Os Novos Diálogos Herméticos, Vol. 2

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Edição eletrônica revista e atualizadaAno de 2009

Aquarela da capa deMaria João Sacagami

Canalização de José das Dores

Centro Lusitano de unificação Culturaldo Brasil

[email protected]

Esta obra está protegida por direitos autorais, sendo proibidaa sua reprodução, no todo ou em parte, sem a expressa

autorização do autor. 

ISBN: 85–85850–04–3

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Este livro inclui perguntas de dis-cípulos e respostas dos Mestres, sobo tema geral de

“A Lei Universal do Amor”.

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Discípulo: — É verdade que não devemos socor-rer um Irmão em situação econômica difícil, por

força da Lei do Carma, admitindo que, carmica-mente, ele tem que passar por essa provação?

Mestre:  — Quem tem que julgar os problemascármicos dos indivíduos e das coletividades sãoos Senhores do Carma, através de Seus Conse-lhos Cármicos. O dever de todos aqueles que

encontram um Irmão nesse tipo de situação é o deajudar, na medida de suas possibilidades. A Lei doAmor assim o obriga. Ajudar não significa somentelhe dar ou emprestar alguns recursos monetários;mais do que isso, é necessário lhe dar vossa aten-ção, vosso Amor e vosso conselho amigo. Porvezes, um conselho ministrado com sabedoriapode surtir efeitos tendentes a modificar a vida do

indivíduo em causa, dando-lhe a oportunidade dereverter a situação em que se encontra. Os vossosbons ofícios no sentido de lhe ajudar a encontrarum novo emprego, ou um novo ramo de negócioou atividade, podem também ser preciosos.

Discípulo:  — De que forma podemos ajudar al-guém que se encontra acometido de doença físi-ca?

Mestre: — Relembrando as palavras, e principal-mente as ações, d'Aquele que há dois mil anosvos veio dar o exemplo do Amor. Imitando-O aju-

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dareis qualquer um. Vós deveis aprender a mani-pular energias, como Ele sabia e como Ele de-

monstrou. Através de vossas mãos, mas principal-mente de vossos corações, podem fluir as corren-tes benéficas dos Raios da Cura, da Consolação,do Amor. Deveis ajudar o vosso próximo pelo de-senvolvimento de vossos dons extra-sensoriais(que todos possuís, em grau mais ou menos de-senvolvido) para que assim melhor possais Servir.

Muitas vezes, vossa ação, como a dos médicos eoutros profissionais da saúde, não irá surtir efeitosvisíveis nos corpos físicos, caso a hora cármica dodoente assim o determine. Mas é um esforço quedeveis de qualquer forma fazer; essas energiasnão se perderão, sendo aproveitadas pelas entida-des superiores para auxiliar o doente em outrosaspectos, além do retorno que as vossas boas

ações e intenções faz naturalmente recair sobrevós próprios.

Discípulo: — Se um discípulo toma sobre os om-bros a responsabilidade de servir toda a Humani-dade, como pode perder tempo com os problemasespecíficos de um ou outro irmão carente?

Mestre: — A prática do Bem, o exercício do Amor,a dádiva altruísta, nunca são perda de tempo.Quanto mais elevado é o grau evolutivo do discí-pulo, maiores as suas responsabilidades no auxílioa todos e a cada um. O Serviço parte do particular

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para o geral. Como pode alguém pretender auxiliartoda a Humanidade se fecha seus olhos e seu

coração às necessidades do próximo? Nessa pes-soa está realmente materializada toda a Humani-dade num determinado momento. Nela está Deustambém e através do serviço a ele estareis igual-mente servindo a Deus.

Discípulo: — As autoridades planetárias parecemagora (finalmente) motivadas para a preservaçãoda Natureza e dos ecossistemas. Toda a destrui-ção levada a cabo, principalmente nos últimos 150anos, pode considerar-se um ato de coletivo desa-mor?

Mestre:  — Que se trata de um ato de desamornão é necessária muita reflexão para concluir. Quetenha sido um ato coletivo, já é uma inverdade. Adevastação sistemática foi levada a cabo, não pelacoletividade, mas por pequenos grupos de indiví-duos, altamente egoístas, que decidiram apropriar-se em proveito próprio daquilo que, isso sim, é umbem da coletividade: o meio ambiente em quevivemos.

Discípulo:  — Como Lei do Carma é, de algumamaneira, sinônimo de Lei do Amor, o que aconte-cerá carmicamente aos indivíduos que assim têm

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procedido?

Mestre:  — Conforme têm vindo a desencarnar,têm sido encaminhados para esferas que lhes sãoafins. Aí se desenrolarão as suas próximas encar-nações, precisamente no meio de devastaçãoequivalente à que procuraram implantar na Terra.

Discípulo:  — Isso refere-se tanto aos agentesativos (executores) quanto aos passivos(industriais, agrários, madeireiros, caçadores, ci-entistas, etc)?

Mestre:  — Todos eles partilham de uma quota-parte das responsabilidades cármicas, embora em

proporções diferentes, como é compreensível. Nocaso a que nos referimos direi que, nas esferasonde estão a reencarnar, os executores de ontemsão os mandantes de hoje, os executores de hojeserão os mandantes de amanhã e vice-versa.Assim funciona a Lei do Carma que, como disses-tes, é, de alguma maneira, sinônimo de Lei doAmor.

Discípulo: — Será ainda possível salvar o planetada situação em que se encontra e restaurar o e-quilíbrio ecológico natural?

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Mestre: — As linhas evolutivas que já foram dizi-madas não poderão ser recriadas, nem por meios

naturais (porque na Natureza não existe regres-são), nem por meios artificiais (porque o Homemnão tem poderes para tal). No entanto, daquilo queainda sobra, se a ação for imediata e dirigida pelasforças ligadas à Hierarquia, ainda se poderá trans-formar a Terra novamente num Paraíso [1993].

8 Discípulo: — Hoje fala-se muito em Amor e inu-meráveis definições têm sido apresentadas, nelasse contando algumas indiscutivelmente inspiradas,mesmo por Mestres. Ainda assim, e como semen-te meditativa, será possível oferecerem mais algu-ma definição?

Mestre: — Amor é a total integração no equilíbriodo Cosmos. Toda a criação, toda a evolução, todaa atividade, toda a energia, existem por um atoAmoroso. Quando atingirdes uma nesga de Sabe-doria — que é irmã-gêmea do Amor — abarcareismelhor esta maravilhosa realidade. Até então, sóvos resta praticar o Amor por impulso intuitivo,recebendo as vibrações Amorosas sistêmicas ecósmicas que vos chegam através de vossos cha-cras cardíacos.

Discípulo: — Porque razão o Amor é tão impor-

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tante na evolução e na vida espiritual?

Mestre: — Porque amar é, fundamentalmente dar,oferecer. Quem oferece altruística e desinteressa-damente, recebe, por via da Lei do Retorno, ouCarma, todas as energias de que necessita paraevoluir, isto é, para passar gradualmente da vidafísica para a Vida Espiritual.

10 

Discípulo: — É possível evoluir sem Amor?

Mestre:  — É totalmente impossível evoluir semAmor já que, como se infere do que foi dito antes,evolução e Amor são realidades paralelas e com-plementares. Por isso, os seres que não pautam

suas condutas pelo Amor não se encontram nocaminho evolutivo mas no involutivo.

11 

Discípulo:  — O Amor está relacionado com anossa linha evolutiva planetária ou todos os siste-

mas planetários e solares também passam peloAmor?

Mestre: — Todos os sistemas planetários e sola-res evoluem através do Amor. Todavia, no casoespecífico do nosso sistema solar, essa verdade éainda mais verdadeira, se assim pode ser dito,porque o Logos Hélios-Vesta pertence à linha do

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Segundo Raio, o que faz com que toda a manifes-tação sistêmica o seja também. Por isso, todos os

Raios manifestados no sistema solar são, real-mente, Sub-raios do Segundo Raio do Amor-Sabedoria, regente do sistema.

12 

Discípulo:  — O ódio é realmente a ausência do

Amor?

Mestre:  — O ódio é mais do que meramente aausência do Amor: é também a ausência da Luz.

13 

Discípulo: — O Amor é um só ou existe em várias

graduações?

Mestre:  — Ao nível da Alma evoluída e comun-gante com o Todo Universal, o Amor é um só. Asgraduações são resultado de imperfeições na for-mação das personalidades.

14 Discípulo:  — Existe Amor nos Reinos Vegetal eAnimal?

Mestre: — Certamente. Para todos os seres quese encontram na via evolutiva (como é o caso dosque pertencem aos Reinos mencionados) a Vida

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deve ser um ato de Amor permanente, emborasua exteriorização seja proporcional ao grau de

complexidade dos seres.

15 

Discípulo:  — Em que ponto da nossa evoluçãoprincipiamos a amar?

Mestre: — No princípio do princípio, pois tudo foicriado com Amor, logo, possui-o inerentemente.Todavia, a manifestação ativa desse Amor só sedesenvolve a partir do momento em que o indiví-duo reconhece a divindade imanente e transcen-dente.

16 

Discípulo:  — A evolução dos Devas ou Anjos,também obedece ao mesmo tipo de Amor que anossa linha evolutiva humana?

Mestre:  — Evidentemente. Só que a expressãodesse Amor é muito mais desenvolvida do que na

evolução humana no seu estado atual. O mesmonão se pode dizer do Reino Elemental — que nãose encontra na via evolutiva.

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Discípulo: — Como pode ser definido o Amor queos Mestres têm pelos seus discípulos?

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Mestre: — Como o Amor dos pais pelos filhos, acompreensão dos pais pelos filhos, a compaixão

dos pais pelos filhos, em graduação infinitamentemais elevada.

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Discípulo: — E qual deve de ser o Amor que osdiscípulos devem ter por seus Mestres espirituais?

Mestre: — O Amor dos filhos pelos pais, a admira-ção dos filhos pelos pais, a reverência dos filhospelos pais.

19 

Discípulo:  — Como será o Amor entre os seres

humanos quando chegarmos ao meio da Era A-quariana?

Mestre: — Não podemos fazer previsões de futu-ro. O Amor desenvolver-se-á da forma que o Ho-mem determinar pelo exercício do seu livre-arbítrio.

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Discípulo: — O que acontece a uma alma quandonão quer ter Amor?

Mestre: — Paralisa sua evolução.

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Discípulo: — Se o ser humano tem uma constitui-ção oculta setenária, ou seja, todos temos seteveículos ou corpos em vários planos, em qualdeles e onde está situado o Amor?

Mestre: — Em todos. O Amor interpenetra todosos planos e níveis de existência mas a Sede do

Amor, a fonte de recebimento e difusão do Amor,no ser humano, situa-se na Alma.

22 

Discípulo: — O que é o verdadeiro Amor Divino?

Mestre: — A entrega total do Criador à criação por

um ato de Vontade Amorosa.

23 

Discípulo: — Qual o lugar do sexo na composiçãodo Amor?

Mestre: — Pode ser importantíssimo porque, fisi-camente, o sexo representa a comparticipação dohomem e da mulher num ato divino: a criação.Todavia, muitas vezes, a atividade sexual nadamais representa do que a egoística procura doprazer individual e, sendo egoísta, nada acrescen-ta (antes pelo contrário) à capacidade de amar doindivíduo.

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Discípulo:  — Qual é a verdadeira definição deAmor Espiritual?

Mestre:  — O Amor é espiritual por natureza.Quem já atingiu níveis de consciência elevadosama com muito mais intensidade a tudo e a todos.

25 

Discípulo:  — O desejo e a paixão são formasdiferentes de Amor?

Mestre:  — O desejo e a paixão não são formasdiferentes de Amor. São expressões de egoísmo epossessividade que desvirtuam o Amor.

26 

Discípulo:  — Podemos dizer que o fanatismotambém é Amor levado ao extremo?

Mestre:  — Não. O fanatismo é a antítese do A-

mor, porque quem ama oferece, enquanto que ofanático impõe.

27 

Discípulo:  — Quais as coisas que são amarraspara o Amor?

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Mestre: — O separatismo é a maior barreira parao Amor. É ele que gera a possessividade e o ego-

ísmo.

28 

Discípulo: — Existe alguma relação entre o Amore os nossos vícios?

Mestre: — Os vossos vícios são um obstáculo àplena manifestação do Amor em vós. O vício éuma criação da personalidade que dificulta a cons-trução da ponte de ligação com a Alma, Sede doAmor. Quem vive no vício não conhece as zonassuperiores de consciência onde o Amor habita eDeus está presente.

29 

Discípulo:  — O machismo e o feminismo estãoajudando ou prejudicando a expressão do Amor?

