Os Jogos e Brincadeiras Enquanto Estrategias Pedagogicas Na

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    Ttulo: Os jogos e brincadeiras enquanto estratgias pedaggicas na educao infantil

    Autoras: Heloisa Batista Vieira Abreu e Valdene Pereira da S. Nascimento

    Orientadora: Prof Dr Nadja C. de S. P. Caetano

    RESUMO:

    O jogo e a brincadeira so sempre situaes que a criana realiza, constri e se apropria de

    conhecimentos das mais diversas ordens. O jogo definido como a brincadeira com regras, dentro

    de situaes reais a criana vai reformulando as suas regras. Considerando o exposto, vimos anecessidade da implementao dessa pesquisa com o objetivo de mostrar que, por meio do

    brinquedo, a criana constri o seu universo, manipulando-o e trazendo para sua realidade situaes

    inusitadas do seu mundo imaginrio. O objetivo geral foi analisar como os jogos e brincadeiras so

    trabalhados na educao infantil. Para isso, foi necessrio identificar a relao entre jogos,

    brincadeiras e a aprendizagem escolar, assim como, caracterizar a utilizao dos jogos e

    brincadeiras enquanto estratgia pedaggica e identificar e compreender a viso do professor sobre

    a utilizao de jogos e brincadeiras no processo de ensino-aprendizagem. Essa pesquisa faz parte da

    agenda do Grupo de Pesquisa Psicologia e Desenvolvimento Infantilda Universidade Estadual do

    Piau. Foi desenvolvida em uma escola de educao infantil do municpio de Teresina segundo uma

    metodologia de abordagem qualitativa do tipo pesquisa de levantamento, utilizando-se para tal

    finalidade um questionrio especialmente elaborado acerca da temtica. A partir dos dados

    apresentados pode-se identificar a importncia das prticas ldicas na Educao Infantil, que se

    refletem na presena dos jogos e brincadeiras utilizados no contexto escolar. Tais recursos

    contribuem para o desenvolvimento cognitivo e emocional, uma vez que jogos e brinquedos

    proporcionam o desenvolvimento da criatividade e habilidades gerais.

    Palavras-chave: educao infantil, jogos e brincadeiras, professor.

    ABSTRACT:

    The game and play are always situations that the child performs , builds and appropriates knowledge

    of various orders . Gambling is defined as playing with rules , in real situations the child will reformulating

    their rules . Considering the above, we saw the need to implement this research in order to show that through

    the toy, the child builds his universe , manipulating it and bringing to reality his unusual circumstances of hisimaginary world . The overall goal was to analyze how games and jokes are worked in early childhood

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    education . This required identifying the relationship between sports and games and school learning ,

    characterize the use of games and play as a teaching strategy and understand the vision of the teacher on the

    use of games and play in the teaching- learning process . This research is part of the Research Group of

    Psychology and Child Development at the State University of Piau agenda. Was developed in a nursery

    school education in the municipality of Teresina according to a methodology of qualitative approach to

    survey research type , using for this purpose a questionnaire specially designed about the theme . From the

    data presented can identify the importance of leisure practices in Early Childhood Education , reflected in the

    presence of used games and play in the school context . The games and activities contribute to the cognitive

    and emotional development , since games and toys foster the development of creativity and general skills .

    Keywords: early childhood education , sports and games , teacher.

    INTRODUO

    O jogo e a brincadeira so sempre situaes que a criana realiza, constri e se apropria de

    conhecimentos das mais diversas ordens. Vem afirmar Oliveira e Silva (2009) que: A brincadeira

    uma atividade dominante, e inicia na infncia, em que ocorrem a formao de seu processo de

    imaginao e criatividade, propiciando a criana um melhor conhecimento de si prpria, e o

    processo de socializao. E durante a brincadeira elas podem pensar e experimentar situaes

    novas ou mesmo do seu cotidiano, isentas das presses situacionais.

    O jogo definido como a brincadeira com regras, dentro de situaes reais a criana vai

    reformulando as suas regras.

    Na maioria das Instituies de Ensino Infantil evidente a utilizao de estratgias baseadas

    na repetio de atividades, como forma de permitir a aprendizagem, no entanto, o incentivo

    criatividade e imaginao, fundamental ao desenvolvimento psicolgico nessa faixa etria, fica

    fragilizado.

    Destacamos o ldico como uma das maneiras mais eficazes de envolver o aluno nas

    atividades, pois o brincar possibilita o desenvolvimento no sendo somente um instrumento didtico

    facilitador para aprendizado, j que os jogos, brincadeiras, brinquedos influenciam, em reas do

    desenvolvimento infantil como: inteligncia, sociabilidade, afetividade, criatividade, amabilidade.

