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Os impactos do Processo de Convergência no Controle Interno
Prof. Lino Martins da Silva
Prof. Voluntario do Programa de Mestrado em Contabilidade da UERJ
Sócio da LIMASI CONSULTORES E AUDITORES ASSOCIADOS LTDA.
PLANEJAMENTO
ORÇAMENTO CONTROLE
GESTÃO FINANCEIRA
C
C = CONTABILIDADE
Contabilidade:Provedora de Informações
Patrimônio
CONVERGÊNCIA ÀS NORMAS
INTERNACIONAIS DO IFAC
O Conselho Federal de Contabilidade, por meio da Resolução CFC nº 1.135/08, aprovou a Norma Brasileira de Contabilidade NBC T 16.8 que trata do Controle Interno.
A NBC está dividida em:
- Disposições Gerais
- Abrangência
- Estrutura e Componentes
Esta Resolução entrou em vigor na data da sua publicação (21/11/2008), com adoção de forma facultativa, a partir dessa data, e de forma obrigatória para os fatos ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2010.
Resolução CFC nº 1.135/2008
2. Controle interno sob o enfoque contábil compreende o conjunto de recursos, métodos, procedimentos e processos adotados pela entidade do setor público, com a finalidade de:
(a) salvaguardar os ativos e assegurar a veracidade dos componentes patrimoniais;
(b) dar conformidade ao registro contábil em relação ao ato correspondente;
(c) propiciar a obtenção de informação oportuna e adequada;
(d) estimular adesão às normas e às diretrizes fixadas;
(e) contribuir para a promoção da eficiência operacional da entidade;
(f) auxiliar na prevenção de práticas ineficientes e antieconômicas, erros, fraudes, malversação, abusos, desvios e outras inadequações.
Abrangência
4. O controle interno é classificado nas seguintes categorias:
(a) operacional – relacionado às ações que propiciam o alcance dos objetivos da entidade;
(b) contábil – relacionado à veracidade e à fidedignidade dos registros e das demonstrações contábeis;
(c) normativo – relacionado à observância da regulamentação pertinente.
Classificação
Finalização das 10 primeiras NBC T SP (novembro 2008);
• NBC T 16.1 – Conceituação, objeto e campo de aplicação
• NBC T 16.2 – Patrimônio e Sistemas Contábeis
• NBC T 16.3 – Planejamento e seus instrumentos sob o enfoque contábil
• NBC T 16.4 – Transações no Setor Público
• NBC T 16.5 – Registro Contábil
• NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis
• NBC T 16.7 – Consolidação das Demonstrações Contábeis
• NBC T 16.8 – Controle Interno
• NBC T 16.9 – Depreciação, Amortização e Exaustão
• NBC T 16.10 – Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do Setor Público
A NOVA CONTABILIDADE PÚBLICA EVIDENCIAÇÃO
ATOS DEFINIDORES MAIS RELEVANTES
PILARES DAS NORMAS INTERNACIONAIS
• Reconhecimento
– Regras que determinam o registro contábil de fatos e transações que afetam a composição e os valores do balanço e demonstrações de resultado.
• Mensuração
– Relativa ao quanto e como se mede, em unidades monetárias, o valor a ser reconhecido.
• Apresentação
– Define em que parte, em que rubricas, com que detalhe ou em que agregação, com que relação algébrica, quais e sob que formas devem ser ´publicadas as informações nas demonstrações contábeis.