Mestre: — Se forem sentimentos fanáticos, preju-dicam. Se forem sentimentos altruísticos, liberta-

dores e puros, ajudam. Todavia, os ismos  sãoquase sempre fanáticos e opressores.

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Discípulo: — Por que razão as relações humanassão tão pobres em verdadeiro Amor?

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Mestre:  — Porque o Homem, geralmente, nãoaprendeu ainda sequer a se amar a si próprio, a

descobrir sua divindade intrínseca, a se respeitar,a se libertar. Como pode ele então relacionar-secom os outros de uma forma que ele não conse-gue utilizar nem em relação a si próprio?

31 

Discípulo: — Por que motivo a palavra Amor estátão vulgarizada nesta Humanidade?

Mestre:  — Não é só a palavra Amor que estávulgarizada e deturpada. Todos os conceitos ver-dadeiramente elevados têm sido subvertidos paraproveito de indivíduos, grupos ou nações. Quedizer da palavra Liberdade? E da palavra Religi-

ão? E da palavra Justiça? E da palavra Fraternida-de? E da palavra Democracia?...

32 

Discípulo: — Qual a melhor forma de se espalharo Amor Universal?

Mestre: — Praticando-o, evidentemente.

33 

Discípulo:  — Na linguagem corrente, Amor eHarmonia são frequentemente usados quase co-mo sinônimos — e, de fato, parece haver entre os

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dois uma estreita relação. No entanto, há certa-mente uma distinção entre os dois conceitos, que

não designam exatamente a mesma realidade. Épossível aclarar este tema?

Mestre:  — Na realidade, o conceito de Amor ésintético e oniabarcante. No Amor se sintetizamtodas as virtudes e, sem Amor, não pode haverHarmonia, Paz, Justiça, Liberdade, Fraternidade,

Equidade, etc. O Amor pressupõe a existência detodos esses atributos, que são parte de si mesmo.Assim sendo, todos eles são sinônimos parciais deAmor. Os estados de Harmonia induzem necessa-riamente a mais perfeitas e vividas expressões doAmor.

34 

Discípulo: — Com freqüência, confunde-se senti-mento e Amor. Também aqui, pelo menos segun-do certas perspectivas, julgamos, contudo, sernecessária uma distinção e uma clarificação rigo-rosa de conceitos. É possível pronunciarem-sesobre o tema?

Mestre:  — O sentimento é um instrumento doAmor. Ambos se ancoram no chacra cardíaco esão atributos da Alma.

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Discípulo:  — Imaginemos que, em determinada

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encarnação, um indivíduo tenha, em sua persona-lidade, energias de raios que não o predispõem à

qualidade do Amor (certamente porque são outrasas qualidades a desenvolver). É legítimo que, sa-bendo disso, lhe enviemos a energia dourada doAmor, ou trata-se de uma interferência indevida,pressupondo-se que o seu equipamento para estaencarnação é o que melhor se adequa aos propó-sitos da Alma?

Mestre: — Não pode existir nenhuma combinaçãoconjuntural de raios em qualquer dos corpos doHomem que não predisponha à qualidade do A-mor visto que, na Terra, todos os Raios são Sub-Raios do Raio Dourado do Amor-Sabedoria (comotemos vindo a relembrar ao longo destes Diálo-gos).

36 

Discípulo: — O que é, apesar de tudo, preferível:um homem inteligente mas desprovido de Amor ouum homem capaz de amar significativamente mascom pouca inteligência?

Mestre:  — Existe um certo equívoco quanto aotermo usado, inteligência. Como sabeis, em Sabe-doria Esotérica, considera-se a evolução do Ho-mem em 3 fases fundamentais, de acordo com oplano onde se focaliza sua consciência: 1) instinto,2) inteligência (ou intelecto) e 3) intuição. O ho-mem capaz de amar significativamente não pode,

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por definição, ter pouca inteligência. Pelo contrá-rio, sua consciência ultrapassa já o plano da inteli-

gência para penetrar no plano da intuição, logo,não só ele tem muita inteligência, como terá atéalguma Sabedoria, obtida no plano intuicional.Portanto, pode haver um homem razoavelmenteinteligente desprovido de Amor mas não é possí-vel o segundo caso.

37 Discípulo: — O que representa uma maior viola-ção da Lei Universal do Amor: a chamada mentirapiedosa ou a verdade dita cruelmente?

Mestre: — A verdade nunca pode constituir umaviolação da Lei. Por quê dizê-la cruelmente e não

amorosamente?

38 

Discípulo: — É correto afirmar-se que existe umRaio de Síntese que se desdobra em (ou em quese unificam) Sete Raios, dos quais o 2º Raio, o de

Amor-Sabedoria, é a mais direta expressão da-quele Raio de Síntese?

Mestre: — A afirmação é perfeitamente correta nosistema solar Hélios-Vesta.

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39 

Discípulo:  — Em certos livros esotéricos afirma-se que a Terra representa, no sistema solar, ocentro cardíaco. Aparentemente, tal estaria emcontradição com outra obra também superiormen-te dirigida, “Tratado Sobre o Fogo Cósmico” , queatribui a Vênus essa posição. Podemos, contudo,conciliar as duas afirmações lembrando a estreita

ligação da Terra com Vênus, que é mesmo oculta-mente considerado o alter ego do nosso planeta?

Mestre: — Os centros ou vórtices energéticos doscorpos planetários e dos sistemas não são imutá-veis. Conforme se processa a evolução, vão sen-do deslocados para pontos diferentes onde ummelhor equilíbrio possa ser atingido. A Terra está,

como o discípulo afirmou — e muito bem —, es-treitamente ligada com Vênus, do qual tem recebi-do muitas influências e ajudas. Conforme a Terraevolui, muitas coisas têm sido transferidas de Vê-nus para ela, como um pai vai transferindo respon-sabilidades e obrigações para um filho quandoeste começa a entrar na idade adulta. Presente-mente, o centro cardíaco do sistema solar está emprocesso de transferência de Vênus para a Terra,podendo já afirmar-se que, ocultamente, a Terra éo centro cardíaco do sistema. De tal forma isso éuma realidade que recentemente (Outubro de1995) a Terra foi graduada como Escola Crísticada nossa Galáxia.

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Discípulo: — O ciúme pode ser considerado umaexpressão exacerbada do Amor, ou trata-se de umsentimento diferente?

Mestre: — O ciúme pouco ou nada tem a ver como Amor mas sim com a possessividade egoísta.

41 

Discípulo: — Como podemos considerar a violên-cia em que a humanidade vive presentemente?Designadamente:

• Nas escolas• Nas ruas• Nas famílias• Nos presídios• Nos campos de futebol• Na política

Mestre:  — O particular surto de violência e des-

respeito pela Lei do Amor ao próximo que se vivepresentemente tem, basicamente, dois grandesmotivos:

1. Dado o momento de transição radical que oplaneta atravessa, foi permitido que certasalmas muito rebeldes tivessem uma última

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oportunidade de reencarnar na Terra, numatentativa de regeneração antes de serem envi-

adas para reencarnações em mundos maisprimitivos. Infelizmente, a maioria delas, atra-vés da violência e de outras ações negativas,está dando provas de não ter merecido a opor-tunidade que lhe foi dada.

2. A tremenda ênfase e publicidade que os meiosde comunicação social (imprensa, televisão,

cinema) dão aos atos de violência, chegando aapresentar os mais sanguinários criminososcomo grandes heróis. Em certos aspectos cár-micos, os profissionais desses meios que sãoresponsáveis por tal publicidade incorrem emfaltas mais graves ainda do que os próprioscriminosos. Queremos aqui deixar-lhes umsério alerta: os meios técnicos e a velocidade

de difusão de informações audiovisuais de quea Humanidade hoje desfruta devem ser coloca-dos ao serviço do Bem, da Luz, da Virtude, daEducação e do Lazer. Quem contribuir paraque assim não seja incorre num crime de lesa-humanidade de conseqüências inimagináveis.Outra forma de violência a que o discípulo nãose referiu mas que, também, reveste-se detremenda ferocidade é o maldizer, o boato, afofoca, o escárnio despudorado lançados sobreindivíduos e instituições, quase sempre sem omenor fundamento, quase sempre por inveja,quase sempre por manifesta inferioridade. Aresponsabilidade cármica dos lançadores deboatos é gravíssima, principalmente aqueles

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que são veiculados através dos grandes meiosde comunicação social. Em verdade vos dize-

mos: é preferível, por caridade, ocultar umaverdade chocante do que ser veículo da propa-gação da mentira.

42 

Discípulo: — Existem realmente Almas-gêmeas?

Mestre: — Em rigor, todas as almas são gêmeaspor serem veículos de espíritos filhos de um Paicomum. Todavia, o discípulo refere-se, certamen-te, a almas complementares, veículos de espíritoscomplementares também, que muitas vezes sãodesignadas por Almas-gêmeas. Acontece que, emcerta fase da evolução, certos espíritos assumem

o compromisso de evoluir em conjunto a fim decomplementarem polaridades opostas, não estáti-cas, mas alternadas, já que as Mônadas são bipo-lares e necessitam realizar-se em ambos os extre-mos.

Acontece também que, certas Almas mis-sionárias cujas tarefas são complementares, en-carnam frequentemente em conjunto, em corposda mesma polaridade ou não, para darem seqüên-cia mais perfeita ao Plano que servem.

43 

Discípulo:  — Pressupondo que só exista uma

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Alma-gêmea de cada alma de cada ser humano, aAscensão só se poderá verificar quando ambas

tenham atingido o mesmo nível evolutivo?

Mestre:  — Na seqüência da resposta anterior,admitamos que duas almas (veículos de expres-são de duas Mônadas) assumiram o compromissoda complementaridade. A sua evolução é, nessecaso, tão inter-relacionada que não se coloca a

hipótese de um distanciamento qualitativo. Ambasatingem as mesmas metas quase simultaneamen-te. Sempre que isso não sucede, alguma gravefalha terá acontecido.

44 

Discípulo: — Se duas Almas-gêmeas, ou comple-

mentares, se encontram na mesma encarnação epertencem a sexos opostos, existe algum tipo deatração que as impulsione a formarem um casalem termos matrimoniais?

Mestre: — Essa é, certamente, a maior das atra-ções possíveis porque parte das almas e não uni-camente de uma química físico-sexual.

45 

Discípulo:  — E se acontecer que, por exemplo,um discípulo do sexo masculino venha a encontrarnuma mesma encarnação mais do que uma Alma-gêmea encarnada no sexo feminino, ou vice-

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versa?

Mestre: — No momento atual, torna-se cada vezmais possível essa eventualidade em virtude dogrande número de discípulos encarnados, princi-palmente nas áreas do globo onde se desenrola-rão os acontecimentos mais importantes no de-senvolvimento do Plano para a Nova Era. É preci-so administrar essas situações com a maior sabe-

doria.

46 

Discípulo: — Mas como administrar essa grandeatração — que não pode deixar de ter reflexos noplano físico — por mais do que uma pessoa? Po-de isso acabar em situações de poligamia ou poli-

andria?

Mestre: — Em relação à construção de uma vidamatrimonial existem circunstâncias cármicas ante-riores à própria encarnação que determinam qualo parceiro ou parceira certos para uma dada vida.Para além disso, é necessário usar o discernimen-to e saber viver o amor matrimonial no plano men-tal com a mesma facilidade com que se vive noplano físico. Estamos falando de discípulos, deiniciados, até. Eles têm a obrigação de saber con-viver com esse tipo de problemas tirando deles omaior partido possível para aumentar (e não paradiminuir) a capacidade de serviço individual e gru-pal.

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É claro que situações de poligamia ou poli-andria estão totalmente fora de questão porque

são fatores de retardamento evolutivo.

47 

Discípulo: — Numa Mensagem do Avatar Azem-bor, Espírito da Paz, é dito que “... a Humanidadenem sequer a quer (a Paz)....”  Como se coaduna

esta afirmação com o trabalho para a nova dispen-sação Crística a curtíssimo prazo?

Mestre:  — O Avatar Azembor refere-se àquelafração da Humanidade (infelizmente majoritária)que não atingiu ainda o nível evolutivo necessáriopara desejar, construir e vivenciar a Paz e, assim,propiciar a descida do Avatar Crístico.

48 

Discípulo:  — Podem ser ignorados ou apenaspostos de lado pessoas ou grupos que já trabalha-ram árdua e honestamente e mostraram Serviçodurante os últimos tempos (até mesmo décadas) e

que agora não acompanham tão prontamente asatividades de apoio mais exteriorizado — e tidascomo verdadeiras — às próximas manifestaçõesavatáricas?