    Tanto Vygotsky (1984), Piaget(1975), Almeida(1974), Dinelo(1985) e Cunha(1995)

    fornecem subsdios tericos e prticos, na utilizao de estratgias que venham a possibilitar

    melhores condies de aprendizagens em todos os eixos curriculares para os alunos na Educao

    Infantil.

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    Para tericos como Vygotsky (1984) e Piaget(1975) o desenvolvimento no linear mas

    evolutivo e nesse trajeto, a imaginao se desenvolve. Uma vez a criana brinca e desenvolve a

    capacidade para determinado tipo de conhecimento, ela dificilmente perde essa capacidade. com a

    formao de conceitos que se d a verdadeira aprendizagem e no brincar que est um dos maiores

    espaos para a formao de conceitos.

    A partir desta explanao sobre o ldico no processo de aprendizagem na Educao Infantil e

    todos os eixos curriculares levantamos o seguinte questionamento: Como os jogos e brincadeiras

    so trabalhados na educao infantil? A importncia de estudar esse tema se baseia na insero de

    jogos e brincadeiras na prtica escolar bem como na utilizao dos mesmos no processo de ensino e

    aprendizagem. partir do contato com a realidade de sala de aula, na educao infantil, vimos a

    necessidade da implementao dessa pesquisa com o objetivo de mostrar que, por meio do

    brinquedo, a criana constri o seu universo, manipulando-o e trazendo para sua realidade situaes

    inusitadas do seu mundo imaginrio.

    O objetivo geral foi analisar como os jogos e brincadeiras so trabalhados na educao

    infantil. Para isso foi necessrio identificar a relao entre jogos e brincadeiras e a aprendizagem

    escolar, caracterizar a utilizao dos jogos e brincadeiras enquanto estratgia pedaggica e

    identificar e compreender a viso do professor sobre a utilizao de jogos e brincadeiras no

    processo de ensino-aprendizagem. Essa pesquisa faz parte da agenda do Grupo de Pesquisa

    Psicologia e Desenvolvimento Infantil da Universidade Estadual do Piau.

    REFERENCIAL TERICO

    1.1 O LDICO NA VIDA ESCOLAR DA CRIANA

    Brincar e jogar no espao escolar oportunizam e favorecem a superao do egocentrismo,

    desenvolve a solidariedade e principalmente a empatia, que so introduzidas no compartilhamento

    do brincar e jogar.

    Assim, as atividades ldicas na escola so elementos essenciais, pois sua magia consegue

    transformar qualquer material em instrumento de conhecimento.

    Para Almeida (1974), quando a criana busca, o domnio de um conhecimento por mais

    abstrato que seja e mistura o seu trabalho, brincadeira, esse trabalho, se transforma emaprendizado, e com isso a criana vai evoluindo nesse processo sem se dar conta.

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    Sendo que a maioria das escolas de hoje, preocupam-se com a linguagem oral e escrita,

    deixando de valorizar o brincar e o jogar, sabendo que, atravs do jogar cria-se um dilogo

    expressivo da comunicao da criana.

    Da mesma forma Dinello (1985), fala a linguagem , pois o resultado de um dilogo, e o jogo,

    quando descobrimos a necessidade de suas regras, obriga ao dilogo. Jogo e linguagem resultam de

    uma mesma atividade.

    relevante mencionar que algumas escolas privadas e publicas, passaram a utilizar livros

    com exerccios de prontido, com os quais as crianas somente reproduziam as atividades

    propostas. Nessas instituies as horas recreativas, de sono, banho, msica, histria, dentre outras

    atividades ldicas eram reduzidas em nome da produtividade, e o brincar ficava compreendido nas

    prticas escolares como perda de tempo.

    Esperamos que essa questo seja debatida, repensada e refletida. E entender como as

    brincadeiras e jogos contribuem para o desenvolvimento cognitivo afetivo social da criana, e

    esses requisitos sejam prioritrios para todas as escolas, que valoriza a criana. Na brincadeira ela

    vai incorporando-se aos contedos curriculares, fazendo do ato de educar um compromisso

    consciente. Alerta Rosamilla (1979,p. 77):

    A criana , antes de tudo, um ser feito para brincar. O jogo, eis a um artifcio que a

    natureza encontrou para levar a criana a empregar atividade til ao seu

    desenvolvimento fsico e mental. Usemos um pouco mais esse artifcio, coloquemos o

    ensino mais ao nvel da criana, fazendo de seus instintos naturais aliados e no

    inimigos.

