Os Limites Do Legado Político de Marx

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    a" alternativa" ue o capital poderia per"eguir para de"locar "ua" contradiç$e"interna" uando ela" irrompe""em em e"cala maciça+ op.cit>. Foi e""e o motivoue levou ar! a per"eguir ob"tinadamente por e"trat(gia" ue impedi""em ue ocapital penetra""e o" territrio" ainda )pr(;capitali"ta"+, uma ve# ue ar!e"perava "er po""/vel e nece""&rio "uperar o capital o uanto ante", de modo aevitar a po"tergaç%o do amadurecimento da" contradiç$e" e"truturai" do capital, o

    ue provavelmente ocorreria "e o capital con"egui""e e"tender "eu modo deproduç%o por todo o globo, aumentando "ua" *orça" materiai". Al(m di""o, ar!e"perava ue *o""e po""/vel pre"ervar a" e"trutura" pr(;capitali"ta" com "ua"po"itividade" culturai", etc., ben(*ica" ao "i"tema comunal de produç%o a "erimplementado.

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    libertaç%o+ e"t& muito au(m da prpria libertaç%o um proce""o>, ma" a"

    di*iculdade" n%o "e limitam a e""a compreen"%o, uma ve# ue a )con"tituiç%o

    =ltima+ do proletariado ( a prpria auto;aboliç%o do proletariado enuanto cla""e. A

    comple!idade de""a concepç%o a torna um tanto )de"concertante+, uma ve# ue

    "imultaneamente ( "olicitado ue aceitemo" ue a pol/tica ( )e!tremamenteproblem&tica+, porue )pertence ' vela "ociedade+ e )inevitavelmente condiciona e

    con"trange todo" o" e"*orço" emancipatrio"+ "endo, portanto, nece""&rio "uper&;la

    radicalmente? e ue a pol/tica pode n%o "er t%o problem&tica, uma ve# ue o

    proletariado pode u"&;la )como meio para "eu *inal "oberano, uando ent%o (

    de"cartada+. A""im,

     )nada & de errado com e"ta concepç%o, "e "ua re*erLncia *or a "ua e"cala

    temporal de lon"o pra$o. A" di*iculdade" começam a "e multiplicar uando "e tenta

    torna;la operacional no conte!to da temporalidade imediata. e"te ca"o torna;"e

    imediatamente claro ue a tran"laç%o da" per"pectiva" de longo pra#o para a

    modalidade da" e"trat(gia" imediatamente pratic&vei" n%o pode "er *eita "em

    primeiro elaborar a" mediaç$e" pol/tica" imediata"+ ibid7 G>.

    Segundo ("#&ro", ( a ine!i"tLncia de mediaç$e" na realidade ue )e"t&"endo preencida pela" ambiguidade" terica", articulando a ambiguidade n%o"olucionada da" dua" N *undamentalmente di*erente" N e"cala" de tempoenvolvida"+. Kale ob"ervar ue ar! e"t& operando tal como tipicamente ocorre em@egel7 preencendo lacuna" terica" relacionada" a problema" apena"

    "olucion&vei" com re"po"ta" materialmente identi*ic&vei", por meio de re"po"ta"meramente terica", logicamente criada". u "e-a, ar! acaba "endo v/tima de umlimite i"trico material de "eu tempo, "endo empurrado a uma concepç%o negativada pol/tica ue dei!a em aberto ue"t$e" impre"cind/vei" ' articulaç%o de pol/tica""ociali"ta" voltada" "imultaneamente para o longo e curto pra#o. Segundo ("#&ro"

