte do seu teor em Magnésio.

As fontes naturais

Os alimentos mais ricos em Magnésio são o cacau e o chocolate, os cereais integrais, as amêndoas, as nozes e avelãs, os crustáceos e os legumes secos.

As carências

A carência em Magnésio, pode ser:• Por falta de aporte – insuficiência na alimentação de cereais e/ou pão, inte-

grais.• Por má absorção – hipoparatiroidismo, pancreatites, diabetes, etc.• Por gasto excessivo – gravidez, aleitamento, catabolismo acelerado por acti-

vidade desportiva intensa.

Sintomas de carência• Fadiga geral, cãibras, dores musculares.• Hiperemotividade, ansiedade.• Crises de tetania sem défice de Cálcio.

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As sobredosagens

As sobrecargas de Magnésio são raras, porque o excesso é normalmente eli-minado por via renal.Em pessoas com suplementação excessiva (via injectável), poderá observar-se uma tendência para insuficiência renal. Os sintomas de um excesso de Magnésio

• Baixa da tensão arterial.• Depressão neuromuscular.• Náuseas.• Fadiga intensa e sonolência.• Problemas cardíacos.

Os A.D.R. do Magnésio

Adultos Mínimo de 45 mg Máximo de 450 mg

Na gravidez e aleitamento: Média de 400 mg

Nos atletas: Média de 500 a 600 mg

Os quelatos e orotatos de Magnésio são formas muito activas, por serem mais assimiláveis. Além disso, os aniões orotato possuem um efeito hepatoprotector, o que não se passa com outros transportadores.

Associações aconselháveis

O Potássio forma uma boa associação com o Magnésio, porque existem nume-rosas semelhanças entre os metabolismos destes dois elementos. Por isso, todo o défice em Magnésio se repercute num défice de Potássio, e vice versa.Uma carência em Cálcio, apenas se pode corrigir se o seu aporte for acompa-nhado de Magnésio suficiente.

CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

44

4. O Potássio

O Potássio é, por ordem quantitativa, o terceiro mineral mais abundante no or-ganismo humano, depois do Cálcio e do Fósforo. Um corpo humano de 70 kg, tem 170 g de Potássio orgânico. Desses 170 g, 90% encontram-se no líquido intracelular.

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As funções principais do Potássio

• Juntamente com o Sódio, é responsável por todos os processos ligados aos fenómenos de semi-permeabilidade celular. Isto significa que é essencial para a regulação do potencial eléctrico da membrana celular. Entende-se, como consequência, que qualquer carência ou mesmo sub-carência em Potássio, tenha repercussões sobre as células renais e hepáticas, já que as suas fun-ções de filtragem dependem principalmente da permeabilidade celular.

• É activador de numerosos enzimas, entre os quais a Hexoquinase, activador da síntese do tecido ósseo.

• Activa os enzimas hidrolíticos dos glúcidos a partir do glicogénio (efeito es-pasmolítico).

• Contribui, como o Magnésio e o Fósforo, para a transmissão do impulso ner-voso através da sinapse.

• Tem um efeito relaxante do músculo liso, exerce uma acção vasodilatadora, tendo por isso uma acção hipotensora.

• Tem papel preponderante no bom funcionamento do coração .• Juntamente com o Cálcio e o Magnésio, está presente na constituição dos

sais biliares, activando a hidrólise dos lípidos pela lipase e bílis.

CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

4�

Todo o défice em Magnésio implica também uma perca em Potássio.As necessidades em Potássio são aumentadas pelo “stress” e pela hipertensão.Um abuso de laxantes e um regime rigoroso sem sal, podem gerar um défice de Potássio.A perda de minerais pelo suor durante o esforço desportivo exagerado, pode tornar negativo o equilíbrio Potássio/Sódio, podendo gerar cãibras e, se demasiado, uma paragem cardíaca.

As fontes naturais

Os alimentos mais ricos em Potássio são o cacau e o chocolate, a banana, as amêndoas, as nozes, as carnes, peixes de água fria (salmão, arenque, baca-lhau, etc.), e os legumes secos.

As carências

A carência em Potássio, pode ser:• Por falta de aporte – insuficiência de sal na alimentação.• Por má absorção – insuficiência renal, diarreia crónica, corticoterapia prolon-

gada, diuréticos, etc..• Por gasto excessivo – actividade desportiva intensa.

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Sintomas de carência• Astenia geral.• Dores articulares e edemas.• Cãibras musculares nocturnas.• Contracções anómalas do miocárdio, que podem desencadear uma

fibrilação fatal.

As sobredosagens

As sobrecargas de Potássio são raras, porque o excesso é normalmente elimi-nado por via renal. Os sintomas de um excesso de Potássio

• Problemas cardíacos.• Problemas musculares.

Os A.D.R. do Potássio

Adultos Mínimo de 0,6 g Máximo de 6,0 g

Os quelatos e orotatos de Potássio são formas muito activas, por serem mais as-similáveis. Além disso, podem ter um papel preventivo no enfarte do miocárdio, o que não se passa com outros transportadores.

Associações aconselháveis

O Potássio forma uma boa associação com o Magnésio, porque existem nume-rosas semelhanças entre os metabolismos destes dois elementos. Por isso, todo o défice em Magnésio se repercute num défice de Potássio, e vice versa.

CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

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2 OS OLIGOELEMENTOS

1. O Crómio

O Crómio, é considerado em Bioquímica como um oligoelemento bioregulador. Com efeito, existe nos organismos vivos apenas num estado de “traço”, sendo encontrado como constituinte de um complexo bioquímico chamado GTF (Glu-cose Tolerance Factor), que estimula a actividade da insulina, permitindo ao organismo a regularização da taxa da glicémia.

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As funções principais do Crómio

• Preventivo das afecções ligadas ao desregulamento do metabolismo dos glúcidos (diabetes, hipoglicémia).

• Age sobre o metabolismo lipídico, reduzindo a lipogénese, assegurando assim um controle do peso corporal.

• Baixa a taxa sérica das LDL.

CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

4�

Ao estabilizar a taxa de glúcidos no sangue (glicémia), o Crómio suprime “o desejo” de comer doces entre as refeições, podendo contribuir para um certo emagrecimento e manutenção do peso ideal.Ao diminuir a taxa sérica das LDL, o Crómio contribui para a prevenção da formação de ateromas e da hiperlipidémia.

As fontes naturais

Os alimentos mais ricos em Crómio são, a levedura de cerveja, os cereais integrais, as carnes e os mariscos, assim como algumas especiarias como a pimenta negra, o tomilho, etc.

As carências

• A carência em Crómio, pode ser:• Por falta de aporte – alimentos refinados e aquecidos.• Por má absorção – excesso de doces, diabetes, insulinoterapia.

Sintomas de carência• Fadiga e instabilidade de humor.• Aumento das LDL e trigricéridos.• Aparecimento da diabetes.• Crises de hipoglicémia e aumento do peso.

As sobredosagens

As sobrecargas de Crómio são raras, quando utilizando complementos alimen-tares.

Os A.D.R. do Crómio

Adultos Mínimo de 18,75 µg Máximo de 187,5 µg

Em muitos países, o aporte alimentar de Crómio fica abaixo das necessidades recomendadas (50 µg/dia). Este facto é mais grave ainda para as pessoas de idade, nos quais a biodisponibilidade do Crómio está diminuída ou perturbada

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Associações aconselháveis

Na diabetes: Com Magnésio, Zinco e L-Carnitina.Para controle do peso: Com Magnésio, vitamina B1 e L-Carnitina.Para regulação do sistema endócrino: Com Cobre e Zinco.

CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

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2. O Cobre

Presente no organismo humano em quantidades ínfimas (75mg a 150mg), o Cobre possui uma acção que não pode ser isolada da dos outros minerais, particularmente do Zinco, do Manganês, do Ferro e do Magnésio.

As funções principais do Cobre

• Entra na composição de diversos enzimas, necessários aos processos de oxido-redução.

• Age sobre a activação de três enzimas muito importantes a nível da pele:

– Superoxido-dismutase de Cu e Zn, situado nas mitocôndrias das células da derme, que diminui o teor de radicais livres responsáveis pelo envelhe-cimento e que favorecem as infecções, inflamações e alergias, a nível da pele;

– Lysyl-oxidase, que entra na síntese da elastina e do colagénio, ambos res-ponsáveis pela elasticidade e resistência dos tendões, das cartilagens, do tecido conjuntivo e dos vasos sanguíneos;

– Tirosinase, que activa a produção da melanina, pigmento fotoprotector da pele.

• Intervém no metabolismo do Ferro e na síntese da hemoglobina.• Tem um efeito antiviral, pela estimulação do sistema reticulo-endotelial.• Exerce um efeito regulador do sistema tiroideu e supra-renal.

Os bebés alimentados exclusivamente, ou durante demasiado tempo, a leite de vaca, apresentam deficiência em Cobre.A absorção do Cobre, diminui nitidamente após os 65 anos de idade.

As fontes naturais

Os alimentos mais ricos em Cobre são, o fígado, os mariscos, os legumes se-cos, os cogumelos, as amêndoas, as nozes e as avelãs, as carnes brancas e o peixe.

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As carências

A carência em Cobre, pode ser:• Por falta de aporte – regime lacto-vegetariano.• Por má absorção – pessoas idosas, insuficiência renal, diarreia crónica, peni-

cilânicos e corticóides.

Sintomas de carência• Astenia e anemia.• Alterações do paladar.• Fracturas nas crianças.• Cabelo e unhas fracos.

As sobredosagens

As sobrecargas de Cobre são pouco prováveis, porque uma ingestão excessiva provoca imediatamente náuseas e vómitos.

Os A.D.R. do Cobre

Adultos Mínimo de 0,37 mg Máximo de 3,75 mg

Observam-se quedas da taxa do Cobre nos casos de cancro, em alguns reu-matismos, nas ateromatoses e em certas patologias inflamatórias. Nestes casos, uma suplementação ligeira mas regular em Cobre, irá melhorar a respiração ce-lular e contribuir para melhores níveis de vida. A eficácia dos quelatos e orotatos, chega a ser 600 vezes superior à dos sais transportadores inorgânicos

Associações aconselháveis

Nas manifestações inflamatórias e degenerativas do aparelho ósteo-articular, recomenda-se a associação do Cobre com o Sulfato de Condroitina, o Cálcio, o Magnésio, o Zinco, o Selénio, a vitamina B6 e a Bromelase.

Nas patologias cardiovasculares, em associação com o Potássio, o Magnésio, o Selénio e a Bromelase.

CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

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3. O Lítio

Pertence aos metais alcalinos, susceptíveis de combinações variadas. É extra-ído principalmente dos depósitos salinos do Mar Morto. A medicina emprega o Lítio em doses elevadas para os casos maníaco-depressivos, mas um aporte

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mal calculado pode induzir problemas renais graves, especialmente se o pa-ciente está submetido a um regime pobre em Sódio.

As funções principais do Lítio

• Tem efeitos importantes a nível do sistema nervoso central, por abrandar as trocas membranares das aminas cerebrais (serotonina, triptofano, noradre-nalina, etc.), assim como a transmissão sináptica do impulso nervoso. Isto explica os seus efeitos miorelaxantes, tranquilizantes e antipsicóticos. No entanto, esta acção necessita de taxas séricas adequadas de Cálcio e de Magnésio.

• Em doses baixas, aumenta a síntese do glicogénio e o seu transporte a nível do cérebro e músculos, factor indispensável ao seu bom funcionamento.

• Melhora as defesas imunitárias e combate o hipertiroidismo, a arterosclerose, as hepatites, a hipertensão arterial, quando o transportador é o orotato (em doses baixas).

CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

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É particularmente importante uma suplementação de Lítio quando se inicia a menopausa, devido às alterações neuropsíquicas e circulatórias que surgem a partir dessa altura.É muito importante nas neurodermites e patologias da pele com etiologia nervosa.

As fontes naturais

Os alimentos mais ricos em Lítio são, os cereais integrais, as sementes e pevi-des.

As carências

A carência em Lítio, pode ser:• Por falta de aporte – alimentos muito refinados.• Por má absorção – pessoas idosas, demasiado Sódio na alimentação.

Sintomas de carência• Insónias.• Cefaleias.• Ansiedade.• Dores e cãibras musculares.

As sobredosagens

As sobrecargas de Lítio podem ser motivadas por insuficiência renal, por um regime sem sal, ou por certos medicamentos (diuréticos, anti-inflamatórios).

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Sintomas de excesso• Diarreia.• Náuseas e vómitos.• Hipertonicidade muscular.

A sua utilização crónica em doses terapêuticas no tratamento das psicoses, pode induzir fadiga, dificuldades de memória, retenção hidro-sódica (aumento de peso, edemas), síndrome de poliúria e polidispsia, assim como uma diminui-ção dos Cálcio e Magnésio nos ossos.

Os A.D.R. do Lítio

Adultos Mínimo de 5 mg Máximo de 10 mg

50 mg de Orotato de Lítio, correspondem a 2,14 mg de Li.

Associações aconselháveis

Como a acção do Lítio é reforçada pela presença do Cálcio, será aconselhável juntar-se um complemento de Cálcio e de Magnésio.

CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

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4. O ManganêsO Manganês de origem vegetal é mal absorvido, porque os vegetais contêm fitatos, o que diminui a absorção deste oligoelemento. Embora o Manganês seja pouco abundante nos alimentos de origem animal, ele é melhor absorvido, de forma lenta, no intestino delgado. O pouco Manganês de origem alimentar que é absorvido, é armazenado no fígado.

As funções principais do Manganês

• Forma complexos com numerosos enzimas, especialmente com os que par-ticipam no metabolismo das vitaminas B1, C e Biotina, dos glúcidos e dos lípidos.

• Activa um enzima anti-radicalar (super-óxido-dismutase /SOD Mn), localizado nas mitocôndrias das células dos tecidos de revestimento. O referido enzima, inibe os radicais livres que podem acelerar o envelhecimento e provocar uma série de reacções patológicas como, a inflamação, a infecção, a alergia e a isquémia. Por essa razão, em doses leves, revela-se muito útil em estados alérgicos (asma, eczema, urticária).

• Intervém na síntese dos Proteoglicanos e da Condroitina, constituintes essen-ciais dos mucopolissacáridos da cartilagem. Por consequência, será indicado no tratamento das dores articulares (artrites).

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• Activa o crescimento e a respiração celular, por estimular certas funções hor-monais (hipófise, tiróide, supra-renais).

• Tem um papel importante na síntese das hormonas sexuais.• Ajuda nas manifestações psíquicas das pessoas idosas (perda da memória,

estados confusionais e estados depressivos).

CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

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A taxa sérica de Manganês, baixa com a idade. Alguns casos de desmineralização óssea, por essa razão, podem não ser atribuídas exclusivamente ao Cálcio.É muito importante nas alergias sem etiologia particular, uma suplementação de Manganês.Os desportistas com patologias articulares, especialmente do joelho, devem fazer uma suplementação de Manganês.

As fontes naturais

Os alimentos mais ricos em Manganês são, os cereais integrais, as nozes e amêndoas, e os legumes de folha verde.

As carências

A carência em Manganês , pode ser:• Por falta de aporte – alimentação exclusivamente vegetariana.• Por má absorção – diabetes.

Sintomas de carência• Dores de crescimento na criança.• Problemas articulares e das costas (Poliartrite Reumatóide).• Hipoglicemia e fadiga generalizada.

As sobredosagens

Apenas se conhecem casos de intoxicação por Manganês, no caso de inalação significativa de poeiras com Magnésio (minas).

Sintomas de excesso• Sintomatologia tipo Parkinson.

Os A.D.R. do Manganês

Adultos Mínimo de 0,52 mg Máximo de 5,25 mg

Nos casos de alergia, 15 mg de Mn/dia.

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Associações aconselháveis

A concentração do Manganês, deve estar em relação com as do Cobre, do Cálcio, do Zinco, do Fósforo e do Ferro.Uma carência em Cobre, implica um aumento em Manganês. Ao inverso, asso-ciado ao Zinco, o Manganês é um antídoto dos excessos de Cobre.Por sua vez, um excesso de Cálcio, de Fósforo e de Ferro, inibe a assimilação do Manganês.

CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

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�. O Selénio

O Selénio, antigamente considerado como tóxico e indesejável, é o exemplo tí-pico do novo oligoelemento essencial. Tem sido objecto de numerosos estudos e publicações científicas, devendo hoje ser citado entre os “grandes” nutrimentos essenciais, ao nível da vitamina C.O Selénio é dificilmente assimilável na sua forma simples ou de sal, devendo ser fixado a um substrato orgânico.

As funções principais do Selénio

• Entra na constituição de numerosos enzimas e proteínas que regulam o meta-bolismo celular, especialmente o “glutatião-peroxidase” que, em conjunto com a vitamina E, neutraliza os radicais livres e os peróxidos orgânicos.

• Apresenta actividade antioncogénica.• Por acelerar o metabolismo lipídico, é preventivo das afecções cardiovascu-

lares.• Melhora a acção “filtrante” hepática, tendo assim um papel desintoxicante.• Protege as células contra os efeitos tóxicos dos metais pesados (Arsénico,

Cádmio, Mercúrio e Chumbo), do álcool e do tabaco.• Ajuda a manter a elasticidade da pele.• Previne a formação de cataratas.• Estimula o sistema imunitário.

Sendo um potente antioxidante, permite prevenir o envelhecimento prematuro dos tecidos.Ajuda nos casos em que as pessoas estão em contacto com poluição e/ou consomem muito álcool e tabaco.Os bebés alimentados exclusivamente com leite de vaca, podem sofrer de carência em Selénio.

As fontes naturais

Os alimentos mais ricos em Selénio são os cereais integrais, o gérmen de trigo, a levedura de cerveja, as carnes em geral, as cebolas e o ananás.

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As carências

A carência em Selénio pode ser:• Por falta de aporte – agricultura intensiva, regime de emagrecimento.• Por má absorção – alcoolismo, parcreatite, doença de Crohn, cirroses.

Sintomas de carência• Dores musculares e fraqueza.• Pouca resistência às inflamações e infecções.

As sobredosagens

A partir de 500 µg, o Selénio pode ser tóxico.

Sintomas de excesso• Náuseas.• Atordoamento.

Os A.D.R. do Selénio

Adultos Mínimo de 10,5 µg Máximo de 105 µg

Não é possível constituir um Orotato de Selénio.Embora se verifique uma boa taxa de absorção do Selénio sob a forma de Se-leniometionona, a melhor biodisponibilidade deverá ser obtida por uma cultura de levedura orgânica sobre um substrato rico em Selénio, o que provocará uma espécie de “quelação” do Selénio.A absorção do Selénio necessita da vitamina C, no entanto, o excesso desta vitamina C pode perturbar a absorção. Associações aconselháveis

A vitamina E, em doses fracas, aumenta consideravelmente os efeitos benéficos do Selénio orgânico, assim como a levedura de cerveja, o pólen e a lecitina de soja.As melhores associações do Selénio são com as vitaminas C, E e o β-caroteno, com os quais age como antioxidante.Na patologia coronária, com Magnésio, Potássio, Cobre e Bromelase.

CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

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É considerado como elemento indispensável desde 1934. A participação do Zinco na constituição de mais de 200 enzimas orgânicos, foi reconhecida du-rante a última década do século XX.

As funções principais do Zinco

• Entra na activação de três enzimas chave:

– Super-óxido-dismutase (CuZnSOD), produzida nas mitocôndrias das célu-las cutâneas.

– Lysil-oxidase, que entra na síntese da elastina e do colagénio da pele.– Tirosinase, que activa a produção da melanina.

• Em associação com o Cobre, desencadeia a biosíntese de certas prosta-glandinas antiagregantes e vasoconstritoras, a partir dos ácidos gordos es-senciais. Tem assim um papel muito importante na regulação dos fenómenos alérgicos e inflamatórios.

• Intervém na síntese da queratina, assegurando a saúde da pele e dos cabelos e unhas.

• Intervém na multiplicação celular e acelera a cicatrização.• Activa a timulina, hormona que estimulante das funções imunitárias.• Com a vitamina D, activa algumas fosfatases alcalinas que regulam a síntese

proteica no tecido ósseo.• Intervém directamente no metabolismo dos glúcidos, mantendo a sensibili-

dade à insulina.• Estimula as células pancreáticas, aumentando a síntese da insulina.

CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

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�. O Zinco

As necessidades em Zinco, aumentam com o “stress”.Os contaceptivos orais, provocam percas em Zinco.Muito útil no herpes, acne, queimaduras e cicatrização de feridas.

As fontes naturais

Os alimentos mais ricos em Zinco são, as ostras, as carnes em geral, os cereais integrais, a gema do ovo, os peixes e crustáceos.

As carências

A carência em Zinco pode ser:• Por falta de aporte – regime vegetariano, alimentos ricos em ácido fítico.• Por má absorção – insuficiência renal, diarreia crónica, medicação com pe-

nicilamina.

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Sintomas de carência• Problemas cutâneos (psoríase, eczema, rash cutâneo, unhas frágeis

e quebradiças, queda abrupta do cabelo).• Problemas pancreáticos endócrinos (diabetes, e supra-renais).• Problemas menstruais.• Hipertrofia prostática.• Fadiga e diminuição da performance física.• Retardamento da cicatrização de feridas.• Atraso do crescimento e depressões nervosas.• Diminuição da capacidade imunitária.

As sobredosagens

Não se conhecem casos de sobredosagem com o Zinco.

Os A.D.R. do Zinco

Adultos Mínimo de 2,25 mg Máximo de 22,50 mg

A alimentação, mesmo que completa, apenas fornece de 8 a 11 mg de Zinco, pelo que uma suplementação é sempre de ser encarada.

Associações aconselháveis

Em associação com o β-caroteno, constata-se um aumento da capacidade imunitária.Uma associação de Zinco com a vitamina B6, é aconselhável para o combate ao stress.O Cobre, o Cálcio e a Lecitina (fósforo), aumentam a acção do Zinco, por sinergia.

CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

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�. O Enxofre

É um mineral indispensável ao bom funcionamento do organismo, porque entra na composição de diversos aminoácidos (cisteína, metionina, etc.), assim como na de vitaminas do complexo B.

As funções principais do Enxofre

• Intervém em numerosas funções metabólicas, particularmente a nível do te-cido conjuntivo e na oxigenação cerebral.

• Assegura a ligação química essencial à formação do colagénio.

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• Tem efeitos antioxidantes, particularmente a nível do combate contra o enve-lhecimento tecidular, particularmente a nível cerebral e a nível articular.

• Tem um poderoso efeito antialérgico (especialmente a nível dos epitélios de revestimento).

• Activa a formação da queratina (cabelo, pele e unhas).• Intervém na formação da bílis, sendo portanto importante nos processos

digestivos.• Indispensável à manutenção do equilíbrio do pH orgânico.• É importante para a síntese da insulina.

CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

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O Enxofre deverá ser associado a todos os tratamentos de afecções cutâneas, de síndromes alergiformes, de disfunções hepato-biliares, e de afecções artríticas.

As fontes naturais

Os alimentos mais ricos em Enxofre são as proteínas, as carnes em geral, a gema do ovo, os peixes e crustáceos, assim como os legumes secos como as cenouras, as ervilhas, os grãos de soja, a cebola, o alho, etc.

As carências

A carência em Enxofre pode ser:• Por falta de aporte – regime desprovido de proteínas.• Por má absorção – má digestão das proteínas.

Sintomas de carência• Problemas cutâneos (psoríase, eczema, rash cutâneo, unhas frágeis

e quebradiças, queda abrupta do cabelo).• Reacções alérgicas diversas.• Problemas hepato-biliares.• Falta de elasticidade do tecido cutâneo.

As sobredosagens

Não se conhecem casos de sobredosagem com o Enxofre por suplementação.

Os A.D.R. do Enxofre

Adultos Mínimo de 500 mg Máximo de 1.000 mg

Recomenda-se a sua toma sob a forma de MSM (metil-sulfonil-metano).

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Associações aconselháveis

Funções hepáticas: com cisteína e metionina.Problemas articulares: com condroitina e glucosamina.Problemas do colagénio: com a vitamina C.Problemas de pele: com vitamina B6 e β-caroteno.