    A Educao Infantil cheia de mistrios e encantos, mas na mistificao, a brincadeira mostra

    como a criana aprende a lidar com as diferenas, e a conhecer o ambiente e o seu prprio corpo, e

    vai encontrando o seu lugar no mundo.

    Nessa concepo, presta-se ateno a tudo o que se passa na escola, pode propiciar a criana

    aprendizagens consideradas significativas, na medida em que so ofertadas vrias possibilidades

    para a interveno educativa. De acordo com Vygtsky (1984, p.97):

    A brincadeira cria para as crianas uma zona de desenvolvimento proximal que no outra coisa se

    no a distancia entre o nvel atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver

    independentemente um problema, e o nvel atual de desenvolvimento pessoal, determinado atravs daresoluo de um problema sob a orientao de um adulto ou com a colaborao de um companheiro mais

    capaz.

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    Vale ainda salientar que, por meio das atividades ldicas, a criana reproduz com sua vivencia

    cotidiana e pelo faz-de-conta o uso da imaginao, que por meio dessas combinaes entre suas

    experincias passadas e novas, abre um espao para aes fundamentadas e atividades mais

    criativas na sua construo significativa no seu contexto.

    1.2 O LDICO NOS EIXOS CURRICULARES

    Os Parmetros Curriculares Nacionais (PCN), a LDB/1996 e o parecer 4/98/CNE, buscam

    aproximar as diretrizes nacionais ao projeto educativo de cada unidade de ensino, de modo a

    possibilitar o currculo e suas prticas pedaggicas, materializando-se, portanto, diretrizes flexveis

    pautadas nas relevncias regionais e locais, respeitando-se as diversidades culturais, tnicas,

    religiosas e polticas.

    As orientaes didticas para o professor so divididas em temticas, objetivos, contedos e

    orientaes gerais; e a faixa etria das crianas dividida de 0 a 3 anos e 4 a 6 anos. As reas de

    conhecimento propostas so: artes, musica, movimento, matemtica. Apesar da promulgao de

    documentos mais recentes as diretrizes ainda orientam as prticas pedaggicas na educao infantil

    no municpio de Teresina.

    Considerando que jogos e brincadeiras so compostos de diversas outras formas de expresso

    sentiu-se necessidade de abordar essas estratgias para melhor contextualizao do fenmeno

    estudado. Dessa forma considera-se a necessidade de discutir a perspectiva ldica que envolve essas

    estratgias.

    1.2.1 O LDICO E A ARTE

    A arte preenche as necessidades de expresso do ser humano pelo fato de ser cultivado e

    transmitida como patrimnio cultural da humanidade. Compreendemos que sua existncia na vida

    das crianas est nas brincadeiras, jogos, desenhos, esculturas ou dramatizaes. A Lei de Diretrizes

    e Bases da Educao Brasileira Lei n9.394/96 passou a considerar, em seu artigo 26/52, o

    ensino de arte na educao bsica.

    Dessa forma, o professor precisa contemplar alguns passos no ensino de arte como: no

    prevalecendo nessa rea mas, procurando conhecer procedimentos tcnicos indispensveis sobre otema ( que arte, como construda, qual sua origem, quais as suas funes, etc), com a extenso

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    de sua experincia de vida. E que entre em consonncia com os diversos nveis de desenvolvimento

    da criana, considerando os recursos didticos, disponveis a sua pratica.

    Ficando o ldico na arte visualizado em sala de aula, por muitas vezes atravs de figuras

    estereotipadas ou de personagens veiculados pela mdia, deixando de valorizar os desenhos das

    crianas que seriam muito mais significativos, como suas produes artsticas. Sobre esse aspecto

    Cunha (1995):

    Procedimento esse pouco utilizado na educao infantil na qual possibilita as crianas a realizarem

    leituras sobre suas produes. interessante instituir momentos em que elas entendam seus percursos na

    linguagem grfico-plastica, percebendo as mudanas que vo ocorrendo ao longo dos seus processos de

    pintar, bordar, desenhar, melecar, rasgar e bagunar.

    E nessa prtica, o professor precisa apreciar as produes da criana quebrando os paradigmas

    de beleza, e sendo importante na efetivao no ensino de artes e no utilizao de modelos

    prontos. Portanto, o objetivo do professor formar sujeitos crticos e autnomos nas suas citaes,

    para o que necessrio se faz observar as condies reais da escola, sendo a sala de aula o espao

    mais propicio (SILVA, GONALVES; 2003).