Mestre:  — Como já foi revelado em outro local,existem Mestres Ascensionados que, por não te-rem conseguido acompanhar o passo extrema-

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mente rápido que o Plano neste momento possui,se afastaram de certas missões em que vinham

trabalhando. A mesma lógica é adaptável, commuito mais sentido ainda, a grupos e pessoasreencarnados. Isso não significa necessariamenteque, uns ou outros, tenham por isso gerado carmanegativo. Vamos contar uma história demonstrati-va e simbólica adaptada a uma situação concreta:

Em certa agência bancária existiam cincofuncionários fazendo o movimento de caixa. Rece-biam cheques, letras, boletos, documentos, recebi-am e pagavam quantias em dinheiro, etc. Todostrabalharam competentemente naquelas funçõesdurante vários anos até que a presidência do Ban-co decidiu informatizar o serviço de caixa a fim deo tornar mais rápido e eficiente em conformidade

com o novo plano de expansão global da empre-sa. Todos os cinco funcionários foram informadosdesta decisão e foi-lhes oferecido um curso dereciclagem para poderem continuar a desempe-nhar as mesmas funções na nova dinâmica. Doisdeles, aprenderam imediata e rapidamente o novo

 processo e passaram a trabalhar no serviço infor-matizado. Os outros três não conseguiram adap-tar-se a esse novo processo e pediram à gerênciaque os transferisse para outro departamento ondeo serviço fosse mais tradicional e afinizado comsua experiência anterior. Assim foi feito. Nenhumdeles foi despedido nem censurado e todos conti-nuaram a trabalhar com competência noutro de-

 partamento. Igualmente, nesse outro departamen-

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to, foram encontrados três funcionários que semostraram interessados em assumir o novo servi-

ço de caixa, tendo, após treinamento, sido nomea-dos para substituir os primeiros. Assim, todos ga-nharam e ninguém foi penalizado. 

49 

Discípulo: — O que é o Amor?

• Substância, energia, essência?• Sensação, sentimento, pensamento, intui-ção?• Manifestação, percepção, consciência, vida?

1 Mestre:  — O Amor é tudo o que se dá semesperar retorno. Assim, a palavra que melhor pode

traduzir Amor é: Deus.

2 50 

3 Discípulo:  — Como se manifesta o Amor?Como é que o Amor atravessa os 7 Planos Cósmi-cos? E como se manifesta-percepciona em cada

um deles, tanto na sua fase de descida como nade subida?

4 Mestre: — O Amor não sobe nem desce pla-nos nem subplanos, cósmicos, planetários ou hu-manos. O Amor, simplesmente,  É em toda a Cria-ção.

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6 51 

7 Discípulo: — Qual a relação entre o Amor e aSabedoria? Suas semelhanças e suas diferenças?Como equacionar as relações entre o Amor e aSabedoria, o Nº 2 e o 2º Raio, o positivo e o nega-tivo, o bem e o mal, o receber e o dar, o masculino

e o feminino, e toda uma série de opostos e com-plementares?

8 Mestre:  — Não há qualquer diferença entreAmor e Sabedoria. Na realidade, a palavra maiscorreta é Amor-Sabedoria, sinônimo de Deus,através do Seu Segundo Aspecto. Qualquer dosAspectos da divindade representa o Uno, pois não

há dissociação senão aparente para as menteshumanas. Quanto aos pares de opostos, é eviden-te que geram evolução ascendente e espiralada.

9 52 

10 Discípulo: — Qual a relação entre o Amor e o

sexo? Como transmutar os opostos em comple-mentares? Usando o Amor? E a Sabedoria? E...?

11 Mestre: — O sexo é (deve ser) uma manifesta-ção microcósmica do Amor. Os opostos só sãotransmutados em complementares num momentoúnico: aquele que fica entre uma inspiração e umaexpiração de Brahma.

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13 53 

14 Discípulo: — Como é que a Universal Lei doAmor se relaciona com a Universal Lei de Atração-Repulsão?

15 Mestre: — No ponto de equilíbrio da Atração-

Repulsão a Lei do Amor tem a sua expressãomais elevada.

16 54 

17 Discípulo:  — Contrários, complementares esemelhantes, que lugares ocupam no esquemacósmico? Como é que a Lei do Amor preside a

seus relacionamentos? Quais os seus papéis nosprocessos de individualização e coletivização, dereunificação e de transcendência?

18 Mestre:  — A Sabedoria Arcana é a essênciada Verdade, logo extremamente simples. Toda amecânica do Universo pode-se traduzir, não numa

Enciclopédia, não num Tratado, não numa equa-ção, não num símbolo, mas unicamente num som.Quando o discípulo atinge um certo grau de evolu-ção, começando a movimentar-se livremente noPlano Intuicional e nos que lhe estão acima, cap-tando uma faísca desse som, não mais necessitade elaborar esse tipo de perguntas. Por isso, auma pergunta complicada, responderemos com

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uma resposta simples: No esquema cósmico (oudivino; o Universo) tudo ocupa os lugares e de-

sempenha os papéis que a Vontade do Criadordeterminou no momento da criação, por Amor-Atividade-Sabedoria.

19 55 

20 Discípulo:  Como é que o Amor se torna o

grande co-criador e sustentador do Universo?

21 Mestre: — Pela sua própria essência divina.

22 56 

23 Discípulo: — Poder-se-á afirmar que o Amor-Sabedoria é a linha dupla que estabelece e man-

tém a ligação entre dois seres complementares,mas também entre um ser e todos os seres, ouentre vários seres afins?

24 Mestre: — Sim. Mas por quê afirmar o Amor-Sabedoria como uma linha dupla? Porque nãoconsiderar o Amor-Sabedoria como uma linha una,

 já que é a tônica do Logos Solar?25 57 

26 Discípulo:  — Pode-se dizer que o Amor per-tence à fase de manifestação e a Sabedoria à depercepção?

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27 Mestre:  — A dicotomia manifestação-percepção não tem o menor fundamento, nem

lógico, nem oculto. Os animais, principalmente ossuperiores, possuem percepção mas não podemaspirar à Sabedoria. Esta pertence à fase humanae começa a revelar-se após a construção da ponteque liga a personalidade à Alma (antakarana).

28 58 

29 Discípulo: — Poder-se-á também afirmar queessa linha dupla — que possibilita as trocas entredois seres e entre todos os seres, se torna triplaquando a união atinge a plenitude e a perfeição?

30 Mestre:  — Não. Não é esse o princípio dosurgimento da Trindade Divina.

31 59 

32 Discípulo:  — Poder-se-á, além disso, afirmarque a linha tripla se transmuta no único Pontoquando, pelo milagre do Amor-Sabedoria, um serrealiza a união com todos os seres, transcendendo

espaço-tempo-movimento, tocando o Infinito econscientizando ser Uno?

33 Mestre:  — Não existe transmutação de triploem uno porque o Uno é simultaneamente Dual eTriplo. Para que pudesse haver uma transmutaçãoseria necessário, não só que o Dual ou o Triplo, ouambos, existissem como entidades independen-

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tes, o que negaria a Unidade Divina, como tam-bém que sofressem de qualquer deficiência trans-

mutável, o que seria colocar a Perfeição Divina emcausa.

34 60 

35 Discípulo:  — Como se mantém simultanea-mente a unidade e a diversidade?

36 Mestre: — A essa pergunta respondemos comoutra pergunta: Como poderia haver unidade semdiversidade?

37 61 

38 Discípulo:  — Como é possível que exista si-

multaneamente uma só Consciência e todas asconsciências? Um só Ser e todos os seres?

39 Mestre: — Pela Lei Universal do Amor.

40 62 

41 Discípulo: — Como é possível o Amor?42 Mestre: — Pela total entrega e comunhão en-tre o Criador e as criaturas.

43 63 

44 Discípulo: — Quem verdadeiramente ama?

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45 Mestre: — Deus e todas as Suas criaturas.

46 64 

47 Discípulo: — Como vive o Universo?

48 Mestre:  — O Universo vive construindo umaSinfonia de Louvor a Deus, embora grande parteda Humanidade viva tentando introduzir acordes

dissonantes nessa mesma Sinfonia.

49 65 

50 Discípulo: — Sabendo que o Sol é Amor, Luze Vida, de que modo poderemos trabalhar comesse Ser para desenvolvermos em nós o AmorUniversal?

51 Mestre:  — Expandindo mais e mais nossaconsciência Crística, reflexo do Sol interior..

52 66 

53 Discípulo: — O momento do desencarne está

intimamente ligado com a Lei Universal do Amor.Dispondo a Humanidade de pouca informaçãosobre a melhor conduta dos presentes a esseacontecimento, o que podeis dizer sobre esseassunto?

54 Mestre:  — A Humanidade não possui poucainformação sobre esse momento. Pelo contrário,

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alguns dos escritos mais antigos do mundo refe-rem-se, precisamente, ao tema. Para citar duas

fontes, uma antiga e uma moderna, remetemos odiscípulo para o “Livro Tibetano dos Mortos”   epara o “Tratado Sobre Magia Branca”   de AliceBailey, transmitido pelo Mestre Djwhal Khul.

55 67 

56 Discípulo:  — É do nosso conhecimento queexistem medicamentos homeopáticos que sãofeitos a partir de animais inteiros como: abelhas,formigas, moscas e aranhas. O seu uso não violaa Lei do Amor?

57 Mestre: — Sabemos que este tema é por de-mais polêmico para ser abordado numa resposta

sintética pelo que nos limitamos a dar uma respos-ta meditativa: Animais, plantas e minerais, são, narealidade, unos com o Homem e, por Amor dasespécies inferiores às superiores há, por vezes, aentrega sacrificial que permite a evolução.

58 68 

59 Discípulo: — Sendo o reino humano e o reinoangélico evoluções paralelas, porque razão oshumanos necessitam de encarnar e, por isso, sub-metem-se às limitações próprias da matéria, co-mo, estarem sujeitos à lei da gravidade, ao cansa-ço, ao calor, etc., e os Anjos não? Como isto pare-ce uma injustiça peço, com o devido respeito, es-

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clarecimento sobre o assunto.

60 Mestre: — Os seres angélicos estão sujeitos atipos de limitações diferentes dos humanos. Ohomem, a partir da Ascensão (5.ª Iniciação) tam-bém deixa de estar sujeito às leis do mundo físicoe, além disso, faz parte do único grupo que foicriado “à imagem e semelhança do Pai”  — o quetambém pode parecer uma injustiça...

61 69 

62 Discípulo:  — Como é vivenciado o Amor noplano astral?

63 Mestre:  — A esse respeito, remetemo-vospara a resposta já dada a outra pergunta acres-

centando que, no Plano Astral, o Amor (vivenciadopela Humanidade) é um reflexo do Amor no Planofísico.

64 70 

65 Discípulo: — Podeis falar-nos sobre a Trinda-

de e sua relação com a expressão do Amor no serhumano, designadamente a relação de Amor quepode existir entre a Alma e a Personalidade?

66 Mestre:  — A Trindade é o Amor Manifestadoem sua mais perfeita exposição. Entre a Alma (oFilho) e a Personalidade (a Mãe) existe uma rela-ção de Amor perfeita mas incompreendida. A per-

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sonalidade tem relutância em dar lugar à plenaexpressão da Alma e deixar que esta assuma o

comando das operações por delegação do Espíri-to, ou Mônada (o Pai). Por sua vez, a Alma, pro-fundamente reconhecida à Personalidade por lhepermitir uma forma de experimentação evolutiva,vê-se obrigada, amorosamente, a contrariá-la paracumprir a Vontade do Pai. Esta explicação podeser ilustrada pelo episódio relatado nos Evange-

lhos da visita de Jesus ao Templo no início da suaadolescência e das palavras que dirigiu a sua mãeque, aflita, O procurava.

67 71 

68 Discípulo: — É correto afirmar-se que o instin-to de conservação, ou seja, aquele impulso que

leva a maioria das pessoas a fazer todos os esfor-ços para a conservação da vida, combatendo asdoenças, evitando os perigos, etc., é uma manifes-tação da Lei Universal do Amor em relação aopróprio indivíduo? Será também correto inferir-seque o instinto de auto-destruição demonstrado porum certo número de pessoas, através do consumode alimentos, bebidas e outras drogas nocivas,prática de atividades altamente perigosas, etc., é,pelo contrário, um desrespeito a essa Lei?