• Divulgação
– Quais as notas qualitativas e quantitativas, de desenvolvimento, de explicação, de fundamentação, de discriminação e de complemento que devem ser incluidas nas demonstrações contábeis
NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE PARA O SETOR PÚBLICO - NICSP
1. Apresentação das Demonstrações Contábeis
2. Demonstração do Fluxo de Caixa
3. Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificação de Erro
4. Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de
Demonstrações Contábeis
5. Custos de Empréstimos
6. Demonstrações Consolidadas
7. Investimento em Coligada (Investimento em Coligada e Controlada)
8. Investimento em Empreendimento Controlado em Conjunto (Joint
Venture) 9. Receita de Transações com Contraprestação
10. Demonstrações Contábeis em Economias Hiperinflacionárias
11. Contrato de Construção
12 - Estoques
13. Operações de Arrendamento Mercantil
NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE PARA O SETOR PÚBLICO - NICSP
14. Eventos Subsequentes
15. Instrumentos Financeiros (Revogada)
16. Propriedade para Investimento
17. Ativo Imobilizado
18 – Informação por Segmento
19. Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes
20. Divulgações sobre Partes Relacionadas
21. Redução ao Valor Recuperável de Ativos Não Geradores de Caixa
22. Divulgação de Informação Contábil sobre o Setor do Governo
Geral 23. Receita de Transações sem Contraprestação (Tributos e
Transferências) 24. Apresentação de Informações Orçamentárias nas Demonstrações
Contábeis
25. Benefícios a empregados
26. Redução ao Valor Recuperável de Ativos Geradores de Caixa
NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE PARA O SETOR PÚBLICO - NICSP
27. Ativo Biológico e Produto Agrícola
28. Instrumentos Financeiros: Apresentação
29. Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração
30. Instrumentos Financeiros: Divulgação
31. Ativo Intangível
11. Contratos de Construção
NICSP Lei 4.320/64
CONTROLES INTERNOS
NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE PARA O SETOR PÚBLICO - NICSP
Contratos individuais para cada obra, exceto se integram único pacote, são inter-relacionados e realizados em seqüência.
Quando o resultado do contrato puder ser estimado, suas receitas e custos devem ser reconhecidos proporcionalmente ao estágio de realização do contrato na data do balanço.
Controle de contrato nas contas de compensado.
Responsabilização ex-ante
Responsabilização ex-post (teste de imparidade)
Projeto básico
Projeto executivo
Gerenciamento e controle de custos
Agencia reguladora
Limites de faturamento como condição para assumir obras
NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE PARA O SETOR PÚBLICO - NICSP
Bens de uso aqueles que produzem benefícios futuros ou garantem serviços potenciais associados ao ativo da entidade e que seu custo ou valor justo possam ser medidos de forma confiável.
Registrados inicialmente a valor de custo.
Após o registro inicial, deve-se optar entre custo histórico e valor justo, deduzidos de depreciação ou perdas acumuladas.
O inciso II do art. 106 da Lei nº 4.320/64 estabelece que os bens móveis e imóveis sejam valorados pelo custo de aquisição, produção ou construção.
O § 3º autoriza a reavaliação dos bens.
NICSP Lei 4.320/64
CONTROLE INTERNO
17. Ativo Imobilizado
Identificação dos bens
Inventario continuo dos bens
Elaboração de metodologia de avaliação
Depreciação – Manutenção Adiada – Manutenção Diferida
Segregação de bens em transição de baixa
Identificação de imparidades.
reconhecimento das perdas por “impairment” ao longo da vida útil do ativo
NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE PARA O SETOR PÚBLICO - NICSP
O ativo referente a arrecadação de tributos deve ser reconhecido no momento da ocorrência do fato gerador, respeitados os critérios de reconhecimento do ativo.
O ativo referente a transferências deve ser reconhecido no momento em que os recursos transferidos satisfazem os critérios de reconhecimento de um ativo.
O art. 35 da Lei nº 4.320/64 dispõe que pertencem ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas.
Dessa forma, as receitas orçamentárias de tributos são reconhecidas no momento da arrecadação e não na ocorrência do fato gerador do tributo.
NICSP Lei 4.320/64
CONTROLE INTERNO
23. Receita de Transações sem Contraprestação (Tributos e Transferências)
Fluxo de informações para reconhecimento das receitas
Reconhecimento e controle dos ativos recebíveis – impostos lançados
Reconhecimento e controle dos ativos recebíveis – divida ativa administrativa.