    1.2.2 O LDICO NA MSICA E MOVIMENTO

    A educao musical recebeu de vrios autores no final do sculo XIX, idias e propostas de

    sistematizao da educao musical, e a partir dos anos 60, encaminhou-se novos

    comprometimentos no processo criativo na linguagem musical contempornea. E com as inovaes

    no sculo XX, podemos entender a msica no contexto educativo num processo contnuo deconstruo, permitindo que a criana se envolva, sinta, experimente, imite, crie e reflita, Lino

    (2012).

    A aprendizagem musical deve ser considerada do ponto de vista da criana propondo a

    compreenso de linguagem musical, a partir da reconstruo que ela realiza.

    Ento ao compreendermos que na concepo visual, acontece o mesmo quando ouvimos, em

    todo o contexto sonoro que nos envolve, a escola pode proporcionar estratgias de educar o ouvir

    estabelecendo papel significativo em levar experincias de produo, percepo, reflexo e

    representao musical, pois a msica uma linguagem que expressa comunicao, e para isso o

    professor deve seguir algumas condutas:

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    Articular bem as palavras;

    Como expressar o corpo em sala de aula; A maneira como fala, respira, anda, canta e se comunica com os alunos.

    Seguindo essas e outras condutas, o professor ao planejar as suas aulas, tendo

    conscincia que a msica no um dom, mas que ela pode desenvolver possibilidades musicais,

    respeitando e colaborando no processo contnuo do aluno, sendo a escola o lugar que oportuniza

    diferentes modalidades de escuta sonora, Lino (2012).

    Assim quanto mais cedo a criana receber estmulos musicais, ela vai espontaneamente

    extraindo do seu corpo a sonoridade, e ao explorar poeticamente cria imagens que possibilita a

    comunicao, sem compromisso com a realidade e ao mesmo tempo, vai construindo o fazer

    musical, oportunizando a criana tomar conscincia de sua motrocidade.

    1.2.3 O LDICO NA MATEMTICA

    Os jogos so apresentados nos Parmetros curriculares Nacionais de Matemtica como

    um dos caminhos para fazer matemtica.

    De acordo com os PCN, as atividades ldicas envolvendo jogos permitem ao professor

    analisar e auxiliar e avaliar os seguintes aspectos:

    Compreenso: facilidade para entender o processo do jogo assim como o autocontrole

    e o respeito a si prprio;

    Facilidade: possibilidade de construir uma estratgia vencedora;

    Possibilidade de descrio: capacidade de comunicar o procedimento seguido e a

    maneira de atuar.

    Estratgia utilizada: capacidade de comparar com as previses ou hipteses.

    Nesse sentido ao conectar-se o ldico com a matemtica na educao infantil e que atravs

    desse trabalho, vem a contribuir , a desenvolver competncias comunicativas, propiciando ao aluno

    um confronto relacionado com a realidade, e ao socializar-se esse procedimento ele consegue trocar

    informaes indispensveis na aulas de matemtica.

    Smole, Diniz e Candido (2000), argumentam que o conhecimento matemtico no se constri

    decodificando, mas que reconhecem esses nmeros, na problematizao cotidiana e formule

    conceitos. Segundo tais autores: O trabalho com a matemtica na Escola Infantil no pode ser

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    espordico, espntaneista e casual. Por isso cremos que as prticas ldicas devem estar voltada as

    necessidades da criana.

    Com isto, introduzir ou conectar os jogos, brincadeiras com matemtica, nesse papel a

    educao matemtica, busca no cotidiano dos alunos a confrontar a realidade com o racional ou

    vice-versa, recebendo estmulo e influncia entre os alunos nas aulas de matemtica, (FALCO

    2003).

    Enquanto Machado (1997), reala a essa influncia entre os alunos e a socializao de

    procedimentos encontrados para solucionar uma questo e a troca de informaes so elementos

    indispensveis nas aulas de matemtica em todas as fases da escolaridade.

    Diante do exposto, posicionamos uma opinio, que um esforo em torno do ldico na

    Educao Infantil, podem proporcionar na aprendizagem da matemtica, a vivncia dos alunos,

    facilitando a sua produo, e a introduzir os contedos matemticos de forma sistematizado e

    contextualizado.