69 Mestre:  — Certamente que sim. Devemossublinhar que muitas pessoas bem intencionadas,talvez por excessiva modéstia, talvez por receio deserem consideradas narcisistas, têm alguma relu-

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tância em admitir o auto-Amor. Isso é um erro.Todas as atividades humanas, principalmente

aquelas que são impulsionadas em conformidadecom as grandes leis da evolução, devem ser exe-cutadas de dentro para fora. Esta tônica é sobretu-do verdadeira e fundamental nos tempos presen-tes, tendo em vista o advento da Nova Era. Logo,é condição necessária para a expressão do Amoruniversal que se comece pelo Amor individual. O

caminho natural é aquele que traduz em baixo asgrandes realidades da Verdade imutável existenteem cima. Por conseguinte,

1. O Homem deve começar por aprender a auto-amar-se, ou seja, a amar em si próprio a ma-nifestação divina que intrinsecamente reco-nhece em si (1.º Aspecto).

2. Deve, seguidamente, estender esse sentimen-to-atividade, ao seu próprio cônjuge (3.º As-pecto), para que,

3. Da interação desse Amor-atividade possa sur-gir o alargamento do sentimento aos filhosdele resultantes (2.º Aspecto) e restante famí-lia.

Destes três passos, que refletem o grandemistério da trindade divina espelhada no Homem,forma-se o núcleo básico da manifestação Amoro-sa na Humanidade. É então que se torna possívelampliar, em círculos concêntricos cada vez maisalargados, esse Amor à cidade, à pátria, ao plane-ta, aos outros reinos irmãos, enfim, a todas as

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que ficar parado à espera que a meta chegue aténós. Este princípio aplica-se também ao tipo de

pacifismo a que o discípulo se refere.

73 

Discípulo:  — Aparentemente, uma vez que oAmor induz à Universalidade, a poligamia(considerada eticamente incorreta, na maioria dos

países) pareceria preferível à monogamia. O quese vos oferece dizer sobre o assunto?

Mestre: — No conjunto de perguntas e respostasque constitui o primeiro volume desta obra — e até

 já mesmo no presente — afirmamos que a poliga-mia e a poliandria são condenáveis eticamenteembora biologicamente nada haja a apontar, já

que seguem a linha predominante do reino animal.Cremos daqui poder inferir-se que, no reino huma-no, até mesmo biologicamente, haja algo a apon-tar. Assim é, efetivamente. No reino humano, amatéria deve seguir o espírito, pelo que, o que éeticamente condenável (em termos de espírito)não pode ser desculpável (em termos de matéria).Sob o ponto de vista da universalidade Amorosaaqui apontada pelo discípulo como base para oseu raciocínio, responderemos com outra pergun-ta: é um servidor competente aquele que servesimultaneamente a dois (ou mais) senhores (nomesmo plano)? Servi, pois a Deus (através documprimento de Seu Plano) no plano espiritual eservi igualmente a Deus (através da união conju-

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gal) no plano físico da procriação e da partilha deuma vida a dois. Esta é a Lei de todos os tempos.

74 

Discípulo:  — É possível — e mais consonantecom o Amor — em vez de exterminar certos inse-tos ou animais nocivos ou incômodos, contatarcom a respectiva Alma-grupo e estabelecer laços

de simpatia, eliminando a impressão desagradávelque normalmente resulta da percepção de certosanimais e/ou levando a afastá-los?

Mestre: — É lógico que qualquer solução séria edefinitiva acerca do problema das criaturas incô-modas e/ou nocivas ao Homem passa pelo con-tacto com a respectiva Alma-grupo e com os seres

Elementais a ela associados. Quantos homensdesenvolveram a capacidade para isso? E destes,quantos querem realmente fazê-lo?

75 

Discípulo: — Em várias obras espiritualistas diz-

se, aproximadamente, que o Universo(manifestado) é resultado (fruto) de Amor. Quereiscomentar esta asserção?

Mestre: — Tal asserção dispensa qualquer outrocomentário senão que: na contemplação do Uni-verso (manifestado) se identifica (e compartilhade) tal Amor. A compreensão desta afirmação em

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todas as suas implicações levaria ao fim da infeli-cidade.

76 

Discípulo:  — Parece consagrado através de di-versos testemunhos, designadamente de livros depublicação recente (e até no primeiro volume des-tes Diálogos), que o Cristo Maitreya, em Sua ma-

nifestação messiânica, não recorrerá a meios deatuação miraculosos, sendo mesmo possível que,estando já a atuar no plano físico, a sua ação (epresença) não seja (re)conhecida, até por muitosdiscípulos. Não seria, contudo, mais Amorosa, aprodução de milagres e de formas de expressão(impropriamente) ditas sobrenaturais, possibilitan-do que mais largas franjas da Humanidade O re-

conhecessem e seguissem o Seu impulso?

Mestre: — Nesta fase de emancipação, quem temque produzir milagres é a Humanidade e não oCristo. Produza-se, pois o milagre da focalizaçãodo pólo de atuação no plano mental superior porparte de 1/3 da Humanidade (número capaz dedesencadear um salto quântico em toda a raçahumana) e todos O verão.

77 

Discípulo: — Por que razão consentem os Mes-tres que, mesmo nas obras mais perfeitas por Elestransmitidas, se verifiquem algumas imprecisões?

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Não seria mais amoroso (para os dedicados ca-nais e para os interessados leitores) impedi-lo?

Mestre: — Digamos com humildade que, tanto noplano onde os discípulos se movimentam comonaquele em que os Mestres habitam, a perfeiçãoainda é uma meta a ser atingida (dadas as devi-das proporções). Para além disso, é necessárioque o discípulo e o leitor exerçam uma auto-

vigilância permanente, não sendo possível (nemamoroso), nem carmicamente correto, impedi-lo.

78 

Discípulo:  — Se Deus é Amor, porque razão oCarma é, por vezes, tão pesado e (pelo menosaparentemente) tão cruel? Não haverá uma forma

menos penosa de nos fazer evoluir?

Mestre:  — Cada um colhe unicamente o frutodaquilo que semeia. O que existe de cruel e peno-so nisto que não seja da responsabilidade do pró-prio?

79 Discípulo:  — Dissestes, na resposta a uma per-gunta anterior, da necessidade do homem se amara si próprio, conservar o seu corpo em forma epugnar pela sua máxima longevidade, como pontode partida para o Amor Universal. Podemos incluircertas modificações que algumas pessoas fazem

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nos seus próprios corpos, como operações plásti-cas, etc. no número das medidas legítimas nesse

sentido?

Mestre: — Evidentemente que as operações plás-ticas ou de estética não são medidas tendentes àmelhoria da saúde dos corpos nem à obtenção demaior longevidade. Pelo contrário, elas submetemos corpos a traumas e riscos completamente des-

necessários e carmicamente negativos. São refor-mas de fachada induzidas pelo narcisismo, oupaixão pela forma, indignas de qualquer pessoaevoluída. Além disso, as fortunas gastas (leia-se:desperdiçadas) nessas fantasias, constituem au-têntico crime social contra aqueles que não têmsequer o suficiente para se alimentar.

80 

Discípulo: — Pode dizer-se que, para o Homem,a mais perfeita e sublime expressão do Amor resi-de no casamento?

Mestre: — Sim, mas não no casamento homem-mulher. A mais perfeita forma de expressão huma-na do Amor Divino reside no casamento místicoentre a Alma e a Personalidade quando esta trans-muta o desejo em Aspiração. É este o significado,entre os católicos, do chamado casamento místico de Jesus (2.º aspecto, a Alma) com a Sua Igreja(3.º aspecto, a Personalidade).

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81 

Discípulo: — Parece-nos do mais profundo signi-ficado a afirmação de São Paulo na 1.ª Epístolaaos Coríntios (XIII, 2): “Mesmo que eu tivesse odom da profecia e conhecesse todos os mistériose toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, ao

 ponto de transportar montanhas, se não tiver o Amor, não sou nada” . Seria útil comentar, explici-

tar, desenvolver e, eventualmente, completar a-quele aforismo?

Mestre:  — O aforismo é perfeito, pelo que nadase pode fazer para melhorá-lo. Como apêndice,diríamos que muitos mistérios, muita ciência, mui-ta determinação e muitos poderes são detidos pormuitos irmãos da Grande Loja Negra. Todavia,

como o Amor não faz parte desta lista de atributos,eles (pelo caminho que hoje percorrem) nuncaalcançarão a Sabedoria.

82 

Discípulo:  — Como funcionarão, no futuro, asrelações Amorosas inter-sexuais entre os sereshumanos e de que forma evoluirá a instituição docasamento?

Mestre:  — Nada podemos adiantar quanto aofuturo porque ele depende totalmente do que estásendo feito no presente. Poderíamos responderusando de analogias quanto ao que aconteceu

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com outras humanidades que se encontravam emgraus semelhantes ao da atual humanidade terres-

tre mas... não existem analogias de livre-arbítriocoletivo e o próprio conhecimento do resultado deexperiências alheias poderia ser negativo para osterrestres. Poderíamos revelar quais os arquétiposcomportamentais que estão sendo trabalhadospelo Manu e por Seus colaboradores quanto aesses aspectos mas isso é-nos vedado porque se

trata de matéria que não pode chegar ainda àsgrandes massas.

83 

Discípulo:  — É o divórcio uma negação da LeiUniversal do Amor?

Mestre: — Nada o define como tal. A convivênciaforçada de duas pessoas que se agridem o tempotodo, ou pior, de uma que agride a outra sistemati-camente, isso sim é uma grave investida contra aLei Universal do Amor.

84 

Discípulo: — Para quando se prevê que a Huma-nidade atinja massivamente o androginato?

Mestre: — A Humanidade passou de uma fase dehermafroditismo que durou até cerca de metadeda 3.ª Raça-Raiz para a atual fase de separaçãodos sexos (episódio bíblico de Adão e Eva). Não

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88 

Discípulo: — Qual a razão por que muitas pesso-as que se dedicam assídua, longa e porfiadamen-te à prática de meditação parecem ter um tipo decomportamento e de psicologia muito pouco amo-rosos?

Mestre: — Precisamente pelos motivos que enun-

ciamos na resposta à questão anterior: a medita-ção, se não acompanhada pela prática da comu-nhão com o próximo, leva a estados de separativi-dade e de egoísmo; logo, não induz a comporta-mentos amorosos.

89 

Discípulo:  — À luz da Lei do Amor, como deve-mos atuar face àqueles que, enfileirados (apenasna aparência, talvez) no campo esotérico, repeti-damente adotam comportamentos equívocos,sinuosos, desleais, desconformes com a verdadepara, numa postura de competitividade, tentarem,a todo o custo, prevalecer ou salvaguardar a suacapela?

Mestre: — A postura do discípulo tem sempre queser amorosa e desapaixonada, embora firme einequívoca quanto à essência da Verdade. Masnunca cometerá a imprudência de julgar até por-que, muitas vezes, as aparências iludem.

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90 

Discípulo: — Quais as principais diferenças entreos modos como, previsivelmente, será compreen-dido o Amor na Era de Aquário e o modo como foientendido na Era de Peixes?

Mestre: — Na Era de Peixes, infelizmente, o Amorfoi compreendido como um sentimento de fraterni-

dade entre alguns homens, conforme as afinida-des de raça, nação, religião, língua, cultura, prefe-rências, tabus, preconceitos, etc.. Raramente essesentimento de fraternidade se ampliou ao ponto deultrapassar tais barreiras.

Na Era de Aquário (constata-se já) o Amorestá a ser compreendido em toda a sua global

abrangência. As palavras messiânicas “amai até (e principalmente) os vossos inimigos” estão, final-mente, a ser traduzidas por “amai tudo o que é (aparentemente) diferente de vós” . Assim o Amorpoderá, a partir da Era de Aquário, fluir livrementeentre a Criação e o Criador.

91 Discípulo:  — O que devemos pensar de afirma-ções como “a salvação consiste em adorar Jesus”  contidas em certas obras consideradas carismáti-cas?

Mestre:  — Devemos substituir (como, notavel-

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mente, o fez Tomás Kempis nos primórdios doSéc. XV) o verbo adorar  (passivo) pelo verbo imi-

tar  (ativo) e agir em conformidade.

92 

Discípulo: — Face à Lei Universal do Amor, comodevemos interpretar os milagres e curas produzi-dos (pelo menos aparente ou pretensamente) em

variadas e proliferantes igrejas ou seitas de termi-nologia cristã?

Mestre: — Jesus disse a Seus apóstolos e discí-pulos (na realidade, a todos nós): ide e fazei comoEu fiz. Disse-nos também que seríamos capazesde fazer até obras maiores do que as d'Ele. Assimsendo, apontou-nos o caminho dos milagres e das

curas.

