Os Maias capitulos

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 Escola Secundária Sá de Miranda Português 2010/2011 1 Os Maias  Eça de Queirós Os Maias Pontos essenciais por capítulo I  - Identificação de espaço e tempo (típico do Realismo). Descrição do Ramalhete.  - Listagem das propriedades da família  - Descrição da família Maia  - Obras no Ramalhete. Vilaça arranja engenheiro português, mas Carlos, de visita a Lisboa, traz consigo um arquitecto - decorador inglês  - A casa fica vazia  - Analepse com início no pai de Afonso  - Afonso parte para Inglaterra. Conhece Maria Eduarda Runa em Lisboa e parte com ela para Londres, apesar de a mulher preferir Portugal  - Educação de Pedro  - Regresso de Afonso a Benfica  - Maria Eduarda recusa que Pedro vá estudar para Coimbra  - Pedro vê Maria Monforte, que lhe é apresentada por Alencar. Afonso considera excessiva a relação que se estabelece entre eles (não compreende o amor romântico).  - Pedro pede ao pai para autorizar o casamento, cortando a relação entre ambos. II  - Pedro e Maria partem para Itália, depois para França e de regresso a Lisboa, ao sabor dos apetites de Maria  - Pedro e Maria têm uma filha  - Maria começa a tratar mal Afonso, mesmo mal o conhecendo, o que desagrada a Pedro  - Organizam-se festas na sua casa alugada em Arroios  - Nascimento de Carlos  - Maria adoece  - Pedro fere acidentalmente o napolitano Tancredo, que se instala na sua casa  - Ambos doentes e desconhecendo-se, Tancredo e Maria apaixonam-se (renascentismo)  - Maria e Tancredo fogem com a filha, deixando Carlos  - Suicídio de Pedro

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  Escola Secundária Sá de Miranda

Português 2010/2011 1 

Os Maias – Eça de Queirós 

Os Maias

Pontos essenciais por capítulo

I

  - Identificação de espaço e tempo (típico do Realismo).

Descrição do Ramalhete.

  - Listagem das propriedades da família

  - Descrição da família Maia

  - Obras no Ramalhete. Vilaça arranja engenheiro português,

mas Carlos, de visita a Lisboa, traz consigo um arquitecto -

decorador inglês

  - A casa fica vazia

  - Analepse com início no pai de Afonso

  - Afonso parte para Inglaterra. Conhece Maria Eduarda Runa

em Lisboa e parte com ela para Londres, apesar de a mulher

preferir Portugal

  - Educação de Pedro

  - Regresso de Afonso a Benfica

  - Maria Eduarda recusa que Pedro vá estudar para Coimbra

  - Pedro vê Maria Monforte, que lhe é apresentada por

Alencar. Afonso considera excessiva a relação que se

estabelece entre eles (não compreende o amor romântico).

  - Pedro pede ao pai para autorizar o casamento, cortando a

relação entre ambos.

II

  - Pedro e Maria partem para Itália, depois para França e de

regresso a Lisboa, ao sabor dos apetites de Maria

  - Pedro e Maria têm uma filha

  - Maria começa a tratar mal Afonso, mesmo mal o

conhecendo, o que desagrada a Pedro

  - Organizam-se festas na sua casa alugada em Arroios

  - Nascimento de Carlos

  - Maria adoece

  - Pedro fere acidentalmente o napolitano Tancredo, que se

instala na sua casa

  - Ambos doentes e desconhecendo-se, Tancredo e Maria

apaixonam-se (renascentismo)

  - Maria e Tancredo fogem com a filha, deixando Carlos

  - Suicídio de Pedro

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Os Maias – Eça de Queirós 

III

  - Carlos é educado com maior liberdade, de acordo com o

sistema inglês.  - Brown, educador de Carlos, segue as teoria iluministas de

ensinar primeiro o que é útil e só depois os clássicos.

  - Convívio com as Silveiras e Eusébio. Comparação da

educação deste com a de Carlos

  - Recupera-se a história de Maria, que segundo Alencar

estivera na Áustria com Tancredo, depois no Mónaco. Muda-

se para Paris, dedica-se ao jogo.

  - Afonso escreve ao primo que está em Paris, que descobre

que tinha morrido uma filha a Mª, tendo Afonso e Vilaça

ficado convencidos que esta apenas tinha tido uma criança.