    1.2.4 O LDICO NA LINGUAGEM ORAL E ESCRITA

    por meio da atividade ldica que a criana se prepara para a vida, permitindo a ela:

    liberdade de suas aes, que envolve todos numa proposta interacionista, favorecendo o resgate de

    cada potencial. Assim, uma atitude ldica efetivamente pode oferecer aos alunos experincias

    concretas conforme Marcelino(1990,p. 26), s do prazer que surge a disciplina e a vontade de

    aprender.

    Para Santos (1999), o ldico tem um significado pedaggico, prximo na relao da criana

    como brincante e assim, proporcione reflexos positivos ao processo ensino-aprendizagem. E

    oportunize o desenvolvimento do aprendizado espontneo e significativo facilitando assim, a

    construo da leitura e da escrita, no conhecimento fonolgico compreendido na relao.

    Sendo importante compreender que vrios elementos de uma dramatizao (teatralidade,

    expressividade, sentimento), so elos significativos que influenciam na interao com o outro, onde

    constituem a linguagem teatral, nos aproxima do pensamento de Bakhtin para quem a linguagem

    nunca est completa, ela uma tarefa, um projeto sempre caminhando e sempre ina cabado.(

    SOUZA, 2012). E vem afirmar Souza:

    Para a criana, que ainda est se apoderando do discurso verbal, pode ser

    interessante o exerccio de modos de enunciao por meio do fazer artstico

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    (teatral), pois o discurso potico, carregado de poder semitico, pode iluminar

    sua fala.

    Por meio da ludicidade, presente em jogos corporais, d a criana toda possibilidade de ter

    contato fsico, interao com outras crianas, e o professor pode fortalecer a expresso e

    dramatizao corporal da criana, em que ela vai se conscientizando do poder de seu corpo, como

    veculo de comunicao com o mundo, transformando de suas vivncias prazerosas o verdadeiro

    sentido de viver coletivamente, e redescobrindo novas sensaes e novas possibilidades de

    narrativas.

    1.2.5 O LDICO NA NATUREZA E SOCIEDADE

    Renem temas relacionados tanto ao social quanto ao natural, onde o trabalho deve ocorrer de

    forma integrada respeitando as particularidades das cincias humanas (mitos e lendas) e as cincias

    naturais (chuva, seca, plantas e animais).

    Segundo o Ministrio da Educao, a participao da criana na Instituio de Educao

    Infantil pode alargar o universo inicial, com vista a possibilidade de conviverem com outrascrianas e com adultos de origens e hbitos culturais diversos, de adquirir conhecimentos sobre

    realidades distantes (1998).

    Para o conhecimento do mundo no eixo natureza e sociedade o tema sugere a seguinte

    organizao:

    - A organizao dos grupos e seu modo de ser, viver e trabalhar;

    - Os lugares e suas paisagens;

    - Objetos e processos de transformao;

    - Os seres vivos;

    - Os fenmenos da natureza.

    Considerando-se que a construo do conhecimento ocorre nas interaes sociais, desde o

    nascimento da criana. Vale ressaltar o papel primordial do educador em organizar momentos em

    que a criana possa experimentar situaes de interao das brincadeiras distintas das que ocorrem

    no meio familiar. Servindo isso, como instrumentos mediadores, como linguagem, pensamento,

    desenho e mmica, que servem para coordenar idias, aes e resolues de problemas.

    1.3 ESPAO LDICO NA EDUCAO INFANTIL

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    Na concepo de Maluf (2003), existem quatro tipos bsicos de espaos para brincar.

    Onde cada habilidade distinta ao tipo de espao:

    1- Um espao amplo, livre para brincar, como por exemplo o ptio da escola, quadra, um

    gramado, ou um ambiente sem nenhum objeto.

    2- Um espao amplo, com um objeto mvel, como por exemplo, o ptio ou sala de aula.

    3- Um espao com muitos mveis e com muitos objetos, como um quarto cheio de

    mveis e brinquedos, ou um parquinho cheio de equipamentos para brincar.

    4- Um espao com muitas pessoas se movimentando, como uma sala de aula cheia de

    crianas brincando, ou a rua do seu bairro com muitas crianas brincando.

    Esses espaos dentro ou fora da escola, no importa o lugar. A criana no seu cotidiano

    infantil, experimenta vrios papis e situaes de vivencias seja em grupo, sozinha, nos parques,

    praas, ptio e at mesmo em casa.Todos esses espaos so ldicos e favorecem a ela momentos de

    prazer e aprendizado, em que torna-se capaz de desenvolver a sua expressividade por meio de

    diferentes formas, como a oralidade e relacionando-se com o mundo.