CAPÍTULO 2: OS MINERAIS E OS OLIGOEMELENTOS

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AS VITAMINASGENERALIDADES

OS APORTES DIÁRIOS RECOMENDÁVEIS

1 O β-caroteno, pró-vitamina A

1. A vitamina B1 (Tiamina)

2. A vitamina B2 (Riboflavina)

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AS PARAVITAMINAS

1 A Colina

2 O Inositol

3 O ácido para-amino-benzóico (PABA)

4 A Rutina

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O organismo humano, consegue sintetizar a Colina a partir de dois aminoácidos (Metionina e Serina), com a intervenção da vitamina B12 e do Ácido Fólico.Esta substância, é um dos principais constituintes da Lecitina (Fosfatidilcolina), podendo ser encontrada na gema do ovo e nos grãos da soja, estando também presente nas proteínas.

As principais funções da Colina

• Intervém em numerosos sistemas metabólicos, graças ao seu grupo químico metil (CH 3).

• É indispensável à elaboração dos ácidos nucleícos (DNA) Ácido Desoxiribo-nucleico e (RNA) Ácido Ribonucleico.

• Tem um efeito colagogo (contratura da vesícula biliar), exercendo um efeito co-lerético (excreção da bílis). Assim, tem uma acção impeditiva de acumulação de gordura no fígado (fígado gordo).

• Transforma-se em acetilcolina, principal mediador do fluxo nervoso e estimu-lante das funções cerebrais cognitivas. Também já provou a sua eficácia em casos de perturbação da coordenação neuromotora.

• Tem uma acção vasodilatadora.• Funciona também como substância lipotrófica (fixa-se selectivamente sobre

as substâncias gordas, facilitando o seu metabolismo).

As carências

A carência em Colina pode desenvolver-se em regimes estritamente vegeta-rianos.

As sobredosagens

As sobredosagens de Colina, podem provocar dores gastrointestinais, náuseas, vómitos ou diarreias.

Os A.D.R. da Colina As necessidades orgânicas são da ordem de 3 a 5 g/dia.Como suplemento alimentar, aconselham-se 100 a 200 mg/dia.

CAPÍTULO 3: AS PARAVITAMINAS

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1 A COLINA

AS PARAVITAMINASAS PARAVITAMINAS

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Como a Colina, o Inositol é uma substância aparentada às vitaminas do Com-plexo B, e por vezes apelidada vitamina B7.

As principais funções do Inositol

• Melhora o metabolismo lipídico, aumentando a fracção HDL (colesterol bom).

• Como a Colina, o Inositol também funciona como substância lipotrófica (fixa-se selectivamente sobre as substâncias gordas, facilitando o seu metabolismo).

• Associado ao Ácido Nicotínico sob a forma de Nicotinato de Inositol, possui propriedades vasodilatadoras, sendo também fibrinolítico e hipocolestrolé-mico.

• Impede a queda do cabelo (alopécia).• Possui propriedades sedativas, facilitando o sono.

As carências

A carência em Inositol não é conhecida, porque existe em quase todos os alimentos, quer no estado livre, quer sob a forma complexa (Esteres ou Fitina), presentes sobretudo nos cereais.

As interacções

O Ácido Fítico é o Inositol Fosforilado. Ele é transformado em Inositol no orga-nismo, mas pode formar quelatos com certos elementos como o Zinco, o Ferro e o Cálcio, que não sendo absorvíveis, são expulsos pelas fezes. Por essa razão, recomenda-se a abstenção do consumo de alimentos ricos em Fitina, enquanto se tomam complementos de Zinco, de Ferro ou de Cálcio.

Os A.D.R. do Inositol Como suplemento alimentar, aconselham-se 30 a 100 mg/dia.

CAPÍTULO 3: AS PARAVITAMINAS

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2 O INOSITOL

3 O PABA (Ácido Para-Amino-Benzóico)

Como a Colina e o Inositol, é uma substância aparentada às vitaminas do Com-plexo B, e por vezes apelidada vitamina B10.

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As principais funções do PABA

• Age a nível da flora intestinal, activando a produção de Ácido Fólico (vitamina B9).

• Tem papel preponderante na formação dos eritrócitos.• Regulariza alguns dos problemas hormonais femininos.• Inactiva a fibrinogénese, por inibição da plasmina.• Intervém na cadeia das reacções de óxido-redução que conduzem à forma-

ção da Melanina. Por essa razão, pode ser indicada para protecção solar, e no Vitiligo (associada às vitaminas B5 e B6).

Os A.D.R. do PABA O PABA é rapidamente absorvido e excretado pela urina.Aconselha-se uma dose de 250 a 500 mg/dia.

CAPÍTULO 3: AS PARAVITAMINAS

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3 A RUTINA

É um bioflavonóide natural, dotado de uma função vitamínica P (P, de permea-bilidade capilar).

As principais funções da Rutina

• Diminui a fragilidade e a permeabilidade anormais dos capilares, conjunta-mente com as vitaminas C e B5.

• Possui uma acção hemostática indirecta, diminuindo a tendência hemorrágica sem afectar a coagulação sanguínea.

• Regulariza alguns dos problemas provocados pela má circulação periférica (edemas e hematomas).

Os A.D.R. da Rutina Os seus efeitos verificam-se a prazo. Aconselha-se uma dose de 10 a 30 mg/dia.

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AS VITAMINASGENERALIDADES

OS APORTES DIÁRIOS RECOMENDÁVEIS

1 O β-caroteno, pró-vitamina A

1. A vitamina B1 (Tiamina)

2. A vitamina B2 (Riboflavina)

CA

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OS ENZIMAS

GENERALIDADES

1 A amilase

2 A Lipase

3 A Tripsina e a Quimotripsina

4 A Pancreatina

� A Bromelase

� A Papaínase

� O Coenzima Q10

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CAPÍTULO 4: OS ENZIMAS

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Não vamos certamente tratar aqui, exaustivamente, o “universo” dos enzimas orgânicos (mais de 3.000 devidamente identificados), mas apenas de alguns dos mais conhecidos e importantes para o nosso dia a dia.

De uma forma objectiva e sucinta, podemos afirmar que, sem enzimas, a vida como a conhecemos, não seria possível. Não há qualquer reacção bioquímica vital que não necessite da intervenção de um ou de mais enzimas. Para além das necessidades vitais (metabólicas), os enzimas são também indispensáveis para as análises laboratoriais que se solicitam normalmente na clínica, como meio auxiliar de diagnóstico.

A própria Bioquímica, por uma questão de sistematização e de simplificação, acabou por estabelecer uma classificação por forma de actuação molecular, agrupando os enzimas em seis grandes grupos ou famílias (cujos nomes são retirados da função principal):

• Sintetases• Transferases• Ligases• Lipases• Amilases• Hidrolases

A nível terapêutico, os mais estudados e experimentados, são os Hidrolases, pelo que é sobre estes que nos debruçaremos fundamentalmente.

Todos os enzimas, são polipeptídeos (proteínas) complexos e de cadeias gran-des ou pesadas, uma das razões que mais dificultou a compreensão da sua absorção pelo organismo para meio sistémico (sangue), por via digestiva.

Nas páginas seguintes, faremos um resumo do que se passou a nível do seu estudo, durante o último terço do século XX.

OS ENZIMASGENERALIDADES

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Durante as últimas duas décadas, os médicos, biólogos, químicos e farmacêu-ticos que se dedicaram devotadamente à investigação clínica e laboratorial das possíveis utilizações terapêuticas dos enzimas, tiveram de responder cientifica-mente a questões de importância capital:

•� �Os enzimas proteolíticos podem ser absorvidos pelo intestino?•� �Se o são, qual o seu mecanismo de absorção e segurança pós-

absorção?•� �Podem-se fazer as respectivas demonstrações “in vitro” e “in

vivo”?•� �Avaliaram-se possíveis efeitos tóxicos, alergénicos e teratogé-

nicos?•� �Verificaram-se alguns efeitos cruzados com outros medicamen-

tos?•� �Procederam-se a estudos clínicos controlados que apoiem o

seu uso?

Após resposta cabal a todas estas questões, acabou-se por possuir um tal vo-lume de dados científicos e de novos conhecimentos teóricos que, pela sua vas-tidão e especificidade, estamos hoje perante uma nova disciplina intimamente ligada à Imunologia e a que poderemos chamar Enzimologia.

Abstraindo-nos do seu já relativamente longo historial, complicado e quantas vezes conflituoso, abordemos o assunto com a maior objectividade e simplici-dade.

Já há alguns anos que é cientificamente aceite o uso de enzimas proteolíticos de administração oral como terapia médica contra um vasto leque de distúrbios digestivos, gastrintestinais e pancreáticos. No entanto, e até há pouco tempo, existia um “dogma” que defendia a impossibilidade da absorção intestinal de moléculas de elevado peso molecular, como o são os enzimas proteolíticos.

Mas, apesar do “dogma”, (na linha das muitas contradições que todos os dias nos surgem na área dos medicamentos), já há alguns anos que a indústria far-macêutica tem no mercado a bromelaina ou bromelase de administração oral, com as seguintes indicações:

“estados inflamatórios resultantes do metabolismo das prosta-glandinas, de intervenções cirúrgicas e traumatismos.”

Ora, estas indicações não seriam possíveis se não houvesse absorção!!!

CAPÍTULO 4: OS ENZIMAS

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OS ENZIMASRESUMO INTRODUTÓRIO

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Para reforçar a contradição do dito “dogma”, bastaria consultar os compêndios mais clássicos e tradicionais de Imunologia nos capítulos que se referem às imunoglobulinas e mecanismos inflamatórios, para nos aparecer a Papaí-nase ou Papaína, como uma das substâncias mais eficazes a cindir as molé-culas das imunoglobulinas dos imunocomplexos formados durante a “resposta imunitária” à inflamação.

Estas constatações poder-nos-iam levar muito longe na discussão de princípios éticos que deveriam sempre presidir à globalidade do Acto Médico, desde a sua génese (investigação), ao seu objecto (prática clínica).

Mas deixemos isso para quem de direito.

Quando encaramos os enzimas de uma forma geral, não nos podemos abstrair da fascinante universalidade e potencial que eles representam, tanto do ponto de vista científico como médico.

Os diversos sistemas enzimáticos constituem-se como componentes indispen-sáveis e essenciais da própria vida dos animais, das plantas e dos microrga-nismos.

Na execução de toda e qualquer função orgânica, os enzimas têm uma acção directa na aceleração, retardamento ou equilíbrio, do decorrer dessa execução. Eles funcionam sempre de uma forma sistemática, passo a passo, garantindo segurança e economia de energia.

Os enzimas são uma verdadeira força de trabalho, os operários especializados de todas as funções indispensáveis a todos os sistemas orgânicos e actividade celular existentes no nosso organismo, de forma a mantê-lo vivo. Ao mesmo tempo, também exercem a sua actividade no suporte do nosso sistema imunitá-rio, único meio de que dispomos para nos proteger das agressões endógenas e exógenas.

Como simples exemplo, vejamos que o “sistema do complemento”, um dos principais meios de defesa/ataque do sistema imunitário e que funciona em nove passos ou etapas seguidas e interdependentes, é constituído por 27 subproteí-nas e das quais 22 têm actividade enzimática.

Estes operários altamente especializados (a cada enzima um só substrato), trabalham noite e dia, desmontando, montando, controlando, protegendo, des-truindo, eliminando, remontando, ou seja lá o que for que seja necessário ao organismo para continuar a viver.

Após cumprirem a sua função durante o seu período de vida útil, envelhecem e são destruídos por outros enzimas, sendo substituídos por novos enzimas do mesmo tipo.

CAPÍTULO 4: OS ENZIMAS

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Mas, como em qualquer cadeia ou linha de montagem altamente especializada, pode surgir uma falha de um dos operários, facto que se irá reflectir no produto final que pode aparecer com defeito. Por essa razão, é fácil compreender por-que um simples enzima defeituoso pode afectar um sistema enzimático com-pleto, causando erros que fatalmente poderão conduzir ao surgimento de uma qualquer patologia.

É esta a tremenda importância dos enzimas no esquema geral do estado de saúde, ou de doença, de todos os organismos vivos.

OBJECTIVIDADE

Para nós, é indispensável que não sejamos demasiado simplistas no uso da terminologia médica.

Quantas vezes não nos esquecemos que a invasão do organismo por uma molé-cula estranha, ou a simples alteração morfofisiológica de uma célula, representa um verdadeiro “traumatismo” orgânico?

E a resposta biológica a um traumatismo é sempre a mesma:

Resposta Inflamatória.

É evidente que a “resposta inflamatória” não será igual em todas as situações, mas directamente proporcional ao número de células envolvidas, ao tipo de “traumatismo”, sendo mais ou menos detectável (por ordem decrescente), nas situações agudas, nas crónicas e nas insidiosas.

Esta resposta inflamatória, independentemente da sua causa ou da sua vastidão, está sempre associada à formação de fibrina (isolamento da área) e formação de imunocomplexos (anticorpos fixos aos respectivos antigénios).

Ora, a presença anómala das referidas formações, resulta sempre numa liber-tação de mediadores celulares como as linfoquinas, as citoquinas e o com-plemento. O objectivo destes mediadores são a destruição e a eliminação dos corpos estranhos, isolados pela fibrina e neutralizados pelos imunocomplexos.

Só que, quando há excesso de fibrina (ou outros isolamentos proteicos) e de imunocomplexos, dá-se uma libertação correspondentemente desmedida dos mediadores (linfoquinas, citoquinas e complemento), o que pode determinar que uma reacção de protecção e defesa normal do organismo, se possa transformar numa “over reaction” que irá provocar danos, lesões tecidulares ou orgânicas, como é o caso das doenças auto-agressivas ou auto-imunes.

Portanto, como evidência científica de base, retenhamos que, independente-

CAPÍTULO 4: OS ENZIMAS

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mente da etiologia de uma patologia qualquer, desde que esta envolva a destruição ou a modificação estrutural anómala de uma ou mais células, se desencadeiam respostas semelhantes da parte dos vários mediado-res celulares e outros componentes do sistema imunitário, provocando processos patológicos reactivos similares, mesmo que de graus muito variáveis.

É precisamente por esta razão que muitos processos patológicos que nada têm de aparentemente comum uns com os outros, apresentam reacções do tipo inflamatório como denominador comum. Mas, neste ponto, há que não esquecer que um processo de “resposta inflamatória” é sempre um processo de defesa, benéfico para o organismo e, como regra geral, não deverá ser impedido de prosseguir o seu curso normal, mas sim controlado e abreviado.

Dentro desta perspectiva, qualquer medicamento que auxilie o organismo a controlar (modular) a resposta inflamatória, irá beneficiar um apreciável número de sintomas clínicos independentes, desde que alguma forma de inflamação esteja presente.

Repare-se que utilizamos o termo “controlar ou modular” e não o de “reprimir ou suprimir”, já que só se deverá reprimir o processo inflamatório em situações muito restritas e concretas.

AS PRIMEIRAS EXPLICAÇÕES

A investigação científica levada a cabo pelos enzimologistas, levou-nos a um conhecimento cada vez mais minucioso dos mecanismos de acção do sistema imunitário, visto que quase todas as respostas às interrogações preestabeleci-das vinham a ser encontradas nesse campo.

Assim, durante a década de 80, as pesquisas sobre os anticorpos monoclo-nais veio desvendar e identificar múltiplas estruturas existente na superfície externa das células imunocompetentes.

Muitas dessas estruturas superficiais, constituídas essencialmente por glico-pro-teínas, são comuns a todas as células, mas outras apenas surgem em determi-nadas situações e em certos tipos de células. Devido a isso, cada vez se tornou mais evidente que essas estruturas desempenhavam um papel determinante no desenrolar da resposta imunitária.

Essas estruturas glicoprotéicas foram designadas pelo termo genérico de “mo-léculas de adesão”, numa época durante a qual os investigadores pensavam que elas tinham como única função o assegurar o contacto entre as células. Somente nos últimos anos é que se descobriu que a “adesão” é apenas uma das várias funções desempenhadas por essas estruturas.

CAPÍTULO 4: OS ENZIMAS

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Na realidade, essas estruturas superficiais celulares podem ser comparadas a receptores que determinam o “reportório funcional” das células imunitárias.

Contrariamente ao que se pensava de início, já hoje sabemos que as moléculas de adesão não são um exclusivo das células hematopoiéticas, mas que se en-contram à superfície de todas as células do organismo e que são os verdadeiros responsáveis por sistemas pluricelulares diversificados.

Por exemplo, são elas que regulam a migração celular durante a embriogénese, a interacção e comunicação entre as células, a metastização das células neoplásicas, etc.

A sistematização funcional das moléculas de adesão, permitiu a sua caracteriza-ção e classificação fundamental em quatro grandes famílias proteicas:

1ª. A superfamília das Imunoglobulinas.2ª. A família das Integrinas.3ª. A família das Selectinas.4ª. A família das Cederinas e outras.

Para muitas destas moléculas de adesão já os investigadores descobriram re-ceptores celulares superficiais específicos, que se adaptam a elas como uma chave a uma fechadura. Esses receptores são também um tipo de moléculas de adesão, fixas à matriz extra-celular da membrana das células.

Estas descobertas vieram permitir a compreensão das principais funções das moléculas de adesão e que são:

• Assegurar os contactos entre as células.• Determinar o comportamento das células imunitárias.• Regular as reacções imunitárias locais.• Permitir as transmigrações celulares.

A título de exemplo, basta lembrar os leucócitos em permanente migração através do sangue e da linfa. A penetração dos linfócitos para as áreas extra-vasculares, é garantida pela interacção específica entre as moléculas de adesão dos linfócitos e as moléculas de adesão das células epiteliais dos capilares sanguíneos e linfáticos.

Conforme demonstrado pelos estudos mais recentes, a interacção destes dois ti-pos de estruturas celulares tem um papel determinante no decurso das reacções inflamatórias, já que os linfócitos que se devem dirigir a uma zona inflamatória, têm de atravessar a barreira formada pelas células endoteliais dos vasos.

O primeiro contacto entre os dois tipos de células, é assegurado por moléculas

CAPÍTULO 4: OS ENZIMAS

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CAPÍTULO 4: OS ENZIMAS

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de adesão da família das selectinas, enquanto as etapas seguintes (incluindo a transmigração), são reguladas por moléculas de adesão da família das inte-grinas e da superfamília das imunoglobulinas.

Conforme tem vindo a ser demonstrado nos estudos que têm vindo a ser reali-zados nos anos (1992-1998), nos quadros inflamatórios de etiologia alérgica, as moléculas de adesão ICAM-1 também aparecem induzidas na superfície das células epiteliais, podendo ser as principais responsáveis pelas destituições epiteliais que se observam nos casos de asma alérgica.

Embora a investigação sobre as moléculas de adesão ainda seja jovem, já te-mos indicações seguras de que ela nos trará rapidamente novas possibilidades terapêuticas nas mais diversas patologias, especialmente porque quase todas elas apresentam reacções do tipo inflamatório.

Não temos qualquer dúvida em afirmar de que nos encontramos no dealbar de uma nova era para a Medicina, mais segura e fiável:

As terapias por imunomodulação dirigida.

Examinemos seguidamente alguns dos principais enzimas que, tanto podem ter papel importante a nível meramente digestivo, como um papel importante de actuação sistémica terapêutica.

CAPÍTULO 4: OS ENZIMAS

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1 A AMILASE

Enzima extraído do pâncreas de animais devidamente controlados, existe no Homem na saliva e no fígado. Tem um papel preponderante desde o início da ingestão dos glúcidos, convertendo-os em dextrina, mono e dissacáridos, para poderem ser metabolizados. Também faz a síntese da glicose a partir do glicogénio.

Sendo indispensável à boa assimilação dos glúcidos, é, indirectamente, es-sencial para a produção de energia e à actividade muscular.

Os ADR da Amilase

Habitualmente, preconizamos 20 mg no início das refeições.

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CAPÍTULO 4: OS ENZIMAS

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de adesão da família das selectinas, enquanto as etapas seguintes (incluindo a transmigração), são reguladas por moléculas de adesão da família das inte-grinas e da superfamília das imunoglobulinas.

Conforme tem vindo a ser demonstrado nos estudos que têm vindo a ser reali-zados nos anos (1992-1998), nos quadros inflamatórios de etiologia alérgica, as moléculas de adesão ICAM-1 também aparecem induzidas na superfície das células epiteliais, podendo ser as principais responsáveis pelas destituições epiteliais que se observam nos casos de asma alérgica.

Embora a investigação sobre as moléculas de adesão ainda seja jovem, já te-mos indicações seguras de que ela nos trará rapidamente novas possibilidades terapêuticas nas mais diversas patologias, especialmente porque quase todas elas apresentam reacções do tipo inflamatório.

Não temos qualquer dúvida em afirmar de que nos encontramos no dealbar de uma nova era para a Medicina, mais segura e fiável:

As terapias por imunomodulação dirigida.

Examinemos seguidamente alguns dos principais enzimas que, tanto podem ter papel importante a nível meramente digestivo, como um papel importante de actuação sistémica terapêutica.

2 A LIPASE

Enzima extraído do pâncreas de animais devidamente controlados, existe no Homem, secretado pelo pâncreas e fígado.

Tem o papel fundamental de hidrolisar as gorduras alimentares em glicerol e ácidos gordos, que serão em seguida oxidados ou armazenados, em função das necessidades orgânicas.

Os ADR da Lipase

Habitualmente, preconizamos 20 a 100 mg no início das refeições.

3 A TRIPSINA E A QUIMOTRIPSINA

4 A PANCREATINA

Têm a função de intervenção decisiva na digestão das proteínas, quebrando as suas ligações peptídicas.

A Tripsina sobre as ligações cujo grupo carboxílico provenha da lisina ou da arginina.

A Quimotripsina sobre as ligações cujo grupo carboxílico é fornecido pelos aminoácidos aromáticos, tirosina e fenilalanina.

Os ADR da Tripsina e Quimotripsina

Habitualmente, preconizamos 25 a 50 mg no início das refeições.

Tem uma composição complexa de enzimas, especialmente Tripsina, Quimo-tripsina, Amilase e Lipase. Tem uma actividade mais específica nos processos digestivos a nível do duodeno e jejuno, onde o seu pH ideal é neutro ou ligei-ramente alcalino.

A Tripsina e a Quimotripsina possuem uma actividade sistémica que veremos mais adiante.

Os ADR da Pancreatina

Habitualmente, preconizamos 400 mg no início das refeições.

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CAPÍTULO 4: OS ENZIMAS

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É extraída do talo central do fruto ananás, contendo um complexo enzimático de vários enzimas proteolíticos do grupo Bromelainas.

A Bromelase tem diversos efeitos.

A nível digestivo:• Hidrólise das proteínas em prótidos simples, proteoses e peptonas,

que são metabolizáveis na produção de aminoácidos, hormonas, outros enzimas, etc.

A nível sistémico:• Inibe a formação de hematomas e edemas inflamatórios, facilitando

também a sua reabsorção.• É útil nos casos de fibrose quística, edemas pós-traumáticos, pós-

cirúrgicos, pós-flebíticos, cicatrizações quelóides, etc..• Melhora a difusão ou aproveitamento sérico dos antibióticos e qui-

mioterápicos.

Os ADR da Bromelase

Habitualmente, preconizamos 50 a 100 mg no meio das refeições, ou longe delas, conforme a utilização que lhe queremos dar.

� A BROMELAÍNA OU BROMELASE

� A PAPAÍNASE OU PAPAÍNA

Os ADR da Papaína

Habitualmente, preconizamos 50 a 100 mg no meio das refeições, ou longe delas, conforme a utilização que lhe queremos dar.

É extraída do látex do fruto papaia (variedade Cayenna), contendo um complexo enzimático de dois enzimas (Papaína e Quimopapaína).

Tem uma actividade proteolítica semelhante à da Bromelase.

A nível digestivo:• Hidrólise das proteínas em prótidos simples, proteoses e peptonas,

que são metabolizáveis na produção de aminoácidos, hormonas, outros enzimas, etc.

A nível sistémico:• Inibe a formação de hematomas e edemas inflamatórios, facilitando

também a sua reabsorção.• É útil nos casos de fibrose quística, edemas pós-traumáticos, pós-

cirúrgicos, pós-flebíticos, cicatrizações quelóides, etc.• Melhora a difusão ou aproveitamento sérico dos antibióticos e qui-

mioterápicos.

NOTA Enzimologia Clínica

Conforme dissemos anteriormente, os enzimas podem ter uma aplicação terapêutica sob duas perspectivas diferentes:

1. No âmbito exclusivamente digestivo (escola americana).2. No âmbito de uso sistémico (escola europeia).

Para uma formação adequada em Enzimologia, aconselhamos a frequência dos Cursos de Enzimologia Clínica, patrocinados pela APPMN (Associação Portuguesa dos Profis-sionais de Medicina Naturopática), no âmbito dos programas de formação de especia-lidades do seu Institut Wickert fur Naturmedizin (Portugal).