     )uma ambiguidade terica igualmente "(ria "urge em %alrio& 'reço e (ucro)* Aliar! converte "ua pol/tica de longo pra#o numa tare*a mai" imediata7 )em ve# dolema conservador+ ,-m salrio .usto por uma .ornada de trabalho .usta/0 , dever&in"crever na "ua bandeira e"ta divi"a revolucionria+ abolição do sistema detrabalho assalariado/)* Por(m, embora ar! acertadamente ob-etive "uperar n%o o"efeitos, ma" a" causas do" male" "ociai", )no momento em ue tentamo" entendero "igni*icado operacionalQpr&tico da Iaboliç%o do "i"tema do "i"tema de trabalo

    a""alariado, trombamo" com uma enorme ambiguidade+. O""o porue7 )A e"cala da temporalidade imediata N a nece""&ria moldura de re*erLncia detoda aç%o pol/tica tang/vel N a de*ine como a aboliç%o da propriedade privada e,portanto, a )e!propriaç%o do" e!propriadore"+, o ue pode "er reali#ado por decretona "euLncia da revoluç%o "ociali"ta. %o ( "urpreendente, portanto, ue o )lemarevolucion&rio+ "obre a aboliç%o do "i"tema de trabalo a""alariado tenanormalmente "ido a""im interpretado. problema (, contudo, ue muito do

     )"i"tema de trabalo a""alariado+ n%o pode "er abolido por ualuer decretorevolucion&rio e, con"euentemente, deve "er tran"cendido na longa e"cala detempo da nova *orma i"trica. u "e-a, imediatamente ap" a )e!propriaç%o do"e!propriadore"+ n%o apena" o" meio", materiai" e tecnologia" de produç%oerdada" permanecem o" me"mo", -unto com "ua" ligaç$e" com o "i"tema detroca, di"tribuiç%o e con"umo dado, ma" a prpria organi#aç%o do proce""o detrabalo permanece pro*undamente enca"toada nauela divisão social hierrquicado trabalho ue vem a "er a mai" pe"ada opre""%o erdada do pa""ado. Portanto,

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    na nece""&ria e"cala temporal de longo pra#o N a =nica capa# de reali#ar a"tran"*ormaç$e" "ociali"ta" irreversíveis N, o camamento mar!iano pela )aboliç%odo "i"tema de trabalo a""alariado+ n%o apena" n%o "igni*ica aboliç%o do sistemade trabalho assalariado como n%o "igni*ica abolição. verdadeiro ob-etivo dae"trat(gia de*endida por ar! ( a divi"%o "ocial ier&ruica do trabalo, ue"imple"mente n%o pode "er abolida. Hal como o E"tado, ela pode apena" "er

    transcendida  por meio da restruturação radical   de todo" auele" proce""o" ee"trutura" "ociai" pelo" uai" ela nece""ariamente "e articula. ovamente, comopodemo" ver, n%o & nada errado com a concepç%o global de ar! e com "uatemporalidade i"trica de longo pra#o+ ibid7 G;G>.

    problema, portanto, "urge da traduç%o direta da concepç%o pol/tica globalde ar! nauilo ue ele denomina )divi"a revolucion&ria+ a "er in"crita na bandeirado movimento dado. Partindo de""a re*le!%o, ("#&ro" *a# uma a*irmaç%o muitopolLmica7 )B "imple"mente impossível  tradu#ir diretamente a" per"pectiva" 1ltimasem e"trat(gia" pol/tica" pratic&vei"+. ("#&ro" "u"tenta ue aui novamente ar!bu"ca, tal como tipicamente ocorre em @egel, preencer a lacuna da" )mediaç2esque faltam)  pela )pro*unda ambiguidade do" prprio" termo" de re*erLncia+ uando

     )articulado" '" "ua" dimen"$e" temporai"+. :e modo ue, embora ar! "e-a

    coerente ao in"i"tir ue )a cla""e trabaladora deveria n%o e!agerar ao" "eu"prprio" olo" o re"ultado *inal de""a" luta" di&ria"+ ar!>, “a reafirmaçãoapaixonada da validade das amplas perspectivas históricas não resolve oproblema” ibid7 G>. " limite" do legado pol/tico de ar! "e e!plicitam7