Reconhecimento e controle dos ativos recebíveis – divida ajuizada
VISOES DO CONTROLE INTERNO CONTÁBIL X LEGAL X DE DESEMPENHO
Aspectos Contábil Legal Desempenho
Objetivos: Validar o suporte documental da operações
Determinar a aderência as políticas, procedimentos, leis e regulamentos
Avaliar e aprimorar a qualidade dos processos da organização
Informações para:
Legislativo, Acionistas Administração do órgão, órgãos de controle interno, Prefeito e outros
Órgãos Reguladores Gerentes/Administra
dores
VISAO DO CONTROLE INTERNO CONTÁBIL X LEGAL X DE DESEMPENHO
Aspecto Contábil Legal Desempenho
Direção do controle
Olha para trás
Olha para trás
Olha para o presente e para o futuro
Auditoria baseada em:
Relat. financeiros objetivando somente os princ. contábeis e as normas de auditoria
Leis e regulamentos, código de ética e procedimentos internos
Missão, visão e objetivos da organização e seu gerenciamento através de indic. de desempenho
DESAFIOS PARA IMPLANTAÇÃO DAS NORMAS E DA CONVERGENCIA
Ênfase aos meios e não aos
fins
Processos inconsistentes
Atividades redundantes
Processos
Confundir sistemas
tecnológicos com Sistemas
Contábeis
Múltiplos sistemas
Falta de integração
Uso inadequado da
tecnologia
Tecnologia Controles com forte apego
na responsabilização.
Papeis e
responsabilidades mal
definidos
Treinamento insuficiente
Estrutura de governança
inadequada
Organização e Pessoas
Muitos controles
Controles inadequados
Desbalanceamento entre
controles detectivos e
controles preventivos
Riscos e Controles Efeitos
Omissão de Ativos e Passivos.
Avaliação inadequada de Ativos
e Passivos.
Intervenções manuais
Criação de processos
paralelos.
Inviabilidade de implantação de
um sistema de custos
Falta de transparência e
integridade das informações
Alto custo dos processos
Decisões reativas / falta de
planejamento
Falta de qualidade nas
informações
VENCENDO OS DESAFIOS
Teoria Multidimensional de
Yuji Ijiri (1)
(1) ROCHA, Armandino. Contributo da Contabilidade Multidimensional
para a Análise e Informação Empresarial. Editora da FURB, Blumenau:
2000
Pensamento de Ijiri medidas dinamicas da contabilidade
Leis do movimento
Deslocamento
Velocidade
Aceleração
Riqueza
Momentum
Forca
Leis da forca
Leis do movimento
Leis da forca
DESAFIOS DA CONTABILIDADE
MULTIDIMENSIONAL
Será possível identificar as forças que fazem variar o sistema patrimonial
de uma ENTIDADE?
Património
Identificação das Forças atuantes
Contabilidade Multidimensional
Identificação das Forças atuantes
Classificação de Ijiri
Forças Internas
» Investimento
» Desinvestimento
» Trabalho
» Produção
» Marketing
» Financiamento
Forças Externas
» Concorrência
» Economicas
» Governamentais
» Conjuntura
» Natureza
Forças de Variação
» Preços
» Quantidades
» Volume
» Eficiência
» Variações combinadas
Contabilidade Multidimensional
Identificação das Forças atuantes
Será possível medir as forças que fazem variar o sistema
patrimonial de uma entidade?
Património
Contabilidade Multidimensional
RIQUEZA= ESTOQUES
RENDIMENTO= FLUXOS
MOMENTUM = VELOCIDADE E GANHO;
OU PERDA
FORÇA justifica as
alterações que
possam ocorrer no
MOMENTUM.
Pensamento de IJIRI
• O conceito de Riqueza assume em IJIRI o tradicional conceito economico, jurídico e contabil de Património Liquido o qual é o que resta a uma entidade se com todo o seu ativo realizado, pagar todo o seu passivo
http://linomartins.wordpress.com/
“Aquele que se enamora da prática, sem a ciência, é como um navegante que entra no navio sem timão ou sem bússola, que jamais tem a certeza de onde vai. Sempre a prática deve ser edificada sobre a boa teoria”
(Leonardo Da Vinci 1452-1519)