    1.4

    O LDICO COMO PARCEIRO DO EDUCADOR

    O professor, aos poucos, est buscando informaes e enriquecimento das suas experincias

    para compreender o brincar e utilizando-o no auxilio, na construo do aprendizado da criana. E

    para isso necessrio perceber a brincadeira ou o jogo como uma atividade que faz parte do

    cotidiano infantil.

    O jogo ou brincadeira nesse contexto ganha espao, como ferramenta ideal da aprendizagem,

    na medida em que prope estmulo ao interesse da criana, desenvolve nveis diferentes de suas

    experincias pessoal e social, ajuda-a construir suas novas descobertas, desenvolve e enriquece sua

    personalidade atravs de um instrumento pedaggico que leva o professor condio de condutor,

    estimulador e avaliador da aprendizagem.

    Assim, algumas instituies escolares esto cada vez mais valorizando o brincar, levando os

    jogos e brincadeiras para dentro da sala de aula. E o professor que no gosta de brincar nunca ir

    observar seus alunos vivenciando prticas ldicas, como tambm no reconhecer a importncia

    dessas brincadeiras e jogos na vida escolar da criana.

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    1.5 A INTERAO DAS CRIANAS NAS BRINCADEIRAS

    As brincadeiras na coletividade vm a ser a melhor forma de socializar-las, nas escolas de

    Educao Infantil, o ato de brincar ocorrem trocas e as crianas convivem com suas diferenas, e

    nesse mesmo espao so aprendidas as relaes sociais e afetivas e normas de comportamento.

    Nesse caso, a brincadeira transforma-se em instrumento de interao onde a criana confronta-se

    com suas diferenas, percebendo e representando o meio em que vive.

    Nesse sentido, importante que o professor identifique as diferentes formas pelas quais as

    atividades ldicas se manifestam, tendo o conhecimento da teoria ao relacionar com a prtica. Sobre

    esse aspecto Santos comenta:

    necessrio que a teoria seja pensada e alimentada pela prtica, ou seja, ser por meio da

    interao com o seu grupo de crianas que o professor ter condies de tomar decises que estejam

    em sintonia com o pensamento e com os sentimentos delas, significando, a partir da ao deles,

    reais oportunidades construtivas.

    Basta prestarmos ateno e observarmos que, para a criana quase tudo brincadeira, e assim

    elas se relacionam, surgindo sempre um convite quando esto em grupo ou sozinha (Quer brincar?).

    E quando ela se prope a brincadeira, deve respeitar as regras. O jogo ou brincadeira o caminho

    de iniciao ao prazer esttico, descoberta da individualidade e meditao individual. ( Antunes

    2003). Destacando algumas situaes em que as crianas podem brincar:

    A linguagem, mudando a entonao das palavras, o timbre da voz, o sentido das

    frases.

    Os objetos mudando seu uso convencional.

    Os brinquedos, aceitando a imagem que eles propem ou mudando seus significados e

    usos.

    O desenho, desenhando, contando histria, criando personagens.

    Os espaos, modificando-os, pintando-os, cobrindo-os com panos, lenis...

    Os personagens, pessoas ou animais, mudando sua identidade atravs da linguagem ou

    utilizando-se de fantasias e objetos simblicos; assumindo identidades atravs da manipulao de

    bonecos, fantoches, marionetes, ouvindo e recontando histrias.

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    MTODO

    A presente pesquisa se configura uma proposta de pesquisa de base qualitativa do tipo pesquisa de

    levantamento. Segundo Cozby (2006) pesquisas de levantamento utilizam questionrios e entrevistas

    objetivando levantar informaes sobre pessoas e outros fatos. Tambm possvel identificar

    comportamentos passados e prever comportamentos futuros.

    CARACTERIZAO DA ESCOLA

    ESPAO

    CMEI- Santa Cruz, situa-se em rea urbana de Teresina, Rua D s/n na Vila Santa cruz no

    Bairro Promorar.

    SERVIO, ATIVIDADE E PRTICA

    Oferece ensino especfico do maternal l e II, 1 perodo e 2 perodo nos turnos manh e tarde.

    Fornecem Atendimento Educacional Especializado (AEE) . Aberta para atendimento de servios de

    sade: campanhas de vacinao, servios odontolgicos e oftomolgico. Reunio da associao de

    moradores da comunidade.

    PUBLICO ATENDIDO

    Atende crianas de 2 anos e 6 meses a 5 anos e 6 meses. Constando atualmente com a

    totalidade de 100 alunos na instituio.

    AMOSTRA

    As educadoras possuem formao superior em licenciatura Plena em Pedagogia, com atuao

    na Educao Infantil de 6 meses a 8 anos.