O que são milagres? Não sendo (não po-dendo ser) fugas às Leis da Natureza, só podemser interpretados como formidáveis conquistas doesforço e da vontade humanos. Todos nós nosdevemos esforçar e aperfeiçoar no sentido deconseguir fazer amanhã aquilo que hoje seria con-siderado milagre. Mas... atenção: que nunca essasconquistas sejam exibidas como espetáculo massim como ofertas Amorosas à Humanidade, feitascom humildade, recato e (quando possível) anoni-mato.

Muitos discípulos, por preguiça, por timi-

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dez, medo ou ignorância, não praticam atos decura. Embora saibam ser aprendizes de Mago,

eles desconhecem o extraordinário potencial ener-gético que já podem controlar e como uma partedesse potencial pode (e deve) ser canalizada paraa cura.

Pelo que dissemos, todas as congrega-ções (cristãs ou não) que tenham entre os seus

objetivos os milagres e as curas estão dentro du-ma linha corretíssima e na vanguarda da Lei Uni-versal do Amor. Quais as que serão genuínas equais praticarão o charlatanismo, compete ao dis-cernimento comum detectar, principalmente nadistinção entre milagre-cura e histeria coletiva.

93 

Discípulo: — Qual a mais elevada forma de filan-tropia?

Mestre: — Aquela que é praticada sob total anoni-mato.

94 Discípulo: — Os laços de afeto entre dois sereshumanos perdem-se pelo fato de um deles desen-carnar?

Mestre: — Não. De maneira nenhuma!

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95 

Discípulo: — A ocorrência do início da formaçãode laços de Amor específicos entre duas individua-lidades humanas tem sempre lugar no plano físico(enquanto encarnadas) ou pode verificar-se emplanos mais sutis, no período entre duas reincor-porações?

Mestre:  — O início tem sempre lugar no planofísico, embora seja quase sempre o eco de umarelação estabelecida antes mesmo dessa encarna-ção. A continuidade posterior ocorre em todos osplanos.

96 

Discípulo:  — Consideramos que o desenvolvi-mento da inteligência, a aquisição do conhecimen-to e, através da compreensão, a sua transmutaçãoem Sabedoria é importante (mesmo imprescindí-vel) para amarmos melhor. O que se vos oferecedizer sobre esse assunto?

Mestre:  — É uma afirmação totalmente correta.Mas só ousará aspirar à Sabedoria aquele quenão se envaidecer com o conhecimento ou com ainteligência. Muitos discípulos, na hora presente,têm soçobrado à vaidade intelectual e, com isso,posto em grave risco suas missões de Serviço.

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97 

Discípulo: — Afirma-se frequentemente em textossagrados que Deus é Amor. Não seria, porém,mais correto, referir-se a Trindade a que tambémse alude tão generalizadamenrte e, assim, dizerque Deus é Poder, Sabedoria e Atividade?

Mestre: — O Poder e a Atividade divinos são ób-

vios até para o homem mais primitivo. A Sabedoriadivina é evidente para o homem educado. Já oAmor divino não parece a muitos assim tão trans-parente, principalmente porque estão influencia-dos por muitas doutrinas destorcidas que escon-dem esse aspecto da divindade. Por isso, nunca édemais acentuar e demonstrar com provas queDeus é Amor, afinal o Seu mais importante atribu-

to.

98 

Discípulo:  — Entre os chamados magos negrosnão existe qualquer expressão, mesmo que demuito inferior natureza, do Amor? Alguma conjun-ção (ou cumplicidade) de atuação que revelamnão será um tímido e muitíssimo desvirtuado ecodo Amor?

Mestre: — O único vestígio que essas entidadestêm do Amor é o modelo arquetípico(abandonado) que possuem em seus corações,pronto a ser desperto e reativado quando e se eles

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assim o determinarem.

99 

Discípulo: — Se os Mestres amam a Humanidade— e todos os seres — por que não se submetemao sacrifício permanente de habitarem entre nós,no plano físico, para nos beneficiarem com Suapresença e com o testemunho do que represen-

tam?

Mestre:  — Porque, de acordo com a Lei, estãoobrigados ao sacrifício ainda maior de não pode-rem “privar” com a Humanidade (como outroraaconteceu, e contamos que possa, gradualmente,voltar a acontecer), dado o carma por esta geradono período Atlante.

100 

Discípulo:  — Há possibilidade de artistas (comoos músicos) se oferecerem para serem inspiradospor seres de alta vibração de modo a suscitar naspessoas, através da arte, novas impressões dos

mundos superiores?Mestre: — Claro que a possibilidade existe sem-pre, seja na música, na pintura, na escultura, napoesia, no teatro, ou qualquer outro ramo da arte.A resposta dos mundos superiores depende muitoda habilidade do artista em reproduzir impressõesoriundas de planos muito superiores aos físicos. É

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óbvio que Bach, Mozart, Handel, Vivaldi, Beetho-ven, Wagner e tantos outros o conseguiram plena-

mente...

101 

Discípulo: — Se quanto mais um homem alcançao domínio do pensamento abstrato, mais o carmase caracteriza por conflitos ou dificuldades de or-

dem psicológica, como poderia a família onde esteser encarna ajudá-lo? Qual seria a terapia ou ocaminho de auxílio?

Mestre: — A forma de auxílio (e não tanto de tera-pia), familiar ou não, neste e em todos os casos,cármicos ou não, consiste no Amor ofertado semexigência de retorno.

102 

Discípulo: — Como conciliar as afirmações profe-ridas mais do que uma vez pelos Mestres ao longodestes Diálogos contra a futurologia com a exis-tência de profecias?

Mestre: — As profecias são baseadas em visõesincompletas (por vezes arquetípicas), inexplicáveismuitas vezes para o próprio profeta, e (quandogenuínas) sempre transmitidas em linguagemcodificada, propositadamente tendente a gerarpolêmicas e despertar consciências. Raríssimasvezes é possível decodificá-las, podendo somente

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confirmar-se a sua precisão após os acontecimen-tos se terem verificado. Assim, o livre-arbítrio hu-

mano não é prejudicado. Sempre que os Mestresse têm referido a acontecimentos futuros (e têm-no feito muitas vezes) fazem-no com base nosarquétipos e não na visão de acontecimentos futu-ros. Portanto, existe a possibilidade de erro e/ouda posterior alteração dos ditos arquétipos. Porisso, sempre que nos referimos a acontecimentos

futuros, atentai para a relatividade das nossaspalavras.

103 

Discípulo:  — Sabemos que uma das tônicas daNova Era é o Amor-Sabedoria, ele próprio espinhadorsal da manifestação messiânica. Por outro

lado, o 7.º Raio — que comanda a Nova Era — é oRaio da Misericórdia. Esse Amor, essa Misericór-dia, têm em nós que encontrar expressão. Taisqualidades, desenvolvidas em nós, devem por nósser dirigidas à Humanidade a que pertencemos.

Por outro lado, em diferentes ocasiões, é-nos dito que não devem nossas potencialidadesenergéticas, nossas preocupações mágicas, sercanalizadas para a resolução dos problemas situa-dos a nível da personalidade. Nos usos e práticaspisceanas, o Amor aos irmãos — ao próximo —sempre tem sido muito perspectivado para a solu-ção dos problemas da personalidade. Então surgea questão:

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Qual o conteúdo e a expressão que deveassumir o Amor pela Humanidade e a misericór-

dia, na Nova Era? Como objetivá-los? Cabe aindaalgum papel ao Amor, na perspectiva pisceana?

Mestre: — Embora o anterior Chohan do 7.º Raiotivesse sido a Mestra Kwan Yin, conhecida tam-bém por Deusa da Misericórdia, isso não significaque a Misericórdia seja um atributo próprio (ou,

menos ainda, exclusivo) deste Raio. De fato, todosos Raios são veículos de expressão da Misericór-dia, podendo sua máxima concentração ser en-contrada no 3.º Raio.

Na Era de Aquário — espera-se — o Amorserá mais e mais uma comunhão entre Almas (oque devia ter acontecido mais amplamente já na

Era de Peixes, segundo os arquétipos) e a Miseri-córdia será mais e mais a tônica da relação daAlma com a personalidade.

104 

Discípulo: — A Liberdade é um pré-requisito parao Amor?

Mestre:  — Certamente. A Liberdade é um pré-requisito para tudo. Por isso, Deus no-la garantiuplenamente na Criação.

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105 

Discípulo: — Qual é a natureza última do Amor?

Mestre: — A comunhão no seio do Uno.

106 

Discípulo:  — Um místico americano chegou a

dizer que o único milagre é amar a Deus. Podeiscomentar sobre isto no contexto dos dois manda-mentos do Novo Testamento: amar a Deus e amarao próximo?

Mestre: — Com a devida vênia ao místico ameri-cano, achamos que o pensamento faria muitomais sentido ao contrário: o único milagre é Deus

(apesar de tudo continuar a) amar-nos...

107 

Discípulo: — Na vida vivida desde o Séc. XX, foiposta uma tal ênfase no sucesso material e naconseqüente abundância em termos de consumo

que o Amor entre os homens é destruído pelacompetição pelos melhores lugares. Que se vosoferece comentar sobre isto?

Mestre: — Trata-se de uma lamentável realidade.A maioria dos homens vêem no próximo, não umirmão com quem cooperar mas um rival, um inimi-go que é preciso abater. Os valores materiais as-

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sumiram uma tal importância que ofuscaram qua-se totalmente os valores espirituais — e isto é

extremamente grave.

A Hierarquia espiritual tudo tem vindo afazer, em conjugação com todos os discípulosdespertos e cooperantes, para ajudar a alterareste estado de coisas. Todavia, a maioria dosolhos e dos ouvidos daqueles que precisam de ver

e ouvir continuam fechados para a razão, só seabrindo para a ganância. Pobres daqueles que,não despertando para a espiritualidade, tudo que-rem alcançar em termos materiais porque, comodiz o antigo provérbio, “quem tudo quer... tudo

 perde”,  eles tudo perderão, talvez até mesmo odireito de continuar nesta esfera evolutiva.

108 

Discípulo: — Como se pode compreender, à luzda grande Lei do Amor, que existam tão grandesdisparidades sociais no seio da Humanidade, quehaja milhões de seres humanos neste planeta —designadamente nos países chamados do 3.ºMundo — na mais absoluta miséria e abandono,enquanto que outros — designadamente nos paí-ses chamados do 1.º Mundo — levam vidas deprazer e esbanjamento, totalmente indiferentes àsorte desses outros irmãos, ignorando mesmo asua existência?

Mestre: — É, realmente, muito difícil de compre-

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ender e, sem dúvida, constitui elemento de pesonegativo no carma coletivo da Humanidade, no

carma grupal de muitas nações e também emmuitos carmas individuais.

109 

Discípulo:  — Aparentemente, grandes parcelasquer do Velho Testamento, quer do Alcorão, pare-

cem revelar ou, mais até, parecem negar o Amorcomo natureza essencial da Divindade e funda-mento da vida espiritual. Como explicar esse(s)fato(s)?

Mestre: — Por mais polêmica que esta afirmaçãopossa parecer, o enfoque das parcelas dos livros aque o discípulo se refere é, no primeiro caso, his-

tórico e, no segundo, jurídico. Em rigor, não pode-mos considerar essas parcelas como religiosas,embora façam parte de livros que, globalmente, osão. Logo, a ausência de Amor que revelam é deorigem humana; não divina.

110 

Discípulo:  — Na época em que fazemos estapergunta (Outubro de1993) o Mundo encontra-seperplexo com o conservadorismo do atual Papa(João Paulo II) que, nas suas mais recentes Encí-clicas tem, por exemplo, recuado alguns passosem relação a liberalizações anteriores e insistidoem temas como a proibição dos métodos anticon-

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cepcionais e a infalibilidade papal. Que podeisadiantar sobre estes temas preocupantes?

Mestre:  — Os dogmas criados pelas diversasreligiões nas diferentes épocas são assunto dasua exclusiva responsabilidade e raras vezes con-duziram ou conduzirão a alguma coisa de positivo.Não vemos qualquer razão para justificar a intro-missão religiosa no planejamento familiar que não

seja a sua crônica e arcaica tendência para con-trolar tudo e todos. A dita infalibilidade papal inse-re-se nessa tendência ditatorial. Alguma vez umditador admitiu falibilidade?

111 

Discípulo:  — Quereis dizer que o controle da

natalidade em nada incorre contra a Lei do Amor?

Mestre: — Depende dos casos. As questões mo-rais são sempre muito subjetivas, não se podendo

 jamais generalizar. O que, nalguns casos, é total-mente legítimo pode, noutros, não o ser. Clarifi-cando: o casal que, já tendo o número ideal defilhos (de acordo com as suas possibilidades detempo, dinheiro, etc.) usa meios de anticoncepção,pouco ou nada comete de reprovável. Já aqueleque, por egoísmo ou ganância, não quer ter filhosou tem um número inferior às suas reais possibili-dades, certamente que incorre em falta.