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CAPÍTULO 4: OS ENZIMAS

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Os ADR da Papaína

Habitualmente, preconizamos 50 a 100 mg no meio das refeições, ou longe delas, conforme a utilização que lhe queremos dar.

É extraída do látex do fruto papaia (variedade Cayenna), contendo um complexo enzimático de dois enzimas (Papaína e Quimopapaína).

Tem uma actividade proteolítica semelhante à da Bromelase.

A nível digestivo:• Hidrólise das proteínas em prótidos simples, proteoses e peptonas,

que são metabolizáveis na produção de aminoácidos, hormonas, outros enzimas, etc.

A nível sistémico:• Inibe a formação de hematomas e edemas inflamatórios, facilitando

também a sua reabsorção.• É útil nos casos de fibrose quística, edemas pós-traumáticos, pós-

cirúrgicos, pós-flebíticos, cicatrizações quelóides, etc.• Melhora a difusão ou aproveitamento sérico dos antibióticos e qui-

mioterápicos.

NOTA Enzimologia Clínica

Conforme dissemos anteriormente, os enzimas podem ter uma aplicação terapêutica sob duas perspectivas diferentes:

1. No âmbito exclusivamente digestivo (escola americana).2. No âmbito de uso sistémico (escola europeia).

Para uma formação adequada em Enzimologia, aconselhamos a frequência dos Cursos de Enzimologia Clínica, patrocinados pela APPMN (Associação Portuguesa dos Profis-sionais de Medicina Naturopática), no âmbito dos programas de formação de especia-lidades do seu Institut Wickert fur Naturmedizin (Portugal).

� O COENZIMA Q10

Foi isolado em 1957 a partir do coração do boi. Sem ser uma vitamina nem uma proteína, é uma molécula indispensável para as reacções bioenergéticas celula-res a nível da mitocôndria (que produz cerca de 95% da energia celular).

O CoQ10, existe em todas as células do organismo humano, assim como nas de quase todas as formas vivas, de onde o seu nome de «Ubiquinona». Pertence a um grupo de benzoquinonas que são solúveis nas gorduras, encontrando-se portanto em todos os alimentos, quer de origem animal quer vegetal, sendo directamente utilizável pelo organismo.

A descoberta da cadeia respiratória a nível das mitocôndrias, veio pôr em evidência sérias deficiências de CoQ10 em diversos casos, especialmente em patologias cardíacas, podendo essas deficiências explicar a incidência elevada de doenças degenerativas cardiovasculares e insuficiências imunitárias.

Principais funções do CoQ10

• Papel chave na produção de energia enquanto transportador lipofílico de electrões, indispensável na cadeia respiratória da célula. Ele transfere os electrões libertados pela oxidação dos alimentos, para a membrana interna das mitocôndrias.

• Melhora a respiração celular, porque intervém no sistema enzimático do Ciclo de Krebs (receptor de electrões).

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As carências

A carência em CoQ10 pode ser:• Por falta de aporte – regime desprovido de Selénio e vitamina E.• Por má absorção – pessoas de idade avançada, perturbações metabólicas e

hepáticas, alguns medicamentos.

Sintomas de carência• Problemas das funções cardíacas (hipotonicidade muscular cardí-

aca).• Perodontites e gengivites.• Fadiga, cansaço, distrofias musculares.• Gastrites.• Doença de Crohn.

As sobredosagens

Não se conhecem casos de sobredosagem com o CoQ10.

Os A.D.R. do CoQ10

Recomenda-se 2 vezes 30 mg no final das refeições.

Associações aconselháveis

Com os antioxidantes, vitaminas C e E, β-caroteno e Selénio, a fim de que o CoQ10 esteja totalmente liberto para a produção de energia celular.

• Tem um efeito antioxidante, por reduzir os radicais livres.• Tem um papel protector e restaurador em diversas patologias cardiovasculares

(angina de peito, cardiomiopatia, etc.)• É um estimulante imunitário; • Tem um papel essencial antiaterogénico, porque é o antioxidante das LDL

(colesterol mau) circulantes. Só o colesterol oxidado é perigoso, porque só nessa forma se deposita nas paredes dos vasos. A oxidação do colesterol, apenas se inicia quando 2/3 do CoQ10 é consumido, daí, a importância de altas taxas de CoQ10 no sangue circulante.

CAPÍTULO 4: OS ENZIMAS

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Sem CoQ10, a vida seria impossível, por falta de produção de energia.Um suplemento de CoQ10, é altamente recomendado, especialmente quando da toma de certos medicamentos como, β-bloqueantes, inibnidores da síntese do colesterol, e quimioterápicos.

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CAPÍTULO 4: OS ENZIMAS

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Relação entre o colesterol e o CoQ10

O colesterol e o CoQ10, têm o mesmo percursor a nível do fígado, o Ácido Mevalónico.

Um regime alimentar muito rico em colesterol, diminui a produção de Ácido Mevalónico no fígado, diminuindo consequentemente a síntese do CoQ10.

A toma de medicamentos inibidores da síntese do colesterol, combinada com um regime pobre em colesterol, conduz à diminuição da síntese das LDL, que são os transportadores indispensáveis ao CoQ10 e ao β-caroteno.

Estes factos, podem suscitar alguma inquietação sobre os efeitos a longo prazo de medicamentação inibidora da síntese do colesterol, no que respeita a doença ateromatosa.

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AS VITAMINASGENERALIDADES

OS APORTES DIÁRIOS RECOMENDÁVEIS

1 O β-caroteno, pró-vitamina A

1. A vitamina B1 (Tiamina)

2. A vitamina B2 (Riboflavina)

CA

PÍT

ULO

OS AMINOÁCIDOS

GENERALIDADES

1 A Tirosina

2 A Fenilalanina

3 A Cisteína

4 A Glutamina e o Ácido Glutâmico

� A Metionina

� O Triptofano e o �-HTP

� Leucina, Isoleucina e Valina

� A Lisina

9 A Carnitina

10 A Taurina

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Os aminoácidos são os constituintes das proteínas.

Existem vinte e um aminoácidos, e cada um deles tem uma função específica no organismo. Uma vez assimilados, os aminoácidos são dirigidos ao fígado e depois distribuídos pelo organismo através da circulação sanguínea, conforme as necessidades. Não são utilizados isoladamente, mas associados em cadeias (polipeptídeos) como proteínas. Assim que os aminoácidos se encontram livres no organismo, o DNA fornece as instruções específicas para a sua mobilização para a construção das proteínas necessárias para uma célula qualquer.

Os aminoácidos dividem-se em dois grandes grupos:

Não essenciais (produzidos pelo próprio organismo).Essenciais (necessário obtê-los do exterior – alimentação, etc.).

Os 11 aminoácidos não essenciais são:

• Ácido Aspártico• Ácido Glutâmico• Alanina• Cisteína• Cistina• Glicina• Hidroxilisina• Hidroxiprolina• Prolina• Serina• Tirosina

Os 10 aminoácidos essenciais são:

• Arginina• Fenilalanina• Histidina• Isoleucina• Leucina• Lisina• Metionina• Treonina• Triptofano• Valina

CAPÍTULO �: OS AMINOÁCIDOS

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OS AMINOÁCIDOSGENERALIDADES

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As principais funções dos aminoácidos

A grande maioria das reacções metabólicas intracelulares, necessitam de subs-tâncias químicas particulares e, a maior parte delas são sintetizadas a partir dos aminoácidos.

Por exemplo, as células musculares necessitam de quantidades importantes de Adenina e de Creatina, para a contracção muscular. Estas substâncias, são sintetizadas a partir de três aminoácidos: Glicina, Meteonina e Arginina.

As células sanguíneas têm necessidade de grande quantidade de Hematina para a formação da Hemoglobina, enquanto que as células renais necessitam de Glutamina para formar o Amoníaco. Todas estas substâncias são sintetiza-das a partir de diversos aminoácidos.

Para além destes exemplos, um grande número de hormonas secretadas pelas glândulas de excreção interna, são sintetizadas a partir dos aminoácidos.

A Adrenalina e a Tiroxina são sintetizadas a partir da Tirosina; a Histamina, é sintetizada a partir da Histidina; etc., etc., etc.

Na sua forma molecular espacial, distinguimos duas formas de aminoácidos:

• As levogiras (forma L-).• As dextrogiras (forma D-).

A cadeia atómica é identificada por cada uma destas duas formas, estando uma para a outra como um objecto está para a sua imagem num espelho.

À excepção da Meteonina e da Fenilalanina, apenas a forma (L-) dos aminoáci-dos é absorvida pelo organismo.

CAPÍTULO �: OS AMINOÁCIDOS

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Não é um aminoácido essencial, já que pode ser produzido pelo organismo a partir da Fenilalanina.

Principais funções da Tirosina

• É um percursor da melanina e das hormonas iodadas tiroideias. O Cobre intervém no metabolismo da Tirosina, permitindo a este aminoácido ter um papel na pigmentação da pele. Sob a acção do enzima tirosinase, do qual o Cobre é um coenzima, a Tirosina é convertida em melanina pelos melanó-citos.

• Estimula a secreção da hormona de crescimento (GH) pela hipófise. No cérebro, a Tirosina é transformada em dopamina, responsável pela secreção de GH.

• Contribui para acelerar o metabolismo de base e diminuir o apetite, sendo um factor essencial para a regulação do peso corporal. O mecanismo prin-cipal que acelera o metabolismo basal durante o exercício, é a secreção de noradrenalina pelas supra-renais. Esta hormona aumenta o gasto calórico e diminui a sensação de fome.

• Em experiências com animais, demonstrou-se que suplementos de Tirosina podem aumentar a resistência ao stress. É sabido que o stress induz a se-creção de adrenalina, às custas da dopamina. Sendo esta última vital para o nosso equilíbrio do sistema nervoso, emocional e muscular, compreende-se os efeitos da sua falta, por exemplo, na Doença de Parkinson.

Conselho de utilização

Doses de 1 a 2 g/dia de Tirosina entre as refeições, mostraram-se eficazes na elevação das taxas de adrenalina e noradrenalina nos quadros depressivos e asténicos, assim como nos idosos pseudo-depressivos.

Muitas vezes, doses diárias de 500 mg, fora das refeições, permitem uma sig-nificativa retoma da energia e corrigir as astenias leves.

Precauções a tomar

1. Aconselha-se a não ultrapassar os 2 g/dia.2. Existem contra-indicações para os casos de hipertensão, cefaleias, doenças

cardíacas, cancro, gravidez e aleitamento.3. Doses superiores a 5 g/dia, provocam insónia, irritabilidade, hipertensão.

CAPÍTULO �: OS AMINOÁCIDOS

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1 A TIROSINA

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É um aminoácido essencial, percursor da Tirosina e, por consequência, da dopamina, adrenalina e noradrenalina.

Principais funções da Fenilalanina

• Pode diminuir a sensação de fome.• No homem, pode aumentar o apetite sexual, porque a dopamina é inibidora da

prolactina (hormona hipofisária por vezes responsável pela impotência.• É também percursor da Feniletilamina, substância com efeito estimulador do

humor. Encontra-se esta substância no chocolate, alimento com efeito anti-depressivo reconhecido.

• Apenas a sua forma levogira (L-), tem valor nutricional.• Existe também na forma mista (DL-) que tem efeitos anti-álgicos, graças à

sua capacidade de inibir a acção de enzimas que destroem as endorfinas cerebrais.

Conselho de utilização

De preferência, a Fenilalanina deve ser tomada em jejum, em doses crescen-tes, de 250 mg a 1 g/dia. É utilizada para combater a depressão, estimular as capacidades cerebrais ou para reduzir o apetite. Revela-se mais eficaz quando acompanhada pela toma de 50 a 100 mg de vitamina B1 (Tiamina) e B6 (Piri-doxina).

Precauções a tomar

1. Aconselha-se a não ultrapassar os 2 g/dia.2. Existem contra-indicações para os casos de hipertensão, cefaleias, doenças

cardíacas, cancro, gravidez e aleitamento.3. É fortemente contra-indicada nos casos de Fenilcetonúria.4. Há que tomar precauções com as pessoas a serem tratadas com antidepres-

sivos do tipo “monoamino-oxidase”.

CAPÍTULO �: OS AMINOÁCIDOS

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Não é um aminoácido essencial, já que pode ser produzido pelo organismo a partir da Fenilalanina.

Principais funções da Tirosina

• É um percursor da melanina e das hormonas iodadas tiroideias. O Cobre intervém no metabolismo da Tirosina, permitindo a este aminoácido ter um papel na pigmentação da pele. Sob a acção do enzima tirosinase, do qual o Cobre é um coenzima, a Tirosina é convertida em melanina pelos melanó-citos.

• Estimula a secreção da hormona de crescimento (GH) pela hipófise. No cérebro, a Tirosina é transformada em dopamina, responsável pela secreção de GH.

• Contribui para acelerar o metabolismo de base e diminuir o apetite, sendo um factor essencial para a regulação do peso corporal. O mecanismo prin-cipal que acelera o metabolismo basal durante o exercício, é a secreção de noradrenalina pelas supra-renais. Esta hormona aumenta o gasto calórico e diminui a sensação de fome.

• Em experiências com animais, demonstrou-se que suplementos de Tirosina podem aumentar a resistência ao stress. É sabido que o stress induz a se-creção de adrenalina, às custas da dopamina. Sendo esta última vital para o nosso equilíbrio do sistema nervoso, emocional e muscular, compreende-se os efeitos da sua falta, por exemplo, na Doença de Parkinson.

Conselho de utilização

Doses de 1 a 2 g/dia de Tirosina entre as refeições, mostraram-se eficazes na elevação das taxas de adrenalina e noradrenalina nos quadros depressivos e asténicos, assim como nos idosos pseudo-depressivos.

Muitas vezes, doses diárias de 500 mg, fora das refeições, permitem uma sig-nificativa retoma da energia e corrigir as astenias leves.

Precauções a tomar

1. Aconselha-se a não ultrapassar os 2 g/dia.2. Existem contra-indicações para os casos de hipertensão, cefaleias, doenças

cardíacas, cancro, gravidez e aleitamento.3. Doses superiores a 5 g/dia, provocam insónia, irritabilidade, hipertensão.

2 A FENILALANINA

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É um aminoácido não essencial, por poder ser sintetizado pelo fígado.

Principais funções da Cisteína

• É percursor do “glutatião”, formado pelo organismo e com alta capacidade antioxidante.

• Ajuda a prevenir a arteroesclerose e a artrite, provavelmente pelo seu conte-údo em Enxofre.

• Estimula o sistema imunitário.• Activa a combustão das gorduras.• Melhora a cicatrização das feridas e queimaduras.• Combate a queda do cabelo e favorece o seu crescimento.

As fontes naturais

Gema do ovo, pimenta vermelha, alho, cebola, brócolos, couve de Bruxelas, carnes e lacticínios.

Conselho de utilização

Aconselhamos de 500 a 600 mg/dia de Cisteína.

Associações aconselhadas

Associada à vitamina C na proporção de 1 para 3 da vitamina C, a fim de evitar a fusão de moléculas de Cisteína duas a duas (formando Cistina), que poderá ser responsável pela formação de cálculos renais e biliares.

Precauções de emprego

A Cisteína parece ser responsável pelo bloqueamento da produção de insulina, pelo que é desaconselhável a diabéticos.

CAPÍTULO �: OS AMINOÁCIDOS

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3 A CISTEÍNA

4 A GLUTAMINA E O ÁCIDO GLUTÂMICO

O Ácido Glutâmico é um percursor da Glutamina que, por sua vez, pode ser reconvertida em Ácido Glutâmico.A Glutamina, é o aminoácido mais abundante no organismo.

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Principais funções da Glutamina e do Ácido Glutâmico

• Dão origem a uma substância que participa na fabricação de energia no processo da respiração celular.

• Intervêm na síntese do aminoácido Lisina.• Participam na síntese do DNA, suporte do código genético.• No cérebro, permite a síntese do GABA (ácido gama-amino-butírico), que

tem um efeito calmante.• São responsáveis pela libertação da hormona do crescimento (GH), pela

hipófise. Esta hormona, também favorece a lipólise.

Conselho de utilização

1. Acamados – estes 2 aminoácidos, protegem as massas musculares dos doentes acamados.

2. Queimaduras – estes 2 aminoácidos, aceleram a cicatrização e restabeleci-mento das queimaduras.

3. Desporto – estes 2 aminoácidos facilitam a manutenção da massa seca (músculos) e a combustão das gorduras.

A.D.R. da Glutamina e Ácido Glutâmico

Glutamina: 2 g/diaÁcido Glutâmico: 2 a 3 g/dia

Precauções de emprego

Nas doses acima recomendadas, não se conhecem contra-indicações., nem efeitos cruzados com outros medicamentos.

CAPÍTULO �: OS AMINOÁCIDOS

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� A METIONINA

A Metionina é um aminoácido sulfurado essencial.

Principais funções da Metionina

Desintoxica e protege o organismo contra os metais tóxicos.Participa no metabolismo dos lípidos.Reduz os depósitos de colesterol nas paredes arteriais.Tem uma acção antioxidante, protegendo do envelhecimento celular.Reforça o equilíbrio nervoso e previne a queda do cabelo.

Conselho de utilização

Sem recomendação oficial, aconselhamos, quando necessário, uma dose de 600 mg/dia.

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O Triptofano, é um aminoácido essencial, presente em pequenas quantidades na alimentação, percursor do neurotransmissor Serotonina.

O 5-HTP, é uma substância intermédia natural entre o Triptofano e a Serotonina. Com efeito, no cérebro, o Triptofano é primeiramente transformado em 5-HTP, o qual é seguidamente transformado em Serotonina.

A principal função do Triptofano e do �-HTP

Reside na faculdade de poderem ser utilizados pelas células nervosas cerebrais, para o fabrico da Serotonina, um dos principais neurotransmissores do cérebro, que favorece o sono e diminui a sensação de fome.

Efectivamente, as pessoas nas quais a concentração de Serotonina é baixa, têm a tendência para comerem demais, especialmente doces, por causa do açúcar. Este açúcar, faz elevar rapidamente a taxa cerebral de Serotonina.

Uma boa estratégia, poderá consistir em incorporar na alimentação “açúcares lentos” (cereais integrais, pão integral, leguminosas, etc.), como forma de manter níveis elevados de Serotonina e de reduzir a sensação de fome.

Conselho de utilização

Nos Estados Unidos, é utilizado o 5-HTP para favorecer a síntese da Serotonina, com o objectivo de:

• Melhorar o humor• Favorecer o sono• Diminuir o aporte alimentar• Suprimir a “toxicodependência” (álcool, tabaco e drogas pesadas).

A.D.R. do �-HTP

Na Europa, o 5-HTP é considerado como medicamento de prescrição médica, sendo a dose recomendada de 50 a 100 mg/dia. Nos EUA, o 5-HTP é conside-rado como suplemento alimentar e é de venda livre.

Precauções de emprego

Contra-indicação: afecções cardiovasculares, renais, diabetes, gravidez e alei-tamento.

Efeitos secundários: por vezes, náuseas, vómitos e diarreia.Efeitos cruzados: IMAO e antidepressivos tricíclicos.

CAPÍTULO �: OS AMINOÁCIDOS

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� O TRIPTOFANO E O �-HTP (�-HIDROXI-TRIPTOFANO)

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Estes 3 aminoácidos possuem estruturas moleculares semelhantes, pelo que, por consequência, têm funções comparáveis.

A principal função dos 3 aminoácidos

A nível cerebral, entram em competição com o Triptofano, na passagem pela barreira hemato-cefálica. Esta barreira deixa passar apenas um pequeno nú-mero de substâncias entre as quais figuram os aminoácidos que podem ser utilizados directamente como neurotransmissores, ou como percursores de neu-rotransmissores. Para penetrar no cérebro, existe um mecanismo transportador que é utilizado por estes 3 aminoácidos mas também pelo Triptofano, percursor da Serotonina. Quando se apresentam os 4 aminoácidos, o Triptofano é prete-rido no transporte, o que vai determinar uma menor síntese de Serotonina e as respectivas consequências da sua falta (nervosismo, falta de sono e do apetite). Existem estudos feitos com atletas que indicam que o bloqueamento do acesso do Triptofano pela ingestão dos 3 aminoácidos Leucina, Isoleucina e Valina, provocam uma diminuição da fadiga e um aumento da endurance.

Conselho de utilização

Pode-se aconselhar a toma destes 3 aminoácidos, nas situações em que seja desejável limitar a síntese da Serotonina e os seus efeitos:

• Nos EUA, os jogadores de futebol americano, tomam-nos para diminuírem a sensação de fadiga e aumentarem a combatividade durante o jogo. Isto, também poderá ser aplicado a todos os atletas, antes das competições.

• Os culturistas (body building), tomam-nos com o fim de melhorarem o apetite. Além disso, estes aminoácidos entram na composição das proteínas indispen-sáveis ao aumento da massa muscular.

• Estes 3 aminoácidos são igualmente utilizados como potenciadores da ener-gia, no “síndrome da fadiga crónica”.

• Existem estudos clínicos que demonstram que estes 3 aminoácidos são alta-mente eficazes para as tarefas mentais altamente exigentes e complexas.

A.D.R. dos Leucina, Isoleucina e Valina

De 800 a 1000 mg/dia, sendo: 33% de Leucina 22% de Isoleucina 45% de ValinaPrecauções de emprego

Não são conhecidos efeitos secundários, nem efeitos cruzados.

CAPÍTULO �: OS AMINOÁCIDOS

��

O Triptofano, é um aminoácido essencial, presente em pequenas quantidades na alimentação, percursor do neurotransmissor Serotonina.

O 5-HTP, é uma substância intermédia natural entre o Triptofano e a Serotonina. Com efeito, no cérebro, o Triptofano é primeiramente transformado em 5-HTP, o qual é seguidamente transformado em Serotonina.

A principal função do Triptofano e do �-HTP

Reside na faculdade de poderem ser utilizados pelas células nervosas cerebrais, para o fabrico da Serotonina, um dos principais neurotransmissores do cérebro, que favorece o sono e diminui a sensação de fome.

Efectivamente, as pessoas nas quais a concentração de Serotonina é baixa, têm a tendência para comerem demais, especialmente doces, por causa do açúcar. Este açúcar, faz elevar rapidamente a taxa cerebral de Serotonina.

Uma boa estratégia, poderá consistir em incorporar na alimentação “açúcares lentos” (cereais integrais, pão integral, leguminosas, etc.), como forma de manter níveis elevados de Serotonina e de reduzir a sensação de fome.

Conselho de utilização

Nos Estados Unidos, é utilizado o 5-HTP para favorecer a síntese da Serotonina, com o objectivo de:

• Melhorar o humor• Favorecer o sono• Diminuir o aporte alimentar• Suprimir a “toxicodependência” (álcool, tabaco e drogas pesadas).

A.D.R. do �-HTP

Na Europa, o 5-HTP é considerado como medicamento de prescrição médica, sendo a dose recomendada de 50 a 100 mg/dia. Nos EUA, o 5-HTP é conside-rado como suplemento alimentar e é de venda livre.

Precauções de emprego

Contra-indicação: afecções cardiovasculares, renais, diabetes, gravidez e alei-tamento.

Efeitos secundários: por vezes, náuseas, vómitos e diarreia.Efeitos cruzados: IMAO e antidepressivos tricíclicos.

� LEUCINA, ISOLEUCINA E VALINA

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��

É um aminoácido considerado essencial.

As principais funções da Lisina

• É indispensável ao crescimento das crianças.• Tem um papel importante na formação da estrutura óssea.• É indispensável à síntese de diversos enzimas, hormonas e anticorpos.• Por possuir um certo efeito anti-viral, intervém na terapia contra o “herpes

simplex” (1 a 2 g/dia).

CAPÍTULO �: OS AMINOÁCIDOS

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� A LISINA

9 A CARNITINA

Fontes naturais

Todas as proteínas animais.

Carências

Falta de aporte – sobretudo vegetarianosCarência de absorção – insuficiência do pâncreas exógeno

Sintomas de carência• Falta de concentração• Fadiga• Olhos irritados e avermelhados• Vertigens e náuseas

A.D.R. da Lisina

500 a 1000 mg/dia.

As pessoas de idade, especialmente os homens,têm uma necessidade acrescida de Lisina.