IV

  Carlos vai para Coimbra, para se formar em Medicina. Apesar

de ser contra as expectativas de Afonso, comprova as

consequências de uma educação livre.

  Em Coimbra, dá-se bem com todos e faz muitas vezes em sua

casa encontros em que se discutia tudo (embora

superficialmente), se jogava e se esgrimia.

  Toda esta agitação e o ambiente “campestre” dos Paços de

Celas fizeram Carlos abandonar progressivamente os

estudos, tendo-se dedicado à escrita de artigos e sonetos,

bem como à pintura.

  Em jeito de crítica social, é dito que só por ser conhecido não

tinha reprovado, e com um pouco de estudo foi logo

distinguido.

  A hereditariedade faz com que Carlos não se dedique com

muito empenho às tarefas.

  Ega está também em Coimbra a estudar Direito a sustento damãe, sendo muito revolucionário (em especial no que se

refere à religião) mas sentimental.

  Após concluir os estudos, Carlos abre um consultório e um

laboratório em Lisboa. Por tradição, os ricos da sociedade

não trabalhavam, daí que Carlos não tivesse clientes no

consultório, já que ninguém acreditava nas suas intenções de

trabalhar.

  Ega, com o seu casaco do estrangeiro, queixa-se de que em

Portugal “importa-se tudo” 

VI

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Os Maias – Eça de Queirós 

  Carlos vê Maria Eduarda pela primeira vez. Dâmaso diz

conhecê-la.

  Jantar no Hotel Central. Crime da Mouraria, associação do

povo à pobreza, fado e alcoolismo.

  Discussão literária a propósito do Realismo/Naturalismo e

Romantismo (personificado em Alencar)

  Alcoolizado, Ega conta a Carlos a história de Maria Monforte.

Apesar de aparente indiferença, nota-se em Carlos a agitação

provocada pela descoberta.

A Educação de Pedro da Maia

A educação de Pedro da Maia é preponderante nas suas acções e

destino. Já que estavam em Inglaterra, Afonso propõe que o filho

seja educado no Colégio de Richmond. Católica ("devoção (a

devoção dos Runas!) sempre grande, exaltara-se, exacerbara-se"),

Maria Eduarda Runa opõe-se à decisão do marido, apesar de Afonso

lhe provar que se tratava de um Colégio Católico e que lá teria todas

as condições para ter uma boa educação.

M.ª Eduarda manda então vir de Lisboa o Padre Vasques, que lhedava uma educação demasiado tradicional e centrada na Religião.

Afonso por vezes revoltava-se e levava o filho a passear,

constatando que este, de tal modo habituado à protecção da mãe e

das criadas tinha até medo das árvores, do vento e das sombras.

Visto que a mulher estava a adoecer, Afonso não se atrevia a

contrariá-la.

A partir destes elementos, podemos verificar que a educação de

Pedro é uma das causas para as suas atitudes de ingenuidade emedo que toma enquanto adulto, e que culminam no suicídio

(demonstração de fraqueza). São comuns expressões como "tendo

pouco da raça, da força dos Maias" e "era em tudo um fraco".

O Jantar no Hotel Central – discussão literária 

Sobre o Realismo/Naturalismo:

  "Limpando os bigodes dos pingos de sopa, suplicou que se

não discutisse à hora asseada do jantar, essa literatura

"latrinária"";

  "Se não mencionasse o excremento"

  "O Naturalismo; esses livros poderosos e vivazes, tirados a

milhares de edições; essas rudes análises, apoderando-se da

Igreja, da Realeza, da Burocracia, da Finança, de todas as

coisas santas, dissecando-as brutalmente e mostrando-lhes a

lesão, como a cadáveres num anfiteatro"

  “Para pôr um dique definitivo à torpe maré” 

  "A mais intolerável no Realismo era os seus grandes ares

científicos"

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Os Maias – Eça de Queirós 

  “O fraco do Realismo estava em ser ainda pouco científico,

inventar enredos, criar dramas, abandonar-se à fantasia

literária” 

Sobre o Romantismo

Personificado em “Alencar, o patriota antigo” 

  "Fizera propaganda de amor ilegítimo, representando os

deveres conjugais como montanhas de tédio, dando a todos

os maridos formas gordurosas e bestiais, e a todos os

amantes a beleza, o esplendor e o génio das antigas Apolos"

  “Tipos superiores de uma humanidade aperfeiçoada, as

formas mais belas do viver e do sentir” 

  “A obra de arte […] vive apenas pela forma”