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112 

Discípulo:  — Porque dissestes, no primeiro e-xemplo pouco ou nada comete de reprovável?Qual é o pouco de reprovável que ainda subsiste?

Mestre: — O eventual cerceamento de uma opor-tunidade urgente de reencarnação a um ser cujascondições ideais se encontrassem precisamente

nessa família.

113 

Discípulo:  — Quando falais de meios de anti-concepção usais o termo sem limitações? E oaborto? Deve ser legalizado?

Mestre: — O aborto deve ser, logicamente, evita-do a todo o custo. Quanto à sua legalização, amaior polêmica existe em torno de a sua práticaser ou não ser homicídio — e não é. Já foi esclare-cido — nos primeiros capítulos desta obra — quea reencarnação só se dá no momento do nasci-mento. Como sem Mônada e Alma não existe

Homem, o feto é tão-somente um embrião huma-nóide, embora acompanhado de perto, desde omomento da fecundação, pela entidade candidataà reencarnação.

Por todos estes motivos, achamos que aprática do aborto deve ser despenalizada (porrazões de assistência médica) e, simultaneamen-

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te, desencorajada através de uma educação daspopulações sobre as consequências físicas e espi-

rituais desse ato.

114 

Discípulo: — E a opinião do Papa? Que podemospensar?

Mestre: — Que a infalibilidade não existe e que apossibilidade de iniciados — como foi o caso deJoão XXIII (o nosso irmão Ângelo Roncalli) —ascenderem ao trono papal, é extremamente re-mota.

115 

Discípulo:  — O sexo é, sem dúvida, uma mani-festação inferior do Amor. Como entender a suabanalização e a promiscuidade que hoje tão aber-tamente se pratica?

Mestre:  — Os fatos a que o discípulo se referesão, realmente, preocupantes. Todavia são muito

comuns na fase final de uma época ou de umacivilização — como a que se vive agora — quandouma pequena parte da Humanidade se espirituali-za enquanto que a maioria se animaliza, parecen-do recuar na escala evolutiva.

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Mestre: — Achamos que quem tem que esclare-cer tais afirmações são os autores dos menciona-

dos livros. Os Mestres a que vos referis não subs-crevem para si próprios a adequação desses epí-tetos, reservando a qualificação de Deus do Amorpara “Aquele-Sobre-Quem-Nada-Pode-Ser- 

Dito” .

119 

Discípulo:  — O fato de continuarmos a ter pre-sentes em nós, através da evocação do Amor, osseres que, entretanto, já desencarnaram, prejudicade algum modo a sua evolução?

Mestre: — A resposta é não, antes pelo contrário— dada a forma como o discípulo colocou a per-

gunta. Todavia, se a evocação não for realmentede puro Amor e, pelo contrário, for egoísta, obses-siva, apaixonada, egocêntrica, então pode prejudi-car o sossego, principalmente dos menos evoluí-dos. Claro está que, em última análise, esse preju-ízo retorna à origem através da roda do Carma.

120 Discípulo: — E o fato de lhes enviarmos emana-ções conscientes de amor atrasa de alguma formao caminho daqueles que partiram para outros pla-nos? Já agora, quais os efeitos das chamadasmissas por alma de... ?

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Mestre:  — A primeira parte da pergunta já estáimplícita na resposta anterior. Quanto às missas

 por alma, elas são, na maioria dos casos, inócuas,raras vezes, perniciosas, e, raríssimas vezes, dealguma utilidade, dada a forma superficial de quese revestem.

121 

Discípulo: — No livro “Astrologia Esotérica¨  trans-mitido a Alice A. Bailey pelo Mestre Djwhal Khul,afirma-se acerca das Hierarquias Criadoras: AHierarquia que é a quinta em ordem, e que nosdizem estar em processo de atingir a libertaçãofinal, ou tomar a quarta Iniciação, é a causadorade certos fenômenos no planeta que lhe merece-ram o cognome de Estrela do Sofrimento. Existe

um elo cármico entre o reino animal e a quintaHierarquia Criadora do sistema anterior que serevela no Homem através da necessária crucifixãoda natureza animal, particularmente em relação aosexo? Devemos recordar que as Hierarquias tra-balham sob a Lei da Atração que é a lei dos Cons-trutores. Se a Lei de Atração implica sofrimento ecrucifixão, porque não substituí-la pela Lei do A-mor? Não estaremos a ser vítimas de uma injusti-ça?

Mestre:  — O tema das Hierarquias Criadoras émuito denso e complicado para se entrar em gran-des detalhes numa obra de divulgação popularcomo é a presente. Para simplificar, diremos que,

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realmente, a via do sofrimento foi escolhida para aTerra em determinado ponto da sua evolução co-

letiva porque era aquela que, carmicamente, me-lhor se adaptava ao Plano Divino para este plane-ta. Portanto, a decisão da quinta Hierarquia não foiarbitrária ou desligada da Lei do Amor; pelo con-trário, foi tomada em plena consciência dessa Lei,da qual todas as outras — incluindo a de Atração— são complementos.

Quanto à crucifixão da natureza animal edo sexo em particular, cremos que todos sabemtratar-se de um passo decisivo na evolução rumoà libertação, mais explicitamente, o penúltimo pas-so ou Quarta Iniciação.

122 

Discípulo: — Se, como foi definido antes, amar édar sem esperar retorno, porque razão existe umPlano Divino por via do qual, não havendo o ade-quado retorno (resposta) por parte da Humanida-de, a evolução não se processa? Não parece istocontrariar a dita definição?

Mestre: — O cumprimento do Plano Divino (rarasvezes conseguido nos prazos ideais) não repre-senta uma retribuição ao Amor de Deus-Pai massim um passo em direção à realização da divinda-de do próprio Homem. Nunca vos esqueçais: oHomem foi criado para compartilhar da Glória doCriador. A situação é comparável ao dever do

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estudante em passar nos exames, não para retri-buir o dinheiro que o pai gastou com os estudos,

mas para se formar e tornar independente, igualao pai.

123 

Discípulo: — Pode considerar-se a proteção mú-tua e o acordo tácito entre os irmãos da sombra

como uma forma débil de amor?

Mestre:  — Não existem, em rigor, nem proteçãomútua, nem acordo tácito entre os irmãos da som-bra, mas unicamente uma pontual coincidência depropósitos cuja fragilidade é tão grande quanto umfio de cabelo.

124 

Discípulo:  — Assim sendo, será correto falar-sede Fraternidade Negra ou é preferível usar-se aexpressão Loja Negra — já que fraternidade pres-supõe uma relação amorosa entre os membros?

Mestre: — É, de fato, impossível usar a expressãoFraternidade Negra em relação ao conjunto deseres a que, habitualmente, chamamos magosnegros e seus lacaios.

125 

Discípulo:  — O assim chamado apego é uma

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forma incipiente de amor?

Mestre: — Não, o apego é uma forma enraizadade possessividade e egoísmo, de uma manifesta-ção de amor limitada e imperfeita.

126 

Discípulo: — De acordo com a premissa de que

tudo se reflete em tudo, é possível amar verdadei-ramente alguém de forma pura se alberga-se ódiopor outro alguém no seu coração? Por outras pala-vras: é de confiar na integridade do amor da partede quem facilmente é capaz de ferir, de quem écaracterizadamente egoísta e indiferente à doralheia? Ou, pelo contrário, tais venenos forçosa-mente desvirtuarão o amor que se dedique a um

outro ou mais seres da sua predileção?

Mestre: — Na realidade, qualquer energia que semanifeste através de uma qualidade (positiva ounegativa) possui, patente ou latente em si, a quali-dade oposta que a pode transformar numa energiacontrária. Assim, podemos dizer que o amor éuma energia que, manifestando-se através daqualidade do bem-querer tem dentro de si a se-mente do mal-querer, que o pode transformar emódio. Podemos então comparar a dualidade amor-ódio a um sistema de vasos comunicantes: quantomais enchemos o vaso da direita, que contém oamor, mais esvaziamos o da esquerda, onde seabriga o ódio — e vice-versa. Porém, se um dos

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vasos não estiver totalmente cheio, coexiste emdose que pode ser de considerável dimensão,

muita energia do lado contrário. Por isso (por maisparadoxal que possa isto parecer-nos) existempessoas cuja capacidade de amar e odiar sãoabsolutamente equivalentes: os vasos estão ameio. Em conseqüência, podemos fazer a afirma-ção ainda (aparentemente) mais paradoxal: Quan-do a quantidade de energia dos vasos está em

equilíbrio, o homem atinge o seu maior desequilí-brio.

127 

Discípulo:  — A destruição pode ser um ato deamor?

Mestre:  — Sim, mas em planos que o Homemcomum não pode ainda, sequer, compreender.

128 

Discípulo:  — É bem conhecida dos esoteristasmais dedicados a uma cuidadosa reflexão a espe-

cial dificuldade da distinção entre o 2.º Raio e o 3.ºRaio. Julgamos que não cabe no âmbito destesDiálogos desenvolver esse assunto. No entanto,atrevemo-nos a perguntar: qual é o grande Raiodo Amor — o 2.º ou o 3.º?

Mestre:  — Para que melhor se compreenda oenquadramento do que foi perguntado e do que

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queremos responder, elaboramos a seguinte per-gunta: a quem pertence o mérito (ou a culpa) de

uma boa ação (ou de uma má ação) — a quem aidealiza ou a quem a executa? Para facilitar, emvez de 2.º e 3.º Raios, falemos (quando nos refe-rirmos ao amor) em Amor-Sabedoria-Atividade.Assim não separaremos as partes do todo.

129 

Discípulo:  — Pode ser indicado onde se encon-tram atualmente sediados, nas contrapartes sutisdo mundo físico, os principais Focos (ou Templos)do Amor?

Mestre:  — Podemos, unicamente, indicar que oTemplo do Amor Divino se encontra no planalto

central brasileiro, que o Templo da Ascensão seencontra no Sudeste brasileiro e que o TemploTripartido do Espírito Santo tem vórtices em Portu-gal continental, nos Açores e no Brasil.

130 

Discípulo: — O que nos pode ser principalmenterecomendado para colaborarmos em ordem a umamais plena manifestação do Amor, nos temposmais proximamente vindouros?

Mestre: — Abri os vossos corações e repudiai opreconceito.

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131 

Discípulo: — Numa época em que todos os Ho-mens, de todas as religiões e filosofias, principal-mente aqueles que dizem alinhar-se com as hos-tes da Grande Fraternidade Branca Universal,deviam dar as mãos numa união amorosa propíciaà manifestação dos Grandes Avatares, como secompreendem atos como o que há algum tempo

foi perpetrado pela Ponte para a Liberdade  doBrasil, plagiando, mutilando e deturpando o livro“As Novas Escrituras, Vol. I”, e publicando-o comose fosse seu com um nome falso?

Mestre: — Estava anunciada para estes tempos aqueda das máscaras e a revelação pública dequem é quem no Serviço do Plano Divino sobre a

Terra. Não nos agrada fazer comentários ou juízospúblicos nominais sobre quem se encontra noplano físico. Os atos falam por si próprios.

132 

Discípulo:  — Foi já publicamente anunciado(designadamente através de livros editados peloCentro Lusitano) que a manifestação messiânicado Senhor do Amor — o Cristo Maitreya — nestelimiar da Era de Aquário e da Era do 7.º Raio serevestirá de diversas formas. Algumas já foraminiciadas? Quais e como?

Mestre: — Como sabeis, esta manifestação ava-

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tárica é dual, sendo o Avatar Grupal responsávelpor toda a movimentação energética que provoca

as correspondentes respostas por parte do Avatardivino. Por isso não podemos, por enquanto, falarde formas de manifestação iniciadas pelo CristoMaitreya mas sim de formas de ação iniciadaspelo Avatar Grupal com a correspondente reaçãoenergética messiânica. Nesse âmbito se contam:

As aproximações ecumênicas entre seitas reli-giosas.• A pacificação e harmonização de vastas áreas

da Terra (algumas delas ainda em fase deconflito tendente à harmonização).

• A cada vez mais presente consciência planetá-ria adquirida e assumida por líderes políticoscomo conseqüência da pressão da consciência

das massas.• A onda avassaladora pela recuperação ecoló-

gica da Terra, com eco em áreas de podereconômico anteriormente estanques.