É uma substância natural aparentada aos aminoácidos, descoberta em 1906 por Gulewitch e Krimberg. É encontrada nas proteínas, especialmente nas carnes. Na carne de ovelha, é da ordem de 210 mg a 100 g. Os legumes, os cereais e as frutas, contêm muito pouco. É muito sensível à cozedura, pelo que parte do seu conteúdo fica destruído e o seu aporte alimentar é por norma insuficiente.

Combinado a um regime alimentar hipocalórico e a actividade física regular, a Carnitina permite eliminar os excessos de gordura e aumentar as performances físico-atléticas.A Carnitina permite uma mais rápida recuperação do esforço físico-atlético, assim como um abrandamento da fadiga cardíaca.

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CAPÍTULO �: OS AMINOÁCIDOS

��

É um aminoácido considerado essencial.

As principais funções da Lisina

• É indispensável ao crescimento das crianças.• Tem um papel importante na formação da estrutura óssea.• É indispensável à síntese de diversos enzimas, hormonas e anticorpos.• Por possuir um certo efeito anti-viral, intervém na terapia contra o “herpes

simplex” (1 a 2 g/dia).

Felizmente, a Carnitina pode ser sintetizada pelo fígado e pelos rins, a partir dos aminoácidos Cisteína e Lisina, com a indispensável intervenção do Ferro e das vitaminas C, B5, B6, Biotina e B9.É facilmente compreensível que a falta de qualquer um destes elementos, com-promete a produção orgânica da Carnitina.Transportada através do sangue, a Carnitina penetra nas células, em particular nas musculares (inclusive cardíacas), que contêm até 40% mais do que as outras células do corpo.

As principais funções da Carnitina

• Favorece a combustão das gorduras para a produção de energia. Efectiva-mente, em ligação com o Acetil-Coenzima A, ela transporta os ácidos gordos de cadeia longa para as mitocôndrias, onde estes serão oxidados.

• Retarda a formação do Ácido Láctico, prevenindo a formação de cãibras musculares.

• Reduz a hipoglicémia.• Estimula a libertação do neurotransmissor Acetilcolina, que é o “mensageiro”

da memória.

Carências

Falta de aporte – sobretudo vegetarianosCarência de absorção – insuficiência do pâncreas exógeno

Sintomas de carência• Falta de energia geral.• Fadiga física e intelectual.• Sensação excessiva de frio (friorento).• Aumento de peso por acumulação de tecido adiposo.

A.D.R. da Carnitina

De 500 a 1000 mg/dia, em função do esforço exigido, só a forma levogira (L-). É necessário cuidado com sobredosagens, que podem despoletar Miastenia (bloqueio da placa neuromotora).É uma substância natural aparentada aos aminoácidos, descoberta em 1906 por

Gulewitch e Krimberg. É encontrada nas proteínas, especialmente nas carnes. Na carne de ovelha, é da ordem de 210 mg a 100 g. Os legumes, os cereais e as frutas, contêm muito pouco. É muito sensível à cozedura, pelo que parte do seu conteúdo fica destruído e o seu aporte alimentar é por norma insuficiente.

Combinado a um regime alimentar hipocalórico e a actividade física regular, a Carnitina permite eliminar os excessos de gordura e aumentar as performances físico-atléticas.A Carnitina permite uma mais rápida recuperação do esforço físico-atlético, assim como um abrandamento da fadiga cardíaca.

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É uma substância derivada de um aminoácido sulfurado, sintetizada a partir da Cisteína e esta mesma sintetizada a partir da Metionina. Este processo com-plexo, implica a intervenção de numerosas vitaminas, C, B1, B5, Biotina e B9, o que explica porque a sua sintetização é muitas vezes insuficiente.G. Gaull, em 1986, e Sturman, em 1987, demonstraram que a síntese da Taurina poderá ficar facilmente alterada, após um défice das vitaminas activadoras.

As principais funções da Taurina

• Intervém em numerosos processos metabólicos.• É indispensável ao desenvolvimento cerebral do recém-nascido.• Mantém os níveis de solubilidade do colesterol.• Participa na regulação do equilíbrio Cálcio/Potássio, a nível do músculo

cardíaco.• É igualmente necessária para a retenção do Magnésio na célula, para o tra-

balho da “bomba de Sódio” (trocas celulares de Sódio/Potássio), contribuindo para a eliminação dos excessos de Sódio intracelular.

• Em conjunto com o Magnésio, estimula a acção da Serotonina no cérebro.• Impede o sobreconsumo de glúcidos a nível cerebral, contribuindo para a

redução da hipoglicémia.• Contribui para evitar a insónia, a hiperactividade cerebral e a irritabilidade.• Contribui para a eliminação dos detritos alimentares pela bílis.• Possui propriedades antioxidantes como a vitamina E.

CAPÍTULO �: OS AMINOÁCIDOS

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10 A TAURINA

Carências

Falta de aporte ou de absorção – das vitaminas de activação Sintomas de carência

• Fadiga física e intelectual.• Envelhecimento precoce.• Problemas degenerativos por falta de eliminação de toxinas.

A.D.R. da Taurina

De 500 a 1.500 mg/dia, em função do caso.

A Taurina é um agente antioxidante, “anti-stress” e antitóxico.

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AS VITAMINASGENERALIDADES

OS APORTES DIÁRIOS RECOMENDÁVEIS

1 O β-caroteno, pró-vitamina A

1. A vitamina B1 (Tiamina)

2. A vitamina B2 (Riboflavina)

CA

PÍT

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OS FOSFOLÍPIDOS

GENERALIDADES

1 A Lecitina de Soja

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Os Fosfolípidos, são os principais constituintes das membranas celulares e nunca são armazenados em grandes quantidades. São constituídos por Fósforo sob a forma de Ácido Fosfórico e um amino-álcool, esterificado pelo Ácido Fosfórico.

Os Fosfolípidos mais conhecidos são as Lecitinas. Estas, encontram-se em grande número em quase todos os tecidos animais e vegetais, especialmente na gema do ovo, na mioleira, nos músculos, no leite, nos rebentos de cenoura e de soja, etc., sendo considerados como esteres complexos do Ácido Fosfórico e da Glicerina. Os Fosfolípidos, podem ser considerados como Glicerolfosfatos de uma base orgânica (Colina, Nevrina, etc.). No caso da Colina, falamos da Fosfatidilcolina.

Dependendo da natureza das bases orgânicas (Colina, Nevrina, Muscarina; etc.), assim como da natureza dos Ácidos Gordos (Oléico, Esteárico, Palmítico, etc.), facilmente se entende que podem existir muitas espécies de Lecitinas.

CAPÍTULO �: OS FOSFOLÍPIDOS

90

OS FOSFOLÍPIDOSGENERALIDADES

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É composta de:• Até 32% de Fosfatidilcolina.• 20 a 2�% de Fosfatidiletanolamina.• � a 14% de Fosfatidilinositol.

A qualidade da Lecitina, é medida pelo seu conteúdo em Fosfatidilcolina.

As pricipais funções da Lecitina de Soja

• Possui propriedades colagogas (contracção da vesícula biliar) e coleréticas (estimulação da produção da bílis).

• Contribui para a prevenção de doença ateroesclerótica (é um emulsificante natural das gorduras no sangue, especialmente do colesterol, impedindo o seu depósito nas paredes arteriais).

• Pode ser transformada em Acetilcolina (estimulante das funções cerebrais cognitivas).

• Tem papel em diversos sistemas metabólicos:• A Lecitina contém Lecitase, um enzima que intervém na síntese dos ácidos

gordos e na hidrólise das gorduras.• A Lecitina, é em parte metabolizada em aminoácidos sulfurados (Cisteína,

Cistina e Triptofano). Estes aminoácidos sulfurados têm um papel antioxidante, protector das células.

• Os Fosfolípidos presentes na Lecitina de soja, entram na composição das células nervosas do cérebro, levando-lhes o Fósforo indispensável ao seu bom funcionamento.

• Em estudos realizados em ratos, demonstrou-se que a Lecitina de soja pro-tege a memória contra a deterioração devida ao envelhecimento.

CAPÍTULO �: OS FOSFOLÍPIDOS

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1 A LECITINA DE SOJA

A.D.R. da Lecitina de soja

Uma a três colheres de café/dia, em granulado. Convém fazer a suplementação durante algumas semanas, porque a recuperação física e intelectual é lenta.

As associações aconselhadasPode ser associada com qualquer tipo de terapêutica.

A Lecitina age contra a fadiga intelectual e a “surmenage”.A Lecitina previne a formação de cálculos biliares.A Lecitina permite uma melhor digestão e assimilação das gorduras.

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AS VITAMINASGENERALIDADES

OS APORTES DIÁRIOS RECOMENDÁVEIS

1 O β-caroteno, pró-vitamina A

1. A vitamina B1 (Tiamina)

2. A vitamina B2 (Riboflavina)

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OS ÓLEOS

GENERALIDADES

1 O Óleo de Borragem e de Onagra

2 O Óleo de peixe (Salmão)

3 O Óleo de Gérmen de Trigo

4 O Óleo de Lecitina e de Cártamo

� O Óleo de Tubarão

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Os óleos aqui descritos, são ricos em ácidos gordos polinsaturados, ditos essen-ciais, como o ácido linolénico, o ácido linoléico e o ácido oléico. Estes ácidos gordos não podem ser sintetizados pelo organismo, devendo ser parte integrante da dieta alimentar.O conjunto destes ácidos gordos essenciais polinsaturados, é chamado de vitamina F.

No organismo, a oxidação dos ácidos gordos polinsaturados, produz radicais livres. Portanto, esses ácidos gordos devem ser protegidos contra a oxidação, através do aporte de três antioxidantes que actuam a níveis diferentes do meta-bolismo lipídico: o β-caroteno, a vitamina E e a vitamina C.

Um défice grave em ácidos gordos essenciais pode provocar problemas do metabolismo, cardiovasculares, hipertensão arterial, colestrolémia, assim como um envelhecimento prematuro dos cabelos e pele.

Os ácidos gordos polinsaturados da família “omega 3”, são:EPA (ácido ecosa-pentanóico): óleo de peixe, especialmente salmão.DHA (ácido decosa-hexanóico): óleo de peixe, especialmente salmão.Ácido α-linolénico: óleo de azeitona (azeite) e de linhaça.

Os ácidos gordos polinsaturados da família “omega 6”, são:Ácido γ-linolénico: óleo de Onagra, e de Borragem.Ácido linoleico: óleo de milho, de girassol, de cártamo e de soja.

CAPÍTULO �: OS ÓLEOS

94

OS ÓLEOSGENERALIDADES

ÓLEO DE BORRAGEM

Trata-se de um óleo extraído por pressão a frio das sementes de Borragem, planta muito vulgar por toda a bacia mediterranica. As mulheres meridionais, consideravam-no há séculos, como o segredo da juventude e da beleza, juntando-o à alimentação e aplicando-o no rosto. Com efeito, a semente de Borragem possui um teor muito concentrado em ácidos gordos polinsaturados, cerca de 38% de ácido linoleíco e de 22% de ácido γ-linolénico.

1 O ÓLEO DE BORRAGEM E O ÓLEO DE ONAGRA

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ÓLEO DE ONAGRA

A Onagra, é uma planta que se reconhece pelas suas grandes e belas flores amarelas que se dá nas regiões temperadas e húmidas. O óleo extraído por pressão a frio das sementes, também possui um teor muito concentrado em ácidos gordos polinsaturados, cerca de 72% de ácido linoleico e cerca de 9% de ácido γ-linolénico.

CAPÍTULO �: OS ÓLEOS

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As principais funções dos ácidos gordos polinsaturados

1. São percursores de mecanismos metabólicos que permitem a formação de outros ácidos gordos de cadeia mais longa.

2. O ácido γ-linolénico, produz ácidos gordos da série “omega 3”, especial-mente EPA e DHA.

3. Os ácidos gordos das séries “omega 3” e “omega 6”, são percursores das prostaglandinas tipo 1 (PGE 1), tromboxanos e leucotrienos, que possuem efeitos vasodilatadores, antiagregantes, anti-inflamatórios e hipocolestre-miantes.

4. A série “omega 3” tem um efeito antiagregante plaquetário, podendo ter um efeito importante antitrombótico, para além de diminuírem a produção de triglicéridos.

5. Os ácidos gordos da série “omega 3”, também possuem um efeito impor-tante antiarrítmico, provavelmente devido a modularem o fluxo de Cálcio ao nível da célula muscular cardíaca. Por essa razão, diminuem o risco de paragem cardíaca por arritmia.

6. Os ácidos gordos da série “omega 6”, reduzem significativamente as LDL (mau colesterol) e de uma forma menos marcante as HDL (bom coleste-rol).

7. Os ácidos gordos das séries “omega 3” e “omega 6”, são os principais constituintes das membranas celulares, da retina e do sistema nervoso.

8. Os ácidos gordos polinsaturados contribuem para a perda de peso, provo-cando a queima das gorduras saturadas.

9. Participam no metabolismo normalizador da pele, cabelos e unhas.10. O ácido γ-linolénico em especial, tem efeitos benéficos sobre o síndrome

As excepcionais qualidades destes óleos, devem-se ao facto de o ácido γ-linolénico ser directamente utilizado pelo organismo na elaboração das prostaglandinas de tipo 1 (boas prostanglandinas), indispensáveis ao bom funcionamento do ciclo menstrual e à defesa celular contra as agressões externas responsáveis pelo envelhecimento precoce (“stress” e poluições).

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pré-menstrual, a artrite, o eczema, e a secura e fadiga do globo ocular.Principais indicações dos Óleos de Borragem e de Onagra

Borragem• Melhoria da elasticidade da pele (anti-rugas)• Retardar os processos de envelhecimento

Onagra• Problemas ligados a perturbações do ciclo menstrual• Problemas cardiovasculares• Hipercolestrolémia

As carências

Os ácidos gordos essenciais polinsaturados, por si sós, não possuem qualquer actividade biológica, necessitando de serem transformados em moléculas úteis ao metabolismo através de reacções enzimáticas específicas como, por exem-plo, o ácido γ-linoleico precisa de ser transformado em ácido γ-linolénico para poder ser assimilado. Ora, essas transformações são perturbadas por:

• Consumo exagerado de gorduras saturadas (carne, enchidos, queijo gordo, manteiga, etc.);

• Álcool e tabaco.• Carências em vitamina B6, Magnésio e Zinco;• A idade, por abrandamento da actividade enzimática:• Os problemas menstruais, como a retenção de líquidos, a tumefação dos

seios, o aumento de peso, a irritabilidade, etc., são derivados por carências em ácidos gordos essenciais polinsaturados.

Os excessos

É muito raro verificar-se um excesso ou sobredosagem, já que o organismo apresenta normalmente uma grande necessidade de ácidos gordos polinstu-rados. No entanto, qualquer excesso eventual poderá manifestar-se por fezes moles ou diarreia.

Os A.D.R.

Dependem do tipo de alimentação (ver excessos), sendo a dose aconselhável entre 1 e 2 g de óleo de Borragem ou de Onagra.

As associações aconselháveis

Vitamina E e Selénio, contra os radicais livres.Vitamina B6 e Magnésio, contra o stress.

CAPÍTULO �: OS ÓLEOS

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O óleo de peixe, particularmente o óleo de salmão, é rico em ácidos gordos essenciais da série “omega 3”, aproximadamente 18% de EPA (ácido ecosapen-tanóico) e 12% de DHA (ácido decosa-hexanóico).

Um estudo clínico realizado na Finlândia, pela Universidade de Kuopio, demons-trou que a ingestão diária de cápsulas de óleo de peixe faz baixar a taxa sérica de triglicéridos e de algum colesterol em excesso.

Sabendo-se que um nível excessivo de colesterol e de triglicéridos no sangue constituem factor de risco nos quadros de doenças cardiovasculares (especial-mente a hiperlipidémia), leva à necessidade de terapêuticas medicamentosas com efeitos secundários significativos, as cápsulas de óleo de peixe poderão representar um meio de eficácia comprovada para estes casos, sem efeitos indesejáveis.

Podemos dividir o Colesterol em dois tipos fundamentais:

• LDL (lipoproteínas de baixa densidade);• HDL (lipoproteínas de alta densidade).

Ambos possuem uma acção biológica no organismo humano, mas para que haja um estado de boa saúde a nível cardiovascular, o quociente de equilíbrio HDL/LDL, deverá ser superior a 1.

Embora o LDL seja o colesterol “mau”, ele apenas é perigoso quando é oxidado, depositando-se então no interior das artérias, provocando doença ateromatosa. Para evitar isso, a toma de antioxidantes como a vitamina E, é importante.

CAPÍTULO �: OS ÓLEOS

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pré-menstrual, a artrite, o eczema, e a secura e fadiga do globo ocular.Principais indicações dos Óleos de Borragem e de Onagra

Borragem• Melhoria da elasticidade da pele (anti-rugas)• Retardar os processos de envelhecimento

Onagra• Problemas ligados a perturbações do ciclo menstrual• Problemas cardiovasculares• Hipercolestrolémia

As carências

Os ácidos gordos essenciais polinsaturados, por si sós, não possuem qualquer actividade biológica, necessitando de serem transformados em moléculas úteis ao metabolismo através de reacções enzimáticas específicas como, por exem-plo, o ácido γ-linoleico precisa de ser transformado em ácido γ-linolénico para poder ser assimilado. Ora, essas transformações são perturbadas por:

• Consumo exagerado de gorduras saturadas (carne, enchidos, queijo gordo, manteiga, etc.);

• Álcool e tabaco.• Carências em vitamina B6, Magnésio e Zinco;• A idade, por abrandamento da actividade enzimática:• Os problemas menstruais, como a retenção de líquidos, a tumefação dos

seios, o aumento de peso, a irritabilidade, etc., são derivados por carências em ácidos gordos essenciais polinsaturados.

Os excessos

É muito raro verificar-se um excesso ou sobredosagem, já que o organismo apresenta normalmente uma grande necessidade de ácidos gordos polinstu-rados. No entanto, qualquer excesso eventual poderá manifestar-se por fezes moles ou diarreia.

Os A.D.R.

Dependem do tipo de alimentação (ver excessos), sendo a dose aconselhável entre 1 e 2 g de óleo de Borragem ou de Onagra.

As associações aconselháveis

Vitamina E e Selénio, contra os radicais livres.Vitamina B6 e Magnésio, contra o stress.

2 O ÓLEO DE PEIXE

O óleo de gérmen de Trigo, extraído por pressão a frio, possui ácidos gordos essenciais até 90%:

• Ácido linoleico 55%;• Ácido palmítico 15%;• Ácido oleico 15%;• Ácido linolénico 5%; e• Vitamina E 3%.

3 O ÓLEO DE GÉRMEN DE TRIGO

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O óleo de gérmen de Trigo pode ser considerado como uma excelente fonte de vitamina E natural.

A vitamina E, é um potente antioxidante natural que protege os ácidos gordos essenciais da oxidação, e luta contra a formação de radicais livres no orga-nismo. Os radicais livres são gerados principalmente pelo excesso de aporte de oxigénio para o interior das células, pela influência dos raios ultravioletas, pelo ambiente poluído, pelo stress, etc.. Os radicais livres têm uma apetência especial pelas membranas celulares, compostas essencialmente por ácidos gordos insaturados. Em presença da vitamina E, os radicais livres actuam sobre a vitamina E, deixando de actuar sobre as membranas celulares.

A presença simultânea de ácidos gordos essenciais e de vitamina E no óleo de gérmen de Trigo, permite considerá-lo como preventivo das doenças cardio-vasculares e da ateroesclerose, como tratamento da hipercolesterolémia, sem esquecer a capacidade de prevenir a secura da pele e concomitante formação de rugas.

CAPÍTULO �: OS ÓLEOS

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4 O ÓLEO DE LECITINA E DE CÁRTAMO

A soja, é uma planta originária da China e introduzida na Europa durante o sé-culo XVIII. Das suas sementes, por pressão a frio, extrai-se um líquido espesso composto por até 62% de Fosfolípidos.

Os fosfolípidos, entram na composição das células nervosas do Sistema Ner-voso Central, levando-lhes o Fósforo indispensável ao seu bom funcionamento.O óleo de Lecitina constitui um emulsionante natural que permite a solubilidade dos ácidos gordos no sangue incluindo o colesterol. Impede assim os depósitos de colesterol nas paredes das artérias.

O Cártamo é uma planta tintorial oriental (Irão, Índia, Egipto), cultivada na bacia do mediterrâneo pelo princípio corante das suas flores cor de laranja.

Suas flores serviram durante muito tempo para colorir alimentos com a cor de açafrão, sem no entanto lhes dar algum sabor, sendo por isso apelidado de “Açafrão bastardo”.

Das sementes de Cártamo, extrai-se o óleo de Cártamo, consumido princi-palmente na Etiópia e Europa, pelo seu aporte em ácidos gordos insaturados essenciais. O óleo de Cártamo contém cerca de 75% de ácido linoleico, 15% de ácido oleico e 7% de ácido palmitico.

A associação destes dois óleos é hipolipedimiante e hipocolesterolémico; tam-bém favorece a produção de HDL (colesterol bom). A Lecitina e o Cártamo funcionam em sinergia para evitar as placas de ateroma.

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Os tubarões são peixes seláquios, de corpo alongado e de barbatanas dor-sais moderadamente desenvolvidas. Estes animais não evoluíram desde à 400 milhões de anos, contrariamente a outras espécies animais, os investigadores constataram que o tubarão praticamente não sofre de doenças beneficiando de um excelente e eficaz sistema imunitário.

O fígado do tubarão é colocado numa tina, depois de lavado fica em repouso, para que um óleo amarelo pálido escorra, proveniente da degradação das cé-lulas hepáticas. O óleo de fígado de tubarão é obtido em seguida por pressão mecânica, por fermentação ou por aquecimento moderado a vapor. Os seus princípios activos são o Squaléne e os Alquilglicerois.

O óleo de fígado de tubarão poder conter cerca de 50% de Alquilglicerois, estes são ácidos gordos presentes no Homem e particularmente nos órgãos que parti-cipam no sistema imunitário (a medula óssea, o baço, o fígado e o leite materno). O leite materno tem 10 vezes mais Alquiglicerol que o leite de vaca.

As principais funções do óleo de tubarão

• O Squaléne é uma substância com propriedades hipocolesterolimiantes.• O Squaléne aumenta a resposta do sistema imunitário, sobretudo quando

associado à vitamina C• Os Alquilglicerois aumentam a produção dos glóbulos brancos e vermelhos

e das plaquetas, por conseguinte intervém eficazmente no combate de diver-sas afecções virais e bacterianas, nas leucemias e nos danos causados por radioterapia.

• Os Alquilglicerois estimulam a produção do “factor activador das plaquetas” (FAP), que tem um papel importante no combate a fenómenos inflamatórios, alérgicos, asma, certos reumatismos, psoríase, etc.

• Os Alquilglicerois favorecem, ao nível da flora intestinal, o crescimento de Lactobacillus acidophilus, conhecidos por qualidades imunitárias e de biore-gulação sobre a digestão.

• Os Alquilglicerois estimulam a produção de anticorpos.• Os Alquilglicerois estimulam a excreção de metais pesados especialmente o

Mercúrio.

As carências

Os Alquilglicerois são constantemente produzidos no organismo.Entretanto, sob condições patológicas como infecções, males alérgicos ou astenia, as necessidades em Alquiglicerol eleva-se, porque o organismo não consegue produzir.Os excessos

CAPÍTULO �: OS ÓLEOS

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O óleo de gérmen de Trigo pode ser considerado como uma excelente fonte de vitamina E natural.

A vitamina E, é um potente antioxidante natural que protege os ácidos gordos essenciais da oxidação, e luta contra a formação de radicais livres no orga-nismo. Os radicais livres são gerados principalmente pelo excesso de aporte de oxigénio para o interior das células, pela influência dos raios ultravioletas, pelo ambiente poluído, pelo stress, etc.. Os radicais livres têm uma apetência especial pelas membranas celulares, compostas essencialmente por ácidos gordos insaturados. Em presença da vitamina E, os radicais livres actuam sobre a vitamina E, deixando de actuar sobre as membranas celulares.

A presença simultânea de ácidos gordos essenciais e de vitamina E no óleo de gérmen de Trigo, permite considerá-lo como preventivo das doenças cardio-vasculares e da ateroesclerose, como tratamento da hipercolesterolémia, sem esquecer a capacidade de prevenir a secura da pele e concomitante formação de rugas.

� O ÓLEO DE TUBARÃO (ÓLEO DE FÍGADO DE TUBARÃO)

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Nunca foram demonstrados efeitos secundários negativos ou tóxicos, quando tomado em excesso Óleo de fígado de tubarão.