    DISTRIBUIO DE ALUNOS DE ACORDO COM A SRIE

    MAT- I MAT- II 01AT 02AT 02BT

    17 ALUNOS 25 ALUNOS 28 ALUNOS 16 ALUNOS 16 ALUNOS

    MAT -I- Maternal I- 2 anos e 6 meses

    MAT- II- Maternal II- 3 anos e 6 meses

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    01AT1 Perodo A- tarde- 4 anos e 6 meses

    02AT2 Perodo A- tarde- 5 anos e 6 meses

    02BT2 Perodo B- tarde-5anos e 6 meses

    PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS:

    Os professores foram contatados sobre a pesquisa e assinaram o Termo de Consentimento

    Livre e Esclarecido autorizando a utilizao dos dados para a finalidade da mesma. Aplicou-se com

    os professores um questionrio especialmente elaborado para essa finalidade que levantou

    informaes sobre a utilizao dos jogos e brincadeiras enquanto estratgia pedaggica na educao

    infantil.

    PROCEDIMENTO DE ANLISE DE DADOS:

    Aps a devolutiva dos questionrios os mesmos foram organizados em dois sub-grupos,

    professores substitutos e professores efetivos, com o objetivo de avaliar semelhanas e diferenas

    entre os grupos. Essa diviso foi organizada partir da caracterizao As respostas foram analisadas

    e categorizadas de modo a identificar os principais temas apresentados pelos participantes. Osresultados das anlises so apresentados a seguir.

    RESULTADOS

    PERGUNTAS

    1. Para voc que importncia tem os jogos e brincadeiras no desenvolvimento da

    aprendizagem na Educao Infantil?

    IDENTIFICADORES

    Socializao

    Aprendizagem

    Habilidades cognitivas e perceptivas

    Jogos e dados

    Msicas dos dias da semana

    Caa palavras

    TRECHO DAS FALAS

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    E importante porque ajuda desenvolver habilidades cognitivas e perceptivas.

    2. Que metodologia voc utiliza em sala de aula envolvendo a ludicidade?

    IDENTIFICADORES

    Jogos e dados

    Msicas dos dias da semana

    Caa palavras

    TRECHO DAS FALAS

    Cantando msicas de repertrio popular, estimulando a ateno.

    3. Quais as brincadeiras utilizadas para trabalhar o desenvolvimento cognitivo, motor e

    afetivo da criana?

    IDENTIFICADORES

    Correr

    Pular

    Imitar os animais

    Pinturas

    Cantigas de rodas

    TRECHOS DAS FALAS

    Correr, pular, rolar (imitando os animais), andar em linha reta, dentre outras.

    4. Voc considera os jogos e brinquedos como instrumentos pedaggicos para uma

    aprendizagem significativa? Porqu?

    IDENTIFICADORES

    Todos os contedos so vinculados as brincadeiras.

    TRECHOS DAS FALAS

    Porque voc pode fazer relao dos contedos com as brincadeiras que eles conhecem e

    brincam.

    5. Ao observar as brincadeiras voc verifica se as crianas sentem prazer em aprender

    brincando? Porqu?

    IDENTIFICADORES

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    Brincar inerente a criana

    Felicidade de aprender brincando

    Disputam ao manusear os brinquedos

    TRECHOS DAS FALAS

    Porque brincar inerente a criana. E fica muito mais divertido.

    6. Qual a disponibilidade de espao que a escola oferece para as crianas brincarem?

    IDENTIFICADORES

    O Ptio

    TRECHOS DAS FALAS

    Possui um ptio coberto e um parquinho (que precisa ser reformado.

    7. Voc encontra dificuldade para a utilizao de jogos em sala de aula com as crianas?

    Quais?

    IDENTIFICADORES

    Pouca quantidade de jogos pedaggicos.

    TRECHOS DAS FALAS

    Sim, a pouca quantidade de jogos/brinquedos.

    8. Como educadora voc estimula os alunos a participarem das atividades ldicas? De

    que forma?

    IDENTIFICADORES

    Variando as atividades

    Na acolhida (diria)

    Nomeando as brincadeiras.

    TRECHOS DAS FALAS

    Inserindo-os nas atividades, mesmo quando eles se recusam, variando as atividades.

    9. De acordo com os seus conhecimentos tericos, descreva a diferena entre jogos e

    brinquedos?