• O alastramento em velocidade inaudita dasformas de comunicação, informação e informa-tização — designadamente eletrônicas — que

transformam gradualmente a Terra numa gran-de rede intertecida e interligada.• Em conseqüência do fenômeno anterior, a

rápida aproximação entre os dados do conheci-mento exotérico e da Sabedoria Esotérica, quelevará a uma interessante colaboração a muitocurto prazo.

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133 

Discípulo:  — A dedicação à espiritualidade e adisponibilização para o Serviço implica cortar (ounão deixar que se gerem) laços de amor com ou-tros seres humanos?

Mestre: — Claro que não. Pelo contrário, como jáafirmamos, o Amor deve partir de dentro para fora,

do particular para o geral, de baixo para cima,enfim, do microcósmico para o macrocósmico. Aidéia contrária é totalmente pisceana e não temhoje fundamento.

134 

Discípulo:  — A encarnação num corpo físico fe-

minino é mais propícia à expressão do amor doque a encarnação num corpo masculino?

Mestre:  — Assim foi, de fato, no passado, porcausa dos tabus e imposições sociais acerca damasculinidade. Hoje não existe qualquer diferen-ça.

135 

Discípulo: — É verdade que nos devemos absterde crítica (nos moldes habitualmente praticados)por constituir uma forma de desamor?

Mestre: — Se pela frase nos moldes habitualmen-

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te praticados  o discípulo significa crítica mordaz,destrutiva, venenosa e mal-intencionada, então

sim. Todavia, a crítica construtiva, oportuna, enér-gica, bem-intencionada e objetiva pode e deve serexercida pelos homens de caráter.

136 

Discípulo:  — Então é igualmente verdade que

devemos saber ponderar e avaliar as situações e(onde quer que tal se imponha), dar o testemunhoda realidade?

Mestre: — Sim, sem a menor sombra de dúvida.

137 

Discípulo: — Será correto a um ser humano doaros seus órgãos após a morte física? Será issouma prova de amor?

Mestre:  — A resposta, para ambos os casos, ésim e trata-se de uma prova de amor e desapego.

138 Discípulo: — Li algures qualquer coisa como isto:Se toda a Humanidade se tornasse vegetariana,ao cabo de duas ou três gerações não haveriamais guerras. A ser assim, podeis explicitar melhoresta afirmação? Tem a ver com a baixa astralida-de dos animais — e não dos vegetais — prenden-

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do o Homem a planos de vibração que lhe deviam já ser muito inferiores?

Mestre: — A citação está correta mas as hipóte-ses justificativas dela extraídas não.

Quimicamente falando, não há grandediferença entre as células animais e vegetais. Porisso, a ingestão de uma coisa ou de outra não vai

alterar em muito o comportamento humano. Ou-trossim, a evolução espiritual faz-se a partir damente; não do aparelho digestivo. Por outro lado,para o Homem evoluído, o plano astral e as diver-sas formas astralinas não representam, nem gran-de risco, nem surpresa de maior.

O que faz com que a frase seja verdadeira,

são os acréscimos que lhe vamos ceder, reapre-sentando-a da seguinte maneira: Se toda a Huma-nidade se tornasse tão intrinsecamente pacifistaque se tornasse vegetariana por amor para com oreino animal, ao cabo de duas ou três geraçõesnão haveria mais guerras. É obvio que quem de-senvolveu tal compaixão pelo reino animal já ultra-passou a hipótese de agressão para com o ReinoHumano.

139 

Discípulo:  — No primeiro volume dos presentesDiálogos (recebido em 1988) afirma-se que o sis-tema político-econômico ideal é aquele em que o

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amor prevaleça sobre o desamor. É possível de-senvolver mais um pouco esta afirmação que,

para alguns (nos quais não nos incluímos), poderáparecer despropositada e falha de sentido prático?

Mestre: — Certamente. Fá-lo-emos, então, medi-ante uma série de perguntas:

Num sistema político planetário em que o

amor prevaleça sobre o desamor, será possível:

1. Os políticos roubarem ou, de alguma forma,enganarem o povo que os elegeu?

2. Os parlamentares legislarem contra os interes-ses desse povo?

3. Os juízes julgarem iniquamente os réus?4. O Estado ser um inimigo do cidadão?

5. O poder econômico manobrar a seu bel-prazeros meandros da política, a fim de assegurar e/ou aumentar os lucros abusivos de suas em-presas?

6. A educação, a saúde e a assistência socialcontinuarem no estado lamentável em que seencontram, especialmente (mas não exclusiva-mente) nos países do terceiro mundo?

7. As potências chamadas ricas continuarem aliquidar o que ainda resta de equilíbrio ecológi-co no planeta e (ainda por cima) com o despu-dor de acusar os países pobres de serem oscausadores do descalabro?

8. Que não sejam extintas as redes de tráfego dedrogas, prostituição e jogo, e justamente puni-

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dos os seus promotores?9. Que não seja assegurado o “pleno emprego” e

a justa remuneração de todos os cidadãos?10. Que a justa distribuição fundiária continue (em

muitos países) a ser letra morta?

140 

Discípulo: — Sob um ponto de vista psicológico,

a progressiva queda de fronteiras na ComunidadeEuropéia e em outras associações similares, de-signadamente o Merco-Sul e a NAFTA, correspon-de ou pode ser considerada um prenúncio de umnovo horizonte, mais alargado e abarcante, nacapacidade de amar (pela abdicação dos povosem relação a seus estreitos e estanques domíniosafetivo-temporais)?

Mestre:  — Sim. Trata-se de uma resultante danascente homogeneidade da consciência coletiva,com seus naturais (e, por vezes, complexos e atéaparentemente contraditórios) processos de perfu-são e equilíbrio energéticos. Tal corresponde àconquista de um maior terreno para a expressãodo Amor.

141 

Discípulo:  — Julgo que a expressão idiomática“Façam amor e não a guerra”   (Make love, notwar), terá nascido, bem-intencionadamente, noperíodo da guerra no Vietnã. No entanto, partida

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ao meio, e defasada do seu contexto total, afasta-se hoje em dia, cada vez mais, da intenção, com

algum cunho moral, que a fez nascer. A propósitode tudo e de nada, em todos os países, se diz fizamor  com fulano, ou com fulana... Não será tempode desmistificar essa questão e impedir que sereduza o amor à sexualidade física?

Mestre: — Mais uma vez afirmamos que é ilegíti-

mo impedir seja o que for, por mais negativo oupernicioso que possa parecer a uns ou a outros.Para mais, se os desejos de impedimento de todaa gente fossem satisfeitos, nada seria permitido...

Quanto à referida expressão, ela não nas-ceu somente por um sentimento anti-guerra doVietnã. Nasceu também porque precisamente

nessa época se processava a revolução sexualcontra os tabus, os preconceitos, as discrimina-ções, as mistificações e os impedimentos.

Como a guerra do Vietnã terminou há mui-to e a revolução sexual saiu vitoriosa (ao ponto de,em parte, ter descambado para o extremo oposto— o que é a seqüência normal de todas as revolu-ções) a expressão não tem hoje sentido — pelomenos no espaço geográfico-cultural em que seinseria originalmente.

Quanto a certas pessoas se relacionaremsexualmente como se fossem irracionais, hojecom um parceiro, amanhã com outro e a isso cha-

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marem fazer amor , é caso unicamente para la-mentar-se essa ignorância (tanto mais que amor

não se faz, dá-se, recebe-se, vivencia-se...).

142 

Discípulo: — Está correto fazer-se uma interven-ção esotérica (cura, problemas vários) sobre al-guém, mesmo quando esse alguém não solicitou

(ou mesmo não quer, por motivos de esgotamentode carma), ainda que essa intervenção seja comas melhores intenções de serviço? Se sim, comodeve ser feito para não interferir com o esgota-mento do carma?

Mestre: — Se, carmicamente, a pessoa em ques-tão não puder ser ajudada pela intervenção, a

energia ofertada terá efeito sobre outrem que pos-sa ser beneficiado através dela. Em qualquer doscasos, o agente ativo gera carma positivo para sipróprio.

143 

Discípulo: — É correto que, quando se pensa emcura esotérica se deva pensar e atuar em medici-na (ciência, coletivo) e não apenas no doente?

Mestre: — A pergunta do discípulo não está ela-borada com muita clareza. Gostaríamos que areformulasse de uma forma que não ofereçaquaisquer equívocos ou possibilidades de dupla

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interpretação.

144 

Discípulo: — Devem (podem) as curas esotéricasser feitas sem que o próprio interessado (doente)esteja diretamente interessado (colabore) no pro-cesso?

Mestre:  — Sim, podem. A colaboração e o inte-resse da personalidade não são indispensáveis; jáo mesmo não pode dizer-se quanto à adesão daAlma.

145 

Discípulo: — As estórias de encantar (contos de

fadas) poderão ser consideradas como um modode ensinar às crianças a Lei do Amor?

Mestre: — Os contos de fadas, como as fábulas eas parábolas, são formas muito perfeitas de seensinarem os grandes princípios e as grandesverdades ocultas a vastas camadas da Humanida-

de — crianças e adultos.146 

Discípulo:  — É possível darem-nos algumas re-gras práticas para incentivar nas crianças, atravésda educação, o despertar do Amor?

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Mestre:  — A regra prática mais eficaz é de dar,em todas as situações, o exemplo do Amor e, em

todos os casos, evitar emanar vibrações de desa-mor (pelas quais a sensibilidade das crianças éespecialmente ferida e perturbada). Pelo contrário,e por causa dessa mesma sensibilidade, deve-sepôr particular ênfase em banhar as crianças numambiente pleno de vibração do amor.

Pequenas histórias, fábulas ou parábolassimples mas sugestivas são outro meio poderosode incentivar nas crianças a importância e o signi-ficado do amor.

Outro cuidado, tantas vezes esquecido,que importa sublinhar, é de não alimentar a com-petitividade gratuita, os intuitos de prevalecer astu-

tamente e a separatividade que, frequentemente,é até abençoada e fomentada pelos pais, mesmonas relações entre irmãos de tenra idade. Ensinai,antes, o valor da sincera e espontânea coopera-ção fraternal (embora não deixando de, simultane-amente, ajudar a criança a não ser demasiada-mente molestada por um meio violento e brutalcomo, em grande medida, é o proporcionado pelavossa civilização, influenciando-a a adotar umaconduta que se paute sempre pelo verdadeirorespeito, pela dignidade própria e de cada um dosseres com os quais se relaciona).

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147 

Discípulo: — Ao longo dos tempos, todos aquelesque pregaram na Terra o Amor e a não-violênciaviram tais princípios serem repudiados não sópelos seus adversários como até, na prática, pelosseus seguidores. Veja-se por exemplo, os casosde Jesus e de Gandhi. Não quererá isto dizer quetais princípios constituem uma utopia irrealizável?

Mestre:  — Não estamos totalmente de acordocom o raciocínio evidenciado na pergunta. Emrigor, Gandhi é um seguidor de Jesus (dos Mes-tres) e das regras de Amor e não-violência por Ele(e outros) pregadas, como o foram Martin LutherKing e tantos outros verdadeiros mártires, e comoo são tantos membros da Humanidade (entre os

quais porventura o próprio autor da pergunta).Seria uma tremenda injustiça e pessimismo pen-sar que todos os seguidores dos grandes Instruto-res do Mundo não seguiram ou não seguem osprincípios por eles ensinados.

148 

Discípulo:  — De acordo com a convicção de al-guns grupos de várias origens, o chacra cardíacodo planeta situar-se-ia agora no Brasil, mais pro-priamente no Estado de Goiás; mais propriamenteainda, segundo alguns, nas imediações de Brasí-lia; segundo outros, na região de Alto Paraíso deGoiás. Confirmais alguma destas localizações?

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Mestre: — Não, não confirmamos nenhuma delas.O chacra cardíaco do Brasil encontra-se perto da

área referida (Goiás) mas não exatamente emalgum dos lugares citados. Quanto ao chacra car-díaco do planeta, seguramente que não se encon-tra na região mencionada na pergunta. Não adian-taremos, de momento, a localização certa paraque não se desencadeiem outros movimentosmigratórios de grupos místicos que pretendem

assistir à “vinda” de Maitreya como quem se quersentar na primeira fila da platéia de um teatro àespera que o pano abra. Maitreya está, estarácom todos Seus discípulos, com todo o corpo ava-tárico grupal, onde quer que este se encontre.

149 

Discípulo:  — Todos os universos manifestadossão criação do Amor?

Mestre: — Sim, na sua origem.

150 

Discípulo:  Será correto afirmar que só se podefalar de uma Lei Universal do Amor num Universomanifestado (e não, consequentemente, no Imani-festado)?