Os A.D.R.

O óleo de fígado de tubarão, normalmente apresentado em cápsulas de 450 ou 500 mg.

São necessárias 2 cápsulas por dia, durante 15 dias por mês, por um período de pelo menos 3 meses.

Um aporte de óleo de fígado de tubarão deve ser acompanhado por uma dose forte de vitamina C, porque os metabolismos do Squaléne e do Alquiglicerol consomem alguma vitamina C. Existe o risco da concentração de Alquiglicerol e Squaléne baixar sem um aporte suplementar.

CAPÍTULO �: OS ÓLEOS

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AS VITAMINASGENERALIDADES

OS APORTES DIÁRIOS RECOMENDÁVEIS

1 O β-caroteno, pró-vitamina A

1. A vitamina B1 (Tiamina)

2. A vitamina B2 (Riboflavina)

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8EXTRACTOS DE PLANTAS

GENERALIDADES

1 A Diosgenina (raiz de Wild Yam)

2 Os Isoflavonóides (grãos de Soja)

3 A Vincocetina (grãos de Vinca Major)

4 A Huperzina A (folha de Huperzina Serrata)

� A Silimarina (sementes de Cardo Mariano)

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Os extractos vegetais são preparações de laboratório obtidas por evaporação, do suco da planta ou de uma solução vegetal à base de água, álcool ou éter. Em função de duração da evaporação podem ser extractos aquosos, fluídos, moles ou secos.

A vantagem destes extractos é de dispor dos princípios activos das substâncias vegetais em pouco volume.

CAPÍTULO �: EXTRACTOS DE PLANTAS

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EXTRACTOS DE PLANTASGENERALIDADES

1 A DIOSGENINA (extracto de raiz de Wild Yam)

O Wild Yam pela sua grande riqueza em diosgenina que se encontra nas suas raízes e rizomas, é um precursor natural da progesterona e da DHEA. A família vegetal das Dioscoreaceas comporta mais de 800 espécies diferentes, de onde o Wild Yam, também Giant Yam, Cabeza Negra, Discorea macrostachya, é nativa das regiões subtropicais. A raiz de Wild Yam pode pesar até 40 kg, é nela que se concentram as sapogeninas estrogénicas da Diosgenina.

As principais funções do Wild Yam

• Apresenta uma eficácia notável, sobre o síndrome pré-menstrual (seios dolo-rosos, retenção de líquidos, irritabilidade, etc.).

• Intervém favoravelmente contra os efeitos indesejáveis da menopausa (afron-tamentos, hipersensibilidade emotiva, enxaqueca, astenia, etc.).

• Permite lutar eficazmente contra a osteoporose e aumentar a massa óssea.• É um precursor da DHEA, uma hormona natural, presente no organismo hu-

mano, cuja concentração diminui com a idade. A DHEA parece retardar os efeitos do envelhecimento.

• Parece ter um papel importante no Homem na andropausa, em restabelecer um bom equilíbrio hormonal.

O WILD YAM E A MENOPAUSA

Tanto na mulher como no homem, a baixa da taxa hormonal é progressiva que começa cerca dos 51 anos de idade. Uma diferença fundamental reside entre os dois sexos, é que na mulher as secreções hormonais não serão suficientes para assegurar um ciclo fisiológico normal. Os ovários produzem duas hormo-nas principais especialmente no primeiro ciclo de vida da mulher: Estrogénios e Progesterona. Perto dos quarenta anos, a produção destas hormonas é redu-

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zida gradualmente até ao desaparecimento dos períodos menstruais. A aproxi-mação da menopausa, entre os 48 e os 52 anos, a diminuição em estrogénios e progesterona flutua largamente, podendo aparecer os fenómenos inconfortáveis especialmente os afrontamentos que podem durar alguns minutos, uma irritabili-dade consequente, stress e por vezes depressão; igualmente poderão aparecer outros sintomas fisiológicos, tais como, diminuição da lubrificação vaginal, perca de tonicidade dos músculos do útero e bexiga, infecções urinárias frequentes.

O tratamento clássico consiste numa substituição hormonal combinada de es-trogénio e progesterona de síntese, denominada de progestativa, e permite au-mentar a qualidade e o conforto de vida, permite proteger o organismo feminino dos problemas cardiovasculares e das manifestações da osteoporose.

No início dos anos 80, os cientistas descobriram uma relação entre uma suple-mentação unicamente de estrogénios e o desenvolvimento do cancro do endo-metrio, parte interna do útero. Depois da administração conjunta progestativa (progesterona de síntese) reduziu-se consideravelmente o risco de cancro. Hoje em dia, 8% das mulheres francesas tomam suplementação em hormonas para um tratamento clássico contra 28% nos E.U.A e 15% na Alemanha.

O médico Raymond Peat (Ph.D. da Universidade do Oregon) constatou que a diminuição da taxa de progesterona e não a de estrogénio é responsável pela maior parte dos sintomas ligados à menopausa. Portanto não é uma carência em estrogénio que origina os sintomas da pré-menopausa, mas sim um aumento da taxa destes que se reflecte na taxa da progesterona.

O nosso organismo possui uma certa inteligência que lhe permite converter um percursor hormonal numa hormona funcional (progesterona e/ou DHEA) em função das necessidades. O efeito do Wild Yam aparece unicamente se o organismo dele necessitar.

As principais funções da progesterona

• É percursora das outras hormonas sexuais: Estrogénio e testoesterona.• Preserva a secreção do endométrio.• É um diurético natural.• Ajuda na transformação das gorduras em energia.• É um antidepressivo natural.• É estabilizadora do mecanismo tiroídeu.• Mantém ou restrutura a libido.• É protectora do sistema cardiovascular (é antiagregante plaquetário).• Intervém na normalização da taxa de glicémia.• Normaliza os níveis de Zinco e Cobre.• Melhora a respiração celular.• Evita o cancro do endométrio e certos cancros da mama.

CAPÍTULO �: EXTRACTOS DE PLANTAS

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• Estimula a produção do tecido ósseo e opõe-se à sua degeneração.• Indispensável à formação do embrião e às células fetais.• Percursora da síntese de cortisona ao nível das células das supra-renais.

A progesterona natural e a progesterona progestativa (progesterona de síntese) não devem ser confundidas, se bem que são análogas na sua estrutura química e função. Segundo o Dr. Neils Laurersen (New York), certas formas de progeste-rona de síntese têm efeitos masculinos sobre certas mulheres e provocam fenó-menos de retenção de líquidos sobre outras. A hormona vegetal contida no Wild Yam, não provoca efeitos de masculinização. Para além disso, esta hormona natural reduz a retenção de sal e não induz à tendência aos edemas.

QUESTÕES COLOCADAS FREQUENTEMENTE SOBRE O WILD YAM

1. São conhecidos os efeitos secundários da utilização da progesterona natural?

Das mulheres tratadas por longos períodos (superior a 4 meses) a um síndrome pré menstrual poderão manifestar sintomas depressivos, náuseas e por vezes vómitos. Estes fenómenos, os que existem, melhoram com a redução das do-ses diárias. Nas mulheres sujeitas a regras irregulares, qualquer hemorragia na ovulação pode ser observada devido ao tratamento, mas com a continuação do tratamentos este fenómenos tendem a desaparecer rapidamente. As mulheres na menopausa ou com sintomas de osteoporose não apresentam efeitos secun-dários quando tomam regularmente o Wild Yam.

2. Pode-se usar uma progesterona natural, sem estrogénio para a preven-ção da osteoporose?

A resposta é afirmativa, muitos médicos avançam actualmente que uma suple-mentação em estrogénios não é geralmente necessária para o tratamento dos síndromes pós-menopausa, em mulheres com ovários ainda funcionantes. Os afrontamentos poderão ser grandemente reduzidos unicamente por um precur-sor hormonal vegetal.

3. Quanto tempo se leva a sentir os efeitos de Wild Yam?

Nos casos do síndrome pré-menstrual, certas mulheres constatam uma melhoria imediata, por vezes em horas. Outras notam o desaparecimento dos sintomas desagradáveis no espaço de 1 a 3 meses. Os sintomas da menopausa são melhorados, mas devemos contar com um espaço de alguns meses.

4. Será o Wild Yam eficaz em casos de endometriose ou fibroma mamário

CAPÍTULO �: EXTRACTOS DE PLANTAS

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ou uterino?

Diversos factores deverão ser considerados nestes dois casos. O factor comum é um nível muito elevado de estrogénio circulante, que traduz um desequilibro hormonal. O Wild Yam é um precursor hormonal global que ajuda a normalizar a produção de muitas outras hormonas que activam endocrinamente o organismo. Também poderá favorecer a regulação dos níveis de estrogénio ou contribuir significativamente para que outras o façam.

�. Uma mulher a ser tratada por terapia de substituição hormonal sintética, poderá passar para a progesterona natural?

O Wild Yam é uma alternativa ou um complemento a um tratamento hormonal de substituição. Uma transição pode ser considerada afim de ser substituída gradualmente a progesterona de síntese pela progesterona natural, em seguida devemos suprimir o estrogénio de síntese e deixar a progesterona natural so-mente assegurar o tratamento.

Um aviso médico: É sempre necessário para assegurar a transição ou para completar eventualmente o tratamento clássico um aporte suplementar de Wild Yam.

�. Pode o Wild Yam interferir na fecundação?

A progesterona tem um papel importante na reprodução. É ela que prepara com efeito o útero para a implantação do óvulo fecundado. Sem uma quantidade adequada de progesterona para impregnar a mucosa uterina, a nidificação do óvulo não se realiza com sucesso. Nesse caso, um suplemento de Wild Yam pode ter uma grande eficácia.

�. Os homens podem utilizar Wild Yam?

Se se tratar de um homem jovem com menos de 45 anos, a absorção de Yam não é recomendado. Os cientistas acreditam que tem efeito numa degeneres-cência testicular ou numa diminuição da libido. Ao contrário, homens mais ve-lhos poderão consumir diariamente Wild Yam e constatar que há uma melhoria na sua libido.

Em casos de dores articulares, em homens de mais idade, eles mesmos notam uma diminuição verdadeira ou desaparecimento das dores.

DHEA – QUALIDADE DE VIDA E LUTA CONTRA O ENVELHECIMENTO

A DHEA, produzida nas glândulas supra-renais, é uma hormona predominante no nosso corpo. Por vezes chamada de “Mãe das Hormonas”, depois do orga-

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nismo a transformar espontaneamente numa forma hormonal, mais apropriada a um melhor funcionamento activa o estrogénio, a progesterona, a testosterona ou a adrenalina.

Os níveis sanguíneos de DHEA são mais elevados aos 20 anos, depois decres-cem, em seguida têm níveis lineares em ambos os sexos, tornando-se assim num óptimo marcador biológico da idade.

As principais propriedades da DHEA

• Aumenta a qualidade de vida, com consequente bem-estar psico-fisioló-gico.

• Diminui o efeito do envelhecimento.• Produz um aumento da energia.• Melhora a qualidade do sono.• Ajuda a criar uma melhor resposta ao stress.

Na Europa, qualquer preparação à base de DHEA de síntese não está dispo-nível. Ao contrário, a utilização dos precursores vegetais da DHEA, que o Wild Yam contém, permite ao organismo utilizar e transformar esses mesmos percur-sores em função das necessidades.

CAPÍTULO �: EXTRACTOS DE PLANTAS

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Os isoflavonóides incluem-se entres os fitoestrogénios, porque eles são com-postos de moléculas produzidas, pelas plantas, que tem um efeito semelhante à hormona sexual feminina: O estrogénio. Ele é composto particulamente pela Genisteína da Daidzeína e da Gliciteína.

Os isoflavonóides encontram-se em todos os legumes secos, particularmente na soja, mas também em menor quantidade nas lentilhas, grão de bico, feijão e ervilhas.

A questão de saber porque razão as plantas contêm substâncias análogas às hormonas sexuais do organismo animal, ainda se encontra num estado de hipóteses.

A questão que actualmente retém a atenção dos botânicos é: A reprodução de animais nociva às plantas pode ser regulada pela toma de hormonas, em vez da pílula contraceptiva na mulher. Os fitoestrogénios das plantas poderão, por exemplo, fazer concorrência aos estrogénios produzidos no organismo dos animais, tal como nos pássaros e pequenos mamíferos, diminuindo o efeito, reduzindo assim a fertilidade. Estes animais nocivos são raros e os organismos vegetais encontram-se protegidos.

2 OS ISOFLAVONÓIDES E OS FITOESTROGÉNIOS (grãos de Soja)

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Temos como exemplo o Wild yam, a Racina, que produzem um precursor de progesterona, tentando defenderem-se contra o ataque de pequenos roedores. Tanto no mundo animal como no mundo vegetal, em cada meio, para sobreviver desenvolveram-se processos por vezes estranhos para a prevenção desses ata-ques do adversário, que permitiram a sobrevivência da espécie. O ser humano, não se faria sem a influência sobre a fertilidade dos fitoestrogénios, porque a concentração em fitoestrogénios numa alimentação normal é bastante fiável.

Como é que os fitoestrogénios imitam o estrogénio humano?

Os isoflavonóides só são eficazes após várias metamorfoses realizadas pelas bactérias intestinais e de um metabolismo hepático final. Na continuação des-tas transformações , os fitoestrogénios são capazes de se depositar no corpo humano, nos mesmos pontos de fixação dos estrogénios humanos. Os fitoes-trogénios accionam os receptores dos estrogénios disseminados no organismo: Ao nível cerebral, desde os ossos aos órgãos genitais. Desde então produzem uma acção habitual à realizada pelos estrogénios humanos.

No organismo da mulher, uma taxa normalmente elevada de estrogénios está presente na puberdade e menopausa, de forma a combater todos os receptores sensíveis ao estrogénio. Verso a idade da menopausa, a taxa de estrogénio diminui, os fitoestrogénios podem fixar-se nos mesmos receptores, reduzindo assim o número de locais de fixação não ocupados. Esta baixa basta, segundo as últimas pesquisas, para inibir o desenvolvimento de inconvenientes maiores de estrogénio-dependentes, ao nível do colo do útero e dos seios. O efeito protector dos fitoestrogénios de soja e dos grãos de linho contra o cancro da mama e talvez provado nas experiência realizadas em ratos.

Segundo as primeiras conclusões científicas actuais, não somente a fixação dos fitoestrogénios aos receptores de estrogénios é responsável pelo seu efeito anticancerisno, mas um outro mecanismo pode ter um importante papel: no sangue humano, existe uma proteína plasmática que pode fixar estrogénio e ao mesmo tempo regularizar o teor de estrogénios no sangue. Os fitoestrogénios provocam um aumento dessa proteína de fixação permitindo a captação de um maior número de estrogénios não ligados, é nisto que reside a eficácia e redução do risco de cancro da mama.

Bem entendido, os estrogénios proporcionam ao organismo humano não desencadear o cancro, como regula a procriação do Homem. Portanto logo que as células tumurais aparecem nos órgãos sexuais, o crescimento destas últimas pode ser favorecido pelos estrogénios livres, não ligados a proteínas plasmáticas. Após a menopausa, se a taxa de estrogénio baixa ao ponto de não poder ocupar todos os locais de fixação libres, os fitoestrogénios poderão então ocupar os pontos de fixação livres e produzir os mesmos efeitos que os estrogénios, portanto uma real melhoria em mulheres que sofrem de problemas

CAPÍTULO �: EXTRACTOS DE PLANTAS

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da menopausa, como os afrontamentos ou transpiração abundante.

Os homens podem igualmente beneficiar da influência dos fitoestrogénios, pois também eles produzem estrogénios, embora em menor quantidade que as mulheres. Os pesquisadores trabalham actualmente sobre o efeito inibidor dos fitoestrogénios no caso do carcinoma da próstata e na continuação dos traba-lhos já realizados, a larga escala. Estes têm tendência a provar que na Ásia, os Japoneses a ocorrência do carcinoma da próstata é menor que no Ocidente, provavelmente graças à grande quantidade de soja, e aos seus isoflavonóides, que fazem parte da alimentação dos Japoneses.

Os fitoestrogénios não actuam somente como “doadores de estrogénio”, mas como verdadeiros “reguladores” do equilíbrio hormonal. Se as taxas de estro-génio são elevadas, os fitoestrogénios não ocuparam locais já ocupados por estrogénios. Se as taxas de estrogénios são fiáveis, os fitoestrogénios terão uma actividade estrogénica benéfica: ao nível do cérebro, dos ossos e da pele, o efeito será pró-estrogénio; enquanto que ao nível dos órgãos sexuais, seios e útero o efeito será antiestrogénico, porque nestes órgãos é de evitar um excesso de estrogénios livres.

CAPÍTULO �: EXTRACTOS DE PLANTAS

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3 A VINCOCETINA (grãos de Pervinca)

A Vincocetina é um extracto de grãos de Pervinca ou Vinca major, planta que apresenta flores azuis e cor de malva na primavera. Ao nível do cérebro a Vin-cocetina aumenta a oxigenação e o débito sanguíneo. Tem também uma acção protectora dos capilares, que está presente com grande interesse em casos de insuficiência de irrigação sanguínea. É também um activador do metabolismo cerebral, a Vincocetina actua na qualidade de estimulador potente da memó-ria:

1. Aumenta a quantidade de glicose consumida pelas células nervosas, a gli-cose é também a substância da qual o cérebro retira a sua energia.

2. Restitui a cadeia da respiração, o ciclo de Krebs, conduzindo a uma melhor transformação da glicose em energia.

3. Aumenta a taxa de oxigenação das células cerebrais, o que permite evitar a hipóxia cerebral, uma suboxigenação é responsável pela morte de várias células nervosas.

4. Aumenta a elasticidade dos glóbulos vermelhos. A microcirculação através dos capilares cerebrais é facilitada, permitindo um melhor aporte em oxigénio e glicose.

5. Ajuda a manter uma certa vasodilatação cerebral e consequente melhoria na circulação sanguínea do cérebro.

6. É inibidor da agregação plaquetária. Esta acção permite particularmente evitar a formação de coágulos de sangue e ajuda a prevenir os AVC e as tromboses.

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A Huperzina A é extraída do musgo, a Huperzina Serrata, utilizada desde à dez séculos na China, no tratamento de diversos problemas neurológicos e mais particularmente a perda de memória nas pessoas de maior idade. In-vestigadores em Xangai constataram que a Huperzina A se alia fortemente à acetil-colina-esterease, enzima que parte a molécula de acetilcolina em várias outras moléculas. Ora, a acetilcolina é um neurotransmissor essencial para a aprendizagem, função cognitiva e memorização. A Huperzina A inibe tempora-riamente a decomposição da acetilcolina o que permite uma maior e prolongada impregnação das células cerebrais em acetilcolina aumentando assim a função da memória viva e a concentração.

Outros investigadores nos E.U.A descobriram que a Huperzina A reduz a morta-lidade das células neuronais, processo associado à doença de Alzheimer.

As experiências em animais revelaram aumento importante das funções cogniti-vas, enquanto que ensaios clínicos revelaram efeitos bastante significativos em pacientes com demência e desordens mentais, tudo para provar a inocuidade da Huperzina A

Por outro lado a Huperzina A protege as células nervosas da influência de certas substâncias tóxicas, como os gases neurotóxicos, e dos danos causados por AVC ou epilepsia.

CAPÍTULO �: EXTRACTOS DE PLANTAS

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4 A HUPERZINA A (folhas da Huperzina Serrata)

4 A SILIMARINA (sementes de Cardo-mariano)O Cardo-mariano comum, Silybum marianum ou Carduus marianus, contem diferentes flavonóides, abrangendo a Silibina, a Silidianina e a Silichristina, que em conjunto formam a Silimarina.

A Silimarina está contida dentro dos grãos do Cardo-mariano, sendo o seu componente mais activo a Silibina.

1. A Silimarina é bem conhecida ao nível terapêutico, pela sua propriedade hepatoprotectora, pois ela permite com efeito, uma regeneração das células do fígado. Sua actividade antioxidante situa-se ao nível da estabilização das membranas dos hepatócitos (células do fígado), a neutralização dos radicais livres e mantém no fígado os níveis de Glutatião.

2. A Silimarina possui uma acção desintoxicante e drenadora tanto ao nível do fígado como da vesícula biliar. Favorece também o escoamento da vesícula biliar sendo aconselhada em casos de insuficiência hepática e/ou cálculos biliares.

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3. A silimarina é igualmente hemostática e pode ser útil casos de hemorragia nasal, regras abundantes e hemorróidas sangrentas.

4. É de aconselhar em casos de excesso de medicamentação e de álcool, e até mesmo de uma alimentação à base de gorduras ou desequilibrada.

CAPÍTULO �: EXTRACTOS DE PLANTAS

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DIVERSOS

1 Os Pró-bióticos (Lactobacillus) e

os Pré-bióticos (fibras alimentares)

2 Os Carotenóides e Bioflavonóides

3 O MSM

4 A Condroitina e a Glucosamina

� A Cartilagem de tubarão

� A Spirulina

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a) Os Pró-bióticos (pro = a favor; bio = vida)

Depois de muito tempo os investigadores constataram que as populações que consumem produtos lácteos fermentados têm grande longevidade, graças, em grande parte, às bactérias lácteas dos iogurtes e do Kéfir, produtos de fermen-tação láctea.

A fermentação é uma pré digestão dos alimentos por certos microrganismos que se tornam mais digestivos. Para a fermentação láctea junta-se ao leite previa-mente pasteurizado, bactérias lácticas: Lactobacillus bulgaricus, Streptococcus thermophilus, Lactobacillus Acidophilus, Bifidobacterium bifidum, Lactobacillus Casei, etc. Estas bactérias lácteas, são particularmente resistentes aos sucos gástricos e podem atingir o intestino grosso ainda vivos. Estas bactérias são cultivadas por terem uma taxa de sobrevivência óptima no intestino grosso e por participarem muito activamente na estabilização ou na reconstrução de uma flora intestinal saudável.

São ingeridas desde a nascença no leite materno, denominadas de Bifidobacte-rias, tornando-se assim os primeiros ocupantes da nossa mucosa intestinal. Mais tarde juntam-se outras bactérias provenientes da nossa alimentação de forma a enriquecer a flora intestinal até às 500 bactérias diferentes, fazendo todas parte das bactérias lácteas. Estas protegem a flora intestinal como escudo activo, con-tra os agentes patogénicos como as Salmonellas, Staphilococcus ou Candida albicans, capazes de uma proliferação rápida na presença de alimentos açu-carados. A flora intestinal protege contra as infecções produzindo ácido lácteo, ácido acético ou ácidos gordos. Estes ácidos participam na redução do pH e são produtores de um meio ácido impróprio à sobrevivência de microrganismos patogénicos; estes últimos podem desenvolver-se em meio alcalino. A flora in-testinal permite às bactérias lácteas inibir o crescimento de germes estranhos e produzindo ela própria o seu antibiótico, que são as Bactericinas.

As infecções intestinais, as diarreias e os tratamentos com antibióticos causam importantes danos à flora intestinal. Dos estudos realizados em crianças, foi constatado que as crianças recuperam mais rapidamente a flora intestinal com produtos de fermentação administrados sob a forma de iogurte ou de cápsulas com grande concentração de Lactobacillus, sobretudo as espécies acidophilus, bifidum e casei.O mundo médico conhece depois de muito tempo o efeito fortemente inibidor

CAPÍTULO 9: DIVERSOS

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DIVERSOSDIVERSOS

1 OS PRÓ-BIÓTICOS (Lactobacillus)

E OS PRÉ-BIÓTICOS (fibras alimentares)

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das bactérias lácteas sobre o crescimento tumoral. De numerosos estudos epi-demiologicos, foi confirmado essa influência destas no cancro do intestino e da mama. O efeito anticancerígeno explica-se verosimilmente pela activação do sistema imunitário no seu conjunto. As bactérias lácteas impede a formação de substâncias cancerigenas no intestino.

b) Os Pré-bióticos (pré = antes; bio = vida)

Definição de substâncias pré-bióticas: São compostos de substâncias que não são absorvidos ao nível do trato gastro-intestinal superior. Estas substâncias ou chegam intactas ao nível do cólon ou estimulam o crescimento e actividade das bactérias pró-bióticas presentes na flora intestinal.

O Arabinogalactano é um polissacárido pré-biótico, presente no reino vegetal ao nível das membranas celulares das folhas e frutos. O Arabinogalactano é mais conhecido pelo extracto das folhas coníferas da família dos Laricíos.