    IDENTIFICADORES

    Brinquedos:

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    1-Produz um sentimento de felicidade

    2- Um passa tempo

    3-Instrumento de prazer

    JOGOS:

    1- Competitividade

    2- Estimula o desenvolvimento cognitivo

    3- Alia o prazer o aprendizagem

    TRECHOS DAS FALAS

    O jogo estimula a competitividade e o desenvolvimento em todos os sentidos, j o

    brinquedo como um passa tempo, ao mesmo tempo que ajuda no desenvolvimento d a sensao

    de prazer.

    10. A escola acredita que as brincadeiras e jogos produzem conhecimento? De que

    maneira?

    IDENTIFICADORES

    Investindo na aquisio de brinquedos.

    Atravs da socializao de atividades

    Aglomerando todas as possibilidades de aprendizagem.

    TRECHOS DAS FALAS

    Sim, pois faz parte do ato de educar aglomerar todas as possibilidades de aprendizagem.

    DISCUSSO

    Na primeira pergunta os educadores do Centro de Educao Infantil responderam que a

    relao dos na vida da criana essencial para o processo de aprendizagem, atravs dos jogos que

    a criana capaz de descobrir por si mesma suas habilidades e criatividade, como tambm as

    formas de interagir com as outras crianas.

    Na segunda pergunta elas responderam que com o ldico o trabalho em sala de aula se tornamais participativo e prazeroso. De acordo com os parmetros curriculares no eixo msica e

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    movimento. A escola pode proporcionar estratgias de educar ouvir, estabelecendo papel

    significativo em levar experincias de produo, percepo, reflexo e representaes musicais.

    Com relao a terceira pergunta as educadoras destacaram vrias atividades como: correr,

    pular, rolar, imitar os animais, explorando o espao escolar e interagindo e socializando com os

    colegas.

    As educadoras responderam a quarta pergunta que consideram os jogos e brinquedos como

    instrumentos pedaggicos, contribuindo na vinculao com os contedos. Segundo Fortuna(2003),

    importante que o educador insira o brincar em um projeto educativo, com objetivos e metodologia

    definidos, o que supe ter conscincia da importncia de sua ao em relao ao desenvolvimento e

    aprendizagem das crianas.

    A quinta pergunta, elas responderam que brincando a criana desenvolve a capacidade de

    manter-se ativa e participante. Isso vai acontecendo a partir do momento que se vai ofertando

    vrias possibilidades de intervenes educativas.

    Na sexta pergunta as educadoras responderam que o espao escolar atende as necessidades

    com relao ao espao, mas precisa de reforma. Esse espao dentro ou fora da escola, no importa o

    lugar a criana no seu cotidiano infantil, experimenta vrios papis e situao de vivncias, Santos

    (2012).

    Com relao a stima pergunta elas responderam que a falta e a quantidade de recursos

    dificultam o trabalho em sala de aula. O professor que no gosta de brincar nunca ir observar seus

    alunos vivenciando prticas ldicas.

    A oitava pergunta as educadoras responderam que variam as atividades e insere-as mesmo

    que as crianas estejam desmotivadas. Sendo importante que o educador identifique as diferentes

    formas pelas quais as atividades se manifestam, tendo e educador o conhecimento terico ao

    relacionar com a prtica.

    As educadoras na nona pergunta definiram como competitividade e prazer, que o jogo e a

    brincadeira so sempre situaes que a criana realiza, constri e se apropria do conhecimento das

    mais diversas ordens.

    Na dcima pergunta as educadoras responderam que aos poucos os educadores esto

    valorizando e buscando informaes em que enriquecem as suas experincias para compreender o

    jogo e o brincar no auxilio da construo do aprendizado da criana, e que cada vez mais vai

    ganhando espao como ferramenta ideal.

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    CONCLUSES

    A partir dos dados apresentados pode-se identifica a importncia das prticas ldicas na

    Educao Infantil, que se refletem na presena dos jogos e brincadeiras utilizados no contexto

    escolar. Os jogos e brincadeiras contribuem para o desenvolvimento cognitivo e emocional, uma

    vez que jogos e brinquedos proporcionam o desenvolvimento da criatividade e habilidades gerais.

    Nesse contexto o papel do educador de suma importncia, uma vez que ele o responsvel por

    organizar e manejar a sala de aula permitindo que a mesma se configure em um espao de

    aprendizado. Porm os educadores pesquisados identificam que mesmo as escolas apresentando

    interesse e reconhecimento nessa proposta, muitas dificuldades se apresentam nesse processo,

    decorrentes da falta de organizao curricular para que acontea o dilogo entre os jogos e

    brincadeiras e o contedo e propostas do ensino de forma permanente.

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