Mestre: Sim, dado que só podemos, com proprie-dade, falar de Leis, quaisquer que sejam, numUniverso manifestado. As Leis Universais são a

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própria organização da substância para cada Perí-odo de Manifestação. Quanto ao Imanifestado, em

Si, até o mais elevado Mestre nada pode — nadasabe — dizer.

151 

Discípulo:  — É verdade que, continuando muitoembora o trabalho d'Aqueles que O procederam (e

que expressaram outras qualidades divinas), oAvatar Maitreya “fez descer” à Terra uma possibili-dade de vivência de Amor até então ignota nomundo dos homens (e, até, de certa forma, naprópria Hierarquia Planetária)?

Mestre:  Sim. Lembremos que, anteriormente,também o Senhor Gautama (por exemplo) veio

ampliar o leque das virtualidades que passaram aestar definidamente abertas aos membros destaHumanidade.

152 

Discípulo: — É igualmente verdade que, na sua

presente manifestação messiânica, cabe-Lhe com-pletar aquele trabalho, inspirando os homens a umAmor mais universal, mais oniabarcante e maisconscientemente ativo?

Mestre: — Também neste caso a resposta é ine-quivocamente afirmativa, pelas razões que seexpõem em outras respostas desta obra e em

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livros anteriores, quer entre os editados pelo Cen-tro Lusitano de Unificação Cultural (antes de 1995,

designadamente, em “As Novas Escrituras”), querentre os que foram escritos pela irmã Alice A. Bai-ley.

153 

Discípulo: — Como se pode interpretar o ato de

alguém que arrisca a sua vida para salvar outrapessoa?

Mestre: — Como um ato de puro amor, claro.

154 

Discípulo: — O medo da morte não é um intrínse-

co reflexo da não compreensão da Lei do Amor?Ou do desconhecimento dos desígnios da própriaVida?

Mestre:  — O medo da morte é o resultado daunião de dois sentimentos muito naturais: o medodo desconhecido e o instinto da conservação.

Estes dois sentimentos aparecem relacionadoscom a morte por pura ignorância e não por incom-preensão da Lei do Amor. Essa ignorância (oudesconhecimento) é o resultado de uma evoluçãoespiritual pouco desenvolvida. Os seres de grandenível evolutivo não têm medo da morte — nemtão-pouco a desejam. Sabem cumprir todas asetapas da Vida com alegria, e saúdam a morte,

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quando ela chega, como se saúda o nascer do Solapós uma noite bem dormida.

155 

Discípulo:  Sabendo-se que, no passado, forameleitas e santificadas figuras religiosas ou míticascom base em personalidades historicamente ine-xistentes ou, noutros casos, cuja vida não corres-

pondeu a essa santidade, mas que, com o tempo,granjearam a devoção dos chamados fiéis, paraonde se dirige ou canaliza essa energia amorosa(ou devocional) doada pelos crentes? Dissipa-se,ou é aproveitada de forma construtiva?

Mestre: — É naturalmente atraída para focos devibração de características idênticas às idealiza-

das nessas entidades, assim justamente reforçan-do e alimentando a força inspiradora, irradiante econstrutiva de tais seres ou focos.

156 

Discípulo:  — O prazer e a dor não são apenas

instrumentos cármicos, mas também intervenien-tes diretos na Lei do Amor. É possível corrigir edesenvolver esta afirmação?

Mestre:  — Todos os instrumentos cármicos sãointervenientes diretos na Lei do Amor. A dificulda-de em compreender isto resulta, unicamente, daassociação de Carma com punição — o que não é

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correto.

157 

Discípulo: — Os elixires da longa vida encontram-se em franco desenvolvimento. Segundo algunscientistas, já é possível prolongar a vida do corpofísico até aos 130 anos. Será esta situação corre-ta?

Mestre:  — O corpo humano está preparado eprogramado para ser útil durante um elevado nú-mero de anos. Por motivos que o próprio homemcriou, a longevidade foi reduzida a níveis incrivel-mente baixos (menos de 30 anos, em média, uni-camente 2.000 anos atrás). Criaram-se limitaçõese condicionamentos hereditários que agora come-

çam a ser desbloqueados, ao mesmo tempo que agenética descobre que não existem motivos reaispara o envelhecimento precoce das células, massim erros comportamentais, de alimentação ambi-entação, emoção, etc, — a par de erros cármicos— que podem ser rapidamente corrigidos. Nãofalta muito tempo para que seja possível prolongara vida do corpo físico até mesmo mais do que 130anos.

158 

Discípulo:  — Será que existe algum símbolo,apropriado aos tempos atuais, para expressar oamor?

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Mestre: — Existem certamente muitos. Destacare-mos o símbolo da cruz em que as rosas florescem

ou em que o sol brilha na intersecção do braçovertical e do braço horizontal, que é um símbolopara toda as Eras.

159 

Discípulo: — E um som?

Mestre: — A palavra sagrada AUM é uma expres-são sublime do amor universal, na linha direta do2º Raio.

160 

Discípulo: — Quando um doente entra em coma

e a manutenção de suas funções vitais é assegu-rada artificialmente, o desligar das máquinas podeser considerado um ato de eutanásia? Seria possí-vel prestarem algum esclarecimento acerca doestado de coma, que ajudasse a decidir nestassituações (designadamente, face à Lei Universaldo Amor)?

Mestre:  — Se a Ciência puder determinar semmargem de dúvida que o coma é irreversível, odesligar das máquinas é um ato de amor e aque-les que prolongam forçadamente o agrilhoamentoà matéria de um espírito que já está pronto parase libertar, incorrem em grave falta. Isto refere-se,tanto aos familiares (por apego egoísta) como aos

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profissionais da saúde (por interesses econômi-cos). Atenção: falamos em desligar as máquinas,

não em introduzir no corpo do doente qualquerdroga destinada a acelerar a morte que — issosim — seria eutanásia e homicídio voluntário,mesmo que induzido por compaixão.

161 

Discípulo: — A pena de morte é sempre reprová-vel qualquer que seja a situação? Quais as prová-veis conseqüências para o país que a pratique?

Mestre: — A pena de morte é sempre reprovável.As conseqüências individuais e coletivas depen-dem de muitos outros fatores cármicos — quepodem servir como agravantes ou atenuantes. Um

fator atenuante seria um país que se encontrassesob ocupação inimiga (ilegítima e/ou terrorista)usar a pena de morte para punir os seus membrosculpados de colaboração com o opressor. Umfator agravante, seria um Estado reintroduzir apena de morte quando já a havia abolido.

162 Discípulo:  — Existem expressões de amor nosreinos animal e vegetal? Em caso afirmativo, po-deis dar alguns exemplos?

Mestre: — Certamente que sim, especialmente noque respeita à sua relação com o reino humano e

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com outros superiores a este. Duvidais do genuínoamor de certos animais domésticos pelos seus

protetores humanos? Nunca vistes um cão chorara morte do seu amigo humano ao ponto de — porvezes— morrer de desgosto? Não sabeis que oaroma das flores, a polpa dos frutos e o mel dasabelhas são dádivas de amor? Não sentis o Amorde toda a Criação em relação ao Criador? As plan-tas e os animais amam no Homem a sua divinda-

de; através dele, servem a Deus.

163 

Discípulo: — Muitas vezes, ao assistirmos a umacena de alguma violência moral ou física de pais(ou adultos, na generalidade) para com crianças,dizemos ou pensamos; “ Ai, se fosse meu filho, não

deixava que o tratassem assim...” Não será tam-bém nosso dever, pontualmente, intervir, de formaeducada e humana? Não será também um devernosso vencer a barreira do comodismo ou da ver-gonha e intervir educada, hábil e respeitosamente— tentando sensibilizar os adultos em questão,implicitamente, para o fato de que as crianças nãosão objetos ou propriedade dos pais e, explicita-mente, para a inconveniência ou prejuízo desta oudaquela ação?

Mestre:  — Claro que sim. E, não resultando adiligência e persistindo a violência, é legítima adenúncia do fato às autoridades.

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164 

Discípulo: — As doenças para as quais a medici-na humana não tem cura como, por exemplo, ocâncer (cancro) e a AIDS (SIDA), constituem umaoportunidade especial de tomada de consciênciapara quem as contrai e para os familiares queassistem ao sofrimento de alguém que amam?

Mestre: — Como já tem sido dito muitas vezes, osmecanismos cármicos têm sempre múltiplos efei-tos por forma a conseguir-se sempre a máximaeconomia de meios. Por isso, a resposta à pergun-ta do discípulo é: sim, mas não só. O âmbito des-sas doenças não se queda só pelo horizonte indi-vidual ou familiar mas vai mais longe: no caso docâncer (cancro), chega ao horizonte de toda a

presente Raça-Raiz; no caso da AIDS (SIDA) che-ga (por enquanto e espera-se que somente) aohorizonte da 6ª Sub-Raça.

165 

Discípulo: — Existe algum fundamento na afirma-ção de que as crianças resultantes da fecundação“in vitro”, sendo artificialmente concebidas, sãodesprovidas de alma? E quanto à sua essência,não têm ligação a ela ou não a têm de todo?

Mestre: — Não existe nenhum fundamento nessaafirmação. Primeiro, porque a efetividade da en-carnação de uma alma nada tem a ver com a for-

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ma de fecundação. Segundo, porque a encarna-ção só se verifica se o veículo de expressão física

for adequado às condições cármicas do Ser evolu-cionante. Terceiro, porque toda e qualquer encar-nação (para valer como prova de compensaçõescármicas) envolve o Homem total, em sua grandetrindade Mônada-Alma-Personalidade. Sem aexistência da Alma, a Mônada não estaria, real-mente, encarnada, pois ficaria isolada da comuni-

cação com o mundo da forma. Quarto, porque nãoexiste fecundação artificial: se há fecundação éporque os pressupostos naturais se verificaram,no corpo da mulher ou no laboratório.

Finalmente, diremos que a Humanidadeterrestre — à semelhança de outras cuja evoluçãoestá alguns passos à frente da sua — tende para

um tipo de reprodução-multiplicação que, cada vezmais, será independente do contacto sexual diretoentre macho e fêmea. A atual forma de fecunda-ção “in vitro” é, unicamente, um passo nessa dire-ção — por mais controversa que a muitos pareçaesta afirmação.

166 

Discípulo: — O chamado “amor” entre um casal,pelos filhos, pelos pais, etc., não será mais umaforma de egoísmo do que uma manifestação, anível humano, da Lei Universal do Amor?

Mestre: — Depende da forma como essa afeição

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é vivida e praticada. Se, como em muitos casosinfelizmente acontece, ela estiver fundada numa

base separatista e até de competitividade, levandoa procurar atrair todo o tipo de prosperidade esegurança físicas e emocionais para o próprionúcleo familiar esquecendo e até, tantas vezescomprometendo ou ameaçando, os outros nú-cleos, então, temos aí uma manifestação de ego-ísmo. Na verdade, é a essa vida familiar separatis-

ta que grande parte da Humanidade se limita. Suacapacidade de dar e de amar não vai mais alémdo seu círculo muito próximo.

Se, diferentemente, a afeição alargada aonúcleo familiar mais próximo for um ponto inicialde superação do puro egocentrismo e expressarum amor que aí não se esgota mas que se alarga

para unidades coletivas (afinal, outro tipo de famí-lias que não as de sangue) cada vez mais amplase abarcantes, então ela alinha-se com a Lei Uni-versal do Amor (além de que, quem a vivencia e apratica, cumpre seus deveres cármicos de nature-za familiar).

167 

Discípulo: — Os Mestres da Sabedoria são tam-bém conhecidos como Mestres da Compaixão.Será a Compaixão um atributo essencial do Amor-Sabedoria?

Mestre:  — Certamente que sim. Aliás, a plena

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Compaixão só é possível a quem tenha atingido a“Vitoriosa Conclusão” — ou a 5ª Iniciação. Para

que exista plena Compaixão é necessário terem-se previamente desenvolvido as virtudes do Per-dão e da Humildade — que também são atributosessenciais do Amor-Sabedoria.

168 

Discípulo:  — Por que razão, sendo o Amor alinha diretriz do nosso planeta, este parece (hojeem dia) andar tão arredado das relações huma-nas, desde o matrimônio às relações entre paí-ses? Se não existe amor na maioria dos lares,como podemos ambicionar que o haja no planetacomo um todo? Como poderá o Cristo descer aum mundo tão pouco amoroso?

Mestre: — A situação não é — felizmente — tãonegativa quanto as notícias dos jornais parecemrevelar. Os atos de egoísmo e de violência que osnoticiários dos meios de comunicação veiculamenchem-nos quase totalmente e dão-nos umaidéia bastante dura da realidade. Todavia, se to-dos os atos de Amor e de Altruísmo fossem relata-