A decomposição deste polissacárido ingeridos é realizada pelas bactérias pró-bióticas, conforme se sabe as Bifidobactérias, produzem os ácidos gordos de cadeia curta induzindo uma diminuição do pH. Um meio ácido favorece o crescimento de bactérias benéficas pró-bióticas, reduz a multiplicação de bactérias patogénicas e diminui, por associação, o risco de cancro do intestino gordo. Tanto nos animais, como no Homem, os estudos provaram uma redução flagrante do número de bactérias patogénicas após o consumo de Arabinoga-lactano. Para além disso, estes polissacáridos diminuem a taxa em amónio no intestino, esta substância é considerada pelo seu efeito carcinogénico.

Uma parte da molécula de Arabinogalactano, chamada de Galactose é de-composta pelos Lactobacillus. Um desgaste importante em Arabinogalactano aumenta em consequência da multiplicação de Lactobacillus, porque estes últimos alimentam-se de Galactose.

Os investigadores atribuem às bactérias pró-bióticas um número importante de efeitos benéficos para a saúde: Redução das taxa de colesterol, diminuição do número de bactérias patogénicas, produção de vitaminas do complexo B, reforço do sistema imunitário, actividade anticancerigena.

Os Fruto-oligossacáridos (FOS) são glúcidos naturais de origem vegetal, especialmente da beterraba. Eles constituem as fibras alimentares solúveis que têm a particularidade de atingir o intestino grosso intactas, eles vão nutrir e estimular selectivamente as bactérias não patogénicas.

Os Fruto-oligossacáridos estão naturalmente presentes na alimentação humana equilibrada. Fazem parte dos hidratos de carbono presentes em numerosos

CAPÍTULO 9: DIVERSOS

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vegetais comestíveis como na cebola, nos alhos, nos espargos, no trigo, na cevada, no centeio e na banana.

A sua resistência à hidrólise enzimática aquando da passagem na parte superior do tubo digestivo, permite-lhe com efeito chegar intacto ao intestino grosso, onde são totalmente fermentados por acção da flora intestinal. Os Lactobacillus seu metabolismo é produtor de grandes quantidades de ácidos gordos organi-cos que acidificam o cólon e limitam assim a proliferação de bactérias nocivas, estimulando também ligeiramente o transito intestinal.

CAPÍTULO 9: DIVERSOS

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2 OS CAROTENÓIDES E OS FLAVONÓIDES

a) Os Carotenóides

Em 1984, os resultados de um estudo realizado sobre os signos antropóides demonstraram que ter um β-Caroteno no organismo é causa directa de uma maior longevidade, mais que tudo é um factor a examinar agora. Este efeito de prolongar da vida que os Carotenóides têm, bem como a sua acção contra certos tipos de cancro, foram confirmados por muitos mais estudos epidemo-lógicos. O efeito protector dos Carotenóides assenta muito provavelmente em primeira linha sobre os efeitos antioxidantes. Os carotenóides têm a capacidade de fixar compostos muito reactivos e nocivos para a saúde, como os radicais livres e os peróxidos. Os radicais livres atacam e destroem as paredes celulares, as proteínas, as células imunitárias e o DNA. Os Carotenóides não se mostram ineficazes após uma primeira reacção contra os radicais livres; a redução da sua actividade é relativa no tempo segundo o indivíduo.

Uma outra consequência da acção antioxidante dos carotenóides é a protecção contra os problemas cardiovasculares. Com efeito, os radicais livres oxidam fa-cilmente os ácidos gordos insaturados do colesterol LDL (Low Density lipopro-tein), qualificados por essa razão de “colesterol mau”. Sob a sua forma oxidada, o colesterol LDL é reconhecido como um corpo estranho por certas células imunitárias, os fagocitos. Então o colesterol LDL é capturado pelos fagocitos que aumentam desmesuradamente e depositam os resíduos sobre as paredes dos vasos sanguíneos, isto é, conduzindo à obturação das mesmas, isto é, à arteriosclerose.

Segundo um estudo realizado pela Universidade de Harvard, o risco de catara-tas, opacidade do cristalino, pode ser reduzida em 39%, por uma alimentação rica em Carotenóides. Este efeito protector assenta verosimilmente sobre a inter-cepção de radicais livres considerados como a causa principal de cataratas.

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O sistema imunitário beneficia igualmente de uma nutrição que contenha imen-sos carotenóides. Pois estes favorecem de tal modo o crescimento das células linfocitárias B e T, que são os macrofagos. Também os carotenóides conduzem a uma multiplicação e a uma actividade mais intensa dos fagocitos, são elas que fazem o reconhecimento das células tumorais bem como as destroem.

O β-Caroteno natural é o carotenóide mais conhecido: sua cor brilhante que passa do amarelo para o vermelho, significa que o β-caroteno natural absorve toda a gama de ondas luminosas opostas, o passar do verde ao azul até ao ultravioleta. Essa função permite ao carotenóide proteger as células vegetais e humanas da influência dos raios solares, sobretudo dos raios ultravioleta e do seu efeito oxidante. O β-caroteno é armazenado directamente na pele, garan-tindo assim uma certa protecção contra os raios ultravioleta. Mais de 600 caro-tenóides são hoje conhecidos, mas somente 40 se encontram na alimentação tradicional.

A Axantina é um carotenóide de origem marinha, proveniente de uma microalga Haematococcus pluvialis, originaria das águas do Pacífico à volta do Hawai, Esta microalga é extremamente rica em Axantina, um antioxidante 100 a 1000 vezes mais activo que a vitamina E e 10 vezes mais poderosa que o β-caroteno.A eficácia da Axantina é reconhecida na estimulação da defesa imunitária e a sua acção como anticancerisno foi largamente solidificada por vários investiga-dores.

Estudos recentes provaram que a Axantina tem a propriedade de inibir a formação de cataratas em ratos diabéticos, de moderar os efeitos do stress sobre os ratos, e segundo ensaios clínicos realizados em Itália, de prevenir a arteriosclerose.

O Licopéne, pigmento natural do tomate, aumenta a família dos anti-radicais livres. 1. Recentemente, investigadores colocaram em evidência o papel deste

carotenóide, na prevenção das afecções cardiovasculares. Com efeito é um antioxidante potente, protege os vasos sanguíneos contra os depósitos de colesterol LDL oxidado e consequentemente elimina os riscos de arterioscle-rose. Um estudo Europeu (Euramic) mostrou que os grandes consumidores de licopéne têm duas vezes menos ameaça de enfarte.

2. Outros investigadores mostraram a acção protectora do licopéne contra o carcinoma da próstata, do intestino grosso, da vesícula biliar, do pâncreas e do pulmão.

3. A sua acção antioxidante aplica-se igualmente ao sistema retiniano evitando a opacidade da córnea que conduz às cataratas, muitas vezes contraída após excessiva exposição aos raios solares.

CAPÍTULO 9: DIVERSOS

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4. Muitos estudos epidemiologicos, reportaram que o consumo de tomate e dos seus derivados está associado a uma diminuição do risco de cancro do trato digestivo. O licopéne inibe com efeito a formação de nitrosaminas, compostos csncerisnos formados no estômago a partir de nitratos alimentares.

b) Os Flavonóides

A grande variedade química dos flavonóides está a par com a multiplicidade dos seus efeitos positivos sobre a nossa saúde. Os flavonóides estimulam as defesas imunitárias, protegem contra o cancro, apoiam o sistema cardiovascular e podem impedir as inflamações. Os flavonóides são como os carotenóides, antioxidantes poderosos. Eles captam os radicais livres, neutralizando-os e pro-tegendo assim as células dos seus ataques. Assim se explica o efeito protector contra a arteriosclerose, cataratas e cancro. Os flavonóides têm outra vantagem em relação aos carotenóides, às vitaminas C e E, pois eles são umas vezes hi-drossolúveis e outras lipossolúveis. Os flavonóides protegem da oxidação, tanto o interior da célula, hidrossolúvel, como as membranas da célula, lipossolúvel. Comparativamente, a vitamina C, hidrossolúvel, não actuam dentro do líquido celular, enquanto que a acção da vitamina E e dos carotenóides, lipossolúveis, se limita à protecção das membranas das células e do colesterol LDL no san-gue. Os flavonóides têm igualmente uma acção anticoagulante e poderá por consequência prevenir o aparecimento de coágulos sanguíneos, de um AVC ou enfarte. Certos flavonóides como o OPC, igualmente denominado de Procianidi-nas, preservam a flexibilidade e a elasticidade do tecido conjuntivo.

A expressão OPC da uva é uma abreviação de “Oligomeros Proanto-cianidinas”. É uma classe de flavonóides biologicamente activos, presentes nos frutos madu-ros e legumes frescos, mas sobretudo na pele e sementes. Estes encontram-se numa concentração particularmente forte nas grainhas das uvas vermelhas e na casca do pinheiro bravo.

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3 MSM (Metilsulfonilmetano)

O MSM é um composto orgânico com enxofre, naturalmente presente em todos os organismos vivos, particularmente no leite da vaca, frutos e legumes fres-cos.A cozedura e os diversos procedimentos industriais conduziram à diminuição, até alterar consideravelmente o conteúdo de MSM num bom número de alimen-tos. Recentes estudos demonstraram que a taxa de MSM sanguínea é cerca de 1 ppm num adulto jovem e saudável. Os marcadores indicam uma sensível redução dessa taxa com a idade, isto pode explicar certos sintomas como a fadiga, mau funcionamento orgânico diverso e uma sensibilidade acrescida a infecções e alergias.

O MSM pode ser considerado como uma fonte natural de enxofre.

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Presente em todas as nossas células, o enxofre é indispensável ao organismo, pois constituí um elemento estrutural importante das proteínas. É igualmente necessário à actividade de várias enzimas. O organismo humano contém cerca de 140 g de MSM, e na renovação celular regular, um aporte quotidiano de 850 mg de enxofre é recomendado.

A explicação da actividade biológica particular do MSM

1. Para a formação e restabelecimento dos pontos de enxofre entre as moléculas que fazem parte integrante das proteínas, da queratina, dos músculos, do tecido conjuntivo, da pele, dos cabelos, das cartilagens, etc., de forma a refirmar os tecidos e dar-lhes flexibilidade. As articulações são ricas em complexos moleculares que contêm enxofre e em particular certos polissacáridos como o ácido condroitina sulfuríco. As células cutâneas bene-ficiam igualmente dessas junções sulfuradas numa maior elasticidade e numa diminuição do aparecimento precoce de rugas. As queimaduras, os cortes ou qualquer afecção cutânea como o acne resolvem-se mais depressa: as cicatrizes internas ou externas podem até mesmo desaparecer. Um aporte de enxofre por ocasião da síntese de cesteína, presente na queratina, fortifica as fenéras (unhas e cabelo).

2. Para uma maior permeabilidade das membranas celulares. Os líquidos nutricionais penetram livremente no interior da célula e os líquidos que transportam toxinas são facilmente retirados da célula, evitando-se assim o processo inflamatório, edema, rubor, dor. Estes últimos são muitas das vezes atribuídos a uma deficiência de pressão ao nível do tecido ricamente inervado como os músculos e as articulações. Porque a pressão osmótica extra-ce-lular diminuiu, as células que compõem um tecido enchem-se de líquido e incham. As células nervosas detectam uma inflamação e enviam um sinal ao cérebro que interpreta como uma dor. O MSM restabiliza rapidamente a flexibilidade e a permeabilidade da membrana celular e permite a passagem dos fluídos através da membrana. As pressões osmóticas iguais ao nível das células suprimindo a origem da dor.

3. Para uma acção competitiva com os agentes parasitários e alergéni-cos. ao nível dos locais de fixação da parede gastrointestinal; os agentes infecciosos ou alergénicos penetram mais facilmente no sistema sanguíneo e são imediatamente eliminados, por via intestinal, não produzindo os seus efeitos nefastos.

A origem do MSM

Os cientistas destinguiram 3 tipos de compostos sulfurados como principal fonte de enxofre no organismo vivo: o Metilsulfonilmetano (MSM), o Dimetilsulfoxil (DMSO) e o Dimetilsulfide (DMS). Nos oceanos, um fitoplâncton microscópico, a Emiliana huxleyii, produz e liberta sem descanso compostos sulfurados cha-mados de sais de Dimetilsulfonio. Com o contacto com agentes líquidos, este

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sal transforma-se em Dimetilsulfide (DMS), um gás que se escapa na atmosfera alta para reagir com o ozono e raios ultravioleta e que se transforma em DSMO e MSM. Estes dois últimos compostos sulfurados, solúveis na água, retornam à superfície da terra, por intermédio da chuva. Absorvidos pelo solo e em seguida pelas plantas, suas concentrações são consideravelmente elevadas no reino ve-getal. O MSM é absorvido pelo reino animal e pelo Homem, através dos frutos, legumes e carne.

CAPÍTULO 9: DIVERSOS

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4 A CONDROITINA E A GLUCOSAMINA

1. A Condroitina é o principal constituinte dos proteoglicanos (fibras das proteí-nas e dos açucares) que são os principais constituintes do tecido conjuntivo e das cartilagens.

2. A Glicosamina é composta por glicose e por um aminoácido, denominado Glutamina, que é essencial à produção de proteoglicanos.

As investigações provaram que ao nível das articulações, a associação da Con-droitina e da Glucosamina estimula a síntese de mucossacáridos muito especí-ficos indispensáveis a um colagénio saudável. Estes mucossacáridos captam o líquido nutricional circundante que assim favorece uma perfeita lubrificação da cartilagem.

As principais funções da Condroitina e da Glucosamina

• Elas possuem propriedades anti-inflamatórias ao nível articular.• Intervêm na reparação articular (em ligação com o cobre).

A síntese de condroitina é activada pelo magnésio.

A cartilagem articular – Composição e estrutura da cartilagem

À semelhança do corpo humano, a cartilagem articular é essencialmente com-posta por água (65% a 80%) e está presente como um verdadeiro tecido de suporte.

Os outros componentes são:

• As fibras de colagénio que se apresentam sob o aspecto de inumeráveis cordas tecidas entre elas, formando uma rede muito densa de várias espes-suras. Estas fibras de colagénio existentes na cartilagem são elásticas e têm a capacidade de absorver o choque.

• Os proteoglicanos: grossas moléculas compostas de proteínas e de açucares fermentados, fixam-se entre as fibras de colagénio. A coluna vertebral da

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molécula de proteoglicano assemelha-se a um tronco de árvore delgado e sólido, a elevação dos seus ramos em direcção ao céu. O tronco apresenta longos ramos de proteínas centrais; das quais partem uma centena de ramos mais pequenos. As cadeias de açucares denominam-se de condroitina ou mucossacáridos. Estes mucossacáridos formam-se por polimeração do ácido condroitinosulfurico, associando-se ele mesmo ao ácido glicorónico e glusamona. Estes mucossacáridos são indispensáveis ao estado saudável da cartilagem, visto que eles capturam e retêm a água, favorecendo assim uma perfeita lubrificação da cartilagem. Os proteoglicanos conferem à cartilagem sua estrutura, é o mesmo que dizer sua capacidade de se alongar e de voltar à sua forma original a cada movimento.

• Os condrocitos: células muito específicas de forma arredondada, repartidas por toda a matriz da cartilagem. A célula do condrocito é uma célula-mãe produtora de novas células de colagénio e proteoglicanos, garantindo em permanente, o teor em substâncias vitais. Os condrocitos libertam igualmente enzimas, cuja a função é de digerir as moléculas mais velhas de colagénio e proteoglicanos. Este processo denominado de condroformação e condroab-sorção, é um prefeito equilíbrio dinâmico.

As lesões da cartilagem

Por uma lesão, ou pelas enzimas encarregues de digerir a cartilagem, tornam-se anarcas, as fibras de colagénio relaxam-se, perdem a sua forma inicial e a sua elasticidade e estiram-se: os proteoglicanos não aderem e ficam livres no espaço cartilagíneo. A redução da taxa de proteoglicanos provoca uma lacuna na manutenção das fibras de colagénio, apenas com consequência ao nível da capacidade da cartilagem absorver os choques, a cartilagem pode partir-se ou fracturar-se quando usada progressivamente com dores.

Contrariamente a outros tecidos conjuntivos, a cartilagem articular tem uma capacidade limitada para se reparar. Essa limitação é inerente à organização e estrutura do tecido. Com efeito, a cartilagem é caracterizada por:

• Ausência de vasos sanguíneos• Ausência de células indiferenciadas poderão ocupar o lugar dos condrócitos• A fiável actividade de multiplicação e migração dos condrócitos• A capacidade limitada do condrócito crescer sem actividade sintética.

A importância da Glucosamina

A glucosamina é composta de glicose e de um aminoácido denominado de glutamina.

A glucosamina é essencial à produção de proteoglicanos, proteínas que fixam a água na matriz da cartilagem. A glucosamina estimula os condrócitos, porque

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só a sua presença permite fixar a quantidade de proteoglicanos que serão fabricados pelos condrócitos. A quantidade de glucosamina é proporcional à quantidade de proteoglicanos produzidos e ao volume de água mantido.

A glucosamina favorece igualmente o fabrico de colagénio pelos condrócitos e normaliza o metabolismo da cartilagem, evitando assim a degeneração da cartilagem. Em certa medida a glucosamina estimula a produção de elementos chave da matriz da cartilagem, ela pode realmente ajudar o corpo a reparar a cartilagem lesada ou desgastada. Vários estudos demonstraram que a glu-cosamina ajuda a reduzir a dor e melhorar a função articular em pacientes artríticos.

A importância da condroitina

Constitui uma cadeia de açucares, a condroitina age como íman de água. A condroitina capta a água das moléculas de proteoglicanos. Este papel é essen-cial por duas razões:

• A água age como um amortecedor esponjoso• A água transporta nutrientes para dentro da cartilagem.

A cartilagem articular não é irrigada pelo sangue: a sua lubrificação e nutrição são asseguradas pela ida e vinda do líquido à medida a aplicação ou relaxa-mento da pressão é feito.

Os pequenos ramos das cadeias de condroitina têm carga eléctrica negativa: eles são impelidos a formarem pares através de uma ligação a outros e criando um espaço, que constitui a matriz da cartilagem dentro do qual as moléculas de água poderão precipitar-se. Uma única molécula de proteoglicanos pode render cerca de 10 000 dessas cadeias, sendo captadoras de água excepcionais.

Para além do seu papel captador de água a condroitina

• Protege a cartilagem existente de um desgaste prematuro, e inibe a acção anarca de certas enzimas que digerem a cartilagem.

• Estimula a produção de proteoglicanos e colagénio.• Actua em perfeita sinergia com a glucosamina.

CAPÍTULO 9: DIVERSOS

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� A CARTILAGEM DE TUBARÃO

A propriedade mais singular do tubarão é que nunca desenvolve tumores cance-rosos (ou quase), nem mesmo células malignas. O corpo do tubarão não apre-senta partes ósseas: com efeito, seu sistema estrutural é composto de 100% cartilagem. Só assim se explica a ausência total de vascularização.

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As principais funções da Cartilagem de tubarão

• Inibe o processo de angiogénese• Possui uma acção estimulante do sistema imunitário

A formação de um tumor canceroso implica um aporte regular em nutrientes assim como uma troca contínua com os vasos sanguíneos. Em resposta ao desenvolvimento de células malignas, o organismo cria novos circuitos sanguí-neos afim de permitir a formação de um tumor maligno e a sua nutrição regular com elementos indispensáveis ao seu crescimento. Este processo denomina-se “Angiogénese”.

Depois de muito tempo os cientistas, apoiaram a pesquisa de uma substância que poderia possuir a propriedade de inibir o processo de angiogénese. Por-tanto, uma experiência sobre a acção do pó de cartilagem de tubarão purificado farmacêuticamente, foi realizada nos anos 90. Ela permitiu constatar que a in-trodução de cartilagem de tubarão dentro de um meio de outras actividades de antiangiogénese impedindo a formação de vasos sanguíneos. Desde então, o desenvolvimento contínuo do tumor cessa. Com efeito o tumor é encapsulado por tecido fibroso e acaba por desaparecer por asfixia devido à ausência de vascularização. A cartilagem de tubarão provavelmente contém proteínas que inibem o processo de vascularização. Embora até ao dia de hoje, os cientistas não as identificaram ou isolaram.

Algures, os médicos constataram que a cartilagem de tubarão é igualmente eficaz e não tóxico em casos de fenómenos inflamatórios auto imunitários, como a artrite de origem óssea ou reumatismal. A explicação das proprieda-des anti-inflamatórias podem estar directamente ligadas à presença de uma família de hidratos de carbono complexos, chamados de mucossacáridos, pois dois constituintes anti-iflamatórios (chamados Sulfato de condroitina A e C) são bastante conhecidos no meio médico. Com efeito já se provou o efeito destas duas substâncias em tratamentos de várias inflamações. Por outro lado, os mucossacáridos contêm aminoácidos, e os especialistas pensam esses aminoácidos estimulam o sistema imunitário. O sulfato de Glucosamina contido nos mucossacáridos permite a formação das fenéras, dos tendões, da pele, dos olhos, dos líquidos sinoviais, dos ligamentos, das válvulas cardíacas, etc. Um défice em Sulfato de glucosamina pode provocar um envelhecimento precoce das funções celulares.

Recomendações

O processo de angiogénese ocorre durante a ovulação, gravidez e sobre certas condições cardiovasculares.

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É portanto de evitar a toma de pó farmacêutico de cartilagem de tubarão, nos seguintes casos:

• Mulheres que desejam engravidar;• Gravidez;• Problemas cardiovasculares, por não existir a formação de novos vasos san-

guíneos, em caso de restabelecimento do músculo cardíaco, existe o risco de diminuição do aporte de oxigénio ao coração;

• Intervenção cirúrgica, porque o organismo deverá criar novos circuitos sanguí-neos afim de cicatrizar o tecido.

Dose recomendada

O pó farmacêutico da cartilagem de tubarão não é considerado como um me-dicamento. É incluído na categoria de suplementos alimentares. A cartilagem de tubarão responde a todas as exigência farmacêuticas particularmente as bacteriológicas.

Então as doses utilizadas para o tratamento de doenças declaradas são muito elevadas (1 a 2,25 g por cada kg de peso corporal, por dia), no caso de ser utilizado como suplemento alimentar com a finalidade de estimular o sistema imunitário, aconselha-se uma quantidade diária de 2,5 g.

CAPÍTULO 9: DIVERSOS

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� A SPIRULINA

A Spirulina é uma pequena alga verde de água doce das montanhas. Esta alga isenta de iodo, mas a sua riqueza em vitaminas, minerais e aminoácidos é impressionante.

Contém cerca de 65% de proteínas e aminoácidos de excelente qualidade, in-dispensáveis à construção de tecidos e ao bom funcionamento do organismo.Os minerais e os oligoelementos: potássio, cálcio, magnésio, manganês, fós-foro, ferro, etc., encontram-se em grandes quantidades e podemos considerar a Spirulina como um precioso aliado para atenuar a maior parte das carências e para combater a anemia.

As numerosas vitaminas que ela contém, permite às Vitaminas B5, B6, B12, E, Biotina, inositol, etc. optimizar os processos metabólicos do organismo, sem esquecer a forte concentração em β-caroteno, percursor da Vitamina A

Quanto aos ácidos gordos, estes têm um papel importante na imunidade e na regulação de reacções inflamatórias. Sua acção sobre a qualidade dos cabelos e da pele é muito positiva.

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Uma certa categoria de enzimas e a presença de carotenóides conferem à Spirulina a suas propriedades antioxidantes.

Por todas estas razões, é reconhecido na Spirulina a sua capacidade em fornecer a pessoas com regime vegetariano, o essencial dos nutrientes, que faltam sem a ingestão de carne.