     ) con*lito entre temporalidade" revela uma di*iculdade inerente ' reali#aç%oda prpria e"trat(gia, e ue n%o pode "er eliminada por met&*ora" e ambiguidade",ma" apena" pela" mediaç$e" materiai" e in"titucionai" i"toricamente vi&vei". dilema, na "ua realidade mai" crua, ( e"te7 o ato revolucion&rio de libertaç%o n%o (ab"olutamente libertaç%o ou emancipaç%o> em "i, e a )aboliç%o do "i"tema detrabalo a""alariado+ e"t& muito longe de "er "ua tran"cendLncia real. Pre""ionadopela indi"ponibilidade i"trica da" mediaç$e" pr&tica" nece""&ria", ar! ( *orçadoa decidir;"e por uma "oluç%o ue "imple"mente reitera o ob-etivo *inal como regra

    geral para guiar a aç%o imediata. A""im, preence o *o""o entre o ori#onte muitodi"tante e auilo ue ( praticamente vi&vel no *uturo pr!imo ao di#er ue a cla""etrabaladora deve usar   )"ua" *orça" organi#ada" como uma alavanca  para aemancipaç%o final   da cla""e trabaladora+, o ue uer di#er, a aboliç%o final   do"i"tema de trabalo a""alariado+ op.cit>.

    A""im, ("#&ro" de*ender& ue a ue"t%o crucial para a pol/tica "ociali"ta (7

     )como conui"tar a" mediaç2es necessrias e ao me"mo tempo evitar a armadila

    da" falsas mediaç2es con"tantemente produ#ida" pela ordem e"tabelecida de modo

    a integrar a" *orça" de opo"iç%o+. ue uer di#er ue um con-unto de )m&"

    mediaç$e"+ com toda a )*al"a po"itividade+ corretamente condenada por ar!> "

    pode "er combatida por outro con-unto de mediaç$e" e"pec/*ica", de acordo com a"circun"tMncia" em mudança. u "e-a7 )a" pre""$e" para a acomodaç%o da

    temporalidade imediata n%o podem "er e*etivamente tran"cendido" pela "imple"

    rea*irmaç%o da validade de "eu" amplo" ori#onte" i"trico"+.

    Referências

    AR, T. "Qd>.

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     . "Qd;b>. lo"a" de 134 ao te!to )Estatismo e Anarquia+, de 5a6unin.:i"pon/vel em http+33444*ml4er#e*de3me3meBC3meBCD7:*htmBSCDRS, O. 2002>. Para al(m do capital. SP7 5oitempo. 

    819  %o & traduç%o con*i&vel de""e te!to de ar!. Retirei e""a traduç%o daui7http://www.scientific-socialism.de/FundamentosMarxEngelsLuta1874.htm. original "egue7FGaß die Klassenherrschaft der Arbeiter Hber den mit ihnen #Impfenden %chichten der alten Jelt nur solan" bestehn #ann& als die #onomische Lrundla"e der Klassenexisten$ nicht vernichtet ist* MNO da das'roletariat 4Ihrend der 'eriode des Kampfs $um -mstur$ der alten Lesellschaft noch auf der Pasis der alten Lesellschaft a"iert und daher auch noch in politischen Qormen sich be4e"t& die ihr mehr oder minder an"ehrten& hat es seine schließliche Konstitution noch nicht erreicht 4Ihrend dieser Kampfperiode und 4endet ?ittel $ur Pefreiun" an& die nach der Pefreiun" 4e"fallen)*  :i"pon/vel emhttp://www.mlwere.de/me/me18/me18!"#7.htm

    829  Um po"icionamento completamente di*erente dauele ue VLnin, -& conecendo o" po"teriore"de"envolvimento" realmente ocorrido" na R=""ia em *in" do "(culo O e in/cio do "(culo , teve detomar7 VLnin partiu da con"tataç%o de ue a penetraç%o do capitali"mo na R=""ia *ora reali#ada, demodo irrever"/vel, e ue portanto n%o era mai" po""/vel )"alvar+ o modo pr(;capitali"ta de uma

    de"truiç%o pela ab"orç%o do modo capitali"ta, "endo, ante", nece""&rio )uebrar o elo mai" *raco dacadeia global+ precipitando uma )reaç%o em cadeia pela revoluç%o pol/tica do "i"tema do capitali"momundial+ BSCDRS, 20027 G4>.

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