Os miseráveis cap I e II
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Transcript of Os miseráveis cap I e II
OS MISERÁVEISde Victor Hugo
Apresentação I
Introdução
Essa história acontece em uma época em que há muito desemprego, o dinheiro é curto e há muita violência...
As pessoas que fazem parte desta história lutam pela própria sobrevivência.
É uma época cheia de conflitos e mudanças.
Mas não estamos falando de aqui e de agora...
Capítulo I
• França, outubro de 1815.
• Um andarilho chega a uma pequena cidade em um dia nebuloso...
• De acordo com a lei da época, apresenta-se à prefeitura para exibir seu passaporte.
• Em seguida, com fome e querendo descanso, procura um local para se hospedar.
• Ele mostra o seu passaporte.
• O dono da hospedaria mal o vê lhe responde: “Não!”
• Ninguém lhe dá abrigo, mesmo tendo ele dinheiro para pagar.
• O viajante dorme então no banco da praça.
• Mas uma senhora o acorda e lhe aponta uma casa dizendo:
• “Ali encontrarás abrigo.”
• Para lá ele se dirige, bate à porta e se apresenta:
“Sou um ex-detento da prisão de Toulon, de onde saí há alguns dias.
Peguei dezenove anos. Cinco por roubar e catorze por tentar fugir!”
Meu passaporte é minha sina. Vês? É amarelo, como só os ex-detentos o
têm!”
• Então pede:“Tu me ofereces abrigo?”
• Um velho senhor mandou-o entrar.
• Ofereceu-lhe comida e uma cama macia para dormir.
• Quando o visitante disse que procurava trabalho, disse em que lugar poderia encontrá-lo.
• O bom homem que o recebera era o bispo da cidade.
• O visitante estranhou: geralmente os bispos eram pomposos, tinham o nariz em pé, e ostentavam luxo em suas roupas.
• Mas ali, o luxo que havia não estava no dono da casa, estava nos talheres e castiçais de prata sobre a mesa em que foi servida a sua refeição.
Capítulo II
• O visitante não dormiu direito.
• A cama macia e a boa comida lhe causaram estranheza.
• Ele só conhecia a dureza da infância, quando esmolava ou roubava para poder comer.
• A outra coisa que conhecia era a infelicidade da prisão.
• Levantou-se, e no escuro se vestiu.
• Saiu do quarto e caminhou silenciosamente até os armários da sala de jantar.
• Pegou os talheres de prata, colocou-os em sua sacola.
• Então fugiu no escuro da madrugada.
• Antes que o visitante conseguisse ir longe, foi apanhado.
• Os oficiais o levaram até a casa do bispo.
• Ele seria confrontado e detido por roubo.
• Antes de ser questionado pelos policiais, o bispo percebendo a situação, pergunta ao viajante:
“Eu também não havia lhe dado os castiçais? Por que não os levou?”
• Aí, entrega-lhe os castiçais, pega um saquinho com moedas e dá ao visitante.
“Tome duzentos francos. Lembre-se de sua promessa...”
• Antes que o visitante partisse, o bispo lhe falou:
• “Eu o resgatei para o bem. Sua alma agora pertence a Deus.”“Preciso saber o seu nome, quero ter certeza que você estará no caminho certo...”
“Meu nome é Jean Valjean!”
• O viajante respondeu e saiu pela rua. Saiu da cidade. Saiu pela estrada.
• Percorreu-a às vezes apressadamente, às vezes vagarosamente, sempre pensando, pensando, pensando...
• De repente uma moedinha veio rolando pela estrada até os seus pés.
• Atrás dela vinha um menino, um pequeno músico, que a ganhara trabalhando na feira.
• Valjean pisou na moeda, e não a devolveu.
• O menino lhe pediu, mas ele ameaçou o garoto dizendo que ia lhe dar uma surra!
• O menino se foi, correndo e chorando.
• Quando Valjean tentou chamá-lo, só o vento respondeu...
Continua no próximo capítulo...
• Será que Valjean iria se regenerar?
• Ou será que a fé do bispo havia sido em vão?