Spirulina natural (100%) de qualidade farmacêutica

Composição geralHumidade 8,0 %Proteínas 65,0 %Glúcidos de assimilação lenta 33,0 %Lípidos 6,5 %Carbohidratos 18,0 %Minerais 8,5 %Densidade global 0,5 kg/L

Vitaminas por 10 gβ-caroteno 23,000 UIInositol 3,300 mgBiotina 1,000 mgTiamina – Vit. B1 0,310 mgRiboflavina – Vit. B2 0,380 mgNiacina – Vit. B3 1,400 mgÁcido Pantoténico – Vit. B5 10,000 mgPiridoxina – Vit. B6 80,000 mgÁcido Fólico – Vit. B9 1,000 mgCianocobalamina – Vit. B12 30,000 mgα- Tocoferol – Vit. E 1,000 mg

Pigmentos por 10 gFicolanina 1500,0 mgClorofila 105,0 mgCarotenóides 38,0 mgβ-caroteno 13,8 mg

Ácidos gordos essenciais por 10 gγ-Linoleníco 134 mgOleíco 37 mgPalmitico 210 mgPalmitoleíco 32 mgPalmitoleníco 35 mgEstiárico 4 mg

CAPÍTULO 9: DIVERSOS

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Minerais por 10 gCálcio 113,6 mgCrómio 27,0 mgCobre 110,0 mgFerro 16,0 mgMagnésio 44,0 mgManganês 500,0 mgFósforos 84,0 mgPotássio 130,0 mgSódio 65,0 mgZinco 300,0 mg

Aminoácidos por 10 gÁcido Aspartíco 610 mgÁcido Glutâmico 890 mgAlanina 430 mgArginina 425 mgCistina 57 mgGlicina 310 mgHistidina 95 mgIsoleucina 381 mgLeucina 540 mgLicina 295 mgMetionina 133 mgFenilalanina 241 mgProlina 240 mgSerina 311 mgTiconina 300 mgTriptofano 89 mgTirosina 290 mgValina 375 mg

CAPÍTULO 9: DIVERSOS

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EXEMPLOSDE FÓRMULAS

Aspartato de Cálcio

Aspartato de Magnésio e Potássio

E.A.P. de Cálcio

E.A.P. de Cálcio, de Magnésio e de Potássio

Função hepática e renal

Depressão

Função cardíaca

Função anti-inflamatória

Complexo de vitaminas B

Reumatismo

Antioxidante

Cabelos e unhas

Stress

Fragilidade capilar

Lactobacillus acidophilus e bifidus

Função digestiva

Onagra-Borragem-Salmão

CA

PÍT

ULO

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CAPÍTULO 10: EXEMPLOS DE FÓRMULAS

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EXEMPLOS DE FÓRMULASEXEMPLOS DE FÓRMULAS

Acentua a polarização da membrana celular externa, graças a um depósitos de iões de cálcio na parte interna da membrana celular. Assim melhora a função condensadora da célulaExcelentes resultados em casos de queda de cabelo.

ASPARTATO DE CÁLCIO

L-Aspartato de cálcio 200 mg (Ca elem. 47.2 mg) + DL-Aspartato de cálcio 200 mg (Ca elem. 47.2 mg)

ASPARTATO DE MAGNÉSIO E POTÁSSIO

L-Aspartato de magnésio 250 mg (Mg elem. 18.73 mg) + L-Aspartato de potás-sio 250 mg (K elem 54.25 mg)

Facilita a produção de energia sobre a forma de ATPAjuda o fígado a eliminar o excesso de amoníaco, facilitando a sua conversão em ureia que é evacuada pelos rins.Aumenta consideravelmente a resistência cardíaca à carência em oxigénio.

E. A. P. DE CÁLCIO

Etil-amino-fosfato de cálcio 450 mg (Ca elem. 56.25 mg)

Restaura a membrana externa da célula e reconstitui a protecção natural das células contra agressões microbianas e tóxicas, tudo para permitir a entrada de substâncias nutritivas.

E. A. P. DE CÁLCIO, DE MAGNÉSIO E DE POTÁSSIO

E. A. P. de Cálcio 180 mg (Ca elem. 22.5 mg) + E. A. P. de Magnésio 180 mg (Mg elem 16.2mg) + E. A. P. de Potássio 90 mg (K elem. 19.35 mg)

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CAPÍTULO 10: EXEMPLOS DE FÓRMULAS

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Acção anti-inflamatória e regeneradora dos órgãos e tecidos.Estes três minerais actuam conjuntamente sobre o sistema nervosos central activando os seus numerosos enzimas que regularizam a actividade neuronal de modo a libertar neurotransmissores, e a transmissão eléctrica de influxo nervoso.Acção relaxante ao nível muscular (contra cãibras e palpitações cardíacas).

FUNÇÃO HEPÁTICA E RENAL

L-Cisteína 255 mg + L-Metionina 170 mg + Colina 15 mg + Inositol 85 mg + Cardus marianus 25.5 mg

• Associação de dois aminoácidos sulfurados (Cesteína e Metionina) intervêm no metabolismo hepático dos lípidos. Estes aminoácidos favorecem a desin-toxicação do organismo (particularmente pela eliminação dos metais pesados e poluentes)

• A Colina e o Inositol activam a libertação das gorduras e protegem assim as artérias dos depósitos de lípidos. A colina, particularmente, regulariza as funções: biliar, hepática e renal.

• O Cardo mariano permite regenerar as células hepáticas. Favorece o esva-ziamento da vesícula biliar e a esse título é activa em casos de insuficiência hepática.

Esta fórmula activa o metabolismo das gorduras, regulariza a função hepática e renal.Acção regeneradora em caso de hepatite tóxica ou infecciosa.Aconselhado como drenador hepato-renal.

DEPRESSÃO

L-Fenialanina 225 mg + L-Tirosina 225 mg + Ácido Glutâmico 90 mg + Vitamina B6 27 mg + Lítio elem. 1.5 mg

• A Fenilalanina contribui para uma melhor vascularização e oxigenação do cérebro

• Ao nível do cérebro, a Tirosina é convertida em Dopamina, um neurotransmis-sor relacionado com a vigilância, a atenção e equilíbrio emocional. A tirosina possui uma acção “anti-stress” e psico-estimulante.

• O ácido Glutâmico melhora o tónus vital em caso de fadiga e estados de-pressivos.

• Como participante no metabolismo dos três aminoácidos supracitados, a vitamina B6 potencializa as suas acções.

• O lítio tem um poder ansiolítico e tranquilizante.

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FUNÇÃO CARDÍACA

Magnésio elem. 45 mg + Bromelase 150 mg + Potássio elem. 20 mg + Cobre elem. 0.3 mg + Selénio 25 µg

• O magnésio intervém pela sua acção espasmólitica e protectora do sistema cardiovascular.

• A bromelase ataca os depósitos de lípidos das artérias e reduz a ateroma-tose.

• O potássio permite uma melhor nutrição do músculo cardíaco.• O cobre melhora a respiração celular e pode diminuir a carência em cobre,

observado em casos de ateromatose.• O selénio acelera o metabolismo das gorduras residual, explicando assim a

sua acção protectora do sistema cardiovascular.

CAPÍTULO 10: EXEMPLOS DE FÓRMULAS

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Esta associação poderá ter os seguintes campos de aplicação:Aumento das capacidades cerebraisLuta contra a fadiga e angustiaA constituição de reservas de aminoácidos em previsão de um trabalho intelectual intenso.

Esta composição pode ter um papel preventivo nas afecções cardíacas e coronárias, como é o caso da angina de peito.

FUNÇÃO ANTI-INFLAMATÓRIA

Uma mistura composta por Pancreatina (100 mg), Papaínase (60 mg), Rutina (50 mg), Bromelase (45 mg) e Tripsina (12 mg) em revestimento entérico pode resistir ao suco gástrico.

• A pancreatina contém diferentes enzimas donde a tripsina e a quimotripsina que inibe a formação de edemas inflamatórios e reabsorve os hematomas.

• A Papaínase e a bromelase hidrolisam as imunoglobulinas formadas na res-posta imunológica de uma inflamação.

• A rutina reforça as membranas dos capilares sanguíneos e impede as he-morragias.

• A tripsina hidrolisa as substâncias que são formadas durante as reacções inflamatórias.

Esta composição possui propriedade de actuar em manifestações inflamatórias, restabelecer a circulação sanguínea nas zonas inflamadas e regularizar o sistema imunitário com a finalidade de acelerar a resposta inflamatória (devido a uma infecção, alergia ou traumatismo).

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COMPLEXO DE VITAMINAS B

Um complexo vitaminico B, é composto essencialmente das vitaminas B1, B2, B3, B5, B6, B9 e B12

• As vitaminas do grupo B , têm um papel importante ao nível da respiração celular e contribuem assim para a libertação de energia.

• Intervêm igualmente no equilíbrio do sistema nervoso contra a fadiga, o stress e fadiga intelectual.

CAPÍTULO 10: EXEMPLOS DE FÓRMULAS

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Um tal complexo B é eficaz no caso de certas fadigas crónicasEm presença de má-nutrição ou alcoolismo, pode ser um suplemento a considerar.

REUMATISMO

Cálcio elem. 40 mg, Magnésio elem. 10 mg, Bromelase 100 mg, Sulfato de con-droitina 100 mg, Zinco elem. 2 mg, Cobre elem. 0.3 mg, Selénio 25 µg

• O magnésio e o cálcio actuam em sinergia como anti-inflamatórios e recal-cificantes.

• A bromelase actua como anti-inflamatório e drenador.• A condroitina possui propriedades anti-inflamatórias ao nível das articulações.

Ela protege as cartilagens de um desgaste prematuro.• O selénio é um antioxidante importante e intervém no tratamento de doenças

degenerativas.• O zinco e o cobre servem de suplementos, porque no caso de afecções reu-

matismais crónicas o organismo tem carência de zinco e cobre.

Esta associação pode ser aconselhada para todos os processos degenerativos e de descalcificação óssea ou articular.O seu campo de aplicação: afecções reumatismais, artroses, dores inflamatórias articulares ou ósseas.

ANTIOXIDANTE

Vitamina C natural 180 mg, Vitamina E 30 mg, β-caroteno 15 mg, Selénio 105 µg.

• Estes quatro componentes são antioxidantes poderosos, pois eles intervêm na captação de radicais livres e na diminuição do envelhecimento celular.

Esta associação é indicada como adjuvante dos tratamentos gerais de doenças devido à diminuição das defesas imunitárias.

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CAPÍTULO 10: EXEMPLOS DE FÓRMULAS

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CABELOS E UNHAS

À base de geleia real:Geleia real 125 mg, Zinco elem. 6 mg, Magnésio elem. 2 mg, Vitamina E 25 mg, L-Cisteína 5 mg, Vitamina B6 2.5 mg, Vitamina B3 2 mg

• A geleia real, extremamente rica em minerais e oligoelementos, possui uma acção estimulante sobre o crescimento das fenéras.

• O zinco tem um papel importante na síntese da queratina e assegura unhas e cabelos saudáveis.

• O magnésio activa um enzima anti-radical, que inibe os radicais livres, Assim retarda os mecanismos de envelhecimento celular que intervêm na perda dos cabelos e na fragilidade das unhas.

• A vitamina E melhora a microcirculação sanguínea da pele• A L-Cisteína luta contra a perda dos cabelos, solidificando a queratina• As vitamina B3 e B6 têm uma acção estimulante na formação de cabelos

saudáveis.

As fórmula sustenta e reforça o tónus dos cabelos e unhas. Também previne a queda dos cabelos e a fragilidade das unhas.

STRESS

Cálcio elem. 25 mg, Magnésio elem. 10 mg, Vitamina C 35 mg, Lítio elem. 0.3 mg, Zinco elem. 1.5 mg, Vitamina B6 1.2 mg, Selénio 20 µg.

• O cálcio actua ao nível do sistema nervoso central em sinergia com o magné-sio e induz um efeito tranquilizante e espasmoliítico.

• A vitamina C é um precioso adjuvante do metabolismo do magnésio• O stress é um impulsionador do envelhecimento, o selénio capta os radicais

livres e diminui o envelhecimento celular.• O lítio possui um efeito tranquilizante. Esta acção necessita de níveis adequa-

dos de cálcio e magnésio no sangue.• O zinco estimula o sistema nervoso e endócrino• A vitamina B6 intervém no equilíbrio do sistema nervoso.

Esta fórmula previne a perca de minerais e oligoelementos, consumidos em excesso nas situações de “stress”Uma tal associação pode ser aconselhada para estados de fadiga intelectual e ansiedade.

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FRAGILIDADE CAPILAR

Rutina 100 mg, Bromelase 90 mg, Tripsina 25 mg.

• A rutina diminui a fragilidade e a permeabilidade anormal dos capilares sanguíneos

• A bromelase e a tripsina facilitam a reabsorção de hematomas.

CAPÍTULO 10: EXEMPLOS DE FÓRMULAS

131

Esta composição permite lutar contra as hemorragias espontâneas ou provocadas por microtraumatismos (choques). Poderá ser útil, porque impede as hemorragias cerebrais, retinianas, nasais ou hemorroidais.Com efeito, este tipo de hemorragias provenientes de uma fraqueza de na firmeza das membranas capilares (tendência à formação de trombos, varizes e fleubites)Esta fórmula é igualmente aconselhada em medicina desportiva em casos de entorses, hematomas ou fracturas.

LACTOBACILLUS ACIDOPHILUS E BIFIDUS

Uma mistura destes dois tipos de Lactobacillus constitui um complexo nutricional regenerador e protector da flora intestinal

• Os Lactobacillus acidophilus previne as diarreias devido a antibioterapia e desordens intestinais como a flatulência e dilatação do abdómen

• Os Lactobacillus bifidus são igualmente antidiarreicos eficazes. Fixam-se sobre a mucosa digestiva, e impedem o desenvolvimento de microrganismos patogénicos.

Esta formula é particularmente aconselhada em casos de dilatação do abdómen, de flatulência, de diarreias e de outros problemas do trânsito intestinal.

FUNÇÃO DIGESTIVA

Uma mistura de Pancreatina (400 mg), Papaínase (100 mg), Bromelase (100 mg).

• A pancreatina contém diferentes tipos de enzimas, cujas amilases, as lipases e a tripsina que ajudam respectivamente, na digestão do amido, das gorduras e das proteínas.

• A pancreatina tem um papel importante na protecção do sistema cardiovas-cular, pois desloca uma quantidade de proteínas e os depósitos de gordura que se depositam nas artérias.

• A Papaínase e a Bromelase hidrolisam as proteínas em aminoácidos, que serão em seguida utilizados na produção de hormonas e outras enzimas.

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CAPÍTULO 10: EXEMPLOS DE FÓRMULAS

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Esta composição possui a propriedade de agir nas manifestações da má digestão: flatulência, dificuldade em digerir gorduras, dilatação abdominal, etc.Estas diferentes enzimas tem uma acção importante no caso de insuficiência pancreática (emagrecimento)Esta fórmula permite igualmente restituir às artérias mais fluídos evitando assim os acidentes cardiovasculares devido a depósitos sobre as paredes das artérias.

ONAGRA-BORRAGEM-SALMÃO

Uma mistura em partes iguais de óleo de Onagra, de óleo de Borragem e óleo de Salmão, enriquecida com vitamina E.

• O óleo de onagra contém ácido γ-linoléico (9 a 10%) e o ácido linoléico (70%): possui uma acção positiva sob a elastecidade da pele e representa uma ex-celente resposta aos problemas cardiovasculares

• O óleo de borragem é muito rico em ácido γ-linoléico (21 a 25%): porque permite a formação das prostaglandinas “boas”, este óleo aumenta as defesas celulares contra as agressões exteriores e previne o envelhecimento prema-turo dos tecidos cutâneos.

• O óleo de salmão apresenta uma forte concentração em ácidos gordos essen-ciais polinsaturados da série Omega 3: 18% de EPA (ácido eicosapentanóico) e 12% de DHA (ácido decosahexanóico).

• Estes ácidos gordos permitem baixar os valores sanguíneos de trigliceridos e colesterol

• Luta eficazmente contra os problemas cardiovasculares.• Possui propriedades anti-inflamatórias (dores artríticas, reumatismais, enxa-

quecas, etc.)• Devido às suas propriedades antioxidantes, a vitamina E previne a oxidação

dos ácidos gordos polinsaturados.

Esta composição equilibrada em aporte de todos os ácidos gordos essenciais indispensáveis ao equilíbrio geral do organismo, tanto ao nível da pele e fenéras, como ao nível do equilíbrio do metabolismo lipídico em caso hiperlipidémia.Como tem uma concentração forte em ácidos gordos da série Omega 3, esta fórmula representa uma excelente resposta aos problemas cardiovasculares.

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GENERALIDADES

OS APORTES DIÁRIOS RECOMENDÁVEIS

1 O β-caroteno, pró-vitamina A

1. A vitamina B1 (Tiamina)

2. A vitamina B2 (Riboflavina)

ASSOCIAÇÕESACONSELHÁVEIS

CA

PÍT

ULO

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Abuso de álcoolComplexo vitaminico B (especialmente B6 e B12)β-carotenoMagnésio

AcneCálcio EAPCálcio + MagnésioZinco + Vitamina B6Suprimir durante quinze dias os alimentos que são frequentemente con-sumidos em excesso: leite, queijo, chocolate, açúcar branco, carne, charcutaria, etc.

AleitaçãoVitaminas do complexo B (sobretudo B1, B5, B6, B9, B12)Vitamina E (pura ou sob a forma de óleo de gérmen de trigo)Ferro

AlergiasVitamina C natural (acerola)Cálcio EAPCálcio + MagnésioCobre + ZincoMSMSqualéne (óleo de fígado de tubarão) + Vitamina C natural (acerola)Frequentemente ligadas às carências em Cálcio, Magnésio, Zinco, Selénio.Encontramos frequentemente a presença de um terreno muito ácido: é aconselhado a diminuição de alimentos acidificantes, como a carne e os queijos.

AnemiaDistinge-se dois principais grupos de anemia: Ferropriva ou hipocrómi-cas (falta de ingestão de ferro) e Perniciosa (má absorção de vitamina B12)Anemia ferropénica: Ferro sozinho ou com vitamina B9, B12

CAPÍTULO 11: ASSOCIAÇÕES ACONSELHÁVEIS

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ASSOCIAÇÕES ACONSELHÁVEIS

ASSOCIAÇÕES ACONSELHÁVEIS

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Anemia perniciosa: unicamente vitamina B12Cobre + Zinco nos dois casos, porque facilita a formação de hemo-globinaAtenção em caso de cancro: A célula cancerosa tira um maior proveito do aporte de ferro que a célula sã.

Angustia, AnsiedadeCálcio + Magnésio + LítioLítio (Li elem. 2 a 6 mg)

ArtriteInflamação das articulações muitas vezes devido a uma reacção auto-imuneCálcio EAPMagnésio + CálcioVitamina B6 + ZincoBromelaseVitamina E (pura ou sob a forma de óleo de gérmen de trigo)Squaléne (óleo de fígado de tubarão) + Vitamina C natural (acerola)β-carotenoMSMCertos alimentos favorecem o recrudescência de manifestações dolo-rosas: queijos fermentados, leite, carne, charcutaria, açúcar (sobretudo o branco refinado), etc.

ArtrosePara regenerar a cartilagem, é imperativo associar o Sulfato de condroi-tina e a GlucosaminaCálcio + MagnésioCartilagem de tubarãoBromelaseSqualéne (óleo de fígado de tubarão) + Vitamina C natural (acerola)Uma higiene alimentar é indispensável: evitar as carnes e os queijos, su-primir a charcutaria e dar preferência ao peixe, legumes e frutas frescas, cereais completos, etc., e tomar 2 copos de vinho tinto por dia.

Astenia (fadiga, enfraquecimento)Complexo vitaminíco BVitamina C natural (acerola)Multiminerais

AsmaEAP de Cálcio / Magnésio /PotássioÓleo de onagraVitamina B6

CAPÍTULO 11: ASSOCIAÇÕES ACONSELHÁVEIS

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Suprimir os queijos fermentados, o chocolate, produtos lácteos, açúcar branco.

CãibrasEAP de Cálcio /Potássio /MagnésioMagnésio + PotássioBromelase + PapaínaseseVitamina C natural (acerola)

Cálculos biliaresCardo mariano (Silimarina)Lítio (Li elem. 2 mg, 3 vezes ao dia) actua como solvente

Cálculos hepáticosCardo mariano (Silimarina)Lítio (Li elem. 2 mg, 3 vezes ao dia) actua como solvente

Cálculos renaisLítio (Li elem. 2 mg, 3 vezes ao dia) actua como solvente

CancroTodos os antioxidantesVitamina C natural (acerola)Vitamina Eβ-carotenoSelénioBromelase + PapaínaseseSqualéne (óleo de fígado de tubarão)TaurinaMagnésioLicopéne de tomate e todos os carotenóidesOPC das uvas pretas e todos os flavonóidesCartilagem de tubarão como inibidor da angiogéneseSuprimir durante alguns meses as proteínas animais e substituir pelas proteínas vegetais, como a soja ou a Spirulina.

Cardiovasculares (problemas)Vitamina B3Magnésio + Potássio + Ferro + Cobre + SelénioLítio (+ Cálcio + Magnésio)BromelaseCo Q10CarnitinaTaurina (participa no equilíbrio Ca-K no músculo cardíaco)

CAPÍTULO 11: ASSOCIAÇÕES ACONSELHÁVEIS

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Óleo de borragem, Óleo de onagra e Óleo de peixeTodos os carotenóides e flavonóides (impedem a oxidação do coles-terol)

CeluliteVitamina C natural (acerola)Vitamina B6ColinaAminoácidos: Metionina, LisinaBromelaseCarnitina

Circulatórios (problemas)Pés e mãos frios, pernas pesadasVitamina C natural (acerola)Vitamina B5Cálcio + MagnésioRutina e todos os bioflavonóidesBromelase e PapaínaseseTaurinaSqualéne (óleo de fígado de tubarão) + Vitamina C natural

CistiteZinco + Vitamina B6MagnésioSqualéne (óleo de fígado de tubarão) + Vitamina C Suprimir da alimentação durante vários dias os açúcares rápidos e os farináceos.

ContusãoRutina e todos os flavonóidesBromelaseTripsina

CrescimentoComplexo vitaminíco BVitamina C natural (acerola)Importante aporte de CálcioFerro, Cobre, ZincoLecitina de soja (fosfolípidos cerebrais)Lisina

Depressão nervosaVitamina C natural (acerola)

CAPÍTULO 11: ASSOCIAÇÕES ACONSELHÁVEIS

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Vitaminas do complexo B, sobretudo:B6 à razão de 100 mg, por diaB9 à razão de 30 mg, por diaB12 à razão de 1000 a 2500 mg, 1 a 2 vezes por semana

Aminoácidos, nomeadamente a Fenilalanina, Tirosina, Ácido Glutâ-micoZinco + Vitamina B6Cálcio + Magnésio + Lítio

DesportoAminoácidos: Leucina + Isoleucina + Valina

Glutamina e Ácido Glutâmico Lisina Sobretudo: Carnitina

Ácidos gordos essenciais: Ácido γ- linoléico, EAP, DHA: Óleo de Bor-ragem + Óleo de Onagra + Óleo de Peixe.Minerais e oligoelementos: Cálcio, Magnésio, Potássio, Selénio, ZincoVitamina C natural (acerola)Bromelase + Papaínase para renovação proteica

DermatosesZinco + Vitamina B6β-carotenoVitamina E (sob a forma de óleo de gérmen de trigo, por exemplo)Vitamina B1, B3, B6Óleo de Onagra

DiabetesCrómio, Magnésio, Manganês, Selénio, Zincoβ-carotenoCarnitinaLecitina de sojaUma restrição alimentar em açúcares rápidos é indispensávelSubstituir o pão branco por pão completo

DiarreiaLactobacillus acidophilus e bifidusÁgua de arroz e sumo de cenoura durante uma semana.

Digestão lentaOs enzimas digestivos (Bromelase, Tripsina, Pancreatina, Papaínase, Amilase) + Rutina; igualmente fibras alimentares (FOS e Arabinogalac-tano)

CAPÍTULO 11: ASSOCIAÇÕES ACONSELHÁVEIS

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• Estimulação do metabolismo dos lípidos: Crómio, Selénio, Colina, Inositol, Lipase, Papaínase, Creatina, Carnitina, Lecitina, Óleo de Borragem e de Onagra.

• Estimulação do metabolismo das proteínas: Pancreatina, Bromelase, Papaínase

• Estimulação do metabolismo dos açúcares: Vitamina B1, Crómio, Magnésio, Amilase, Carnitina.

EczemaVitamina E (óleo de gérmen de trigo)Zinco + Vitamina B6Cálcio EAPCálcio + MagnésioÓleo de OnagraAconselhável: Drenar o fígado regularmente

Evitar os açúcares rápidos e as farinhas brancas Dependendo da crise retirar ou reduzir as charcutarias e os queijos fermentados

EdemaCálcio EAPCálcio + MagnésioMSM

Embranquecer do cabeloVitamina B5, B6 e B9Cobre (em associação com PABA)

EnvelhecimentoTodos os antioxidantes, captam radicais livresβ-carotenoVitamina C natural (acerola)Cobre, Manganês, SelénioCálcio + MagnésioZinco + Vitamina B6Cálcio EAPSqualéne (óleo de fígado de tubarão)Lecitina de sojaÓleo de Borragem, de OnagraTaurina e MetioninaVitamina E (óleo de gérmen de trigo)

CAPÍTULO 11: ASSOCIAÇÕES ACONSELHÁVEIS

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EnxaquecaVitamina B1Cálcio + Magnésio + Lítio

FenérasPara cabelos e unhas saudáveisZinco + Vitamina B6Cisteína, CistinaMSMTodos os minerais e oligoelementos, particularmente Cálcio, Magnésio, Manganês, ZincoÓleo de Borragem, de Onagra e de Peixe

Fermentação intestinal (flatulência)Lactobacillus da flora intestinal (acidophilus, bifidus, caseí, etc.)Fibras alimentares (FOS, Arabinogalactano)

FígadoCálcio, Magnésio, LítioCálcio EAPColina + InositolTaurinaCisteínaMetioninaCardo mariano (Silimarina)

FumadoresVitamina C natural (acerola)Vitamina EVitamina B1, B3β-carotenoSelénioCisteina, Fenialanina, 5-H.T.P.Não esquecer todos os antioxidantes vegetais (carotenóides e flavonói-des) que possuem propriedades anticancerisgenas.

GotaExcesso de ácido úrico no sangue, alimentação com excesso de carneEm caso de crise, ver inflamaçãoLítio (Li elem. 2 mg, 3 vezes por dia), como solvente do ácido úricoSuprimir durante alguns dias: charcutaria, queijos fermentados, carne, peixe e mariscos.Beber 1 litro de decocção de Tília, por dia e tisana de Urtigas pi-cante.

CAPÍTULO 11: ASSOCIAÇÕES ACONSELHÁVEIS

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GripeVitamina C natural (acerola)Cobre + ZincoSelénio

GravidezVitamina B5, B9, B12Vitamina C natural (acerola)Vitamina E natural (óleo de gérmen de trigo)Ferro, zinco, Cálcio, MagnésioÁcidos gordos Omega 6: óleo de soja, óleo de cártamo, óleo de noz, óleo de colza, Óleo de Borragem ou de OnagraÁcidos gordos Omega 3: óleo de Peixe

HemorragiaCardo mariano (Silimarina): HomeostáticoFerro sozinho ou com Vitamina B9, B12 (para a formação de hemoglo-bina)

HemorróidasCálcio + MagnésioBromelase + PapaínaVitamina C (acerola)Vitamina E (óleo de gérmen de trigo)Em caso de sangramento, ver hemorragia

HerpesZinco + Vitamina B6Squaléne (óleo de fígado de tubarão)Cálcio EAPSuprimir os açúcares rápidos e os farináceos brancos.Tripsina + Quimotripsina

HipercolesterolémiaÓleo de Soja e CártamoÓleo de Peixe (+ óleo de Borragem e Onagra)Lecitina de sojaInositolBromelase + PapaínaseseTaurina e MetioninaVitamina C natural (acerola): 1 g por diaMagnésio (Mg elem. 35 mg, 2 vezes por dia)Co Q10

CAPÍTULO 11: ASSOCIAÇÕES ACONSELHÁVEIS

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HipertensãoBromelase + PapaínaseseCálcio + Magnésio + LítioTaurina

HipotensãoFrequentemente associada a uma carência em vários minerais: Cálcio, Magnésio, Potássio, etc.Complexo total de mineraisMagnésio em particularVitamina E (óleo de gérmen de trigo)

Inflamações (afecções respiratórias, asma, dermatite, artrite, gota, etc.)Cálcio + MagnésioCálcio EAP (para reforçar a membrana celular)EAP de Cálcio /Potássio /MagnésioBromelase + Papaínasese + Pancreatina + TripsinaRutinaÓleo de Borragem, de OnagraMSM

InsóniaCálcio + Magnésio + LítioTaurina5-H.T.PMetioninaLecitina de soja

Imunitário (reforço)Vitamina C natural (acerola)Co Q10Cobre + ZincoSqualéne (óleo de fígado de tubarão) + Vitamina CCartilagem de tubarão

Memória e concentraçãoVincocetinaHuperzina AColina + InositolLecitina de sojaZinco + Vitamina B6Complexo vitaminíco BLeucina, Isoleucina, Valina

CAPÍTULO 11: ASSOCIAÇÕES ACONSELHÁVEIS

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CAPÍTULO 11: ASSOCIAÇÕES ACONSELHÁVEIS

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MenopausaWild YamSoja (isoflavonóides)Óleo de Borragem, de OnagraComplexo mineral à base de cálcio (previne a osteoporose)Neuro-musculares (problemas):Cálcio + MagnésioPotássio, ManganêsColina

Obstipação (prisão de ventre)Fibras alimentares (por ex. FOS, Arabinogalactano)Lactobacillus da flora intestinal (acidophilus, bifidus, etc.)Comer pão completo, beber sumo de ameixa e tratar o fígado (ver fígado)

OsteoporoseWild yamLisinaCálcio + Magnésio em aporte regularCálcio EAP em tratamento de três semanas

Pâncreas (problemas):Devido a uma deficiência em suco pancreáticoSe é uma insuficiência em insulina, ver diabetes.Cálcio, Magnésio, Lítio, ZincoPancreatina sozinha ou com Bromelase e Papaínase

Pílula contraceptivaA pílula contraceptiva destrói muitas vitaminas e mineraisA sua constante toma provoca um desequilíbrio do balanço Cobre Zinco, com um excesso de cobre e uma carência em zinco, que explica as frequentes enxaquecas em mulheres que tomam a pílula contraceptiva.Óleo de Borragem, de OnagraVitamina B6, B8, B9Crómio Ferro, Magnésio, Selénio, Zinco

Problemas de peleβ-carotenoZinco, SelénioVitamina B3 e B5Vitamina C natural (acerola)Vitamina E (óleo de gérmen de trigo)Óleo de Borragem e de Onagra

Próstata

CAPÍTULO 11: ASSOCIAÇÕES ACONSELHÁVEIS

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Zinco + Vitamina B6Cálcio EAPVitamina E (óleo de gérmen de trigo)Tomar regularmente tisanas de Epilóbio (Epilobium parviflorum) e de extracto de pevides de abóbora

Queda de cabeloComplexo B (sobretudo B3, B5, B6 e B8)Complexo mineral (Cálcio, Ferro, Magnésio, Zinco e Manganês)β-carotenoInositolCisteína, Cistina, Metionina.

RugasÓleo de Borragem, de OnagraMSMSelénioVitamina C natural (acerola): Para a síntese do colagénioVitamina E (óleo de gérmen de trigo)

ReumatismoComplexo mineral que contenha: Cálcio, Magnésio, Zinco, Manganês, Cobre, SelénioSulfato de condroitinaGlucosaminaCálcio EAPCálcio + MagnésioSqualéne (óleo de fígado de tubarão)BromelaseSuprimir todos os alimentos que favoreçam a inflamação e que aumen-tem a dor: queijos fermentados, produtos lácteos, charcutaria, carnes, chocolate e todos os açúcares brancos.

Síndrome pré-menstrualÓleo de OnagraWild Yam

StressO stress é um verdadeiro ataque às vitaminas e mineraisAs vitaminas B (sobretudo B5 e B10) e a C, o Magnésio e o Cálcio, são as suas “presas” preferidasCálcio + Magnésio + LítioAo nível alimentar, devemos suprimir ou diminuir: Café, chá, coca-cola, chocolates, açúcares rápidos que aumentam a ansiedade e a irritabilidade.

CAPÍTULO 11: ASSOCIAÇÕES ACONSELHÁVEIS

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Acidente vascular cerebral: Dano ocasionado aos neurónios por obstrução de uma artéria ou por consequência de uma hemorragia cerebral.

Acetilcolina: Neurotransmissor secretados por certas terminações nervosas. Tem papel muito importante na memorização. É sintetizada a partir da colina e da vitamina B5.

Aminoácido: Elemento constituinte das proteínasAminoácido sulfurado: Aminoácido que contém enxofre: Metionina, Cisteína, Cis-

tina Taurina.Ácido gordo: Elemento principal das matérias gordas. Um ácido gordo apresenta-

se sob a forma de uma longa cadeia de átomos de carbono. Porque cada carbono está ligado a um número máximo de átomos de hidrogénio que pode aceitar, ficando um ácido gordo saturado. Pelo contrário, quando 2 átomos de carbono estão juntos numa dupla ligação poderão aceitar 2 átomos de hidro-génio, ficando um ácido gordo monosaturado. Porque na cadeia de carbonos existe mais de uma dupla ligação, diz-se que o ácido gordo é polinsaturado.

Ácido nucleíco: Molécula orgânica, de onde se distingem 2 tipos: o DNA e o RNA, que contém o programa genético de cada célula.

Adiposo (tecido): Tecido de armazenagem de reservas energéticas sobre a forma de gorduras.

ADN (ácido desoxiribonucleíco): Material genético do organismo vivos situado ao nível dos cromossomas no interior do núcleo de cada célula.

Adrenalina: Hormona secretada pelas glândulas supra-renais, em resposta a uma situação de stress. Esta é sintetizada a partir de um aminoácido, a Tirosina.

Afrontamentos: Sensação de calor ao nível do tórax e da cara, acompanhada por uma transpiração excessiva, e com o espaçamento do período menstrual ou a sua total ausência (pré-menopausa ou menopausa)

Alimentos Probióticos: Estes contêm Lactobacillus que sobrevivem à maior parte da passagem pelo tubo digestivo. Eles asseguram o bom funcionamento da flora intestinal.

Alergia: Hipersensibilidade do sistema imunitário a corpos estranhos inofensivos. Os sintomas mais correntes: erupções cutâneas, febre do feno, asma, etc.

Alopécia: Queda prematura de cabelo (geralmente temporária)Alzheimer (doença de): Degenerescência do cérebro, que é acompanhada de

perda de memória e conduz à demência. A origem desta doença é desco-nhecida, mas estudos recentes designam os radicais livres como possíveis responsáveis.

LÉXICO

14�

LÉXICOLÉXICO

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Androgénio: Hormona sexual masculina, como a Testoesterona.Anemia: Empobrecimento do sangue em hemoglobina e glóbulos vermelhos im-

pedindo o transporte de oxigénio a todas as células do organismo e falência generalizada.

Anemia perniciosa: Empobrecimento do sangue em hemoglobina e glóbulos ver-melhos provocado por carência em vitamina B12.

Anticorpos: Substância secretada pelo sistema imunitário, porque corpos estranhos (antigénios) se encontram no sangue. Os anticorpos reagem especificamente a estes corpos estranhos, aglutinando-se para os destruir

Antigénio: Corpo estranho ou identificado como tal (por ex. pólens no caso de uma reacção alérgica) que podem provocar a produção de anticorpos.

Anti-histamínico: Molécula que se opõe aos efeitos da histamina (secretada pelo organismo quando de fenómenos inflamatórios do tipo alérgico); utilizados no tratamento das alergias.

Antioxidante: Substância que protege os tecidos dos estragos ocasionais pelos radicais livres. Os principais antioxidantes do organismo são as vitaminas C e E, os carotenóides (β-carotenos e licopenes), os aminoácidos: cisteína, e taurina, e certos enzimas (glutatião, peroxidase, catalase, superoxidodismutase)

ARN (ácido Ribonucléico): Ácido nucleíco encarregado preparar dirigir a informa-ção genética do ADN do núcleo da célula para o citoplasma, ao nível do qual ele fixa o programa para a fabricação das proteínas.

Arteriosclerose: Perca da elasticidade e endurecimento progressivo das artérias.Arterite: Afecção arterial de origem inflamatóriaArtrite: Afecção articular de origem inflamatóriaAstenia: É a fadiga física ou psíquicaArteriosclerose: Espessamento das artérias devido à acumulação de depósitos

de partículas de colesterol oxidado por forma a formar placas de ateromas, que diminuem o calibre da artéria e reduzem a passagem do sangue, podendo conduzir a um enfarte ou a um AVC.

ATP (adenosina trifosfsto): Molécula rica em energia, usada na combustão dos glúcidos (açúcares), dos lípidos (ácidos gordos), das proteínas (aminoácidos) que são armazenados nas células.

Biodisponibilidade: Assimilação e utilização de uma substância pelo organismo.Cancerisno: Substância capaz de provocar um cancro como os hidrocarbonatos de

cloro, nitrosaminas, o amianto, os raios radioactivos, etc.Carotenóides: Corantes vegetais naturais, que fazem parte do β-caroteno. Actual-

mente são conhecidos cerca de 500 carotenóides que na sua maior parte têm efeitos positivos na saúde.

Catabolismo: Processo de degradação de compostos orgânicosCatecolaminas: Neurotransmissores sintetizados a partir dos aminoácidos Fenilala-

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nina e tirosina. As principais catecolaminas são a Dopamina, a Adrenalina e a Noradrenalina.

Célula: Unidade básica da matéria viva. As células são envolvidas por uma mem-brana permeável, que selecciona as substâncias que entram para o interior ou que saem para o exterior. As células contém um núcleo que encerra o material genético.

Coenzima: Substância necessária ao bom funcionamento de um sistema enzi-mático. O coenzima alia-se à enzima para a activar. Os coenzimas são mais solúveis que as vitaminas ou que os minerais.

Colagénio: Proteína do tecido conjuntivo, responsável pela estabilidade e elasteci-dade da pele e das cartilagens.

Cortisona ou Corisol: Hormonas esteróidianas, secretadas pelas glândulas supra-renais

Dopamina: Neurotransmissor implicado nos estados de atenção e vigilância.Edema: Tumefacção dos tecidos por plasma sanguíneo. Na febre dos fenos muitas

vezes aparecem edemas nas pálpebras.Enzima: Molécula proteica que acelera as reacções bioquímicas sem que sofram

modificações. Os enzimas são reconhecidos pela sua terminação “ase”.Estrogénio: Hormona sexual feminina que origina os caracteres sexuais secundá-

rios (seios e formas femininas) que aparecem na mulher.Estudo clínico: Ensaio terapêutico que visa medir a eficácia de um tratamento,

suplementação ou modificação da alimentação num grupo de pessoas especial-mente vigiadas. Um outro grupo de pessoas recebe ao mesmo tempo um outro tratamento ou nenhum tratamento, procedendo-se a um estudo controlado.

Epidemiologia: Ciência que estuda o aparecimento e as variações quantitativas e qualitativas das doenças.

Fibras alimentares: Substâncias fibrosas vegetais não digestíveis. As bactérias intestinais alimentam-se destas fibras, multiplicando-se por este processo, elas protegem a flora intestinal.

Fenéras: Protectores da epiderme: cabelo, unhas, pêlos.Flora intestinal: Flora bacteriana natural da parte inferior do intestino delgado e de

todo o intestino grosso. É importante para uma digestão normal e para o bom funcionamento do sistema imunitário.

Genes: Portadores da informação genética. Encontram-se dentro dos cromosso-mas, no interior do núcleo de cada célula.

Glúcidos (hidratos de carbono): São uma das três fontes de energia da alimen-tação (com os lípidos e as proteínas), são os mais rapidamente usados por numerosas células, em particular ao nível do cérebro.

Histamina: Substância química libertada por certas células do sistema imunitário (os mastócitos) em resposta a uma reacção alérgica. Ela provoca prurido, rubor e edemas.

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Hormonas: Substância química libertada pelas glândulas endócrinas (hipófise, ti-róide e supra-renais) ou exocrinas (pâncreas) e que regulam numerosas funções corporais.

Krebs (ciclo de): Série de reacções celulares que permite a libertação de energia a partir das três fontes de energia (glúcidos, lípidos e proteínas) sobre a forma de ATP (molécula portadora de energia).

Leucotrienos: Substância química libertada por certas células do sistema imuni-tário por alergias ou reacções imunitárias. Provocam uma broncoconstricção e consequente dispneia.

Lípidos: Com os glúcidos e as proteínas, são uma das três fontes de energia da alimentação. Estes são moléculas de matéria gorda que se decompõem em colesterol, Trigliceridos e ácidos gordos com longas cadeias de carbonos.

Linfócitos: Células específicas de glóbulos brancos que produzem anticorpos do sistema imunitário. Eles estão presentes na medula, no baço, no timo e nos gânglios linfáticos.

Metabolismo: Compreende todas as transformações bioquímicas que acontecem no organismo.

Micrograma (µg): Uma milionésima parte do grama.Miligrama (mg): Uma milésima parte de 1 grama.Molécula: Partícula química composta por átomos ligados uns aos outros. Uma

molécula de água compõe-se, por exemplo, por um átomo de oxigénio e dois átomos de hidrogénio .

Mutação: Modificação súbita da informação genética de uma célula, espontânea ou provocada por mutagéneses.

Neurotransmissores: Substâncias químicas que permitem a transmissão da infor-mação no cérebro e que influência de forma determinante o humor, o apetite, a atenção, a libido, as emoções, o pensamento, a memorização, etc. Hoje em dia são conhecidos cerca de 120 neurotransmissores; os mais estudados são a dopamina, a noradrenalina, a acetilcolina, a serotonina.

Osteoporose: Descalcificação óssea, o seu aparecimento é maior em mulheres de uma certa idade após a menopausa e é responsável por fracturas e abatimento das vértebras.

Oxidativo (“stress”): Níveis de perda moleculares e celulares associados à oxida-ção por radicais livres.

Oxidação: Em bioquímica, a oxidação é a combustão de um corpo por contacto com o oxigénio. Em química, e de forma mais generalizada, são uma série de reacções que se traduzem por uma perda de electrões.

Parkinson (doença de): Doença do sistema nervoso ligada à diminuição da taxa do neurotransmissor dopamina. É caracterizada por tremores incontroláveis e rigidez muscular.

Peróxidos: compostos de oxigénio muito oxidantes, podem destruir a estrutura das

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células. Mas também são utilizados pelo sistema imunitário para defesa contra certos intrusos.

Percursor: Substância química que pode ser transformada noutra substância dife-rente.

Pré-menstrual (síndrome): Recrudescência de dores mamarias, dilatação e sensa-ção de peso na região abdominal, retenção de líquidos e aumento de peso.

Prostaglandinas: Grupo de substâncias químicas próximas das hormonas proce-dentes da transformação do ácido linoleíco e α-linoleíco. Possuem efeitos fisio-lógicos possantes (baixam a tensão arterial, resposta inflamatória, etc.)

Proteínas: Juntamente com os glúcidos e os lípidos são uma das três fontes de energia da alimentação. O organismo utiliza-as para construir, conservar e re-parar os tecidos como também para formar os enzimas.

Pro-vitamina: Substância que se pode transformar numa vitamina. Por exemplo, o β-caroteno é uma pro-vitamina da vitamina A.

Quelatos: Composto molecular que capta os minerais.Quelatar: Acto de captar mineraisRadicais livres: Moléculas altamente reactivas que atacam as células saudáveis e

provocam lesões. De muitas numerosas funções fisiológicas geradas pelos radi-cais livres (reacções imunitárias, esforços físicos intensos, luta contra a poluição interna como o excesso de álcool, de tabaco, de stress fisiológico, etc.) os seus efeitos podem ser compensados pela presença de antioxidantes. Assim que os níveis de radicais livres aumenta ou o aporte de antioxidantes diminui, cria-se um desequilíbrio, que pode provocar danos em todos os elementos da células: membrana, proteínas, genes, etc. A maior parte das lesões assim provocadas são reparáveis, mas com a idade esta faculdade de reparação diminui. A acu-mulação de lesões não reparadas explica fenómenos de senescência e o apa-recimento de patologias degenerativas que com a idade a frequência aumenta.

Receptores: Locais específicos existente na membrana de uma célula, noa quais se podem agregar as moléculas como as hormonas e os neurotransmissores.

Redução: Reacção química que se traduz por um ganho de electrões para o agente reductor e consequente perca de electrões no agente oxidado.

Serotonina: Neurotransmissor implicado no controlo dos impulsos e agressividade. É sintetizada a partir do aminoácido Triptofano, com a ajuda da vitamina B6.

Substância sintética: Substância fabricada artificialmente em laboratórios, para oposição às substâncias naturais fabricadas pelo organismo.

Suplementação: Consumo de vitaminas e minerais (ou outros nutrientes) que são tomados na alimentação. As vitaminas e os minerais são deste modo absorvidos sob a forma de cápsulas, pó, comprimidos, líquidos bebíveis são chamados de suplementos.

Supra-renais (glândulas): Duas glândulas situadas, cada uma em cima de cada rim. Elas produzem e secretam hormonas: Cortisol, adrenalina, noradrenalina em

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resposta ao stress fisiológico e físico.Superoxido Dismutase (SOD): Enzima antioxidante que contém zinco, cobre e

manganês. Seu papel principal é neutralizar o radical superóxido.Síndrome: Conjunto de sintomas que se encontram em doenças diferentes, não

sendo suficiente para caracterizar a doença.Sintoma: Característica de uma doença ou de um problema metabólico exte-

riorizado.Sinergia: Acção combinada de várias substâncias, onde os efeitos são supe-

riores à soma dos seus efeitos individuais.Sistema imunitário: Sistema de defesa do organismo. Ele protege contra intru-

sos (vírus, bactérias, etc.) e substâncias estranhas ao organismo.Vasoconstrição: Diminuição do diâmetro de um vaso sanguíneo.Vasodilatação: Aumento do diâmetro de um vaso sanguíneo.

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Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

1. Generalidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62. Aporte diário recomendado (A.D.R.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73. Travar o envelhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

Capítulo 1: As VitaminasGeneralidades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10Aporte diário recomendado (A.D.R.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111. β- Caroteno, a pro-vitamina A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112. As vitaminas do complexo B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

2.1. A vitamina B1 – Tiamina. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142.2. A vitamina B2 – Riboflavina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162.3. A vitamina B3 – Nicotinamina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172.4. A vitamina B5 – Ác. Pantoténico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 192.5. A vitamina B6 – Pirodixina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 212.6. A vitamina B8 – Biotina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 222.7. A vitamina B9 – Ácido fólico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 232.8. A vitamina B12 – Cianocobalamina. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

3. A vitamina C – Ácido ascorbico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 274. A vitamina E - α-Tocoferol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

Capítulo 2: Os Minerais e os OligoelementosGeneralidades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34Os transportadores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

1. Os minerais1. Cálcio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 372. Ferro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 403. Magnésio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 424. Potássio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

2. Os oligoelementos1 Crómio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 462. Cobre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 483. Lítio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 494. Manganês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 515. Selénio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 536. Zinco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

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7. Enxofre. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56

Capítulo 3: As Paravitaminas1. A colina. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 602. O inositol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 613. O PABA – Ác. Para amino benzóico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 614. A rutina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

Capítulo 4: Os enzimasGeneralidades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 641. Amilase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 702. Lipase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 713. Tripsina e quimotripsina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 714. Pancreatina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 715. Bromelase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 726. Papaínase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 727. Co enzima Q10. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73

Capítulo �: Os AminoácidosGeneralidades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78 1. Tirosina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80 2. Fenilalanina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81 3. Cisteína . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 4. Glutamina e Ácido Glutâmico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 5. Metionina. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 6. Triptofano e o 5-HTP. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84 7. Leucina, Isoleucina e a Valina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85 8. Lisina. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86 9. Carnitina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8610. Taurina. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88

Capítulo �: Os FosfolípidosGeneralidades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 901. Lecitina de soja . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91

Capítulo �: Os Óleos Generalidades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 941. Óleo de Borragem e Óleo de Onagra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 942. Óleo de Peixe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 973. Óleo de Gérmen de trigo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 974. Óleo de Lecitina e Cártamo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 985. Óleo de Tubarão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99

Capítulo �: Os extractos de plantasGeneralidades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102

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1. A Diogenina (raiz de Wild yam) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1022. Os Isoflavonóides (grãos de soja) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1063. A Vincocetina (grãos de Vinca major) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1084. A Huperzina A (folha de Huperzina serrata) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1095. Silimarina (grãos de Cardus marianus) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109

Capítulo 9: Diversos1. Os Probióticos (Lactobacillus) e Prebióticos (Fibras alimentares) . . . . 1122. Os Carotenóides e Flavonóides . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1143. O MSM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1164. A Condroitina e a Glucosamina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1185. A Cartilagem de tubarão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1206. A Spirulina. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122

Capítulo 10: Exemplos de Fórmulas1. Exemplos de Fórmulas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126

Capítulo 11: Associações aconselháveis1. Associações aconselháveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134

Léxico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146

Índice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152

Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155

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